Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eduardo Gudynas*
75
Machine Translated by Google
76
Machine Translated by Google
77
Machine Translated by Google
78
Machine Translated by Google
79
Machine Translated by Google
80
Machine Translated by Google
81
Machine Translated by Google
Apropriação e processos
produtivos Diante do antigo extrativismo, a posse dos recursos
era disputada. Os governos anteriores concederam suas
propriedades, ou geraram regras de cessão e acesso a recursos
como mineração ou petróleo, que na prática eram muito
semelhantes à atribuição de propriedade sobre eles. Esta
tendência levou a uma forte transnacionalização dos setores
extrativos e a uma diminuição do papel das empresas estatais.
No neoextrativismo, como vimos, há um papel maior do Estado,
e por isso os controles de acesso aos recursos são redobrados, em
quase todos os casos insiste-se que estes são propriedade do
Estado. Ao mesmo tempo, reviveram ou criaram empresas estatais
(por exemplo, o fortalecimento da YPFB na Bolívia, ou a criação de
uma entidade estatal de gás e energia, a ENARSA, na Argentina).
Esta presença é mais variada, incluindo formas estatais,
cooperativas, mistas ou privadas.
Mas, apesar dessa situação, tanto os estados quanto as
empresas estatais almejam o sucesso comercial e, por isso, repetem
estratégias de negócios baseadas em competitividade, redução de
custos e aumento da lucratividade. Dessa forma, a atuação de
empresas estatais (como a PDVSA na Venezuela), empresas
mistas (como a Petrobras no Brasil) ou privadas (como a Repsol
YPF na Argentina) se aproxima cada vez mais das conhecidas
práticas dos antigos empresas transnacionais, como a Exxon ou a British Petroleum.
Portanto, como a sexta tese , postula-se que sob governos
progressistas é especialmente importante reconhecer que, além da
propriedade dos recursos, repetem-se regras e operações de
processos produtivos, visando ganhar competitividade, aumentar
lucratividade sob critérios de eficiência clássica, incluindo a
externalização de impactos sociais e ambientais. Mesmo onde a
presença do Estado é reforçada, ela é utilizada para outorgar
contratos de associação, parcerias ou “joint ventures” com empresas
privadas (ver, por exemplo, CEDLA, 2009). O desempenho
socioambiental das petrolíferas estatais é ruim e altamente
discutível, e bons exemplos disso são a Petrobras nos países
andinos ou a estatal uruguaia ANCAP.
As implicações desta questão são muito importantes. Dentre
elas, destaca-se que, além do debate sobre a titularidade do
82
Machine Translated by Google
83
Machine Translated by Google
Figura
1 Ocorrência de conflitos e assassinatos no meio rural do Brasil.
O início do governo de Lula da Silva é indicado. Elaborado pelo autor
com base em dados da Comissão Pastoral da Terra Brasileira
84
Machine Translated by Google
85
Machine Translated by Google
86
Machine Translated by Google
87
Machine Translated by Google
88
Machine Translated by Google
89
Machine Translated by Google
Conclusões preliminares
Ao longo deste ensaio, uma série de ideias e argumentos são
oferecidos sobre a permanência do extrativismo na América do
Sul. A ideia central é que isso não é o mesmo que ocorria nas
décadas anteriores e, no caso dos governos progressistas, gerou-
se um novo tipo de extrativismo. Na sua caracterização observam-
se componentes antigos e novos, mas também este conjunto é
único, com vieses próprios, como o papel atribuído ao Estado e
as novas fontes de legitimação social e política.
90
Machine Translated by Google
Referências bibliográficas
BEBBINGTON, A. e HINOJOSA VALENCIA, L. (2007), «Conclusões:
mineração, neoliberalismos e reterritorializações no
desenvolvimento rural», in Mineração, movimentos sociais e
respostas camponesas, A. Bebbington, IEP e CEPES, Lima, p. 282-313.
BEBBINGTON, A. (2009), «A nova extração: reescrever a ecologia
política dos Andes?» 42(5): 12-20, Relatório NACLA sobre as
Américas.
91
Machine Translated by Google
92