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Avaliação Funcional:

Clinica Analitico
Comportamental

Rafael Arruda
CRP- 02/27484
O que é uma Avaliação
Funcional:
Avaliação Funcional é uma ferramenta utilizada por clínicos analitico
comportamentais que tem como finalidade a identificação das seguintes
questões:

● Condições Antecedentes

Ex: Quais estímulos emitidos pelo ambiente eliciam respostas que trazem sofrimento
para o cliente e qual o histórico de repetição de respostas de mesma classe.
Eliciar: Produzir, é frequente o uso do termo para se referir à função que o estímulo exerce em relação à
resposta nos comportamentos respondentes ou reflexo. Seu uso, nesses casos, justifica-se por ter uma
relação em que cerca de 100% das respostas ocorrem quando da apresentação do estímulo. Assim, diz
-se que o estímulo elicia a resposta. Cf. EVOCAR
● Eventos Consequentes

“Os homens agem sobre o mundo, modificam-no, e são


modificados pelas consequências de suas ações.” B.F. Skinner

● Operações motivadoras em vigor

Quais são os reforçadores que possibilitam a manutenção do


comportamento
A avaliação funcional possibilita a interpretação da dinâmica de
funcionamento do cliente e o que o trouxe à consulta.

● Visão abrangente e correlacionada


● Detalhada
● Objetiva (Material)
● Descritiva

Uma avaliação funcional bem estruturada encaminha o


terapeuta para uma intervenção efetiva de modo que gere mudança
nas relações comportamentais envolvidas na queixa.
Etapas da Avaliação Funcional:

A avaliação funcional de um comportamento é dividido em 5 etapas


(Follette, Naugle e Linnerooth, 1999):

1. Identificação das características do cliente em uma hierarquia de


importância clínica:

Levantamento das informações gerais da vida do cliente, tanto presentes quanto


passadas, o que inclui a queixa clínica e os possíveis eventos relacionados a ela.

“O termo "comportamento clinicamente relevante – CRB" inclui tanto os


comportamentos-problema como os comportamentos finais desejados.”

(Alencar, Redpsi, 2008)


2. Organização dessas características em princípios comportamentais:

Organização das informações coletadas na primeira etapa, a partir das leis do


comportamento, em que são identificadas as contingências operantes e respondentes em
vigor.

“Na análise do comportamento, o conceito de contingência indicava, originalmente,


uma justaposição (temporal ou espacial) entre eventos, mas logo evoluiu para uma
concepção de relações de dependência entre os eventos (os ambientais ou
comportamentais e os ambientais).”

(Souza, 2000)
3. Planejamento da intervenção:

Planejamento de uma ou mais intervenções com o objetivo de modificar as relações


comportamentais identificadas na etapa anterior.

“O mentalismo, ao fornecer uma aparente explicação alternativa, mantinha a

atenção afastada dos acontecimentos externos antecedentes que poderiam explicar o

comportamento” (Skinner, 1974, p. 19).


4. Implementação da intervenção:

Atuação clínica com o objetivo de modificar as relações comportamentais responsáveis


pela queixa do cliente, que pode envolver os mais variados processos (reforçamento
diferencial, modelação, instrução, etc.).

Modelação:

É um processo de modificação comportamental que envolve imitação. Nesse caso, os


novos comportamentos são aprendidos a partir da observação de outras pessoas.
Trata-se de uma forma eficaz de melhorar as estratégias de enfrentamento.
5. Avaliação dos resultados:

Análise dos resultados que as intervenções produziram, o que inclui


investigar se as novas relações comportamentais se manterão no ambiente
cotidiano do cliente. Se os resultados não forem satisfatórios, a avaliação
funcional deve ser reiniciada
Referências
1-
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e
cognição (4. ed.). Porto Alegre: Artmed.
2-
Nicodemos e col, Clínica analítico comportamental, Porto Alegre,
Artmed, 2012.
3-
Follette, W. C., Naugle, A. E., & Linnerooth, P. J. (1999). Functional
alternatives to traditional assessment and diagnosis. In M. J. Dougher
(Org.), Clinical behavior analysis (pp. 99-125). Reno: Context Press.
4-
https://www.redepsi.com.br/2008/03/29/comportamento-clinicame
nte-relevante-crb/#:~:text=Al%C3%A9m%20do%20refor%C3%A7a
mento%2C%20a%20an%C3%A1lise,como%20os%20comportament
os%20finais%20desejados.
5-
SOUZA, Deisy das Graças de. O conceito de contingencia: um
enfoque histórico. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 8, n. 2, p.
125-136, ago. 2000 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413
-389X2000000200002&lng=pt&nrm=iso>
6-
Skinner, B. F. (1974). Sobre Behaviorismo. São Paulo: Editora Cultrix

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