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Esgotamento profissional e a Síndrome de Burnout

Em sua famosa composição “O tempo não para”, o músico Cazuza relaciona, de


certo modo, o futuro e o passado. De fato, sua comparação está correta , pois o problema
do esgotamento profissional não é um problema atual, visto que ocorre desde o período pré
Revolução Industrial. Dessa maneira, na contemporaneidade, esse problema ainda persiste,
seja por excesso de carga horária ou pelas necessidades de emprego impostas pelo
mercado.
Segundo uma pesquisa realizada no ano de 2018 pela International Stress
Management Association (ISMA), uma parcela de 30% dos trabalhadores brasileiros
enfrentam problemas relacionados ao estresse no trabalho e ao desenvolvimento da
Síndrome de Burnout. Dentre outros fatores, a autocobrança é uma das principais causas
dessa elevada taxa. Desse modo, para conseguirem se destacar no rigoroso mercado, os
empregados submetem-se às excessivas e abusivas jornadas de trabalho impostas pelas
empresas. Nesse sentido, percebe-se a vulnerabilidade dos trabalhadores em relação a
essa situação, sendo um grande problema em nosso país.
Sob o mesmo ponto de vista, parte dessa exaustão decorre da necessidade de um
bom salário, que por sua vez depende de uma jornada de trabalho proporcional. No entanto,
a maioria das vagas impõem uma carga horária desigual a sua remuneração. Conforme
descrito pelo sociólogo Gilberto Freyre, na obra “Casa-grande e Senzala”, a formação do
brasileiro se deu pelas colônias de exploração, em que negros e índios escravizados
serviam ao patriarca branco “europeu”. De maneira semelhante, os empregados são tidos
como “escravos” dos exorbitantes turnos e baixas remunerações, ocasionando altos níveis
de estresse e sentimentos de incompetência, que podem levar ao desenvolvimento de
síndromes, como a de Burnout, ou até mesmo à depressão profunda.
Portanto, não há dúvidas de que é necessário tomar algumas providências em
relação ao esgotamento profissional e principalmente à Síndrome de Burnout. Para isso, o
Estado, juntamente do Ministério da Saúde, deve prover atendimento psicoterápico de
maneira gratuita por meio de políticas públicas, como por exemplo o Sistema Único de
Saúde (SUS), a fim de garantir uma redução nos índices de empregados nessa situação e,
consequentemente, proporcionar uma considerável melhora na qualidade de vida e saúde
mental dos trabalhadores brasileiros.
PROJETO DE TEXTO:

Tema: “O esgotamento profissional e a Síndrome de Burnout”

Tese: Os problemas relacionados ao esgotamento profissional e o desenvolvimento


de doenças mentais sempre existiram porém, na atualidade, mais do que nunca, decorrem
da imposição de longas jornadas de trabalho e da alta classificação profissional visada pelo
mercado.

Repertórios socioculturais:
- Canção “O tempo não pára", de Cazuza;
- Referência histórica à Revolução Industrial;
- Pesquisa sobre saúde mental realizada pela ISMA, em 2018;
- Dados estatísticos retirados do site oficial do Ministério da Saúde;
- Obra “Casa-grande e Senzala”, do sociólogo Gilberto Freyre;

Propostas de intervenção:
Proposta 1:
- ação: tratar o esgotamento profissional e o desenvolvimento de
doenças relacionadas, como a Síndrome de Burnout;
- agente: Estado, Ministério da Saúde;
- meio: disponibilização de psicoterapia gratuita
- efeito: melhora na qualidade de vida e redução do desenvolvimento de
doenças relacionadas
- detalhamento: detalhamento do meio (“como por exemplo o Sistema
Único de Saúde (SUS)”)

Proposta 2:
- ação: proporcionar melhores condições de trabalho;
- agente: Ministério do Trabalho;
- meio: rígidas fiscalizações dos contratos trabalhistas;
- efeito: melhora na qualidade de vida e redução do desenvolvimento de
doenças provenientes do estresse profissional ;
- detalhamento: detalhamento do agente (“no exercício da sua função
de garantir os direitos trabalhistas”)

Integrantes: Rafael Tischler e Manoela Moro Turma: 3 MSI B

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