AO JUÍZO DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL E DE FAZENDA PÚBLICA DA

COMARCA DE MACAPÁ/AP

Processo nº 0010179-97.2021.8.03.0001

WANESSA COSTA VAZ e FRANCINOR DA SILVA MELO, já

qualificados no processo em epígrafe, vem, por seu Procurador, apresentar sua
MANIFESTAÇÃO em face dos DOCUMENTOS JUNTADOS ao processo, que faz
nos seguintes termos.

1. BREVE SÍNTESE PROCESSUAL 

Trata-se de ação de Indenização por Danos Morais, por erro, omissão e

negligência do poder público que ofereceu um serviço de saúde defeituoso.
Compulsando os autos do processo, verifica-se que resta demonstrado que
a autora quando em trabalho de parto, sentindo fortes dores, procurou socorro na
maternidade do hospital estadual de Santana, e por diversas vezes foi mandada
de volta para casa.
O requerido alega que os fatos apresentados não condizem com a verdade,
visto que referido médico apresentado como testemunha pela SESA/AP não é o
mesmo pois - Fabrício Rodrigues Barbosa - não exercia a profissão durante a
época dos fatos, nesse ponto a autora concorda. 
Veja-se Excelência que o médico supramencionado foi arrolado
erroneamente pela SESA/AP. 
Pois, o médico que atendeu e examinou a autora na maternidade, também
atende pelo nome de Fabricio, devidamente comprovado no documento oficial livro
de atendimento da maternidade do Hospital Estadual de Santana - HES.
Deste modo, as provas juntadas aos autos do processo demonstram que a 
autora não recebeu os cuidados necessários, caracterizando uma conduta
negligente que contribuiu para o evento danoso.

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 2. DA JUNTADA DE INFORMAÇÕES

Veja-se Excelência, conforme documentos juntados pela SESA/AP, em

MO#112 nas Fls. 27 até Fls. 30, e Fls. 47, restam comprovados todas a alegações
da autora:

É irretorquível, que os atendimentos foram exercidos pelos médicos

plantonistas, conforme livro oficial da maternidade do Hospital, do qual o réu não
logrou contrapor-se de forma suficiente, como não conseguiu provar o contrário,
não trouxe nenhuma prova impeditiva, ou extintiva do direito dos autores por isso
diante da comprovação dos fatos e das declarações trazidas, presumem-se
verdadeiras as alegações formuladas pelos autores.
Portanto, considerando a juntada de documento e inexistindo qualquer
prova hábil a retirar a credibilidade do alegado, e havendo nos autos provas
suficientes para a resolução da lide, tem-se por necessária à sua homologação e
imediata conclusão do feito.

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 Diante do exposto requer:

a) Julgar procedente a ação, Reconhecer a responsabilidade civil

objetiva da Ré pelos danos morais causados aos autores, quando por

negligência do Poder Público, não realizou em tempo hábil o parto da

autora, caracterizado pela demora, omissão e negligência, recusando-

a por várias vezes admitir a parturiente na maternidade do HES (Hospital
Estadual de Santana). Submetendo, a autora, a um parto tardio que resultou

no nascimento sem vida da filha dos autores, nos termos da

Legislação vigente;

b) Condenar a Ré a indenizar os autores na quantia de R$ 100.000,00

(cem mil reais) a título de danos morais, para cada autor, ou caso,
Vossa Excelência entender de modo diverso, que seja fixado o valor
razoável e proporcional para cumpra o caráter pedagógico, para
evitar novas violações a direitos;

c) Condenar a Ré ao pagamento dos honorários advocatícios na base de 20%

do valor da condenação e demais ônus de sucumbência, atualização
monetária das quantias fixadas e juros de mora.

Nestes termos,
pede deferimento.

Macapá/AP, 15 de abril de 2023.

NILCILENE LIMA DE FRANÇA

OAB/AP 4016

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