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AVALIAÇÃO DOS ESTILOS

DE APRENDIZAGEM EM
UNIVERSITÁRIOS:
uma revisão sistemática
Cleunisse Aparecida Rauen De Luca Canto1
Rogério Cid Bastos2

RESUMO
Objetivo: identificar como são avaliados os estilos de aprendizagem em univer-
sitários e qual a sua correlação com a prática educacional.
Design/metodologia/abordagem: este artigo apresenta os resultados de uma
revisão de literatura sobre a avaliação dos estilos de aprendizagem em universitários.
Para a coleta e seleção de artigos, foram utilizados procedimentos de revisão siste-
mática, em fevereiro de 2019. Os artigos selecionados foram analisados por meio
da categorização conceitual de suas variáveis e resultados. O checklist PRISMA
***
direcionou as etapas da pesquisa. 1. Doutoranda, e-mail:
Resultados: dos 58 artigos selecionados na revisão, 16 (28%) atenderam aos cleocanto@gmail.com
critérios de elegibilidade. Os resultados mostraram a Turquia como o país que
2. Doutor, e-mail:
mais contribuiu com estudos. “Estilo cognitivo de aprendizagem” foi o descritor rogerio@inf.ufsc.br
de maior destaque (72%) e ensino superior esteve presente em 56% deles. Todos
os artigos utilizaram algum instrumento de avaliação, totalizando 13 modelos ***
diferentes. Os estilos de aprendizagem visual, auditivo e cinestésico foram os mais
citados entre os estudos.
Limitações da pesquisa (se aplicável): a utilização de diferentes instrumentos de
avaliação, com abordagens distintas, dificultou as correlações.

Palavras-chave: Estilos de aprendizagem. Avaliação. Gestão do conhecimento.


Instrumento de avaliação.

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1 INTRODUÇÃO
A maneira particularmente estável com que um em procedimentos metodológicos de ensino
indivíduo organiza e controla as estratégias de para melhorar as capacidades de aprendizado
aprendizagem na construção do conhecimento do estudante” (SILVA; WECHSLER, 2010,
é uma característica do seu “estilo de aprendiza- p. 148). Segundo Cooper (1977), “saber como
gem”. Segundo Dunn e Dunn (1978), os estilos os seres humanos aprendem” e “saber como
de aprendizagem são um conjunto de condições proporcionar situações que facilitem o aprendi-
por meio das quais os sujeitos concentram, ab- zado” deveriam estar entre os principais conhe-
sorvem, processam e retêm informações e habi- cimentos dos professores, pois assim estariam
lidades novas ou difíceis. São comportamentos aptos a ajudar seus alunos na identificação das
diferentes que servem como indicadores do características do seu modo de aprender, levando
funcionamento da mente das pessoas, das suas os alunos a aprender a aprender.
competências e capacidades de se relacionarem
Para investigar melhor este tema, o presente
com o mundo (GREGORC, 1979).
estudo objetivou identificar como são avaliados os
Conforme apontaram Kolb (1984) e Felder e estilos de aprendizagem em universitários e qual a
Silverman (1988), estilo de aprendizagem é um sua correlação com a prática educacional. A questão
conjunto de rotas, ou caminhos, que os indiví- de pesquisa que norteou o estudo foi: “Como os
duos utilizam para o recebimento e o proces- estilos de aprendizagem são avaliados e qual é a
samento das informações. Caminhos estes que sua correlação com a prática educacional?”. Para
se caracterizam como “preferências individuais responder a esta indagação, fizemos uma busca
que afetam a recepção de informações, interação sistemática da literatura, em base de dado de
com colegas e professores e participação na vida fonte primária, para identificar estudos cientí-
educacional” (GRASHA, 1996, p. 4). ficos que contribuíssem, de alguma forma, com
pressupostos nesta área. Assim, construímos o
Esta preferência é apresentada pelo aluno no
artigo em 5 seções: na seção 1, apresentamos
momento da aprendizagem, sem, no entanto, ser
uma introdução ao tema; na seção 2, os conceitos
uma previsão infalível do seu comportamento,
basilares; na 3, o método de estudo; na 4, os
já que os estilos não indicam as capacidades de
resultados e a discussão; e na 5, as constatações
aprendizado, mas as preferências, que se carac-
finais deste estudo. Para finalizar, apresentamos
terizam como “uma possibilidade de investir
as bibliografias utilizadas.

2 REVISÃO DA LITERATURA
Os estilos de aprendizagem têm gerado grande Mais tarde, em 1937, Allport usou o termo para
interesse, mas também controvérsia nos últimos designar abordagens individuais para resolver
30 anos. Thurstone, em 1924, foi um dos pri- problemas, receber e recuperar informações
meiros autores a fazer referência ao papel dos memorizadas. A partir destas observações,
estilos cognitivos no desempenho intelectual. diferentes autores mencionaram as relações

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entre estilos cognitivos e o processo de ensino dos estudantes, e a ideia de avaliar este pro-
e aprendizagem como uma abordagem indivi- cesso surge como uma vantagem educacio-
dual por meio da qual as pessoas respondem a nal. Conforme apontaram Santos, Bariani e
situações de aprendizagem (VALENTE, 2019). Cerqueira (2000), a avaliação dos estilos de
pensar e aprender, tanto no sentido de obter
O estilo de aprendizagem, para Felder (2017),
vantagens dos potenciais identificados, como
é uma preferência característica e dominante
no enfrentamento dos limites percebidos, é uma
na forma como as pessoas recebem e proces-
oportunidade que vem crescendo, já que permite
sam informações, considerando os etilos como
verificar a forma como as pessoas agem ou
habilidades passíveis de serem desenvolvidas.
como pensam, e não as habilidades adquiridas.
Para o autor, alguns aprendizes tendem a focar
em estratégias mais visuais, com ênfase em No entanto, avaliar os estilos de aprendizagem
imagens, figuras, esquemas, enquanto outros e entender como os estudantes processam a
absorvem melhor a partir de mensagens verbais, informação não é algo trivial. No Quadro 1
explanações orais ou escritas, e outros, ainda, apresentamos diferentes instrumentos uti-
demonstram grande interesse por cálculos, da- lizados e indicados por alguns autores para
dos, teorias. Uns preferem aprender de modo avaliar os estilos de aprendizagem, e cada um
ativo e interativo, enquanto outros já têm uma traz uma classificação específica, mas todos
preferência mais introspectiva e individual. objetivam mensurar os tipos de capacidades
mediadoras, de percepção de ordem, de julga-
O crescente número de investigações sobre os
mento, de entendimento, ou de processamento
processos de ensino e de aprendizagem aponta
da informação.
para a preocupação em melhorar o desempenho

Quadro 1: Resumo das teorias e instrumentos de avaliação dos estilos de aprendizagem

Referência Teoria Instrumento Elementos dos estilos

Extrovertido/introverti-
Myers; Briggs, Não Inventário Myers-Briggs do; sensorial/intuitivo;
1970 identificada Type Indicator (MBTI) reflexivos/sentimentais;
julgadores/perceptivos

Escala de Estilos
Independente/dependente;
Aprendizado de Aprendizagem
Grasha, 1972 colaborativo/competitivo;
universitário do Estudante
participante/ausente
Grasha-Riechmann

Aprendizado Inventário de Estilos de Acomodador; convergente;


Kolb, 1976
vivencial Aprendizagem assimilador; divergente

Símbolos e seus significados;


Estilo cognitivo Inventário de Estilo de
Nunney, 1978 determinantes culturais;
educacional Interesse Cognitivo
modalidades de inferência

Compreensão Blue sky; Blue earth;


Albrecht, 1980 Mindex
sobre o cérebro Red sky; Red Earth

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Referência Teoria Instrumento Elementos dos estilos

Lynch, Estrutura do Controle; exploração; com-


BrainMap
1981/1984 cérebro pra; preservação

Hermann, Funcionamento Formulário de Cerebral left; limbic left;


1981/1988 do cérebro participante cerebral right; limbic right

Pesquisa de
Aprendizado Ambiente imediato; emo-
Price; Dunn; Preferências de
de crianças em cional; necessidades sociais;
Dunn, 1982 Produtividade
sala de aula necessidades físicas
Ambiental

Capacidades mediado- Percepção abstrata e con-


Não
Gregorc, 1982 ras de percepção e de creta; ordem sequencial e
identificada
ordem aleatória

Executores/ativista;
Honey; Aprendizagem Questionário de Estilos Executores/pragmático;
Mumford, 1982 vivencial de Aprendizagem Pensadores/refletor;
Pensadores/teorista

Não Inventário de Estilos de Condições; conteúdo; forma;


Canfield, 1983
identificada Aprendizagem expectativa

Não Idealista; pragmático; realis-


Ward, 1983 Não identificado
identificada ta; existencialista

Extroversão/introversão;
Myers; Tipos psicológi- Indicador de Tipo sensação/intuição; pen-
Mccaulley, 1985 cos (Jung) Myers-Briggs samento/sentimento;
percepção/julgamento

Fatores Teste de Estilos de


Kannar, 1995 Auditivo; visual; cinestésico
fisiológicos Aprendizagem

Extroversão/introversão;
Inventário Brasileiro
Tipos psicológi- sensação/intuição; pen-
Casado, 1998 para Diagnóstico das
cos (Jung) samento/sentimento;
Diferenças Individuais
percepção/julgamento

Percepção (sensorial/intui-
tivo); organização (indutiva/
Felder; Não Índice de Estilos de
dedutiva); processamento
Saloman, 1998 identificada Aprendizagem
(ativo/reflexivo); compreen-
são (sequencial/global)

Mapa de
Visual; aural-read; write;
Fleming, 2001 estilos de Modelo VARK
kinesthetic
aprendizagem

VAK; introvertido/extrover-
Não Instrumento tido; intuição/pensamento
Oxford, 2003
identificada Padronizado de Oxford analítico; mente fechada/
aberta; e global/analítico

Fonte: Adaptado de Mendes e Bottentuit Júnior (2015)

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A teoria dos estilos de aprendizagem vem preferências de aprendizagem e trabalhar para
se consolidando ao longo dos anos pela sua adquirir os estilos que ainda não têm.
relevância e pela contribuição para a prática
Isto não quer dizer que os autores envolvidos
pedagógica, permitindo conhecer o que está
com o tema corroboram da mesma linha de
sendo pesquisado, orientando a proposição de
pensamento, já que ainda existem controvérsias
novos estudos e apontando as lacunas existentes
na relação entre estilos de aprendizagem e estra-
na área (BARROS; GARCIA; AMARAL,
tégias de ensino para aumentar o desempenho
2008). Assim, considerando a capacidade do
dos estudantes. Nesta revisão sistemática, então,
ser humano de aprender e de se adaptar às
apresentaremos alguns dos desafios propostos
diferentes situações de aprendizagem, Coffield
pelos diferentes autores, favorecendo tanto o
et al. (2004a, 2004b) sugeriram que os alunos
aluno quanto o professor na construção do
devem desenvolver um repertório de estratégias
conhecimento.
e, com isso, tomar consciência das próprias

3 MÉTODO
Esta é uma pesquisa de caráter exploratório que Gerenciamos todas as referências e removemos
se utilizou de método de revisão sistemática da os duplicados usando o software gerenciador
literatura (RSL), em base de dado on-line, para de referências Thomson Reuters Endnote X8
fundamentar o estudo. A RSL utiliza fonte de (Clarivate Analytics, Filadélfia, PA, EUA).
dados da literatura científica e conta, também, Utilizamos uma abordagem de duas fases: na
com “procedimentos sistematizados de coleta e primeira, lemos os títulos e resumos de forma
análise de dados, de forma que a pesquisa seja independente, a partir da plataforma, apontando
transparente e replicável” (STEIL; PENHA; os excluídos; e na segunda, realizamos a busca
BONILLA, 2016, p. 90). dos artigos para leitura do método de aplicação
e, na sequência, leitura do artigo completo.
Utilizamos o checklist Preferred Reporting
Items for Systematic Reviews and Meta- Como critério de elegibilidade, incluímos neste
Analyses (PRISMA), elaborado por Moher estudo todos os artigos que apontaram estilos
et al. (2015), para as etapas da pesquisa. de aprendizagem como foco principal, indepen-
dente de ser um estudo qualitativo ou quan-
As buscas foram realizadas na base de dados
titativo, mas que utilizaram instrumentos de
ERIC (Education Resources Information
medição para avaliar o estilo de aprendizagem.
Center), em fevereiro de 2019, a partir do cons-
Como desfecho principal, selecionamos só os
truto e dos operadores booleanos: “learning
estudos que apontaram aplicação na educação
styles” OR “learning profile”. A base de dados
superior, sem restrição de linguagem, mas só
ERIC foi selecionada por ser uma biblioteca
artigos publicados a partir de 2018 e open source.
digital de pesquisa e informação sobre educação
para educadores, pesquisadores e o público em
geral.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A base de dados ERIC recuperou 7.683 resultados. educacional reportado nos estudos, a maior
Destes, filtramos os artigos, ficando com 3.999 abrangência foi no ensino superior, sendo 56%
(52%), e na sequência só os publicados a partir de deles com este escopo. Todos os artigos exclu-
2018, retornando 161 (4%) estudos para análise. ídos, em atendimento ao escopo da pesquisa,
Estes foram exportados para o Thomson Reuters foram citados no Quadro 2, representando um
Endnote X7 (Clarivate Analytics, Filadélfia, PA, total de 42 registros.
EUA) para eliminação dos duplicados, leitura
No Quadro 3 compilamos os 16 artigos da
dos títulos e resumos. Para leitura do método,
amostra com os autores, o público alvo e o tipo
58 (36%) artigos foram selecionados, sendo 48
de investigação quanto à avaliação dos estilos
(83%) do ano de 2018 e 10 (17%) do ano de 2019.
de aprendizagem, permitindo-nos analisar as
Conforme critério de elegibilidade, 16 artigos
preferências e as principais conclusões dos di-
(28%) foram utilizados.
ferentes autores. Observa-se no quadro 2 que
três artigos são de 2017, no entanto quando
4.1 Características dos estudos a busca foi realizada estes encontravam-se na
seleção de 2018, motivo pelo qual permane-
De acordo com a análise geográfica, os países que
ceram no estudo. Como destaque, observa-
mais contribuíram com o tema foram Turquia,
mos que 3 autores utilizaram o Inventário de
com 13% dos estudos, Indonésia com 4%, e China,
Estilos de Aprendizagem de Kolb (KLSI), 4
Irã e Arábia Saudita, com 3% cada e; os demais
o questionário padrão VARK (visual, auditivo,
países possuíam menos de cinco publicações
leitura-escrita, cinestésico) e 5 utilizaram como
cada. Para os descritores, o destaque foi para o
amostra acadêmicos EFL (English as a Foreign
“estilo cognitivo de aprendizagem”, pois 72% dos
Language)*.
artigos versaram sobre o tema. Quanto ao nível

Quadro 2: Estudos selecionados na revisão sistemática e avaliados neste estudo

2017 2018 2019

AFSHAR; BAYAT, 2018; ÁLVAREZ-MONTERO; LEYVA- ALNUJAIDI, 2019;


CRUZ; MORENO-ALCARAZ, 2018; ALZAHRANI,
ALTUN, 2019;
2018; ARSYAD, 2018; BALTA, 2018; BARRY; EGAN,
2018; BHATNAGAR; SINHA, 2018; CHANDRASEKERA; BARBOSA
ADKINS; YOON, 2018; CHANG-TIK, 2018; CHEN; JONES; GRANADOS;
GUERREIRO, XU, 2018; CHEN; CHEN, 2018; CIMERMANOVÁ, AMARILES
2017; 2018; DEMIRTAS; ONURAY EGILMEZ, 2018; DENIZ; JARAMILLO, 2019;
CAN, 2018; DERAKHSHAN; SHAKKI, 2018; FATAHI; CHENG; MA;
CUEVAS;
SHABANALI-FAMI; MORADI, 2018; HAMZA; WANG, 2019;
DAWSON,
TLILI, 2018; JENA; CHAKRABORTY, 2018; JONES; GÜNES; SAHIN,
2017;
BLANKENSHIP, 2018; KARAGIANNIS; SATRATZEMI, 2019;
QUINN et 2017; KIM, 2018; KOC AKRAN; UZUM, 2018;
THIESSEN;
al., 2017. MAXWELL; SMOKER; STITES-DOE, 2018; OZDEMIR
BEUKELMAN,
et al., 2018; PRAYEKTI, 2018; SENER; ÇOKÇALISKAN,
2019;
2018; SIDDIQUEI; KHALID, 2018; SMETS; STRUYVEN,
2018; SUDRIA et al., 2018; TSAMPALAS et al., 2018; HUANG; CHEN;
YOU et al., 2018; YOUSEF, 2018. HSU, 2019

Fonte: Dos autores (2019)

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Quadro 3: Características descritivas dos artigos incluídos.

Tipo De Investigação Da
Autor Amostra
Aprendizagem

ALKOOHEJI; AL-HATTAMI,
185 acadêmicos Questionário VARK
2018

21 acadêmicos em Questionário Estilos de


AYCAN, 2018
formação pedagógica Aprendizagem (VARK)

Pesquisa de opinião no padrão


GULNAZ; FAROOQ; ALI, 2018 200 acadêmicos de EFL*
VARK

HUSMANN; O’LOUGHLIN, 426 acadêmicos de


Questionário VARK
2019 anatomia

DALAMAN; CAN; DURUKAN, 493 professores “pré- Inventário de Estilo de


2019 -service” universitários Aprendizagem de Kolb (KLSI)

1.255 acadêmicos Inventário de Estilos de


GÜNES, 2018
voluntários Aprendizagem de Kolb (KLSI-3)

Inventário de Estilos de
TASDEMIR; YALCIN ARSLAN, 348 acadêmicos de uma
Aprendizagem de Kolb (KLSI) e o
2018 classe preparatória
Preferências de Feedback (FPQ)

ALRABAH; WU; ALOTAIBI, Instrumento padronizado por


250 acadêmicos de EFL*
2018 Oxford (2003)

240 aprendizes Medida Quantitativa dos Estilos


BOSMAN; SCHULZE, 2018
universitários de Aprendizagem. Entrevistas.

Versão turca do Estilo de


57 professores auxilia-
ÇAKIROGLU et al., 2018 Aprendizagem de Felder-Soloman
res universitários
(LSI-T)

251 professores de Inventário de estilo de aprendiza-


DINCOL-OZGUR, 2018
química e ciências gem Maggie McVay Lynch

142 professores de Escala de Estilo de Aprendizagem


ELBAN, 2018
história Grasha-Reichmann

Estilo de Aprendizagem de Cohen


HUANG; HOI; TEO, 2018 329 acadêmicos de EFL*
et al. (1995)

Inventário de Estilo de
REZA; Z E R A AT P I S H E ;
200 acadêmicos de EFL* Aprendizagem e Preferência pelo
FARAVANI, 2019
método de avaliação

Estilos de Aprendizagem de
ÜNSAL, 2018 48 acadêmicos de EFL*
“Dunn & Dunn”

94 acadêmicos de Questionário “como eu realmente


YORGANCI, 2018
matemática aprendo?” de Forster (1999)

Fonte: Dos autores (2019)

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o intuitivo (50,68%); o concreto-sequencial
4.2 Síntese dos estudos
(58%); e o de fechamento-orientado e global
individuais (56,80%). Para inteligências múltiplas, a análise
Apresentamos, a seguir, o detalhamento dos dos dados revelou dominância para as inteli-
16 estudos obtidos da revisão sistemática da gências interpessoal (15,78%), visual (14,7%)
literatura. e cinestésica (13,33%). Concluíram que os
resultados obtidos demonstraram incompa-
O estudo Learning Style Preferences among
tibilidade com os estilos de ensino preferidos
College Students’contou com 185 estudantes da
pelos professores, já que tanto os estilos de
University of Bahrain,Bahrain,sendo 142 (77%)
aprendizagem quanto as inteligências múltiplas
do sexo feminino e 43 (23%) do masculino,
priorizaram visual e cinestésico, não o méto-
distribuídos na Faculdade de Artes (16%), de
do centrado no professor. (ALRABAH; WU;
Ciências (25%), de Engenharia (17%) e de TI
ALOTAIBI, 2018).
(42%). Os autores utilizaram um Questionário
VARK, on-line, traduzido para o árabe e na O estudo Discovering Learning Style with
sequência para o inglês para garantir a preci- Active Music Education Practices investigou 21
são da tradução. A participação na pesquisa foi estudantes em formação pedagógica de uma
voluntária e realizada de 24 de fevereiro a 20 Universidade durante os semestres da primavera
de março de 2017. Os resultados mostraram de 2016 e 2017. Os participantes foram escolhi-
que o estilo de aprendizagem dos estudantes dos por amostragem aleatória da faculdade de
masculinos é visual, seguido de cinestésico, en- Música e Belas Artes. O teste disponibilizado
quanto do sexo feminino é cinestésico, seguido on-line consistia de 3 categorias e 20 questões
de visual, mas sem diferenças significantes. A para determinar os estilos de aprendizagem
audição foi a terceira preferência e a leitura/ (visual, auditivo, cinestésico e tátil). Os dados
escrita, a última. Os autores concluíram que o obtidos na entrevista dos grupos focais foram
fato de o estilo de aprendizagem auditivo não registrados on-line. De acordo com os resul-
prevalecer é alarmante, já que este é o principal tados, dos 21 estudantes participantes, 51,5%
método de ensino da instituição (ALKOOHEJI; aprendem vendo, 27,5% aprendem fazendo e
AL-HATTAMI, 2018). 21,2% aprendem ouvindo. Os resultados da
entrevista do grupo focal mostraram que eles
No estudo The Learning Styles and Multiple
desejam trabalhar em um ambiente acolhedor
Intelligences of EFL College Students in Kuwai,
(38,7%), iluminado (32,3%) e com claridade
foram avaliados os estilos de aprendizagem e
natural (3,2%). Concluíram que o princípio
inteligências múltiplas de 250 estudantes de
da educação deve coincidir com os estilos de
English as a Foreign Language, de sete diferen-
aprendizagem dos estudantes, objetivando que
tes departamentos acadêmicos no Kuwait. A
os alunos compreendam projetos de acordo
pesquisa foi realizada pelo Google Forms e os
com suas abordagens de aprendizado (AYCAN,
dados, coletados de seis aulas de inglês durante
2018).
o período de março até maio de 2017 por meio
do Instrumento Padronizado de Oxford (2003). O estudo Learning Style Preferences and
Os resultados mostraram, por categoria, que os Mathematics Achievement of Secondary School
estilos dominantes foram o visual (36,75%) e o Learners, realizado em uma Universidade da
cinestésico (34,29%); o extrovertido (60,65%); África do Sul, contou com a dificuldade em

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matemática como delimitadora da amostra. O as características desses estilos de aprendizagem
estudo foi exploratório, utilizando uma aborda- nas estratégias de autorregulação. Por outro
gem quantitativa com 240 aprendizes avaliados. lado, os estilos de aprendizagem visual/verbal
Para o levantamento dos dados, foram medidos não refletiram fortemente essas características.
os estilos de aprendizado (auditivo, cinestésico Concluíram que estilos de aprendizagem e
e visual, leitura e escrita, e aprendizagem in- percepções sobre estratégias de autorregula-
dividual/grupal). Nas entrevistas, gravadas e ção estão correlacionados uns com os outros.
posteriormente transcritas, os aprendizes expli- (ÇAKIROGLU et al., 2018).
caram como estudavam e que métodos de ensino
O objetivo do estudo An Investigation of Pre-
não funcionavam bem para eles. Os resultados
Service Basic Education Teachers’ Learning Styles
mostraram que a preferência pela aprendizagem
in Terms of Different Variables foi determinar os
individual diferenciou significativamente os
estilos de aprendizagem e examinar as relações
aprendizes. Positivas intercorrelações ocorre-
entre seus estilos e gênero, idade, tipo de pro-
ram entre o visual, o auditivo, o cinestésico
grama, grau e média. O Inventário de Estilo
e a aprendizagem em grupo, apontando que
de Aprendizado de Kolb foi utilizado e durou
mais de um estilo de aprendizagem poderia
15-20 minutos. O estudo foi conduzido em 493
ser utilizado de forma eficaz. Concluíram que
professores pre-service selecionados aleatoria-
os estilos de aprendizagem visual e cinestésico
mente entre os alunos do 1º ao 3º ano na aula de
requerem professores criativos para beneficiar a
Ensino e Formação de Professores Pré-Escolares
aprendizagem, enquanto os auditivos requerem
na Faculdade de Educação da Universidade
professores pacientes, que explicam detalhada-
Necmettina Erbakan, em 2017/2018. Dos par-
mente e que fornecem exemplos para ajudar a
ticipantes, 80,7% são mulheres. Os resultados
percepção matemática. Apontaram o ensino
revelaram que os professores adotaram o estilo
multimodal como uma possibilidade para con-
de aprendizagem divergente, com habilidades
tribuir significativamente com os aprendentes.
avançadas de concentração nas ideias de outros
(BOSMAN; SCHULZE, 2018).
e no relacionamento de ideias de uns para com
No estudo Exploring the use of self-regula- os outros, com foco em conceitos abstratos.
tion strategies in programming with Regard to Concluíram haver poucas pesquisas que apoiam
Learning Styles, a versão turca do Estilo de estes achados e que o ambiente para o ensino
Aprendizagem de Felder-Soloman (LSI-T) foi deve permitir expressar opiniões e estabelecer re-
aplicada a 57 auxiliares dos professores, sendo lações entre essas ideias através de brainstorming
29 homens e 28 mulheres entre 18 e 24 anos (DALAMAN; CAN; DURUKAN, 2019).
do curso de Linguagem de Programação no
O objetivo do estudo Effect of Learning Styles
Departamento de Informática e Tecnologias
on Prospective Teachers’ Self-Regulated Learning
Instrucionais de uma Universidade na Turquia.
Skills foi determinar os estilos de aprendizagem
Após determinar os estilos de aprendizagem, 8
de 251 futuros professores de química e ciências,
deles foram entrevistados. Os resultados suge-
entre 18 e 23 anos de idade, dos Departamentos
rem que os estilos de aprendizagem estão pouco
de Química e Ciências da Educação de três
relacionados com as estratégias de autorregu-
universidades e examinar os efeitos dos dife-
lação. Em particular, as percepções dos alunos
rentes estilos em suas habilidades de aprendi-
com estilos de aprendizagem ativos/reflexivos e
zagem autorregulada (SRL). A escala de SRL
sequenciais/globais refletem consideravelmente

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foi utilizada para determinar as habilidades O estudo Learning Styles: Preferred Learning
de aprendizagem dos futuros professores e o Choices and Behaviors of Saudi Male and Female
Inventário de estilo de aprendizagem Maggie EFL Learners investigou as preferências de
McVay Lynch, para determinar os estilos de estilo de aprendizagem de 200 estudantes, de
aprendizagem (visual, auditivo e cinestésico). English as a Foreign Language (EFL) da Arábia
Os resultados mostraram que 61,8% dos futuros Saudita na Taif University. Os dados foram
professores tinham um estilo de aprendizagem coletados por meio de pesquisa de opinião. O
visual, seguido por cinestésico (19,9%) e au- estudo avaliou a forma como diferentes alunos
ditivo (18,3%). Concluíram que os estilos de usaram seus sentidos, intelecto, força e movi-
aprendizagem desempenham papéis significa- mentos físicos. Os resultados mostraram que
tivos na formação de competências SRL, por a variável “Eu gosto de instruções escritas para
isso é importante considerar esta correlação uma tarefa” foi a função mais importante. A
quando se cria um ambiente de aprendizado maioria dos participantes concordou que pre-
(DINCOL-OZGUR, 2018). feriram aprender através de imagens, gráficos,
diagramas, mapas e vídeos em vez de outros
No estudo Learning Styles as the Predictor
meios de comunicação ou instruções orais,
of Academic Success of the Pre-Service History
sendo que ler e escrever foi o segundo estilo
Teachers, foram examinadas as relações entre
preferido. Houve variações na versão VARK
os estilos de aprendizagem e o sucesso aca-
e idade dos participantes. Concluíram que
dêmico dos docentes de história da Bayburt
os professores devem fazer uso dos estilos de
University, na Faculdade de Humanidades e
aprendizagem dominantes e projetar estratégias
Ciências Sociais, Departamento de História,
para promover a aprendizagem (GULNAZ;
na primavera de 2017-2018. A amostra con-
FAROOQ; ALI, 2018).
tou com 142 participantes (83 mulheres e 59
homens). A Escala de estilo de aprendizagem O estudo Learning Styles of the Students of
Grasha-Reichmann foi utilizada na coleta de Biology Department and Prospective Biology
dados. Os resultados apontaram que os estilos Teachers in Turkey and Their Relationship with
de aprendizado colaborativo e competitivo Some Demographic Variables foi realizado com
estavam em níveis elevados, enquanto inde- o objetivo de pesquisar os estilos de aprendi-
pendente, evidente, dependente e participante zagem dominantes dos alunos que estudam
eram moderados. Na análise de regressão, os nos Departamentos de Ensino de Biologia
estilos de aprendizagem dos professores são das Faculdades de Educação de cinco univer-
preditivos para o seu sucesso acadêmico. Além sidades, bem como dos alunos das Faculdades
disso, compreendeu-se que apenas os estilos de de Ciências e Artes de oito universidades na
aprendizagem participantes e competitivos pre- Turquia.Neste estudo,1.255 estudantes oferece-
viram significativamente o sucesso acadêmico. ram-se para responder ao Inventário de Estilos
Concluíram que as diferenças individuais e as de Aprendizagem de Kolb (KLSI-3). De acordo
de estilo de aprendizagem devem ser levadas em com os resultados, 75% dos alunos preferem
consideração e os professores, estar cientes dos o estilo de aprendizagem assimilante ou con-
estilos de aprendizagem dos alunos (ELBAN, vergente. Concluíram que a diferença entre os
2018). estilos de aprendizagem dos futuros professores
de biologia e os estilos de aprendizagem dos
estudantes não foi estatisticamente significante.

150 E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020


Para o autor, não há uma relação significativa propensos a utilizar estratégias de estudo que se
entre os estilos de aprendizagem dos alunos alinham com seu estilo de aprendizagem e, em
com base em seus níveis de classe. No entanto, caso afirmativo, se este alinhamento se correla-
tal relação é verificada entre os professores de ciona com o resultado de um curso de anatomia.
biologia com base em sua classe. Observaram Dos 390 alunos do semestre de outono de 2015
que a relação entre estilos de aprendizagem e e dos 377 de 2016 que completaram o curso,
outros dados demográficos não foi significativa participaram do estudo 426 alunos. Durante a
(GÜNES, 2018). primeira semana do semestre, todos os alunos
foram incentivados a completar o questionário
O estudo The Influence of Learning Style
para determinar a categoria VARK em que me-
on English Learning Achievement among
lhor se encaixavam. Os escores das estratégias de
Undergraduates in Mainland China examinou
estudo foram combinados para gerar um escore
as preferências de estilo de aprendizagem de
total. Após o término do semestre e as notas
329 estudantes de uma universidade no leste
finais submetidas, os resultados do VARK foram
da China para verificar se essas preferências
comparados com as respostas da pesquisa da
influenciavam suas realizações em inglês. A
estratégia de estudo. Os resultados mostraram
idade média dos alunos foi de 21,6 anos e
que a maioria dos alunos não relataram estra-
52,6% deles eram do sexo feminino. Entre
tégias de estudo que se correlacionavam com
os participantes, 67% se especializaram em
seus VARK; que o desempenho dos alunos em
ciência da computação e 33%, em estudos de
anatomia não se vinculou com a sua pontuação
comunicação. O instrumento utilizado foi a
em qualquer categoria de VARK; e que não
Pesquisa de Estilo de Aprendizagem de Cohen
houve correlação com os resultados do curso de
et al. (1995), completado durante as sessões de
anatomia. Concluíram que estes achados, junto
aulas regulares em não mais de 20 minutos. A
ao extenso estudo sobre os mitos dos estilos de
primeira parte da pesquisa, “como utilizo meus
aprendizagem, fornecem evidências fortes de
sentidos físicos” avaliou os estilos visuais, audi-
que os instrutores não devem promover o con-
tivo e cinestésico, ou as preferências de estilo de
ceito de estilos de aprendizagem para estudo e/
aprendizado do VAK. Os resultados revelaram
ou para intervenções de ensino (HUSMANN;
que os estudantes universitários chineses prefe-
O’LOUGHLIN, 2019).
riram o estilo de aprendizagem visual, seguido
pelos estilos auditivo e cinestésico. Enfatizaram O objetivo do estudo A Path Analysis of Typical
que a preferência pelo estilo de aprendizagem Intellectual Engagement, Learning Style and
visual pode ser atribuída, em parte, à ênfase da Preference for Assessment foi investigar as in-
memória de aprendizagem através da escrita ter-relações entre o engajamento intelectual
na educação tradicional chinesa (HUANG; típico dos aprendizes de English as a Foreing
HOI; TEO, 2018). Learning (EFL) iranianos, o estilo de apren-
dizagem e a preferência pelos métodos de
O estudo, denominado Another Nail in the
avaliação. A amostra incluiu 200 alunos, de
Coffin for Learning Styles? Disparities among
diferentes faixas etárias, de três universidades
Undergraduate Anatomy Students’ Study
diferentes em Mashhad, Irã. A coleta de da-
Strategies, Class Performance, and Reported
dos iniciou em fevereiro de 2018 e demorou
VARK Learning Styles, objetivou avaliar se os
um mês. Os participantes responderam três
estudantes de anatomia da graduação são mais
questionários em 25 minutos: o questionário

E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020 151


de engajamento intelectual, o do inventário de aprendizagem é irrelevante para entender a
de estilo de aprendizagem (ativistas, teóricos, preferência de feedback do aluno (TASDEMIR;
refletores ou pragmáticos) e o da preferência YALCIN ARSLAN, 2018).
pelo método de avaliação. Os resultados re-
No estudo, A Study on the Importance of Learning
velaram que o engajamento intelectual típico
Styles in Foreign Language Teaching, os auto-
foi um preditor positivo e significativo dos
res utilizaram técnicas de pesquisa quantita-
estilos de aprendizado, exceto o ativista. Além
tiva para avaliar 48 estudantes que estavam
disso, exceto o pragmático, todos provaram ser
aprendendo francês na escola de línguas es-
preditores significativos de preferência para
trangeiras na Universidade de Mármara em
métodos de avaliação. Finalmente, o modelo
2016-2017. O questionário do Modelo de
mostrou que o engajamento intelectual típico
Estilos de Aprendizagem de Dunn & Dunn
foi um preditor significativo positivo de am-
foi utilizado para determinar quais estilos de
bos os construtos de preferência para métodos
aprendizado os alunos possuíam. Os achados são
de avaliação, ou seja, reconhecimento e testes
agrupados como visuais, auditivos e cinestésicos
baseados na produção. Os autores ressaltaram,
(movimento/toque) e multidenominados. Os
no entanto, que mais pesquisas são necessárias
resultados mostraram que 50% eram aprendizes
para avaliar a inter-relação entre as variáveis
visuais, 22,91%, cinestésicos e 12,5%, auditivos.
deste estudo e outras variáveis relacionadas
Além disso, para 14,58% dos estudantes, dois ou
aos fatores cognitivos e afetivos específicos
três estilos de aprendizagem coexistem, sendo
dos aprendizes (REZA; ZERAATPISHE;
4,16% visual-auditivos, 6,25% visual-cines-
FARAVANI, 2019).
tésicos e 4,16% visual-auditivo-cinestésicos.
O estudo Feedback Preferences of EFL Learners Concluíram que os cursos podem ser confi-
with Respect to Their Learning Styles identifi- gurados, e os programas de treinamento orga-
cou as preferências dos aprendizes de English nizados, para ensinar de acordo com estilos de
as a Foreignh Learning (EFL) para a correção aprendizagem dos estudantes (ÜNSAL, 2018).
oral por feedback em relação aos seus estilos de
Os estilos de aprendizagem de matemática de
aprendizagem, a fim de determinar se há uma
estudantes universitários durante o outono de
relação entre os dois. A amostra consistiu em 348
2017 e a primavera de 2018 foi avaliado no estu-
alunos,de 18 a 25 anos,de classe preparatória que
do denominado The Mathematics Learning Styles
estudam em uma Universidade na Turquia. O
of Vocational College Students. A amostra contou
Inventário de Estilo de Aprendizagem de Kolb
com 94 alunos, sendo 46% do sexo feminino
e o Questionário de Preferências de Feedback
com idades entre 18 e 32. A fim de determinar os
(FPQ) foram utilizados. A maioria dos partici-
estilos de aprendizagem matemática dos alunos,
pantes foi classificada como alunos divergentes,
os autores utilizaram o questionário “como eu
e eles pareciam esperar que seus professores
realmente aprendo?” desenvolvido por Forster
fornecessem feedback frequente. Além disso,
(1999) e adaptado para o turco. Os resultados
acreditavam que os erros deveriam ser abordados
da pesquisa revelaram que a maioria dos alunos
mais frequentemente. Feedback explícito, escla-
preferiu aprender matemática escrevendo as
recimento e elicitação foram os tipos preferidos.
soluções e lendo suas anotações do trabalho.
Concluíram que estes resultados sugerem que
Houve também diferenças estatisticamente
os estilos de aprendizagem não respondem a
significantes nos estilos de aprendizagem de
preferências de feedback, que o conceito de estilos

152 E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020


matemática entre os alunos de acordo com sua 78% da preferência dos estudantes do programa
realização acadêmica. Concluíram que, pelos de certificação em formação pedagógica. Nos es-
resultados, os estudantes com alto nível de su- tudos de Ünsal (2018), os múltiplos estilos tam-
cesso foram mais curiosos do que os estudantes bém foram apontados, e estavam distribuídos
com níveis baixos (YORGANCI, 2018). entre visual-auditivo (4,16%), visual-cinestético
(6,25%) e visual-auditivo-cinestésico (4,16%).

Ünsal (2018) ressaltou que o estilo de apren-


4.3 Análise e discussão dos dizagem não é o mais importante, mas sim
resultados que todos os órgãos de sentido estejam plena-
Os estilos de aprendizagem aqui pesquisados mente engajados durante o processo de ensino
apontaram para questões significativas sobre o e de aprendizagem. De fato, outros estudos
processo de ensino e de aprendizagem, já que que relacionam os estilos de aprendizagem
estes levam em consideração as diferenças indivi- e estratégias de ensino objetivando aumento
duais dos alunos.Segundo Elban (2018),quando de desempenho dos alunos indicam que, em
são consideradas as diferenças individuais e os sua maioria, os resultados são questionáveis,
estilos de aprendizagem dos estudantes, tem-se já que “existem poucos estudos robustos com
mais conscientização na decisão do método de resultados empíricos que ofereçam evidências
ensino, mais envolvimento com as motivações confiáveis, válidas e implicações claras para as
dos alunos, com a comunicação entre eles e práticas apontadas” (COFFIELD et al., 2004) .
com eles, com as atividades propostas em clas-
De acordo com Alkooheji e Al-Hattami (2018),
se e com a gestão da duração das atividades.
o fato de o estilo de aprendizagem auditiva não
Assim, diferentes métodos de aplicação, dife-
prevalecer em seus estudos foi algo alarmante,
rentes instrumentos de avaliação, comparações e
já que o principal método de ensino da insti-
correlações distintas e resultados diversificados
tuição prioriza o auditivo. Para Huang et al.
permearam a análise comparativa deste estudo.
(2018), no entanto, a preferência pelo visual
Dos 16 estudos, 8 (50%) focaram nos esti- pode ser atribuída a razões culturais, já que
los de aprendizagem visual, auditivo e cines- a ênfase da educação tradicional chinesa é a
tésico (padrão VARK) como perfil de pre- memória de aprendizagem através da escrita.
ferência (ALKOOHEJI; AL-HATTAMI, Já Alrabah et al. (2018) obtiveram os estilos de
2018; ALRABAH; WU; ALOTAIBI, 2018; aprendizagem global, extrovertido, hands on e
AYCAN, 2018; BOSMAN; SCHULZE, visual como dominantes, correlacionados às
2018; DINCOL-OZGUR, 2018; GULNAZ; inteligências múltiplas, com destaque para os
FAROOQ; ALI, 2018; HUANG; HOI; TEO, estilos interpessoal, visual e cinestésico.
2018; ÜNSAL, 2018). Destes, o estudo de
Alguns autores, no entanto, não obtiveram resul-
Dincol-Ozgur (2018) apontou que 81,7% da
tados significativos nas pesquisas com os estilos
preferência dos professores de química e ciên-
de aprendizagem (GÜNES,2018;HUSMANN;
cias foi pelos estilos visual e cinestésico; o de
O’LOUGHLIN,2019;TASDEMIR;YALCIN
Ünsal (2018), que 73% dos aprendizes de francês
ARSLAN, 2018) e reportaram ser problemática
demonstraram esta preferência; o de Alrabah
a constatação de que os estilos de aprendizagem
et al. (2018) alcançou 71% da preferência dos
interferem, ou apoiam, os processos de ensino
estudantes universitários; e o de Aycan (2018),
e de aprendizagem.

E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020 153


No entanto, corroboramos com Seno e Belhot O processo de aprendizagem, segundo Kolb
(2009), que os indivíduos possuem diferentes (1984), não é idêntico para todos. Os estilos de
maneiras de perceberem e processarem as in- aprendizagem variam conforme o ambiente em
formações, alguns estudantes têm sua atenção que o indivíduo está inserido e, principalmente,
voltada mais para fatos e dados, enquanto outros em virtude das experiências de vida. O estilo de
gostam mais de teorias e modelos matemáticos. aprendizagem de cada indivíduo é dinâmico e
“[...] Quando há uma falta de sintonia entre os tem relação direta com a interação com outras
estilos de aprendizagem e os estilos de ensino, pessoas e com o ambiente. Experimentar, refle-
resultados desastrosos podem ser obtidos” (p. tir, pensar e agir estão intimamente relacionados
6), já que alguns respondem positivamente às entre si, são modos independentes, mas variam
informações visuais, como figuras, diagramas para diferentes indivíduos e para suas formas
e esquemas; outros preferem as formas verbais de aprendizagem (KOLB; KOLB, 2017).
explicações faladas e escritas; outros ainda com
a prática, de forma individual e introspectiva.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que podemos perceber em todos os estu- Quanto à correlação com a prática educacional,
dos, focados em estratégias diferenciadas para percebemos que alguns autores convergem a esta
entender e avaliar estilos de aprendizagem, é ideia, enquanto outros mostram-se divergen-
que este é um tema de bastante relevância, mas tes, mas nos levaram a crer que, corroborando
também muito controverso, já que traz embu- alguns destes estudos, o modo como se está
tido um importante atributo para professores ensinando tem muita importância, e que adaptar
e instituições de ensino, fornece insights para as técnicas de ensino ao tipo de aprendizado
a tomada de posicionamento, permite entender preferido dos aprendizes, com foco nos estilos
melhor a aprendizagem e os desvios escondidos de aprendizagem, pode ser uma saída para as
neste processo. instituições de ensino.

Nesta linha, os achados trouxeram respostas O que sobressaiu nos estudos foi a ideia de que
interessantes para as questões de pesquisa. a experiência de aprendizado precisa ser levada
Quando questionamos como os estilos de em consideração, que as orientações visuais, as
aprendizagem são avaliados, observamos que tendências, as percepções sensoriais e o saber
todos os autores fizeram uso de algum instru- fazer são importantes para que a aula seja moti-
mento já consolidado na literatura e os estudos vadora. Isto ficou bem evidenciado nos estudos,
detalharam a sua aplicação, permitindo-nos já que o visual e o cinestésico sobressaíram nas
perceber as diferenças entre eles e a dificul- preferências de estilos de aprendizagem dos
dade em estabelecer algumas comparações ou estudantes na maior parte deles.
conclusões.

154 E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020


As recomendações para o ensino, a partir deste
EVALUATION OF
estudo, podem implicar uma partida gradual de
uma sala de aula onde a maioria das instruções
UNIVERSITY LEARNING
é realizada exclusivamente pelo professor para STYLES: A SYSTEMATIC
uma sala de aula centrada no aluno, onde os REVIEW
mesmos possam assumir um papel mais ativo no
processo de aprendizagem, onde as atividades
sejam motivadoras (visuais e cinestésicas), os ABSTRACT
trabalhos foquem em grupos (interpessoais)
e as experiências de aprendizagem estejam
direcionadas para o saber fazer. É necessário Goal: identify how students’ learning styles are evalua-
ted and how they correlate with educational practice.
que o aprendizado seja ativo, que os alunos
Design /methodology / approach: this paper presents
tenham oportunidade de regular seus processos the results of a literature review on the assessment of
de aprendizagem, que passem de ouvintes pas- learning styles in college students. For the collection
sivos e anotadores a exploradores conscientes, and selection of articles, systematic literature review
procedures were used in February 2019. The selected
que investiguem relacionamentos entre fatos e
articles were analyzed through the conceptual catego-
implementem comparações com informações rization of their variables and results. The PRISMA
conflitantes. Só que compreender o estilo de checklist directed the research steps.
um estudante e implementar o correspondente Results: of the 58 articles selected in the review, 16
(28%) met the eligibility criteria. The results showed
não é possível através de uma educação clássica,
Turkey as the largest contributor to studies. ‘Cognitive
baseada em memorização. learning style’ was the most prominent descriptor
(72%) and higher education was present in 56% of
them. All articles used some evaluation instrument,
totaling 13 different models. Visual, auditory and
kinesthetic learning styles were the most cited among
the studies.
Limitations of the research (if applicable): the use
of different assessment instruments, with different
 approaches, made the correlations difficult.

***
Key-words: Learning styles.
Evaluation. Knowledge
Management. Assessment tool.
***

E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020 155


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SOBRE OS AUTORES

Cleunisse Aparecida Rogério Cid Bastos


Rauen De Luca Canto
Po s s u i g r ad u aç õ e s e m
Doutoranda no Programa de Estatística pela Universidade
Pós-Graduação em Engenharia Federal do Paraná (1978);
e Gestão do Conhecimento Ciências Jurídicas e Sociais
(EGC/UFSC), área de con- pela Pontifícia Universidade
centração: Engenharia do Católica do Paraná (1979);
Conhecimento. Mestre em Psicopedagogia (UNISUL) mestrado em Engenharia de Produção pela
com experiência de 10 anos em atendimento clínico. Universidade Federal de Santa Catarina (1983);
Especialista em Gerenciamento de Projetos (FGV). especialização em Engenharia de Sistemas pela
Graduação em Educação e TI. Autora de livros e de Universidade Técnica de Lisboa (1988); e doutora-
artigos científicos publicados em congressos, periódicos do em Engenharia de Produção pela Universidade
e como capítulos de livros. Indicada como finalis- Federal de Santa Catarina (1994). É professor titular
ta na seleção dos melhores artigos apresentados no da Universidade Federal de Santa Catarina. Ocupa,
30º ENANGRAD, em 2019. Atuação na Educação desde maio de 2016, o cargo de Pró-reitor da Pró-
Superior como suporte ao processo de supervisão e reitoria de Extensão da Universidade Federal de Santa
regulação (INEP/MEC), conseguindo conceitos de Catarina. Possui ampla experiência administrativa na
excelência em todas as avaliações (IES e Cursos). Atua gestão do Ensino Superior. Pesquisa temas relacio-
na coordenação do ensino superior na Mantenedora, nados a Sistemas de Conhecimento, com ênfase em:
com foco na elaboração de diretrizes para processos tratamento de incerteza; análise estatística; análise
de gestão das Faculdades SENAI, bem como na im- e tratamento de informação e empreendedorismo.
plantação de novos cursos, polos, unidades vinculadas, Publicação superior a 35 artigos completos em peri-
processos EaD, credenciamentos, recredenciamentos, ódicos e revistas, mais de 90 trabalhos apresentados
implantação de polos, transformação da organiza- em congressos e eventos científicos e dezenas de
ção acadêmica, entre outros. Avaliadora do Sistema participações em bancas de concurso público em
Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) ensino superior.
para credenciamento e recredenciamento de IES,
presencial e EaD. Docente da Pós-Graduação Lato
Sensu, com ênfase em neurociência, em como as pessoas
aprendem (cognição e metacognição); nos processos de
aquisição do conhecimento; nos processos de ensino
e de aprendizagem; na avaliação da aprendizagem;
nos processos de inclusão; nas metodologias ativas de
aprendizagem; na metodologia do ensino superior; na
qualidade da informação; e em transformação digital.
***
Atuação comprovada na educação presencial e EaD,
tanto na graduação, quanto na Pós-Graduação e na
Extensão. Membro efetivo do corpo editorial da Revista
E-Tech: Tecnologias para a competitividade industrial e
do Conselho Superior das Faculdades SENAI.

158 E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 13, n. 1, 2020

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