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GIZELY CAVALCANTE
A energia e as transformações da matéria
■ A transformação dos materiais está presente no setor produtivo e nos afazeres
diários. Nos alto-fornos das siderúrgicas, por exemplo, é necessário um
combustível que produza grande quantidade de energia, a qual seja capaz de
transformar o minério em metal.
■ Essa interação entre matéria e energia ocorre também na natureza e é
responsável, por exemplo, pelos ciclos da água e do carbono. Estudos recentes
indicam que o equilíbrio na natureza pode estar em perigo, pois modificações
climáticas ameaçadoras, como o alto índice de chuvas em algumas regiões e
longos períodos de estiagem em outras, afetam o cultivo de alimentos,
contribuindo para a queda da produção mundial.
■ Para você, de que maneira o consumo energético está relacionado a esses
problemas?
1. Estados físicos e energia
■ O ciclo da água – um fenômeno natural – constitui um exemplo das mudanças de
estado físico da matéria.
■ Para que a evaporação ocorra, é necessário que haja absorção de energia.
■ Para que ocorra a condensação, é necessário que haja liberação de energia. A
quantidade de energia envolvida em cada um desses processos de absorção e
liberação está relacionada com as modificações nas atrações entre as partículas
da água, ou seja com as interações intermoleculares, as quais são atrações
elétricas que ocorrem entre átomos de uma molécula com os de outra.
■ O esquema a seguir representa os diferentes estados físicos da matéria.
■ No estado gasoso a atração entre as partículas que formam a substância é fraca,
quase nula.
■ Durante a fusão (passagem do estado sólido para o líquido), as interações
moleculares responsáveis pelo estado sólido tornam-se menos intensas.
O diagrama da esquerda mostra uma reação exotérmica, na qual há liberação de energia; o diagrama
da direita representa uma reação endotérmica, em que há absorção de energia.
Medidas de quantidade de calor
■ Experimentalmente, pode-se medir a energia liberada ou absorvida em uma
reação química. A quantidade de calor é diretamente proporcional à massa de
substância (m), que está sendo aquecida, e à diferença de temperatura (∆t):
quanto maiores forem a massa da substância que é aquecida e a variação de
temperatura sofrida por ela, maior será a quantidade de calor necessária.
■ As três grandezas (m, ∆t e m.∆t) podem ser relacionadas pela seguinte
expressão:
q = (constante) . m . ∆t
A constante de proporcionalidade indicada nessa expressão matemática é
conhecida como calor específico e é representada pelo símbolo c.
q = m . c . ∆t
Em que:
■ q é a quantidade de calor absorvida pela substância;
m é a massa da substância;
c é o calor específico da substância;
∆t é a variação de temperatura da substância.
O calor específico de uma substância corresponde à quantidade de energia
necessária para elevar em 1,0 ºC a temperatura de 1,0 g dessa substância.
Joule e quilojoule
O joule (J) é a unidade de energia do Sistema Internacional de Unidades. O
quilojoule (kJ) é 1000 J.
Caloria e quilocaloria
■ Uma caloria (cal) corresponde à quantidade de energia que, fornecida a 1,0 g de
água, eleva sua temperatura em 1,0 °C.
■ 1 cal corresponde a 4,18 J.
■ Essas unidades não fazem parte do Sistema Internacional de Unidades, e,
sempre que utilizadas, deve-se fornecer também o valor em joule (J) ou quilojoule
(kJ).
2. Entalpia e variação de entalpia
■ Um dos fenômenos mais interessantes e intrigantes é a ebulição da água.
■ Durante a ebulição, a energia fornecida reduz as interações intermoleculares
presentes no líquido, originando o gás, que tem maior entalpia (H). Essa variação
é chamada de entalpia de vaporização.
■ A mudança de estado da água de líquido para gasoso pode ser representada
pela seguinte equação:
H2O(l) + energia → H2O(g)
■ Ou, ainda, por um diagrama de entalpia.
■ A expressão ∆H > 0 significa que a entalpia (H) dos produtos é maior do que a
dos reagentes e pode ser generalizada por
∆Hreação = Hprodutos – Hreagentes
Processos endotérmicos
Processos exotérmicos