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MÓDULO II
Tatuí-SP
2017/2018
ÍNDICE
PG.
Introdução 02
I. Conceitos de Limp., Desinfec., Esteril., Descontam. e Anti-Sepsia 03
II. Técnica de Lavagem e Cuidado das Mãos 05
III. Proteção da Equipe de Saúde 06
IV. Normas Básicas de Prevenção da Infec. no Ambiente de Trabalho 11
V. Normas Básicas de Prevenção de Acid. no Ambiente de Trabalho 11
VI. Classificação dos Ambientes 14
VII. Classificação dos Artigos 14
VIII. Classificação dos Procedimentos Clínicos 14
IX. Normas Técnicas de Descontam. Limp., Preparo, Desinfec. ... 14
X. Limp. e Desinfec. de Móveis, Equipamentos, Instrumentos e Mat. 18
XI. Procedimento que requer Técnica Asséptica 20
XII. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 23
XIII. Fontes de Radiação Química e Radioativa – Prevenção e Controle 25
XIV. Riscos Químicos 26
XV. Agentes Químicos 30
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................42
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BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES EM FARMÁCIA
Introdução:
Doença Ocupacional
2
Quais as implicações legais para o empregador e técnicos responsáveis pela segurança
nas empresas quanto às Doenças Ocupacionais?
A pele é um órgão extenso, sabe-se que é o maior órgão do corpo humano e atua em
funções específicas extremamente importantes para a vida, como:
• barreira de proteção contra agentes externos agressores;
• sistema de termorregulação;
• sistema de sensibilidade física (tato, calor, pressão, dor);
• secreção de lipídios protetores, leite;
• síntese de vitaminas;
• sistema de sustentação para outros órgãos;
• sistema indicativo complementar diagnóstico.
LIMPEZA
DESINFECÇÃO:
È o processo que remove ou mata a maioria, mas não todos, organismos viávies, Constitui
um processo físico e/ou químico que destrói o microrganismo presente em objetos inanimado,
mas não necessariamente os esporos dos microrganismos, redução da quantidade de
microrganismos.
Os microrganismos depositados sobre balcões, bancadas, maca, braçadeira, cadeira e
mobiliários em estreito contato com pacientes, podem resistir em matéria orgânica ressecada nas
condições ambientes, mantendo sua capacidade de causar infecção.
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ESTERILIZAÇÃO:
Esterilização é o processo que promove a completa eliminação ou destruição de todas as
formas de microrganismos presentes. É um processo absoluto não havendo graus de
esterilização.
DESCONTAMINAÇÃO:
É a desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminadas com
microrganismos patogênicos, tornando-os seguros para manipulação.
ANTISSEPSIA:
É um processo por meio do qual, microrganismos presentes em tecidos são destruídos ou
eliminados após aplicação de agentes antimicrobianos. A anti-sepsia é a técnica utilizada para
desinfecção da pele no caso da aplicação dos injetáveis.
ASSEPSIA:
É o processo pelo qual se elimina agentes patogênico de um local após a aplicação de
agente antimicrobiano. Técnica utilizada quando limpamos uma maca, um balcão, utilizando álcool
70 º.
ANTISSÉPTICO:
Desinfetante utilizado em tecidos vivos
SÉPSIS: Contaminação
Exercício de Fixação:
1-)Citar exemplos (mínimo 2) quando utilizamos: as técnicas de limpeza, esterilização e
descontaminação nas ações em farmácia.
2-) Explique a seguinte frase: “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a
esterilização sem limpar.”
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QUANDO REALIZAR:
• no início do dia;
• antes e após o atendimento do paciente;
• antes de calçar as luvas e após removê-las;
• após tocar qualquer instrumento ou superfície contaminada;
• antes e após utilizar o banheiro;
• após tossir, espirrar ou assoar o nariz;
• ao término do dia de trabalho.
• Limpar sob as unhas. As unhas são áreas comuns para impactação de sangue e este
sangue não é facilmente removido pelas técnicas de lavagem das mãos. Portanto, devem
ser mantidas curtas, palitos de plástico ou de madeira podem ser utilizados para limpá-las.
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• As mãos devem sempre ser secas completamente. A secagem adequada pode ser o
primeiro passo na prevenção de irritações na pele.
• Proteger os cortes ou abrasões nas mãos ou antebraços com curativo impermeável antes
do trabalho em farmácia.
• Utilizar hidratantes ao final das atividades diárias.
1- LUVAS
NORMAS NA UTILIZAÇÃO
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o Se as luvas se esgarçarem ou rasgarem durante o tratamento de um paciente, devem ser
removidas e eliminadas, lavando-se as mãos antes de reenluvá-las.
o Se ocorrerem acidentes com instrumentos pérfuro-cortantes, as luvas devem ser removidas
e eliminadas, as mãos devem ser lavadas e o acidente comunicado.
o Colocar o pacote sobre uma mesa ou superfície lisa, abrindo-o sem contaminá-las. Expor as
luvas de modo que os punhos fiquem voltados para si.
o Retirar a luva esquerda (E) com a mão direita, pela dobra do punho. Levantá-la, mantendo-a
longe do corpo, com os dedos da luva para baixo. Introduzir a mão esquerda, tocando
apenas a dobra do punho.
o Introduzir os dedos da mão esquerda enluvada sob a dobra do punho da luva direita (D).
Calçar a luva direita, desfazendo a seguir a dobra até cobrir o punho da manga do avental.
o Colocar os dedos da mão D enluvada na dobra do punho da luva E, repetindo o
procedimento acima descrito.
o Ajustar os dedos de ambas as mãos.
o Após o uso, retirar as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho, e a segunda
pelo lado interno.
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2- MÁSCARAS
o As máscaras devem ser colocadas após o gorro e antes dos óculos de proteção.
o As máscaras devem adaptar-se confortavelmente à face, sem tocar lábios e narinas.
o Não devem ser ajustadas ou tocadas durante os procedimentos.
o Devem ser trocadas entre os pacientes e sempre que se tornarem úmidas, quando dos
procedimentos geradores de aerossóis ou respingos, o que diminui sua eficiência.
o Não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no pescoço.
o Devem ser descartadas após o uso.
o As máscaras devem ser removidas enquanto o profissional estiver com luvas. Nunca com
as mãos nuas.
o Para sua remoção, as máscaras devem ser manuseadas o mínimo possível e somente
pelos bordos ou cordéis, tendo em vista a pesada contaminação.
o O uso de protetores faciais de plástico NÃO exclui a necessidade da utilização das
máscaras.
3- ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Recomenda-se o uso nos trabalhos desenvolvidos que liberam faíscas,fontes luminosas
intensas, radiação ou qualquer outra fonte nociva.
A proteção ocular formada por peça inteira que se adapta ao topo da cabeça ou parcial, tipo
óculos, deve ser verificada quanto a sua adequação e indicação para produtos perigosos
dispersos em nuvens, fumos, aerossóis ou lâmpadas que lesam o olho e suas estruturas. A
depender da exposição química, física ou biológica, a indicação do protetor adequado deve ser
atendida. Há muito existem lentes de protetores que são descritas como seletoras de impedimento
para a luz ultravioleta e são indicadas por exemplo para os que trabalham com transiluminadores
ou setores com lâmpadas germicidas ultravioleta.
o Óculos de proteção com vedação lateral ou protetores faciais de plástico, devem ser
usados durante o tratamento de qualquer paciente, para proteção ocular contra acidentes
ocupacionais (partículas advindas de restaurações, placa dentária, polimento) e
contaminação proveniente de aerosóis ou respingos de sangue e saliva.
o Os óculos de proteção também devem ser usados quando necessário no laboratório, na
desinfecção de superfícies e manipulação de instrumentos na área de lavagem.
o Óculos e protetores faciais não devem ser utilizados fora da área de trabalho.
CUIDADOS
4- AVENTAIS
Sempre que houver possibilidade de sujar as roupas com sangue ou outros fluidos
orgânicos, devem ser utilizadas vestes de proteção, como aventais reutilizáveis ou descartáveis,
aventais para laboratório ou uniformes sobre elas.
Avental não estéril - usado em procedimentos semi-críticos e não críticos, de preferência
de cor clara, gola alta do tipo “gola de padre”, com mangas que cubram a roupa e
comprimento ¾, mantido sempre abotoado.
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Avental estéril - usado em procedimentos críticos, vestido após o profissional estar com o
EPI e ter realizado a degermação cirúrgica das mãos. Deve ter fechamento pelas costas,
gola alta tipo “gola de padre”, com comprimento cobrindo os joelhos e mangas longas com
punho em elástico ou ribana.
o O avental fechado, com colarinho alto e mangas longas é o que oferece a maior
proteção.
o Os aventais devem ser trocados pelo menos diariamente, ou sempre que
contaminados por fluidos corpóreos.
o Os aventais utilizados devem ser retirados na própria clínica e, com cuidado,
colocados em sacos de plástico, para o procedimento posterior (limpeza ou
descarte). Com essa atitude, evita-se a veiculação de microrganismos da clínica
para outros ambientes, inclusive o doméstico.
5- GORROS
Os cabelos devem ser protegidos da contaminação através de aerossóis e gotículas de
sangue e saliva, principalmente quando de procedimentos cirúrgicos, com a utilização de gorros
descartáveis, que devem ser trocados quando houver sujidade visível.
OBS: Usar sempre equipamentos de proteção individual (EPIs) quando for trabalhar na limpeza,
lavagem, desinfecção e esterilização de artigos.
EPCs
• Cabines de fluxo laminar, horizontal e vertical
• Equipamento de socorro imediato (chuveiro, lava-olhos, pia, sabão, escova etc).
• Exaustores
• Caixas com luvas
• Extintores de incêndio
• Recipientes especiais para rejeitos
• Pipetas mecânicas
Exemplo:
Exercícios de Fixação
1-) Quando recomenda-se o uso de luvas, nas ações em farmácia?
2-) Quais os EPIs recomendados nas aplicações de injetáveis?
3-) Quais os EPCs encontrados em uma drogaria?
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IV - Normas Básicas de Prevenção da Infecção no Ambiente de Trabalho
1 – Antissepsia das mãos sempre que houver contacto da pele com sangue e secreções de
qualquer paciente;
2 – Usar luvas ao manipular sangue e/ou secreções e sempre que houver possibilidade de
contacto com matéria orgânica. Após retirar as luvas, fazer a anti-sepsia das mãos;
3 – Usar avental ou uniforme fechado e de mangas longas no ambiente de trabalho;
4 – Não se alimentar e nem fumar no local de trabalho;
5 – Não recapar, dobrar ou quebrar agulhas utilizadas;
6- Quando for dosar a glicose, no aparelho portátil, não utilizar a caneta que não possuir
mecanismo de descarte automático de agulha, utilizar lanceta ou agulhas e imediatamente
descartar em recipiente rígido.
7 – Desprezar agulhas, lâminas e outros materiais perfuro cortantes em recipientes de paredes
rígidas (latas ou caixas de papelão de paredes rígidas). Encher até 2/3 de sua capacidade, fechar
e desprezar no LIXO HOSPITALAR;
8 – Usar máscaras e óculos ou visor quando houver risco de contaminação de mucosas de face
(olho, boca, nariz) com respingos de sangue ou outras secreções;
9 – Profissionais com lesões de pele (dermatites), devem evitar ter contato direto com pacientes; se
necessário, utilizar luvas;
10 – Realizar a limpeza, desinfecção e esterilização de materiais e ambientes.
Em caso de acidentes
1. Nunca entrar em pânico. Se o acidente já aconteceu, tem-se que pensar na melhor
solução para minimizar os riscos e danos, mantendo a situação sob controle e sem
atropelos
2. Evitar o pânico e chamar IMEDIATAMENTE o responsável pelo setor para o controle da
situação.
3. EVITAR AGLOMERAÇÕES na área.
4. Atender o acidentado e imediatamente conter o acidente - não permitir vazamento e
disseminação do material.
5. Cobrir o líquido derramado ou fluido com hipoclorito de sódio, deixar repousar, não varrer o
local antes de descontaminar a área e não provocar a formação de aerossóis.
6. Isolar a área.
7. Identificar a origem do material contaminado.
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8. Registrar o acidente, se possível, com testemunhas e apresentar o fato ao responsável
superior no setor.
9. Em caso de emergência, proceder ao encaminhamento do acidentado a um hospital ou
pronto atendimento.
Com pérfuro-cortantes
1. Lavar o local com sabão e cobrir o local com gaze estéril.
2. Identificar o soro / sangue / paciente e falar com o responsável técnico presente.
3. O Chefe do setor solicitará ao paciente / cliente uma autorização para a realização de
exame diagnóstico sorológico para HIV e Hepatite com o compromisso de não divulgar o
resultado.
4. O procedimento torna-se necessário para o caso de um tratamento profilático com as
possíveis drogas recomendadas pela OMS e setor de retroviroses do pronto socorro.a
5. Os acidentes devem ser registrados e informados as instâncias superiores do Setor e da
Secretaria de Saúde, conforme preconizado no POP (procedimento operacional padrão)
pela CIBio e pela Vigilância Sanitária.
Profilaxia
Não há nada que se possa fazer com contaminação pelo vírus da hepatite C. Profissionais
que já tenham tomado a vacina para hepatite B, não têm necessidade de nenhuma conduta após
acidente com o vírus da hepatite B. Quem tomou uma dose da vacina,deve tomar outra dose logo
após o acidente, juntamente com imunoglobulina (HBIg) e a última após 6 meses. Quem tomou 2
doses da vacina para hepatite B, deve tomar a última logo após o acidente, juntamente com
imunoglobulina (HBIg).
1. Para a contaminação com o HIV, deve-se iniciar com as drogas antivirais o mais rápido
possível (1 hora até 36 horas após a exposição), utilizando-se Zidovudina 200 mg três
vezes por dia, Lamivudinae 150 mg duas vezes por dia e Indinavir 800 mg três vezes por
dia ou Ritonavir 600 mg duas vezes por dia durante 4 semanas.Seguimento clínico-
laboratorial
2. Em caso de acidentes e possíveis contaminações, procurar os locais de serviços de
infecções e após medidas imediatas pós- evento ou acidente, durante um ano, deve-se
obrigatoriamente usar preservativos em relações sexuais, evitar amamentação e nunca
doar sangue. Deve-se colher sangue com 6 semanas, 90, 180 dias e um ano, buscando
possível soroconversão para hepatite B e C e HIV.
Conduta pós-acidente
1. Os acidentes devem ser registrados e documentados oficialmente.
2. Devem ser discutidos nas reuniões periódicas da Comissão Interna de Biossegurança
(CIBio), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando devem ser
identificadas e determinadas as falhas nos dispositivos, na metodologia, na segurança e
no treinamento do indivíduo.
3. Em reuniões periódicas deve-se ter a preocupação de analisar e sugerir atualizações e
meios de revisão e fiscalização nos cuidados e medidas de proteção.
4. Devem estar sempre disponíveis Caixa de primeiros-socorros / farmácia do setor.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
• As agulhas não devem ser reencapadas pelas mãos, nem dobradas ou quebradas
intencionalmente a agulha pode ser reencapada pela técnica de deslizar a agulha para
dentro da tampa deixada sobre uma superfície Durante o trabalho, a passagem das
seringas sobre o paciente deve ser minimizada ou totalmente eliminada, se possível.
• Manusear com o máximo cuidado objetos pérfurocortantes, como bisturis e exploradores,
para evitar cortes e arranhões.
• Não colocar objetos contaminados nos bolsos dos uniformes.
• Não tocar olhos, nariz, boca, máscara ou cabelo durante o atendimento do paciente.
• Não se alimentar, beber nem fumar na farmácia.
Áreas não críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos pacientes ou às quais estes
não têm acesso. Essas áreas exigem limpeza constante com água e sabão.
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Àreas semi-críticas - são aquelas vedadas às pessoas estranhas às atividades desenvolvidas.
Ex.: lavanderia, laboratórios, biotério. Exigem limpeza e desinfecção constante, semelhante à
doméstica.
Áreas críticas - são aquelas destinadas à assistência direta ao paciente, exigindo rigorosa
desinfecção. Ex.: clínicas de atendimento, setor de esterilização. Os equipamentos e mobiliários
pertencentes a essas áreas requerem cuidados mais freqüentes de limpeza e desinfecção, porque
são os que mais se contaminam e que mais facilmente podem transmitir doenças. Pisos, tampos,
peitorís e demais superfícies localizados nessas áreas, também merecem limpeza freqüente e
cuidadosa, porque acumulam resíduos contaminados, resultantes da atividade humana.
Desinfecção diária - hipoclorito de sódio a 1% e água e sabão. Desinfecção semanal -
associação de fenóis sintéticos.
Áreas contaminadas - superfícies que entram em contato direto com matéria orgânica (sangue,
secreções ou excreções), independentemente de sua localização. Exigem desinfecção, com
remoção da matéria orgânica, e limpeza, com água e sabão.
Artigos críticos - são aqueles que penetram nos tecidos sub-epiteliais da pele e mucosa, sistema
vascular ou outros órgãos isentos de microbiota própria. Ex.: instrumentos de corte ou ponta;
outros artigos cirúrgicos (pinças, afastadores, fios de sutura, catéteres, drenos etc.); soluções
injetáveis, agulhas. Requerem esterilização.
Artigos semi-críticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa íntegra e/ou pele não
íntegra. Ex.: abaixadores de língua, otoscópio, etc. Requerem desinfecção.
Artigos não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não entram em
contato direto com o paciente. Ex.: termômetro; aparelho de pressão, estetoscópio; superfícies de
armários e bancadas. Requerem limpeza ou desinfecção.
Procedimento crítico - todo procedimento em que haja presença de sangue, pus ou matéria
contaminada pela perda de continuidade do tecido.
Procedimento semi-crítico - todo procedimento em que exista a presença de secreção orgânica
(saliva), sem perda de continuidade do tecido.
Procedimento não crítico - todo procedimento em que não haja a presença de sangue, pus ou
outras secreções orgânicas, inclusive saliva.
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1º- Descontaminação
Procedimento:
• Colocar o material em recipiente adequado, utilizando luvas de borracha.
• Cobrir o material com a solução desinfetante e tampar o recipiente, deixando-o totalmente
imerso por 30 minutos.
• Retirar o material da solução e submetê-lo ao processo de limpeza (manual ou mecânica).
• Trocar as soluções seguindo as recomendações do fabricante.
OBS:
• Marcar o horário do início e término do processo.
• Utilizar EPI.
2º- Limpeza
Procedimento:
• Colocar o material na cuba da pia.
• Escovar, utilizando sabão, peça por peça.
• Nos tubos, pipetas passar jato de água na luz dos artigos.
• Enxaguar em água corrente.
• Secar o material por gravidade e com tecido, no caso de metais, para evitar que fiquem
manchados. Examinar minuciosamente cada peça, verificando a presença de qualquer tipo
de resíduo.
• Encaminhar para desinfecção ou esterilização.
OBS:
• Utilizar EPI durante todo o processo
• A cuba deve ser funda para evitar respingos.
• Não utilizar nenhum tipo de abrasivo (esponja de aço, saponáceo, etc), para não danificar
o material.
• Usar seringas para limpar e enxaguar a luz dos mesmos.
• Retirar todo o sabão.
• Depois do enxágüe com água, é recomendável enxaguar com água destilada.
• Artigos com resíduos devem ser lavados novamente.
• Material danificado ou quebrado deve ser comunicado.
3º- Desinfecção
Procedimento:
• Colocar o material limpo e seco no recipiente plástico com tampa.
• Cobrir o material com a solução desinfetante e tampar o recipiente, deixando-o totalmente
imerso por 30 minutos.
• Retirar o material da solução.
• Enxaguar abundantemente peça por peça, em água corrente.
• Deixar escorrer por gravidade sobre o campo de tecido limpo.
• Secar o material.
• Acondicionar o material.
• Trocar a solução seguindo as recomendações do fabricante.
OBS:
• Utilizar EPI
• O recipiente não pode ser de metal
• Marcar o horário do início e término do processo.
• É recomendado o acondicionamento do material em pacotes individuais. Quando isso não
for possível, acondicionar o material em recipiente com tampa, específico para esse fim, o
qual deve ser esterilizado ou desinfetado diariamente.
4º- Esterilização
Manuseio de Autoclaves:
Descontaminação prévia
(Presença de matéria orgânica)
↓
Limpeza
↓
Desinfecção ou esterilização
↓
Armazenamento
Exercícios de Fixação
1-) Quando devemos fazer a descontaminação prévia?
2-) Em que caso a limpeza é o procedimento final?
3-) Como deve estar o artigo para desinfecção?
4-) Por que os processos mais utilizados de esterilização são os físicos e físicos químicos?
5-) Qual a seqüência lógica das normas que deve-se seguir?
6-) Comente sobre o procedimento de desinfecção?
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X – Limpeza e Desinfecção dos Móveis, Equipamentos, Instrumentos e Materiais de uso
farmacêutico.
O QUE QUANDO COM QUE COMO
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LIMPEZA DO INALADOR
Materiais Necessários
• Aparelho inalador;
• Copo para colocação de medicamento (descartável, no caso de inalador ultrassônico);
• Luvas de procedimentos descartáveis;
• Máscara (adequada ao paciente – infantil ou adulto);
• Sabonete líquido;
• Papel toalha;
• Gel com ação germicida;
• Recipiente apropriado para descarte do material.
Procedimentos
• Preparar o material necessário;
• Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada;
• Colocar as luvas de procedimentos descartáveis;
• Explicar o procedimento ao paciente ou responsável
• (se for criança, procure tranquilizá-la);
• Colocar o medicamento no copo apropriado (seguindo orientação do receituário médico);
• Conectar a máscara e colocá-la adequadamente no paciente;
• Ligar o aparelho;
• Esperar o tempo necessário (verificar no manual de instruções do aparelho);
• Retirar a máscara do paciente ao final do procedimento;
• Fazer a higienização do aparelho.
• Puxe a máscara
• Desrosqueie o Cabeçote do Recipiente, Puxe o anteparo,do Recipiente,Lave as peças
com detergente neutro ,Coloque as peças em um recipiente com solução germicida
• Enxágue todas as peças em água corrente. Seque-as com um pano limpo, macio e isento
de fiapos. Ao efetuar a higienização, atentar que geralmente o tempo mínimo de imersão
na solução germicida é de 1 hora e antes da imersão deve-se lavar as partes com
detergente neutro.
• Exemplos de solução germicida: hipoclorito de sódio 0,5 a 1%, ácido peracético (seguir a
norma de diluição do fabricante).
• As soluções desinfetantes devem ser trocadas diariamente, devendo ser registrado o
horário de sua diluição e validade da mesma.
• Após secagem manter cada kit de máscaras e copos embalados em sacos plásticos
vedados.
LIMPEZA DE AUTOCLAVE
Material necessário:
• Pano
• Água corrente
• Sabão Neutro
• Bacia
Procedimento:
• Umedecer o pano e passá-lo no sabão neutro. (Não ensopar o pano com água e nem
formar espuma)
• Iniciar a limpeza pelo interior do equipamento (Paredes laterais, suportes, fundo e
porta).
• Enxaguar o pano para retirar o sabão e voltar a passar no equipamento
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• Secar com pano limpo e seco
• Repetir o procedimento no lado de fora
• Realizar a limpeza do equipamento diariamente
Pontos importantes
1- Não ensopar o pano com água e nem formar espuma
2- Paredes laterais, suportes, fundo e porta.
Nota: Na autoclave deve-se fazer a limpeza de purgador e filtros pelo técnico da manutenção,
para evitar a obstrução do vapor e ar de dentro da câmara a cada 15 dias. Os pontos de
ferrugem nas autoclaves de aço inox devem ser retirados com esponja de aço.
♦ As agulhas não devem ser reencapadas, entorta das, quebradas ou retiradas das seringas com
as mãos. Caso ocorra a perfuração acidental com agulhas contaminadas, o farmacêutico deverá
procurar serviços de saúde do trabalhador para a profilaxia do HIV, HCV, entre outros;
. TÉCNICAS ASSÉPTICAS
1- APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS
Preparo da injeção
• Em ampola:
• Lave bem as mãos;
• Abra a embalagem da seringa e verifique se a agulha está bem fixada;
• Após desinfetar o gargalo, abra a ampola com a mão protegida;
• Aspire o conteúdo para a seringa;
• Retire eventuais bolhas de ar.
• Observação – mantenha sempre a seringa na embalagem.
• Em frasco-ampola:
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• Medicamentos em pó são retirados da seguinte forma:
• Retire o lacre e desinfete a tampa de borracha do frasco com algodão embebido em álcool;
• Abra a ampola do diluente e aspire o conteúdo;
• Injete-o no frasco ampola. Retire e proteja a agulha;
• Misture bem o pó com o diluente rolando suavemente o frasco entre as mãos. Observe se
não há nenhuma partícula estranha flutuando no líquido e se o medicamento está bem
dissolvido;
• Aspire a solução preparada para a seringa e expulse o ar;
• Troque a agulha sempre que possível.
As medições do parâmetro bioquímico de glicemia capilar devem ser realizadas por meio
de equipamentos de autoteste.
Glicosímetro: aparelho manual utilizado para determinar os níveis de glicemia.
Fita Reagente ou Fita-Teste: fita utilizada para inseri ruma gota de sangue que, ao ser encaixada
no glicosímetro, proporcionará o cálculo da glicemia.
Lanceta: instrumento perfurocortante estéril.
Lancetador: responsável por fazer a retirada da gota de sangue no teste de glicemia.
Outros materiais necessários:
• ♦♦ Luvas de procedimentos descartáveis;
• ♦♦ Algodão;
• ♦♦ Álcool etílico 70%.
Procedimentos
• Separar o material necessário;
• Preparar o glicosímetro e o lancetador;
• Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada;
• Colocar as luvas de procedimentos descartáveis;
• Retirar a Fita Teste da embalagem;
• Ligar o aparelho medidor de glicemia;
• Introduzir a Fita Teste no aparelho, evitando tocar
• Orientar o paciente a lavar as mãos com água e sabão e secá-las bem;
• Fazer a antissepsia do local com álcool 70%, lembrando que o dedo deve estar totalmente
seco;
• Escolher o local para a punção (o melhor é a ponta dos dedos, evitando a polpa digital);
• Fazer a punção utilizando o lancetador para colher uma gota de sangue;
• Esperar a formação da gota, segurando o dedo do paciente;
• Encostar a gota de sangue na área indicada;
• Manter a gota de sangue em contato com a ponta da Fita-Teste até o glicosímetro
começar a
• realizar o teste;
• Descartar imediatamente a lanceta em recipiente apropriado para descarte de material
perfurocortante;
• Limpar o dedo do paciente com algodão e álcool 70% e fazer pressão no local da punção
por alguns instantes com algodão embebido em álcool;
• Fazer a leitura do resultado;
• O glicosímetro desligará automaticamente após o término do exame;
• Retirar as luvas de procedimentos descartáveis e lavar as mãos;
• Descartar o material usado no contentor de descarte de material biológico: fita, luvas de
procedimentos descartáveis e algodão usados;
• Anotar o resultado obtido;
• Orientar o paciente sobre o resultado do exame.
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Observação: A antissepsia efetuada no paciente com algodão embebido em álcool 70% pode
também ser realizada com compressa não-tecido impregnada com álcool isopropílico 70% (Álcool
Swab).
A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita com aparelho específico, conforme
determina a legislação,bem como os brincos e o aparelho devem ser regularizados junto a Anvisa.
É proibido efetuar perfuração com agulhas de injeção, sutura ou outros objetos.
Deve-se proceder à lavagem das mãos e colocados EPIs, realizar assepsia do aparelho,
antissepsia do lóbulo auricular, abertura da embalagem na presença do usuário, devendo todos os
procedimentos
RDC nº 44/2009 da Anvisa Art. 78. A perfuração do lóbulo auricular deverá ser feita com aparelho
específico para esse fim e que utilize o brinco como material perfurante. Parágrafo único. É
vedada a utilização de agulhas de aplicação de injeção, agulhas de suturas e outros objetos para
a realização da perfuração.
Art. 79. Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos usuários devem estar regularizados junto à
Anvisa, conforme legislação vigente. §2º Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente
destinado à perfuração, sob a observação do usuário e após todos os procedimentos de assepsia
e antissepsia necessários para evitar a contaminação do brinco e uma possível infecção do
usuário. Art. 80. Os procedimentos relacionados à antissepsia do lóbulo auricular do usuário e das
mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a perfuração deverão
estar descritos em Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). §1º Deve estar descrita a
referência bibliográfica utilizada para o estabelecimento dos procedimentos e materiais de
antissepsia e assepsia. §2º Procedimento Operacional Padrão (POP) deverá especificar os
equipamentos de proteçãoindividual a serem utilizados, assim como apresentar instruções para
seu uso e descarte.
Informações importantes:
Procedimentos
• Preparar o material necessário;
• Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada;
• Colocar as luvas de procedimentos descartáveis;
• Explicar o procedimento ao paciente ou responsável (se for criança, procure tranquilizá-la);
• Fazer a antissepsia do lóbulo auricular com algodão embebido em álcool 70%;
• Fazer a demarcação com a caneta;
• Pedir que o usuário verifique se concorda com o local demarcado;
• Armar o aparelho (adaptação do brinco e tarraxa);
• Posicioná-lo no local demarcado (colocar a orelha entre o encaixe de tarraxa e o brinco,
alinhando a ponta do pino do brinco com a marca na orelha);
• Disparar o aparelho;
• Orientar procedimentos pós-perfuração;
• Registrar o procedimento.
• Observação: A antissepsia efetuada no paciente com algodão embebido em álcool 70%
pode também ser realizada com compressa não-tecido impregnada com álcool isopropílico
70% (Álcool Swab).
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Identificação e classificação
Acondicionamento
Classificação
A NBR 12.808 da ABNT classifica os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos potenciais
ao meio ambiente e à saúde pública, visando o seu gerenciamento adequado. Eles estão divididos
em três classes:
CLASSE A – RESÍDUO INFECTANTE - todo resíduo que, por sua característica de virulência,
infectividade e concentração de patogenias, apresenta risco adicional à saúde pública.
Sangue e hemoderivados (A2): bolsa de sangue após transfusão com prazo de validade vencido
ou sorologia positiva, amostra de sangue para analise, soro, plasma e outros subprodutos.
Cirúrgico, Anatomopatológico e Exsudado (A3): tecido, órgão, feto, peça anatômica, sangue e
outros orgânicos resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos contaminados por estes materiais.
CLASSE B – RESÍSUO ESPECIAL - todo resíduo cujo potencial de risco, associado a sua
natureza físico-química, requer cuidados especiais de manuseio e tratamento.
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Rejeito Radioativo (B1): material radioativo ou contaminado, com radionucletídeos proveniente de
laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, que contenha
radionucletídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na Norma
CNEN – Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radioativas, e cuja reutilização seja
imprópria ou não prevista
Resíduo Químico Perigoso (B3): resíduo tóxico, corrosivo, inflamável, explosivo, reativo,
genotóxico ou mutagênico conforme NBR 10.004.
CLASSE C - COMUM - todo resíduo que não se enquadram nos tipos A e B e que, por sua
semelhança com os resíduos domésticos, não oferecem risco adicional à saúde pública. Exemplo:
resíduo da atividade administrativa, dos serviços de varrição e limpeza de jardins, e restos de
alimentos que não entraram em contato com pacientes.
EXERCÍCIOS DE FIXACÇÃO
1-) Baseado no texto abaixo faça uma dissertação, sobre a contaminação do meio
ambiente.
Gerenciamento dos Resíduos Sólidos gerados nos Estabelecimentos de Saúde
Os resíduos sólidos gerados nos diversos tipos de estabelecimentos de saúde -
RSS,apesar de representarem uma pequena parcela do total dos resíduos sólidos gerados em
uma cidade, têm sido motivo de grande preocupação uma vez que não estão sendo manuseados
adequadamente nas FONTES GERADORAS, oferecendo, cada vez mais,riscos à população e
contribuindo para a degradação do meio ambiente.Ressalta-se que o manuseio inadequado dos
resíduos e o contato direto com pacientes e materiais, sem observar os aspectos higiênicos
básicos, evidencia a participação indireta dos resíduos na cadeia do processo infeccioso,
transmitindo o agente etiológico causador da doença, da fonte primária de infecção-reservatório
ao novo hospedeiro.Atualmente os serviços de saúde, tanto municipais quanto estaduais e
federais, estão buscando métodos e processos gerenciais, objetivando a redução dos percentuais
de infecções hospitalares, causadas pelo manuseio dos RSS uma vez que essa redução está
relacionada com a geração, segregação e o acondicionamento adequado desses
resíduos.Ressalta-se que a CETESB – Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de
São Paulo comprovou a presença de microrganismos patogênicos nos RSS, destacando-
se:Bactérias (bacilos gram-negativos entéricos, coliformes, salmonela thyphi, shiguela sp,
bacilos gram-negativos, pseudomonas sp, cocos gram-positivos, estreptococos, estaphilococus
aureus); Fungos (cândida albicans);Vírus (pólio tipo 1, vírus da hepatite A e B, influenza,
vacina, e vírus entéricos).
Apesar de alguns autores afirmarem que a maioria dos patógenos não sobrevive nos RSS,
em função das altas temperaturas geradas durante o processo de fermentação,sabe-se que em
alguns microrganismos o tempo médio de sobrevivência, em dias,varia muito, a exemplo do
apresentado no Quadro 1, a seguir, segundo SuberKeropp,K.F. e Klug, M. J., em Microbial
Ecology.
Quadro - Tempo médio de sobrevivência dos microorganismos nos RSS.
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XIII – Fontes de Radiação Química e Radioativa: Prevenção e Controle
Radiações
Formas de Radiações :
1. Radiação Ionizante
As radiações de alta energia têm energia suficiente para causar ionização das moléculas -
rompendo as moléculas em átomos ou grupo de átomos (H2O ---- H+ + OH-) - e os
radicais hidroxilas, por exemplo, são altamente reativos e destroem compostos celulares
como o DNA e proteínas.
exemplos: raios X e raios gama. Além de microbicidas os raios de alta energia são
capazes de penetrar em pacotes de produtos e esterilizar seus interiores são mais
utilizados para esterilizar alimentos e equipamentos médicos.
2. Radiação Não-Ionizante
A radiação UV tem um comprimento de onda entre 136 a 400 nm, que ao invés de
ionizar uma molécula excita os elétrons - resultando em uma molécula que reage diferente
das moléculas não-irradiadas. O DNA sofre a maior avaria a maior atividade bactericida
ocorre no comprimento de onda próximo de 260 nm (mais fortemente absorvido pelo DNA)
Lâmpadas especiais que emitem luz UV com comprimento de onda microbicida são
utilizadas para matar microrganismos - apenas os microrganismos da superfície de um
objeto são mortos
Este tipo de radiação é muito danoso para a retina dos olhos o manuseio com
transiluminadores com radiação UV deve ser prevenido com a utilização obrigatória de barreiras
faciais e óculos de proteção que retém essa radiação. É muito comum o uso dos óculos de
proteção, sem máscaras, no entanto deve-se tomar cuidado pois a exposição a essa radiação por
tempo prolongado e de forma cumulativa pode causar queimaduras ou câncer de pele.
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Todos os produtos químicos e frascos com soluções e reagentes devem ser
adequadamente identificados, com a identificação do produto, condições de armazenamento,
prazo de validade, toxicidade do produto.
O laboratório deve ter disponível a ficha de segurança química que contém informações
sobre o risco e cuidados no manuseio do produto químico e também a conduta adequada em
situações de emergência
SUBSTÂNCIAS CARCINOGÊNICAS
SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS
SOLVENTES
Álcool, acetona, éter, xilol, toluol. Não descarte na rede de esgotos, sem tratamento prévio.
ÁCIDOS / CORROSIVOS
HCl (ácido clorídrico), HNO3 (ácido nítrico), H2SO4 (ácido sulfúrico), CH3COOH(ácido acético),
tricloroacético, NaOH (hidróxido de sódio), KOH (hidróxido de potássio).
GRAU 1 DE RISCO
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GRAU 2 DE RISCO
GRAU 3 DE RISCO
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GRAU 4 DE RISCO
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XV – Agentes Químicos
Os agentes químicos não apresentam todos a mesma capacidade para a destruição dos
microrganismos de interesse médico, que incluem bactérias na forma vegetativa, vírus lipofílicos e
hidrofílicos, fungos, Mycobacterium tuberculosis e esporos bacterianos. Conforme a gama de
microrganismos que podem ser destruidos pelos agentes químicos, o processo é designado:
• a finalidade de uso;
• o atendimento aos critérios do agente ideal;
• o certificado do Ministério da Saúde.
Rótulos e instruções
• em língua portuguesa;
• nomes e endereços do fabricante e do fornecedor;
• nome, sigla do Conselho Profissional e número de registro do Responsável Técnico pelo
produto fabricado ou distribuído no Brasil;
• prazo de validade do produto;
• número de registro do produto na SVS/MS, que é composto de 11 dígitos.
• concentração de uso;
• tempo de ação;
• validade do produto
Aplicações
Cuidados
• Em função da toxicidade dos agentes químicos, que é tanto maior quanto mais eficiente
ele for, sua manipulação deve ser feita utilizando o EPI (equipamento de proteção
individual) adequado.
• Seu armazenamento deve ser feito em local arejado, fresco e ao abrigo da luz.
ESTERILIZANTES QUÍMICOS
• O material não pode permanecer estéril, uma vez que é esterilizado não embalado.
• Não existe teste biológico para comprovar a esterilidade.
Geralmente os agentes químicos apresentam ação desinfetante. Alguns deles podem ser
esterilizantes
• População alvo
• Condições ambientais
• Ação do agente
Outros Fatores
A matéria orgânica pode servir de barreira física, pois interage com os compostos ativos,
como o cloro, inibindo a ação direta. Ela pode apresentar-se sob várias formas como sangue, pús,
material fecal, resíduos de alimentos. Pode também agir formando complexos menos ativos e
deixando menor quantidade de agente químico disponível para atuar sobre os microrganismos.
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O álcool atua na inibição da microbiana por desnaturação de proteínas, razão pela qual o
álcool absoluto é menos efetivo, utilização então do álcool 70.
A- ETANOL
Vantagens
• Rapidamente bactericida.
• Tuberculocida e viruscida para vírus lipofílico.
• Econômico.
• Ligeiramente irritante.
Desvantagens
• Não é esporicida.
• Atividade diminuída em presença de biocarga.
• Atividade diminuída quando em concentração inferior a 60%.
• Atacam plásticos e borrachas.
• Evapora rapidamente das superfícies.
• É altamente inflamável.
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B- ALDEÍDOS E DERIVADOS
Classificação
Indicações
Vantagens
Desvantagens
• Apresenta toxicidade cutânea, celular e inalatória. Libera vapores tóxicos, razão para se
evitar o processamento de materiais em salas mal ventiladas, em recipientes sem tampa
ou com vazamentos. Aconselha-se o uso de máscaras com camada de carvão ativado
para diminuir o efeito tóxico, quando em manipulação freqüente.
• É alergênico.
• Não pode ser utilizado em superfícies.
• Sua atividade corrosiva aumenta com a diluição.
• Seu tempo de reutilização varia com a biocarga.
• Pode ser retido por materiais porosos, daí exigir enxágüe rigoroso, para evitar seus
resíduos tóxicos.
Obs.: Apesar de o formaldeído ser também um agente esterilizante, seus vapores irritantes, odor
desagradável e comprovado potencial carcinogênico, não o recomendam, devendo, portanto, ser
evitado.
Importância histórica;
Bactérias x bacteriostático;
(0,2 % a 1% in vivo)
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USO: em soluções aquosas ou com sabões;
Bifenóis halogenados: hexaclorofeno (proibido pela FDA por causar alterações no SNC).
D- HALOGÊNIOS
IODO:
USO: em soluções alcoólicas (2% de iodo ação imediata); anti-séptico mais utilizado em prática
cirúrgica.
CLORO:
LIMITAÇÕES: odor e gosto desagradáveis; inativo por matéria orgânica (combinado com a
matéria orgânica não age no microrganismo).
AÇÃO: combinam-se com as proteínas celulares, acumulam-se nas células e interferem em seu
funcionamento.
F- CORANTES
CRISTAL VIOLETA: age contra Gram Positivo, é fungicida e pode ser utilizado como anti-séptico.
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G- COMPOSTOS QUATERNÁRIO DE AMÔNIO
Vantajoso por ser: pouco tóxico; bastante solúvel; não corrosivo e muito estável
Estes produtos são recomendáveis para desinfecção ordinária de superfícies não críticas
como pisos, imobiliários e paredes. Além disso, são apropriados para desinfecção de superfícies e
equipamentos em todas as áreas relacionadas com alimentos. As formulações são apresentadas
na forma concentrada, com mais de um princípio ativo, devendo, portanto, ser diluídas de forma
adequada. Os compostos quaternários são de baixa toxicidade, porém podem causar irritação e
sensibilização da pele.
H- DETERGENTES SINTÉTICOS
Deprimem a tensão ou agem como umectantes que são utilizados para limpeza de
superfície.
Os sabões comuns são pouco bactericidas sendo mais eficazes na remoção mecânica.
I- ÁCIDOS E ALCALIS
São ESPORICIDAS
ESTERILIZANTES GASOSOS
Aplicados a ambientes e materiais termo sensíveis ou que não possam ser submetidos a
soluções.
LIMITAÇÃO: inflamável.
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LIMITAÇÃO: baixo poder de penetração, toxicidade, carcinogênica e lacrimejante.
As maiores temperaturas e maior tempo devem ser usados para eliminar as espécies formadoras
de esporos (Bacilus e Clostridium).
Os esporos têm que ser submetidos a temperaturas maiores que 100ºC por 15 a 20 minutos.
O aparelho utilizado para este processo é a autoclave, composto por uma câmara- onde se
acondiciona o material, por uma válvula na porta- que mantem a pressão interna mediante
instrumentos que medem a pressão interna e a temperatura. Seu funcionamento combina a ação
do calor, pressão e umidade na destruição de microrganismos, por agirem na estrutura genética
da célula.
A autoclave funciona sob pressão de 1 a 18 atmosferas, dependendo do equipamento. O
tempo de exposição do material ao vapor varia de acordo com o seu tipo, temperarura e pressão
atmosférica. De forma geral, para o material de superfície, o tempo necessário é de 30 minutos
em temperatura de 121° C ou 15 minutos em temperatura de 134°; para o material de densidade,
30 minutos em temperatura de 121°ou 15 minutos em temperatura de 134°C.
Este tipo de esterelização esta indicado para todo material resistente ao calor úmido, como
tecidos, materiais de borracha e de metal. È contra-indicado para materiais termossensiveis ,
Após o material ser colocado na autoclave, inicia-se a drenagem do ar dentro da câmara e
do ar residual dentro dos pacotes, para que o vapor possa entrar em contato com os materiais
neles contidos.
Para assegurar a correta esterilização dos materiais, faz-se necessário a adoção de alguns
cuidados que facilitam a circulação e penetração do vapor no material , tais como: utilizar somente
80 % da capacidade de armazenamento da câmara, com materiais que requeiram o mesmo
tempo de esterilização; evitar que os pacotes encontrem nas paredes do aparelho e ente eles;
colocar os pacotes maiores na parte inferior e os menores na parte superior do aparelho, dispondo
os jarros, bacias e frascos com a boca para baixo, para faciliar a remoção do ar e do vapor.
Para se verificar se a esterelização dos materiais esta realmente ocorrendo, deve-se
observar se a pressão e a temperatura estão nos níveis programados, durante todo o ciclo. Caso
isto não ocorra, o processo deve ser interrompido e a manutenção do aparelho deve ser
solicitada.
Ao termino do ciclo deve-se entreabrir a porta do aparelho por um período de 5 a 10
minutos, para a completa secagem dos pacotes e materiais pelo calor das paredes da câmara.
Finalmente, os pacotes devem ser retirados e só colocados em superfícies frias após
perderem completamente o calor, para evitar a formação de umidade ao contato.
Complementando o processo, os pacotes devem ser datados e encaminhados para a sala de
armazenamento.
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Vapor d'água
• o vapor d'água sob pressão é a mais prática e segura aplicação do calor úmido. O
aparelho destinado a este fim é a AUTOCLAVE, desenvolvida no século XIX.
• a câmara de parede dupla da autoclave é primeiramente lavada com vapor fluente para
remover todo o ar
• é então preenchida com vapor puro e mantida a uma determinada temperatura e pressão
por um período específico de tempo. É essencial que todo o ar residual inicialmente
presente na câmara seja completamente substituído por vapor d'água - se o ar estiver
presente reduzirá a temperatura interna da autoclave , e é a temperatura e não a pressão
no interior da câmara que mata os microrganismos
• uma autoclave é usualmente operada à uma pressão de 15 lb/pol2, na qual a temperatura
de vapor é de 121 oC. Leva mais tempo para um calor penetrar em um material viscoso ou
sólido do que em um material fluido. Quanto maior o volume mais tempo para o calor
penetrar.
32 x 200 mm 13 - 17
38 x 200 mm 15 - 20
Frascos Erlenmeyer
50 ml 12 - 14
500 ml 17 - 22
1.000 ml 20 - 25
2.000 ml 30 - 35
Garrafas de diluição, 100 ml 13 - 17
Frascos de soro, 9.000 ml 50 - 55
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A- Fervura
2- CALOR SECO
A- Flambagem : Oxidação de todo material até formar cinzas: Método eficaz de esterilização.
Alça e fio de platina.
B- Incineração: Oxidação de todo material até formar cinzas. Papeis, carcaça de animais, restos
de curativos, algodão e gazes utilizados em hospitais. Incineração: lixo hospitalar, alça de
inoculação, etc.
C- Fornos: Oxidação: Método eficaz de esterilização. Ficar atento ao binômio tempo x
temperatura. Vidraria e outros materiais resistentes a altas temperaturas
D-Estufa: para vidraria, pós e óleos:
150ºC- 170ºC por 2 horas; 180ºC-200ºC por 1 hora e meia.
3- FILTRAÇÃO
Remoção mecânica: Separação de bactérias, fungos em meios ou soluções líquidas e gases. Útil
na eliminação total de bactérias e fungos em produtos líquidos termolábeis e na filtração do ar em
câmaras e salas.
4- RADIAÇÕES:
A- Ionizantes: Destroem DNA, formam radicais superativos: Método eficaz de esterilização mas
de custo elevado (raio gama). Usado para esterilização de produtos cirúrgicos.
exemplos: raios X e raios gama. Além de microbicidas os raios de alta energia são capazes de
penetrar em pacotes de produtos e esterilizar seus interiores são mais utilizados para esterilizar
alimentos e equipamentos médicos
B-Não ionizantes: Alteram DNA através da formação de dímeros. As radiações ultravioletas têm
emprego restrito como esterilizante. Lâmpadas germicidas
(U.V. lâmpadas especiais que emitem luz UV com comprimento de onda microbicida são
utilizadas para matar microrganismos - apenas os microrganismos da superfície de um objeto são
mortos
5-BAIXAS TEMPERATURAS:
6-DESSECAÇÃO:
7-PRESSÃO OSMÓTICA:
meio com alta concentração de sais (concentração salinas acima 1% são prejudiciais a maioria
das bactérias).
8- FILTRAÇÃO:
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Referências Bibliográficas:
LIMA e SILVA, F.H.A. Barreiras de Contenção. In: Oda, L.M. & Avila, S.M. (orgs.). Biossegurança
em Laboratórios de Saúde Pública. Ed. M.S., p.31-56, 1998. ISBN: 85-85471-11-5
www.aids.ms.gov.br
www.fob.usp.br/adm/comissoes/bioseg/cap09.htm
www.saúde.ba.gov.br
www.livronline.com.br
www.biossegurança.ufsc.br
www.cro-rj.org.br
www.crfsp.org.br/farmaceutico/cartilha/Residuos.pdf
National Fire Protection Association, 1991. Fire Protection Guide to Hazardous Materials. NFPA
704-m National Fire Protection Association.Quincy, Massachusetts. USA.
Armour, M. A., et al., 1984. Hazardous Chemicals: Information and Disposal Guide. University of
Alberta, Edmonton, Alberta, Canada.
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