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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE SÃO GONÇALO – REGIONAL DE
ALCÂNTARA

JANAÍNA DA SILVA E SILVA,


brasileira, solteira, do lar, portadora da carteira de identidade sob o n.º 13.021.204-6, expedido
pelo IFP, devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.º 107.631.177-65, residente e domiciliado à
Av. Padre Vieira, Lt 02, Qd 32, Jardim Catarina, São Gonçalo/RJ – Cep.: 24.715-160, por suas
advogadas ut mandato, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fincas no art. 5º, incisos V e X, da CRFB/88, art. 159 e 964 do Código Civil, arts. 14, 42 e Ss. da Lei
n. 8.078/90, para que possam propor a presente

AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL


C/C DANOS MORAIS
“COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA”

em face de AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/A, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº


33.050.071/0001-58, estabelecida à Praça Leoni Ramos, nº 01 – Niterói/RJ, Cep.:24.210-205, ipso
facto et iure que adiante passa aduzir:

DAS NOTIFICAÇÕES E PUBLICAÇÕES


Inicialmente, requer a autora que, nas publicações enviadas ao Diário Oficial, bem
como nas notificações, conste exclusivamente SOB PENA DENULIDADE o nome de Dra. Luana
da Cunha Moraes Iracema, 0AB-RJ 185.354, com escritório na Av. Albino Imparato, n. 1.040,
loja 03, lote 15, quadra 73, Jardim Catarina, SG, CEP 24.716-455.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

INICIALMENTE, requer seja concedido o benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, com


fulcro no art. 98 e seguintes do CPC, com a redação dada, considerando-se que não possui
recursos suficientes para arcar com o pagamento das custas do processo e com os honorários
advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
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DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Com base na Legislação Consumerista e antes de adentrar no mérito da questão
propriamente dita, desde já, a Requerente solicita o pronunciamento judicial acerca da
inversão do ônus da prova, visto que tal inversão é direito do (s) consumidor (es)
(art. 6º, VIII, CDC), requerendo seja a mesma, devidamente alertada sobre essa possibilidade
"ab initio".
Ainda nesse sentido, é nítida a carência de meios próprios por parte da autora para
produzir provas, única e exclusivamente monopolizadas pela Ré, no caso concreto.

DOS FATOS
A requerente, como moradora desta cidade é consumidora compulsória dos serviços
de energia elétrica fornecidos pela requerida, sendo certo que sempre efetuou o
pagamento das referentes prestações de serviços, e estando cadastrada como cliente nº.
5427153-3.
Ocorre que em 2017, a começou a promover cobranças com valores astronômicos e
díspares em relação ao estilo de vida da Autora, como demonstra a planilha abaixo:

VENCIMENTO: 19 JANEIRO/2017 – R$318,20


17 FEVEREIRO/2017 – R$288,82
20 MARÇO/2017 – R$293,09
19 ABRIL/2017 – R$185,91
18 MAIO/2017 – R$178,17
20 JUNHO/2017 – R$177,94
19 JULHO/2017 – R$178,14
20 SETEMBRO/2017 - R$189,99
23 OUTUBRO/2017 – R$192,25
23 NOVEMBRO/2017 – R$185,90
20 DEZEMBRO/2017 – R$188,79

A Autora é extremamente humilde, sobrevive às margens da pobreza e faz jus a


inclusão de seu consumo à classificação de consumo mínimo, eis que possui em sua casa
apenas 3 cômodos, com 3 lâmpadas em uso, possui como eletrodomésticos apenas 01
televisão, 01 ventilador e 01 geladeira. Não há explicação para a cobrança de consumo no
patamar atribuído.
A Autora já solicitou por diversas vezes estudo social à Ré e inclusão no programa de
cobrança de tarifa mínima, sem nunca ser atendida.
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Informação importante ao conhecimento deste juízo, na qual a Ré já conhecedora, é
que a Autora possui uma filha menor de idade, que possui doença degenerativa e
autoimune: ANEMIA FALCIFORME, motivo pelo qual recebe auxílio do governo, bem como
tratamento médico, ainda que precário. (DOC ANEXO).
Por tais motivos, a Autora não possui condições de trabalhar fora, recebendo auxílio
de 01 salário mínimo federal para sobrevivência e necessidades básicas de sua filha. Fato
este que não condiz com a realidade financeira, nem se quer possui bens e eletrodomésticos
que justifiquem as cobranças da Ré.
Frise-se: a Autora não possui condições de pagar nenhuma das faturas emitidas até o
momento, mesmo porque não fantasiosas e abusivas, estando todas em aberto no ano de
2017.
Contudo, diante dos cuidados especiais de sua filha, teme que sua energia seja
suspensa pela Ré.
Seu relógio foi trocado pela Ré em abril de 2016 na ocasião da primeira ação e nada
mais foi feito, muito pelo contrário, a partir de 2017 a Ré voltou a efetuar as cobranças
elevadas e abusivas, sem qualquer justificativa e ainda recusou a inclusão da Autora na
classificação de baixa renda para o consumo de energia.
Quanto às cobranças abusivas, a requerente já se dirigiu por diversas vezes ao
estabelecimento da requerida, protestando todas as referidas faturas, contudo nada foi
resolvido até o momento. Apenas no corrente mês de janeiro o valor cobrado foi condizente
com a realidade de consumo, sendo que os meses anteriores, no ano de 2017, não houve
abono ou diminuição, permanecendo a cobrança e o débito no CPF da Autora.
De tudo o que resta é a indignação da requerente, que, na sua boa-fé, acredita que
a requerida lhe deve uma explicação plausível que justifique numa mudança tão grande no
seu consumo de energia, visto que seu real consumo não condiz com a leitura unilateral da
Ré que justifique tal cobrança.

Diante de sua total impossibilidade de pagar aquilo que não deve cobrado por todos
esses meses nas faturas emitidas, a Autora teme o corte de energia, o que agravará ainda
mais sua situação e a saúde de sua filha, visto que, diante dos débitos está sendo
ameaçada de corte insistentemente pela Ré.

Não conseguindo resolver a pendencia admirativamente, vem a requerente perante


este insigne juízo a proteção dos seus direitos de cidadã e consumidora, na forma do
artigo 5º, XXXII e XXXV da CRFB e das determinadas da Lei 8078/90.
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DO DIREITO
No caso em escopo, a responsabilidade do prestador de serviço é objetiva, sendo
necessária apenas a demonstração do dano e do nexo causal para imputação do dever de
indenizar.

Já por varias oportunidades a requerente já tentou resolver com a requerida mais não
obteve sucesso.

Dessa forma, fica caracterizada a falha na prestação do serviço, prevista no


artigo 14 do CDC.
A inexistência ou a prestação defeituosa dos serviços ora prestada no caso em escopo
configura defeito na prestação do serviço, a teor do disposto no art. 14do CDC, acarretando
o dever de indenizar.
A requerente encontra amparo no artigo 22 da Lei 8.078/90, onde determina que os órgãos
públicos, por si ou suas empresas, concessionarias, permissionárias ou sob qualquer outra
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços ADEQUADOS e EFICIENTES,
SEGUROS e QUANTO AOS ESSENCIAS, CONTÍNUOS. Podendo, face ao descumprimento do
ora estabelecido, serem compelidas a manter a continuidade do serviço.
A empresa requerida esta agindo em total desacordo com a Constituição Federal que, e
seu artigo, 37, dispõe:
“art. 37 A administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, Publicidade e eficiência”.

Observa-se ainda, que no caso em tela é cabível, inclusive o disposto no parágrafo 6º do


mesmo dispositivo legal:

“parágrafo” 6º - As Pessoas Jurídicas de direito público e as de Direito Privado


prestadoras de serviço responderão pelos danos que seus agentes, nesta
qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa”.

Portanto, não há que se falar em serviços adequados, eficientes e seguro pela qual se
obrigou a prestar, não restando a requerente, outro meio, senão de intentar a presente
medida para ver assegurado o seu direito.
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Assim, diante dos inúmeros transtornos, o requerente dirige-se ao judiciário, para resguarda
seus direitos.

DANOS MORAIS E MATERIAS


No que tange ao dano moral, este restou configurado, diante do caráter PUNITIVO E
PEDAGÓGICO do instituto, uma vez que a requerida atuou de forma abusiva e arbitraria,
havendo daí o dever de indenizar, de acordo com os critérios jurídicos cabíveis, bem como
à luz dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, e ainda, pela gravidade da
conduta ofensiva e seus efeitos danosos na esfera psicológica do requerente.
Isso porque a requerente sempre pagou suas faturas , para que nunca viesse passar por tal
constrangimento de ser cobrada em valor EXORBITANTE sem poder pagar ou ate mesmo ter
suspenso os serviços contratados por falta de pagamento a requerida.
Por oportuno, este é o entendimento MAJORITÁRIO e ATUAL das Turmas Recursais, como se
vê:

JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. CONSUMIDOR E PROCESSUAL


CIVIL. CAESB. COBRANÇA DE FATURA EM VALOR EXCESSIVO. ÔNUS DA PROVA
DA FORNECEDORA/RECORRENTE. ART. 333, INCISO II, DO CPC. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. 1. NA ESPÉCIE, O CONSUMO MÉDIO DE ÁGUA, NOS MESES
QUE ANTECEDERAM ÀS MEDIÇÕES DOS VALORES IMPUGNADOS, ERA DE 10 M³,
O QUE DEMONSTRA EVIDENTE DESPROPORCIONALIDADE DO CONSUMO DE
107 M³ REFERENTE AO MÊS DE DEZEMBRO DE 2012. DAÍ A IMPUGNAÇÃO AO
VALOR COBRADO, SENDO CRÍVEL O ERRO NA MEDIÇÃO ANTE A FALTA DE
EVIDÊNCIAS DE CONSUMO ATÍPICO, MUITO SUPERIOR À MÉDIA EM DIVERSOS
MESES. 2. NÃO TENDO A RÉ/RECORRENTE SE DESINCUMBIDO DO SEU ÔNUS
PROBATÓRIO, NOS TERMOS DO ART. 333, II, DO CPC, E HAVENDO A PARTE
AUTORA DEMONSTRADO QUE O VALOR DA FATURA IMPUGNADA É MUITO
SUPERIOR À MÉDIA DE CONSUMO DE SUA UNIDADE RESIDENCIAL, REVELA-SE O
ACERTO DA DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO EXORBITANTE, DETERMINANDO-SE O
SEU RECÁLCULO COM BASE NA MÉDIA DAS FATURAS ANTECEDENTES. 3.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. A SÚMULA DE JULGAMENTO SERVIRÁ DE
ACÓRDÃO, CONFORME REGRA DOS ARTS. 27 DA LEI N. 12.153/2009 E 46 DA LEI
N. 9.099/1995. CONDENADO O RECORRENTE AO PAGAMENTO DE CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, QUE FIXO EM R$ 200,00 (DUZENTOS REAIS).
(TJ-DF - ACJ: 20130110655525 DF 0065552-83.2013.8.07.0001, Relator: FLÁVIO
FERNANDO ALMEIDA DA FONSECA, Data de Julgamento: 08/10/2013, 1ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de
Publicação: Publicado no DJE: 14/10/2013. Pág.: 276)
AGRAVOS INTERNOS EM APELAÇÕES CÍVEIS. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE
NEGOU PROVIMENTO AO AGRAVO RETIDO DA RÉ, BEM COMO DEU PARCIAL
PROVIMENTO AO SEU APELO, PARA JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO DE
DEVOLUÇÃO DA TAXA DE ESGOTO, MANTENDO-SE, PORTANTO, A COBRANÇA
A ESTE TÍTULO NAS FATURAS DE CONSUMO; E, AINDA, DEU PROVIMENTO AO
APELO DA AUTORA PARA JULGAR PROCEDENTE O PEDIDO DE CONDENAÇÃO
DA RÉ EM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, ESTES FIXADOS EM R$ 5000,00,
COM OS CONSECTÁRIOS LEGAIS. DIREITO DO CONSUMIDOR. CEDAE. FATURAS
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EM DESACORDO COM O CONSUMO MÉDIO PRATICADO APÓS A
SUBSTITUIÇÃO DO HIDRÔMETRO. INTERRUPÇÃO INDEVIDA DO FORNECIMENTO
DO SERVIÇO. TARIFA PELO SERVIÇO DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO
COBRADA EM LOCAL QUE NÃO POSSUI ESSE SISTEMA. SENTENÇA QUE
DECLARA INDEVIDAS AS COBRANÇAS DAS FATURAS EM VALOR EXCESSIVO,
RECONHECE A ABUSIVIDADE DA COBRANÇA DA TARIFA DE ESGOTO E
DETERMINA A DEVOLUÇÃO DO QUE FOI PAGO A ESTE TÍTULO, E JULGA
IMPROCEDENTE O PEDIDO DE DANOS MORAIS. IRRESIGNAÇÃO DE AMBAS AS
PARTES. REITERAÇÃO DO PEDIDO DE APRECIAÇÃO DO AGRAVO RETIDO
INTERPOSTO PELA RÉ EM FACE DA DECRETAÇÃO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. DESPROVIMENTO DO AGRAVO RETIDO, TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE
RELAÇÃO DE CONSUMO, ESTANDO PLENAMENTE CONFIGURADAS A
VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA E SUA INEQUÍVOCA
HIPOSSUFICIÊNCIA TÉCNICA. CORRETA A SENTENÇA QUANDO RECONHECEU O
EXCESSO DOS VALORES DAS FATURAS DE CONSUMO DA UNIDADE,
CONSIDERANDO-SE QUE A RÉ NÃO COMPROVOU A REGULARIDADE DAS
COBRANÇAS, OU SEJA, QUE ESTAS SE BASEAVAM NO CONSUMO EFETIVO E
QUE O HIDRÔMETRO SE ENCONTRAVA EM PERFEITO ESTADO DE
CONSERVAÇÃO, PROVA QUE LHE COMPETIA. DANO MORAL INCONTESTE,
ADVINDO NÃO SÓ DA DESÍDIA DA RÉ EM NÃO ATENDER AOS RECLAMES DA
AUTORA, COMO TAMBÉM DA INTERRUPÇÃO INDEVIDA DO SERVIÇO
ESSENCIAL. SÚMULA 192 DO TJ/RJ. VERBA QUE ORA SE FIXA EM R$ 5000,00
(CINCO MIL REAIS). QUANTO À COBRANÇA DE TARIFA DE ESGOTO, O
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO, PACIFICOU
ENTENDIMENTO DE QUE PODE SER COBRADA, AINDA QUE A PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO SEJA PARCIAL, OU SEJA, SEM A REALIZAÇÃO DO RESPECTIVO
TRATAMENTO SANITÁRIO. ENTENDIMENTO QUE DEVE SER APLICADO A TODOS
OS PROCESSOS IDÊNTICOS. FALTA DE SUBSÍDIOS PARA RECONSIDERAÇÃO.
MANUTENÇÃO DA DECISÃO. RECURSOS AOS QUAIS SE NEGA PROVIMENTO.
(TJ-RJ - APL: 00330868920128190210 RJ 0033086-89.2012.8.19.0210, Relator: DES.
MAURO PEREIRA MARTINS, Data de Julgamento: 28/11/2013, VIGÉSIMA
QUINTA CÂMARA CIVEL/ CONSUMIDOR, Data de Publicação: 20/02/2014
15:43)

Dessa forma, fica caracterizada a falha na prestação do serviço, prevista no


artigo 14 do CDC.

DOS PEDIDOS
Ex positis requer:
a) O recebimento da presente ação, com o deferimento da gratuidade de justiça, eis
que não possui condições de arcar com as custas do processo, nem mesmo eventuais
honorários perícias e sucumbenciais;
b) Seja determinada a citação da Ré para apresentação de defesa nos termos da lei;
c) Informa desde já a parte Autora, não possuir nenhum interesse na audiência prévia
de conciliação prevista o art. 334 e seguintes do CPC, justificando-se, assim, pelo fato
de estar peregrinando todo este tempo para uma solução amigável, sem nenhum
êxito;
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d) Que seja invertido o ônus da prova, por todos os fatos narrados a cima, conforme
dispõe os inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor;
e) Requer a concessão de TUTELA ANTECIPADA inautida altera pars, para determinar que
a Ré se abstenha de suspender o consumo de energia da Autora, haja vista situação
de grande fragilidade de saúde de sua filha menor de idade, possuidora de anemia
falciforme, com grande acometimento de sua locomoção, agilidade e facilidade de
administrar-se nas situações cotidianas de um ser humano, tais como alimentação,
higiene e cuidados pessoais.
Intimando-se a requerida por OJA, sob pena de multa no valor a ser fixado por este
juízo, face ao descumprimento da ora requerida, para, no prazo de 48h que a
requerida se abstenha de efetuar o corte de energia elétrica na residência da
requerente;
Ainda na Tutela Antecipada, requer o pagamento em consignação dos meses
seguintes de fevereiro de 2018 em diante, conforme o valor cobrado no mês de
janeiro de 2018, até que seja resolvido o mérito, no patamar de R$70,00 (setenta reais),
por meio de Consignação em Juízo, com vencimento na mesma data média cobrada
pela Ré nas faturas, todo dia 20 de cada Mês;
Tal medida demonstra a boa fé e intenção de não permanecer em débito, resgatando
sua dignidade de ser humano, ainda que sua condição financeira não lhe permita
grande conforto, contudo, desde que seja preservado seu bom nome e resgate de
dignidade social;

f) No mérito, que seja declarado INDEVIDO, ABUSIVO E NULO DE PLENO DIREITO o valor
cobrado nas fatura dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho,
agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2017, faturas estas até o
momento recebidas com cobranças indevidas, desconstituindo e cancelando todos
os débitos existentes, sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por dia de
descumprimento;
g) Seja retirado o nome do requerente de eventual inclusão dos serviços de proteção ao
credito, sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por dia de descumprimento;
h) Que seja a Requerida condenada a incluir a Autora no consumo de baixa renda, eis
que a Ré sempre recusou sua inclusão autoritariamente e sem nenhuma justificativa;
i) Que seja a Ré condenada a Refaturar todas as cobranças nos períodos reclamados
de acordo com o consumo baixa renda: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho,
julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2017;
j) indenizar a requerente pelos danos morais experimentados, em valor a ser fixado
segundo o prudente arbítrio do I. Julgador, à luz dos critérios jurídicos que julgar
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aplicáveis à espécie e os expostos nesta peça, o qual sugere algo não inferior
a R$15.000,00 (quinze mil reais), uma vez que o réu atuou de forma abusiva e nociva,
diante do caráter pedagógico do instituto;
f) Seja a tutela antecipada transformada em definitiva ao final da ação quanto a suspensão
da energia elétrica, liberando-se os depósitos judiciais em favor da Ré, nos limites do efetivo
consumo que será definido pela baixa renda, para que não haja enriquecimento ilícito.

Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela perícia
técnica no relógio da Autora, por perito isento de vínculo com a Ré, bem como eventuais
documentos supervenientes, importantes ao justo julgamento, além de depoimento pessoal.

Dá-se a presente, o valor de R$17.638,06 (dezessete mil, seiscentos e trinta e oito reais e seis
centavos).

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Mesquita, 23 de janeiro de 2018.

Luana da Cunha Moraes Iracema


OAB/RJ 185.354

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