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As Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs) e a evolução
do conceito de competências
para marcos de competências
e “Entrustable Professional
Activities” (EPAs): um
entendimento necessário para
adequações da formação médica
1. PANORAMA GERAL
Nos últimos anos, o ensino superior brasileiro tem contato com a teoria e, depois, com as situações prá‑
experimentado mudanças significativas, mais es‑ ticas. Essa configuração parte do pressuposto de que
pecificamente nas carreiras da saúde. São notórias os estudantes aplicarão o que lhes foi ensinado au‑
as complexidades e as exigências que envolvem a tomaticamente e de forma adequada, partindo do
formação desses profissionais. As transformações abstrato para o concreto (MAKUCH; ZAGONEL,
mundiais decorrentes das inovações tecnológicas, 2017). Na prática, esse modelo de formação resulta
científicas e econômicas, aliadas a um mercado em um distanciamento evidente entre o perfil dos
progressivamente instável e flexível, têm estabe‑ profissionais que estão se inserindo no mercado de
lecido novas regras de convivência social e práti‑ trabalho e as reais necessidades de saúde dos usuá‑
cas profissionais. Dessa maneira, há a necessidade rios (SPORTSMAN, 2010; FRENK et al., 2010). Por
de atualização contínua na área da educação, pois isso, muitas escolas médicas já avançaram para ou‑
a simplificação e a fragmentação do saber estão tros modelos, ainda que parcialmente, buscando
dando lugar a novos modelos de formação e ges‑ uma maior interdisciplinaridade e aplicação pre‑
tão da força de trabalho (CAMELO; ANGERAMI, coce dos conhecimentos.
2013; PÜSCHEL et al., 2017). Assim, é necessário um processo formativo que
Ainda hoje, muitos cursos da área da saúde têm expresse compromissos éticos e políticos com o
seu currículo organizado em disciplinas. Nessa es‑ exercício da cidadania e com a qualidade de vida
trutura tradicional, o estudante, inicialmente, tem da população, rompendo com o modelo de ensino
iniciativas e ações que traduzam desempenhos ca‑ No contexto das diretrizes do Plano Nacional
pazes de solucionar, com pertinência, oportunidade de Educação (PNE), do Ministério da Educação
e sucesso, os desafios que se apresentem à prática (MEC), expresso na Lei nº 10.172/2001, o Conselho
profissional em diferentes contextos do trabalho em Nacional de Educação (CNE) aprovou em 2001 as
saúde, traduzindo a excelência da prática médica” Diretrizes Curriculares para o Curso de Medicina.
(BRASIL, 2014). Esse foi um marco na regulamentação do ensino
em saúde, especialmente médico, no Brasil, pois
abrange todas as escolas de Medicina do país. As di‑
3. A INCLUSÃO DAS COMPETÊNCIAS NAS
retrizes de 2001 foram o parâmetro para a educação
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA OS médica até junho de 2014, quando o MEC lançou as
CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE E A NECESSIDADE DE novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
REORIENTAÇÃO CURRICULAR Graduação em Medicina, que se tornaram os parâ‑
metros a serem observados na organização, desen‑
Para atender às necessidades do mercado de traba‑ volvimento e avaliação dos cursos de Medicina de
lho, as instituições de ensino devem determinar as todo o país (BRASIL, 2014; GONTIJO et al., 2013).
competências necessárias ao profissional da área, Para Makuch e Zagonel (2017), a reformulação
priorizando as mais críticas e importantes para do modelo pedagógico vigente é indispensável e ape‑
nas acontecerá por meio da implementação de um
garantir a formação de estudantes, os quais, ao fi‑
currículo que possibilite o desenvolvimento de com‑
nal do processo de formação, devem estar segu‑
petências. No entanto, embora as diretrizes curricu‑
ros e preparados para a prática clínica profissional
lares atuais indiquem esse objetivo, ainda existem
(SPORTSMAN, 2010; FRENK et al., 2010).
muitas limitações nas discussões sobre o modelo
Há a exigência de formar um profissional com‑ curricular orientado por competência profissio‑
petente, crítico e reflexivo, que seja capaz de corres‑ nal (PEREZ; TOURINHO; CARVALHO JÚNIOR,
ponder às constantes mudanças sociais e ao desen‑ 2016; MAKUCH; ZAGONEL, 2017).
volvimento da cidadania. Para oferecer profissionais A discussão sobre as necessidades de mudanças
com esse perfil ao mercado de trabalho, os órgãos e de novas adequações no ensino superior acontece
reguladores do ensino na área da saúde têm pro‑ há tempos, visto que o processo de formação dos
posto a revisão das DCNs e a coerência delas com profissionais da área da saúde apresenta lacunas no
os projetos pedagógicos dos cursos (BERNARDINO; ensino ou na aprendizagem. Assim, os estudantes
FELLI; PERES, 2010; SPORTSMAN, 2010). estão recebendo uma formação com o foco na me‑
Quadro 1. Descrição das competências propostas pelas DCNS de 2014. Fonte: Franco, Cubas e Franco (2014, p. 223‑224).
mento, em vez de meramente recebê‑lo (SOUZA; tamento dos problemas de saúde nos quais estejam
SILVA; SILVA, 2018). inseridos (SOUZA; SILVA; SILVA, 2018).
Trata‑se de uma concepção educacional a favor Com o uso dos métodos ativos de ensino e apren‑
do processo de ensino e aprendizagem, que pode dizagem, estão sendo buscadas mudanças de para‑
ser utilizada em experiências reais ou simuladas, digmas da relação clássica de poder vertical entre
integrando teoria e prática para a resolução de pro‑ docente‑discente para uma relação mais horizon‑
blemas. Permite que o estudante possa desenvolver tal, em que todos aprendem e contribuem com seus
competências ainda inexploradas, contrariamente valores, experiências e conhecimentos. No entanto,
ao enfoque apenas no conteúdo teórico. Isto con‑ é essencial que o currículo proposto apresente ob‑
tribui de forma significativa para a formação de jetivos de aprendizagem e estratégias de ensino
profissionais mais qualificados, fomentando com‑ bem definidos, com métodos de avaliação confiá‑
petências técnicas, éticas e políticas para o enfren‑ veis e válidos para o desenvolvimento das compe‑
Tabela 2. Interpretação geral dos níveis de proficiência. Fonte: traduzida de Accreditation Council for Graduate Medical
Education and American Board of Emergency Medicine (2013).
Tabela 3. A comparação das vantagens e desvantagens dos dois modelos conceituais: competências e EPAs. Fonte:
traduzida de Association of American Medical Colleges (2014).
Tabela 4. Prerrogativas relacionadas aos níveis de supervisão. Fonte: traduzida de Ten Cate et al. (2015).
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