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INTRODUÇÃO À ECONOMIA | 61022

E-fólio A

FOLHA DE RESOLUÇÃO

Nome do Estudante: Jorge Miguel dos Santos Velez Frazoa

Número de Estudante: 2003905

Turma: 06
Questão 1.
A notícia em análise neste efólio enquadra-se na definição de economia
positiva. Segundo o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) as
medidas políticas de combate à COVID19, em 2021, tiveram um impacto de 5,84 mil
milhões de euros nas contas públicas, superando em 1,1 mil milhões de euros face a
2020. Logo, após termos acesso a estes dados objetivos, provenientes de um estudo
rigoroso realizado pela UTAO, estamos perante uma economia positiva. Este tipo de
economia assenta na objetividade, no critério, no rigor e na quantificação exata dos
desenvolvimentos económicos. Os dados recolhidos foram alvo de estudo e
quantificação, podem ser mensuráveis, demonstrando o rigor científico, característica
da economia positiva. Estamos perante dados factuais que não podem ser
contestados, o que nos leva a afirmar que a notícia em análise é enquadrada na
economia positiva. “A Economia positiva dedica-se ao estudo objetivo de como uma
economia funciona e para isso usa explicações de natureza científica, assentando por
isso em hipóteses suscetíveis de serem testadas.” (Carvalho, diapositivo tema 1, p.6)
Em sentido contrário, a economia normativa dá aso à opinião, aos aspetos
ideológicos do que deveria ou não ser uma determinada política económica. Este tipo
de economia tem como características a subjetividade, a opinião própria e o juízo de
valor fazendo com que não exista o rigor dos factos científicos, como na economia
positiva, que está presente na notícia em análise. Ao ser subjetiva, a economia
normativa pauta-se pela falta de rigor científico, contrariamente à economia positiva.

Questão 2.
a) Uma curva de Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP) concava,
relativamente à origem, diz-nos que o custo de oportunidade será crescente. Isto
significa que, para a produção de uma unidade a mais do bem X (no eixo
horizontal) irá haver um sacrifício de produção cada vez maior no bem Y (no eixo
vertical). O mesmo se verifica para o inverso, sempre que se aumentar a produção
do bem Y irá haver um decréscimo de produção (custo de oportunidade) cada vez
maior no bem X. Uma vez que todos os recursos estão a ser utilizados é impossível
aumentar a produção de um bem sem sacrifício do outro. Pode-se verificar que,
conforme se produzem mais unidades de pães iremos renunciar, cada vez mais,
a produção de x bolos, logo o custo de oportunidade é crescente. Este
comportamento pode dever-se ao facto de existir uma maior aptidão para a
produção de um dos bens em relação ao outro ou ao facto da existência de
rendimentos decrescentes. O cálculo do custo de oportunidade dos bolos (b), ao
aumentar a produção de pães (p), é o seguinte:
Do ponto A (0 pães) para B (50 pães): +50p = -10b (72 para 62)  10/50 = 0.2b
(por cada unidade de pão produzida, produz-se menos 0.2 bolos);
Do ponto B (50 pães) para C (90 pães): +40p = -12b (62 para 50)  12/40 = 0.3b
(por cada unidade de pão produzida, produz-se menos 0.3 bolos);
Do ponto C (90 pães) para D (120 pães): +30p = -14b (50 para 36)  14/30 = 0.5b
(por cada unidade de pão produzida, produz-se menos 0.5 bolos);
Do ponto D (120 pães) para E (140 pães): +20p = -16b (36 para 20)  16/20 =
0.8b (por cada unidade de pão produzida, produz-se menos 0.8 bolos);
Do ponto E (140 pães) para F (150 pães): +10p = -20b (20 para 0)  20/10 = 2b
(por cada unidade de pão produzida, produz-se menos 2 bolos);

b) Produzir 130 pães e 15 bolos, semanalmente, é possível. No entanto, é


desaconselhável uma vez que essa produção se encontra no ponto U, no interior da
curva da FPP, o que se traduz numa produção ineficiente. Esta falta de eficiência pode
dever-se ao facto de não estarem a ser utilizados todos os recursos disponíveis ou
porque não estão a ser utilizadas as técnicas de produção mais eficientes. Quando
um ponto se encontra dentro da curva da FPP permite que se aumente a produção de
um bem sem sacrificar o outro bem, como é o caso do proposto na reunião semanal,
sendo, neste caso, o custo de oportunidade de zero. Caso o ponto estivesse no
exterior da curva da FPP, ponto I, a produção seria impossível.

I
Questão 3.
Ambas as empresas vão gerar mais receita porque, uma variação no preço de
um bem irá provocar uma deslocação na curva da procura e, consequentemente, na
quantidade procurada. Contudo, é importante perceber quanto a quantidade
procurada de um bem responde à mudança de preço, e para isso recorresse à
Elasticidade do Preço da Procura (EpD). Sabemos que um dos determinantes da EpD
é os bens necessários (transportes urbanos da guarda) versus luxos (teatro). Portanto,
ao sabermos esta determinante, a procura tende a ser mais rígida (inelástica) se o
bem for de necessidade (transportes urbanos da guarda). Logo, para um bem com
uma curva de procura mais inelástica (transportes urbanos da guarda) um aumento
do preço leva a uma diminuição da quantidade procurada, mas proporcionalmente
menor, assim a receita aumenta. Em sentido inverso, para um bem com uma curva
de procura mais elástica (teatro), uma diminuição do preço leva a um aumento na
quantidade procurada, proporcionalmente maior, logo o rendimento também aumenta.
Posto isto, apesar das medidas serem opostas, ambas as empresas irão aumentar as
suas receitas.

Questão 4.
A curva de oferta de um bem traduz o comportamento dos agentes que
pretendem vender sem ter em conta as preferências dos que pretendem comprar esse
bem. Além do preço, os fatores que influenciam a curva da oferta de um bem são: os
preços dos fatores produtivos (trabalho, capital, recursos naturais), as quantidades
que os produtores decidem oferecer a cada preço estão dependentes destes fatores,
assim, sempre que houver uma variação no preço destes fatores, faz com que exista
uma alteração nos custos de produção. A tecnologia afeta os custos de produção na
medida em que uma inovação tecnológica permite produzir maiores quantidades
utilizando os mesmos fatores produtivos, levando a uma redução de custos de
produção e consequente aumento da oferta. O número de empresas é outro fator
que influencia a curva da oferta, se existirem mais empresas a oferecer o mesmo
produto, a um determinado preço, faz com que seja possível aumentar a oferta do
produto. As expectativas dos produtores são outro fator que influenciam a curva da
oferta. Poderá haver outros fatores que afetem a capacidade dos produtores de
oferecerem um bem. Em suma, as preferências dos que pretendem comprar o bem
não são um fator que influencie a curva da oferta e o comportamento dos produtores.
Bibliografia
Carvalho, Margarita (2022). Materiais de apoio disponíveis no Espaço Central da UC
Introdução à Economia.

Porto, Manuel (2019). Economia: Um Texto Introdutório, Edições Almedina, 4ª edição.

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