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APLICAÇÃO PRÁTICA
DO PROCESSO DE ENSINO
NA ENFERMAGEM
METODOLOGIA ATIVA:
SIMULAÇÃO REALÍSTICA
AMBIENTE SAÚDE E SEGURANÇA
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para melhoria
de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento
do país. Esse objetivo, dos governos estaduais e federal, visa à melhoria da
competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos países com
os quais mantemos relações comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs e Classes
Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de Educação e com
Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a 2011, as matrículas do
Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado, presencial e a distância)
evoluíssem de 92.578 para 162.105.
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
César Silva
REALIZAÇÃO
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Coordenador
Almério Melquíades de Araújo
Responsável
Lucília dos Anjos Felgueiras Guerra
Coordenador de Projetos
Shirley da Rocha Afonso
Parecer Técnico
Ivonete Fernandes Francisco
Revisão de texto
Heloisa Brenha Ribeiro
Projeto Gráfico
Diego Santos
Fábio Gomes
Priscila Freire
Diagramação
Diego Santos
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-99697-65-8
Apresentação do curso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Formulário de avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas.
Pessoas transformam o mundo.
Paulo Freire
Aplicação prática do processo de ensino na enfermagem
Objetivo do curso
Mitre et al. (2008) apontam para a importância de pensar sobre como está o
ensino atual e como ele influencia o trabalho diário do profissional de enferma-
gem. Defendem que esse ensino não é proposital, mas tradicional, e que essa
tradição deve ser modificada, a partir da formação inicial, para garantir uma maior
qualidade do trabalho em enfermagem.
Objetivos de aprendizado
No formato de oficina pedagógica, com duração de oito horas, que será de-
senvolvida em evento presencial. Nele, haverá uma mesa-rendonda, na qual se-
rão apresentados e discutidos os temas do curso.
Avaliação
Referências
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Discutindo sobre a
Simulação Realística
1 AFONSO, S. R.; FONSECA, A. S.; FUJITA, M. L. Z. O significado da aplicação da metodologia simulação realística nos
cursos técnicos em saúde. Boletim Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa. São Paulo: Hospital São Camilo. ed.
40, ano 7, abril, 2016. Disponível em <http://www.hospitalsaocamilosp.org.br/iep/Documents/comunicacao/boletim-
cientifico_2016-04.pdf>. Acesso em 31.jul.2016.
Definições de metodologias ativas
Este material didático foi ela-
borado com o intuito de informar, Para saber um pouco mais sobre a utili-
esclarecer e orientar professores- zação das metodologias ativas no ensino
-enfermeiros do curso técnico em em saúde, leia o guia disponível no am-
enfermagem sobre temas relevantes biente virtual de aprendizagem:
para a formação do aluno, de manei-
ra a fortalecer o aprendizado signifi- w w w. m o o d l e. c p s ce te c. co m . b r /
cativo. Nele, serão abordadas tanto tecnicoenfermagem.
questões da prática de enfermagem Boa leitura!
como aspectos fundamentais para o
planejamento de aulas baseadas na
metodologia de simulação realística.
Metodologia ativa:
Simulação Realística
conhecimentos e do pensamento crítico.
• amizades,
• afetividades,
• afinidades,
• respeito e
• alto grau de comunicação.
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
Metodologia ativa:
Simulação Realística
A ética induz a reflexão pessoal sobre os procedimentos profissionais, des-
pertando certa expectativa de valorização do comportamento entre as pessoas.
Essa expectativa resulta em uma atitude condizente com as normas profissio-
nais. É a busca por discernir o adequado do inadequado que induz as ações pro-
fissionais nas relações de trabalho.
Fonte: paulistanaalemanha.blogspot.com
permitindo um trabalho de enfermagem com linguagem própria que produz
cooperação e companheirismo.
20
Concluindo
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Referências
2 GLAS, Norbert. Temperamentos: a face revela a pessoa. Arte Médica Ampliada. São Paulo. v. 33, n. 1, 2013. Disponível
em: <http://www.abmanacional.com.br/arquivo/30b59bc4198b1265fb909ed71ebab9efc7423396-33-1-face-revela-a-
pessoa-temperamentos.pdf>. Acesso em: 09 jun 2016.
Segurança no Preparo
e Administração de
Medicamentos
Introdução
O profissional de enfermagem
deverá saber após o treinamento:
Principais tópicos
• História 23
• Princípios básicos
Metodologia ativa:
Simulação Realística
• Questões éticas e legais
• Vias de administração
• Estabilidade e incompatibilidade medicamentosa;
• Principais grupos farmacológicos;
• Recomendações gerais na administração de medicamentos;
• Atribuições e responsabilidades dos profissionais de enfermagem;
• Segurança na administração de medicamento;
• Papel do enfermeiro na administração de medicamentos.
História
• Místico;
• Empírico;
• Específico:
Princípios básicos
• Organização e gerenciamento
• Seleção e aquisição
• Armazenagem
• Prescrição e transcrição
• Preparo e dispensação
• Administração
• Monitoramento
• Formação profissional
• Conhecer o paciente
• Farmacologia
• Fisiologia
• Patologia
• Cálculo de doses e volumes
• Compatibilidade
• Reações adversas
• Horário
• Eliminação de metabólitos
• Farmacêutico
• Enfermeiro
• Técnico de enfermagem
• Auxiliar de enfermagem
• Médico
• Dentistas 25
• Técnico oftalmologia
Metodologia ativa:
Simulação Realística
• Outros
Vamos destacar agora alguns artigos do Código e Ética que estão relaciona-
dos com o preparo e a administração de medicamentos.
Contudo, não podemos esquecer que o ato de delegar não faz refutar a res-
ponsabilidade que o enfermeiro tem no atendimento das necessidades assisten-
ciais e de cuidados à saúde do paciente como indivíduo, da família e de outros
O Código de Ética do Profissional de
Enfermagem destaca:
Via intravenosa
1. Central3
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
TRADUZINDO
3 MARTIN, L.G.R.; SEGRE, C.A.M. Manual básico de acessos vasculares. São Paulo: Atheneu, 2010. 231 p.
2. Periférico
Incompatibilidade medicamentosa
• Precipitado
• Mudança de cor: degradação ou perda da eficácia terapêutica.
• Liberação de gases: reação entre carbonatos ou bicarbonatos com
→ fármacos ácidos.
• Sorção: refere-se à ação de ambas absorção e adsorção, ocorrendo
simultaneamente.
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Há risco de reação explosiva na seringa.
Metodologia ativa:
Simulação Realística
de estado diferente e aderente à superfície de uma outra molécula. A absorção é
a incorporação de uma substância em um estado para outra, de estado diferente
(por exemplo, líquidos absorvidos por um sólido ou gases absorvidos por um
líquido). Adsorção é a adesão física ou a ligação de íons e moléculas na superfície
de outra molécula.
• Alteração da temperatura
• Concentração do fármaco na solução
Prevenção de incompatibilidade:
em sistema Y.
Várias são as drogas que podem ser administradas nos pacientes por via in-
travenosa, de acordo com a prescrição médica estabelecida. As mais comuns no
cuidado diário são as drogas vasoativas e os medicamentos antimicrobianos.
Metodologia ativa:
Simulação Realística
receptores b2, diminuindo
resistência periférica.
Drogas vasoativas
vasopressoras: atuam em
receptores a adrenérgicos,
Drogas adrenérgicas: englobam as drogas levando ao aumento da
vasoativas e as drogas inotrópicas resistência vascular sistêmica
da pressão arterial.
• Catecolaminas endógenas:
dopamina, norepinefrina
e epinefrina.
• Catecolaminas sintéticas:
dobutamina, isoproterenol.
Atenção na administração de drogas adrenérgicas: vasoativas e inotrópicas
üü Diluição: de acordo com prescrição médica.
üü Tempo de administração: contínua, velocidade de infusão de acordo com administração
médica.
üü Incompatibilidade: infusão na mesma via do cateter central se houver compatibilidade
permitida.
üü Evitar infusão em acesso venoso periférico.
üü Diluição: de acordo com
prescrição médica.
üü Tempo de administração:
contínua, “bolus”, intermi-
tente. Velocidade de infusão
de acordo com prescrição
médica.
Administração de sedativos üü Atenção quanto a pos-
sível incompatibilidade:
infusão na mesma via do
cateter central ou periférico
quando compatibilidade
permitida.
üü “Bolus”: situações que exi-
gem sedação imediata.
São chamadas quimioterápicas
as drogas que, de diferentes
modos, interrompem a
Administração quimioterápica divisão celular, impedindo e
controlando o crescimento
tumoral, ainda que sem
seleção celular específica.
Atenção na administração de quimioterápicos pela via parenteral:
üü Risco de danos ao endotélio capital: vesicantes e irritantes.
üü Responsabilidade de administração exclusiva do enfermeiro.
üü Via exclusiva de administração: evitar administrar drogas concomitantes com a infusão do
32 quimioterápico. É importante monitorar efeitos dos quimioterápicos (reações alérgicas, al-
terações hemodinâmicas).
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Guia de compatibilidade entre fármacos e soluções
intravenosas administradas a crianças5
5 VIANA, D. L. (org). Boas práticas de enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis, 2010. 560 p.
Metodologia ativa:
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Simulação Realística
Metodologia ativa:
34
Simulação Realística
6 Viana, D. L. (org). Boas Práticas de Enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis, 2010. 560 p.
Recomendações gerais na administração dos medicamentos
• Evitar aprazar medicamentos no mesmo horário;
• Evitar introduzir vários medicamentos na mesma solução e/ou seringa;
• Checar compatibilidade com materiais, tempo e fotossensibilidade previa-
mente à administração do medicamento;
• Administrar soro fisiológico 0,9% en-
tre os medicamentos, salvo em situa-
ções onde há incompatibilidade;
• Realizar “flushing” com SF 0,9% an-
tes e após administração de medica-
mentos, salvo em situações onde há
incompatibilidade;
• Preparar medicamentos imediata-
mente antes a sua administração;
• Utilizar (preferência) SG 5% para di-
luição medicamentos de caráter áci-
do (pH 4,5 a 5,5), exemplo: amicacina;
• Utilizar (preferência) SF0,9% para diluição medicamentos de caráter básico
(pH 6,8 a 8,5), exemplo: fenitoína;
• Evitar infusões simultâneas de vários medicamentos (conector “Y”,
“torneirinha”). 35
Metodologia ativa:
Simulação Realística
de enfermagem na terapia medicamentosa
• habilidade em comunicação
• educação do paciente
• conhecimento sobre tecnologia específica
• educação
• conhecimento clínico
• conhecimento técnico-científico
• conhecimento sobre implicações legais do exercício profissional
Responsabilidades do enfermeiro
O Institute of Medicine (IOM) estima que ocorram nos Estados Unidos pelo
menos 1,5 milhões de incidentes relacionados a medicamentos por ano.
Quando ocorre um evento, geralmente temos:
Metodologia ativa:
Simulação Realística
• violação de regras.
- 12,7% dos erros clínicos (medicamento errado, dose errada, via errada etc.).
Quanto maior o número de interrupções, mais severas são as consequências. A
partir da quarta interrupção, as chances de ocorrer um erro clínico dobram.
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
FASES FERRAMENTAS
Prescrição - Prescrição médica eletrônica
Armazenamento do medicamento - Medicamentos identificados com
etiqueta de código de barra
Preparo e dispensa do medicamento - Preparo e dispensa do medicamento
já preparado pela farmácia, em
horários pré‐determinados
- Medicamentos controlados devem
ser identificados com cor diferente
- A identificação deve conter: nome do
medicamento, dose, apresentação, data
de validade e código de barras para
rastrear o lote do medicamento
- Dispensa dos medicamentos por horário
- Comparar etiqueta com prescrição médica
Administração
- Paciente certo - Comparar a etiqueta com a prescrição médica
e a pulseira de identificação do paciente
Metodologia ativa:
Simulação Realística
- Medicamentos look‐alike: - Uma das recomendações internacionais
semelhantes na aparência. é o armazenamento em locais distantes.
Risco de trocar as medicações no
momento de administrar
- Via certa - Ler corretamente a prescrição médica e a
etiqueta de identificação da medicação
- Dose certa - Padronização do menor número
possível de variações de concentrações
de uma mesma medicação.
- Recomendação para reduzir o erro
relacionado à dose: dispensação do
medicamento já manipulado pela farmácia,
em horários pré‐determinados
- Hora certa - Administrar no horário prescrito, sem
atrasar mais do que 30 minutos
- Orientação do paciente - O profissional que administrará o
medicamento deve conhecê‐lo o suficiente
para oferecer informações precisas ao
paciente ou familiar; as informações mais
relevantes geralmente se relacionam
ao objetivo terapêutico, ao tempo de
tratamento e às reações adversas
Anotação - Incluir a checagem da medicação
administrada na prescrição médica
- Deve conter rubrica legível
- Se não está registrado, não foi feito
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
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Metodologia ativa:
Fonte: Arquivo pessoal – Centro de Simulação Realística São Camilo Simulação Realística
- Checagem eletrônica do medicamento: com programa eletrônico que pos-
sibilite o gerenciamento das informações (por exemplo, com uma tela que infor-
me quais medicações estão atrasadas).
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
• Cultura de segurança
• Favorecer a comunicação
• Tecnologia
• Educação
• Ambiente e condições de trabalho
• Identificar pontos críticos
• Fatores humanos
• Definição de processo
Decisão:
Teórica:
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Prática:
• habilidades para cálculo matemático relacionado à medicação;
• administração de medicamento;
• documentação;
• educação do paciente.
Considerações finais
Referências
EMANUEL, L. et al. What exactly is patient safety? In: Henriksen K, Battles JB, Keys
MA, et al., editors. Advances in patient safety: new directions and alternatives
approaches. Vol. 1: Assessment. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research
and Quality; Ago.2008. Disponível em <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/
NBK43624/>. Acesso em 31 jul 2016.
HARADA, M. J.; et. al. O erro humano e a segurança do paciente. São Paulo:
Atheneu, 2006. 217 p.
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Acolhimento na
atenção primária
Michelle Wenter
Coordenadora de Projetos - Enfermagem
• demanda espontânea;
• encontros programados;
• encontros individuais ou em grupos. 47
O suporte
Metodologia ativa:
Simulação Realística
O suporte refere-se ao apoio dado após a escuta, reforçando a segurança e a
ajuda para a pessoa e/ou comunidade.
O esclarecimento
Transferência e contransferência
Esses dois conceitos envolvem reações afetivas e emocionais, que não po-
dem ser evitadas. Por isso, é importante que o profissional de saúde esteja atento
às etapas do processo de comunicação para garantir um ambiente favorável ao
atendimento terapêutico da atenção primária.
Referências
Metodologia ativa:
Simulação Realística
FOUCAULT, M. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1987.
Certamente não
Possivelmente não
Neutro
Possivelmente sim
Certamente sim
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Que grau de dificuldade você enfrentaria ao tentar
sugerir mudanças no seu local de trabalho?
Metodologia ativa:
Simulação Realística
Muito difícil
Razoavelmente difícil
Neutro
Razoavelmente fácil
Muito fácil
Muito improvável
Razoavelmente improvável
Neutro
Razoavelmente provável
Muito provável
Que mudanças você poderia sugerir?
Muito improvável
Razoavelmente improvável
Neutro
Razoavelmente provável
Muito provável
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
Na sua opinião, qual tema deve ser abordado na próxima capacitação sobre
metodologias de ensino?
Não 1 2 3 4 5 Sim
1 2 3 4 5
Nenhuma 1 2 3 4 5 Muito
Relevante
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Metodologia ativa:
Simulação Realística
MICHELLE WENTER
Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Monte Serrat,
Especialização em Unidade de Terapia Intensiva pela Universidade Católica de
Santos, Licenciatura em Enfermagem pela Fatec Rubens Lara e Especialização
em Cuidado ao Pré Natal pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente
é docente do Curso Técnico de Enfermagem da Escola Técnica Estadual
Doutora Ruth Cardoso e Enfermeira Intervencionista no SAMU Litoral Sul. Tem
experiência em tutoria EaD no curso de capacitação de profissionais do SAMU
pela Coordenação Geral de Urgência e Emergência, projeto em parceria entre o
Ministério da Saúde e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz.