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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DE SÃO GONÇALO – REGIONAL DE
ALCÂNTARA
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
DOS FATOS
A requerente, como moradora desta cidade é consumidora compulsória dos serviços
de energia elétrica fornecidos pela requerida, sendo certo que sempre efetuou o
pagamento das referentes prestações de serviços, e estando cadastrada como cliente nº.
5427153-3.
Ocorre que em 2017, a começou a promover cobranças com valores astronômicos e
díspares em relação ao estilo de vida da Autora, como demonstra a planilha abaixo:
Diante de sua total impossibilidade de pagar aquilo que não deve cobrado por todos
esses meses nas faturas emitidas, a Autora teme o corte de energia, o que agravará ainda
mais sua situação e a saúde de sua filha, visto que, diante dos débitos está sendo
ameaçada de corte insistentemente pela Ré.
Já por varias oportunidades a requerente já tentou resolver com a requerida mais não
obteve sucesso.
Portanto, não há que se falar em serviços adequados, eficientes e seguro pela qual se
obrigou a prestar, não restando a requerente, outro meio, senão de intentar a presente
medida para ver assegurado o seu direito.
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Assim, diante dos inúmeros transtornos, o requerente dirige-se ao judiciário, para resguarda
seus direitos.
DOS PEDIDOS
Ex positis requer:
a) O recebimento da presente ação, com o deferimento da gratuidade de justiça, eis
que não possui condições de arcar com as custas do processo, nem mesmo eventuais
honorários perícias e sucumbenciais;
b) Seja determinada a citação da Ré para apresentação de defesa nos termos da lei;
c) Informa desde já a parte Autora, não possuir nenhum interesse na audiência prévia
de conciliação prevista o art. 334 e seguintes do CPC, justificando-se, assim, pelo fato
de estar peregrinando todo este tempo para uma solução amigável, sem nenhum
êxito;
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d) Que seja invertido o ônus da prova, por todos os fatos narrados a cima, conforme
dispõe os inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor;
e) Requer a concessão de TUTELA ANTECIPADA inautida altera pars, para determinar que
a Ré se abstenha de suspender o consumo de energia da Autora, haja vista situação
de grande fragilidade de saúde de sua filha menor de idade, possuidora de anemia
falciforme, com grande acometimento de sua locomoção, agilidade e facilidade de
administrar-se nas situações cotidianas de um ser humano, tais como alimentação,
higiene e cuidados pessoais.
Intimando-se a requerida por OJA, sob pena de multa no valor a ser fixado por este
juízo, face ao descumprimento da ora requerida, para, no prazo de 48h que a
requerida se abstenha de efetuar o corte de energia elétrica na residência da
requerente;
Ainda na Tutela Antecipada, requer o pagamento em consignação dos meses
seguintes de fevereiro de 2018 em diante, conforme o valor cobrado no mês de
janeiro de 2018, até que seja resolvido o mérito, no patamar de R$70,00 (setenta reais),
por meio de Consignação em Juízo, com vencimento na mesma data média cobrada
pela Ré nas faturas, todo dia 20 de cada Mês;
Tal medida demonstra a boa fé e intenção de não permanecer em débito, resgatando
sua dignidade de ser humano, ainda que sua condição financeira não lhe permita
grande conforto, contudo, desde que seja preservado seu bom nome e resgate de
dignidade social;
f) No mérito, que seja declarado INDEVIDO, ABUSIVO E NULO DE PLENO DIREITO o valor
cobrado nas fatura dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho,
agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2017, faturas estas até o
momento recebidas com cobranças indevidas, desconstituindo e cancelando todos
os débitos existentes, sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por dia de
descumprimento;
g) Seja retirado o nome do requerente de eventual inclusão dos serviços de proteção ao
credito, sob pena de multa de R$100,00 (cem reais) por dia de descumprimento;
h) Que seja a Requerida condenada a incluir a Autora no consumo de baixa renda, eis
que a Ré sempre recusou sua inclusão autoritariamente e sem nenhuma justificativa;
i) Que seja a Ré condenada a Refaturar todas as cobranças nos períodos reclamados
de acordo com o consumo baixa renda: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho,
julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2017;
j) indenizar a requerente pelos danos morais experimentados, em valor a ser fixado
segundo o prudente arbítrio do I. Julgador, à luz dos critérios jurídicos que julgar
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aplicáveis à espécie e os expostos nesta peça, o qual sugere algo não inferior
a R$15.000,00 (quinze mil reais), uma vez que o réu atuou de forma abusiva e nociva,
diante do caráter pedagógico do instituto;
f) Seja a tutela antecipada transformada em definitiva ao final da ação quanto a suspensão
da energia elétrica, liberando-se os depósitos judiciais em favor da Ré, nos limites do efetivo
consumo que será definido pela baixa renda, para que não haja enriquecimento ilícito.
Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela perícia
técnica no relógio da Autora, por perito isento de vínculo com a Ré, bem como eventuais
documentos supervenientes, importantes ao justo julgamento, além de depoimento pessoal.
Dá-se a presente, o valor de R$17.638,06 (dezessete mil, seiscentos e trinta e oito reais e seis
centavos).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.