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Notas de aula n° 5 – Tensão Efetiva

A tensão efetiva é a tensão que ocorre entre os grãos que é a causa real da deformação do
solo. Tal tensão é resultado da subtração entre a tensão total do solo e a poropressão da água (𝑢)
nos vazios. A relação é dada por:
𝜎 =𝜎−𝑢
(5.1)
Quando um solo está descarregado e têm-se o nível d’água coincidente com o nível do
solo (Figura 1) tem-se que a poropressão nos vazios é igual à pressão hidrostática:
𝑢 =𝑧∙𝛾
(5.2)

Figura 1 - Amostra de solo descarregado

Como a única carga sobre a amostra é o próprio solo saturado, a tensão total no nível da
amostra é de:
𝜎 =𝑧∙𝛾
(5.3)
Logo, a tensão efetiva nesse caso é de:
𝜎 = 𝑧 ∙ 𝛾′
(5.4)
Como mostrado na Figura 1, as tensões também podem ser apresentadas graficamente. É
importante verificar que esse é um caso bastante específico uma vez que o N.A. geralmente se
encontra em alguma profundidade abaixo da superfície do terreno.
Ex. 5.1 – Obtenha a tensão efetiva a 3 m abaixo da superfície de um solo saturado 𝛾 =
19,69 𝑘𝑁/𝑚³. O nível de água no solo está na superfície, neste exemplo.
R:
𝜎 =𝜎−𝑢 =𝑧∙𝛾 − 𝑧 ∙ 𝛾 = 3 ∙ 19,69 − 3 ∙ 9,81 = 29,64 𝑘𝑁/𝑚²

Quando um solo em estado natural é carregado, inicialmente, a pressão aplicada (q) é


realizada apenas sobre a água dos poros e não nas partículas do solo. A pressão de água adicional
induzida é chamada de excesso de poropressão, denominada por Δ𝑢 = 𝑞 (Figura 2). A variação
em u ocorre imediatamente após a aplicação do carregamento.

Figura 2 - Aplicação de carregamento em solo saturado no seu estado natural

O excesso de poropressão leva a um fluxo de água nos poros (Figura 2a) aos poucos esse
fluxo diminui (Figura 2b) até que entra em equilíbrio, zerando o excesso de poropressão (Figura
2c). Conforme o excesso de poropressão se dissipa, a carga q é progressivamente transferida às
partículas do solo, se tornando o excesso de tensão efetiva (Δ𝜎′).
O Δ𝜎′ reorienta as partículas do solo comprimindo-o contra os vazios deixados pela água.
Nesse ponto o nível piezométrico coincide com o nível de água inicial. Tal processo é chamado
de adensamento.
O resultado da dissipação de parte do excesso de poropressão (Δ𝑢 < 𝑞) é uma deformação
(𝛿), que é uma variação da espessura da camada de solo causada pelo adensamento. A deformação
total do solo é representada por dh. A parte do adensamento será estudada mais a frente.
Ex. 5.2 – Calcule as tensões, bem como qualquer variação nas suas magnitudes. Caso o
solo saturado no Ex. 5.1 seja coberto com um enchimento hidráulico pesando 20 kN/m², obtenha
os valores no ponto P em 𝑡 = 0 e 𝑡 = ∞.

Figura 3 - Ex. 5.2

R: Aumento na tensão total = q = 20 kN/m²


𝜎 = 𝜎 + Δ𝜎 = 𝜎 + 𝑞 = 𝑧 ∙ 𝛾 + 𝑞 = 3 ∙ 19,69 + 20 = 79,07 𝑘𝑁/𝑚²
Poropressão no ponto P, t=0:
𝑢 = 𝑧 ∙ 𝛾 + Δ𝑢 = 3 ∙ 9,81 + 20 = 49,43 𝑘𝑁/𝑚²
Assim, em t=0, a tensão efetiva será:
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 79,07 − 49,43 = 29,64 𝑘𝑁/𝑚²
Já, quando 𝑡 = ∞, o excesso de poropressão é igual a zero, logo:
𝑢 = 𝑧 ∙ 𝛾 = 3 ∙ 9,81 = 29,43 𝑘𝑁/𝑚²
Assim, a tensão efetiva após a dissipação do excesso de poropressão:
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 79,07 − 29,43 = 49,64 𝑘𝑁/𝑚²

Outra situação a ser analisada é quando ao invés de carregar a superfície, esta se encontra
abaixo do nível da água, sendo nela a pressão hidrostática igual a q (Figura 4).
Figura 4 - Estado saturado

Nesse caso a tensão total em P:


𝜎 =𝑦∙𝛾 +𝑧∙𝛾

(5.5)
A poropressão:
𝑢 = (𝑦 + 𝑧) ∙ 𝛾
(5.6)
A tensão efetiva:
𝜎 = 𝑧 ∙ 𝑦′
(5.7)
Como a tensão efetiva depende apenas do peso específico submerso, tem-se que o nível
da água acima do NT não aumenta a tensão intergranular, não tendo efeito de adensamento no
solo. Por isso, esse tipo de pressão é conhecida como pressão neutra.
Ex. 5.3 - Calcule as tensões a 3 m abaixo do nível da superfície do solo, caso o solo
saturado no Ex. 5.1 esteja submerso em uma profundidade de 2,04 m, como mostrado na Figura
5.

Figura 5 - Ex. 5.3


R:
𝜎 =𝜎−𝑢 =𝑧∙𝛾 + 𝑦 ∙ 𝛾 − (𝑧 + 𝑦) ∙ 𝛾
→ 𝜎 = 3 ∙ 19,69 + 2,04 ∙ 9,81 − (3 + 2,04) ∙ 9,81 = 29,64 𝑘𝑁/𝑚²

Entendido o que é a tensão efetiva, agora serão tratados alguns problemas ligados à tal
tensão. A primeira será o caso em que ao invés de adicionar uma carga, se retira por meio de uma
escavação, como quando se irá executar uma sapata. Assim, caso a base esteja acima de NA
(Figura 6) a tensão do material escavado será considerada como negativa em função do peso
específico do solo.
Ex. 5.4 – A partir da Figura 6, determine as tensões efetivas verticais máximas no topo
de cada uma das camadas indicadas, considerando a execução de uma sapata corrida de 3 m de
largura transmitindo uma carga de 128,5 kN/m².

Figura 6 - Ex. 5.4

R: Para a determinação das tensões nas diferentes profundidades, devemos calcula-las


como se não houvesse um furo:
Quando 𝑧 = 0, 𝜎 = 0.
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑧 = 4 𝑚:
𝜎 = 4 ∙ 19 = 76 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 =0
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 76 𝑘𝑁/𝑚²
Quando 𝑧 = 6 m:
𝜎 = 𝑧 ∙ 𝛾 + 𝑧 𝛾 = 4 ∙ 19 + 2 ∙ 21 = 118 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 = 𝑧 ∙ 𝛾 = 2 ∙ 9,81 = 19,62 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 118 − 19,62 = 98,38 𝑘𝑁/𝑚²
Quando 𝑧 = 9 𝑚:
𝜎 = 𝑧 𝛾 + 𝑧 𝛾 + 𝑧 𝛾 = 118 + 3 ∙ 20 = 178 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 = (𝑧 + 𝑧 ) ∙ 𝛾 = 5 ∙ 9,81 = 49 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 178 − 49 = 129 𝑘𝑁/𝑚²
Agora, determinar as tensões considerando a escavação:
𝜎 çã = 1,5 ∙ 19 = 28,5 𝑘𝑁/𝑚²

Corrigindo os valores considerando o alívio de tensões:


𝜎 = 76 − 28,5 = 47,5 𝑘𝑁/𝑚
𝜎 = 98,4 − 28,5 = 69,9 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 = 129 − 28,5 = 101,5 𝑘𝑁/𝑚²
A tensão líquida, que é aquela que considera a retirada do solo será:
𝜎 = 𝑞 − 𝑧 ∙ 𝛾 = 128,5 − 1,5 ∙ 19 = 100 𝑘𝑁/𝑚²
Assim, nosso esquema será igual a figura abaixo:

Para determinação das tensões efetivas no topo de cada camada, considerando a sapata
corrida, devemos primeiro calcular as tensões efetivas no topo de cada camada, sem considerar
o furo e na sequência determinar a tensão na camada de análise a partir das equações de
distribuição de tensão no solo, como visto no capítulo anterior.
O efeito do carregamento no fundo da camada 1 (𝑧 = 2,5 𝑚):
𝑏 1,5 61,92
𝛽 = 2 ∙ tan = 2 ∙ tan = 61,92° = 𝜋 ∙ = 1,08 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜
𝑧 2,5 180
𝜎 100
𝜎 = (𝛽 + 𝑠𝑒𝑛𝛽) ∙ = (1,08 + 𝑠𝑒𝑛61,92°) ∙ = 62,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝜋 𝜋
Assim, em 𝑡 = ∞:

𝜎 = 47,5 + 62,5 = 110 𝑘𝑁/𝑚


Para o fundo da camada 2 (𝑧 = 4,5)
1,5 36,86𝜋
𝛽 = 2 ∙ tan = 36,86° = = 0,64 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜
4,5 180
100
𝜎 = (0,64 + 𝑠𝑒𝑛36,86) ∙ = 39,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝜋
Assim, em 𝑡 = ∞:
𝜎 = 69,9 + 39,5 = 109,4 𝑘𝑁/𝑚²
Para a última camada:
1,5 22,61 ∙ 𝜋
𝛽 = 2 ∙ 𝑡𝑔 = 22,61° = = 0,39 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜
7,5 180
100
𝜎 = (0,39 + 𝑠𝑒𝑛22,61°) ∙ = 24,65 𝑘𝑁/𝑚
𝜋
Logo, em 𝑡 = ∞:
𝜎 = 101,5 + 24,65 = 126,15 𝑘𝑁/𝑚²

Os valores encontrados no Ex. 5.4 podem ser utilizados para calcular o adensamento das
camadas de argila. Quando a base da escavação se encontra abaixo do N.A. Nesse caso, a análise
depende do tipo de solo. Se for arenoso ou com pedregulhos o N.A. é reestabelecido rapidamente
por conta da alta permeabilidade, não causando adensamento a longo prazo. Já no caso de solos
argilosos, não há dissipação da poropressão por meio das camadas de argila subjacentes, por conta
da baixa permeabilidade, considera-se, portanto, um descarregamento instantâneo.
Considerando uma escavação para uma estrutura de 6 m (Figura 7), que tem em seu estado
natural, na profundidade de 9 m, tensão total na de 178 kN/m², poropressão de -49 kN/m² e tensão
efetiva de 129 kN/m², as tensões em P e em Q serão diferentes.

Figura 7 - Escavação em argila


No ponto P a redução da tensão é dada por:
Δ𝜎 = 𝑧 ∙ 𝛾 + 𝑧 ∙ 𝛾 = 118 𝑘𝑁/𝑚²
Como a tensão no ponto P inicialmente era de 178 kN/m²:
𝜎 = 178 − 118 = 60 𝑘𝑁/𝑚²
Logo, a tensão efetiva no ponto P:
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 60 − 29,4 = 30,6 𝑘𝑁/𝑚²
Essa diminuição da tensão efetiva indica um solo mais frágil por conta da redução da
tensão intergranular, porém se a estrutura é construída dentro desse corte, há um novo aumento
da tensão efetiva.
Ex. 5.5 – Agora, considerando que no funda escavação da Figura 7 foi executada uma
sapata com tensão de aplicação de 200 kN/m, determine a tensão efetiva no ponto P em 𝑡 = 0 e
𝑡 = ∞, compare esses valores.

As consequências de tais valores serão estudados mais a frente, na etapa de adensamento


e recalque.
Outra situação em que a tensão efetiva é importante é em situações em que existe pressão
artesiana (𝜎 ), ou seja, água confinada sob camadas de solo impermeáveis (Figura 8).

Figura 8 - pressão artesiana

Esse tipo de situação pode levar ao rompimento do solo por levantamento (como vimos
no capítulo sobre permeabilidade e percolação). A pressão artesiana aumenta a poropressão e
reduz a pressão efetiva.
A partir da Figura 9, determine a tensão efetiva no ponto P.
Figura 9 - Determinação da pressão artesiana

É relevante citar que a pressão artesiana é nula no topo da camada impermeável, sua
distribuição é linear ao longo da camada da argila e o rompimento do solo por cisalhamento ocorre
quando a tensão total for menor que a soma da poropressão e da pressão artesiana.
Até aqui foi analisado apenas a situação em que a água se encontra estática. Quando há
percolação, deve-se analisar o tipo de fluxo que está ocorrendo se descendente ou ascendente. O
fluxo descendente reduz a poropressão, aumentando a tensão efetiva em determinada
profundidade (Figura 10).
Figura 10 - Fluxo de percolação descendente

Na Figura 10:
−ℎ = carga de pressão de percolação;
𝑢 = poropressão de percolação;
𝑢 = poropressão devido a 𝛾 e 𝑢
𝑢 = poropressão na profundidade h, somente devido a 𝛾
Assim, a poropressão na profundidade H:
𝑢 = (𝑎 + 𝑧) ∙ 𝛾
(5.8)
A poropressão de percolação:
𝑢 = −ℎ ∙ 𝛾
(5.9)
E a pressão devido à ambos:
𝑢 = 𝑎𝛾 + 𝑧𝛾 − ℎ 𝛾
Como a tensão total em H será de:
𝜎 = 𝑎𝛾 + 𝑧𝛾
(5.10)
A tensão efetiva será de:
𝜎 = 𝑧𝛾 + ℎ 𝛾
(5.11)
Como é comum expressar ℎ em função do gradiente hidráulico (i):
𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ℎ
𝑖= =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟. 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑧
(5.12)
Desta forma a poropressão de percolação pode ser definida por:
𝑢 = 𝑖 ∙ 𝑧 ∙ 𝛾 (𝑘𝑁/𝑚²)
(5.13)
E a pressão efetiva:
𝜎 = 𝑧 ∙ (𝛾 + 𝑖 ∙ 𝛾 )
(5.14)
Ex. 5.6 – Para a Figura 10, suponha:
𝑎 = 2 𝑚; 𝛾 = 19 𝑘𝑁/𝑚 ; 𝑧 = 4 𝑚; 𝛾 = 10 𝑘𝑁/𝑚 ; nível piezométrico abaixo do
nível da água (ℎ ) = 0,3 m. Calcule as tensões no ponto P.
R:
𝑢 = (𝑎 + 𝑧) ∙ 𝛾 = (2 + 4) ∙ 10 = 60 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 = −ℎ ∙ ℎ = −0,3 ∙ 10 = −3 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 = 𝑢 + 𝑢 = 60 − 3 = 57 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 = 𝑎𝛾 + 𝑧𝛾 = 2 ∙ 10 + 4 ∙ 19 = 96 𝑘𝑁/𝑚
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 96 − 57 = 39 𝑘𝑁/𝑚

Já para o fluxo ascendente (Figura 11) há a diminuição da pressão efetiva, o que pode
facilitar a erosão. Esse tipo de fluxo é mais relevante para a engenharia.
Figura 11 - Fluxo ascendente

Aqui, a tensão efetiva pode ser dada por:


𝜎 = 𝑧𝛾 − ℎ 𝛾
(5.15)
Ou:
𝜎 = 𝑧 ∙ (𝛾 − 𝑖 ∙ 𝛾 )
(5.16)
Se essa tensão efetiva se anula, ocorre o rompimento rápido da areia, fenômeno chamado
de areia movediça:
𝑧𝛾 = ℎ 𝛾
(5.17)
Assim, caso a pressão de percolação seja grande o bastante, o solo pode ser forçado para
cima, causando erosão, esse fenômeno é chamado de piping. O principal fator para a ocorrência
do piping é o comprimento do caminho de percolação da água (z). A ruptura ocorre quando o
caminho percorrido é menor ou igual ao caminho crítico (𝑧 ):
𝛾
𝑧 = ∙ℎ
𝛾
(5.18)
Logo, a estaca-prancha deve ser enterrada a profundidade maior que 𝑧 . O gradiente
hidráulico crítico é dado por:
ℎ 𝛾
𝑖 = =
𝑧 𝛾
(5.19)
E para o solo saturado:
𝐺−1
𝛾 = ∙𝛾
1+𝑒
e
𝐺 −1
𝑖 =
1+𝑒
(5.20)
Logo, o gradiente hidráulico crítico é função da estrutura do solo.
Ex. 5.7 – Para a Figura 11, considere:
𝑎 = 1 𝑚; 𝛾 = 19 𝑘𝑁/𝑚 ; 𝑧 = 1,5 𝑚; 𝛾 = 10 𝑘𝑁/𝑚 ; (ℎ ) = 0,25 m; 𝐺 = 2,65;
𝑒 = 0,86. Calcule as tensões no ponto P, com ℎ = 2,5 𝑚.
𝑢 = (𝑎 + 𝑧) ∙ 𝛾 = (1 + 1,5) ∙ 10 = 25 𝑘𝑁/𝑚
𝑢 = ℎ ∙ 𝛾 = 0,25 ∙ 10 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝑢 = 𝑢 + 𝑢 = 27,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 =𝑎∙𝛾 +𝑧∙𝛾 = 1 ∙ 10 + 1,5 ∙ 19 = 38,5 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎 = 𝜎 − 𝑢 = 38,5 − 27,5 = 11 𝑘𝑁/𝑚²
Determinar o caminho crítico:
𝛾 10
𝑧 = ∙ℎ = ∙ 0,25 = 0,27 𝑚
𝛾 9
-----
Sapatas construídas em solo granular podem sofrer força de fluxo ascendente no caso do
solo ser inundado ou do lençol freático subir rapidamente. Em areia, esse fato pode causar o
levantamento e a remoção do material da base da fundação, sendo recomendada a utilização de
estacas para apoiar a estrutura (Figura 12).

Figura 12 - fundação estacada

O fluxo ascendente tende a diminuir o peso específico submerso do solo:


𝛾 =𝛾 −𝑖∙𝛾
(5.21)
Já o fluxo descendente tende a aumenta-lo:
𝛾 =𝛾 +𝑖∙𝛾
(5.22)

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