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Edição Janeiro de 2016


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AULA Nº 06
Capa: quadro Pilgrim in Felsental - Autor: Carl Gustav Carus
Adaptação da capa: Angelina Debesys RITUAL NA SBE - I
Projeto gráfico e diagramação: Giseli Bedoian

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EAD - Manu - Módulo 2 - Aula Nº 06 EAD - Manu - Módulo 2 - Aula Nº 06
RITUAL NA SBE - I RITUAL NA SBE - I

RITUAL NA SBE - I auxiliando o despertar do Deus Interior de cada um, habilita


o Discípulo a compartilhar suas benéficas vibrações para
“Não há obra nenhuma que se firme através dos séculos seus semelhantes, conforme conclui o Fundador da SBE:
que não tenha suas ideias sintonizadas em símbolos, “ninguém pode servir a Deus sem servir à humanidade”.
monumentos, mundos ou planos”. Essa frase do Fundador da (Pequeno Oráculo, pensamento 75).
SBE, Professor Henrique José de Souza, diz bem dos recursos • Conta com recursos para garantir as condições da
necessários para implantar um ciclo de realizações da Obra Harmonia. Nessa situação, os participantes conscientes da
sob os auspícios das Excelsas Hierarquias Ocultas, sempre realização do rito, acompanhando o que está sendo oficiado
a zelar pelo progresso e evolução da Humanidade. Dentre no ambiente, tornam-se agentes irradiadores de poderosas
esses recursos, estão os grandes monumentos denominados vibrações espirituais para a Humanidade, vibrações de PAZ-
Templos. Para o atual ciclo de realizações da Obra, para o AMOR - SABEDORIA.
qual foi fundada a SBE, a história não poderia ser diferente e a • Desenvolve-se segundo fórmulas canônicas, tendo a
exigência da edificação de três Templos foi cumprida entre os linguagem simbólica como importante instrumento de ação,
anos de 1949 e 1976. o que pode ser sintetizado na seguinte frase: “O ritual é a
realização da Eucaristia, ou a nossa integração com nosso
Os três Templos erigidos pela SBE são a saber: Princípio Crístico, com a Divindade; por meio da linguagem
• O de São Lourenço (MG), inaugurado em 24 de fevereiro simbólica que é a linguagem universal.”
de 1949;
• O da Ilha de Itaparica (BA), inaugurado em 02 de fevereiro
de 1967; A importância da presença consciente nos rituais:
• O de Nova Xavantina(MT), inaugurado em 10 de fevereiro
de 1976. Para os membros da SBE, a frequência aos rituais não têm conotações
com religiosidade. Sendo eventos em que os participantes são
Para os membros da SBE, os três Templos constituem o triângulo ativos, resta lembrar que a proposta eubiótica expressa na trilogia
mágico defensivo da Obra e do próprio Brasil, como Pátria do Avatara ESCOLA – TEATRO – TEMPLO, predomina, nesse último, a
da Era de Aquarius: “Maitreia“, o “Apavana-Deva“, o “Supremo ritualização do Conhecimento que não pôde ser assimilado com
Instrutor do Mundo” das tradições transhimalaianas. os limitados esforços da mente concreta, pois que, sustentados no
rigor da lógica, apresentam-se como recursos muito primários para
O Ritual na SBE: alçar voo no horizonte da abstração.
• Visa ao aperfeiçoamento interno do Discípulo para que,
pouco a pouco, haja o despertar da Consciência Superior, o No “Templo“, incrementa-se o esforço para “interiorizar o
Ser Real, o Deus Interno. Conhecimento”, favorável ao despertar do Deus Interno. Com seus
• Juntamente com outros recursos, como, por exemplo, recursos apropriados, ele complementa o esforço para instruir-se
os da preservação da saúde física e mental; o ritual, (“Escola“) e para aplicar os saberes do bem viver (“Teatro”).

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RITUAL NA SBE - I RITUAL NA SBE - I

Para cada coluna da trilogia eubiótica, caberia discorrer sobre os Tanto o Templo como os Santuários, ou os Salões-Templos, são
muitos recursos visando à educação integral do interessado. Todos lugares onde se plasmam as energias cósmicas.
eles estão voltados para atender “o físico, para as funções perfeitas Nos três Templos, especificamente, e nos Santuários dos Três
do organismo – ou o cidadão apto a defender a pátria e, por Sistemas Geográficos, a forma interna, arquitetônica, é circular,
conseguinte, a família; o psíquico, para a perfeição dos sentimentos, como se fosse um útero ou matriz geradora.
para a formação do caráter, para a transformação da alma inferior
em Alma Superior ou Divina e, finalmente, o mental, para enriquecer Para participar de um ritual há cuidados mínimos a serem tomados.
o Espírito ou a Inteligência” (Pequeno Oráculo, pensamento 7). Embora possam parecer óbvios, no entanto esses cuidados merecem
ser lembrados para evitar prejuízo para a natureza pessoal como
Na tradição esotérica, há relatos sobre a importância de participar de também para a natureza do ambiente e dos pares ali presentes.
rituais em templos e santuários até mesmo para o ajuste de funções Citemos alguns desses cuidados antes de decidir participar de um
corporais, como indicava a Medicina da Grécia Antiga. Essa, após ritual:
fornecer informações necessárias aos pacientes em um ambiente - evitar ingesta de bebida alcoólica antes de participar um ritual
denominado Palestra, dava-lhes oportunidade para divertirem-se, (dispensamos comentários sobre o uso mais desastroso ainda se
ou chorar, no ambiente próprio do Teatro e, finalmente, orientava-os se tratar de drogas ou tóxicos);
para um Templo ou um Asclepion, local destinado a meditar, antes - evitar excesso de ingesta de líquidos, comida ou de alimentos de
de considerar caso a caso. Diga-se de passagem, na Grécia Antiga, difícil digestão;
descreve-se um Asclepion como um dos inúmeros santuários em - evitar entrar no ritual emocionalmente exaltado ou arrebatado pela
meio a jardins de majestosa beleza natural. Ali realizava-se o que ira ou sentimentos associados (de mágoa, de revanche, de raiva,
ficou conhecido como temploterapia, recurso da ciência oculta, há de hostilidade ). Veremos ainda mais detalhes e outros cuidados ao
mais de 1000 anos antes da Era Cristã. A leitura no livro “As Origens final dessa aula.
do Ritual na Igreja e na Maçonaria”, de H.P.Blavatsky, fornece um
acervo precioso para a desmitificação dos ritos, principalmente O ritual somente inicia-se após já estarem no recinto a representação
aqueles de caráter iniciático, especialmente formulados para o da polaridade em equilíbrio, isto é, o Sacerdote, que dirigirá ou
aprimoramento da criatura humana, com um todo, um microcosmo oficiará o rito, e a Sacerdotisa, que, como zeladora do Fogo que
análogo ao Macrocosmo, isto é, que cresce em conjunto. arde na Pira, passa por ser também a mantenedora da Harmonia do
ambiente.

A realização do Ritual: Há muitos tipos de rituais oficiados nos Templos e Santuários da


SBE. Há os que celebram eventos históricos da Obra das Excelsas
Além dos três citados Templos, nos Departamentos e nas Hierarquias; os que comemoram os ciclos avatáricos da Evolução;
Representações da SBE, existem os Santuários, ou os Salões- os que consagram serviços e compromissos assumidos a bem
Templos, como locais destinados à Ritualística local. da Humanidade; entre outros. No entanto, todos eles têm por
denominador comum ser fonte irradiadora de poderosas vibrações

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RITUAL NA SBE - I RITUAL NA SBE - I

para “tornar uma realidade a Paz e a Fraternidade no planeta A Pira do Fogo Sagrado
que habitamos” (Mensagem de Dhâranâ ao Povo Brasileiro, Prof.
Henrique José de Souza, revista Dhâranâ nº 0). PIRA DO FOGO SAGRADO é o objeto,
no recinto do Templo ou Santuário, onde
Alguns rituais têm características especiais quando estão presentes se dá a fusão dos “elementos alquímicos”:
os Dirigentes Hierárquicos da SBE. “terra” (barro da pira); “água” (carvão
vegetal); “ar” (o ar contendo o oxigênio
Vamos tratar do ritual básico e do que o recinto oferece como que alimenta a combustão); “fogo” (o
símbolos, altar, taça, pira, perfumes, bandeiras, cores, mantrans e próprio fogo da combustão); e “éter” (o
muito mais outros recursos equivalentes aos cânones e arquétipos Akasha do Globo Azul).
de um plano superior. PIRA é também o berço do Fogo
Sagrado - Agni, o fogo purificador - por
A utilização correta e consciente desses recursos possibilita ao sua vez, símbolo do corpo indestrutível,
participante entrar em sintonia com seu “Eu Interior”, seu Deus corpo flogístico dos Deuses e dos Homens
Interno, habitante no silêncio interior do Templo ou Santuário que é Superiores.
o seu próprio corpo.

O Altar e A Taça - No altar, ficam os A própria pira, como produto da cerâmica, por si só, fala da tradição
Dirigentes Hierárquicos da SBE ou então dos “cinco elementos”. Materialmente observada, tem em si a argila
aqueles que os representam no momento (terra e água), o movimento do oleiro para torná-la porosa ou arejada
do rito. Não há altar nos Salões-Templos, (ar) e, finalmente, o calor do forno para cozê-la (fogo). Seu “quinto
mas apenas nos Templos e Santuários. elemento” virá depois: o “éter” expresso como aroma das essências
No altar do Templo de São Lourenço, queimadas no braseiro da pira. Éter perceptível no quinto e último
encontra-se a “Taça do Santo Graal”, que sentido desenvolvido nas criaturas humanas: o olfato. Os aromas
expressa o sacrifício dos Avataras em ou perfumes são conhecidos na ciência oculta pela poderosa
prol da humanidade. Daí ser reverenciada impressão que causam sobre esse sentido e pela profunda relação
quando entramos no Templo, ou nos com o desenvolvimento do mental, próprio da evolução da Quinta
santuários, onde há representações Raça Ariana.
simbólicas da Taça. A reverência é
sentimento nobre que associa “Amor a
algo que é reconhecido como Superior”, Os Perfumes
portanto é sentimento carregado de
sabedoria, de Fé verdadeira, e não de No livro “Ocultismo e Eubiose”, de Laurentus, revelando as
automatismo “cego” e fanático. correlações dos tattvas com os dias da semana, astros do Mundo

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RITUAL NA SBE - I RITUAL NA SBE - I

Astral, números e formas da Natureza, o Autor destaca os perfumes A queima dos perfumes libera não só aromas, mas, aos olhos do
a serem queimados, lembrando que o incenso poderá substituir clarividente, também irradia as cores dos tattvas que neles estão
qualquer um dos relacionados (jasmim, estoraque, mastique, presentes. Na sequência acima, a correlação é: sândalo/alaranjada;
açafrão, mirra, alecrim, sândalo). Dentre os saberes da SBE, jasmim/violeta; estoraque/vermelha; mastique/amarela; açafrão/
como Colégio Iniciático, o olfato é o sentido que, ainda em estágio púrpura; mirra/azul; sábado/verde.
rudimentar na maioria das criaturas humanas, relaciona-se com um
estado de Matéria, o etérico, cujo desenvolvimento pleno ocorrerá As Bandeiras – sendo símbolos representativos de um País, de um
neste milênio. Reino, de uma Cidade, de um Povo, de uma ideia, de uma doutrina
etc., nos Rituais, elas têm também um sentido esotérico, além do
De um antigo Instrutor Correspondente deste Colégio Iniciático, heráldico.
Dr. Antonio Castaño Ferreira, registramos as seguintes palavras:
“Os perfumes são verdadeiros purificadores do mundo etérico. Cores – cores e sons têm vibrações equivalentes. Elas não só
Como dizem os Adeptos, dia virá em que os homens se extasiarão existem em outras dimensões, como as que surgem da queima dos
com ‘sinfonias’ de aromas, como hoje se extasiam com sinfonias perfumes e dos acordes musicais, como também estão presentes,
musicais”. de modo visível e intencional, nas Bandeiras, nos “paramentos”
utilizados pelos participantes e em objetos próprios do ambiente
O perfume utilizado nos Rituais da SBE é uma mistura de outros ritualístico.
sete. Queimado na Pira do Fogo Sagrado, cada um dos sete que
constituem a mistura tem uma relação oculta com os Sete Raios Os Mantras – mantras ou mantrans são os hinos ou composições
Divinos. Consequentemente, estão também relacionados à tônica musicais cantadas durante o Ritual. Eles constituem parte importante
planetária que vibra em cada dia da semana, bem como aos Sete no processo iniciático, o que faz a Eubiose ser comparada à Gupta-
Tattvas, além de outras correlações. Em resumo, são eles: vidyâ ou Guhya-vidyâ onde destaca-se o “conhecimento secreto dos
mantras místicos” (Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky).
• Sândalo – Raio do Sol – Domingo
• Jasmim – Raio da Lua – Segunda-Feira
• Estoraque – Raio de Marte – Terça-Feira O Desenvolvimento do Ritual
• Mastique – Raio de Mercúrio – Quarta-Feira
• Açafrão – Raio de Júpiter – Quinta-Feira Mentalização do Globo Azul
• Mirra – Raio de Vênus – Sexta-Feira
• Alecrim – Raio de Saturno – Sábado. Enquanto é mentalizado o Globo Azul, pronuncia-se, a meia-voz, o
som da palavra OM, que em verdade é a síntese da palavra AUM.
O açafrão pode ser substituido pelo urucum; e a mirra, pela alfazema. No alfabeto sânscrito, ou Devanâgarî, essas palavras são assim
Como já foi dito, o incenso pode substituir qualquer um deles que for representadas:
de difícil aquisição.

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RITUAL NA SBE - I RITUAL NA SBE - I

(OM) (OM) (AUM) A cada saudação ou leitura ocorre o canto de um mantram, escolhido
previamente pelo Sacerdote.

(OM) (OM) (AUM) Saudação aos Quatro Mahârâjâs


Quatro leituras feitas por participantes, previamente designados
Sobre a palavra A U M, o Professor Henrique José de Souza, com pelo Sacerdote, e localizados nos quatro pontos cardeais do
o pseudônimo de “Laurentus”, em seu livro “Ocultismo e Teosofia” Santuário (Norte, Sul, Leste e Oeste), constituem as saudações aos
(também editado com o título de “Ocultismo e Eubiose”), escreveu Excelsos Fundadores das Cadeias do Quarto Sistema, conhecidos
o seguinte: como Mahârâjâs. Na sequência, há uma Quinta Saudação feita
pela Sacerdotisa que – permanentemente – se coloca no centro do
“AUM - É o vocábulo que designa, no Hinduísmo, o Ser Supremo, Santuário, como zeladora do Fogo Sagrado.
Deus, Brahmâ. Esta palavra, que se compõe de três letras,
representa o Verbo nos três mundos. Por isso, pronunciada Mahârâjâs – São Quatro Expressões Cósmicas da Divindade
por um Adepto ou Iniciado, ao chegar à ponta dos lábios, Manifestada. Quatro Grandes Almas do Cosmos, cujas emanações
transforma-se em OM, ou na Unidade.” resultam em proteção e cobertura nos Rituais em que são saudados.
Os nomes dos Mahârâjâs e suas relações com os pontos cardeais são:
O “A” é pronunciado na garganta;
o “U” é pronunciado usando-se mais o céu da boca; • Dritarashtra - Norte.
o “M” exige a participação dos lábios. • Virudaka - Sul
• Virupaksha - Leste
Podemos correlacionar os valores dessas letras com os Três Mundos • Vaisvarana - Oeste
da Divindade Manifestada:
“A” - Mundo Divino – tom agudo - garganta A Quinta Expressão, como já foi dito, é saudada pela Sacerdotisa do
“U” - Mundo Humano – tom médio - céu da boca Fogo. No presente momento da evolução, recebe o nome de Ardha-
“M” - Mundo Infernal – tom grave - lábios. Narisha-Kumâra. Relaciona-se com uma quinta posição cósmica,
em referência ao Futuro, ou primórdio de um novo Universo.
Saudações e Mantrans
As saudações são leituras ou improvisos feitos por Irmãos com Como a Iniciação orientada na Doutrina Eubiótica é uma prática
funções templárias, além do Sacerdote e da Sacerdotisa. São de natureza universal, além de considerar todos os ramos do
exaltações construtivas, salmos, fórmulas ritualísticas e outros conhecimento humano, firma-se, também, e naturalmente, nos
pronunciamentos que celebram determinadas efemérides da Obra ensinamentos esotéricos de várias origens (como as tradições
em que está empenhada a SBE. Tem o Sacerdote a prerrogativa esotéricas de valor) e, como consequência, reconhece a existência
de decidir pelo andamento do Ritual para o qual está incumbido, de de forças e vibrações cósmicas, às vezes descritas de modo confuso
oficiar com a maior vigilância possível. nas escolas de iniciação oriental.

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RITUAL NA SBE - I

A saudação das cinco posições citadas, dado o conhecimento nela


contido, reporta-se a outras energias cósmicas ou forças sutis da
Natureza tais como:

• Os Cinco Tattvas cujos nascedouros na abóboda celeste têm


a ver com as cinco estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul.

Pode-se dizer que, no comando dessas forças sutis, estão os


“planetas” da astrologia oculta que considera esses astros como
fontes de energia no Plano ou Mundo Astral, com seus corpos
físicos no nosso Sistema Planetário, batizados pela astronomia
com nomes de deuses da mitologia romana. Passam por serem
os Cinco Deuses que comandam os Cinco Elementos da Natureza
AULA Nº 07
(não confundi-los com Elementais) tradicionalmente conhecidos por
RITUAL NA SBE - II
“Terra, Água, Fogo, Ar e Éter” e que, esotericamente falando, na
Ciência dos Tattvas, são denominados Prítivi, Apas, Tejas, Vayu,
Akasha. A esse último tattva há referências diversas no Ocidente,
como, por exemplo, “éter superior”, “Pater Aether” (Júpiter dos
romanos antigos), “Espírito Santo” (dos antigos cristãos), “Força
Criadora do Terceiro Logos” (segundo os ocultistas).

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RITUAL NA SBE - II RITUAL NA SBE - II

RITUAL NA SBE - II • Hierarquia dos Kumaras – no Ritual está representada


pelos nossos Supremos Dirigentes ou por aqueles que os
substituem eventualmente;
Participação no Ritual
• Hierarquia dos Makaras – representada pelos membros
Todos os presentes ao Ritual têm a sua função. Nenhuma pessoa da SBE que têm função templária, pelo Sacerdote e a Sa-
assiste ao Ritual, mas, sim, participa dele. Todos devem estar cerdotisa; pelos que saúdam os Mahârâjâs; pela Guarda
atentos para o que ocorre no recinto, mantendo uma postura mental de Honra do Santo Graal; pela Pianista, ou o responsável
condizente, de forma a não trazerem imagens exteriores que possam pelo som; pelos Portais.
afetar o ambiente, o que é inevitável quando pensamos em coisas
• Hierarquia dos Assuras – os demais participantes que
que não dizem respeito ao Ritual, com consequente prejuízo para a
constituem, geralmente, a grande maioria num Ritual.
finalidade dele.

Postura Mística Comportamento dos Participantes no Ritual


É erro pensar que devemos nos deixar envolver por sentimentos da
mistificação equivocada ou de religiosidade a ponto de crer que par- Paramentos
ticiparemos de um Ritual para entrar em estado de êxtase, de bem Vestuários adequados para a participação nos Rituais e que
aventurança ou algo do gênero. Não é essa a postura recomendada seguem normas locais. São exigidos nos Templos, Santuários e
ou mais segura. Não é essa a orientação para a postura mística Salões-Templos e, de acordo com normas locais, constituem-se das
adequada, pois é do conhecimento dos membros da SBE que não seguintes peças:
nos devemos deixar dominar por ilusões místicas como “entrar em Túnica branca (obedecendo a modelo adotado na SBE);
Samâdhi”, ou “ir para o Nirvana”. A razão de ser do Ritual é “a Rea- Faixas (somente utilizadas pelos Membros da Série Interna da SBE);
lização”. Palavras do Fundador da SBE que atestam essas obser- Medalhas e fitas com as cores respectivas (utilizadas pelos Discípulos
vações: “O TEMPLO NÃO É LUGAR DE DEVOÇÃO; O TEMPLO É dos Graus e outras apropriadas para os membros da Série Interna);
LUGAR DE REALIZAÇÃO”. Sandálias de lona branca (com sola de material vegetal) e meias
brancas.
Postura Mental
Os paramentos, principalmente a túnica e as sandálias, devem ser
Se todos os presentes ao Ritual têm uma função (não o assistem, e,
sempre lavados de modo a mantê-los com bom aspecto e limpos,
sim, participam dele), é lógico questionar qual seria essa função, já
além de desamassados (não amarrotados). Paramentos velhos e
que há um Sacerdote e uma Sacerdotisa, além daqueles que repre-
desbotados deverão ser substituídos por outros mais novos, sempre
sentam a nossa Direção Suprema.
quer possível.
Ocorre que, durante o Ritual, as funções distribuem-se por meio de A esse respeito dessa recomendação, citemos aqui palavras da
três Hierarquias representadas pelos participantes. Assim, temos: companheira de missão do Fundador da SBE, Helena Jefferson de
Souza:
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RITUAL NA SBE - II RITUAL NA SBE - II

“Quando vamos a uma festa nunca vamos com uma roupa preciso dizer que muitas dessas manifestações podem ocorrer
velha ou suja. pela falta de preparação e de concentração no Ritual. Elas
Assim também deve ser, quando vamos ao Templo ou a acabam por polarizar o praticante de modo desfavorável para
um Ritual”. ele e seus pares, pois todos em um Ritual estão regidos pela
Lei da Reciprocidade, isto é, o que afeta a um afeta também
Corrobora a observação de D. Helena, o texto do Professor Henrique aos outros. Por exemplo, a pessoa que tosse, além de não
José de Souza ao se referir aos Elementais relacionados ao “éter pronunciar uma palavra corretamente de uma saudação,
superior”, Devas dos hindus: impede a outros de ouvi-la e acompanhá-la mentalmente.
A postura mental permite que essas manifestações não
“Os anjos gostam de locais limpos e pessoas limpas. aconteçam para o bom andamento do Ritual.
Anjos e pessoas limpas não se aproximam de pessoas e
locais sujos.” Se alguém passa mal
Não é proibido deixar o ambiente do Ritual, sempre que
Preparação mental para o ritual entender necessário, como é o caso do participante que, se
Ao nos paramentarmos, já devemos estar com o pensamento no sentindo mal, sai do recinto.
Ritual que iremos realizar. A preparação deve iniciar-se quando Se sair, não pode mais retornar ao Ritual.
saímos de casa em direção ao Templo/Departamento. Tudo de Se necessário, os participantes mais próximos devem ajudá-lo
negativo que ocorrer no trajeto até ao Ritual irá prejudicar a nossa a sair do recinto.
participação nele. Portanto, rejeitemos o comando das mazelas e de O membro incumbido da vigilância do Portal abrirá e fechará a
sentimentos inadequados que poderão nos arrebatar no caminho. porta que dá acesso ao recinto, nessa ocasião.
Até uma carona que damos poderá contribuir para este prejuízo,
por meio das conversas que nada têm a ver com o Ritual, como Não fechar os olhos
xingamentos, lamentações, linguagem de baixo calão etc. Devemos Durante todo o Ritual, os olhos devem estar abertos. Os olhos
estar atentos para neutralizar vibrações e energias negativas que, fechados levam o participante do Ritual à divagação que acaba
por certo, nos envolverão em tais conversas. por retirá-lo, mentalmente, do ambiente.
Lembremo-nos de que o participante veio ao Ritual para ser
É sumamente importante e indispensável guardar silêncio nos atuante e não passivo, ou assistente, é com os olhos abertos que
minutos que antecedem o Ritual, inclusive nos vestiários, onde não ele se mantém em melhor estado de vigília, atento a tudo que
se conversa além do estritamente necessário. de importância ritualística ocorrer no ambiente. Diferentemente
de como em casa ele procede para meditar, isto é, fechando os
Concentração olhos para evitar que cores vivas do ambiente impressionem o
Pode ser que, durante o Ritual, o praticante sinta dor nas mental desviando-o do propósito original.
pernas, calor em excesso, coceira localizada, ânsia de tosse. É

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RITUAL NA SBE - II RITUAL NA SBE - II

1. Não ingerir bebida alcoólica antes do Ritual 3. Braços estendidos ao longo do corpo
É incompatível com o nosso trabalho participar de um Ritual Fora desses momentos supracitados, os braços devem ficar
após a ingestão de bebida alcoólica, ou de qualquer outro estendidos e relaxados ao longo do corpo durante todo o Ritual.
tóxico ou droga que altere a consciência. Essa postura tem razão de ser uma vez que de outro modo,
Não se está aqui proibindo aos membros da SBE fazerem uso como por exemplo, de braços cruzados, ou mesmo pernas
social, sem excesso, de bebida alcoólica, mas é sabido que o cruzadas, intervimos desfavoravelmente na circulação de
tempo mínimo que o organismo humano necessita para eliminar forças ou energias que necessitam fluir de modo pleno, sem
o álcool ingerido é de seis a oito horas. Cada um pode ter uma obstáculos. Em linguagem esotérica, a expressão “fechamento
sensibilidade e um tempo de eliminação diferentes, e daí se dos polos” é dada à situação do cruzamento citado e que
dizer que às vezes basta um copo de cerveja ou pequena taça deverá ser evitado no Ritual.
de vinho, sem querer aqui falar da bebida destilada que muito
maior prejuízo acarretará. Se não for observado pelo menos o 4. Como cantar os Mantrans
espaço de tempo supracitado, o participante que ingeriu bebida Os mantrans devem ser cantados em voz baixa, em surdina ou
alcoólica estará no Ritual com os seus neurônios alterados e a meia-voz, com absoluta correção, seja nas letras, seja nas
certamente alterando o ambiente. melodias, no ritmo e no tom. O participante que não conheça
perfeitamente o mantram somente deve cantá-lo após tê-lo
2. Mão direita espalmada sobre o plexo solar: aprendido.
É uma postura a ser adotada, em alguns momentos, do Ritual, As pessoas desafinadas não devem cantar, mas apenas ouvir
tais como: e acompanhar mentalmente a música.
Entrada e saída no Santuário quando em frente ao Altar O regente é o piano ou o aparelho de som, ou seja, os cantores
prestamos homenagem ou saudamos aos objetos simbólicos devem ouvir o piano ou o aparelho de som e acompanhá-los; e
nele existentes; não cantar em voz alta a ponto de não se ouvir o instrumento,
No pronunciamento da “Abertura” e do “Encerramento” do como lamentavelmente ocorre com certa frequência.
Ritual, quando repetimos as palavras proferidas por quem
representa os Supremos Dirigentes; MANTRANS
Quando são executados determinados mantrans que,
preliminarmente, foram ensaiados com auxílio do Instrutor Mantrikâshakti:
ou do sacerdote. Palavra sânscrita que reconhece o poder ou a potência oculta
Em todas essas situações do recinto ritualístico, a postura dos sons, palavras, letras ou números místicos dos mantrans.
da mão direita espalmada sobre o plexo solar é como dizer Expressa a harmonia cósmica, incluindo, portanto, tudo quanto
que ela deverá se apoiar sobre a pele, na região que está diz respeito ao Belo.
entre o umbigo e a extremidade do osso longitudinal do peito Na fase atual da evolução, sob a regência do Quarto Raio
denominado esterno. Divino, a palavra ou o Verbo manifesta-se como ritmo,

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RITUAL NA SBE - II RITUAL NA SBE - II

melodia e harmonia. Usando-se da chave analógica ou da Ensinamentos dos nossos Supremos Dirigentes:
correspondência, pode-se apontar a seguinte correlação: o
ritmo para as formas; a melodia para a alma; harmonia para o No hinário da SBE (livro de composições musicais da SBE),
espírito. a Suprema Dirigente, D. Helena Jefferson de Souza, fez uma
O Templo é o corpo por onde se manifestam as emanações clara observação sobre a execução dos mantrans:
divinas. A criatura humana é o Templo do Deus Interior. Em
ambos, o poder oculto dos sons opera maravilhas quando “... É preciso não descuidar que a música plasma no éter sonoro
despertados por meios litúrgicos devidamente orientados no todos os seus acordes. Daí a necessidade imperiosa de os nossos
Ritual da iniciação eubiótica. Mantrans serem tocados e cantados corretamente, a fim de que
se alcance toda a potencialidade que os mesmos possuem.”
Origem dos Mantrans adotados na SBE:
Os mantrans compostos pelo Prof. Henrique José de Souza Para atender a essa recomendação, faz-se necessário agir com
surgiram à medida que se tornaram necessários frente às o concurso da Inteligência aliada à Emoção. Assim evitam-se os
exigências iniciáticas, na preparação dos seus Discípulos, extremos e equilibra-se entre “cérebro e coração” para progredir
visando às realizações de natureza evolucional, e para no “sereno e dourado caminho do meio” (Pequeno Oráculo,
honrar compromissos com a Obra na qual está empenhada a pensamento 151). Desse modo, estando consciente do que é
Sociedade Brasileira de Eubiose. a mensagem e a entonação dos mantrans, da maneira mais
bela ou mais perfeita possível, galga o praticante o caminho
A força dos mantrans atua nas três divisões fundamentais da livre do fanatismo, onde o conhecimento torna-se estéril, por
criatura humana: corpo, alma, espírito. Cantá-los é um meio de não ter sido aplicado a bem da vida. Com esse cuidado, torna-
praticar a Eubiose dentro do Templo, cujo solo, paredes, portas se um místico-intelectual, mas não um místico-devocional,
e janelas ecoam como caixa de ressonância tal qual se atribui impregnado de religiosidade, de fé cega, equivocado com os
a um dos atributos do Akasha, tattva que “preenche e penetra propósitos da SBE, como Colégio Iniciático.
todo o espaço e do qual surgem os demais tattvas” (Glossário
Teosófico, HPB). Aqui é preciso esclarecer sobre os caminhos da Eubiose
equivalentes aos do antigo Sistema Yoga. Quando tomamos
Os mantrans atuam sobre os nossos corpos sutis, agentes da contato com a prática da Ioga, ouvimos falar nos Três Caminhos
taumaturgia, ou seja, da transformação de algo por meio da da Vedanta conhecidos pelos nomes de Jñâna-Ioga, Bakti-Ioga
música. Portanto, ao invés de se utilizar cristais, plantas, velas, e Karma-Ioga.
etc. para atingirmos o perfeito equilíbrio e harmonia dos nossos Jñâna-Ioga é a via do conhecimento que se identifica com a
veículos, recorremos ao poder oculto dos sons, despertando-o doutrina e as práticas de Sidartha Gautama, o Buda; Bakti-
também no nosso interior, por meio de acordes e palavras Ioga é a via do Amor, dos sentimentos e das emoções nobres,
dos mantrans da SBE, como Colégio Iniciático devidamente cujo maior expoente foi Jesus – o Cristo; e Karma-Ioga está
orientado para esse novo estágio da evolução humana. em relação com a ação, a realização, o trabalho. O fato é que

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esses três caminhos, ou práticas, não se devem dissociar, ou


seja, ninguém pode ser apenas um Jñâna, ou um Bakti, ou
um praticante do Karma-Ioga. Por isso ensina-se que a ação
(Karma) exige conhecimento (Jñâna) e amor (Bakti), isto porque,
vivendo só de modo contemplativo ou bondoso, ou apenas
acumulando informações, sem nenhuma ação correspondente,
corre-se o risco de não conseguir a transformação almejada,
isto é, completa, harmônica, integral, eubiótica.
Para uma completa ação de cunho evolucionário, Jñâna e Bakti
devem estar “de braços dados”. Considerando essa afirmação,
citemos algumas palavras do Prof. Henrique José de Souza:
“Pouco valor possui quem tem inteligência e nenhum amor; do
AULA Nº 08
mesmo modo que muito amor e pouca inteligência. A Lei exige
que as duas conchas da balança estejam no fiel ou em perfeito COSMOGÊNESE - I
equilíbrio.” (Pequeno Oráculo, pensamento 143).

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COSMOGÊNESE - I COSMOGÊNESE - I

COSMOGÊNESE - I 1. CONCEITOS

O estudo da “Cosmogênese” é bastante complexo. Exige COSMOGONIA – segundo o Dicionário Houaiss, essa palavra tem
o significado de:
muita abstração, já que são conceitos que fogem ao normal do nosso
raciocínio, uma vez que estamos lidando com informações abstratas. • Corpo de doutrinas, princípios (religiosos, míticos ou científicos)
Estamos falando do Imanifestado para o Manifestado. Em última que se ocupam em explicar a origem, o princípio do universo.
instância, podemos dizer que o Manifestado em síntese é a criatura
humana. Até essa manifestação chegar a gerar a criatura humana Cosmogonia pode também ser entendida como:
houve uma tremenda limitação no grau de vibração da energia • Conjunto de teorias que propõe uma explicação para o
cósmica. Essa limitação, no microcosmo, pode ser constatada aparecimento e formação do sistema solar;
pela dificuldade que o ser humano tem para expressar as ideias
de natureza abstrata, já que a nossa linguagem é comparativa, • Qualquer fundamento teórico que busque explicar a
modelada pelo nosso Mental Concreto. formação das galáxias a partir de um princípio primordial.
Mas o ser humano também traz em si uma Mente Naturalmente, vamos utilizar, em nosso estudo, essas
Abstrata. Apesar dela não funcionar, ainda, em toda a sua definições, mas sob a ótica ocultista, já que as nossas conclusões
plenitude, podemos, no entanto, utilizá-la para captar as ideias são de natureza esotérica, ou iniciática.
ou impressões abstratas. Assim, tanto ao falarmos como ao
ouvirmos, ou estudarmos os temas da Cosmogênese, estará Os nossos conceitos básicos, fundamentais de Cosmogênese
funcionando em nós o Mental Abstrato sob a inspiração do se firmam nos ensinamentos de Helena Petrovna Blavatsky (HPB),
Sexto Principio - o Búdico – ou a Intuição, que o Fundador da por meio de sua magnífica obra intitulada “A Doutrina Secreta”. HPB
SBE, Professor Henrique José de Souza, denominou “Princípio é uma pessoa da maior respeitabilidade no seio da SBE. No entanto,
Inspirador Universal, ou Mente Mercuriana”. A nomenclatura dos a “Cosmogênese” de que vamos tratar evoluiu daquela divulgada
antigos teósofos, usa a expressão sânscrita “Budhi -Taijasa”, com por Blavatsky para uma mais atualizada, conforme as contribuições
o sentido de “ a iluminação da alma humana pela Alma Divina”. No do Professor Henrique José de Souza, resgatando referências do
artigo “O que é Intuição”, o autor, Prof. H. J. de Souza, esclarece passado e apresentando antevisões ou projeções sobre o destino do
que “Budhi implica no estado de consciência em que se sente Universo.
a Unidade com o Universo, sem a ideia de separação”(revista
Dhâranâ nº87/88). Prossegue o Autor explicando, nesse COSMOGÊNESE - significa geração e criação do Universo.
artigo, que há outras expressões na linguagem esotérica que Estuda o nascimento, o desenvolvimento (expansão) e
correspondem a esse estado como a palavra grega Teofania que recolhimento do Universo.
para os neoplatônicos quer dizer “a iluminação do homem pela
divindade”; como a descida do Espírito Santo, em “línguas de UNIVERSO - é o conjunto de tudo que existe; o que conhecemos
fogo”, sobre os apóstolos cristãos (“Dia de Pentecostes”); como o e mesmo o que desconhecemos. É o conjunto de fatos e
próprio “despertar de Kundalini” dos verdadeiros iogues etc. fenômenos perceptíveis, ou não, aos sentidos humanos.

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COSMOGÊNESE - I COSMOGÊNESE - I

Universo é o verso do Uno; é o Uno na variedade ou na Mental Concreto para entendê-lo como manifestação da Vida Una.
multiplicidade, diferentemente do Absoluto, da Divindade Tal dificuldade para conceber essa abstração tem sido contornada
Imanifestada ou Manifestada. Se o Universo é o efeito, o conjunto nos estudos comparados sobre as várias Tríades Sagradas, como
de fenômenos, a Causa desse efeito permanece indefinível pela é o caso da Santíssima Trindade dos cristãos; o Brahmâ - Vishnu
inteligência, que, pelo menos, a reconhece como o “Nada Tudo”, – Shiva dos hindus; o Osíris – Ísis – Hórus dos antigos egípcios;
a Divindade, o que os sistemas filosófico-religiosos tentam enfim o Pai – Mãe – Filho das muitas tradições. Sem nome, sem
representá-la, na sua forma manifestada, com os vários nomes forma, mas real, as Escolas ou Colégios Iniciáticos, ao longo da
de “Deus” (Ishvara, Allah, Jeovah, Logos etc.). história, tentaram caracterizar Deus não como projeção da figura
humana, mas como Energia Cósmica que está presente em todas
2. VIDA UNA as criações. Ela está expressa nos três atributos consagrados
da Vontade, Amor – Sabedoria e Atividade. Essa Energia vai se
Como entender a Vida Una se o Mental Concreto permite-nos transmutando através de Planos, Sistemas Planetários, Cadeias,
apenas ter uma vaga ideia a respeito dela? A expressão Vida Una Rondas, Globos, ou seja, vai se diferenciando na multiplicidade de
refere-se à Divindade em sua Essência Absoluta e Indiferenciada. formas viventes, segundo os veículos pelos quais ELA age e anima.
Na Manifestação, essa Vida Una toma forma e atributos, mantendo, Ela percorre um processo complexo, mas harmonioso, sem o que
no entanto, a Unidade por força da Essência que permanece não haveria o Universo apresentado com todos os seus Planos ou
indiferenciada, imutável. Essência - do latim, esentia - significa virtude Mundos de modo maravilhosamente organizado.
do ser. Presente em todos os sete planos ou mundos do Universo ou
Macrocosmo, como raio ou centelha da Essência Divina ou original. Assim como a Vida Una manifestada pode ser entendida como
A Essência revela-se nos três planos mais sutis ou espirituais e nos Vida Universal, a Essência no Universo é a Consciência Universal
quatro planos mais densos ou materiais, caracterizando os Sete ou Cósmica, a Mente Universal, a Mente Demiúrgica, que, para os
Estados de Consciência da Divindade Manifestada. antigos budistas do Norte da Índia, é Mahat, o “primeiro produto de
Brahmâ” (Glossário Teosófico, H. P. Blavatsky).
A título de ilustração, diz um provérbio oriental: “Deus dorme
no mineral, sonha na planta, desperta no animal e vive na criatura
humana”. No livro “La Religion de la Naturaleza”, o autor Eduardo 3. ESPAÇO SEM LIMITES
Alfonso, discorrendo sobre a Essência, teve ocasião de escrever
Nos nossos estudos sobre Cosmogênese, partiremos do
que ela, como Consciência, tem a propriedade de conhecer; e, como
subjetivo para o objetivo, do “Espaço Sem Limites” para o “Espaço
Sensciência, tem a propriedade de sentir, mais ou menos desperta
com Limites”, da Vida Una para a Vida Universal, da Divindade
nos diferentes seres da Criação. Desde que os átomos têm Vida,
Não Manifestada para Divindade Manifestada; do Absoluto para o
todas as suas combinações e formas também estão dotadas de Vida.
Relativo; do Geral para o Particular.
Os Reinos da Natureza têm essa Vida de forma mais especializada e
mais organizada, é assim que neles, desde o Mineral, suas criaturas Eis o grande processo do qual temos que nos imbuir para entendermos
são distribuídas em gênero, famílias, espécies etc. a Cosmogênese. Há nesses estudos a palavra “FOHAT”, de origem
tibetana, que, com frequência, teremos que utilizá-la até mesmo
Deus é palavra que convoca ideias indefiníveis no âmbito do
para o entendimento da Iniciação Eubiótica.
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COSMOGÊNESE - I COSMOGÊNESE - I

FOHAT Logos, eletriza os átomos, cria, une, combina formas, enlaça


Sobre essa palavra, a tradição oculta do Tibete dava-lhe o as demais energias cósmicas, colocando-as à disposição da
sentido de “potência ativa”, “Luz Primordial”, que, no Universo já Mente Universal para a geração e manutenção do Universo.
manifestado, se apresenta como uma “eletricidade cósmica” dotada Após condicionar a formação dos planos ou mundos do
de poder tanto formador como destruidor ou renovador. Antes da Universo, Fohat põe em ação a Lei da Evolução Cósmica,
manifestação do Universo, Fohat é apenas uma “ideia abstrata”, pois que ela é a energia dinâmica da Ideação Cósmica.
porém dotado de todos os poderes previstos para os fenômenos da • As três qualidades de Matéria (“gunas”, em sânscrito),
Manifestação. Há muitas informações sobre Fohat e, dentre elas, diferenciadas por força de Fohat, são cromaticamente
citemos aqui algumas: correlacionadas com os Planos do Universo como segue:
- Nome dado ao poder criador do “pensamento cósmico” que
se manifesta em todos os planos. Como energia consciente • “Satwa”- na cor amarela, é a qualidade da Matéria no
e obediente à Ideação Cósmica manifestada; é o “laço Plano Espiritual do Universo.
misterioso que une o Espírito à Matéria”. • “Rajas”- na cor azul, é a qualidade da Matéria no Plano
- É única quando surge no Mundo Divino, ou Mundo da Psíquico do Universo.
Essência, e fraciona-se em múltiplos de sete quando presente • “Tamas” – na cor vermelha, é a qualidade da Matéria no
nas regiões etéreas e físicas da Matéria. Desse modo, de Plano Físico do Universo.
Fohat, como “Eletricidade Vital”, surge o que conhecemos
como eletricidade, calor, coesão, gravitação, luz, magnetismo • Assim, FOHAT atendendo a Vontade Divina dá início à
e som, que, por sua vez, se subdividem em outros grupos manifestação e impulsiona a evolução, ciclicamente, segundo
setenários de forças. Através de suas sete modalidades um jogo polar entre Espírito e Matéria, ou Causa e Efeito,
de vibração, na primeira emanação do Terceiro Estado de regido pela Lei da Evolução Cósmica ou Universal.
Deus, ou 3º Logos, Fohat define a base natural setenária dos
Universos Solares ou dos Sistemas de Evolução. Daí Há um eterno movimento, um eterno jogo de polaridades
dizer-se que Fohat é a causa da diferenciação dos Universos. entre Espírito e Matéria, mesmo porque um existe em função do
• No nosso Plano Físico, na região etérea da Matéria, Fohat outro. Não há Espírito sem Matéria, assim como não há Matéria
é percebida na cor verde. Mas, sendo uma energia originária sem Espírito. São duas coisas aparentemente opostas, mas que,
do Sol Central do Oitavo Sistema (fonte do nosso Universo), de fato, se completam. Na sua origem, são uma só coisa que se
nele surge na cor amarela. polariza ao se manifestar. A Vida está em todas as regiões ou planos
• Fohat tem mais conotação como uma “força espiritual”, do Universo, em todas as suas criaturas, desde o pó do mineral aos
todavia, é uma força de origem divina ou do estado da mais representativos seres da Humanidade.
Essência, que atravessa o Mundo Espiritual, cria o átomo Na figura que mostraremos a seguir, procuramos representar
primordial e faz surgir “Satwa”, a qualidade mais sutil da a regência da Lei de Evolução, para que tudo progrida em harmonia,
Matéria. Ao penetrar as regiões mais densas da Matéria, é a correspondendo aos arquétipos e aos atributos da “Vontade, Amor-
força que, por Vontade do Logos no seu Terceiro Estado ou 3º Sabedoria e Atividade”:

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COSMOGÊNESE - I COSMOGÊNESE - I

A linha horizontal, na figura, expressa a LEI que, por sua dentro do nosso sistema. Há os movimentos sutis que chamamos
vez, impulsiona a EVOLUÇÃO. A LEI não interfere nem participa; é de vibrações ou ondas; os mais vagarosos que chamamos de
apenas LEI. oscilações; as trajetórias dos planetas que chamamos de órbitas;
• Sob sua regência, manifesta-se de imediato a polaridade as épocas da História que conhecemos como ciclos etc. Tudo
universal, distinguindo-se “Espírito” e “Matéria”. Num processo isso não é mais do que um movimento ondulatório, cíclico (...)”.
concomitante de densificação, as regiões do Espírito estão
representadas no plano superior da linha, enquanto que as 4. DUALIDADE
regiões da Matéria situam-se abaixo, indicando que são regiões
com energias de maior densidade. No 4º Princípio Hermético – “Polaridade”, encontramos o
• Fohat é instrumento regulado pela LEI, que como já se viu, é seguinte:
energia divina com poder de construir e também de destruir para “Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o
que haja renovação das formas em Evolução. igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos
• A figura pretende ainda mostrar que o movimento ondulatório em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam;
caracteriza no Macro e no Microcosmo os vários ciclos todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos
necessários á Evolução, sendo que as causas espirituais (os pode ser reconciliados.”
“noumenos”) precedem aos efeitos materiais (os “fenômenos”),
dentro de uma cronologia perfeitamente estabelecida. 5. POLARIZAÇÃO – PURUSHA E PRAKRITI

No processo manifestativo o Eterno, que é a Unidade, se


espírito
polariza. A Criação só é possível através da dinâmica entre dois
espírito EVOLUÇÃO
LEI polos.
matéria FOHAT Para compreendermos bem o assunto da evolução, precisamos
matéria
nos lembrar de que o Universo provém de uma Unidade em estado
potencial, mas em perfeito equilíbrio. Nesse estado, de perfeito
O PROCESSO EVOLUTIVO É CÍCLICO equilíbrio, a Unidade não poderia criar a Universo. Precisou polarizar-
• Existem ciclos maiores, ciclos menores e ciclos dentro de se, gerar um polo positivo e outro negativo.
ciclos. Essa polaridade gerada no início da Criação dá ao Universo a
• Existem vibrações maiores, vibrações menores e vibrações característica fundamental do movimento. A vida em qualquer
dentro de vibrações. organismo nada mais é do que o movimento ou vibração provocado
• A evolução ocorre de forma periódica e cíclica, expressando a por essa polaridade, presente em toda a parte, nas mais variadas
“Lei dos Ciclos”, que rege toda a manifestação, inclusive das formas, como - som, luz, calor, magnetismo, afinidade química,
Cadeias Setenárias, das Rondas, dos Globos, das Raças. eletricidade, emoção, pensamento etc. O repouso absoluto não
• Citando o grande teósofo Emanuel Swedenborg, o Professor existe na Manifestação. Tudo o que existe no Universo, desde os
Henrique José de Souza, no artigo “Energia Atômica” (revista corpos que vemos no firmamento até o menor grão de areia, tudo é
Dhâranâ nº 86), escreveu: “ A LEI mais essencial da Natureza ser vivo, veículo da Essência Una, em vários graus de vibração.
é a da vibração. Um ponto imóvel é absolutamente impossível
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Existe um princípio ocultista que diz: “A matéria nunca é tão ativa pontos Laya que resultam na formação de 7 Sistemas Evolutivos,
como quando parece inerte”. onde se desenvolverão os Sistemas Solares.
Já vimos que a Substância Eterna é o substrato do Não Ser que se
A polaridade cósmica que sustenta a matéria está presente no transforma no Ser, por Vontade Divina e ação de Fohat. A Substância
cotidiano de nossa vida: bem e mal; sim e não; amor e ódio; alto e se polariza e se despolariza, voltando ao Não Ser, na sua condição
baixo; dia e noite... amorfa e indiferenciada, enquanto a Essência permanece imutável.

Surgem então os princípios potenciais do Espírito e da Matéria, 6. DIAS E NOITES DE BRAHMÂ


conhecidos na literatura Védica como Purusha e Prakriti. Purusha
compreende estados de Consciência Cósmica. É o Espírito que Na sucessão daquilo que a Sabedoria Oriental chamou de Dias
paira sobre a Criação, impregnando tudo. Prakriti compreende e Noites de Brahmâ (Manvantara e Pralaya) tudo surgiu e
os substratos da manifestação, as formas de que se revestem as permanece. Daí falar-se que o processo evolutivo é cíclico. Do
consciências para poderem se objetivar e evoluir. “Espaço Sem Limites” surgiu o “Espaço com Limites”.

• Purusha e Prakriti não podem subsistir um sem o outro, porque Segundo a Ciência Iniciática, tanto Espírito como Matéria não são
se constituem em uma polaridade dialética. O que acontece é permanentes. Só passam a existir no período de manifestação.
que, ao longo da manifestação, existe ora predominância de Período de manifestação chamado pelos Brâmanes de Dia de
um, ora de outro. Brahmâ, ou MANVANTARA.
O período da não manifestação da Divindade é denominado
• Não pode haver manifestação sem polarização. Para que um Noite de Brahmâ ou PRALAYA.
ser humano seja criado ou manifestado, necessária se faz a
polarização Pai-Mãe. Este fato concreto é o mais perfeito reflexo • Manvantara ou Manwantara - Dia de Brahmâ - Período de
do que ocorre macro cosmicamente. Manifestação. Constitui um grande período de evolução. A
cronologia indostânica fala algo acima de 4 trilhões de anos
A Manifestação acontece por etapas, a partir de um ponto inicial – solares, sendo que a Idade de Brahmâ é uma soma de 100 Dias
o Ponto Laya. A palavra sânscrita, Laya, tem o sentido de dissolução de Brahmâ, alternados por Noites de Brahmâ. Portanto são
das formas, mantendo a Substância em seu estado indiferenciado, muitos os Manvantaras
mas é também o ponto de partida de um Manvantara, do despertar
da Ideação Cósmica, o início da Manifestação. Laya é o ponto • Pralaya - Noite de Brahmâ – É um grande período de repouso
onde o Nada se faz Tudo, o Não Ser adquire a condição de Ser, o que sucede ao grande período de atividade ou Manvantara.
Absoluto passa a ser Relativo, a ter atributos, formas, limitações. Diz-se que o “Eterno parou para pensar”. O que ocorre em tal
É nesse ponto o centro abstrato onde ocorre a diferenciação dos período é uma assimilação – por parte da Mente Cósmica – das
elementos originários dos átomos primordiais que constituem o experiências havidas durante o Manuântara. Assimiladas tais
nosso Sistema Solar. Fohat condiciona o surgimento de 07 (sete) experiências, inicia-se um novo período de evolução, ou um
novo Manuântara, já agora com novas características.
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Toda vez que há um recolhimento das experiências, após • SUBSTÂNCIA PRIMORDIAL


a dissolução das formas, no Ponto Laya, prepara-se o início de
A definição esotérica de “Substância” é fundamental para o
um novo Manvantara, Fohat é a força que gera o novo Universo
entendimento básico da Cosmogênese e da Divindade. Definições
nesse novo Manvantara. Isto significa nova dinâmica no processo
na linguagem esotérica constituem um grande desafio para o
evolucional, conquista de um degrau superior ao anteriormente
mental concreto, comparativo, pois que na maioria das vezes são
firmado.
abordados temas abstratos. Por exemplo, atribui-se a Eliphas Levy,
Os Planos ou os Mundos se permeiam no Universo. Eles
autor de muitos livros ocultistas, a seguinte frase: “Definir Deus é
possuem uma mesma Essência, uma mesma origem, e por força da
negá-lo, porque definir é tornar finito, dar conceitos, limitar”. Quando
Lei dos Ciclos, dia virá que tudo se confundirá no Absoluto do Não
conversamos sobre a Substância Primordial, estamos também
Ser, do Nada Tudo.
tratando de abstrações. Os antigos teósofos reconheciam na
A figura seguinte ilustra um pouco do que acabamos de
Substância um aspecto dual: ora perceptível, ora imperceptível, o
escrever:
que equivale dizer que ora está diferenciada, em substância física,
psíquica e espiritual; ora está indiferenciada como Substância Pré-
Pralaya
Dia Completo de Brahmâ Cósmica, Mûlaprakriti ou aquele aspecto do Absoluto, que serve de
base a todos os planos objetivos da Natureza.
Causa
Purusha Pontos Noite de CRONOS
Manvantara Brahmâ Eixo da Evolução
Espírito Laya
LEI • Substância é algo que é Tudo e ao mesmo tempo é Nada; é
Efeito 1 Dia de 7 Tudo quando se manifesta e é Nada quando não se manifesta,
Prakriti 2 Brahmâ 6
Matéria Descida 3 4 5 Subida sendo os dois ao mesmo tempo.
Pravritti-Márga Nivritti-Márga
Máximo
• É raiz indiferenciada dos Universos, que às vezes é confundida
Mas, por que estudarmos Cosmogênese? Uma aspiração com “Matéria”, mas é preciso lembrar que dela também surge
superior da criatura humana é a de ser esclarecida quanto à sua o “Espírito”. Como Mûlaprakriti, em sânscrito, é definida como
origem e seu desiderato, ou seja, de onde vem e para onde irá. Raiz da Natureza ou da Matéria.
O ser humano sendo um “Microcosmo”, reflexo do “Macrocosmo”,
é natural que seja impressionado pela força evolucionária que • É também importante lembrar que enquanto a Essência é algo
impele todo o Universo, do qual é parte, na razão do princípio que permanece imutável na condição do Não Ser e do Ser
hermético que afirma: “O que está em cima é como o que está em (do Absoluto e do Manifestado), a Substância diferencia-se na
baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima”. Deus Manifestação.
estando dentro e fora de nós é Vida que aspira a meta suprema no
“Substância é Aquilo que é tudo e é nada simultaneamente,
interminável movimento ondulatório repartido em ciclos maiores
raiz dos Universos, causa sem causa de todo o Espírito e de toda
e menores de atividades e em respectivos pralayas maiores e
a Matéria, de onde tudo surgiu, onde tudo se manifesta e gravita,
menores.
e para onde tudo converge e se recolherá do Ser ao Não Ser”.

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O ser humano, sendo parte do Universo, ou seja, da


“Substância em suas diversas diferenciações”, quando pensa nesta,
conecta-se com ela; se não pensa nela, não se liga a ela. Quando
pensamos ou falamos com convicção na Substância, ela manifesta-
se ou apresenta-se, possibilitando-nos plasmar nossas aspirações.
O ser humano, portanto, tem o poder, a força, a categoria hierárquica
de modelar a “Substância”, à semelhança do Universo, do qual é
parte. Como criar as condições para trazer a Substância para o
campo da nossa mente consciente? Lendo, estudando, pensando,
falando a respeito dela.

AULA Nº 09
COSMOGÊNESE - II

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COSMOGÊNESE - II COSMOGÊNESE - II

COSMOGÊNESE II • É expressa por um círculo com um ponto no centro;


correlaciona-se com uma qualidade de Matéria
AS TRÊS HIPÓSTASES DO LOGOS ÚNICO denominada Satwa; cor amarela.
• É o Mundo das Causas.
• Definindo a palavra “Hipóstase”. • É também conhecida como o “germe no ovo”, a
manifestação primordial do Eterno, por sua própria
Segundo o Dicionário Houaiss: para os pensadores da
Vontade.
Antiguidade, hipóstase é realidade permanente, concreta e
• No simbolismo das Trindades, recebe a denomina-
fundamental; substância.
ção de “Plano do Pai”.
Ao falarmos das três Hipóstases do Logos Único, estamos
de fato nos referindo as três fases do processo da Manifestação
Segunda Hipóstase
Divina. Assim podemos dizer nos três estados de Deus, ou nas suas
três “pessoas”, a “Santíssima Trindade” dos cristãos, mas também
• Conhecida como 2º Trono ou 2º Logos.
as Tríades Sagradas do “Pai – Mãe – Filho” das várias tradições
• É expressa por um círculo com um traço na
(Brahmâ – Vishnu - Shiva; Osíris – Isis – Hórus; etc). Na linguagem
horizontal; correlaciona-se com Rajas; cor azul
esotérica é corrente o uso da expressão Logos, de origem grega,
• É o Mundo das Leis, onde se dá a “Plasmação”
cujo significado é razão, palavra, doutrina. Para os antigos gregos
das Ideias emanadas do Eterno no 1º Trono.
o significado de Logos, como a razão das coisas ou a palavra,
• O 2º Trono constitui-se de duas Faces: a Superior
associado ao significado de Theos, como movimento, equivale ao
e a Inferior.
que estamos chamando de Manifestação, um movimento onde a
• A Face superior está em relação com o Espírito; é
razão das coisas ou o Verbo Criador se destaca em três situações
a “concavidade do subjetivo absoluto”; está voltada
denominadas 1º, 2º e 3º Logos. Há de considerar que do 1º Logos
para o 1º Trono.
- que é a primeira fase da Manifestação - emana o 2º Logos; e de
• A Face inferior está em relação com a Matéria;
ambos procede o 3º Logos.
é a “concavidade do concretismo absoluto”. Está
Os membros da SBE adotaram a palavra “Trono” em
voltada para o 3º Trono.
substituição a Logos, resultando, portanto, as expressões 1º Trono,
• No simbolismo das Trindades, recebe a denominção
2º Trono, 3º Trono.
de “Plano da Mãe”.
• No 2º Trono, a polaridade, já existente em potencial,
Primeira Hipóstase se expressa de modo efetivo, mas só será ativada
na 3ª hipóstase.

• Essa Hipóstase é conhecida como 1º Trono ou


1º Logos.

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Nessa fase, a polarização cria dois centros cósmicos OS SETE AUTO-GERADOS


ativos:
• Em cima: Purusha / Espírito = um impulso que O Mistério do número 137
impele a busca do não realizado, como expressão
da Vontade Divina. Em síntese, pode-se dizer que a Divindade é:
• Em baixo: Prakriti / Matéria = onde residem as • UNA em Essência;
experiências dos Universos já realizados. • TRÍPLICE em Manifestação;
• SÉTUPLA em Evolução.
Terceira Hipóstase
O número 137 é cabalístico por excelência. Lido ao contrário,
• Conhecida como 3º Trono ou 3º Logos. ou seja, 731, revela uma associação correspondente a três letras que
• É expressa por um círculo com um traço na vertical resultam na palavra LEI. Essa associação nos leva a identificarmos a
e outro na horizontal, formando uma cruz; Tamas é origem dos três Poderes que compõem uma República: o Legislativo;
a sua qualidade de Matéria; cor vermelha. o Executivo; o Judiciário. Expressa, pois, a manifestação da LEI como
• É o Mundo dos Efeitos. causa única e absoluta da existência e da mecânica evolucional dos
• Neste Trono, a polaridade torna-se ativa. Tudo Universos. Daí a importância, nos nossos estudos, de estarmos
agora tem seus dois polos, o que caracterizando a atentos às analogias que nos permite constatar preciosos saberes,
dualidade na ideia manifestada. como esse que permite-nos reconhecer uma “GRANDE LEI QUE A
• É onde aquilo que foi gerado como ideia no TUDO E A TODOS REGE”.
1º Trono e plasmado no 2º Trono toma forma Nesse número, pois, está contida a manifestação da LEI por
material, torna-se efeito, fenômeno, nos vários meio daquele que legisla: o MANU, que dá nome a este primeiro
planos de que se compõe o Universo. Grau Iniciático.
• Para os antigos teósofos é do 3º Logos que parte No livro de Laurentus, “Ocultismo e Eubiose”, comentando
a primeira onda de Vida, a primeira emanação que, sobre o assunto, o Autor escreveu: “ o número de maior expressão
por ação de Fohat, desperta, vitaliza e eletriza os cabalística é o 137: o Um da Unidade Imperecível; o Três da sua
átomos, como partículas últimas ou unidades de manifestação; e o Sete da sua evolução... Na arte musical, como
cada plano cósmico, dotando-os de forças de atração expressão do Heptacórdio Divino, temos as sete escalas, cada
e repulsão para formarem os seus respectivos uma delas composta de sete notas, por meio das quais desliza
subplanos. um acorde perfeito que, sendo formado de três notas, equivale ao
• A cruz no círculo expressa a manifestação ativa, a da referida Mônada. E isso no esplendor Iniciático de Harmonia,
realização dos potenciais originados dos Tronos ou Melodia e Ritmo”. Citando uma das Estâncias de Dzyan, um dos mais
Logos anteriores, gerando os planos, os mundos, antigos livros do mundo, o Autor comentou a enigmática frase: “Do Uno
as formas e as criaturas que compõem o Universo. -Trino surgiram os Sete Autogerados.” A seguir, esclareceu que “assim
• No simbolismo das Trindades Sagradas, é o “Plano como os sete planetas nasceram do Sol central, formando um sistema,
do Filho”. surgiram ‘os Sete Arcanjos diante do Trono’ (ou ‘Anjos da Presença’),
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isto é, Aqueles que contemplam o Sol dos sóis, o Sol Oculto, Sol um aspecto que representa “Purusha” (Espírito ou Consciência
Espiritual, Deus, Jeová, Supremo Arquiteto, Unidade donde tudo Espiritual) do qual emanam os SETE AUTOGERADOS também
procede.” Para corroborar com essa afirmação, é oportuno lembrar conhecidos nas diversas tradições como:
da palavra autorizada de um dos preclaros membros da Linha dos
• Os Sete Dhyans-Choans Superiores,
Kut – Humpas o seguinte : “O Sol visível não é absolutamente o astro
central de nosso pequeno universo, mas seu véu ou imagem refletida. • Os Sete Anjos Da Presença,
O Sol invisível, Sol oculto é, segundo sabemos, composto de algo sem • Os Sete Ishwaras,
nome para a linguagem humana, não podendo, pois, ser comparado • Os Sete Luzeiros.
a nenhum dos elementos conhecidos pela Ciência Oficial.”
No nosso estudo vamos nos referir a eles com mais frequência
“Do UNO-TRINO surgiram os SETE AUTOGERADOS” por meio das expressões: Luzeiros e Ishwaras.
Essa projeção do UNO-TRINO no 2º Trono teve como objetivo
plasmar - na matéria - o que foi idealizado no 1º Trono. É a
partir daí que se inicia o processo desenvolvido pela evolução
setenária cósmica.
A “Suprema Unidade”, o “Logos Único”, o “Oitavo Logos”,
multiplicou-se por sete (7). “Oitavo” tem o sentido de síntese,
ou Aquele que dá origem aos sete (7) que Dele promanaram.
Esses sete (7), por sua vez, por projeções, irão se desdobrando
através de planos cada vez mais densos até chegarem às
Explicando a imagem acima podemos dizer que: criaturas dos Reinos da Natureza, inclusive do Reino Hominal
• O triângulo superior representa o UNO-TRINO. É a Espirituali- ou a Humanidade propriamente dita.
dade máxima. Está em relação com a Primeira Hipóstase da
manifestação: o Primeiro Trono ou Primeiro Logos. Importante: Quando se diz que o UNO-TRINO projetou-se num
• É também denominado de “SOL CENTRAL DO OITAVO plano inferior ao seu – no 2º Trono -, não significa que o 1º Trono
SISTEMA”, o “LOGOS SOLAR” do nosso Sistema Evolucional. ficou vazio. O que houve foi um desdobramento, um reflexo do UNO-
TRINO no 2º Trono, em aspecto setenário. O UNO-TRINO continua,
O Sol Oculto para o qual o Sol físico, que identificamos no
pois, a existir no 1º Trono, de onde inspira, ilumina, no 2º Trono, os
nosso sistema sideral, é, na verdade, um reflexo Daquele no Sete Sóis, os Sete Autogerados que dele emanaram.
mundo que percebemos e codificamos com a astronomia.
FACE INFERIOR DO SEGUNDO TRONO
FACE SUPERIOR DO SEGUNDO TRONO
• Os Sete Autogerados, Sete Ishwaras ou Sete Luzeiros,
• Ao se manifestar, num plano inferior ao seu, o UNO-TRINO ao se projetarem na Face Inferior do 2º Trono, recebem a
projeta na “Face Superior do Segundo Trono” (Segunda Hipóstase) denominação de “PLANETÁRIOS”.

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• Os “Sete Autogerados” constituem, pois, coletivamente, Divina Essência, cada vez mais, foi velando-o até ao ponto em que
a Ideação Cósmica plasmada no 2º. Trono, a qual, por sua mal pudesse ser reconhecida sua Divindade.
vez, se projeta no 3º. Trono. Ali vão surgir, também, as SETE É nesse estado ou Logos da Manifestação que se fala
HIERARQUIAS CRIADORAS. também da ação dos Sete Logóis, equivalentes Àqueles mesmos
• É a partir daí que se inicia o processo desenvolvido pela Autogerados, operando a Matéria com as correspondentes
evolução setenária cósmica. Hierarquias Criadoras para a formação do Universo. Pode-se dizer
que estes “Sete Anjos Diante do Trono de Deus” expressam sete
• O Logos manifestado é impessoal, expresso pelo conjunto modalidades da Vontade Divina, cujas manifestações físicas são
de SETE HIERARQUIAS, cada uma com uma função aquelas sete forças desdobradas da Força Primordial, Fohat, ao
específica. As SETE HIERARQUIAS são formadas por uma penetrar nas regiões mais densas da Matéria, ou dos Mundos Etéreo
infinidade de Seres altamente evoluídos e conscientes que e Físico. Algumas vezes, Fohat é intitulado “Fogo Frio”; e Kundalini,
formam sete (7) centros potenciais que determinarão os sete
“Fogo Quente”, os “Pai e Mãe Cósmicos”.
(7) Princípios ou linhas de atividades características.
Há que dizer que a “matéria atômica” de cada mundo ou plano
• Cada ser humano está sob a égide de um desses centros difere entre suas partículas ou unidades em frequência vibratória e,
que determinam “ o raio ou a tônica” a que a pessoa pertence. portanto, a classificação usada pela Ciência Oficial para moléculas,
Cada Hierarquia é presidida por um Luzeiro. átomos, íons, elétrons etc. não atende à Química Oculta quando
esta analisa a composição de planos etéreos e superetéreos, muito
• Como vimos, a “Substância Primordial”, tendo se polarizado,
além dos estados sólido, líquido, gasoso e radiante, próprios das
transforma-se no Ser que projeta (que plasma) no 3º. Trono a
manifestação trina, a qual terá sete princípios, sete estágios regiões mais densas do plano físico.
de evolução, estados ou níveis de consciência. O que cientistas da Física grosseiramente reconheceram
como Raio Cósmico, os antigos ocultistas reconheciam como Fohat,
• Para que possa ocorrer a manifestação, o perene fluxo de vida força primordial, criadora, cuja fonte se encontra no Imanifestado.
emanado do Logos Manifestado, está sempre transformando No artigo “A Energia Atômica”, o Prof. H. J. de Souza compara essa
em ativas as forças da Natureza, adormecidas, na fonte ou teoria científica com a de Fohat – “a Inteligência Ígnea, ativa, base dos
raiz da Matéria. Fogos Internos do sistema solar” (revista Dhâranâ nº86). Para o Autor,
São os SETE AUTOGERADOS que dinamizam essas forças, as a palavra átomo tem um significado que transcende ao do elemento
quais possuem sete tônicas diferentes (OU OS SETE TATTVAS, químico, ou do supostamente indivisível e último fragmento da matéria
CUJA SÍNTESE É PRANA). física. É do Autor a seguinte observação: “Nunca é demais comparar
o termo científico Átomo, com o Atmã, teosófico, cujo verdadeiro
TERCEIRO TRONO sentido é: Hálito de Vida (...)”.
Atribui-se aos antigos teósofos a afirmação de que a 1ª
emanação ou onda de Vida procedente do 3º Logos foi o movimento
necessário para despertar a matéria atômica de cada um dos sete
planos, resultando as combinações que geraram os respectivos
subplanos nos quais a “descida” do Espírito Divino ou portador da
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COSMOGÊNESE III

OS PLANOS CÓSMICOS

O Princípio Hermético também conhecido como Princípio da


Correspondência diz:
“O que está em cima é como o que está embaixo; e o que
está embaixo é como o que está em cima”.

O Logos Único, ou o Eterno, para se manifestar, cria os


Planos necessários à sua manifestação. Não são os nossos planos
AULA Nº 10 conhecidos nesta nossa 3ª dimensão. São Planos utilizados pelo
Logos, portanto, “Planos Cósmicos ou Universais”. Dentre eles, está
COSMOGÊNESE - III o Plano Físico, onde os sentidos humanos conseguem perceber
algumas de suas regiões, isto é, subplanos mais densos expressos
como estados sólido, líquido, gasoso e radiante; e alguns dos
subplanos menos densos, mais etéreos.

Há teorias antigas no Oriente que concebem o Universo


constituído de 7 Planos Cósmicos, sendo que dois são inacessíveis
à consciência humana, por mais evoluída que seja. Assim, falam de
5 Planos de onde surgiram os sete princípios que constituíram o ser
humano. Pode-se dizer que o sétimo princípio é a própria fração da
Essência Divina à qual servem os seis veículos da criatura humana.
Os 2 Planos Cósmicos mais sutis, inacessíveis à consciência
humana, são denominados, em sânscrito, Mahanirvânico e
Paramahanirvânico, respectivamente, 6º e 7º Planos. Para os 5
Planos, em ordem ascendente, do mais denso para o mais sutil, em
termos da Matéria diferenciada, a classificação teosófica é: Físico,
Astral, Mental, Búdico, Nirvânico. Nesse Plano ou Nirvâna é onde o
ser humano, evoluído por esforço próprio, está liberto de todos os
efeitos que geram o ciclo das encarnações, está agora no Mundo
das Causas, livre da ilusão dos sentidos, por força do predomínio
do Espírito.

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COSMOGÊNESE - III COSMOGÊNESE - III

Entre os membros da SBE, adota-se a teoria de que os Planos


Cósmicos são em número de 4, concordando também que neles SOL OCULTO
TRÍPLICE ATMÃ
estão as fontes dos sete princípios que resultam na formação dos BRAHMÂ-NIRGUNA
sete veículos da criatura humana. Esses Planos Cósmicos recebem
os nomes de:

ALAYA, MAHAT, KAMA-FOHAT, PRAKRITI. PLANOS SUBPLANOS


A
Em resumo, seguem as considerações que esclareceremos depois: ÂDI R
R
ALAYA Ú
ANUPÂDAKA P
a. No seu Plano original, o Logos - como UNO TRINO - é tam- I
C
bém conhecido como SOL OCULTO, TRÍPLICE ATMÂ e ATMICO O
ainda BRAHMÂ NIRGUNA. S

BÚDICO
b. Aqui se torna necessário definir o termo “Brahmâ Nirguna”
MAHAT R
que significa: Brahmâ sem Guna, ou seja, no seu Plano origi- Ú
MENTAL P
nal, o Sol Oculto ainda não está envolvido ou não contém as
I
três qualidades da Matéria, que conhecemos pelos nomes de C
“Satwa, Rajas e Tamas”. KAMA-FOHAT ASTRAL O
S
ETÉRICO
c. Como vimos acima, Ele cria 4 Planos e respectivos subplanos, FÍSICO FÍSICO
sendo esses em número de 7. DENSO

d. Nos quatro Planos criados, o Logos Único, o Uno Trino, Sol


Oculto, ou ainda o Tríplice Atmã, muda a sua natureza –
densifica-se, limita-se e passa a ser denominado “BRAHMÂ • TRIÂNGULO SUPERIOR
SAGUNA”, o que quer dizer Brahmâ com Guna, ou envolvido Esse Triângulo representa o Incondicionado, o Indestrutível -
nas três qualidades da Matéria. Atmã – O Sol Oculto – Brahmâ Nirguna (sem gunas), onde
as três potencialidades do Ser, ou seja, “Energia”, “Espírito”
e “Matéria” se confundem no Não Ser, no Incognoscível e
O quadro a seguir apresenta os 4 Planos e respectivos Indiferenciado Absoluto.
subplanos, na coluna à direita, encimado pelo Triângulo Superior.

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ALAYA Vimos, aqui, que, além do “Princípio Átmico”, existem dois outros,
ainda mais sutis, que são utilizados pelo Logos para se manifestar,
• Entre os gnósticos e cristãos antigos, o sentido dessa expres- ou seja, “Anupâdaka e Âdi”.
são sânscrita era denominado Anima Mundi. Natureza etérea Esses subplanos são chamados de “Arrúpicos”, ou seja, “sem
que contém todos os éteres inclusive o Akasha. Sua região corpo”. Rúpico vem do sânscrito “Rupa”, que quer dizer: “corpo”.
superior corresponde ao Nirvâna e, em sua essência, é a base, Entendemos, pois, que, nestes 3 subplanos de ALAYA, o Logos
a raiz de todas as coisas, por isso mesmo reconhecida como continua sendo pura energia, puro “espírito universal”, portanto, sem
Mulaprakriti, a Alma Universal, a Alma Mestra, a Ideação Cós- corpo.
mica formada pelo concurso dos Sete Luzeiros.
MAHAT
• É o plano arquetipal do Universo, visto que arquétipo, etimo-
logicamente interpretado, significa tipo ou forma de governo. • Esse plano cósmico subdivide-se em 2 subplanos: BÚDICO e
Pode-se dizer que é o plano mental diretor do Universo, onde o MENTAL
conjunto de ideias e pensamentos definem as formas, porque • É o Plano da Mente Cósmica, tendo como seus agentes executores
o Todo harmônico não pode ser produto do acaso. Toda essa as Hierarquias Criadoras
ordem harmônica terá expressão no plano seguinte, Mahat, • É o MUNDO DAS CAUSAS.
pela ação das Hierarquias Criadoras.
• As Hierarquias Criadoras executam o “plano arquetipal”, por KAMA-FOHAT
meio da força consciente de FOHAT, energia dinâmica da
• Nesse plano, há um subplano denominado: PLANO ASTRAL.
Ideação Cósmica, que serve como ponte para que as ideias
• É o Astral Cósmico. A Alma Astral ou Emocional do Universo,
do “Pensamento Divino” sejam impregnadas na Substância
onde evoluem os astros ou sóis, imperceptíveis aos sentidos
Cósmica, com poderes de leis universais e naturais, que
humanos, que iluminam as Cadeias Planetárias.
daquelas são derivadas.
• É o MUNDO DAS LEIS.
Também se diz que ALAYA é o MUNDO DOS PRINCÍPIOS.
• O Plano de ALAYA se subdivide em 3 subplanos denominados: FÍSICO

ADI – ANUPADAKA – ÁTMICO • Esse plano expressa-se como Corpo Físico do Universo.
• Corresponde ao nosso PLANO FÍSICO que, por sua vez, se
Quando estudamos a “Divisão Setenária” – seja do Universo, seja subdivide em 2 outros subplanos, isto é, nele a Matéria está
dos nossos corpos –, aprendemos que existe um Plano Físico, diferenciada em Etérica e Densa.
um Plano Vital (Duplo Etérico), um Plano Astral, um Plano Mental • É no Plano Físico do Universo que evoluem as Cadeias
Concreto, um Plano Mental Abstrato, um Princípio Búdico e um Planetárias.
Princípio Átmico. • É o MUNDO DOS EFEITOS.

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Os subplanos correlacionados a MAHAT, KAMA-FOHAT e FÍSICO, • A evolução da matéria manifestada em cada Manvantara passa,
ou seja, Búdico, Mental (Manásico), Astral, Físico etérico e Físico necessariamente, pelas sete etapas que constituem a evolução
denso são chamados de “Rúpicos”, pois são estados da Matéria criadora de todo o universo solar. Em cada etapa da Matéria na
que já possuem formas, limitações, corpos, sendo que a Essência, o Manifestação, toma um aspecto característico que, no Ocultismo
Atmã, como princípio indiferenciado neles, está, utilizando-os como como nas Ciências Físicas, se chama “Estado da Matéria”.
vestes, para seu despertar consciente no plano evolucional. Na
linguagem esotérica, a palavra espírito pode ser entendida como
Os Sete Estados da Matéria no Plano Físico
um veículo ou “corpo espiritual” formado de matéria dos subplanos
búdico e manásico (manas no aspecto abstrato ou superior). Além Analisando apenas a parte mais densa da Matéria ou sua expressão
disso, entende-se que a presença do Atmã, como Centelha ou Raio física mais densa, pode-se dizer que, no quadro que vamos
originado da Divina Essência, no corpo espiritual do ser humano, apresentar a seguir, destacam-se alguns pontos:
constitui o que se denomina Mônada humana.
• Originalmente a Matéria está num estado informe, como Substância
ANALISANDO APENAS A MATÉRIA FÍSICA Primordial Indiferenciada no seio do Absoluto Imanifestado. Está
em um estado correspondente ao do subplano átmico (um dos
O Plano Físico, também denominado Mundo Físico, é o mais objetivo
subplanos de Alaya). Para a Química Oculta, o estado atômico
e ilusório dos Planos Cósmicos. Nele é que prioritariamente focamos
da Matéria é um estado hiperfísico que não deve ser confundido
a nossa consciência. Didaticamente está descrito em duas regiões
com a dimensão atômica da Química Oficial, pois essa trata dos
ou subplanos: um, em que a matéria está possível de ser percebida
mais de 100 elementos químicos detectáveis nos estados sólido,
pelos nossos sentidos ou detectável por aparelhos da Ciência
líquido e gasoso, a maioria deles encontrada na Natureza e outros
Oficial, denominado físico denso; e, outro, que escapa à percepção
produzidos em laboratórios.
da maior parte da Humanidade, conhecido por físico etérico. Assim
é que falando sobre o sistema solar à luz da astronomia, estamos
• Através de suas transformações cíclicas, o percurso evolucional
falando sobre os corpos físicos dos astros, mas discorrendo sobre
da Matéria é descrito simbolicamente como um círculo, por ter tido
o sistema solar na linguagem esotérica, estamos tratando de
um ponto de partida e um ponto de chegada, onde, carregada
corpos planetários, de matéria hiperfísica, etérea, que foram alvos
de experiências, abastece o acervo da Consciência Universal.
de estudo da astrologia, como ramo do Ocultismo, expressões dos
No artigo “A Energia Atômica”, o Prof. H. J. de Souza escreveu
Sete Luzeiros.
o seguinte: “Terminada a viagem, o átomo volve à sua Fonte ou
Origem: o Raio Cósmico; mas, segundo parece, um pouco diferente
• Os sóis que iluminam as Cadeias Planetárias, tidos como de
de como era quando emergiu por vez primeira (...). Assim, a forma
natureza física, densa, são, na verdade, ainda formas objetivas do
desaparece e a energia se manifesta. A precisão e inteligência
plano físico, mas como vórtices de energia procedente do plano
desenvolvidas em semelhante trajetória acusam uma Consciência
Kama-Fohat ou Astral Cósmico. Sobre esse assunto, atribui-se a
que se há de enriquecer, totalmente, com a experiência” (revista
um Mahatma da linha dos Kut-Humpas a afirmação de que esses
Dhâranâ, nº86, ano 1935).
sóis são “imensos armazéns de energia eletromagnética”.
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• O estado sólido é o ponto extremo inferior do círculo. Mesmo OS SETE ESTADOS DA MATÉRIA NO
nesse estado os elementos químicos, comumente conhecidos por PLANO FÍSICO
“átomos”, não estão absolutamente unidos em suas superfícies,
os espaços entre eles estão preenchidos por materiais em
ATÔMICO
densidades menores correspondentes aos dos demais estados
físicos. Além disso estão permeados também de matéria astral SUBATÔMICO
e mental, e dai se dizer que o pensamento humano pode ETÉRICO ETÉRICO
condicioná-los e produzir fenômenos vistos pelos leigos como
eventos sobrenaturais. ETÉRICO

RADIANTE
• A curva ascendente do quadro, a seguir, significa a “sutilização” FÍSICO
progressiva da Matéria, depois de ter atingido o ponto máximo GASOSO
de condensação, o maior grau de densidade. Nesse processo
LÍQUIDO DENSO
de sutilização pode-se dizer que a Vida como energia vai se
transformando em Vida Consciente. SÓLIDO

• Vai terminar, a Matéria, na última etapa evolucional, em um estado


análogo quando ainda informe e primordial, embora num polo
oposto e superior da evolução, graças aos atributos e características
desenvolvidos e acumulados nessa trajetória. Para os antigos
ocultistas, o ouroboros, palavra de origem grega significando “o que
devora a própria cauda”, era um símbolo solar utilizado com vários
sentidos: ciclo da evolução, eterno retorno, espiral da evolução
que, pelos seus perpétuos ciclos, nunca para, distribuídos em
longos períodos de Atividade alternados por repouso. A imagem
mais divulgada do ouroboros é a de uma serpente que, de modo
circular, morde a sua própria cauda, podendo simbolizar, portanto,
a via evolucional e vitoriosa da Matéria.

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Av. Getúlio Vargas, 481 - São Lourenço - MG - CEP 37470-000

Fundadores: Henrique José de Souza e Helena Jefferson de Souza

CONSELHO DE ESTUDOS E PUBLICAÇÕES


R. Prefeito Gastão Braga, 175 - V. Monte Verde
São Lourenço - MG - CEP 37470-000

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Imagem de uma das faces do Obelisco existente
em frente ao Templo da Eubiose, na cidade de São
Lourenço, Estado de Minas Gerais, Brasil.

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