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Resumo
Este trabalho decorre de um estudo de caso de revisão, percepção dos actores do sistema educativo sobre
a qualidade de formação do instituto industrial e Comercial de Nampula, partindo do pressuposto de que
vivemos em uma era do conhecimento, que se mostra acima de tudo competitiva, onde a inteligência. E
neste artigo é estudado a percepção dos actores do sistema educativo sobre a qualidade de formação do
instituto industrial e Comercial de Nampula. Para isso, é entrevistado um membro da instituição,
composto de 6 elementos no qual 3 são professores e 3 são alunos, a percepção da qualidade de formação
do instituto e entendido como respostas que estes tem dado ao mercado. Os resultados indicam que para
que o ensino seja continua e necessário a implementação de estratégias como a implementação de uma
formação continua nos seus formadores, e na melhoria de factores inibidores do desenvolvimento
continuo na qualidade de formação, como foi visto que 75% deles afirmam que não tem tido um estágio
regular e necessita de uma melhoria das salas práticas.
Abstract
This work arises from a review case study, the perception of actors in the educational system about the
quality of training at the industrial and commercial institute of Nampula, based on the assumptions that
we live in an era of knowledge, which is above all competitive, where intelligence. This article focuses on
the perception of actors in the educational system on the quality of training at the industrial and
commercial institute of Nampula. To do this, a member of the institution is interviewed, made up of 6
members, 3 of whom are teachers and 3 are students, their perception of the quality of the institute's
training and understanding of the responses they have given to the market. The results indicate that for
teaching to be continuous, it is necessary to implement strategies such as the implementation of
continuous training for its trainers, and the improvement of factors that inhibit continuous development in
the quality of training, as seen in the fact that 75% of them state that He has not had a regular internship
and needs to improve the practical rooms.
INTRODUÇÃO
1
Mestrando em Regulação e Administração de Educação, Academia Militar “Marechal Samora Machel.
floramaunde1@gmail.com
2
Se é verdade que foi a crença nos benefícios dos ensinos técnico e profissional sobre a
economia e sobre o emprego que mais sustentou as políticas que o suportaram e fizeram
crescer, nomeadamente quando os governos perfilharam as teorias funcionalistas e, em
particular, a teoria do capital humano, também é no âmago dessa relação entre a
educação e a economia que se encontram alguns dos principais pressupostos da “falácia
do ensino profissional”, para regressar à expressão de Philip Foster, no seu célebre
estudo de 1965.
- SISTEMA EDUCATIVO
Diante do exposto acima Sistema pode ser entendido como sendo um todo que não pode ser
separado sem que ocorra a perda de suas características e, por isso deve ser estudado como
um todo.
- QUALIDADE
Segundo Gomes (2004) a qualidade é fácil de reconhecer, mas é difícil definir. Nadler e
Tushman (1994) consideram que é admissível que não exista uma definição exacta de
qualidade, todavia é necessário que haja um entendimento da sua essência por todos os
profissionais dentro do processo, independente do ramo da actuação.
Por isso, existem várias definições de qualidade e cada uma com o seu enfoque,
entretanto, avançámos abaixo com algumas visões propostas por alguns autores numa
perspectiva ampla e inclusiva.
Gawe e Heyns (2004) confirmam este ponto de vista, acrescentando que qualidade é um
conceito dinâmico que originado no sector empresarial e industrial, onde produtos e
mercadorias devem estar em conformidade com regulamentos e requisitos específicos
para garantir alta qualidade.
Pond (2002) enfatiza a qualidade como uma grande prioridade que também deve ser
listada no topo das agendas da maioria dos governos. Portanto, melhorar a qualidade é
possivelmente a tarefa mais assustadora que qualquer instituição enfrenta.
À luz do mesmo debate, Afonso refere que a legitimação da acção do Estado e a conquista
de lealdade aparecem crescentemente associadas ao esforço de constituir uma oferta
diversificada de serviços educativos, tendo em vista capacitar todos os cidadãos para lidar e
reagir, de modo adequado, às novas e intensamente diferenciadas condições do mercado de
emprego e de trabalho que, de certo modo, contribui para a crise da educação.
Antunes refere que até 1952, Moçambique tinha adoptado a Lei n.º 2:025, de 19 de Junho
de 1947 (sobre o Ensino Profissional), o Decreto-lei n.º 37:028, de 25 de Agosto de 1948
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(sobre o Ensino Profissional, Industrial e Comercial), o Decreto n.º 37:029, da mesma data
(Estatuto do Ensino Profissional Industrial e Comercial), pelas Portarias Ministeriais n.ºs
13:883, 13:884 e 13:885, de 15 de Março de 1952 e desdobramento da Escola Técnica Sá
da Bandeira em duas escolas, uma industrial e outra comercial (Decreto n.º 38:679, de 17 de
Março de 1952). Este desdobramento foi devido ao crescente interesse pelo ensino técnico,
separando-se o ramo comercial do ramo industrial.
O Ensino Técnico estava organizado da seguinte forma: Escolas Técnicas Elementares – 1.º
Grau (Ciclo Preparatório de dois anos), existindo duas em Lourenço Marques e que estava
integrado na Escola Comercial e Industrial. Escolas Industriais e Comerciais – 2.º Grau (em
todas existia o Curso Preparatório com a duração de três anos diurno e seis anos o curso
nocturno, o Curso de Formação feminina, o de Pintura Decorativa e de Construção Civil).
Os Cursos Industriais e Comerciais davam acesso ao ensino médio.
Da análise feita aos currículos, programas e horários tanto do ensino geral como do
ensino técnico profissional, constatou-se que o modelo de organização curricular
predominante nesses currículos é o baseado em disciplinas. Tanto no ensino geral como
no técnico profissional, as disciplinas são leccionadas de forma singular (Matemática,
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O subsistema de Educação Técnico profissional (ETP) foi criado ainda no tempo colonial.
Caracteriza-se, e diferencia-se dos outros subsistemas, pela sua função social (assegura a
formação integral dos jovens e trabalhadores preparando-os para o exercício de uma
profissão numa especialidade, mas sempre dentro das exigências qualitativas e quantitativas
da planificação e do desenvolvimento da economia e da sociedade), pela ênfase na
formação profissional (dando aos jovens e trabalhadores uma especialidade e
desenvolvendo neles capacidades e hábitos profissionais; associar o conhecimento técnico
às experiências práticas e à busca de soluções técnicas e tecnológicas; vincular as escolas
técnicas e institutos com os sectores produtivos); pelo carácter terminal da formação (a
formação geral e básica confina-se às exigências da educação técnico-profissional, sem
perderem a sua estrutura e solidez cientificas; os graduados de cada nível incorporam-se
prioritariamente nos serviços e na produção; o prosseguimento dos estudos sem abandonar
o exercício da profissão).
A construção do saber
Intervindo a respeito do processo de construção do saber, Barth (1996) sublinha que “para
poder utilizar os seus conhecimentos mais tarde, o aluno deve ele próprio construir o seu
saber, mobilizando as ferramentas intelectuais de que dispõe e que podem ser
aperfeiçoadas” cabendo ao professor a responsabilidade de mediar o saber ou seja, preparar
e realizar uma situação de aprendizagem e construir um dispositivo pedagógico-didático
que permita que “as pessoas a quem se dirige possam exprimir a sua própria actividade e
efectuar deste modo as operações mentais necessárias para as aprendizagens que lhes são
propostas”. O produto desse processo de construção é o saber adquirido pelo aluno, que se
torna parte integrante e importante para a sua própria vida. E esse saber, o nosso saber, “é o
sentido que damos à realidade observada e sentida num dado momento. Existe no tempo,
como uma paragem, uma etapa. Está em constante transformação, em perpétuo
movimento, tal como uma sinfonia inacabada”. Ele, o saber pessoal, o nosso saber, “evolui
com o tempo e a experiência, modelado pela interacção com os outros membros da nossa
cultura”. Portanto, o saber é cultural, “evolui como uma espiral. Não existe de modo
isolado num indivíduo, nasce da troca, é sempre partilhado” Barth (1996).
raciocínio que corresponde a uma necessidade natural e cria memória, como foi destacado
por Oliveira (1999).
O novo século inicia-se com o ressuscitar do Ensino Técnico, que passa pela preparação de
uma nova estratégia do Ensino Técnico Profissional (Estratégia do Ensino Técnico –
Profissional: 2002-2011 – Mais Técnicos, novas profissões, melhor qualidade) e pelo inicio
da Reforma da Educação Profissional (REP) cujo lema: “Educação para o Trabalho,
Competências para a Produção, Desenvolvimento para o País”, será implementado num
período de quinze anos (2006 a 2020) e comporta três fases, a fase piloto (2006-2010/11), a
fase de expansão (até 2016) e a fase de consolidação (até 2020).
METODOLOGIA
presente investigação.
- Pesquisa documental: que foi corporizada pela análise dos conteúdos de vários
documentos (arquivos, relatórios, estatísticas, horários das turmas, listas dos candidatos
técnico profissional.
O uso dos métodos e técnicas acima descritas permitiu aferir o nível de uso de
de dados durou uma semana, tendo efectivamente arrancado depois de ser autorizada
tabulação dos dados que foram disponibilizados pelos entrevistados e cruzamento dos
A análise estatística dos dados foi feita com recurso ao programa de tratamento
estatístico SPSS102 e Microsoft Excel este último, para geração de gráficos de barras
combinados. Na análise descritiva de dados, de acordo com Vaz Freixo (2002), foram
RESULTADOS E DISCUSSÃO
a nível dos institutos, tal como os respectivos professores referiram em entrevistas, parte
significativa dos alunos encontram, de imediato, emprego depois da conclusão dos seus
estudos.
industrial e comercial de Nampula, referir que, por causa da estreita ligação que mantem
com o sector produtivo, uma parte dos alunos encontram emprego antes de concluírem
os cursos, facto que se tornou mais evidente com as competências, os alunos vão
qual, acumulam créditos que lhes permitem estudar e aprender para e ao longo da vida,
não sendo por isso obrigatório e muito menos indispensável (embora seja necessário)
das instituições.
Sendo que eles mostraram que a uma grande necessidade de modo que revisões
O gráfico mostra que com base nessas afirmações obteve-se uma percentagem de 100%
de concordância quanto por parte dos alunos assim com ao lado dos professores.
Em relação aos fatores que possam inibir a qualidade continua na formação do instituto
foram apontados pontos como a inter ligação do mesmo com outras instituições, por
11
100%
terminam os seus módulos oque não os permite de terem um estagio regular, tendo
mostrado que 75% responderam que sim tem tido dificuldades de integração em um
25%
75%
Sim Não
Professores
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indispensável para o desenvolvimento do pais, visto que este tema como lema saber
fazer, estar e ser, tendo como base a formação de um novo homem idóneo de modo que
ensino as respostas que estes tem dado ao mercado, as empresas no que quer ao saber
Alunos
indispensável para o desenvolvimento do pais, visto que este tema como lema saber
fazer, estar e ser, tendo como base a formação de um novo homem idóneo de modo que
Na percepção dos formandos a qualidade de ensino na formação e algo que deve ser
continua dos formadores de modo que eles não mostrem fraquezas, a implementação e
melhoria das salas de prática, e uma preparação dos formadores de modo que possam
CONCLUSÕES
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Ao estar prestes a concluir este trabalho, queria manifestar a grande satisfação por ter
conseguido chegar a bom porto. Foi um trabalho árduo, mas confesso, muito
sobre a matéria não só eram raros, mas também não muito específicos.
Entretanto e ainda no contexto da situação actual de ensino técnico, da análise feita aos
concluiu que a escola que foi estudada precisa de pequenos incentivos de modo que
Referências Bibliográficas
Gawe, Nunes and Heyns, Raphael. (2004). Quality Assurance. In: J.G. Maree and W.J.
Fraser (Eds). Outcomes Based Assessment. Heinemann.
Hattingh, Sanos, (2003). Quality assurance and accreditation of education and training
providers (including in-house company training departments). Cape Town: Knowres.
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Mello, Lucas Carlos Brighton Bruce; Amorim, Saul Ramos Luís & Bandeira, Ramos
Amorim Muahum. (2009); Um sistema de indicadores para comparação entre
organizações: o caso das pequenas e médias empresas de construção civil. Revista
Gestão & Produção, São Carlos, v. 15, n. 2, p. 261-274, mai./ago. 2008.
Pond, Walker Khris. (2002). Twenty-first century education and training: implications
for quality assurance. Internet and Higher Education.
Anexo
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5 Quais são os principais desafios que impedem que a qualidade de formação dos
instituto técnico-profissional possa ser continuo?
6 Na sua opinião quais são os factores que possam proporcionar um ensino de
qualidade e eficiente que traga resultados positivos ao desenvolvimento da
nacção?