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COLÉGIO PORTO
NATAL/RN
2023
ELANE FÉLIX DA SILVA
COLÉGIO PORTO
Trabalho de Relatório
apresentado ao curso de
graduação em Administração, da
Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito
parcial à obtenção de nota da
unidade I da Disciplina Marketing
II.
NATAL/RN
2023
RESUMO
Esse relatório relaciona o trabalho construído pelo grupo com enfoque social, trazendo novas
imagens e perspectivas sobre a qualidade de vida das agências bancárias voltadas para sua
remuneração, mais especificamente o PLR. O estudo traz conceitos já desenvolvidos pelas
ciências administrativas com enfoque na gestão de pessoas e motivação com base nos
benefícios e remunerações, abordando conceitos e temáticas já consolidadas na teoria,
transportando-os para a prática. O desenvolvimento da pesquisa se dá majoritariamente em
agências bancárias do Rio Grande do Norte, porém , não se limitando a tal, possuindo também
amostragens do estado de São Paulo. O instrumento de coleta de dados para conhecer as
perspectivas práticas dos pesquisados foi um questionário online, baseado em um modelo
prático e direto para ter facilmente extraído as informações buscadas. Após a coleta de dados
foi elaborada uma análise estatística para apresentação dos resultados e extração de conclusões
relevantes.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 JUSTIFICATIVA 5
3 OBJETIVOS 6
3.1 Objetivos gerais 6
3.2 Objetivos específicos 7
4 REFERENCIAL TEÓRICO 7
4.1. Conceito de motivação 8
4.2. Teoria da hierarquia das necessidades 9
4.3. Teoria dos Dois Fatores 9
4.4 Lei que regulamenta o PLR 15
5 METODOLOGIA DA PESQUISA 16
5.1 Caracterização da pesquisa 157
5.2 Coleta e análise de dados 167
6 RESULTADOS 168
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 256
1. 1 INTRODUÇÃO
A palavra motivação vem do latim movere, que significa mover. É definido como o estado
interno que estimula o comportamento humano. É válido reconhecer que, no mundo cada vez
mais competitivo dos negócios é indispensável que as pessoas mantenham altos níveis de
motivação, uma vez que empregados motivados para realizar seus trabalhos, tanto
individualmente quanto em grupo, contribuem eficazmente com melhores resultados (GIL,
2001). Esse conceito apresenta grande relevância para a gestão estratégica e de resultados da
organização, pois só é possível mudar o comportamento humano se houver motivação por parte
do indivíduo (Santos & Zaccaron, 2013).
Dessa forma, o foco na motivação organizacional se intensificou ao longo dos anos, pois as
práticas envolvidas nos processos do dia a dia das organizações que buscam eficácia e destaque
no mercado exigem altos níveis de desempenho e comprometimento dos profissionais (Cuenca
& Constantinov, 2016; Santos e Zaccaron, 2013). Nessa perspectiva, as organizações precisam
desenvolver políticas e procedimentos para criar um ambiente de trabalho mais agradável, ouvir
os funcionários e buscar suas necessidades e expectativas, e buscar criar condições que motivem
os funcionários e os deixem satisfeitos com o trabalho que realizam (Cuenca e Konstantinov,
2016).
Gerenciar pessoas é mais do que somente conduzir processos, cargos, remunerações e funções,
envolve também a capacidade de lidar com seres humanos e compreender de forma estratégica
suas ideias, crenças, anseios e, sobretudo, as suas motivações (Pereira, 2008). Visto isso, fica
evidente que a motivação é um fator crucial para o desempenho das organizações. Diante destes
fatores surge o interesse por parte das companhias em buscar meios de manter os colaboradores
cada vez mais motivados, porque assim, são capazes de proporcionar melhores resultados para
as empresas, consequentemente, tornando-as mais competitivas no mercado.
2. 2 JUSTIFICATIVA
O processo de recompensar pessoas ocupa lugar de destaque dentro da Gestão de Pessoas,
constituindo-se o maior desafio dessa área. A importância desse processo nas organizações
remete à ideia que a área de Recursos Humanos também deve ser tratada estrategicamente,
reportando aos sistemas de recompensas a necessidade de alinhar-se com os objetivos da
empresa.
Chepkwony e Oloko (2014) descobriram em seu estudo que as recompensas são o motivador
de desempenho mais forte que leva à satisfação no trabalho. Portanto, é necessário implementar
e gerenciar sistemas de recompensas que apoiem a motivação individual e coletiva e
recompensem as pessoas de forma justa e consistente de acordo com os valores da organização.
A preocupação das organizações em alinhar os sistemas de recompensas com o ramo de
negócios que atuam e principalmente com as características do seu corpo funcional vem
estimulando a criação de novas metodologias de recompensas, buscando assim a valorização
do que o seu funcionário tem de melhor para oferecer à empresa. Dessa forma as empresas
precisam adequar as formas de recompensa que serão oferecidas aos seus funcionários, uma
vez que tanto os incentivos econômicos como os incentivos sociais são importantes para o
indivíduo e, portanto, devem ser proporcionais.
De acordo com a teoria da expectativa de Vroom (1964, 1970), os funcionários estão dispostos
a investir em uma organização na expectativa de serem recompensados de alguma forma no
futuro. Assim, a motivação no trabalho decorre da atratividade das recompensas e da relação
esforço-recompensa percebida do funcionário (Monteiro, Peñaloza, Pinto, Coria, & Calderón,
2015). Por outro lado, empregadores ou gerentes, precisam entender e atender a essas
expectativas de recompensa para que o sistema funcione (Ebbers & Wijnberg, 2009). Com isso,
é possível otimizar o desempenho organizacional, atrair profissionais de alto potencial, alcançar
níveis mais elevados de qualidade, reduzir custos e maximizar lucros, pois as organizações de
sucesso de hoje são aquelas que valorizam a qualidade de seus colaboradores e propor ações
que visem aumentar a motivação e a satisfação dos colaboradores (Chepkwony & Oloko, 2014).
3. 3 OBJETIVOS
4. 3.1 OBJETIVOS GERAIS
O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão sobre a influência da Participação nos Lucros
na motivação no setor bancário.
5. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar qual o tipo de bonificação mais utilizado, entender a importância dos sistemas de
recompensa variável, verificar a percepção e o nível de satisfação dos colaboradores em relação
a Participação dos Lucros (PLR).
6. 4 REFERENCIAL TEÓRICO
Antes de adentrarmos na metodologia utilizada na pesquisa, é preciso, inicialmente,
conhecermos o referencial teórico utilizado. O objetivo primordial do estudo é entender como
a participação de lucros e resultados no setor bancário influencia no processo de motivação dos
colaboradores. Dessa forma, é evidente que a base da nossa pesquisa é o estudo sobre o processo
de motivação e seus fatores, o que a condiciona, bem como algumas das principais teorias
motivacionais criadas.
Cabe ressaltar que a grande variedade de estudos sobre a motivação gerou uma classificação
das teorias em alguns grupos específicos. De acordo com Sobral e Peci (2013), podemos elencá-
las em basicamente três perspectivas: perspectivas de conteúdo acerca da motivação;
perspectivas de processo acerca da motivação; e perspectivas de reforço acerca da motivação.
A primeira visão agrupa as teorias que buscam explicar, intrinsecamente, o que motiva as
pessoas, quais as razões do processo de motivação. A segunda visão tenta explicar como se dá
esse processo da motivação. A terceira, como o comportamento desejado é aprendido.
(SOBRAL E PECI, 2013, p. 319).
Obviamente, não seria possível elencar todas as teorias motivacionais neste trabalho, uma vez
que são muitas e seria inviável para o nosso contexto. Contudo, apresentaremos as mais
relevantes e mais conhecidas, dentro das perspectivas das teorias de conteúdo e de processo, a
fim de embasar nossa pesquisa.
7. 4.1. CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
Diversos autores conceituam o termo motivação. Conforme Maximiano (2011), a motivação
indica o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado, estimulado ou energizado
por algum tipo de motivo ou razão. Podemos destacar, no conceito, dois núcleos importantes:
comportamento e motivo. O primeiro nos permite inferir que o comportamento humano pode
ser incentivado, ou estimulado. Já o segundo nos diz que, para que o comportamento seja
estimulado, é necessário haver motivos, ou razões.
Diante disso, o estudo da motivação é uma tentativa de entender o que incentiva a motivação
do ser humano e como se dá o processo.
Conforme Robbins (2005), a motivação pode ser entendida como o processo responsável pela
intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma
determinada meta. Maximiano (2011) destaca as três propriedades inerentes à motivação:
direção, intensidade e permanência. O primeiro diz respeito ao objetivo do comportamento
motivado. O segundo, à força dos motivos. O terceiro, o tempo durante o qual a motivação se
manifesta.
O processo de motivação, conforme maximiano (2011), é específico. Não há um estado geral
de motivação, em que o indivíduo esteja sempre motivado independente da situação. O que
sabemos é que há situações que proporcionam motivação a certas pessoas e a outras não. O que
motiva uma pessoa não necessariamente motiva a outra.
A motivação, na concepção de Robbins (2005), é o resultado da interação do indivíduo com a
situação. Logicamente, a ótica do nosso estudo se baseia nas relações de trabalho e o processo
de motivação decorrente dessas.
Cabe, portanto, apresentarmos algumas das principais teorias motivacionais.
O que nos importa compreender é que, conforme uma necessidade é atendida, a próxima
necessidade torna-se mais forte e a anterior, mais fraca. A lógica parte da ideia de que a
motivação do indivíduo respeita uma hierarquia crescente de necessidades. Por exemplo, uma
vez satisfeitas as necessidades fisiológicas e de segurança, elas deixam de motivar a pessoa,
que passará a focar em necessidades sociais, que é a próxima necessidade da hierarquia.
Portanto, de acordo com essa teoria, para que os gestores consigam implementar ações que
visem melhorar a motivação dos colaboradores, é imprescindível a identificação do nível a qual
a pessoa se encontra.
14. 4.2.2. TEORIA DOS DOIS FATORES
Frederick Herzberg propôs uma teoria que divide os fatores motivacionais em dois grupos: os
internos (intrínsecos) e os externos (extrínsecos). Conforme Maximiano (2011), os fatores
internos se referem ao conteúdo do trabalho (aprendizagem, crescimento, responsabilidade
etc.), enquanto os externos, às condições de trabalho (salário, relações pessoais, segurança etc.).
Herzberg chegou à conclusão de que a presença de fatores externos — também chamados de
higiênicos — não causam, por si só, satisfação, mas a não insatisfação. Ou seja, fatores como
segurança no ambiente de trabalho, salário decente e relações pessoais não garantem que a
pessoa fique totalmente motivada. Elas apenas garantem a não frustração do indivíduo. No
entanto, se elas não se fizerem presentes, a insatisfação é certa.
Por outro lado, os fatores internos geram a motivação dos colaboradores com o trabalho em si.
A ausência desses fatores, uma vez já satisfeitos os fatores higiênicos, não gera insatisfação,
mas indiferença. Contudo, satisfeitas as necessidades higiênicas e intrínsecas ao mesmo tempo,
o trabalhador alcançará o mais alto nível de motivação. A lógica de Herzberg se dá no
entendimento de que os fatores externos satisfazem as necessidades do ambiente de trabalho e
os fatores internos, do conteúdo do trabalho. Portanto, é necessário haver uma combinação entre
os dois.
4.2.3. Teoria ERC
A Teoria ERC foi criada por Clayton Alderfer na tentativa de criar uma visão melhorada da
Teoria de Maslow. Dessa forma, ele também compartilhava com Maslow a ideia de que as
necessidades humanas podem ser descritas por meio de uma pirâmide. Contudo, ao invés de
cinco níveis, como a pirâmide de Maslow, Alderfer propôs uma visão mais enxuta da
hierarquia. São elas as necessidades existenciais, necessidades relacionais e necessidades de
crescimento. As primeiras se relacionam às necessidades mais básicas do ser humano (baixo
nível), assim como os níveis fisiológicos e de segurança, conforme Maslow. As segundas,
relacionadas às necessidades interpessoais e de filiação. As terceiras, relacionadas ao
desenvolvimento pessoal, crescimento profissional e melhoria das competências (alto nível).
(SOBRAL E PECI, 2013, p. 320-321).
A principal crítica dada à perspectiva de conteúdo é fundada no fato de que ela simplifica muito
o processo de motivação. As necessidades pessoais são singulares e podem variar de pessoa
para pessoa. Nem sempre elas seguem uma rígida hierarquia ou respeitam padrões pré-
estabelecidos. Dessa forma, conhecer as necessidades do funcionário nem sempre é suficiente
para escolher o tipo e as condições de trabalho que mais o motivará. (SOBRAL E PECI, 2013,
p. 323-324).
As teorias de processo, como o próprio nome diz, buscam compreender como funciona o
processo de motivação e os fatores que o condicionam. Neste trabalho, procuramos citar duas
das principais teorias que fazem parte desse grupo: a Teoria da Expectativa, de Victor Vroom,
e a Teoria da Equidade, de Stacey Adams. (SOBRAL E PECI, 2013, p. 324-326).
O ponto central dessa teoria, conforme descreve Sobral e Peci (2013), é o questionamento
acerca do custo-benefício oriundo do esforço pessoal. A principal pergunta feita pela pessoa é
se o resultado alcançado por determinado comportamento valerá o esforço desempenhado. Uma
pergunta bem simples.
O que a faz ser considerada uma teoria de processo é o fato dela enxergar os fatores internos e
ambientais como determinantes ao comportamento do indivíduo. Além disso, as expectativas
sobre o resultado do comportamento também podem ser uma razão motivacional. (SOBRAL E
PECI, 2013, p. 324). Dessa forma, conforme descreve Robbins (2005, p. 148): “(...) esta teoria
sugere que um funcionário se sente motivado a despender um alto grau de esforço quando
acredita que isto vai resultar em uma boa avaliação de desempenho”.
Conforme o mesmo autor, as expectativas sobre o resultado alcançado partem de três relações:
1. Relação esforço-desempenho. A probabilidade, percebida pelo indivíduo, de que uma certa quantidade de
esforço levará ao desempenho.
2. Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita que um determinado nível de
desempenho levará ao resultado desejado.
3. Relação recompensa-metas pessoais. O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas
pessoais ou as necessidades do indivíduo e a atração que estas recompensas potenciais exercem sobre ele.
(ROBBINS, 2005, p. 148).
A Teoria da Equidade, desenvolvida por Stacey Adams, estabelece a ideia de que a percepção
de justiça perante às recompensas recebidas pela organização é um fator motivacional.
(SOBRAL E PECI, 2013, p. 326). Dessa forma, o funcionário sempre comparará os benefícios
recebidos com os dos outros colegas, a fim de julgar se o que recebeu foi justo.
Sobral e Peci (2013) traz dois conceitos importantes: insumos e recompensas. A maneira como
o colaborador faz a avaliação é baseada na comparação entre os insumos ofertados e as
recompensas recebidas. Os termos são autoexplicativos. Os insumos são tudo aquilo que o
funcionário dá a organização: tempo, dedicação, esforço, conhecimentos, habilidades etc. As
recompensas são tudo aquilo que a organização dá em troca ao funcionário: remuneração,
condições de trabalho, relações sociais, capacitação etc. Tendo isso em vista, a pessoa sempre
tende a comparar os insumos dados com as recompensas recebidas e a julgar — comparando-
se com os outros colegas — se está sendo atendido devidamente ou não, o que é chamado de
equidade. (SOBRAL E PECI, 2013, p. 326).
Assim como a Teoria da Expectativa, há muitos critérios subjetivos. A percepção de equidade
pode variar conforme o indivíduo, o contexto etc. Ao relacionar os insumos com as
recompensas, o gestor tende a concluir que o senso de equidade é igual para todo mundo. Nem
sempre isso é verdade. O que significa uma recompensa justa? Como medir os insumos
entregues pelo colaborador de forma honesta? São questões pertinentes e muito difíceis de
mensurar. Quando se trata de pessoas, devemos ter em mente que as percepções são individuais
e a equidade pode ser vista de formas diferentes. O entendimento de justiça é relativo e varia
de acordo com o contexto e as pessoas envolvidas.
Quando uma pessoa recebe menos do que dá, há insatisfação. Mas o grau de insatisfação varia
de pessoa para pessoa. Enquanto algumas irão se desmotivar ou talvez até abandonar a
organização, outras vão tentar trabalhar mais para superar seus limites. A situação contrária
também é passível de análise. Quando a pessoa recebe mais do que dá, há aqueles que se sentem
mal por receberem de forma injusta e há aqueles que acreditam que receberam o justo. Em
resumo, a crítica central a essa teoria é justamente a discrepância de percepções que os
indivíduos podem ter em relação ao conceito abstrato de equidade.
Em relação ao tempo de trabalho na função de bancário, o gráfico 2 demonstra que 56,8% dos
entrevistados têm acima de dez anos de serviços como bancários, 27,3% possuem um a cinco
anos e 15,9% têm de 5 a 10 anos de atuação bancária.
Os tipos de bonificações que majoritariamente eram oferecidas nas organizações que atuam
como bancários, quase a totalidade (95,5%) recebem do tipo financeiro e apenas 4,5% não
financeiros, ou seja, o fator monetário exerce grande influência e sabido que isso afeta
diretamente o comportamento dos funcionário em relação às suas atividades.
No gráfico 8, a percepção sobre o valor percentual repassado do PLR, onde 75% não acham o
percentual repassado justo e 25% acham justo o valor percentual. O que caracteriza que essa
remuneração é bem avaliada, entretanto, pode ser melhorada na visão dos entrevistados, uma
hipótese são os lucros bilionários das instituições divulgados à mídia e acionistas em balanços
trimestrais.
Quando questionados sobre o plano de incentivos (bonificações) tinha relação com sua
motivação (gráfico 10), os percentuais das respostas se assimilaram com o que observamos no
gráfico 9. Onde 81,8% responderam que percebem a relação do plano de incentivos com sua
motivação,e que 18,2% responderam que não percebem essa relação.
Gráfico 10 / Fonte: Dados da Pesquisa.
Sobre o questionamento se o respondente se sentiria mais motivado se a sua PLR fosse paga
em mais de duas parcelas, obtivemos os seguintes dados do gráfico 11, 61,4% afirmaram que
sim e 38,6% que não. Alinha-se a percepção do valor injusto pago referente a PLR, bem como
a remuneração financeira em mais vezes ao ano influenciará a forma como o funcionário
enxerga a valorização, que está intimamente ligado à motivação.
Após análise dos dados obtidos através das respostas do questionário, podemos visualizar que
parte dos respondentes, cerca de 61,4% estão satisfeitos com o valor atual dos seus salários, que
95,5% recebem bonificações do tipo financeiras. E acerca do nível de satisfação por
recebimento de PLR, 63,6% estão satisfeitos/totalmente satisfeitos, mas um dado chama
atenção, 25% possuem insatisfação/totalmente insatisfeitos, que pode ter uma relação direta
com a percepção do valor percentual pago do PLR, que 75% dos entrevistados assinalaram
como injusto.
Outros dados que chamaram a atenção, foram acerca da motivação pelo plano de incentivos e
pelo recebimento do PLR que obtiveram os mesmos percentuais e enquadramento de respostas.
Onde 81,8% responderam que percebem a relação de sua motivação com o plano e o
recebimento do PLR,e que 18,2% que não percebem essa influência sobre suas motivações.
19. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos objetivos geral e específicos, fez-se a análise dos níveis de influência da
Participação nos Lucros na motivação no setor bancário. Ao longo da pesquisa aplicada,
podemos perceber inicialmente o perfil dos entrevistados, onde existe a mescla entre jovens e
pessoas com mais experiência tanto pela idade, quanto pelo tempo de atuação na profissão. Um
ponto importante que ficou claro na pesquisa é a responsabilidade exercida em relação aos
proventos, a maioria dos entrevistados é a principal fonte de renda familiar ou os que
contribuem ativamente para o sustento do lar, fator que influencia diretamente na relação de
trabalho, em termos de valorização, dedicação e manutenção dos seus postos.
A percepção da remuneração especial majoritariamente financeira como a Participação dos
Lucros por parte das instituições bancárias influencia positivamente a motivação e
consequentemente a atuação dos entrevistados, uma vez que, a valorização permite a utilização
do benefício das mais variadas formas conforme as respostas apresentadas na pesquisa, pois a
atribuição de valor é diferente para cada ser humano, algo individualizado conforme estudos
apresentados ao longo do semestre, e a pesquisa evidenciou que sempre pode ser melhorada
segundo a maioria dos entrevistados, acredita-se que pelos lucros cada vez maiores das
organizações tanto o valor bem como, a frequência podem ser melhorada.
Pode-se concluir que a obtenção das metas organizacionais depende da performance dos
empregados e, esse desempenho está relacionado com sua motivação. Vale destacar o papel
desempenhado dos sindicatos regionais e gerais na luta por melhores condições para a classe
bancária, que atreladas aos benefícios ofertados como a remuneração especial (PLR) motivam
o setor importante da economia que presta um serviço social de relevância.
20. REFERÊNCIAS
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 8. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Atlas, 2011.