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MANUAL DE

APRESENTAÇÃO
DE PROJETOS
URBANOS
Manual de Apresentação de Projetos Urbanos do Programa
de Transporte Urbano de São Bernardo do Campo II
MANUAL DE APRESENTAÇÃO
DE PROJETOS URBANOS

MANUAL DE APRESENTAÇÃO DE PROJETOS URBANOS


DO PROGRAMA DE TRANSPORTE URBANO
DE SÃO BERNARDO DO CAMPO II
REALIZAÇÃO
PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Secretaria de Transportes e Vias Públicas
Secretaria de Obras e Planejamento Estratégico
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO – BID
UNIDADE DE COORDENAÇÃO DO PROGRAMA BID - UCPBID

CONSÓRCIO NCT
NIPPON KOEI LAC E NIPPON KOEI LAC DO BRASIL
COBRAPE
TIS

COORDENADORES COLABORADORES
Marilda Stenghel Froes – Coordenadora Geral Theonice Gomes de Jesus – Especialista em
Thiago Von Zeidler Gomes – Coordenador Projeto Geométrico e Terraplenagem
Adjunto Jane Cristina Caparica Ferreira – Especialista em
Gustavo Sobral Novelli – Coordenador TIS Hidrologia e Drenagem
Sávio Mourão Henrique – Coordenador Cobrape André Marcos Nascimento Rodrigues –
Audrey Emy Higashitani – Coordenadora Especialista em Pavimentação
Nippon Harlley Cavalcante Rodrigues – Especialista em
Custos e Orçamentos
Caetano Moruzzi – Especialista em Geotecnia
EQUIPE CHAVE Armando Faria Neto – Especialista em
Eliana Marzullo Ribeiro – Profissional de Estruturas
Engenharia Civil Antonio Carlos Junqueira – Especialista em
Marcia Grosbaum – Profissional de Arquitetura Elaboração de Especificações Técnicas
e Urbanismo Ivo Pons – Especialista em Treinamento
Humberto Moreira Pullim – Especialista em Jaqueline de Melo Marques – Projetista Pleno
Sinalização e Segurança de Tráfego Isaac Alves Maximo Lourenço – Projetista Júnior
Sabrina Kelly A. Pissinati – Especialista em Luís Eduardo Gregolim Grisotto – Planejamento
Custos e Orçamentos Ricardo Tierno – Gestão de Projetos
Camila Bandeira Cavalcante – Especialista em
Transporte
Diogo Fonseca de Sousa Jardim – Consultor em
Tráfego e Sinalização
Susana Maria Mendonça Castelo – Consultora
em Sistemas de Transporte Urbano
Igor Gonçalves - Projeto Gráfico
Marcello Bedini - Vídeo de divulgação
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO 07 3.4 Grupos de Identificação 28
DO MANUAL 3.4.1 Identificação de Projeto 28
3.4.2 Identificador de Etapa 29
1.1 Estrutura do Manual 07 3.4.3 Identificador de Disciplina 29
3.4.4 Identificador de Categoria de 31
1.2 Objetivos 08 Documento
1.2.1 Objetivos Gerais 08 3.4.5 Identificador Sequencial 34
1.2.2 Objetivos Específicos 09 3.4.6 Identificador de Revisão 34

GESTÃO DOS ESTUDOS E PROJETOS 10 DISCIPLINAS 35


(FEL)
4.1 Introdução 35
2.1 Conceito do FEL 10
4.2 Estrutura das Disciplinas 35
2.2 Metodologia de Gestão de 12
Projetos 4.3 Lista de Disciplinas 36
2.2.1 FEL 1 – Análise Preliminar 12
2.2.2 FEL 2 – Seleção de Alternativas - 16 4.4 Escopos 37
Definição do Projeto Conceitual
2.2.3 FEL 3 – Engenharia Básica e Plano 19 4.5 Material de Apoio 39
de Implantação do Empreendimento
2.2.4 FEL 4– Engenharia da 22
Materialização do Empreendimento APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDO EM 40
FORMATO PADRONIZADO
2.3 Relatórios FEL 24
5.1 Introdução 40
2.4 Adições ao Check-list 24
5.2 Considerações Gerais 40

CODIFICAÇÃO 25 5.3 Padronização de Documentação 40


Técnica
3.1 Introdução 25 5.3.1 Documentos Técnicos 40
5.3.2 Desenhos Técnicos 41
3.2 Metodologia de Gestão de 25
Documentos 5.4 Documentos Técnicos 43
3.2.1 PRODIGI e a Gestão de 25 5.4.1 Formatos de Documentação 43
Documentos pelo número do Processo Técnica 44
Administrativo 5.4.2 Critério Geral de Utilização 45
3.2.2 O Processo Administrativo como 26 5.4.3 Campos do Documento 45
Dado-chave Técnico e respectivas Indicações de
Preenchimento
3.3 Manual de Controle de Documentos 26 5.4.4 Formato do Documento Técnico A4 51
Técnicos 5.4.5 Formato MR – Memorando de 54
3.3.1 Níveis de Codificação para 26 Remessa de Documentos Técnicos
Documentos Técnicos 5.4.6 Objetivo Formato RV – Relatório de 55
3.3.2 Sistema de Classificação de 28 Verificação
Diretórios para Arquivamento 5.4.7 Formato ID – Índice de Documentos 58
5.5 Procedimento para uso dos 59 7.8 Ordem de Apresentação das 70
formatos padrão Disciplinas na Tabela de Quantidade e
5.5.1 Objetivo 59 Orçamento
5.5.2 Critérios e Diretrizes Básicas de 59
Utilização 59 7.9 Modo de Utilização 70
5.5.3 Nomeação de Documentos em 59 7.9.1 Planilha de Quantidades 70
Formato Digitais 59 7.9.2 Planilha Orçamentária 70
7.9.3 Dados que devem ser 70
5.6 Material de Apoio 59 apresentados numa Planilha
Orçamentária e de Quantidades
7.9.4 Formato de Apresentação e 70
PROJETO PADRÃO 60 exemplo de Preenchimento
7.9.5 Definição de Data Base e 72
6.1 Introdução 60 Critérios de Correção de Preços pela
6.1.1 Arquitetura, Paisagismo e 60 Data Base
Mobiliário Urbano
6.1.2 Drenagem 60 7.10 COMPOSIÇÃO E COTAÇÃO DE 72
6.1.3 Pavimentação 61 PREÇOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
6.1.4 Geométrico 61 7.10.1 Procedimentos para Cotação de 72
6.1.5 Estruturas 62 Preços
6.1.6 Dispositivos de Segurança 62 7.10.2 Composição de Serviços 74
6.1.7 Sinalização 62
7.11 Critérios de Medição e 74
6.2 Material de Apoio 63 Pagamento e Especificações de Obras
e Serviços
7.11.1 Referências de Critérios de 74
ORÇAMENTAÇÃO 64 Medição e Especificações de Obras e
Serviços
7.1 Introdução 64 7.11.2 Exemplos 75

7.2 Tabela de Preços Unitários 64 7.12 Material de Apoio 76

7.3 Referências de Tabelas de 65


Preços Unitários REFERÊNCIAS 77

7.4 Onde obter as Tabelas de 65


Preços Unitários

7.5 Particularidades a serem 65


observadas 65
7.5.1 Data Base 65
7.5.2 Preços Desonerados ou Não 65
Desonerados
7.5.3 Inclusão do BDI 66
7.5.4 Frequência de Atualização 66
7.5.5 Encargos Sociais e 66
Complementares

7.6 Composição do BDI 66


7.6.1 Administração Central 67
7.6.2 Administração Local 67
7.6.3 Seguros e Garantias 67
7.6.4 Contingências 68
7.6.5 Despesas Financeiras 68
7.6.6 Remuneração (Lucro) 68
7.6.7 Formulação do BDI 68

7.7 Prioridades de Tabelas de 68


Custos Unitários por Disciplinas
Figura 25 Indicação do Preenchimento do MR 55
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 26 Formato do RV 56
Figura 27 Indicação do Preenchimento do RV 56
Figura 1 Ciclo de Vida do 10
Figura 28 Formato do ID 58
Empreendimento com Portões de
Figura 29 Indicação do Preenchimento do ID 58
Passagem
Figura 2 Sugestão de Mapa de Áreas 13
de Intervenção de diferentes Projetos
em diferentes Fases de Elaboração.
Figura 3 Fluxograma de Elaboração 15 ÍNDICE DE TABELAS
da Análise Preliminar e Aprovação do
Portão FEL-1 Tabela 1 Relatórios FEL 24
Figura 4 Fluxograma de Elaboração 18 Tabela 2 Etapas 29
da Análise Preliminar e Aprovação do Tabela 3 Disciplinas (ver tabela 30
Portão FEL-2 definitiva nos anexos deste Manual)
Figura 5 Fluxograma de Elaboração 21 Tabela 4 Documentos 31
da Análise Preliminar e Aprovação do Tabela 5 Lista de Disciplinas 36
Portão FEL-3 Tabela 6 Padrão de Nomenclatura e 42
Figura 6 Fluxograma de Elaboração 23 Layers
da Análise Preliminar e Aprovação do Tabela 7 Padrão de Nomenclatura e 42
Portão FEL-4 Layers
Figura 7 Afetação de Dados-chave 26 Tabela 8 Letra Identificadora de 43
Figura 8 Níveis de Codificação 26 Disciplinas de Projeto
Figura 9 Codificação de Controle de 27 Tabela 9 Índice do Campo Região 47
Documento Técnico Tabela 10 Projetos Padrão de 60
Figura 10 Compêndio de Documentos 27 Arquitetura, Paisagismo e Mobiliário
organizados pela Sigla Identificadora de Urbano
Projeto Tabela 11 Projetos Padrão de 60
Figura 11 Classificação de Diretórios 28 Drenagem
Figura 12 Exemplo de Formato 44 Tabela 12 Projetos Padrão de 61
Padronizado de Desenho Pavimentação
Figura 13 Campos de Preenchimento do 45 Tabela 13 Projetos Padrão de 61
Documento Técnico Geométrico
Figura 14 Carimbo Institucional 46 Tabela 14 Projetos Padrão de 62
Figura 15 Carimbo da Emitente 47 Estruturas
Figura 16 Carimbo da Assessoria 48 Tabela 15 Projetos Padrão de 62
Técnica Dispositivos de Segurança
Figura 17 Carimbo da Contratante 49 Tabela 16 Projetos Padrão de 62
Figura 18 Área de Documentos de 50 Sinalização
Referência Tabela 17 Exemplo de Estruturação 64
Figura 19 Indicação do Preenchimento 50 Básica
do Histórico de Revisões Tabela 18 Indicação de Planilhas de 69
Figura 20 Formato do Documento 52 Subsídio
Técnico em A4 Tabela 19 Exemplo de Planilha de 72
Figura 21 Indicação do Preenchimento 52 Orçamento
da Capa de Documento Técnico Tabela 20 Exemplo de Apresentação de 73
Figura 22 Indicação do Preenchimento 53 Cotação de Preços
do Campos de Referência, Documentos Tabela 21 Exemplo de Formato de 74
Resultantes e Observações Apresentação de Composição de Preço
Figura 23 Indicação do Preenchimento 54 Unitário
da Folha de Continuação
Figura 24 Formato do Memorando de 54
Remessa
APRESENTAÇÃO E
INTRODUÇÃO DO MANUAL
O Manual integra a segunda parte do Programa de Transporte Urbano de
São Bernardo do Campo (PTUSBC II). Num primeiro momento, o objetivo do
programa era capacitar o município para que viesse a administrar eficientemente
sua malha viária, fortalecendo sua capacidade de planejamento, gerência,
segurança de trânsito e meio ambiente, contudo, na implantação de tais
mecanismos, foi identificado que seria preciso agir sobre a qualidade dos projetos
necessários ao município, aplicando para isso procedimentos de melhoria na
elaboração, contratação, mudança na metodologia de fiscalização e recebimento
dos projetos, de forma a obter-se custos melhores estimados com riscos de
execução bem definidos.

Logo, somados aos objetivos do PTUSBC II de melhorar a acessibilidade, a


mobilidade e a segurança do transporte promovendo assim uma mobilidade
urbana sustentável, o manual de apresentação de Projetos Urbanos do Município
de São Bernardo do Campo orienta os trabalhos que devem ser realizados,
pactuando o escopo mínimo e possibilitando garantias ao poder público e
previsibilidade ao projetista. Isso permite uma mensuração adequada dos
custos de trabalho e melhora a capacidade de execução de atividades de caráter
normativo, de planejamento, de gestão, de controle e de interesse às suas
finalidades institucionais.

Este manual pretende ser um documento versátil e em contínuo aprimoramento,


flexível a eventuais mudanças de tecnologia, visando contribuir em aspectos
como gerenciamento, abordagem dos projetos e possíveis soluções que facilitam a
integração de diferentes projetos desenvolvidos.

1.1 ESTRUTURA DO MANUAL

O manual estrutura-se em seis partes, sendo elas:

• Gestão dos Estudos e Projetos (FEL)

FEL é o processo incremental de desenvolvimento na definição de um projeto,


cujo foco está no estabelecimento do completo entendimento do projeto
no momento da autorização do investimento, com detalhes suficientes para
suportar a decisão executiva, garantindo a minimização de mudanças nas etapas
de execução. Este manual apresenta uma formalização destes procedimentos
integrada a uma estrutura de elaboração de projetos adequada à PMSBC.

• Codificação

Uma codificação de documentos adequada, permite o armazenamento e


catalogação do material produzido de forma objetiva, sem que haja perda de
documentação. Assim, este manual orienta e uniformiza os trabalhos realizados
indicando localização, tipo, etapa, revisão e compartimentação do projeto,
permitindo a quem estiver familiarizado com tal nomenclatura rapidamente
entender o assunto e a situação de um documento.

07
• Disciplinas

A partir das pesquisas bibliográficas, experiências dos profissionais e os exemplos


nacionais e internacionais, e incorporando as necessidades observadas junto
aos profissionais do MSBC, o manual apresenta uma sumarização básica para
as disciplinas comumente presentes em projetos de forma geral. As disciplinas
foram elaboradas como fichas que apresentam um conteúdo mínimo necessário
para a sua aprovação.

• Apresentação de conteúdo em formato padronizado

Este manual apresenta padrões de desenho, layers, textos, dimensões, carimbos,


penas entre outras informações que visam otimizar o trabalho a fim de
proporcionar à PMSBC a uniformização de toda documentação técnica e auxiliar
no gerenciamento dos projetos futuros.

• Projetos padrão

Para padronizar procedimentos adotados pelo MSBC, diminuindo custos e prazos


de implantação, o manual inclui projetos-padrão para diversos dispositivos usados
em infraestruturas urbanas em diferentes situações especificas.

• Orçamentação

Neste Manual está incluso a orientação para elaboração de quantitativos e


orçamento para projetos, com destaque para o uso de tabelas de preços e
critérios de medição dos serviços, incluindo fontes alternativas para atualização e
compatibilização da tabela de preços, quando necessário.

Cada capítulo apresenta uma breve descrição dos objetivos e indicam consulta a
anexos. Os anexos podem sofrer modificações em seu conteúdo de acordo com as
necessidades e interesses da prefeitura.

1.2 OBJETIVOS

Aplicação do Manual - As recomendações deste Manual deverão ser consideradas


como uma ferramenta de trabalho, com o objetivo de encadear diferentes aspectos
de projeto, tanto nas intervenções de domínio público municipal quanto no
domínio privado de uso público.

Articulação com Normas, Planos Diretores e Regulamentos do MSBC - O


Manual está em conformidade com as normas técnicas específicas por disciplina
de projeto e de apresentação de documentos publicadas pela ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, com as normas nacionais e internacionais de
acessibilidade urbana, com o Código de Trânsito Brasileiro, com as normas do
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN e do Conselho Nacional
de Trânsito – CONTRAN. Além disso, atende as exigências ambientais e de
sustentabilidade, vinculadas a órgãos nacionais e internacionais e adequando-se
aos procedimentos dos Estudos de Impacto Ambiental – EIA e nos Relatórios de
Impacto ao Meio Ambiente – RIMA.

1.2.1 Objetivos Gerais

O objetivo principal do manual é prover aos órgãos de execução de obras da


PMSBC uma ferramenta atualizada e padronizada de controle amplo para
projetos, desde a elaboração até o arquivamento incluindo os principais projetos-
padrão e estrutura de orçamentação. Conterá o escopo necessário para estudos

08
e projetos, com suas diretrizes, procedimentos e normas de desenvolvimento
tecnicamente adequado. Incluirá também projetos-padrão relevantes para
dispositivos e processos específicos, de grande repetibilidade.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Orientar e fornecer uma referência para as decisões e gerenciamento de projeto;

• Servir como guia para as intervenções no espaço público do Município de São


Bernardo do Campo;

• Fortalecimento institucional e Modernização Governamental.

09
GESTÃO DOS ESTUDOS E
PROJETOS (FEL)
2.1 CONCEITO DO FEL

O objetivo da introdução do FEL nas etapas de desenvolvimento/elaboração de


projetos de engenharia é proporcionar um mecanismo de gerenciamento capaz
de unificar os processos municipais em um modelo simples e organizado, que
permita ao gestor observar a totalidade dos projetos do município em uma base
única de fluxo de eventos, reconhecendo dados mínimos em cada etapa, passíveis
de análise e comparação.

Pretende unificar a forma de gerenciar projetos de cada secretaria facilitando a


comunicação entre órgãos, o registro documental, a organização e simplificação da
burocracia interna e controle de informações.

A documentação a ser gerada tem como base metodológica o conceito de portões


de passagem, o que permitirá à PMSBC, quando implementado: (i) controle
preciso da evolução de escopo, documentação, custos e prazos de implementação
de cada projeto; (ii) possibilidade de decisão fundamentada sobre prosseguir/
parar em cada portão; (iii) gerenciamento da situação dos projetos em evolução
na gestão municipal; e (iv) avaliação “ex-post” dos resultados efetivos do projeto,
tendo em vista os indicadores usados para a decisão de sua implantação.
FEL é um processo de acompanhamento do desenvolvimento e definição de um
projeto. O objetivo é garantir a produção dos documentos necessários para o
completo entendimento do projeto, permitindo a autorização do investimento,
com detalhes suficientes para suportar a decisão executiva, minimizando a
necessidade de mudanças nas etapas de execução.

O método está baseado em três importantes atributos do projeto: Fatores


Locacionais, Grau de Definição da Engenharia e Planejamento da Execução.
Para a obtenção de sucesso no desenvolvimento do projeto é necessário que estes
atributos sejam definidos e cheguem à maturidade no momento da aprovação do
empreendimento, possibilitando a implantação adequada do mesmo.

A metodologia FEL é um instrumento eficaz de suporte à decisão executiva,


na medida em que confere previsibilidade, accountabillity, transparência e
competitividade aos empreendimentos por ela definidos. De acordo com essa
metodologia, o ciclo de vida de um empreendimento típico e os “portões de
passagem” a cada estágio desse ciclo podem ser representados conforme figura
abaixo.

Figura 1 Ciclo de Vida do


Empreendimento com Portões de
Passagem

10
Os portões funcionam como pontos de transição claros, no qual toma-se uma
decisão sobre prosseguir com o projeto para a próxima fase, retornar para melhor
definição ou ser cancelado. Para essa transição, um conjunto de documentos que
definem o fim do estágio devem ser produzidos e aprovados.

Em cada portão, assim, devem ser aprovados escopo e plano de trabalho para
a fase seguinte, os componentes definidos com seus orçamentos e o plano/
cronograma de execução. Este tipo de abordagem não só organiza os processos
como permitirá ao MSBC ter um melhor controle do portfólio de Programas/
Projetos em andamento. Os portões FEL 1, 2 e 3 fornecem uma oportunidade
para verificar se o Projeto está progredindo em acordo com o planejado, o que
compreende as etapas da Engenharia de Desenvolvimento.

O projeto deverá ser submetido em cada portão de passagem a um mecanismo


de coordenação/decisão a ser definido internamente no processo administrativo
correspondente, de modo que seja garantido que: (i) permanece de acordo com
os objetivos estratégicos do PMSBC e atende à necessidade identificada; e, (ii) é
econômica, social e ambientalmente viável com base nas informações revisadas
relativas a custos, benefícios, prazos e impactos diretos e indiretos.

O portão FEL 3 é particularmente determinante, já que nele é aprovado todo o


escopo, o prazo, o investimento e os custos de operação/manutenção após entrega.
Neste portão o projeto deve ter atingido a maturidade.
A abordagem através dos portões de passagem resulta em dividir a etapa de
desenvolvimento em três fases bem definidas: FEL 1 – Análise Preliminar, FEL 2 –
Seleção de Alternativas e FEL 3 - Plano de Implantação do Empreendimento.

No FEL 1 tem-se a identificação da necessidade/oportunidade, a caracterização


das alternativas de empreendimento e uma seleção preliminar das alternativas
relacionadas. No FEL 2 são realizados o desenvolvimento das alternativas com
vistas à seleção daquela que maximiza o valor para o empreendimento e para
a organização, tal que ao fim do FEL 2 a alternativa adequada estará definida
e validada. No FEL 3 a alternativa selecionada é aprofundada com vistas ao
planejamento da implantação.

Essas fases do FEL são sequenciais e não se sobrepõem. Cada fase possui um
conjunto claro de produtos associados, que devem ser finalizados antes que se
comece a trabalhar a próxima fase. As etapas de produção de documentação
podem ser conduzidas por empresas projetistas especializadas, e tomar anos
de elaboração, ou podem ser bastante breves e resumidas, dependendo das
necessidades do projeto.

11
2.2 METODOLOGIA DE GESTÃO DE PROJETOS

De forma a viabilizar que a metodologia FEL seja aplicada para um ambiente


de tomada de decisão do poder público é necessário fazer concessões iniciais.
Primeiro, é necessário reconhecer que diferentes secretarias possuem diferentes
estratégias e dinâmicas de elaboração de projetos. Unificar e alinhar essas
metodologias requer negociação e ajustes para viabilizar a percepção de melhoria
para todos. Concentrar todos os projetos em um fluxo de atividades único permite
analisar o desenvolvimento comparativamente e a evolução de requisitos como
orçamento e tempo.

É necessário reconhecer que projetos apresentam níveis de complexidade


diferentes. Por mais que seja interessante detalhar ao máximo os processos, a
maior parte dos projetos devem conter um conjunto adequado de requisitos que
permite celeridade na execução e não torne o processo de gerenciamento um
entrave para sua evolução e sim um facilitador. Com o tempo e a necessidade de
aprofundamento, a metodologia pode ser ajustada para casos mais complexos ou
obtenção de maiores detalhes de cada projeto, conforme necessidade da PMSBC.

Ainda assim, alguns departamentos possuem exigências típicas, necessárias, mas


pouco relevantes em termos de análise de projetos. Deve ser possível adicionar e
registrar demandas singulares que não afetam a avaliação e tomada de decisão do
gestor público.

A metodologia descrita a seguir define critérios para a estruturação de portões de


passagem da metodologia FEL tendo como premissas:

• Compatibilidade com os processos de gestão já existentes


• Menor complexidade para projetos menos complexos
• Possibilidade de análise conjunta dos projetos
• Capacidade de adição de critérios (singularidades) e ajustes na metodologia

2.2.1 FEL 1 – Análise Preliminar

O Objetivo da Análise Preliminar em projetos públicos é levantar um conjunto


de informações mínimas que permitam tanto a análise técnica quanto a vontade
política produzir projetos passíveis de avaliação e desenvolvimento em uma etapa
futura.

O sistema apresentado prevê e permite a autonomia entre as secretarias, ainda


que proponha que exista um momento de apresentação dos projetos aprovados
pelos tomadores de decisão (secretários), dando ciência a todos os secretários e o
prefeito sobre todos os projetos em andamento.

A organização em uma estrutura única permite que o prefeito possa receber um


conjunto homogêneo de informações e organizar estas em um panorama único de
todo o município. Sob está organização única é possível avaliar quantos projetos
estão em andamento na prefeitura, quais áreas atingem, qual o orçamento
previsto em qual prazo e avaliar se existem interfaces que o prefeito ou secretários
poderiam considerar. É possível construir um mapa, como sugerido na Figura
2, com a área de atuação direta e estágios dos diferentes projetos, e agrupar
cronogramas de desenvolvimento dos mesmos.

12
Figura 2 Sugestão de Mapa de
Áreas de Intervenção de diferentes
Projetos em diferentes Fases de
Elaboração.

De acordo com as premissas iniciais da Metodologia FEL é necessário definir


especificamente o tomador de decisão que autoriza a passagem por cada
portão. Para a Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo definiu-se que
os Secretários de cada pasta são responsáveis pela aprovação e autorização de
continuidade dos projetos.

Sugere-se, também, a inclusão e apresentação de todos os projetos para o prefeito


numa reunião de secretários, permitindo que este tome ciência do andamento de
todos os projetos e obtenha uma visão integrada dos projetos em elaboração.

Os secretários são os tomadores de decisão sobre o portão de passagem e, por


força de lei, é facultativo que este determine um regime de sigilo sobre um projeto
específico. Neste caso o mesmo procedimento de ciência com o prefeito pode ser
realizado em uma reunião exclusiva com esta finalidade.

Os dados básicos que devem ser apresentados na conclusão do FEL 1, e integram


o documento de Análise Preliminar, conforme o fluxograma desta etapa
apresentado na Figura 3, são os seguintes:

• Descrição Geral
• Objetivo
• Público alvo
• Mapa de localização do empreendimento
• Área diretamente afetada
• Dominialidade da área
• Riscos para o projeto
• Projetos similares e modelos de referência
• Cronograma de preparação e execução
• Custos previstos
• Capacidade de execução da próxima fase do projeto

A descrição geral compreende identificar os dados básicos do empreendimento


de forma textual e abranger um primeiro esboço do que será o projeto, destacando
os objetivos, público alvo, isto é, benefícios e beneficiários, se possível destacar
a tecnologia a ser aplicada estratégias de planejamento, construção e operação,
ainda em fase inicial e passível de revisão.

A Análise Preliminar compreende também a elaboração de um mapa de


localização do empreendimento contextualizado no município contendo a área

13
pretendida para o empreendimento e destacando outras estruturas relevantes para
avaliação territorial do projeto, como escolas, áreas comerciais, postos de saúde,
ou dados sobre o sistema viário e trânsito.

Um segundo mapeamento deve ser elaborado com objetivo de identificar um


polígono com a área diretamente afetada (ADA) potencial pela obra, isto é,
a área cuja ocupação será convertida ou haverá interferência que impedirá a
continuidade do uso atual. Sobre essa área deve ser consultada nas bases do
município a dominialidade – propriedade pública ou privada.

De forma isenta e responsável, o gestor deve apontar para a Análise Preliminar os


principais riscos para o projeto. Estes serão aprofundados e trabalhados para a
redução dos mesmos durante as fases seguintes de elaboração.

Quando o tipo de projeto possuir um desenho padrão já disponível no Manual


de Projetos ou no histórico da prefeitura este pode ser utilizado como modelo
e sugerido para compor o documento de Análise Preliminar. Considerando
que o projeto em questão não possua modelos relativos em São Bernardo do
Campo, e respeitando a dinâmica produtiva, o interesse político, a celeridade e
a disponibilidade de profissionais para estudos aprofundados, adotou-se que a
Análise Preliminar pode ser realizada sobre a apresentação de projetos similares
e modelos de referência. Estes devem responder minimamente a alguns
requisitos: 1- terem sido executados; 2- indicar o padrão de qualidade adotado;
3- definição de funcionalidades resultantes; 4- identificação e quantificação
de benefícios proporcionais estatisticamente adequados; 5- custos e prazos
proporcionais estatisticamente adequados.

A Análise Preliminar deve propor, com base em estudos próprios ou


compatibilizados com projetos similares apresentados, um cronograma de
preparação e execução do projeto. Entende-se como preparação as fases do FEL
até a contratação da obra, e como execução a temporalidade de implementação
do empreendimento até sua inauguração total. O mesmo deve ser realizado com
a previsão e análise dos custos previstos. Ainda que passíveis de revisão e com
ampla margem de erro esta quantificação inicial permite avaliar a ordem de
grandeza do investimento.

Para dar continuidade na condução do projeto o gestor deve informar se a


prefeitura tem capacidade de execução da próxima fase do projeto. Esta
resposta pode ser positiva, indicando que é possível realizar a fase FEL-2 do
projeto internamente ou indicar se será necessária a contratação parcial ou total
da preparação do estudo de alternativas que compreende o FEL-2.

14
Figura 3 Fluxograma de Elaboração
da Análise Preliminar e Aprovação
do Portão FEL-1

A apresentação de um projeto no nível FEL-1 depende exclusivamente do


desejo do gestor em estruturar um projeto com início meio e fim, ainda que de
forma bastante simplificada e baseado apenas em análises de semelhança e
proporcionalidade com outros projetos existentes.

Lembra-se que existem diferentes portes de projeto e que a maioria dos projetos
a serem tramitados se repetem ou são economicamente pouco relevantes. O
FEL-1 proposto permite que projetos sejam incluídos no fluxo de produção do
município de forma bastante ágil, apenas com a apresentação de dados gerais,
da localização e da avaliação de um projeto similar. Em casos de projetos mais
complexos e de grande porte, que são poucos, é natural que o município necessite
de contratação externa e de atender requisitos complementares de outros órgãos
a serem incorporados no FEL-2. Até a conclusão do FEL-1 este é um processo
completamente interno à prefeitura.

Claro que é favorável que sejam apresentados dados mais completos, mas isso
demandaria maior investimento de tempo e equipe em planejamento em uma
etapa inicial. Com a aplicação continuada e incorporada da metodologia esses
requisitos podem ser atualizados e melhor qualificados em função da capacidade
e interesse gerencial dos gestores municipais. Como a metodologia foi elaborada
inicialmente para empreendimentos privados, é possível que um especialista
não reconheça termos clássicos como “Declaração de escopo”, “Declaração de
objetivos do negócio”, contudo, esta adaptação visa permitir que a Metodologia
FEL seja incorporada e se desenvolva no tempo.

15
O documento de Análise Preliminar do FEL-1 visa, primeiro, registrar de forma
organizada e com dados mínimos a processo de elaboração de projetos pelo
município. Também os requisitos propostos permitem organizar e avaliar de
forma integrada os projetos no território. Por fim, é um documento orientador que
visa direcionar o estudo de alternativas previsto no FEL-2 a identificar alternativas
técnicas e locacionais com base na caracterização e objetivos propostos.

Ainda, no momento da tomada de decisão, o conjunto mínimo de dados propostos


permite ao secretário municipal decidir por devolver o projeto para melhor
definição, tendo em vista sua experiência, da qualificação, custos, benefícios e
riscos envolvidos, ou mesmo cancelar projetos que não atinjam padrões mínimos
que garantam viabilidade nas próximas etapas.

A percepção de um projeto através do documento de Análise Preliminar presente


no FEL-1 já permite ao secretário e ao prefeito estudar os alinhamentos político
institucionais propostos e o impacto no mercado local.

2.2.2 FEL 2 – Seleção de Alternativas - Definição do Projeto Conceitual

A segunda etapa do modelo administrativo proposto se refere aos documentos que


comprovem o processo de estudo de alternativas, a adequada seleção da melhor
alternativa, a avaliação de viabilidade econômica, social, ambiental, regulatória e
de gestão, os riscos, o modelo de contratação e a disponibilidade dos recursos.

Trata-se da elaboração de inteligência técnica suficiente para permitir e justificar


a seleção de alternativa e respaldar a tomada de decisão, consolidando o Estudo
de Viabilidade e Seleção de Alternativa. O primeiro passo nesse sentido é elaborar
um Plano de Trabalho.

O Plano de Trabalho corresponde à organização mínima e o apontamento de


critérios que devem ser explorados para a elaboração do Estudo de Viabilidade
e Seleção de Alternativa. Como existem diferentes portes e tipos de projetos, este
plano pode ser simplificado ou mais complexo. Propõe-se a elaboração e o uso de
um check-list de atividades mínimas. Nesse caso o check-list permite conhecer as
demandas que podem ser solicitadas, as quais um técnico pode identificar quais
são necessárias e devem compor o Estudo em questão.

O Check-list deve estar dividido em áreas de planejamento. A seguir é identificado


um esboço inicial do check-list para o Município de São Bernardo do Campo:

• Estudo de alternativas:
o Alternativas técnicas (tecnologias, métodos construtivos);
o Alternativas locacionais: Identificação de áreas alternativas;
o Solicitação de dados no Geoportal da prefeitura;
o Situação cadastral dos imóveis (propriedade, regularidade);
o Concepção e anteprojeto da alternativa selecionada.

• Estudo de impacto social:


o Análise de benefícios sociais valoráveis e intangíveis;
o Análise de risco à sociedade;
o Impacto sobre vulneráveis;
o Geração de emprego e renda;
o Considerações sobre acessibilidade;
o Inclusão de deficientes, gênero, racial, credo, orientação sexual, minorias.

• Estudo de viabilidade econômica:


o Orçamentos;
o Fontes alternativas de recursos e critérios de contratação;

16
o Valoração de benefícios econômicos;
o TIR (Taxa Interna de Retorno);
o VPL (Valor Presente Líquido);
o Payback Descontado;
o Análise de sensibilidade do investimento.

• Infraestrutura correlata:
o Consulta de disponibilidade e interferências em abastecimento, esgotamento,
eletricidade;
o Demais interferências (DAEE/DERSA/Congas/ Petrobras/Telefonia, etc);
o Adequação do sistema viário ao projeto (previsão de incremento de tráfego).

• Licenciamento ambiental:
o Consulta a órgão ambiental;
o Identificação de documentação e procedimentos para licenciamento;
o Análise preliminar de riscos e ações;
o Consulta demais órgãos (IPHAN, Graprohab, Corpo de Bombeiros etc).

Convertido no formato de um check-list os detalhamentos podem ser selecionados
conforme cada projeto. Por exemplo, um projeto de um ponto de ônibus requer:

• Estudo de alternativas:
o Alternativas locacionais: Identificação de áreas alternativas: Planta de
identificação do local.
o Situação cadastral do imóvel (propriedade, regularidade): propriedade da face
da calçada a ser implantada.
o Concepção e anteprojeto da alternativa selecionada: projeto padrão da
prefeitura

• Estudo de impacto social:


o Análise de benefícios sociais valoráveis e intangíveis: Benefícios do novo
ponto.
o Geração de emprego e renda; (se existente)
o Considerações sobre acessibilidade: Necessário

• Estudo de viabilidade econômica:


o Orçamentos: padrão da prefeitura
o Fontes alternativas de recursos e critérios de contratação: Fonte do recurso

• Infraestrutura correlata:
o Consulta de disponibilidade e interferências em abastecimento, esgotamento,
eletricidade: Se houver fundações no projeto.
o Demais interferências (DAEE/DERSA/Congas/ Petrobras/Telefonia, etc): Se
houver fundações no projeto.

• Licenciamento ambiental:
o Consulta órgão ambiental: isenção.

Em outros projetos mais complexos, como a construção de um novo viaduto,


tornam-se necessários outros elementos no Estudo de Viabilidade. No caso
apresentado anteriormente os estudos podem ser realizados integralmente pela
equipe da prefeitura, mas em casos mais complexos pode ser necessário realizar
contratações externas específicas.

Para cada elemento do Plano de Trabalho o técnico que define o escopo necessário
através do check-list deve apontar se a execução do Estudo deve ser realizada
internamente ou contratada. Em caso de realização interna, deve apontar o
departamento responsável e o prazo a ser realizado.

17
Em caso de contratação externa, deve apontar o departamento responsável pela
elaboração da contratação e o cronograma simplificado de licitação e realização
do serviço. Por exemplo, em um grande projeto viário talvez seja necessário
contratar empresa especializada para realizar o estudo de viabilidade econômica
de determinada obra.

O Plano de Trabalho permite ao gestor controlar o escopo necessário, responsáveis


pela execução de cada parte e cronograma de execução, inclusive quando há
necessidade de estudos externos.

Nesta etapa é possível que o técnico tenha que entrar em contato com órgãos
gestores de esferas privadas, ou estaduais e municipais para a obtenção de
informações. É necessário haver um aprendizado com os órgãos tanto sobre os
dados fornecidos, com a reunião dos mesmos de forma centralizada no Geoportal,
quando da dinâmica e temporalidade de acesso à informação.

Figura 4 Fluxograma de Elaboração


da Análise Preliminar e Aprovação
do Portão FEL-2

Com a realização dos estudos o relatório final deve apontar claramente a


alternativa selecionada e incluir considerações sobre o seguinte aspecto: Há
necessidade de incremento institucional para a regulação e gestão da preparação
do projeto, implantação e operação do mesmo? Também, é relevante considerar se
o momento político, social e de mercado estão adequados para o lançamento do
projeto.

Consolidado o Estudo de Viabilidade e Seleção de Alternativa que o gestor terá


condições de aprovar, descartar ou solicitar melhorias ao projeto. Novamente,
este gestor é o Secretário de determinada pasta, responsável por aprovar o
projeto e apresentar a atualização do status de andamento do projeto para o

18
Prefeito, demais secretários e, também, para a atualização no mapa de projetos
da Prefeitura. Esta é a aprovação mais relevante para o projeto e que define em
executar ou não um projeto. Novamente, sugere-se o fórum da reunião inter-
secretarial da prefeitura como espaço para apresentar o andamento do projeto.

2.2.3 FEL 3 – Engenharia Básica e Plano de Implantação do


Empreendimento

Com a consolidação de uma alternativa o FEL 3 tem por objetivo desenvolver esse
projeto selecionado em nível passível de implantação. Para a Prefeitura um projeto
passível de implantação é um projeto que pode ser contratado e gerenciado
de forma a garantir sua adequada execução. Em casos de grandes obras, são
os estudos que consolidam o objeto de contratação e viabilizam a elaboração
de proposta técnicas ou a descrição do objeto de compra a ser realizado pelo
município.

Em projetos simplificados ou que já possuam projetos padrão, há possibilidade de


realizar um procedimento simplificado, consolidando os documentos necessários
para o adequado processo administrativo de contratação como orçamentos,
termos de referência e edital.

Nos mesmos moldes do check-list aplicado para a elaboração do Plano de Trabalho


do FEL-2, nesta etapa também foi aplicado um modelo de ckeck-list, mais
complexo e com referência aos demais trabalhos elaborados no decorrer deste
manual de projetos.

O check-list é a base para a estruturação do Plano de Trabalho desta fase,


novamente, indicando para cada atividade o órgão ou departamento responsável
e a condição de elaboração interna ou contratação externa. Para cada atividade
identificada a seguir o técnico responsável pela elaboração do Plano de Trabalho
deve informar o cronograma e a previsão de custos e fontes orçamentárias para tal.

Em todos os procedimentos que seja necessária a contratação de um terceiro para


elaboração, o órgão ou departamento identificado é responsável por estruturar os
documentos de procedimento editalício, como termos de referência, orçamentos,
publicação, licitação, contratação, fiscalização dos trabalhos, avaliação e aprovação
dos resultados e consolidação junto ao documento em elaboração interna.

Fazem parte dessa etapa os seguintes conceitos:

Elaboração do Projeto Básico de Engenharia - incluindo todos os estudos


e levantamentos de dados que se façam necessários como de dados reais de
geologia, geotecnia, hidrogeologia, hidrologia, topografia e outros. O projeto
Básico deve permitir o detalhamento e definição do escopo em nível passível de
contratação, incluindo plantas específicas. Em caso de existência de um projeto
padrão no arquivo da prefeitura, é necessário aplicá-lo à condição proposta e
apresentar um projeto específico.

Quantificação e Orçamentação - o processo licitatório deve atender, em caso de


projetos simplificados, o detalhamento dos serviços e a quantificação, seja em
material, equipamentos, recursos humanos, incluindo a qualificação dos mesmos,
com no mínimo três orçamentos de mercado ou a aplicação da estratégia de
precificação por planilhas designadas pelo município.

Licenciamento Ambiental - nesta etapa preparatória para o processo licitatóio


a questão do licenciamento ambiental deve ser resolvida. Caso necessária a
elaboração de estudos completos de licenciamento como EIA/RIMA, ou estudos
mais simplificados, é nessa etapa que devem se desenvolver. O resultado esperado

19
não é apenas o documento pronto ou protocolado e sim, a emissão da licença
prévia (LP) e de instalação (LI) do empreendimento a ser contratado. Este, como
todos os demais tópicos, podem ser simplificados em função do tipo e porte de
projeto em elaboração.

Financiamento – em alguns projetos, é esta a hora de equalizar a fonte de


recursos e propor que o projeto seja financiado por recursos federais, estaduais
ou mesmo internacionais, reduzindo o impacto sobre os cofres municipais. Nesse
sentido é necessário manter os documentos de regularidade municipal em dia e
dentro dos critérios de transparência exigidos por lei.

É possível que a contratação da fonte de financiamento tenha que ocorrer em


diferentes momentos da elaboração do FEL. Isso depende de dois principais
fatores. Primeiro, a identificação e disponibilidade do agente financeiro. É possível
que um determinado agente seja captado e o processo de contratação acelerado.
É necessário haver flexibilidade nesse elemento já que o grau de oportunidade
deve ser considerado. Segundo o nível de exigência de projeto para contratação
aplicado pelo agente captado. É possível que determinado agente não exija um
aprofundamento de projeto como o disponível após o encerramento do FEL-2.
Neste caso, é possível antecipar o processo de contratação.

Por outro lado, é mais comum que o projeto esteja em andamento na fase de FEL-
3 e neste momento haja necessidade de “acelerar” e de “adequar” o projeto em
função das exigências de um órgão financiador. Em especial, é necessário para a
prefeitura manter boas relações com o executivo e o legislativo estaduais e federais
em busca de verbas. Nos ajustes necessários é importante registrar as alterações
do projeto original.

Gerenciamento e Fiscalização – também em função do porte do projeto, pode


ser necessário identificar e consolidar uma estratégia de fiscalização ou de
gerenciamento e fiscalização de obras. Esta decisão também pode ser influenciada
pelo agente financiador; existem aqueles que exigem a contratação externa de
uma entidade para realização desse tipo de serviço.

Quando houver, na equipe da administração pública, profissionais qualificados


e disponíveis para tal atividade não há necessidade de contratação externa,
sendo necessário, para o cumprimento dessa etapa, elaborar um projeto de
gerenciamento e fiscalização do contrato, que inclua minimamente os critérios
de medição, critérios de fiscalização, periodicidade de fiscalização e medição,
identificação dos profissionais ficais e responsáveis pelo gerenciamento do
contrato.

Processo Administrativo – a preparação e consolidação da contratação a


ser realizada depende da estruturação dos documentos de procedimento
administrativo da prefeitura e da fase de licitação. É necessário elaborar o Termo
de Referência, o edital específico, alocação orçamentária (LDO, LOA), empenho
dos recursos, avaliação jurídica, orçamentação, etc., conforme necessidade do
projeto.

A etapa de FEL-3 é bastante relevante para obter o resultado final esperado.


Quando mais recursos investidos nessa fase são melhores as chances de sucesso
do projeto. Trata-se de uma importante etapa para a agregação de valor à
oportunidade identificada no FEL-1 e o aprimoramento da alternativa selecionada
no FEL-2.

20
Figura 5 Fluxograma de Elaboração
da Análise Preliminar e Aprovação
do Portão FEL-3

Os produtos que geralmente fazem parte da elaboração do FEL-3 em grandes


obras são: desenhos, plantas, fluxogramas, estudos de localização, memoriais
de cálculo, planilhas de quantidades, enfim todas as informações da engenharia
baseada em índices e documentos gerados nos projetos conceitual e básico do
empreendimento. Todo esse trabalho visa subsidiar a elaboração do Plano de
Implantação do Empreendimento.

Nele constam, além dos elementos da engenharia básica, aqueles necessários


para se compreender e avaliar a estratégia de implantação do empreendimento.
Dados copilados como a disponibilidade do recurso financeiro, características
do financiamento, a avaliação econômica revisada, o licenciamento ambiental,
os trâmites administrativos encaminhados, são todos critérios necessários para
que o Secretário de determinada pasta seja capaz de tomar a decisão final de
contratação do projeto.

Novamente, sugere-se a apresentação do projeto revisado na reunião inter-


secretarial e com o Prefeito para promover o melhor resultado social e político do
projeto, além de atualizar os dados e situação na plataforma de acompanhamento.

O Plano de Implantação do Empreendimento contém o passo a passo, na forma de


um plano de ação, cronograma e compêndio dos documentos até aqui elaborados,
de tal forma que permite iniciar as aquisições e a materialização do projeto.

Para profundos conhecedores do sistema FEL é necessário ressalvar que a


metodologia aplicada não considerou elementos como declaração de escopo,
plano de compras, entre outros temas usualmente tratados, primeiro porque

21
trata-se de uma adaptação para projetos públicos e para a gestão pública,
descentralizada e com finalidade distinta à simples remuneração de capital,
considerando o interesse público e as relações políticas sociais, entre os entes
federados e disponibilidade de recursos.

2.2.4 FEL 4– Engenharia da Materialização do Empreendimento

Para que o projeto se torne realidade a prefeitura deve licitá-lo e a obra ser
realizada. Mesmo para obras de diferentes portes, o mesmo processo licitatório
deve ocorrer, contendo elementos básicos como a publicação da licitação, o
recebimento e avaliação das propostas e a adjudicação do vencedor. Diferentes
portes de projeto vão requerer diferentes tipos de contratação. Uma obra
simples que possui um projeto padrão da prefeitura, pessoal qualificado para a
fiscalização, isento de necessidade de licenciamento ambiental e com recurso
disponível por fonte com poucas exigências, pode resultar na contratação direta
da execução da obra com a emissão de uma Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) do empreiteiro, como na execução de um ponto de ônibus, por
exemplo.

Contudo, se o projeto é de grande porte e com demanda de gerenciamento e
fiscalização, há necessidade de fazer mais que uma licitação nessa etapa. Pode
ser necessário contratar o projeto executivo, o gerenciamento e fiscalização da
obra, campanhas de comunicação, planos de ação social, além da obra e todos
os desdobramentos usualmente a cargo dos empreiteiros, como monitoramento
ambiental da obra.

Não há necessidade de definição de projetos executivos durante a etapa de
FEL-3. Isso porque é muito comum que o construtor imponha a necessidade de
atualização do projeto. Métodos construtivos, estudos do sítio, entre outros, podem
sofrer alterações no decorrer das definições de implantação e é comum que haja
necessidade de revisão de projeto. Dessa forma, normalmente a contratação do
projeto executivo faz parte da etapa FEL-4, mas não há impeditivos para que a
contratação seja feita no FEL-3.

O pacote de obra contratado deve contemplar o melhor cenário de execução e
gerenciamento para a prefeitura. O gerenciamento se dará com base nos critérios
apontados no contrato, além de todos os requisitos técnicos, legais e normas, tanto
no que tange à obra em si, quanto em requisitos ambientais, laborais e sociais.
Faz parte, em grandes projetos, a necessidade complementar de ações sociais,
acompanhamento ambiental, análises laboratoriais complementares, ente outros,
que devem ser definidos para contratação.

A supervisão dos contratos e a fiscalização da obra são atribuições inerentes da
prefeitura. São delegadas apenas quando não há disponibilidade técnica para a
realização desse tipo de trabalho. São necessários para que o produto final a ser
entregue seja tecnicamente adequado e que o cronograma de obras proposto seja
seguido. A gerenciadora serve como uma intermediária no processo de negociação
e facilitadora na construção de entendimentos, sendo responsável por notificar os
executores em nome da prefeitura quando registradas não conformidades, atrasos,
etc.

Da mesma forma, é necessário que a própria prefeitura tenha capacidade de
monitorar os resultados recebendo relatórios simplificados e participando de
reuniões tanto com a gerenciadora quanto com a construtora, sempre salientando
que cada obra apresenta suas especificidades.

Por fim, o FEL não se encerra com a entrega da obra. O portão FEL 4 consolida,
então, a materialização do empreendimento, com os documentos necessários para

22
sua operação e manutenção futuras – Projeto “As Bult”, “Data Book de Execução”
(que consolida os procedimentos de inspeção e testes realizados durante a
construção, as não conformidades detectadas e suas soluções) e “Manuais de
Operação e Manutenção”. Faz parte, ainda do planejamento a emissão da Licença
de Operação.

Figura 6 Fluxograma de Elaboração


da Análise Preliminar e Aprovação
do Portão FEL-4

A etapa de materialização corresponde à última etapa do sistema FEL, mas


não à última etapa da vida de um projeto. Após a obra entregue, e aplicando os
manuais de operação e manutenção, passa a ser responsabilidade da prefeitura
o gerenciamento desse bem, inclusive, quando houver, sua operação. O
encerramento do FEL-4 deve prever o plano de operação e manutenção de tal
forma que outros procedimentos necessários sejam inclusos. Por exemplo, se o
projeto for a implantação de um parque, torna-se necessário contratar a vigilância
da área, equipe para a realização do Plano de manejo, entre outras atividades
previstas.

Todo o processo necessário para a materialização do projeto deve ser previsto no


Plano de Trabalho desta fase que inclua todas as etapas necessárias para que o
objetivo seja cumprido, desde a licitação da obra até os planos de manutenção. O
check-list para esta etapa inclui os itens já discutidos, mas não somente:

• Projeto executivo;
• Supervisão dos contratos e a fiscalização da obra;
• “As Built”;
• “Data Book de Execução”;
• “Manuais de Operação e Manutenção”.

Deve-se notar, no entanto, que as Fases FEL podem ser condensadas ou


suprimidas em função do porte e relevância do projeto. Existirão projetos, em
especial os de manutenção ou melhorias, que entrarão diretamente na fase FEL 4,

23
por se tratar de remodelações sobre ativos já existentes. Outros, como o projeto de
um novo corredor de ônibus, passarão por todas as etapas de implementação.
A entrada no FEL é única, através do FEL-1 para todos os projetos. No entanto, é
possível que determinado projeto tenha maior prioridade de tempo, por exemplo
e pode ser condensado em termos de produtos do FEL. O que é relevante é que
a documentação traga ao gestor público as garantias para a adequada tomada de
decisão quanto à tipologia do projeto, o empenho de recursos públicos e a garantia
de que os procedimentos burocráticos tenham sido cumpridos da melhor forma
possível.

2.3 RELATÓRIOS FEL

Propõe-se a institucionalização de seis relatórios obrigatórios que devem


produzidos ao longo do processo concretização de um projeto. Como resumo
geral, são marcos de fechamento e abertura das etapas FEL, funcionando como
mecanismos de tomada de decisão e planejamento. São estes:

Tabela 1 Relatórios FEL

O detalhamento do conteúdo mínimo exigido nestes relatórios, incluindo os


checklists citados, estão inclusos nas fichas de disciplinas presentes em anexo a
este manual e detalhadas em profundidade no capítulo 4. O manual considera
os relatórios FEL como disciplinas de projetos tão ou mais relevantes quanto
arquitetura ou estrutura de concreto, para citar dois exemplos. Deve-se considerar
o conteúdo exigido nas fichas de disciplinas citadas na tabela 1 como mandatárias
para a elaboração dos relatórios.

2.4 Adições ao Check-list

Para além das atividades mínimas propostas para os check-lists das etapas
FEL, o manual permite revisar estes marcos, incluindo novas exigências às
etapas, consequência das necessidades levantadas junto aos profissionais das
diversas secretárias da PMSBC ao longo do tempo. Periodicamente ou quando
se identificar uma necessidade premente, a PMSBC pode revisar o conteúdo
das fichas de disciplinas dos relatórios do FEL, acrescentando novas exigências
não previstas inicialmente no texto do manual. Tais revisões permitem uma
flexibilidade de gestão da prefeitura na gestão da estrutura FEL, possibilitando
ajuste rápidos assim que detectada uma falha ou possível melhoria no sistema
proposto.

Deste modo a consulta às fichas de disciplinas é necessária e fundamental sempre


que se inicia a elaboração de um novo relatório FEL.

24
CODIFICAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO

A definição de metodologia de codificação de documentos, através de sua


padronização, permite o acompanhamento do projeto, o correto arquivamento
dos documentos produzidos e suas premissas – incluindo documentos de
deferência como atas, contratos, ofícios, entre outros – para registro e controle,
permitindo fácil acesso, rastreabilidade, registro de cópias, atualização e controle
de alterações, bem como para validação e aprovação dos documentos recebidos.

3.2 METODOLOGIA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS

A gestão de documentos resume-se ao conjunto de procedimentos referentes a


produção, tramitação, incluindo uso e avaliação do documento, e arquivamento
visando o controle, recolhimento e posterior consulta do mesmo.

Aplicável aos documentos técnicos produzidos por empresas contratadas,


fornecedores, prestadores de serviços e pelos órgãos internos da Prefeitura, a
metodologia de gestão de documentos busca através da padronização dos códigos
de acervo, estabelecer rastreabilidade, facilitar arquivamento, ordenação, gestão
de informações e proporcionar a Prefeitura condições de atender às demandas
relacionadas à prestação de informações, seja demanda interna ou dos cidadãos.

Este procedimento objetiva padronizar a codificação de todos os documentos


técnicos, em papel ou meio eletrônico, relativos aos projetos e estudos técnicos
elaborados e desenvolvidos, visando permitir a Prefeitura de São Bernardo do
Campo controle e acompanhamento de toda documentação, seja produzida ou
recebida, de modo a unificar e sistematizar procedimentos.

3.2.1 PRODIGI e a Gestão de Documentos pelo número do Processo


Administrativo

A prefeitura utiliza uma solução eletrônica para gerenciamento de processos


administrativos chamada PRODIGI. O sistema dispõe de recursos de fluxos de
trabalho automatizados e visualização eletrônica de documentos e permite a
autuação e tramitação, tanto de processos físicos quanto digitais, bem como a
inclusão de peças processuais e o gerenciamento de documentos.

O processo administrativo, espécie do gênero processo de direito e cujas diretrizes


gerais são regidas pela Lei Federal n.º 9.784 de 29 de janeiro de 1999, é um conjunto
de atos sucessivos e concatenados praticados pela Administração Pública visando
satisfazer determinadas finalidade de interesse público.

Nestes termos, procedimento é o conjunto de formalidades que devem ser


observadas para a prática administrativa, desenvolvendo-se dentro de um
processo administrativo que, por sua vez, é o instrumento indispensável para o
exercício de função administrativa. Pois, tudo que a Administração Pública faz é
documentado em um processo, de modo que, toda decisão é precedida de uma
série de atos materiais e jurídicos, pareceres, laudos, o que for necessário para
fundamentar o ato objetivado. O PRODIGI supri tais necessidades, atribuindo
um número para cada processo administrativo, sendo ferramenta de gestão
importante para a PMSBC.

25
3.2.2 O Processo Administrativo como Dado-chave

Enquanto o número do processo administrativo é tido como crucial para gestão


e controle interno das secretarias, a inscrição imobiliária é importante para
compatibilização com histórico dos processos da respectiva inscrição e para
alocação geográfica. Deste modo, ambas informações necessitam estar presentes
em todos os documentos, dispostas com o intuito de agilizar o registro de entrada
dos documentos e consequentemente eventuais consultas. A figura 7 apresenta os
dados-chave para a estruturação da codificação dos documentos.

Figura 7 Afetação de Dados-chave

3.3 MANUAL DE CONTROLE DE DOCUMENTOS TÉCNICOS

Todo documento técnico, seja elaborado internamente pela prefeitura ou por


profissionais contratados, deve seguir as orientações elaboradas por este manual.
Qualquer condição especial ou inobservância dos padrões contidos somente
deverão ser admitidos mediante prévio consentimento da secretaria contratante e
responsável pelo projeto em questão.

3.3.1 Níveis de Codificação para Documentos Técnicos

A estrutura de codificação foi elaborada de modo a garantir interdependência


entre os níveis e seus grupos identificadores, sua estrutura de domínio pode ser
visualizada no diagrama da figura 8.

Figura 8 Níveis de Codificação

26
Dada a multiplicidade de projetos, produzidos ou contratados, no município
de São Bernardo do Campo, construiu-se uma classificação dos documentos e
estrutura de codificação versátil e flexível.

A codificação de documentos constitui-se de um conjunto alfanumérico


identificável e único, obtido pela ordenação de códigos de representação dos
grupos formadores em três níveis: objetivo, documento e emissão, respectivamente
níveis 1, 2 e 3, conforme apresentados na figura 9.

Figura 9 Codificação de Controle


de Documento Técnico

1º nível – Identifica o Objetivo;

Grupo 1: AAA - Sigla da Projeto para o qual o documento pertence;


Grupo 2: BB - Etapa de desenvolvimento do projeto;

2º nível – Identifica o Documento;

Grupo 3: CCC - Indicador de disciplina de projeto;


Grupo 4: DD - Sigla de categoria do documento técnico;

3º nível – Identifica a Emissão;

Grupo 5: EE - Sequencial de emissão;


Grupo 6: FF - Revisão do documento.

A opção por não incluir os dois dados-chave citados anteriormente (processo


administrativo e inscrição imobiliária) deu-se por dois motivos:

(i) uma codificação muito extensa poderia favorecer problemas, assim


como aumentar possibilidade de erro e consequentemente problemas de
padronização;
(ii) nem todo projeto possui um único processo e vice-versa, assim como nem
todo projeto possui uma única inscrição imobiliária e vice-versa.

Desta maneira a gestão dos documentos se dá utilizando o primeiro grupo


identificador: a sigla do projeto. A figura 10 demonstra tal organização.

Figura 10 Compêndio de Documentos


organizados pela Sigla Identificadora de Projeto

27
3.3.2 Sistema de Classificação de Diretórios para Arquivamento

Toda documentação e arquivos de projeto comumente serão entregues em suporte


físico e mídia digital, conforme estabelecido pela secretaria responsável, e a
estrutura dos diretórios organizada pela estrutura de codificação. A classificação
do diretório de base utiliza-se do nível 1 da codificação apresentada.

Figura 11 Classificação de Diretórios

Diretórios abaixo das etapas subdividem-se pelas disciplinas, nos quais devem
estar todos os documentos referentes àquela disciplina para respectiva etapa.
Estes organizados em sub-pastas cuja nomenclatura leva a codificação inteira,
excluindo-se apenas o identificador de revisão.

De modo que, todas as revisões – inclusive a final aprovada – devem ser


arquivadas na mesma pasta; desta forma possibilitando o acesso direto ao
histórico de desenvolvimento do projeto, agilizando a consulta e otimizando o
processo, minimizando possibilidade de dúvida quanto ao documento que, de
fato, é o mais atual ou o que está aprovado.

3.4 GRUPOS DE IDENTIFICAÇÃO

A conceituação dos grupos de codificação passa pelo desenvolvimento de


índices e listas de modo propiciar a catalogação através da padronização de
nomenclaturas.

3.4.1 IDENTIFICAÇÃO DE PROJETO

O primeiro grupo define o objetivo, o projeto para o qual o documento em


questão diz respeito.

AAA = Sigla com três caracteres adotados pelos projetos no acervo. Por exemplo,
o presente Manual de Apresentação de Projetos Urbanos do Programa de transporte
urbano de São Bernardo do Campo II tem como sigla identificadora em seus
documentos MAN.

Na existência de vários projetos com o mesmo nome, deve ser acordado o uso do
terceiro caractere como um numerador sequencial, por exemplo: MA1, MA2, etc.
As siglas de projeto devem compor uma lista geral unificada para conhecimento e
controle de todas as secretarias, de modo a evitar siglas duplicadas.

28
3.4.2 Identificador de Etapa

O segundo grupo enquadra o estágio de desenvolvimento do projeto.


BB = Código com dois caracteres estabelecido por lista pré-determinada. Por
exemplo, um Projeto Padrão desenvolvido para o presente Manual possui o código
de etapa E1, condizente a um projeto de Etapa Única. A Tabela 2 apresenta as 9
etapas possíveis para os projetos em geral.

Tabela 2 Etapas. *A relação da


E7 com a metodologia FEL varia
a depender da complexidade
e especificidade do projeto em
questão.

O identificador de etapa relaciona-se diretamente com a metodologia FEL de


gestão de processos adotada na elaboração deste Manual e detalhada no capítulo 2.

3.4.3 Identificador de Disciplina

O terceiro grupo identifica a disciplina do documento em questão, desenvolvido à


determinada etapa para o projeto objetivado.

CCC = Código com três caracteres (um alfabético e dois numerais) estabelecido
por índice das disciplinas de projeto específico realizáveis para os mais variados
escopos de projeto urbano para o município. Por exemplo, um Projeto Padrão de
Urbanismo-Mobiliário Urbano executado para o presente Manual terá a disciplina
U02, de modo que sua codificação – até o terceiro grupo – seria: MAN-E1-U02.

Ainda, caso o objeto não se insira em uma única disciplina pormenorizada ou por
exceções decorrentes à respectiva aplicabilidade, pode-se utilizar o identificador
geral da disciplina, por exemplo: E00 para um relatório técnico que trate de
sistemas elétricos de forma generalista. Estes casos devem ser submetidos e
aprovados pelo responsável do projeto junto a PMSBC.

O índice de disciplinas é adequável à inserção de novos itens pela possibilidade


de enquadrar-se disciplinas específicas desde 01 a 99, organizadas pela letra da
disciplina geral (A a Z). Deve ser mantido como um índice unificado e atualizado
quando necessário pelas secretarias. O índice apresentado na Tabela 3 deve ser
observado como exemplo, sendo necessário sempre que seja necessário codificar
um documento, consultar o índice atualizado presente nos anexos deste manual.

29
30
Tabela 3 Disciplinas (ver tabela
definitiva nos anexos deste Manual)

3.4.4 Identificador de Categoria de Documento

O quarto grupo identifica a categoria do documento do projeto.


DD = Sigla de dois caracteres determinando a categoria do documento, pré-
determinados e listados em índice. Por exemplo, para o desenho de um Projeto
Padrão de Projeto Padrão de Urbanismo-Mobiliário Urbano executado para o presente
Manual, a prancha de projeto padrão será identificada por PP, de modo que sua
codificação – até o quarto grupo – seria: MAN-E1-U02-PP

Assim como os outros indicadores, o índice é aberto a inserção de novos


documentos e, portanto, deve ser mantido atualizado e com conhecimento por
todas as secretarias. O índice apresentado na Tabela 4 deve ser observado como
exemplo, sendo necessário sempre que seja necessário codificar um documento,
consultar o índice atualizado presente nos anexos deste manual.

Tabela 4 Documentos

31
32
33
3.4.5 Identificador Sequencial

O quinto grupo numera os documentos de determinada categoria, disciplina,


etapa e projeto.

EEE = Numerador de três casas que identifica a sequência dos documentos. Por
exemplo, para o desenho do desenho 1 do Projeto Padrão de Urbanismo-Mobiliário
Urbano executado para o presente Manual, sua codificação – até o quarto grupo –
seria: MAN-E1-U02-PP-001.

No caso de o numerador passar de 999, deve-se utilizar código alfabético traduzido


por AAA, AAB, AAC e assim por diante até ZZZ.

3.4.6 Identificador de Revisão

O sexto e último grupo formador da codificação acompanha o progresso do


determinado documento.

FF = Código de progresso da revisão. Iniciando em 01 e no momento da aprovação,


a emissão final aprovada deverá ser 00. Por exemplo, a primeira emissão do
primeiro Projeto Padrão de Urbanismo-Mobiliário Urbano executado para o
presente Manual, sua codificação seria: MAN-E1-U02-PP-001-01.

Caso seja necessário revisar um documento aprovado e emitido em 00, utiliza-se o


sequencial A1, A2, A3 e assim por diante. Quando aprovado, a emissão final deverá
ser A0. Caso haja nova necessidade de modificação, adota-se B1, B2, B3 etc, com a
aprovação sendo B0. O raciocínio segue até a letra Z.

Deve-se fazer uma observação no documento em cada mudança de letra


indicando que não houve emissão de documento aprovado anteriormente.

34
DISCIPLINA
4.1 INTRODUÇÃO

A fim de melhorar a gestão dos projetos a serem realizados e prover aos órgãos de
execução de obras da PMSBC ferramentas atualizadas e padronizadas de controle
total de projetos, delimitou-se quatro frentes de atuação para a melhoria de gestão
de produtos e disciplinas:

1. Controle de processo de manutenção do projeto através da metodologia FEL,


discutido no capítulo 2;
2. Metodologia de gestão e controle de documentos através de padronização de
codificação, definido no capítulo 3;
3. Padronização de metodologia de orçamentação, abordada no capítulo 7.
4. Controle de conteúdo mínimo das disciplinas de projetos;

Neste capítulo será discutido o item número 4, relacionando as principais


disciplinas passíveis de serem utilizadas em um projeto. A estrutura em
disciplinas permite elaborar qualquer tipo de projeto em qualquer etapa, desde a
simples implementação de uma parada de ônibus, até os projetos de construção,
melhorias, ampliações ou restaurações de viários e estruturas existentes.

Com as 4 abordagens citadas, busca-se estabelecer diretrizes para o


desenvolvimento dos estudos e projetos urbanísticos, paisagísticos, engenharia
viária urbana e outros necessários ao MSBC, mapeando as fases de evolução
dos projetos, desde a concepção inicial (FEL 1), até a concretização do mesmo
(FEL 4), atribuindo objetivos, abrangência, níveis de detalhamento, documentos
necessários, procedimentos, responsabilidades e atribuições, padrões e critérios
de apresentação dos produtos.

4.2 ESTRUTURA DAS DISCIPLINAS

A partir das pesquisas bibliográficas, a experiência dos profissionais do consórcio,


os exemplos nacionais e internacionais observados e as necessidades levantadas
nas pesquisas e entrevistas elaboradas junto aos profissionais da PMSBC,
estipulou-se a sumarização básica para as disciplinas, cujos itens estão descritos a
seguir:

• Função: breve descrição da disciplina em questão;


• Normas, legislações e diretivas mínimas a serem observadas na elaboração da
disciplina;
• Notas: informações chaves que se fizerem necessárias;
• Documentos Técnicos mínimos necessários para análise e aprovação da
disciplina, tais como: Memorial de Cálculo (MC); Relatório Técnico (RT); Lista
de Materiais (LM);
• Desenhos Técnicos mínimo necessários para análise e aprovação da
disciplina;
• Documentos prévio e/ou complementares: lista de documentação mínima
necessária para elaboração da disciplina;
• Aprovações: descrição dos órgãos de licenciamento e aprovação;

As disciplinas estão editadas em formato ficha, que permite fácil acesso e revisão,
além de possibilitar acrescer novas disciplinas no futuro. As fichas apresentam o
conteúdo mínimo necessário para a elaboração de uma disciplina, mas não deve
35
ser entendido como regra, mas como orientação, já que cada projeto apresenta
suas especialidades, ficando a critério do projetista decidir as necessidades
inerentes ao projeto. Caso algum conteúdo exposto nas disciplinas não seja
necessário para o projeto, o responsável pelo mesmo deve justificar a ausência da
análise.

4.3 LISTA DE DISCIPLINAS

Tabela 5 Lista de Disciplinas

36
4.4 ESCOPOS

As instruções contidas nas disciplinas de projetos permitem a elaboração da


grande maioria dos projetos necessários à PMSBC.

Para o perfeito entendimento da estrutura proposta, o Manual propõe uma lista


mínima de disciplinas necessárias, divididas nas etapas FEL (1 a 4), no âmbito
de estudos e projetos urbanísticos, paisagísticos e de engenharia viária urbana
dentre outros. Os estudos e suas disciplinas mínimas estão disponíveis no anexo e
poderão sofrer modificações, portanto deve-se verificar a listagem atualizada.
Do mesmo modo os projetos não devem se ater apenas as listas apresentadas
podendo ser complementado dependendo da complexidade do projeto, decisão
compartilhada entre os responsáveis junto à prefeitura e as projetistas.

• Estudo para adequação de capacidade e segurança de vias existentes

1. FEL 1 – Análise preliminar


2. FEL 2 - Plano de Trabalho; Estudo Geotécnico; Estudo Geológico;
Levantamentos Topográficos; Estudo de Tráfego - Relatório de Impacto de
Trânsito; Geométrico; Levantamento da Condição de Superfície de Pavimentos;
Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final.
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Sinalização Horizontal; Sinalização Semafórica;
Sinalização Vertical; Dispositivos de Segurança; Geométrico; Drenagem;
Pavimentação; Urbanismo; FEL 3 - Relatório Final.
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Sinalização Horizontal; Sinalização Semafórica;
Sinalização Vertical; Dispositivos de Segurança; Geométrico; Drenagem;
Pavimentação; Urbanismo; Plano de Manutenção e Conservação.

• Projeto urbano e de engenharia para construção de obras novas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 - Plano de Trabalho; Estudo de Impacto de Vizinhança; Estudo
de Impacto Ambiental; Avaliação Estrutural e Projeto de Reabilitação do
Pavimento; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final.
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Projeto de Desapropriação; Interferências;
Levantamento da Condição de Superfície de Pavimentos; Inspeção de Obras
de Arte Especiais; Estudo Geotécnico; Estudo Geológico; Estudo Hidrológico;
Projeto Básico completo (inclui as disciplinas necessárias ao projeto executivo);
FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Arquitetura; Estruturas de Concreto; Sistemas
Elétricos e Mecânicos; Drenagem; Fundações; Estruturas de Contenção;
Pavimentação; Impermeabilização; Estrutura Metálica; Paisagismo e Projeto
Ambiental; Outras Estruturas; Sinalização; Comunicação Visual; Urbanismo;
Plano de Manutenção e Conservação; Plano de Operação.
37
• Projeto urbano e de engenharia para adequação de obras implantadas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 – Plano de Trabalho; Estudo de Impacto Ambiental; Estudo de
Impacto de Vizinhança; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Desapropriações; Interferências; Levantamento
da Condição de Superfície de Pavimentos; Avaliação Estrutural e Projeto de
Reabilitação do Pavimento; Inspeção de Obras de Arte Especiais; Estudo
Geotécnico; Estudo Geológico; Estudo Hidrológico; Projeto Básico completo
(inclui as disciplinas necessárias ao projeto executivo); FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Arquitetura; Estruturas de Concreto; Sistemas
Elétricos e Mecânicos; Drenagem; Fundações; Estruturas de Contenção;
Pavimentação; Impermeabilização; Estrutura Metálica; Paisagismo e Projeto
Ambiental; Outras Estruturas; Sinalização; Comunicação Visual; Urbanismo;
Plano de Manutenção e Conservação; Plano de Operação.

• Projeto urbano e de engenharia para restauração de obras urbanas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 – Plano de Trabalho; Estudo de Impacto Ambiental; Estudo de Impaco
de Vizinhança; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Desapropriações; Interferências; Levantamento
da Condição de Superfície de Pavimentos; Avaliação Estrutural e Projeto de
Reabilitação do Pavimento; Inspeção de Obras de Arte Especiais; Estudo
Geotécnico; Estudo Geológico; Estudo Hidrológico; Projeto Básico completo
(inclui as disciplinas necessárias ao projeto executivo); FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Arquitetura; Estruturas de Concreto; Sistemas
Elétricos e Mecânicos; Drenagem; Fundações; Estruturas de Contenção;
Pavimentação; Impermeabilização; Estrutura Metálica; Paisagismo e Projeto
Ambiental; Outras Estruturas; Sinalização; Comunicação Visual; Urbanismo;
Plano de Manutenção e Conservação; Plano de Operação.

• Projeto urbano e de engenharia para ampliação de obras urbanas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 – Plano de Trabalho; Estudo de Impacto Ambiental; Estudo de
Impacto de Vizinhança; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Desapropriações; Geométrico; Estudo
Hidrológico; Interferências; Levantamento da Condição de Superfície de
Pavimentos; Avaliação Estrutural e Projeto de Reabilitação do Pavimento;
Inspeção de Obras de Arte Especiais; Terraplenagem; Estudo Geotécnico;
Estudo Geológico; Estudo de Tráfego - Relatório de Impacto de Trânsito;
Levantamentos Topográficos; Projeto básico completo (inclui as disciplinas
necessárias ao projeto executivo); FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Arquitetura; Sinalização; Estruturas de Concreto;
Urbanismo; Drenagem; Fundações; Estruturas de Contenção; Pavimentação;
Estruturas Metálicas; Impermeabilização; Outras Estruturas; Paisagismo e
Projeto Ambiental; Acessibilidade; Iluminação e Força; Plano de Manutenção e
Conservação; Plano de Operação.

• Projeto urbano e de engenharia para construção de corredores de ônibus ou


faixas exclusivas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 – Plano de Trabalho; Estudo de Impacto Ambiental; Estudo de
Impacto de Vizinhança; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Desapropriações; Geométrico; Estudo
Hidrológico; Interferências; Levantamento da Condição de Superfície de

38
Pavimentos; Avaliação Estrutural e Projeto de Reabilitação do Pavimento;
Inspeção de Obras de Arte Especiais; Terraplenagem; Estudo Geotécnico;
Estudo Geológico; Estudo de Tráfego - Relatório de Impacto de Trânsito;
Levantamentos Topográficos; Projeto básico completo (inclui as disciplinas
necessárias ao projeto executivo); FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Comunicação Visual; Geométrico; Pavimentação;
Paisagismo e Projeto Ambiental; Urbanismo; Sinalização; Iluminação e Força;
Acessibilidade; Arquitetura; Estruturas de Concreto; Estruturas Metálicas;
Impermeabilização; Urbanismo; Plano de Manutenção e Conservação; Plano
de Operação.

• Projeto urbano e de engenharia para construção de ciclovias ou ciclofaixas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 2 – Plano de Trabalho; Arquitetura; Urbanismo; FEL 2 - Relatório Final
3. FEL 3 - Plano de Trabalho; Interferências; Estudo de Tráfego - Relatório de
Impacto de Trânsito; Levantamentos Topográficos; Projeto básico completo
(inclui as disciplinas necessárias ao projeto executivo); FEL 3 - Relatório Final
4. FEL 4 - Plano de Trabalho; Comunicação Visual; Geométrico; Pavimentação;
Paisagismo e Projeto Ambiental; Urbanismo; Sinalização; Iluminação e Força;
Acessibilidade; Arquitetura; Urbanismo; Plano de Manutenção e Conservação;
Plano de Operação.

• “as built” de obras urbanas

1. FEL 1 - Análise preliminar


2. FEL 4 - Plano de Trabalho; Projeto executivo completo elaborado para a obra
(Arquitetura; Estruturas de Concreto; Desapropriações; Fundações; Drenagem;
Estruturas de Contenção; Pavimentação; Estruturas Metálicas; Outras
Estruturas; Geométrico; Terraplenagem; Sinalização; dentre outros); Projeto
Ambiental; Cobertura e Restituição Aerofotogramétrica; Levantamentos
Topográficos; Plano de Manutenção e Conservação; Plano de Operação.
Observação: Os procedimentos a serem adotados na elaboração do "as built",
resultado da conclusão de obras urbanas, incluem um acompanhamento
efetivo da obra e um registro das características implantadas efetivamente.
Deste modo, tal serviço deve estar previsto desde o início no plano de trabalho
e o acompanhamento deve ser registrado Relatórios Técnicos (RT) de execução
para cada disciplina, que deverão ser compilados para a elaboração do "as
built".

4.5 MATERIAL DE APOIO

O material de apoio, composto por exemplos de Disciplinas de Arquitetura,


Drenagem, Sinalização, Urbanismo, dentre outros, está incluso no ANEXO A
disponível em formato digital.

39
APRESENTAÇÃO DE
CONTEÚDO EM FORMATO
PADRONIZADO
5.1 INTRODUÇÃO

A padronização de formatos visa proporcionar à PMSBC a uniformização de toda


a Documentação Técnica através da padronização do layout das documentações
técnicas e burocráticas, que subsidiarão toda a área técnica interna a prefeitura,
bem com os projetistas e assessorias técnicas contratadas.

A padronização contemplará os formatos padrões de desenho, layers, textos,


dimensões, carimbos, penas entre outras informações que otimizem o trabalho.

5.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A elaboração dos formulários padronizados adota como software de referência a


plataforma AutoCAD ou compatível para documentação técnica em formato de
desenho e o Word ou compatível para documentação técnica em formato de texto.

Outros aplicativos poderão ser utilizados para a elaboração dos projetos, desde
que assimilem integralmente o conteúdo desta instrução e que permita exportar o
arquivo final em formato .dwg, sem alteração de qualquer elemento gráfico, desde
que este procedimento seja previamente aprovado pela PMSBC.

5.3 PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

Com o objetivo de padronizar a elaboração de documentos técnicos e desenhos no


âmbito da Prefeitura de São Bernardo do Campo. Tal padronização contempla os
formatos padrões tanto de arquivos digitais quanto físicos de todos os documentos
elaborados pela PMSBC ou projetistas contratadas.

5.3.1 Documentos Técnicos

Adota-se como software de referência o Microsoft Office Word para documentação


técnica em formato de texto, sendo obrigatório a entrega de toda a documentação
editável em versão compatível com Office 2010 ou inferior. Versões mais atuais
podem ser utilizadas desde que previamente acordadas com a PMSBC.

5.3.1.1 Padronização de fonte

De modo geral, a formatação de textos varia de acordo com o elemento textual,


por exemplo, para o corpo de texto de relatórios ou memoriais, deverá ser
utilizada a fonte “ARIAL”, em tamanho 12 com espaçamento simples, enquanto o
título será em “ARIAL”, em tamanho 12, caixa alta e em negrito.

Desse modo, o padrão de fonte adotada é “ARIAL”, no entanto, outras fontes


poderão ser adotadas desde que sejam previamente autorizadas pela PMSBC ou
sigam as seguintes observações.

• Para fontes sem serifa ou bastonadas, deve ser usada a família helvética
(exemplo: helvética e verdana);
40
• Para fontes com serifa, deve ser usada preferencialmente as fontes da família
times (exemplo: times new roman e garamond).

5.3.2 Desenhos Técnicos

Adota-se como software de referência o Autodesk AutoCAD para documentação


técnica em formato de desenho, sendo obrigatório a entrega de toda a
documentação em formato digital “dwg”, acompanhada de formato pronto para
impressão, em “pdf”.

A documentação em “dwg” deverá ser entregue em versão compatível com


AutoCAD 2010, como padrão. No entanto, recomenda-se consultar a secretaria
para qual o arquivo se destina para verificação, pois, pode ser necessária uma
entrega duplicada de arquivos: um conforme o padrão citado e outro em versão
compatível com AutoCAD 2007.

Ainda assim, versões mais atuais podem ser utilizadas desde que previamente
acordadas com a PMSBC e a depender da complexidade do projeto.

5.3.2.1 Letras e algarismos

Os padrões de Escrita Técnica apresentados para o desenvolvimento dos desenhos


e projetos seguem, notadamente, as normas ABNT 6492 e 8402. Assim, as
tipologias de fonte utilizadas devem ser o mais simples e sem serifas, de forma a
assemelha-se ao que consta nas normas citadas.

Portanto, adota-se como padrão as fontes “ARIAL” e “ROMANS”, comumente


utilizadas em ambiente CAD. Outras fontes poderão ser adotadas desde que
previamente autorizadas pela PMSBC e, também, em uma mesma prancha/folha
de projeto, poderão ser utilizadas mais do que uma tipologia de fonte.

Para a correta utilização em programas CAD, é fundamental atentar que as


normas estabelecem alturas de letras e algarismos levando em consideração a
altura impressa, consequente sua relação com a escala do desenho.

Como os textos e cotas são inseridos no Model Space (no caso do AutoCAD) é
necessário configurar as alturas dos mesmos ao se criar um “Text Style“(estilo de
texto) e configurar o “Text Height” (altura do texto) de acordo com a escala que
o desenho será impresso/plotado. Assim, por exemplo, um texto que precisa ser
impresso com 3,0 mm de altura na escala 1:500 precisará ser desenhado no Model
Space com Text Height de 0.15.

Deverão ser observado as seguintes alturas para letras e números:

• Recomenda-se altura mínima impressa de 2,0 mm ou, no caso de aplicação


simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, de 3,5 mm.
• Como padrão recomenda-se utilização de letras e algarismos com altura de
2,0 mm, 2,5 mm, 3,0 mm, 3,5 mm, 4,0 mm, 4,5 mm e 5,0 mm.
• Habitualmente não são utilizadas mais do que três alturas para textos, cotas e
indicações em uma mesma prancha/folha de desenho.

Tratando de cotas, é também necessário configurar um “Dimension Style” (estilo de


cota) para cada escala de desenho.

5.3.2.2 Padrão de Penas e Cores

Em todas as disciplinas de projeto deverá ser adotado o arquivo de plotagem (plot


style) PADRÃO_PMSBC.CTB.

41
Tabela 6 Padrão de Nomenclatura
e Layers

5.3.3 Nomenclatura de Layers

Os elementos de desenho devem ser apresentados em layers adequados aos


assuntos e respectivas necessidades técnicas específicas das disciplinas de projeto
para facilitar compatibilização, alteração e eliminação. Deve-se evitar a criação de
número excessivo de layers, sempre que possível, pois tal procedimento dificulta
manipulação e pode induzir a erros.

Os formatos disponibilizados pela PMSBC para projetistas possuem layers


pré-definidos que garantem a padronização dos formatos e das legendas,
que apresentam estilos de preenchimento também pré-definidos. É possível
acrescentar os layers que se fizerem necessárias pelo projetista. No entanto, deve-
se preservar a estrutura de nomenclatura e penas pré-estabelecidas.

Os nomes dos layers deverão seguir a estrutura apresentada abaixo, precedidos


sempre no primeiro campo pela letra identificadora da disciplina de projeto,
separados por um underline. Para a descrição pede-se um mínimo de três
caracteres, ficando a critério do usuário sua extensão, priorizando a clareza para
identificação.

Tabela 7 Padrão de Nomenclatura


e Layers

42
A codificação das principais disciplinas de projeto é apresentada na tabela a
seguir:

Tabela 8 Letra Identificadora de


Disciplinas de Projeto

5.4 FORMULÁRIOS PADRONIZADOS

5.4.1 Formatos de Documentação Técnica

Deverão ser adotados os seguintes formatos padronizados na elaboração da


documentação técnica:

• Formato desenho em CAD - tamanho ABNT-A0


• Formato desenho em CAD - tamanho ABNT-A1
• Formato desenho em CAD - tamanho ABNT-A2
• Formato desenho em CAD - tamanho ABNT-A3 – caso necessário, pode ser
adotado o padrão estendido, desde que previamente acordado com a PMSBC.
• Formato desenho em CAD - tamanho ABNT-A4
• Formato Documento técnico - tamanho ABNT-A4 - folha de rosto e de
continuação
• Formato Memorando de Remessa - MR - tamanho ABNT-A4
• Formato Relatório de Verificação - RV - tamanho ABNT-A4
• Formato Índice de Documentos – ID – tamanho ABNT-A4

Os formatos descritos acima seguem a norma NBR-10068 - Folha de Desenho,


Leiaute e Dimensões.

Os desenhos (DE) poderão ser apresentados em formato de prancha A3 até A0, no


entanto, deve-se priorizar sempre que possível a apresentação em formato A1. Já
os documentos técnicos em forma de texto deverão ser elaborados em formato A4
– formato documento técnico.

43
A seguir serão apresentadas a documentação técnica proposta e orientações para
sua utilização. Os formatos padronizados serão disponibilizados em formato
digital aos projetistas conforme figuras apresentadas neste documento.

5.4.2 Critério Geral de Utilização

5.4.2.1 Estilos e Formatação

Os formatos padronizados deverão seguir os estilos de formatação configurados e


apresentados no arquivo .dwg de Formatos, incluso na cópia digital deste manual.

5.4.2.2 Carimbos Padronizados

Os desenhos técnicos deverão adotar legenda padronizada, compostas por campos


com aplicações específicas conforme exemplificado na figura abaixo:

Figura 12 Exemplo de Formato


Padronizado de Desenho

44
5.4.3 Campos do Documento Técnico e respectivas Indicações de
Preenchimento

Deverá constar no documento técnico:

• Carimbo institucional;
• Carimbo do emitente;
• Carimbo da assessoria técnica;
• Carimbo da contratante;
• Área de conteúdo do documento técnico;
• Área de documentos de referência;
• Área de histórico de revisões.

Figura 13 Campos de
Preenchimento do Documento
Técnico

45
5.4.3.1 Carimbo Institucional

Área do documento técnico reservada à identificação do documento técnico,


descrição do projeto contido no documento e codificação específica.

Figura 14 Carimbo Institucional

A. Projeto – área reservada a identificação do empreendimento.


B. Objeto – descrição do objeto do projeto em questão.
C. Título – descrição do conteúdo contido no documento.
D. Secretaria – identificação da secretaria em que o documento se aplica.
E. Processo – identificação do processo administrativo
F. Arquivo – identificação do código para arquivo digital.
G. Folha – indicação do número da folha.
H. Código – identificação do documento conforme código padrão da PMSBC.
I. Local – descrição da localização do projeto em questão
J. Região – Identificação de qual das localidades do município que o projeto se
insere. Ver Tabela 17. No caso de geral para o município, identificar com a sigla
“SBC”.
K. Inscrição – identificação da inscrição imobiliária
L. Escala – identificação da escala adotada em que o desenho está desenhado.
No caso de existirem desenhos com escalas distintas, utilizar o termo “IND.”.
Neste caso os desenhos que compõe a folha devem ter indicação de escala
individualizada.
M. Data – data da emissão
N. Revisão – indicação da revisão em que se encontra o documento.

46
Tabela 9 Índice do Campo Região

5.4.3.2 Carimbo da Emitente

Área do documento técnico reservada à identificação da emitente (nome da


empresa ou logo), bem como a verificação e aprovação do documento por parte
dos responsáveis técnicos do contrato. A inclusão de logotipo no espaço indicado
no carimbo é aceitável desde que sejam mantidos o nome e a assinatura do
projetista e utilize-se apenas escalas de cinza em sua composição.

Figura 15 Carimbo da Emitente

47
A. Área reservada à identificação da responsável pela elaboração do desenho
técnico. Podendo ser preenchido com a inserção de logo ou nome.
B. Contrato – Deve ser preenchido com o código correspondente ao Contrato a
que se refere o documento.
C. Ordem de Serviço – Deve ser preenchido com o número da ordem de serviço
emitida pela PMSBC, referente ao Contrato e ao documento.
D. Campo de identificação do responsável técnico da Projetista que responde pela
verificação documento técnico. No campo deve conter o nome do profissional (no
arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da verificação.
E. Campo de identificação do responsável técnico da Projetista responsável pela
aprovação do documento técnico. No campo deve conter o nome do profissional
(no arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da verificação.

5.4.3.3 Carimbo da Assessoria Técnica

Área do documento técnico reservada à identificação da assessória técnica


do contrato (nome da empresa ou logo), bem como a verificação e aprovação
do documento por parte dos responsáveis técnicos do contrato. A inclusão de
logotipo no espaço indicado é aceitável desde que sejam mantidos o nome e a
assinatura dos consultores e utilize-se apenas escalas de cinza em sua composição.

Figura 16 Carimbo da Assessoria


Técnica

A. Área reservada à identificação da empresa responsável pela assessoria técnica.


Podendo ser preenchido com a inserção de logo ou nome.
B. Contrato – Deve ser preenchido com o código correspondente ao Contrato a que
se refere o documento.
C. Ordem de Serviço – Deve ser preenchido com o número da ordem de serviço
emitida pela PMSBC, referente ao Contrato e ao documento.
D. Campo de identificação do responsável técnico da Assessoria Técnica que
responde pela verificação documento técnico. No campo deve conter o nome do
profissional (no arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da
verificação.
E. Campo de identificação do responsável técnico da Projetista responsável pela
aprovação do documento técnico. No campo deve conter o nome do profissional

48
(no arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da verificação.

5.4.3.4 Carimbo da Contratante

Área do documento técnico reservada à identificação da contratante (nome


ou logo), bem como a verificação e aprovação do documento por parte dos
responsáveis técnicos da PMSBC. A inclusão de logotipo no espaço indicado é
aceitável desde que sejam mantidos o nome e a assinatura dos responsáveis e
utilize-se apenas escalas de cinza em sua composição.

Figura 17 Carimbo da Contratante

A. Área reservada à identificação da empresa contratante. Podendo ser preenchido


com a inserção de logo ou nome.
B. Contrato – Deve ser preenchido com o código correspondente ao Contrato a
que se refere o documento.
C. Ordem de Serviço – Deve ser preenchido com o número da ordem de serviço
emitida pela PMSBC, referente ao Contrato e ao documento.
D. Campo de identificação do responsável técnico da PMSBC que responde pela
verificação documento técnico. No campo deve conter o nome do profissional (no
arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da verificação.
E. Campo de identificação do responsável técnico da PMSBC responsável pela
aprovação do documento técnico. No campo deve conter o nome do profissional
(no arquivo eletrônico), assinatura (no documento original) e data da verificação.

49
5.4.3.5 Área de Documentos de Referência

Área onde são relacionados os documentos de referência necessários à


compreensão do documento técnico.

Figura 18 Área de Documentos de


Referência

A. Indicar o código da PMSBC ou código do emitente dos documentos de


referência utilizados como base para elaboração do conteúdo técnico do
documento.
B. Indicar o objeto dos documentos de referência utilizados.

5.4.3.6 Área de Histórico de Revisões

Área reservada à descrição das revisões efetuadas e seus objetivos.

Figura 19 Indicação do
Preenchimento do Histórico de
Revisões

50
A. Campo destinado à identificação das revisões efetuadas no documento.

• As revisões no decorrer do processo de análise e aprovação serão


identificadas por abreviação “REV” seguida por algarismo “1” para a primeira
emissão, “2” para a segunda, e assim por diante.
• Quando esgotados os campos para identificação das revisões utiliza-se o
critério de apagar as revisões mais antigas.
• A aprovação do documento deverá ser identificada como revisão “0” (zero)
• Caso haja necessidade de revisão em documentação aprovada em revisão
“0”, utiliza-se a abreviação “REV” seguida pela letra e número “A1” para a
primeira revisão, “A2” para a segunda, e assim por diante. Na aprovação de tal
documento, utiliza-se a letra “A”.
• Caso haja necessidade de revisão em documentação aprovada em revisão
“A”, utiliza-se a abreviação “REV” seguida pela letra e número “B1” para a
primeira revisão, “B2” para a segunda, e assim por diante. Na aprovação de tal
documento, utiliza-se a letra “B”. O procedimento se repete para aprovações de
documentos em revisão “C” e subsequentes.

B. Campo reservado para descrição resumida do que foi alterado em cada revisão.

•Não será permitido o uso dos termos “Revisão Geral” e “Conforme


Comentários”.

C. Área destinada a inserção da data do documento.


D. Área destinada a identificação do projetista.

5.4.3.7 Plantas Chaves e Notas

As plantas chaves e notas gerais de qualquer natureza serão posicionadas,


preferencialmente, junto à margem direita e acima do carimbo.

5.4.3.8 Outros Critérios

Todo documento técnico deverá respeitar o formato padronizado.

Caso algum campo do formato padronizado não se aplicar ao documento técnico,


o respectivo campo deverá permanecer sem preenchimento.

5.4.4 Formato do Documento Técnico A4

O formato usado em textos, como: Memoriais de Cálculo, Memoriais Descritivos,


Relatórios Técnicos entre outros, será composto de uma folha de rosto e folhas de
continuação, tantas quantas forem necessárias, conforme exemplo a seguir:

51
Figura 20 Formato do Documento
Técnico em A4
5.4.4.1 Preenchimento do Carimbo do Documento Técnico
Os campos de preenchimento do carimbo do documento técnico assemelham-se
aos apresentados nos carimbos do desenho técnico.

Figura 21 Indicação do
Preenchimento da Capa de
Documento Técnico

52
A. Carimbo com preenchimento semelhante ao do desenho técnico
B. Área reservada à identificação da empresa e do projetista responsável pela
elaboração do desenho técnico, o código correspondente ao Contrato a que
se refere o documento e o número da ordem de serviço emitida pela PMSBC,
referente ao Contrato e ao documento. No campo de verificação deve conter o
nome do analista, sua assinatura e a data da verificação. No campo de aprovação
deve conter o nome do responsável, sua assinatura e a data da aprovação.
C. Área reservada à identificação da empresa e profissional responsável pela
assessoria técnica, o código correspondente ao Contrato a que se refere o
documento e o número da ordem de serviço emitida pela PMSBC, referente ao
Contrato e ao documento. Campo de identificação do analista da Assessoria
Técnica responsável pela verificação do documento técnico. No campo de
verificação deve conter o nome do analista, sua assinatura e a data da verificação.
No campo de aprovação deve conter o nome do analista, sua assinatura e a data da
aprovação.
D. Área reservada à identificação da empresa contratante, o código correspondente
ao Contrato a que se refere o documento e o número da ordem de serviço emitida
pela PMSBC, referente ao Contrato e ao documento. No campo de verificação deve
conter o nome do analista, sua assinatura e a data da verificação. No campo de
aprovação deve conter o nome do analista da PMSBC responsável pela aprovação
do documento técnico, sua assinatura e a data da aprovação.

5.4.4.2 Preenchimento dos Campos de Referência, Documentos


resultantes e Observações

Figura 22 Indicação do Preenchimento


do Campos de Referência, Documentos
Resultantes e Observações

A. Documentos de Referência – devem ser indicados os documentos técnicos,


inclusive de fornecedores e de sub-fornecedores, normas técnicas, especificações
e demais documentos que serviram de base para a elaboração do documento em
pauta.
B. Documentos Resultantes – devem ser relacionados os documentos a serem
elaborados a partir do documento em pauta, tomando como base inicial do Índice
de Documentos.
C. Observações – quaisquer notas pertinentes à utilização do documento.

53
5.4.4.3 Preenchimento do Carimbo da Folha de Continuação

Figura 23 Indicação do
Preenchimento do Folha de
Continuação

A. Identificação do documento conforme código padrão da PMSBC, com código,


data de emissão e número da folha com número total de folhas que com compõem
o produto.
B. Emitente – Área reservada à identificação da empresa e do projetista
responsável pela elaboração do desenho técnico.
C. Assessoria Técnica – Área reservada à identificação da empresa e profissional
responsável pela assessoria técnica.
D. Contratante - Área reservada à identificação da empresa contratante e analista
da PMSBC responsável pela assessoria técnica.

5.4.5 Formato MR – Memorando de Remessa de Documentos Técnicos

Figura 24 Formato do Memorando


de Remessa

54
5.4.5.1 Preenchimento

Figura 25 Indicação do
Preenchimento do MR

A. Identificação do documento conforme código padrão da PMSBC, com código,


revisão, data de emissão e número da folha com número total de folhas que com
compõem o produto.
B. RV – Número sequencial do Relatório de Verificação.
C. Tipo – Código referente ao Documento do Relatório de Verificação.
D. Título – identificação do título do documento técnico.
E. Código – identificação do código do documento técnico.
F. Revisão – indicação do número da revisão em que se encontra o documento.
G. Situação – Informar o Conceito de Situação.

Conceito de Situação:

• (Z) Aprovado
• (X) Não aprovado
• (Y) Aprovado com comentários
• (W) Anulado

H. Finalidade – Informar o Conceito de Finalidade.


Conceito de Finalidade:

• (A) Para conhecimento: documento enviado para conhecimento


• (B) Conforme solicitado: documento enviado por solicitação
• (C) Para comentário: documento enviado para comentar
• (D) Para aprovação: documento enviado para aprovação
• (E) Acrescentar revisão: documento enviado para revisão
• (F) Arquivar revisão: documento enviado para arquivamento final
• (G) Anular: documento enviado para anulação

Quando as áreas responsáveis enviarem um documento técnico para uma área


externa devem ser utilizadas as finalidades A e E. As demais finalidades devem
ser utilizadas quando as áreas externas enviarem documentos técnicos para as
áreas responsáveis.

I. Cópias – Indicar o número de cópias que estão sendo enviada pelo MR.
J. Original – Indicar se o documento é original ou não – adote S para “sim” e N
para “não”.
K. Observações – Inserir informações pertinentes ao documento técnico.

5.4.6 Objetivo Formato RV – Relatório de Verificação

É o formulário utilizado para o registro do resultado de análise do documento


técnico. O documento em questão pode conter eventuais comentários e
solicitações de ações de revisão.

55
Figura 26 Formato do RV

5.4.6.1 Preenchimento

Figura 27 Indicação do
Preenchimento do RV

56
A. OS – Indicar número referente a Ordem de Serviço do projeto.
B. Identificação do documento conforme código padrão da PMSBC, com código,
data de emissão e revisão do RV.
C. De – identificação da área emissora.
D. Para – identificação do seu destinatário.
E. Responsável Técnico – Identificação do Responsável Técnico responsável pela
aprovação do Documento Técnico.
F. Indicar a data da aprovação do Documento Técnico.
G. Objeto – descrição do conteúdo contido no documento.
H. Inserir código do Documento Técnico objeto do Relatório de Verificação
I. Revisão – Indicar do número da revisão do documento objeto do RV.
J. Anexo ao Memorando de Remessa – Indicar o número de Remessa onde
documento consta objeto consta
K. Indicar a data da emissão do documento objeto do RV.
L. Indicar se o documento técnico objeto do Relatório de Verificação encontra-se
APROVADO ou NÃO APROVADO.

O documento é considerado aprovado quando:

• Aprovado – não há comentários, o documento está liberado para uso.


• Não aprovado – há comentários e o documento técnico não está liberado para
uso

M. Motivos – área destinada aos comentários resultantes da análise técnica


levando em consideração os seguintes pontos:

• os comentários devem ser feitos de forma clara e objetiva pra serem


perfeitamente compreendidos e aplicados; é desejável também a inserção
de dados, parâmetros, normas técnicas e demais documentos que sirvam de
referência para o pleno atendimento dos comentários;
• havendo alternativas possíveis, estas devem ser indicadas nos comentários,
acrescentando-se observação que deixe claro que a solução final é de escolha
do emitente do documento técnico, assumindo a responsabilidade técnica pela
decisão;
• havendo muitos comentários pode-se optar pela indicação dos mesmos
no corpo do próprio documento técnico em questão. Neste caso, deverá ser
registrado no RV que “os comentários estão no corpo do documento técnico em
anexo”;
• Não é permitido frases de caráter genérico, como “executar revisão geral”.

57
5.4.7 Formato ID – Índice de Documentos

É o documento que relaciona os documentos técnicos de um


projeto e sua situação de forma ordenada.

Figura 28 Formato do ID

5.4.7.1 Preenchimento

Figura 29 Indicação do
Preenchimento do ID

58
A. Área de identificação do documento com código, revisão, data de emissão e
número da folha e do número total de folhas que compõem o produto. Deve-se
apontar a primeira emissão e as últimas 3 revisões realizadas.
B. Código – identificação do código do documento técnico listado.
C. Título – identificação do título do documento técnico listado.

5.5 PROCEDIMENTO PARA USO DOS FORMATOS PADRÃO

5.5.1 Objetivo

Esse procedimento propõe orientar a apresentação da documentação técnica


dos Projetos Básicos e Executivos elaboradas em formato .dwg, no que se refere
aos originais executados nos formatos padronizados de prancha A3 a A1. Todos
os arquivos deverão ser desenvolvidos utilizando o formato padrão estabelecido
neste capítulo, que contém critérios gerais de formatação, penas, estilos, legendas,
blocos, convenções gráficas e selos de desenhos.

5.5.2 Critérios e Diretrizes Básicas de Utilização

Além dos critérios dos formatos padrão indicados nas seções anteriores,
também deverão ser seguidos os seguintes critérios e diretrizes, para atender a
padronização das informações constantes nos campos preestabelecidos.
Estarão disponíveis no anexo B os arquivos padronizados para documentos (em
formato .doc) e desenhos (em .dwg).

Para os desenhos técnicos, o arquivo em .dwg possui folhas padronizadas no


formato A4 a A0, que podem ser utilizados conforme passo a passo abaixo de
abertura e utilização do arquivo em ambiente digital CAD:

• Abrir usando o comando “File” > “Open”;


Nota 1: Não deve ser usado o comando “File” > “New”.

• A partir do arquivo .dwg recebido, escolher o tipo de Leiaute que irá utilizar
nas abas com a denominação da folha (A4 a A0) e seus respectivos Carimbos
correspondentes.
Nota 2: Layers, estilo de dimensões e textos já estão estabelecidas.

• As escalas da prancha não devem ser alteradas


• Não deve utilizar o comando “explode” nos blocos padronizados.
• Separar todas as linhas do desenho em layers correspondentes
• Qualquer alteração ou sugestão de alteração dos padrões ou dúvidas quanto
a utilização pode ser encaminhada ao membro da organização correspondente
à área de atuação.

5.5.3 Nomeação de Documentos em Formato Digitais

Os documentos devem ser nomeados quando salvos em versão digital utilizando


o código de referência da PMSBC. Os campos que compõe o código devem ser
separados por um traço “-“. Não serão aceitos documentos que não atendam a esse
requisito.

5.6 MATERIAL DE APOIO

O material de apoio, composto por exemplos de Índice de Documentos,


Memorando de Remessa, Relatório de Verificação, dentre outros, está incluso no
ANEXO B disponível em formato digital.

59
PROJETO PADRÃO
6.1 INTRODUÇÃO

Para atendimento aos interesses do município, as exigências e as melhores práticas


do mercado, foram desenvolvidos projetos-padrão passíveis a padronização para
diversos dispositivos usados em infraestrutura urbana em diferentes situações.
Este procedimento tem como objetivo especificar uma série de biblioteca que sirva
como base para realização de todos os projetos futuros a serem contratados pela
Prefeitura.

Os Projetos padrão são referências de projetos para diversas disciplinas que


visam gerar um modelo a ser seguido de especificações, acabamentos e formas
de execução nas obras. Nas seções seguintes, apresenta-se uma lista dos projetos-
padrão dos dispositivos relacionados.

6.1.1 Arquitetura, Paisagismo e Mobiliário Urbano

Tabela 10 Projetos Padrão de


Arquitetura, Paisagismo e Mobiliário
Urbano

6.1.2 Drenagem

60
Tabela 11 Projetos Padrão de
Drenagem

6.1.3 Pavimentação

Tabela 12 Projetos Padrão de


Pavimentação

6.1.4 Geométrico

Tabela 13 Projetos Padrão de


Geométrico

61
6.1.5 Estruturas

Tabela 14 Projetos Padrão de


Estruturas

6.1.6 Dispositivos de Segurança

Tabela 15 Projetos Padrão de


Dispositivos de Segurança

6.1.7 Sinalização

62
Tabela 16 Projetos Padrão de
Sinalização

6.2 Material de Apoio

O material de apoio, composto por exemplos de Projetos Padrão de Arquitetura,


Paisagismo, Mobiliário Urbano, dentre outros, está incluso no ANEXO C
disponível em formato digital.

63
ORÇAMENTO
7.1 INTRODUÇÃO

Este capítulo tem por objetivo orientar o uso das tabelas de referências de preços,
critérios de medição e especificação técnicas de obras e serviços, para a elaboração
adequada das planilhas de quantidade e orçamento dos projetos. Como parte
integrante deste manual foram elaboradas modelos de planilhas de quantidades
e orçamentos para os projetos, visando padronizar o formato e os itens constates
nestes documentos.

7.2 TABELA DE PREÇOS UNITÁRIOS

As tabelas de preços unitários têm finalidade de precificar serviços, insumos


e mão de obra da construção civil, o que resultará no orçamento de um
empreendimento.

Tal orçamento que é feito com o detalhamento de cada etapa e serviços inerentes
ao empreendimento é fundamental para haver a licitação de obras públicas.

Os preços unitários que compõe as tabelas são relacionados a serviços prestados,


por vezes divididos no orçamento por etapas das obras, em ordem construtiva,
ou em ordem alfabética de serviços, dependendo das exigências dos órgãos
financiadores. Cada serviço possui sua composição de custos, dividido em mão de
obra e materiais necessários, e quantificado por um órgão emissor competente.

A estruturação básica de toda tabela de preços unitários se dá por:

• Código do Serviço: Serve para organização e uma busca mais efetiva do


serviço no ato de elaboração do orçamento, assim como direcioná-lo a sua
composição de custo.
• Descrição do Serviço: Descreve as características do serviço, importante para
identificar o material/benfeitoria que atende ao que for buscado.
• Unidade: Como o serviço é contabilizado/quantificado no volume projetado/
proposto.
• Preço: Valor pago pela unidade do serviço/material.

Exemplo:

Tabela 17 Exemplo de
Estruturação Básica

Outros itens adicionais são de peculiaridades de cada planilha.

64
7.3 Referências de Tabelas de Preços Unitários

Elaborada pela Caixa Econômica Federal, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos


e Índices da Construção Civil (Planilha SINAPI) é a planilha de preços mais utilizada
(exceto em obras de infraestrutura/viárias), com uma gama variada de serviços que
embasam tanto planilhas orçamentárias de obras públicas quanto obras privadas.

No âmbito de obras de infraestrutura e viárias/transportes tem-se o SICRO (Sistema


de Custos referenciais de Obras) elaborado e mantido pelo DNIT (Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transportes), assim como a Planilha Referencial de
Custos mantido pelo DER de cada estado federativo. Contudo diversos órgãos
possuem sua própria planilha de preços unitários, contendo serviços comuns a
qualquer planilha, e, também, serviços específicos do órgão.

A exemplo tem-se a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de


São Paulo), cujo Banco de Preços de Obras e Serviços de Engenharia fomenta as
planilhas orçamentárias para licitação de suas obras.

Algumas prefeituras elaboram suas próprias tabelas de preços unitários. A referência


mais usada neste sentido são as tabelas da SIURB e EDIF disponibilizadas pela
Prefeitura Municipal de São Paulo.

Em caso de projetistas terceirizadas, deve-se definir junto a PMSBC antes da


elaboração dos orçamentos, qual planilha deve ser utilizada como mandatária para a
orçamentação.

7.4 ONDE OBTER AS TABELAS DE PREÇOS UNITÁRIOS

As tabelas de preço unitário e de composição de custos atualizadas são encontradas


nos sites oficiais dor órgãos responsáveis pela elaboração e manutenção das mesmas,
ou realizando a solicitação para aquisição da tabela diretamente com o devido órgão.

7.5 PARTICULARIDADES A SEREM OBSERVADAS

Abaixo seguem particularidades de uma planilha de preços:

7.5.1 Data Base

A data base visa informar quando os preços foram referenciados, as planilhas são
constantemente atualizadas para ajustarem à inflação, portanto a referenciação
de data é importante para evitar preços desatualizados no orçamento do
empreendimento.

A data base serve também como marco inicial para qualquer reajuste contratual dos
preços da planilha de orçamento do empreendimento.

Deve ser indicada de forma clara na planilha de orçamento.

7.5.2 Preços Desonerados ou Não Desonerados

Os insumos e serviços de mão de obra podem incluir ou não valores de encargos


sociais, designados como desonerados ou não desonerados. Cabe ao empreendedor
ou o financiador da obra optar por qual regime irá adotar em suas atividades, ou
seja, a opção deve ser validada pela PMSBC antes da elaboração das planilhas
orçamentarias.

65
No regime de encargos sociais não desonerados há contribuição de INSS de 20% -
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) - sobre a folha de pagamento.

No regime de encargos sociais desonerados paga-se uma alíquota de 2 a 4,5% sobre
a renda bruta da empresa, essa alíquota substitui a CPP.

Deve ser indicada de forma clara na planilha de orçamento.

7.5.3 Inclusão do BDI

A inclusão do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) se dá sobre o valor total da


obra, obtida pela planilha de orçamento do empreendimento. As tabelas de preço
não contemplam diversas despesas da empreiteira, havendo somente nessas
planilhas os preços dos serviços e insumos, sejam desonerados ou não. O BDI é
incluído para cobrir várias despesas relativas às particularidades de uma obra, e
assegurar o lucro da empresa.

7.5.4 Frequência de Atualização



Atualizações em planilhas base de preços são importantes para acompanhar as
variações de preços de insumos no mercado local, assim como dar manutenção
na composição dos itens da planilha, que podem sofrer alteração conforme as
evoluções técnicas e processos construtivos dos diversos serviços.

Os órgãos que mantêm as planilhas de referências para orçamento possuem
diferentes frequências de atualização de preços, com um padrão de manutenção
a exemplo do SINAPI, que atualizada seu banco de preços para cada estado
mensalmente.

Contudo, como supracitado, há outros exemplos de frequência, como:
• Tabela SICRO: não possui um padrão determinado, em 2018 os meses de
publicação das planilhas foram: Janeiro / Março / Maio / Julho / Outubro
• Pref. Mun. De SP: Disponíveis no site oficial, a PMSP atualiza sua tabela de
preços geralmente duas vezes ao ano, julho e janeiro, e em alguns dos anos
anteriores também em setembro.

7.5.5 Encargos Sociais e Complementares

“Os encargos Complementares são custos associados à mão de obra como alimentação,
transporte, equipamentos de proteção individual, ferramentas manuais, exames médicos
obrigatórios, seguros de vida e cursos de capacitação, cuja obrigação de pagamentos
decorre das convenções coletivas de trabalho e de normas que regulamentam a prática
profissional na construção civil. Os valores decorrentes dessas obrigações não variam
proporcionalmente aos salários (remuneração da mão de obra)”. Disponível em: (http://
www.caixa.gov.br/Downloads/sinapi-manual-de-metodologias-e-conceitos/
Encargos_Complementares_Livro_SINAPI_Metodologias _e_Conceitos_ versao_
digital_6_Edicao.pdf )

Encargos sociais são os custos sobre folha de pagamento de mão de obra


assalariada, com origem na CLT.

7.6 Composição do BDI

Da expressão traduzida para o português, BDI significa Benefícios e Despesas


Indiretas. O BDI contempla vários horizontes, geralmente são os seguintes:

66
7.6.1 Administração Central

Despesas indiretas para se manter o quadro técnico, quadro administrativo e


instalações da sede da empresa, que dá apoio à equipe do canteiro de obras

7.6.2 Administração Local

Despesas indiretas para se manter os quadros técnicos, administrativos e


gerenciais necessários à execução da obra/serviços que não executam diretamente
os serviços. São três as categorias principais que se enquadram nesse grupo de
custos:

1. Administração Da Obra:

Mao De Obra
Engenheiro Da Obra
Técnico De Segurança
Encarregado
Almoxarife
Apontador
Faxineira
Vigia Noturno

2. Equipamentos:

Veículos
Automóvel Do Engenheiro Da Obra
Caminhonete

3. Despesas Fixas Diversas:

Transportes
Frete De Montagem/Desmontagem De Canteiro
Despesas E Taxas
Material De Escritório
Equipamento De Informática (Micro E Impressora)
Taxas Do Crea
Material Limpeza
Consumo De Água
Consumo De Energia
Consumo De Telefonia/Internet
Serviços Gráficos
Ligação Provisória Interna De Energia

A composição da administração local varia de acordo com a obra.

Para algumas obras, a administração local apresenta responsabilidade dividida


por diversas empresas e contratantes de obras, sendo computada na planilha
orçamentária, deixando de ser um custo indireto e sendo detalhado como um
custo direto.

7.6.3 Seguros e Garantias

Seguros e garantias, mediante avaliação de especialista, estes custos ficam


definidos por contrato, com sua incorporação nas despesas indiretas

67
7.6.4 Contingências

Contingências: “Segundo a AACEI, contingências representam custos previsíveis que


possuem razoável probabilidade de virem a ser efetuadas, mas que não são quantificáveis
à época da estimativa, sendo um adicional à estimativa de custos que cobre, entre outros,
erros e omissões de planejamento e estimativa, flutuações pequenas de preços (não se
caracterizando o efeito de escalonamento de preços), a evolução do design, mudanças no
âmbito do escopo e variações de mercado e condições ambientais.” – (ESTUDO SOBRE
TAXAS REFERENCIAIS DE BDI DE OBRAS PÚBLICAS E DE EQUIPAMENTOS
E MATERIAIS RELEVANTES - Maio/2013 – disponível em: https://portal.tcu.gov.
br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A8182A151356F96015168D520297EE4)

7.6.5 Despesas Financeiras

Despesas Financeiras, são custos gerados devido às diferenças de tempo de


pagamento de fornecedores, equipamentos, mão de obra e do devido recebimento
dos valores do contratante referentes aos serviços prestados

7.6.6 Remuneração (Lucro)

Remuneração ou lucro do empreendimento é definido por cada empresa, o lucro


representa os ganhos da empresa sobre o empreendimento.

7.6.7 Formulação do BDI

As literaturas indicam diversas variações de formulações de BDI, mas segundo


entendimento do TCU tem-se a seguinte equação:

Nessa equação a administração local está incorporada no custo, onde:

(ML) Margem de Lucro


(AC) Administração Central
(R) Riscos/Contingências
(S) Seguros e Garantias
(F) Custo Financeiro
(T) Tributos

7.7 Prioridades de Tabelas de Custos Unitários por Disciplinas

Para qualquer obra as planilhas de preços de serviços do SINAPI e SICRO devem


ser prioritárias, contudo para algumas disciplinas existem órgãos públicos
com um quadro de serviços e insumos específicos que se encaixam melhor na
realidade da obra. É assim no caso da SABESP (Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo), e a Enel Distribuição São Paulo.

Nesse sentido as indicações de planilhas que podem melhor subsidiar as


disciplinas estão listadas na Tabela 18:

68
Tabela 18 Indicação de Planilhas de
Subsídio

69
7.8 ORDEM DE APRESENTAÇÃO DAS DISCIPLINAS NA TABELA DE
QUANTIDADE E ORÇAMENTO

É prático a disposição das disciplinas conforme evolução comum de uma obra,


portanto a disposição se dá geralmente por:

1. Projetos, Ensaios e Estudos Preliminares


2. Instalações da Obra
3. Demolições e Remoções
4. Trabalhos em Terra
5. Fundações
6. Contenções / Estruturas de Concreto e Metálicas / Obras de Artes Especiais e
Correntes
7. Edificações: Alvenarias e Divisões / Coberturas e Forros /
Impermeabilizações e Isolamentos / Instalações Hidrossanitárias, PCIP
e de Gás / Instalações Elétricas e Telefônicas / Esquadrias e Serralheria /
Revestimentos e Pinturas / Pisos.
8. Drenagem Pluvial e Saneamento
9. Pavimentação
10. Urbanismo e Obras Complementares.

7.9 MODO DE UTILIZAÇÃO

7.9.1 Planilha de Quantidades

Ao término de todos os projetos de um empreendimento é possível o


levantamento dos quantitativos de insumos necessários para implantação de cada
disciplina envolvida na obra. Este levantamento irá subsidiar as informações para
elaboração do orçamento.

Os quantitativos se dão baseados em serviços de determinadas planilhas de


referência (como SINAPI, SICRO etc.), havendo necessidade de composição de
custos unitários para o item fora dos padrões da planilha base em uso para o
empreendimento.

A planilha de quantidades deve ser apresentada de forma detalhada em


documentos separados por disciplina. No corpo do desenho do qual foi retirada
os valores deve-se apresentar uma tabela resumida com as quantidades presentes
nele.

7.9.1.1 Memória de Cálculo de Quantidades

Em paralelo a elaboração da planilha de quantidades, deve-se elaborar a memória


de cálculo de quantidades, indicando, para cada serviço, como se obteve o valor,
o desenho em que os dados foram retirados, observações gerais e justificativas
necessárias para a inclusão dos itens. Os cálculos devem ser apresentados de
forma clara e objetiva, com a indicação das unidades utilizadas. Caso haja
necessidade de se utilizar valores de referência, como peso próprio de um material
por exemplo, deve-se indicar o local de onde a informação foi retirada de forma
adequada e rastreável.

A memória de cálculo de quantidades deve ser apresentada no mesmo documento


que a planilha de quantidades.

70
7.9.1.2 Observações gerais sobre a Memória de Cálculo de Quantidades

A memória de cálculo visa deixar claro e pormenorizado como foram obtidos


os quantitativos que alimentam o orçamento. Diversas benfeitorias de uma obra
são compostas de mais de um elemento a ser contabilizado em uma planilha
de quantitativos, e ao destrinchar tais serviços, se faz necessária uma memória
detalhando os caminhos que levaram a tais resultados.

A memória de cálculo também serve para registro de onde foram retirados os


quantitativos, como exemplo temos o revestimento e pintura de uma fachada
predial, que precisa discriminar a área a ser aplicada o revestimento e a
quantidade de cada um de seus componentes especificados em projeto.

O profissional Orçamentista tem o trabalho fundamental de sempre realizar a


verificação da composição dos serviços, promovendo adequações das referências
de custos e materiais para as características dos materiais e serviços disponíveis e
compatíveis com a realidade do local da obra.

7.9.2 Planilha Orçamentária

Em uma planilha orçamentária tem-se contabilizado e precificado todos os


serviços e despesas diretas e indiretas. A elaboração de uma planilha orçamentária
se dá com a conclusão dos projetos. Essencialmente um orçamento se dá:

• A partir do levantamento de quantitativos de todas as disciplinas e cada


despesa relativa ao empreendimento;
• A atribuição dos custos unitários para cada insumo/serviço/despesa
levantado;
• A formulação devida do BDI.

O resultado é o valor previsto para a implantação da obra, com o lucro


determinado para a empresa contratada.

7.9.3 Dados que devem ser apresentados numa Planilha Orçamentária e


de Quantidades

Os dados básicos a serem apresentados são:

• Nome/Identificação do Empreendimento objeto do Orçamento


• Identificação do Contratante e Contratada
• Local do Empreendimento
• Planilha(s) Base utilizada para precificar os itens levantados
• Data base da planilha de referência utilizada
• Data da apresentação da planilha
• Informação do Valor do BDI estipulado

7.9.4 Formato de Apresentação e exemplo de Preenchimento

A Tabela 19 a seguir exemplifica uma planilha de orçamento e o conteúdo a ser


apresentado:

71
Tabela 19 Exemplo de Planilha de
Orçamento
7.9.5 Definição de Data Base e Critérios de Correção de Preços pela
Data Base

O marco inicial, definido como data base de um contrato usualmente se dá na data


de aberturas da proposta ou do orçamento a que essa se referir (conforme Lei Nº
10.192, De 14 De Fevereiro De 2001).

O reajuste contratual é permitido em contratos com duração igual ou superior a


um ano, com marco inicial para contagem supracitado.

O licitante no texto do contrato deve informar as características desse reajuste,


como o índice adotado, datas estipuladas para o reajuste de acordo com o período
contratual e o valor presente do contrato.

Na construção civil, tem-se o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) como


principal índice para reajustes contratuais. Já no âmbito administrativo o mais
usual é o IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo).

Em plenário (2017), o TCU concluiu ser mais adequado estipular a data da


elaboração da planilha orçamentária do empreendimento como data base de
marco inicial para reajuste contratual nos casos em que a atualização da estimativa
orçamentária contratual ser muito complexa. Essa recomendação visa anular a
dificuldade de reajuste da planilha orçamentária devido a grande diferença de
tempo entre as datas da estimativa do orçamento do empreendimento e a efetiva
abertura das propostas.

7.10 COMPOSIÇÃO E COTAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS E


SERVIÇOS

7.10.1 Procedimentos para Cotação de Preços

Apesar da abrangência das tabelas de preços unitários existentes no mercado,


é comum que algum serviço necessário a obra não seja encontrada. Quando

72
ocorre este fato, deve-se fazer a cotação do serviço junto a empresas existentes no
mercado. Para tanto, algumas orientações devem ser seguidas.

7.10.1.1 Número de Cotações

Recomenda-se para o processo de cotação 3 orçamentos de diferentes


fornecedores, chegando em uma precificação não muito discrepante. Caso não se
obtenha os três orçamentos, deve-se justificar a ausência através de solicitações
de orçamentação não atendidas. O orçamentista deve ater-se à descrição do
produto, extinguindo possíveis falhas na contabilidade dos insumos empregados
na fabricação do produto (se esse for manufaturado). Como exemplo pode-se citar
um portão, que envolve no seu processo de produção e instalação:

Matéria Prima / Método de Produção / Pintura / Frete / Instalação, etc.

Cada cotação deve atentar a quantos destes insumos será entregue pelo
fornecedor, havendo, portanto, a equalização adequada das cotações para chegar
ao preço mais vantajoso.

Os orçamentos devem ser anexados ao processo e incluir dados mínimos como:

• Contato;
• Telefone;
• Número da proposta;
• Data da cotação;
• Email de contato;
• Nome do contato;
• Descrição do produto/serviço;
• Escopo do produto/serviço;
• Critério de medição;
• Observações relevantes.

7.10.1.2 Composição e Cotação de Preços de Produtos e Serviços

A composição do preço final é resultado da média aritmética dos valores dos três
orçamentos obtidos, arredondados para duas casas decimais.

7.10.1.3 Formato de Apresentação de Cotação de Preços

A Tabela 20 demostra a apresentação de composição de preços cotados em


mercado que deve ser adotada para a orçamentação.
Tabela 20 Exemplo de
Apresentação de Cotação de Preços

73
Todos as cotações, e-mails e históricos de ligação devem ser anexados ao
documento.

7.10.2 Composição de Serviços

Os serviços já codificados e presentes nas tabelas de preços unitários possuem seu


padrão construtivo estabelecidos, com dimensões, materiais, métodos construtivos
etc. Em algumas situações há a necessidade de alteração desses padrões. Para lidar
com esses casos existem as composições de serviços.

A vantagem de uso de planilhas já consagradas na construção civil para a


elaboração de composição de custos é a segurança da cotação e quantificação
de insumos da composição de cada serviço dessa planilha já ter sido estudada e
reajustada constantemente pelo órgão elaborador da tabela.

Quando se elabora um orçamento com determinadas planilhas base, o ideal é


usar os insumos dessa planilha para a composição, evitando a cotação de serviços
no mercado, economizando tempo e minimizando a flutuação de preços, contudo
não sendo possível, pode-se haver a mescla de serviços de planilhas consagradas,
com elementos cotados no mercado.

7.10.2.1 Formato de Apresentação de Composição de Preços Unitário

Tabela 21 Exemplo de Formato de


Apresentação de Composição de
Preço Unitário

7.11 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO E ESPECIFICAÇÕES DE


OBRAS E SERVIÇOS

Os Critérios de medição dos serviços efetivamente executados durante o


desenvolvimento da obra ditam o modo como estes serão pagos. Cada benfeitoria
possui sua particularidade e uma unidade que serve como base para cálculo do
quanto foi executado. Com os levantamentos destes serviços é gerada a medição
(documento contendo todos serviços executados em determinado período), para o
devido pagamento á contratada.

Do mesmo modo, as especificações de obras e serviços orientam o que e como


será executado o item orçado, detalhando os materiais a serem utilizados,
equipamentos, mão de obra, dentre outras informações que garantam a conclusão
do serviço com qualidade e respeito as normas vigentes.

7.11.1 Referências de Critérios de Medição e Especificações de Obras e


Serviços

Como fontes mais conhecidas têm-se “SINAPI - Metodologia De Elaboração E


Manutenção De Orçamentos De Referência - elaborado e mantido pela Caixa
Econômica Federal e “Manual De Custos Rodoviários - Composições De Custos
Unitários De Referência” – elaborado e mantido pelo DNIT.

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Ainda nesse sentido encontra-se por exemplo fontes secundárias, porém não
menos ricas, como o “Caderno de Encargos da SUDECAP - Superintendência de
Desenvolvimento da Capital – Belo Horizonte – MG” – elaborado e mantido pela
Prefeitura de Belo Horizonte, trata-se de um caderno normativo de construções e
serviços, que padroniza as diversas benfeitorias da construção civil, e fornece os
critérios de medição, levantamento e pagamento destes serviços.

7.11.2 Exemplos

Basicamente tem-se informado como todos os insumos/serviços envolvidos na


composição do item alvo do critério de medição serão medidos, compatíveis com
seus métodos construtivos, assim como a unidade métrica que rege como esses
insumos/serviços são contabilizados, como exemplo extraído do caderno de
encargos da SUDECAP temos:

Dreno de galeria com tubo coletor:

a. Levantamento (Quantitativos de Projeto):

O trabalho de levantamento dos itens abaixo será elaborado baseando-se nos dados do
projeto.

O volume de escavação das valas será levantado conforme especificado no capítulo 03


– “Escavação e reaterro de valas”.

Os tubos (05.02.00) serão levantados pelo comprimento, em metros, a ser assentado


em conformidade com o projeto, considerando-se o tipo e o diâmetro de tubo
empregado.

Os materiais filtrantes e drenantes (05.09.00) serão levantados pelo volume


geométrico, em metros cúbicos, do material a ser lançado na vala ou no colchão,
considerando-se a natureza do material (brita, areia, cascalho ou outro material).

As mantas geotêxteis (05.11.00) serão levantadas pela área em metros quadrados


(m²) a ser utilizada, segundo as dimensões necessárias para o envolvimento dos
materiais filtrantes e drenantes e para o trespasse determinado em projeto ou pela
SUPERVISÃO.

b. Medição

A medição dos serviços será realizada de acordo com os critérios de levantamento,


observando-se para o que foi efetivamente realizado.

c. Pagamento

O pagamento será feito de acordo com os preços unitários propostos para cada serviço,
em conformidade com a medição referida no item anterior.

No caso dos tubos estarão incluídos o fornecimento, transporte, assentamento, toda a


mão-de-obra e outras despesas inerentes à execução do serviço.

O lançamento de material filtrante será pago de acordo com o preço unitário proposto
para cada tipo de material lançado, estando incluídas as operações necessárias ao
fornecimento, lançamento, adensamento hidráulico para areia e cascalho com a
utilização de vibrador, eventuais formas para separação dos materiais e todos os
encargos e outras despesas inerentes à execução do serviço.

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A aplicação de manta geotêxtil será paga de acordo com o preço unitário proposto para
cada tipo de material, estando incluídas as operações necessárias ao fornecimento,
transporte, aplicação e fixação do material, assim como todos os encargos e outras
despesas inerentes à execução do serviço.

Como visto no exemplo acima, todo serviço de uma obra, além dos critérios de
medição, tem:

• Critério de levantamento: Levantamento de quantitativos de projetos para


elaboração de planilha de contratação do edital de licitação da obra;
• Critério De Pagamento: Critério de pagamento dos serviços contratuais, nos
quais está incluída a relação dos insumos e mão de obra que compõem os
custos de cada serviço.

7.12 MATERIAL DE APOIO

O material de apoio, composto pelas planilhas apresentadas neste capítulo, estão


disponíveis em formato digital “.xls” (Microsoft Office Excel) no ANEXO D deste
manual.

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REFERÊNCIAS
Principais instrumentos normativos e manuais de apresentação de projetos
consultados para elaboração deste documento:

EMPRESA DE TRANSPORTE E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTO -


BHTRANS. Manual de Elaboração de Projetos Viários para o Município
de Belo Horizonte. BHTRANS, SMSU e Prefeitura de Belo Horizonte. Belo
Horizonte, 2011.

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM. Elaboração e Apresentação


de Desenhos de Projeto em Meio Digital. Diretoria de Engenharia, DER. São
Paulo, 2006

SUPERINTENDÊNCIA DO ESPAÇO FÍSICO – SEF. Padronização de Desenho.


Universidade de São Paulo – USP. São Paulo, 2012.

METRO DE SÃO PAULO. Instrução de projetos com diretrizes para elaboração


da documentação técnica de engenharia civil, arquitetura, geotecnia,
topografia, desapropriação e via permanente. GCI – METRO. São Paulo, 2011.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – PMSP. Guia de boas práticas


para os espaços públicos da cidade de São Paulo. São Paulo, 2016.

EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS DE SÃO PAULO


– EMTU. Diretrizes para Elaboração de Documentação Técnica. São Paulo.

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Caderno de instruções para


elaboração e aprovação de projetos geométricos viários urbanos. Subsecretaria
de Obras e Projetos Viários, Secretaria Municipal de Obras. Rio de Janeiro, 2016

Normas, instruções, legislação e especificações técnicas encontram-se indicadas e


listadas nas orientações e disciplinas pormenorizadas.

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REALIZAÇÃO:

CONSÓRCIO NCT:

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