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O local do resgate;

 
O grupo de consulta;

 
A equipa de gestão de crises, etç
3.4.4. Prevenção: tarefa de todos e começa agora!
Se é verdade que o Estado tem um papel muito importante no combate aos sequestros, não
émenos verdade que a prevenção constitui responsabilidade de todos os que fazem parte
dasociedade. Se não houver consciência de ameaça, não haverá noção de risco, tal como senão
houver a noção de vulnerabilidade não se terá a ideia real do risco que se tem. E
osegredo consiste no alerta e atenção permanente, características
da prevenção.Para as empresas e para as organizações da sociedade é importante a
compreensão e ocompromisso dos líderes e o pessoal da alta direcção, para uma análise perante
as ameaçase os riscos de sequestros, em função das suas actividades e do seus negócios. A
análise dorisco permitirá identificar os lugares, as rotas, as actividades e o pessoal interno
vulnerável,incluindo os seus familiares directos, para posterior procura de serviços de
assessoria sobresegurança e planos para situações de crises, emergências, imprevistas que
derivam da suamissão laboral.É importante actualizar-se sobre as últimas tendências de
evolução do fenómeno desequestros mas de outros fenómenos criminais que afectam as
empresas. Isso pode serpossível através de contratação de pessoal com formação em análise de
segurançainternacional para ajudar na consciencialização de possíveis riscos.Torna-se
imperativo, a coordenação e o contacto permanente com instituiçõesgovernamentais de
segurança e de justiça, para actualização e ajuda sempre que necessário.Mais ainda, a criação e
formação de equipas de gestão de crises institucionais, capacitadaspara actuar. Estas
equipas encarregar-se-ão de capacitar o pessoal a todos os níveis e emcadeia, bem
como a monitoria permanente do pessoal e da instituição sobre os riscos.Os indivíduos devem ter
conhecimento dos potenciais riscos, locais vulneráveis, a vigilância ealerta permanente no dia
a dia, aliás evitando sempre que possível actividades rotineiras.Evitar viagens solitárias
e de risco, e reportar sempre situações suspeitas.
 
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Portanto, são várias as acções que podem ser tomadas para fazer face e responder
aossequestros desde o nível individual até ao nível de políticas públicas ou
institucional. Aconsciência prematura de que eles constituem uma ameaça, um problema
nacional einternacional, pode ajudar nas reflexão urgente do que fazer. Mas existem alguns
aspectosque dependem de cada um dos cidadãos: a consciência do risco e a prevenção
permanente.Essa começa já e ajudará às medidas políticas e estratégicas nacionais.
Em jeito de conclusão: o ponto de partida
Pretendíamos clarificar alguns conceitos sobre os sequestros, como um contributo para
umamelhor compreensão do fenómeno que começa a ocorrer em
Moçambique.Passamos em revista história, o surgimento deste fenómeno, que não é novo em
termos deorigem, mas estamos conscientes que as formas de actuação, nos dias de hoje,
exigem umapreocupação e atenção especial.As causas dos sequestros, são quase comuns o
que nos remete para uma análise estructuralde políticas públicas. Porque as consequências são
mais do que danosas, as respostasexigem um esforço coordenado entre os actores nacionais e
internacionais, a adaptação depolíticas e principalmente a prevenção como principal elemento.
Quanto mais for possívelprevenir e antecipar a este fenómeno é menos oneroso e menos
complicado que a reação,pois a forma e as técnicas de acção, podem apresentar um
nível de sofisticação difícilcompreendê-lo.
 
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Notas e Referências bibliográficas
1
 O autor é formado em Relações Internacionais e Desenvolvimento, com
concentração em política externa.
2
 No dia 18 de Junho de 2013, terminou em Irlanda a reunião dos líderes dos
países mais ricos do mundo, G8,nomeadamente Estados Unidos da América,
Canadá, Grã-Bretanha, Japão, Alemanha, França, Itália e Rússiaque tinha como
agenda a questão dos sequestros que aumentaram em África, sendo uma das
principais fontesde financiamento do terrorismo, dos conflitos armados e do crime.
Este encontro teve como convidados a Líbia ea União África, pelo risco e pelas
estatísticas que apontam para o aumento deste fenómeno no continenteafricano,
sendo de destacar o aumento do risco de sequestro de 2% para 35%, nos últimos 10
anos. (K& RBULLETIN Africa – “Risk and Insurance” [on line], newsletter, JLT
Specialty Limited, London, October
2012,<http://www.jltgroup.com/content/UK/risk_and_insurance/Newsletter/
265861_KR_Bulletin_Africa_Final_1.pdf >,consulta: 24 de Setembro de 2013).
3
 Jiménez Ornelas, René A. El secuestro: uno de los males sociales del mexicano, Ed
Porrua, 2ª edição, México,2001, p.15
4
 Nações Unidas, Oficina de las Nacionais Unidas Contra la Droga y el Delito. Manual
de lucha contra elsecuestro. Naciones Unidas - UNUDD , Nueva York, 2006, p.6. 
5
 Idem, p.4-6
6
 Violência entendida como uso da força, na maioria das vezes ilegítima, para obter
um fim também ilegítimo, temcomo sinónimo a agressão cuja expressão mais visível
é a física. Mais ela pode-se apresentar de outras formas,como a violência moral, a
psicológica também conhecida por mental ou abstracta, a lactente que se
manifestaatravés da ameaça, a violência política, a violência institucional que diz
respeito ao nível de autoritarismo ou aburocracia do Estado, só para citar alguns
exemplos. A violência física por sua vez pode apresentar-se sob aforma organizada
ou armada, ou de massas (Gómez, Luis E: “Sociología de la violencia. El secuestro,
empresaparapolicial. Papeles de Población” [online] 2004, 10, Abril-Junio: disponível
em<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=11204011>ISSN 1405-7425, consulta:
20 de Setembro de 2013).
7
 Artigos 1, 3, 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada e
proclamada pela Assembleia Geraldas Nações, Resolução 217 (III) de 10
de Dezembro de 1948.
8
 Jiménez Ornelas, René A: Op. Cit, p.16.
9
 Inigio, Alejandro. Bitácora de un policía, Grupo editorial Siete, México, 1985 in
Jiménez Ornelas, René A: Op.Cit., p. 16.
10
 Este tipo de sequestro na China, também eram denominados
shanghaien
. Antecedentes del secuestro en elmundo,
inhttp://www.secuestro.freeservers.com/antecedentes.htm (consulta: 25 de
Setembro de 2013)
11
 Jiménez Ornelas, René A: Op. Cit, p.10.
12
 dados relativos ao ano de 2012.
Inhttp://www.bbc.co.uk/mundo/ ehttp://www.hiscox.co.uk/ (consulta:25 deSetembro
de 2013)
13
 Gómez, Luis E: “Sociología de la violencia. El secuestro, empresa parapolicial.
Papeles de Población” [online]2004, 10, Abril-Junio. P.197: disponível em
<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=11204011> ISSN 1405-7425,consulta: 20 de
Setembro de 2013).
14
 Idem, p.198.
15
 Hinojosa, Antonio Viqueira. Secuestro de personas y síndrome de Estocolmo,
EGUZKILORE número 7, SanSebastian Madrid, Diciembre 1993, p. 193-211.

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