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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar o estresse ocupacional, relacioná-lo com os
riscos psicossociais e os seus impactos. Buscamos, por meio de uma pesquisa bibliográfica,
compreender o estresse ocupacional, as suas causas e sintomas. Os descritores utilizados
para a pesquisa bibliográfica foram: estresse ocupacional, saúde mental e riscos
psicossociais; nas plataformas Google acadêmico, SciELO, PubMed, PEPSIC e Web of
Science. O período pequisado foi a partir de 2018. Foram pré selecionados 32 artigos, após
leitura de resumo e exclusão de artigos que não relacionavam o estresse aos fatores
psicossociais, foram selecionados 24 estudos, sendo 15 em inglês e 9 em português. Foi
possível observar que os riscos psicossociais no ambiente de trabalho são indícios
importantes, que devem ser analisados para garantir a saúde e o bem-estar dos
trabalhadores e a eficiência das empresas. Analisando a problemática dos colaboradores
em lidar com as exigências funcionais e relacionais do trabalho, é possível desenvolver
estratégias de enfrentamento ao estresse ocupacional, tanto por parte da empresa, quanto
por parte do colaborador.
ABSTRACT
The present work aims to analyze occupational stress, relating it to psychosocial risks and
their impacts. We sought, through bibliographical research, to understand occupational
stress, its causes and symptoms. The descriptors used for the bibliographic research were:
occupational stress, mental health and psychosocial risks; on Google Scholar, SciELO,
PubMed, PEPSIC and Web of Science platforms. The research period was from 2018. 32
articles were found, after reading the abstract and excluding articles that did not relate stress
to psychosocial factors, 24 studies were selected, 15 in English and 9 in Portuguese. It was
possible to observe that psychosocial risks in the work environment are important indications
that must be analyzed to guarantee the health and well-being of workers and the efficiency
of companies. Analyzing the problem of employees in dealing with the functional and
relational demands of work, it is possible to develop strategies for coping with occupational
stress, both on the part of the company and on the part of the employee.
Segundo com dados da OMS (2019), estima-se que cerca de 300 milhões de
pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, sendo que muitas dessas pessoas têm
sua condição agravada em decorrência do estresse ocupacional. Além disso, estima-se que
o estresse ocupacional seja responsável por cerca de 50% das causas de absenteísmo no
trabalho.
Ainda de acordo com Lipp e Rocha (2019), essas demandas podem ser de
diferentes naturezas, incluindo o excesso de trabalho, conflitos interpessoais, falta de
suporte social e condições de trabalho inadequadas. O estresse ocupacional é um
fenômeno cada vez mais frequente nas organizações, e suas consequências podem ser
significativas tanto para a saúde do trabalhador quanto para a eficiência e produtividade das
empresas.
Embora o estresse seja uma resposta seja adaptativa em curto prazo, sua ativação
crônica pode levar a danos à saúde física e mental, incluindo doenças cardiovasculares,
transtornos mentais e comprometimento da função cognitiva" (Justo et al., 2018).
Quando manifesto no ambiente de trabalho, o distress é definido como o estresse
ocupacional. O estresse ocupacional ocorre quando há uma discrepância entre as
demandas do trabalho e a capacidade do indivíduo em lidar com essas demandas,
resultando em uma resposta negativa do organismo. Essa condição pode afetar a saúde
física e mental do trabalhador, bem como sua produtividade e satisfação no trabalho. Silva,
& Santos (2021).
Pode ser causado por diversos fatores, como excesso de trabalho, pressão por
metas, falta de autonomia, conflitos com colegas ou chefes, entre outros. Esse tipo de
estresse pode levar a uma série de problemas de saúde física e mental, como dores de
cabeça, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e síndrome de burnout. Além disso, o
estresse ocupacional também pode afetar negativamente a produtividade e eficiência das
empresas, levando a um aumento do absenteísmo e da rotatividade de funcionários. Toni,
D., & Rocha (2018).
Os riscos psicossociais têm sido cada vez mais estudados e debatidos em diversas
áreas, especialmente no contexto do trabalho. Esses riscos referem-se a fatores presentes
no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde mental e física dos trabalhadores.
(WHO, 2010).
Diante desse cenário, é importante que as empresas adotem medidas para prevenir
e controlar os riscos psicossociais no trabalho e o estresse ocupacional. Algumas
estratégias que podem ser adotadas incluem a promoção de um ambiente de trabalho
saudável e equilibrado, a oferta de suporte social aos trabalhadores, a redução da carga de
trabalho e a implementação de programas de prevenção de assédio moral e violência no
ambiente de trabalho (Kouvonen et al., 2019).
Algumas empresas também estão adotando abordagens inovadoras para lidar com
os riscos psicossociais no trabalho e o estresse ocupacional. Por exemplo, a introdução de
tecnologias de inteligência artificial e aplicativos móveis para monitorar o bem-estar dos
trabalhadores e fornecer feedback em tempo real pode ajudar a prevenir e mitigar os riscos
psicossociais no trabalho (Krampe et al., 2020).
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse estudo foi possível concluir que o estresse ocupacional é considerado um
dos maiores riscos para a saúde no local de trabalho, afetando significativamente a saúde
física e mental dos trabalhadores. Essas demandas podem ser de diferentes naturezas,
incluindo o excesso de trabalho, conflitos interpessoais, falta de suporte social e condições
de trabalho inadequadas. Esse quadro pode contribuir para a deterioração da saúde mental
dos trabalhadores, aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão,
doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. Além disso, o estresse
ocupacional também pode levar a problemas de relacionamento com colegas de trabalho,
prejudicando a dinâmica de equipe e a produtividade.
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