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Contextualização
Qual é a velocidade de re- Conforme discutimos nas últimas aulas, existem algu-
ação aparente em uma re- mas complicações na determinação da velocidade de
ação heterogênea? uma biorreação heterogênea, uma vez que a reação
propriamente dita pode ser limitada por efeitos de
transferência de massa.
v(CA0 − CA ) + rA V = 0 (1)
1
Figura 1: Balanço molar em uma casca esférica.[1]
R senh(ar)
CA (r) = CAs (3)
r senh(aR)
q
onde a = Dk1 . A velocidade de reação aparente pode
Ae
ser encontrada integrando-se a velocidade de reação
rA = k1 CA (r) ao longo do volume do catalisador esférico,
$
2π π R
3
rA0 = [k1 CA (r)] · r 2 senθ dr dθ dϕ
4πR3
000
ZR
3
= · 2π · 2 k1 CA (r) · r 2 dr
4πR3 0
ZR
3 R senh(ar) 2
= 3
k1 CAs rdr
R 0 r senh(aR)
ZR
3k1 CAs
= r senh(ar)dr
R2 senh(aR) 0
ZR
3k1 CAs
= rd[cosh(ar)]
aR2 senh(aR) 0
2
O que podemos aprender onde coth(x) é a função cotangente hiperbólica, defi-
com a equação que acaba- nida como
mos de deduzir?
1 cosh(x) ex + e−x
coth(x) = = =
tgh(x) senh(x) ex − e−x
−rA0
ηi = (5)
−rAs
1
ηi1 = [3φ1 coth(3φ1 ) − 1] (7)
3φ12
q
onde φ1 = R3 Dk1 é conhecido como Módulo de Thiele,
Ae
um número adimensional cuja definição varia com a ci-
nética da reação estudada e com a geometria do pro-
blema. A fórmula geral para o Módulo de Thiele, válida
para qualquer geometria e taxa de reação para reações
com um único reagente é
Z − 1
Vp rAs CAs 2
φ= √ DAe rA dCA (8)
Ap 2 CA,eq
3
Figura 2: Fator de efetividade em função do módulo de Thiele.[2]
3p
− rA0 ≈ DAe k1 · CAs (10)
R
4
Figura 3: Fator de efetividade em função do Módulo de Thiele φm
e β para cinética de Michaelis Menten e uma superfície plana.[1]
Vp
Geometria Ap ηi1 ηi0
√
Esfera R
3
1 [3φ coth(3φ ) − 1]
1 1 1, se φ0 ≤ 33
3φ12
tanh(φ1 )
Placa plana* b φ1 1, se φ0 ≤ 1
η0 + βηi1
ηim = (12)
1+β
onde β = CKm . Observe que se β = 0, a Equação (12) se
As
torna semelhante à de ordem zero. Se β 1, o Módulo
de Thiele tende ao de primeira ordem. A Figura 3 mos-
tra como o fator de efetividade varia com o Módulo de
Thiele para a uma superfície plana onde ocorre uma re-
ação que obedece à cinética de Michaelis-Menten e com
valores variáveis de β.
5
Figura 4: Fator de efetividade interna em função do módulo de
Thiele observável para geometria esférica e cinéticas de ordem
zero, primeira e Michaelis-Menten.[1]
Vp 2 rA0
!
Φ= (13)
Ap DAe CAs
6
Quando se pode conside- Geralmente considera-se que, para qualquer geome-
rar que há uma etapa li- tria, quando Φ < 0, 3, ηi ≈ 1 e as limitações impostas
mitante para difusão com pela transferência de massa interna são insignificantes.
reação?
Quando Φ > 3, a reação é fortemente limitada pela
difusão. Nesse caso pode-se aproximar
2
ηi0 ≈ (17)
Φ0
1
ηi1 ≈ (18)
Φ1
Resumo
Bibliografia
[1] P.M. Doran. (2013). Bioprocess Engineering Principles. Academic Press. 2a ed., Capítulo 13.
[2] H.S. Fogler. (2004). Elementos de Engenharia das Reações Químicas, 4a ed. Capítulos 11 e 12.