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4 - MURO DE CONTENÇÃO.....................................................................................................5
5 – RECOMENDAÇÕES GERAIS.............................................................................................6
6 – BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................6
1 – CARACTERISTICAS DA ÁREA DE ESTUDO
A bacia do Rio Aribiri é típica das pequenas bacias hidrográficas que chegam à baia de
Vitória.
Estes terrenos são considerados totalmente impróprios à ocupação urbana, entretanto, hoje
está área já está quase toda urbanizada, com a maior parte população de baixa renda
econômica. Esta ocupação do solo foi realizada precariamente com aterro das áreas de
mangue (ou seja, solo argiloso, halomórfico originalmente ao nível de influência da maré) ou
dos alagados costeiros não salinos (solos orgânicos hidromórficos alagados ou alagáveis)
com precárias soluções, seja com relação ao material, seja com relação à altura final do
aterro.
Criou-se desta forma sério problema sanitário considerando o lençol freático a pequenas
profundidades e a grande dificuldade de se utilizar gravidade no transporte dos despejos
líquidos (drenagem pluvial e esgotos sanitários).
O Bairro D. João Batista está inserido neste contexto estando parte da sua população
vivendo em condições subumanas, ou seja, habitações em forma de palafitas, sendo os
esgotos e demais detritos lançados diretamente nas águas sob as habitações, vindo a
constituir sérios focos de doenças. Outra parte do bairro encontra-se implantada em solo
aterrado sem condições adequadas de escoamento dos despejos líquidos e sujeitas às
enchentes do Rio Aribiri.
Com base nos dados acima, bem como mapeamento geológico, cartas agroclimáticas e
mapeamento pedológico do ES dividiu-se o ES em 8 (oito) regiões hidrologicamente
homogêneas, para as quais foram estabelecidas as equações de regionalização das vazões
características.
A região em que está inserida a área de estudo é denominada “Entorno de Vitória e Centro
Sul” cujas equações encontram-se apresentadas a seguir:
A área de drenagem do Rio Aribiri é muito ampla pois a caixa de rio se abre em uma vasta
planície alagada (manguezal).
Os dados de amplitudes de marés adotados foram obtidos a partir das tábuas de marés da
DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação – Ministério da Marinha) para o porto de Vitória e
das cartas náuticas no 1401 e 1410.
Baixamar = -0,2m
Preamar = 1,7m
Nível médio = 0,8m
1,145 m
Desta forma concluímos que a cota da maré máxima é 0,555m com relação ao zero do
IBGE.
2.3 – Correntes
Com base na carta náutica temos velocidade na baía de vitória variando de 0 a 1 m/s.
Adotaremos para efeito deste projeto velocidade média da maré no canal do Rio Aribiri de
0,20 m/s.
Com base nos dados apresentados acima e na batimetria realizada no canal do Rio Aribiri
em out/2000 pela PMVV, obtemos os seguintes resultados:
Cota máxima do rio Aribiri (dia de maré máxima no mês de março) = 1,485m
Cota da maré máxima de março = 0,555m
Lâmina d’água do rio Aribiri no dia de medição = 0,93m
Adotaremos para efeito deste projeto velocidade média da maré no canal do Rio Aribiri de
0,20 m/s e tempo médio de enchente e de vazante da maré de aproximadamente 6:00
horas.
Assim teremos que a maré percorrerá dentro do estuário do Rio Aribiri uma distância de
aproximadamente 4,3 Km. Nesta extensão a área superficial é de 0,585 Km²
Considerando a cota da maré máxima de março teremos um volume de água que determina
um acréscimo de vazão de 1,5 m³/s à vazão máxima do Rio Aribiri.
A determinação da velocidade neste estudo será feita considerando a caixa principal do Rio
Aribiri.
Utilizando a fórmula de Manning
V = RH2/3 x I1/2
n
Onde:
Adotaremos para este cálculo um raio hidráulico médio obtido com base no levantamento
topográfico fornecido tomando como referência apenas a caixa principal do rio Aribiri.
RH = 0,410 m
4 - MURO DE CONTENÇÃO
Com base na sondagem fornecida pela PMNV observamos que região de estudo apresenta
terreno superficialmente de aterro lançado sobre camadas de argila orgânica e turfas, muito
mole, de elevada compressibilidade, com espessura variando de 9,0 a 14,0 m. O problema
principal reside na baixa capacidade de suporte do terreno natural e recalques lentos que
serão induzidos no terreno pelos aterros necessários à urbanização da área. Deverão
também ser tomadas precauções especiais para proteger o aterro de erosão pelo Rio Aribiri.
Por ser uma zona abrigada, sem incidências de ondas, a obra estará sujeita apenas aos
esforços provocados pela variação das correntes fluvio-marítimas. Desta forma as soluções
proposta para contenção de aterro foram do tipo enrocamento de pedras ou proteção
simples com camada de pedras de mão conforme projeto em anexo. O dimensionamento
das pedras teve como base os esforços produzidos pelas correntes fluvio-marítimas não
permitindo assim a sua movimentação.
5 – RECOMENDAÇÕES GERAIS
Será necessário desta forma atualização da topografia, novos pontos de sondagem, retirada
de amostras indeformadas de solo do tipo SHELBY, ensaios de adensamento, ensaios de
caracterização do solo (umidade, limites de ATTEBERG, granulometria) e ensaios de
palheta (VANE TEST).
A eficiência do sistema a ser implantado está diretamente ancorada nos dados básicos
consistentes e cumprimento total da metodologia proposta.
6 – BIBLIOGRAFIA
• IJSN – Projeto Especial Cidades de Porte Médio – Subprojeto AUV – Componente B.31 –
Elaboração de Estudos da Bacia do Rio Aribiri – 1982;