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Livro “Água Métodos e Tecnologia de Tratamento “

Carlos A. Richter
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1: De acordo com Kawamura (1991), o
produto GT na mistura rápida deve se encontrar na
faixa de 300 a 1600. Calcular o gradiente de
velocidade em uma câmara de mistura rápida de
uma estação de tratamento de água que trata
4,5m3/s . O volume da câmara é de 9m3 e a
temperatura da água é de 15oC. A câmara dispõe
de um misturador mecânico que aplica à água uma
potência de 6,5kW. Verificar se o gradiente e o
tempo de mistura são satisfatórios.
 Solução
Viscosidade .pdf
f = fator de atrito - parâmetro adimensional que é utilizado
para calcular a perda de carga em uma tubulação devida
ao atrito.
Outro fator que aparece associado ao
dimensionamento das unidades e floculação é o
número de Reynolds (Re):
O seu significado físico é um quociente entre forças
de inércia (u.ρ) e de viscosidade (μ/d).

em que u é a velocidade média do fluído; d é o diâmetro


do reator; μ é a viscosidade dinâmica do fluído; ρ é
massa específica do fluído.
 O lodo recém-coagulado tem a
propriedade de precipitar
partículas em suspensão.
 Essas unidades reúnem em um
único tanque a floculação e a
decantação em fluxo vertical
(floculadores-decantadores).
Em sua concepção, a água bruta é descarregada próxima ao
fundo, produzindo a turbulência necessária para a floculação.
Essa turbulência é dissipada no manto de lodos, cuja
tendência é sedimentar no sentido contrário ao fluxo da água,
causando agregação dos flocos por contato entre eles.
 Com o aporte de novas partículas trazidas pela água
bruta e de coagulante aplicado para desestabilizá-las, o
manto tende a se expandir, vertendo para o concentrador.
 Do concentrador, a água é periodicamente drenada
(purga) através de uma válvula operada manualmente ou
por temporizador, com o objetivo de manter a concentração
ótima do manto de lodos e sua estabilidade.
 O gradiente de velocidade na floculação em manto de
lodos é dado por:

 em que: Vo = Q/A é a velocidade ou taxa de escoamento


superficial (m.s-1);sendo Q a vazão de operação (m3.h-1) e
A a área horizontal do clarificador e ρF a densidade dos
flocos (kg.m-3)
A uma dada taxa de escoamento superficial e temperatura
constante, o gradiente de velocidade é controlável apenas
pela concentração e pela densidade dos flocos.
O produto CGT para os floculadores em manto de loco
encontra-se entre 80 e 120, podendo-se considerar 100 um
valor de referência, e a concentração C do manto, entre
0,05 e 0,20.
Exemplo 2: Um clarificador em manto de lodos com uma
área útil horizontal de 150 m2 trata uma vazão de 150L/s
com uma concentração de sólidos de 10% (v/v). Determinar
o gradiente de velocidade admitindo uma densidade dos
flocos de 1001 kg/m3 (sulfato de alumínio) e avaliar o
produto CGT, sendo 8 min o tempo de floculador.
Temperatura da água: 15oC
Exemplo 3: Floculador Hidráulico
Um floculador de chicanas de fluxo vertical, em uma estação
de tratamento de água que trata 75L/s apresenta três seções
em série, cada uma com um comprimento de L = 10,0 m,
largura a = 0,90m e profundidade média H = 3,5m, com os
seguintes espaçamentos entre chicanas.
Primeira seção = 0,31 m
Segunda seção = 0,42 m
Terceira seção = 0,67 m
Avaliar os gradientes de velocidade de cada seção, número de
Camp e as perdas de carga em cada seção e total, na
temperatura de 10oC. Considerar um coeficiente de fórmula de
Dracy f=0,02

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