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O gás ideal é aquele em que todas as suas partículas ou moléculas colidem-se de forma perfeitamente
elástica, não havendo a presença de quaisquer forças intermoleculares. Nesse tipo de gás, a energia
interna corresponde à soma das energias cinéticas de cada uma de suas partículas. Além disso, ele pode
ser caracterizado por meio de três variáveis de estado: pressão, volume e temperatura.
O gás é um dos estados físicos da matéria. Em temperaturas suficientemente altas, até mesmo
elementos que são sólidos em temperatura ambiente tornam-se gases, portanto os gases são qualquer
substância que se encontre no estado gasoso.
Os gases não apresentam forma definida e, por isso, tomam a forma de seus recipientes. Além disso,
suas partículas movem-se com grande velocidade e encontram-se mais distantes umas das outras do
que em outros estados físicos da matéria, como no caso dos líquidos e sólidos.
Gases reais comportam-se como gases ideais em condições de baixa pressão e alta temperatura.
As principais características dos gases ideais são a ausência de forças atrativas ou repulsivas entre suas
partículas, que colidem elasticamente entre si, ou com as paredes do recipiente que os contém. Além
disso, entende-se que, em um gás ideal, as moléculas ocupam um espaço desprezível.
Uma série de experimentos feitos ao longo da história mostra que quantidades fixas de um gás cujas
características se assemelhem àquelas esperadas em um gás ideal obedecem a leis bastante simples. Se
um gás ideal é aquecido dentro de um recipiente fechado e rígido (volume constante), a pressão do gás
aumenta na mesma proporção que sua temperatura, em outras palavras, nessas condições,
temperatura e pressão variam de forma diretamente proporcional.
Em resumo, podemos dizer que os gases ideias apresentam:
É importante saber que, apesar de não existirem na prática, os gases ideais descrevem bem o
comportamento de grande parte dos gases reais, se esses últimos estiverem sujeitos a baixas pressões e
altas temperaturas.
As leis dos gases referem-se às transformações de estado sofridas por gases ideais. As principais
transformações gasosas são descritas por essas leis, criadas por cientistas entre os séculos XVII e XIX.
Lei de Boyle: afirma que, em uma transformação isotérmica, a pressão e o volume de um gás são
inversamente proporcionais entre si, de modo que o produto entre elas seja constante.
Lei de Gay-Lussac: afirma que, sob pressão constante, o volume e a temperatura de um gás são
proporcionais, por isso a razão entre eles é sempre constante.
Lei de Charles: quando um gás sofre uma transformação a volume constante, sua pressão e temperatura
são proporcionais, portanto a razão entre essas duas grandezas terá sempre a mesma medida.
A lei dos gases ideais afirma que o produto entre a pressão de um gás e o seu volume são proporcionais
à temperatura do gás. A constante de proporcionalidade, nesse caso, é determinada pelo número de
mols contidos no gás, bem como na constante universal dos gases ideais. A lei dos gases ideais está
expressa a seguir:
P – pressão (atm, Pa)
Questão 1 — Um gás ideal sofre uma transformação isotérmica na qual o seu volume é duplicado. Nesse
caso, é correto dizer que:
Resolução:
Para resolver a questão, basta utilizarmos a lei geral dos gases, lembrando que, nesse caso, as
temperaturas T1 e T2 são iguais.
De acordo com o cálculo que fizemos, a pressão final do gás será igual à metade da medida da pressão
inicial, portanto a alternativa correta é a letra A.
Questão 2 — Um mol de um gás ideal a 0 ºC (273 K) encontra-se sob uma pressão de 1 atm (1,0.105 Pa).
Determine qual é o volume ocupado por esse gás, em litros, e assinale a alternativa correspondente. Use
R = 0,082 atm.l/mol.K.
a) 44,8 l
b) 22,4 l
c) 36,4 l
d) 12,6 l
Resolução:
Para calcularmos o volume desse gás, é necessário aplicar a lei geral dos gases.
O cálculo mostra que 1 mol de gás ideal a 1 atm e 0 ºC ocupa um volume igual a 22,4 l. Dessa maneira, a
alternativa correta é a letra B.
1) Introdução
2) Lei de Hooke
5) Associação de molas
6) Associação em série
7) Dinamômetro
8) Fórmulas
9) Exercícios
Introdução
A força elástica é aquela que surge a partir da deformação (compressão ou distensão) de uma mola, ou
de algum outro corpo com propriedades elásticas.
Trata-se de uma força restauradora, isto é, procura sempre compensar, desfazer, a deformação que foi
imposta. Assim, a mola sempre tenta voltar a seu comprimento inicial, retornando à sua posição de
equilíbrio.
Por exemplo, considerando uma mola com uma de suas extremidades fixa: se puxarmos a outra
extremidade da mola, distendendo-a, a mola nos puxará no sentido da extremidade fixa. S
A mola sempre voltará para seu tamanho inicial.A Mola Sempre Voltará Para Seu Tamanho Inicial.
e apertarmos a mola, comprimindo-a, ela nos empurrará, a fim de restaurar o seu comprimento inicial.
Lei de Hooke
Empiricamente, constata-se que essa força exercida pela mola é diretamente proporcional ao seu
deslocamento da posição de equilíbrio, estando ela comprimida ou distendida. Portanto:
F
Essa equação é conhecida como Lei de Hooke, em homenagem a Robert Hooke, responsável por
formulá-la.
Nela, k é a constante elástica da mola, e sua unidade é N/m no Sistema Internacional. Tal constante
elástica representa a “dureza” da mola.
O deslocamento, ou deformação, x, mede a distância da extremidade da mola com relação à sua posição
de equilíbrio, ou seja, é a diferença entre o comprimento e o comprimento relaxado.
Uma mola com k alto necessitará de mais força aplicada para obter o mesmo deslocamento, e, portanto,
é considerada dura (de difícil deformação). Já uma mola com k baixo, será deformada com uma força
menor, e, portanto, é considerada mole (de fácil deformação).
Também pode-se pensar que, para uma mesma força aplicada, a mola dura terá pouco deslocamento, e
a mola mole terá maior deslocamento.
Pela fórmula da Lei de Hooke, a relação entre essas grandezas é linear, sendo a força diretamente
proporcional à deformação. Assim, o gráfico pode ser esboçado da seguinte forma:
Gráfico força x deformação.
Associação de molas
Caso sejam posicionadas em conjunto duas molas diferentes, de constantes k1 e k2, o seu efeito
combinado pode ser previsto através de uma constante elástica equivalente, keq.
Associação em paralelo
Se as molas estiverem associadas em paralelo, a mola equivalente será mais dura, e tem-se:
Demonstração:
F
1
Além disso, a força total exercida é a soma das forças sobre cada mola:
Desse modo:
F
=
2
)
E, portanto:
Associação em série
Se as molas estiverem associadas em série, a mola equivalente será mais mole, e a constante será dada
por:
+
1
Demonstração:
Como as molas estão em equilíbrio, a força sofrida por cada uma é igual (por conta da 3ª Lei de
Newton), mas a deformação de cada uma será diferente.
F
k
2
=
, tem-se:
q
=
Para o caso que, em vez de duas molas, sejam associadas n molas, as fórmulas apresentadas acima terão
n parcelas. Contudo, é mais simples realizar a conversão de duas em duas molas.
Dinamômetro
Dinamômetros são instrumentos utilizados para medir força (algumas vezes o peso, outras a tração em
um fio) tendo como base a Lei de Hooke.
Sua escala de força usa uma mola, em seu interior, que é deformada sob a ação da força. Como a
deformação é proporcional à força (Lei de Hooke), o que sua escala faz é multiplicar a deformação pela
constante da mola, de modo a informar a força.
Dinamômetro.Dinamômetro.
Fórmulas
Exercício de fixação
Passo 1 de 3
PUC-SP/1999
A mola da figura tem constante elástica 20 N/m e encontra-se deformada de 20cm sob a ação do corpo
A cujo peso é 5N. Nessa situação, a balança, graduada em Newtons, marca:
A
1N
2N
3N
4N
5N
Oscilações – Mecânica
Na natureza existem diversos fenômenos que se repetem durante certo tempo. Tais movimentos são
muito importantes em física principalmente na área da mecânica quântica. Esses movimentos recebem
o nome de oscilações.
Uma oscilação pode ser entendida como sendo um movimento repetitivo periodicamente em intervalos
de tempos iguais. Como exemplos podem ser citados alguns tipos de oscilações na natureza: sistema
massa mola, pêndulo simples e o oscilador harmônico.
Alguns sistemas são tão complexos que nem chegam a ter soluções analíticas. Dessa forma costuma-se
usar os cálculos computacionais para resolver tais equações. O sistema mais importante em física e um
dos poucos que contém solução analítica é o oscilador harmônico quântico pelo fato de qualquer
sistema oscilatório poder ser aproximado a ele e a sua solução. Repare que essa aproximação apenas
pode ser feita a nível quântico, pois nele partículas se comportam como ondas e ondas são perturbações
periódicas no meio, logo elas também são movimentos oscilatórios.
Alguns elementos matemáticos servem de ferramentas para estudar ondas oscilantes sendo elas
simples ou não. Assim alguns conceitos podem ser introduzidos:
1 – Comprimento de onda:
O comprimento de onda é calculado como sendo o comprimento de um ciclo apenas (após esse ciclo, a
onda torna-se a repetir infinitas vezes). A equação do comprimento de onda se encontra no item 2.
2 – Velocidade da onda:
v = λ.f
λ = comprimento de onda
f = frequência da onda
as unidades do comprimento e da velocidade são o metro (m) e o metro por segundo (m/s)
respectivamente.
3 – Período de oscilação:
Define-se como período de oscilação o tempo gasto pelo sistema para realizar um ciclo completo. Dessa
forma essa grandeza pode ser relacionada matematicamente por:
T = 1/f
A unidade de período é a mesma unidade de tempo, ou seja, pode ser: segundo, minuto, hora, dias,
anos e etc. No sistema internacional de unidades (S.I), a unidade de período é o segundo (s).
4 – Frequência de oscilação:
Define-se como frequência de oscilação o número de voltas completas realizadas pelo sistema em uma
unidade de tempo qualquer. A unidade de tempo pode ser, por exemplo: segundo, hora, dia e etc. A
relação matemática que descreve essa grandeza é:
f = 1/T
A unidade de frequência no sistema internacional de unidade (S.I) é o Hertz que é representado pelas
letras Hz.
Quando o movimento é periódico e circular, a frequência pode ser calculada como sendo:
f = ω/2π
nesse caso, a unidade da frequência angular no (S.I) será o radianos por segundo (rad/s)
OBSERVAÇÃO: Através das definições de frequência e período, pode-se notar que essas grandezas são
grandezas inversas, ou seja, uma é o inverso da outra.
Ondas eletromagnéticas
A onda eletromagnética é uma das formas pelas quais a energia se propaga. Esse tipo de onda não
precisa de um meio para se propagar e não consegue transportar matéria.
As ondas eletromagnéticas são ondas formadas pela oscilação de um campo elétrico e magnético
perpendiculares entre si.
A onda eletromagnética é uma forma de radiação que não precisa de meio para se propagar. Sua
velocidade no vácuo tem um valor constante em torno de 3.108 m/s, e essas ondas não transportam
matéria, apenas energia.
Existem sete tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível,
ultravioleta, raios X e raios gama. Juntas elas formam um espectro de onda eletromagnética que varia
com a frequência e o comprimento de cada onda.
Embora existam diferentes tipos de ondas, as características para cada tipo são iguais, sendo:
Todas essas características podem ser combinadas na equação da velocidade de propagação da onda
eletromagnética: V = λ.f, em que a velocidade (V) é proporcional ao comprimento de onda (λ) vezes a
frequência da onda (f).
Resumo
Existem sete tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível,
ultravioleta, raios X e raios gama.
Toda onda possui amplitude (intensidade da onda), velocidade (rapidez da onda), frequência (oscilação
da onda) e comprimento de onda (tamanho da onda).
Para calcular a velocidade de propagação de uma onda, basta multiplicar o comprimento de onda com a
frequência: V = λ.f.
Essas ondas não podem carregar matéria, porém podem transportar energia, como a térmica e
luminosa provenientes do Sol. Assim, não precisam de um meio para se propagar, podendo se propagar
no vácuo, inclusive. Elas também sofrem fenômenos ondulatórios, como reflexão, refração, polarização,
difração, absorção, interferência e espalhamento.
Da mesma forma que podemos descrever as pessoas como altas ou baixas, por exemplo, podemos
descrever as ondas de acordo com a amplitude, o comprimento de onda, a velocidade de propagação e
a frequência.
Amplitude (A): é a altura que a onda pode alcançar. Em termos físicos, a amplitude nos traz a
intensidade da onda. Como temos pontos altos (cristas) e pontos baixos (vales) nas ondas, chamamos
esses pontos de amplitude máxima e amplitude mínima, respectivamente, e sua unidade de medida é o
metro (m).
Comprimento de onda (λ): é o espaço que a onda percorre para completar uma oscilação (um ciclo).
Essa medida pode ser feita entre dois vales, duas cristas ou entre o começo de uma crista e o final de
um vale. Sua unidade de medida é o metro (m).
Velocidade de propagação (V): é a velocidade da onda no meio. No vácuo, esse valor é maior e
constante, igual à velocidade da luz, aproximadamente 3.108 m/s. Sua unidade de medida é o m/s.
Frequência (f): é a oscilação completa de uma onda. Sua unidade de medida é o hertz (Hz) e ela é
calculada por meio do inverso do período (tempo para completar uma oscilação, medido em segundos):
Quando há alteração na frequência de uma onda, seu formato varia da seguinte maneira:
Os sete tipos de ondas eletromagnéticas existentes são: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz
visível, ultravioleta, raio-X e raio gama.
Juntas elas formam um espectro de ondas eletromagnéticas, que são classificadas pela sua frequência e
seu comprimento de cada.
Quanto maior a frequência, menor será o comprimento de luz e vice-versa. O ser humano consegue
apenas enxergar os comprimentos de ondas que fazem parte da luz visível. Tudo abaixo ou acima é
invisível aos nossos olhos.
Leia também: Cinco coisas que você precisa saber sobre ondas
Ondas de rádio: são utilizadas na transmissão de sinais de rádio, celular e televisão. Essas ondas
possuem uma frequência baixa e um maior comprimento de onda.
Infravermelho: são conhecidas como ondas de calor, pois são capazes de aumentar a temperatura de
um corpo por meio da radiação térmica. O calor do Sol e de uma fogueira são exemplos dessa radiação.
Essas ondas possuem uma frequência um pouco abaixo da luz visível. Algumas cobras, como a píton e as
jiboias, conseguem enxergar nessa frequência de onda.
Luz visível: são as ondas que os olhos humanos podem captar. Essa faixa está entre 700 nm (700.10-9m)
e 400 nm (400.10-9m).
Ultravioleta: são ondas com uma frequência maior que a luz visível. Esse tipo de radiação é chamado de
ionizante, pois é capaz de arrancar elétrons, causando danos às moléculas. Esse tipo de onda é utilizado
na esterilização de equipamentos e é graças a ele que devemos usar protetor solar.
Raio X: ondas ionizantes com um poder maior que o da ultravioleta. Essas ondas possuem uma
frequência maior e um comprimento de onda bem menor, capaz de atravessar diversos tipos de
materiais. São utilizadas em hospitais para exames de imagens de radiografia ou de tomografia.
Raios gama: são as ondas com maior frequência no espectro, sendo obtidas a partir de reações
nucleares ou se originam em estrelas, como o Sol. Esse tipo de radiação possui grande capacidade de
ionização.
Lembrando que podemos obter a frequência por meio do inverso do período (T):
Leia também: Sonar — equipamento que consegue localizar objetos por meio de ondas sonoras
1. (IF-GO) As ondas são formas de transferência de energia de uma região para outra. Existem ondas
mecânicas – que precisam de meios materiais para se propagarem – e ondas eletromagnéticas – que
podem se propagar tanto no vácuo como em alguns meios materiais. Sobre ondas, podemos afirmar
corretamente que:
a) a energia transferida por uma onda eletromagnética é diretamente proporcional à frequência dessa
onda.
b) o som é uma espécie de onda eletromagnética e, por isso, pode ser transmitido de uma antena à
outra, como ocorre nas transmissões de TV e rádio.
c) a luz visível é uma onda mecânica que somente se propaga de forma transversal.
d) existem ondas eletromagnéticas que são visíveis aos olhos humanos, como o ultravioleta, o
infravermelho e as micro-ondas.
e) o infrassom é uma onda eletromagnética com frequência abaixo da audível.
Resolução
Alternativa A.
Alternativa A: correta. A partir do espectro eletromagnético, é possível observar que as radiações mais
ionizantes, que carregam maior energia, são as radiações que possuem uma frequência (em hertz)
maior.
Alternativa B: incorreta. O som é uma onda mecânica, pois precisa de um meio para se propagar. Um
exemplo disso é que uma onda sonora não se propaga no espaço.
Alternativa C: incorreta. A luz visível é uma onda eletromagnética e, portanto, não precisa de um meio
para se propagar. Um exemplo disso é a onda luminosa que vem do Sol e se propaga pelo espaço.
Alternativa D: incorreta. Existem ondas eletromagnéticas visíveis aos olhos humanos: a luz visível, que
está no espectro na faixa de 1015 Hz. Embora a radiação ultravioleta, infravermelho e micro-ondas
sejam ondas eletromagnéticas, elas não são visíveis aos olhos humanos.
2. (Mackenzie SP/2006) As antenas das emissoras de rádio emitem ondas eletromagnéticas que se
propagam na atmosfera com a velocidade da luz (3,0.105 km/s) e com frequências que variam de uma
estação para a outra. A rádio CBN emite uma onda de frequência 90,5 MHz e comprimento de onda
aproximadamente igual a:
a) 2,8 m
b) 3,3 m
c) 4,2 m
d) 4,9 m
e) 5,2 m
Resolução
Alternativa B.
Devemos também organizar a unidade de medida da velocidade da luz, de quilômetros para metros,
para não termos problemas no resultado final.
Como queremos achar o comprimento de onda (λ), precisamos isolá-lo de um lado da equação e
substituir os valores:
Ondas
A onda é definida como sendo uma perturbação que se propaga periodicamente no espaço e no tempo,
carregando com ela energia e informação.
Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico ocorre quando emitimos uma frequência específica de onda eletromagnética em
alguns materiais e, com isso, são emitidos elétrons.
Luz incidindo com frequência suficiente para arrancar um elétron em um átomo, o chamado efeito
fotoelétrico.
O efeito fotoelétrico é um fenômeno quântico que ocorre quando frequências específicas de luz são
emitidas na superfície de um material, que emite elétrons. Heinrich Hertz foi quem descobriu esse
efeito, mas foi Albert Einstein e Max Planck que conseguiram explicar por que isso ocorria.
Considerando a luz emitida como pacotes de energia (fótons), ela precisa de uma frequência mínima
para retirar os elétrons, algo que não depende da intensidade da luz, como acreditavam na física
clássica. Assim, com a constante de Planck (h=4.10-15 eV), foi possível determinar essa energia mínima
necessária para retirar o elétron do material por meio da equação: E = h.f.
Hoje utilizamos esse fenômeno nos painéis solares (que transformam energia luminosa em térmica) e
em sensores de movimentos (que detectam radiação infravermelha).
Nesse fenômeno, ao emitir determinadas frequências de luz sobre um material, é possível ejetar
elétrons dele.
Heinrich Hertz foi quem descobriu esse efeito, mas foi Albert Einstein quem conseguiu demonstrar a sua
utilização.
Para calcular a energia mínima de um fóton para retirar um elétron, basta utilizar a equação: E = h.f.
O efeito fotoelétrico é um fenômeno físico que ocorre quando uma frequência específica da luz incide
sobre a superfície de um material e consegue transferir energia suficiente para fazer os elétrons
saltarem para fora do átomo, gerando uma corrente elétrica.
O nome desse efeito deve-se às duas principais partículas que atuam nele: o fóton, a partícula de luz, e o
elétron, carga negativa que está localizada na eletrosfera dos átomos.
Heinrich Hertz (1857-1894) demonstrou a existência das ondas eletromagnéticas com experimentos, em
1886, produzindo descargas entre eletrodos. Ele percebeu que, dependendo da frequência de luz
(ultravioleta), a descarga ficava mais intensa e produzia faíscas, descobrindo, assim, o efeito
fotoelétrico.
Na época, um grande problema que havia era a catástrofe do ultravioleta, estudada por Max Planck
(1858-1947), que previa que um corpo em equilíbrio térmico (corpo negro) emitiria energia infinita —
fato que não ocorria e a mecânica clássica não conseguia explicar.
Embora Hertz tenha descoberto o efeito, foi Albert Einstein (1879-1955) que demonstrou a teoria por
trás do efeito. O problema era que a quantidade de elétrons ejetados não dependia da intensidade de
radiação emitida, e sim da frequência.
Einstein admitiu que a luz era quantizada (transfere sua energia em quantidades definidas — não pode
ser um número decimal, apenas números inteiros, proporcionais à sua frequência) e que um fóton
(partícula de luz) que possuísse a energia necessária para ejetar o elétron conseguiria fazer esse efeito.
Assim, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física junto com Max Planck por conta dessa descoberta.
Leia também: Física quântica — ramo da Física relacionado a átomos e partículas subatômicas
O efeito fotoelétrico não pôde ser explicado pela teoria ondulatória clássica (mecânica clássica). Por
isso, surgiu um novo ramo da física, conhecido como física quântica, para estudá-lo.
Para que ocorra o efeito fotoelétrico, é necessário emitir uma frequência mínima de radiação
eletromagnética (luz), conhecida como frequência de corte. Isso mostra que, para conseguir ejetar um
elétron de um átomo, a luz emitida na superfície do material deve ter uma variação na frequência, e não
na intensidade. Essa frequência depende do material de que é feita a superfície.
Por trabalharmos com partículas que se movem a velocidades extremamente altas (na velocidade da
luz), temos que o efeito fotoelétrico ocorre instantaneamente.
Se essa quantidade de energia for maior do que a energia de corte (energia mínima necessária para
arrancar os elétrons), os elétrons serão arrancados da superfície do material.
Essa energia do fóton depende de uma frequência mínima e, junto com a constante de Planck (h),
medida em elétrons-volts (eV), conseguimos montar uma equação para achar a energia mínima,
chamada de função trabalho, que o fóton deve ter para arrancar o elétron da superfície de um material:
f = frequência (Hz)
É importante notar que a energia do fóton pode ser dada em joule (J) ou em elétron-volts (eVs). Embora
as duas unidades sejam válidas, é mais comum utilizar eV, já que os valores da energia dos elétrons são
muito baixos. O elétron-volt é a quantidade de energia potencial elétrica de uma carga fundamental e é
equivalente a 1,6.10-19J.
No processo fotoelétrico, a energia do sistema é conservada, então podemos olhar para a energia
cinética que o elétron adquire na emissão por meio da função trabalho, energia mínima para emitir um
elétron (Φ):
Material
Sódio
2,28
Alumínio
4,08
Ferro
4,5
Cobre
4,7
Platina
6,35
O experimento do efeito fotoelétrico era feito por meio de duas placas metálicas ligadas a uma bateria.
Nesse circuito elétrico, eram colocados um amperímetro (medidor de corrente) e um voltímetro
(medidor de tensão). Quando a bateria era iluminada por certas frequências de luz, elétrons eram
emitidos.
Philipp Lenard estudou esse experimento e percebeu que, com o aumento da intensidade da luz, havia
um aumento na quantidade de elétrons emitidos. Porém, ao manter a frequência constante, a energia
cinética dos elétrons não mudava.
Hoje há diversas aplicações para esse efeito, sendo a principal a transformação de energia luminosa
(como a solar) em energia elétrica, como é o caso das células fotovoltaicas utilizadas nos painéis solares.
Os painéis solares utilizados para produção de energia elétrica são exemplos de aplicação do efeito
fotoelétrico.
Outro equipamento comum que utiliza esse efeito é o sensor de movimento que detecta a radiação
infravermelha de quando algo se move.
Leia também: Bluetooth e infravermelho — as diferenças entre as transmissões de dados feitas por
essas tecnologias
Exercícios resolvidos sobre efeito fotoelétrico
1. (UFRGS-2012) Em 1905, Einstein propôs uma teoria simples e revolucionária para explicar o efeito
fotoelétrico, a qual considera que a luz é constituída por partículas sem massa, chamadas de fótons.
Cada fóton carrega uma energia dada por hf, onde h= 4,1 x 10-15 eV.s é a constante de Planck, e f é a
frequência da luz. Einstein relacionou a energia cinética, E, com que o elétron emerge da superfície do
material à frequência da luz incidente sobre ele e à função trabalho, W, através da equação E = hf-W. A
função trabalho W corresponde à energia necessária para um elétron ser ejetado do material.
Em uma experiência realizada com os elementos Potássio (K), Chumbo (Pb) e Platina (Pt), deseja-se
obter o efeito fotoelétrico fazendo incidir radiação eletromagnética de mesma frequência sobre cada
um desses elementos.
Dado que os valores da função trabalho para esses elementos são WK = 2,1 eV, WPb = 4,1 eV e WPt =
6,3 eV, é correto afirmar que o efeito fotoelétrico será observado, nos três elementos, na frequência
a) 1,2.1014 Hz.
b) 5,4.1014 Hz.
c) 1,6.1015 Hz.
d) 3,1.1014 Hz.
e) 1,0.1015 Hz.
Resolução
Alternativa C.
Para sabermos a frequência para os três materiais, basta descobrir a frequência do material com maior
função trabalho, pois a energia capaz de ejetar o elétron no material com maior função trabalho
conseguirá facilmente retirar os elétrons dos materiais com menor função trabalho.
Assim, utilizando a equação da energia do fóton com a função trabalho da platina, temos:
A incidência de radiação eletromagnética sobre uma superfície metálica pode arrancar elétrons dessa
superfície.
Resolução
Alternativa D.
O efeito fotoelétrico é o que explica a emissão de elétrons quando uma superfície é atingida por certas
frequências de luz. Para explicar esse efeito, foi necessário considerar a luz como fóton (natureza
corpuscular).