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Classes de Palavras 03
Testes 10
Gabarito 16
Análise de Textos 17
Testes 19
Gabarito 24
Seqüência Linear 25
Testes 27
Gabarito 31
Denotação e Conotação 32
Testes 33
Gabarito 38
Acentuação Gráfica 39
Testes 42
Gabarito 45
O porquê 46
Testes 47
Gabarito 50
Parônimos 51
Padrões Frasais 53
Pronomes Oblíquos 56
Testes 60
Gabarito 61
Transformação Passiva 62
Testes 66
Gabarito 70
Verbos 73
Testes 79
Gabarito 89
Concordância Verbal 90
Testes 94
Gabarito 105
Paralelismo 106
Testes 109
Gabarito 110
Regência Verbal 111
Testes 116
Gabarito 128
Crase 129
Testes 133
Gabarito 148
Concordância Nominal 149
Testes 153
Gabarito 154
Pontuação 155
Testes 161
Gabarito 186
Discurso Direto e Indireto 187
Testes 190
Gabarito 195
Os Articuladores 196
Testes 199
Gabarito 207
Radicais – Prefixos – Sufixos 208
Testes 212
Gabarito 223
Português 2 Professor Paulo Ricardo
CLASSES DE PALAVRAS
SUBSTANTIVOS
ADJETIVOS
ARTIGOS
VERBOS
PRONOMES
NUMERAIS
ADVÉRBIOS
PREPOSIÇÕES
INTERJEIÇÕES
CONJUNÇÕES
Através da esquematização acima, podemos, por eliminação, determinar a classe gramatical de muitas palavras.
Exemplos:
O SUBSTANTIVO:
Exemplos:
CONCLUSÃO DOIS: Somente a frase pode precisar a classe gramatical de uma palavra.
Exemplos:
A SUBSTANTIVAÇÃO DO ADJETIVO:
A ADJETIVAÇÃO DO SUBSTANTIVO:
OS PRONOMES
Primeiramente podemos diferenciar os pronomes em substantivos e adjetivos. Vejamos alguns exemplos:
OBS.: São locuções pronominais indefinidas cada qual, cada um, qualquer um, qualquer outro, quem quer
(que).
EXERCÍCIOS DE AULA:
3) O vinho estava gelado. 14) As pessoas falavam, com incrível respeito, das
atitudes coerentes daquele profissional.
4) O vinho descia gelado.
15) A compra constante do produto mencionado
5) Todos eram responsáveis. dificulta o controle de nossa economia.
7) O anoitecer era esperado por todos. 17) Os gordos normalmente se movem com mais
dificuldade que os magros.
8) Não vou mais falar sobre isso.
18) Carne gorda faz mal à saúde; já a magra não faz.
9) Sairemos à noite.
19) Sua enorme inteligência musical propiciava que o
10) Sairemos ao anoitecer. menino cantor superasse os renomados
concorrentes, com naturalidade. .
11) Beba mais um pouco de água.
O ADVÉRBIO
Exemplos:
ADJETIVOS X ADVÉRBIOS
ARTIGOS X NUMERAIS
a) Semelhanças
b) Diferenças
01) “Mais” e “menos” são palavras tradicionalmente classificadas como advérbios, já que comumente modificam
um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Em qual dos casos abaixo “menos” ou “mais” não pode ser
classificado como advérbio, por não corresponderem às características dessa classe gramatical?
A) mais atraentes
B) mais seguros
C) menos arriscados
D) mais elevadas
E) menos esforços
1 A notícia saiu no “The Wall Street Journal”: a “ansiedade superou a depressão como problema de saúde
2 mental predominante nos EUA”. Para justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a um psicoterapeuta e a um
3 sociólogo. O primeiro descreve “ansiedade como condição dos privilegiados” que, livres de ameaças reais, se dão
4 ao luxo de “olhar para dentro” e criar medos irracionais; o segundo diz que “vivemos na era mais segura da
5 humanidade” e, no entanto, “desperdiçamos bilhões de dólares em medos bem mais ampliados do que seria
6 justificável”. Sem meias palavras, os peritos dizem algo mais ou menos assim: os americanos estão nadando em
7 riqueza e, como não têm do que se queixar, adquiriram o costume neurótico de desentocar medos irracionais para
8 projetá-los no admirável mundo novo ao redor.
9 A explicação impressiona pela ingenuidade ou pela má-fé. Ninguém contrai o “mau hábito” de olhar para
10 dentro de si do dia para noite. A obsessão consigo não é um efeito colateral do modo de vida atual; é um dos seus
11 mais indispensáveis ingredientes. O crescimento exagerado do interesse pelo “mundo interno” e pelo corpo é a
12 contrapartida do desinteresse ou hostilidade pelo “mundo externo” e pelos outros. Diz o catecismo: só confie em
13 seu corpo e sua mente. O resto é concorrente; o resto está sempre cobiçando e disputando seu emprego, seu
14 sucesso, seu patrimônio e sua saúde. Sentir medo e ansiedade, em condições semelhantes, é um estado
15 emocional perfeitamente racional e inteligível.
16 Em bom português, sentir-se condenado a jamais ter repouso físico ou mental, sob pena de perder a saúde,
17 a longevidade, a forma física, o desempenho sexual, o emprego, a casa, a segurança na velhice, pode ser um
18 inferno em vida para os pobres ou para os ricos. Os candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos e
19 bem menos ociosos do que pensam o psicoterapeuta e o sociólogo.
03) Assinale a única alternativa em que a expressão dos parênteses define corretamente a classe gramatical, na
frase, da palavra sublinhada.
A) No ritmo atual da destruição, uma (artigo indefinido) espécie se extingue a cada 20 minutos.
B) Há muito para ser feito, mas o tempo é curto (advérbio de modo).
C) Mostrar uma área da Mata Atlântica que tenha se (conjunção subordinativa condicional) regenerado.
D) Se quiser convencer alguém (pronome pessoal oblíquo) da importância da biodiversidade...
E) ...sendo a nossa melhor (adjetivo) arma.
Limpando a barra
1 A Mata Atlântica brasileira parece uma fonte inesgotável de notícias ruins. Restam hoje 8% do território de
2 1,3 milhão de quilômetros quadrados coberto por esse tipo de vegetação na época do descobrimento. Mas no
3 maior trecho de mata contínua dessas reservas apareceu finalmente uma boa novidade. Empresas estão
4 associando-se a organizações não-governamentais para fundar reservas na região de Guaraqueçaba, no Paraná,
5 onde ainda sobrevivem 3.100 quilômetros quadrados de mata, duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Ali,
6 é possível encontrar fauna e flora há muito desaparecidas de outros pontos. Uma parte desse tesouro está
7 protegida por reservas do Ibama, como o Parque Nacional do Superagüi, mas, fora dessas regiões, empresas
8 como a indústria de perfumes O Boticário e a gigante do setor elétrico americano American Electric Power já
9 adquiriram áreas para mantê-las intocadas. A General Motors deve escolher até novembro o naco de terra que
10 pretende comprar.
11 Trata-se, para algumas companhias, de apenas mais um negócio. A American Electric Power, por exemplo,
12 compromete-se a preservar 7.000 hectares porque tem de compensar a poluição que suas termelétricas
Português 10 Professor Paulo Ricardo
13 provocam. A GM, maior empresa privada do mundo, estuda investimento com o mesmo propósito. A base desse
14 acerto é um acordo assinado na Conferência de Kioto, em 1997, pelo qual os países se comprometeram a diminuir
15 em 5,2% ao ano a emissão de dióxido de carbono. A preservação de matas que absorvem o carbono é um dos
16 caminhos que as companhias acreditam possíveis para cumprir sua cota.
17 A história de proteção em Guaraqueçaba começou há dez anos, quando a Fundação Oasi Maria
18 Santíssima, uma ONG italiana, comprou 1.500 hectares de uma área com 8 quilômetros de costa. Com a ajuda do
19 Instituto Smithsonian, essa porção está sendo ampliada. No futuro, o potencial de seqüestro de carbono será
20 negociado com empresas interessadas. Três anos depois da chegada dos italianos, a Fundação O Boticário
21 comprou uma reserva, dotou-a de infra-estrutura para turistas e iniciou um projeto para convencer as famílias da
22 região a trocar a extração de palmitato pela produção de artesanato. Em 1997, houve a venda do Bamerindus ao
23 HSBC e a tutela, pelo Banco Central, de sua fazenda na área, hoje na mira do Ibama.
04) Indique a opção em que uma das palavras não pertence à mesma classe gramatical das outras três.
A) cumprir (l.16), há (l.6), Limpando (título), será (l.19)
B) seqüestro (l.19), hectares (l.18), ampliada (l.19), costa (l.18)
C) de (primeiro da l.1), por (l.2), a (l.12), com (l.13)
D) esse (l.2), sua (l.16), outros (l.6), -las (l.9)
E) brasileira (l.1), inesgotável (l.1), contínua (l.3), quadrados (l.5)
1 O Brasil tem uma das menores populações negras do mundo, para o IBGE. “Se continuar como está, o
2 censo demográfico ainda irá mostrar que o Brasil tem menos negros do que a França”, _______ Wania Sant’Anna,
3 historiadora e pesquisadora. Com a segunda maior população negra do mundo, conforme relatório do Programa
4 das Nações Unidas para o Desenvolvimento, publicado em 1997, o Brasil possuiria, para o IBGE, a pouco
5 expressiva porcentagem de 5% de negros em sua população, segundo o censo demográfico de 1991. Para o
6 IBGE, também fazem parte do caldeirão racial brasileiro 45% de pardos e 50% de brancos.
7 Na mira dos ativistas negros, a categoria “pardos”, no questionário do censo do IBGE, é vista como
8 “inconsistente”. Segundo eles, esse é um balaio-de-gatos que dificilmente é alcançado por políticas sociais. “Um
9 diálogo franco e aberto entre os brasileiros pode levar a população parda a se declarar negra. Não queremos
10 colocar camisa-de-força em ninguém. Gostaríamos que os pardos fossem mais livres para dizer: “Eu tenho esta
11 origem e não tenho problemas com relação a isso”,______ Ivanir das Santos, secretário executivo do Centro de
12 Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).
13 A solução apontada pelo IBGE para a demanda do movimento negro é incluir no questionário do ano
14 2000, além da habitual pergunta sobre cor e raça, uma questão sobre a origem. “Acho pertinente, porque nunca
15 investigamos no Censo as origens do povo brasileiro. De antemão, através de nossos testes, já sabemos que
16 poucas pessoas pardas se dizem afrodescendentes”,_______ Simon Schwartzman, presidente do IBGE.
05) Adjetivos podem funcionar como substantivos no contexto da frase em que se encontram. Observe os
contextos em que ocorrem os adjetivos abaixo.
1. negras (l. 1)
2. negros (l. 2)
3. brasileiros (l. 9)
4. parda (l. 9)
5. pardos (l. 10)
6. brasileiro (l. 15)
Os que funcionam como substantivos são apenas os de números
A) 1, 2 e 3.
B) 2, 3 e 5.
C) 3, 4 e 6.
D) 4, 5 e 6.
E) 1, 2, 3 e 4.
...Faço algumas referências ao período depois de 1964, porque pertinentes, acredito, ao evento, mas o
que me interessa é o antes e o durante.(...)
06) Observe as seguintes afirmações sobre o trecho acima.
I. O uso do artigo indica que as palavras antes e durante funcionam como substantivos na oração em que
ocorrem.
II. O trecho indica o recorte específico que o autor fará ao formular sua versão dos eventos históricos
relacionados a 1964.
III. O uso de me indica que os fatos a serem relatados interessam exclusivamente ao autor.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Português 11 Professor Paulo Ricardo
1 É visível a cisão entre a música de “alto repertório”, composta hoje ou recentemente, e a música popular, no
2 caso atual a música de mercado. Elas atuam em faixas sociais diferentes: falam a segmentos de público
3 completamente desiguais e vão em direção ....... experiências de tempo opostas. A música de concerto
4 contemporânea explorou conscientemente dimensões do tempo que contestam a escuta linear, negam .....
5 repetição e questionam o pulso rítmico. A música das massas marca o pulso rítmico e a repetição e apela .....
6 escuta linear. Uma contesta o tom e o pulso, outra repete o tom e o pulso, gerando a polarização entre a música
7 que convida à “dança do intelecto” e a música que se limita à “dança hipnótica dos quadris”.
07) Há palavras que, dependendo do contexto em que ocorrem, pertencem ora a uma classe gramatical, ora a
outra. Esse não é o caso de
A) popular (l. 1)
B) vão (l. 3)
C) escuta (l. 4)
D) massas (l. 5)
E) entre (l. 6)
...A arquiteta devia entender que com um “por fora” a avaliação da dívida seria irrisória.
08) Considere as seguintes afirmações sobre o uso de por fora no trecho acima.
I. A presença do artigo que a precede indica que a expressão está sendo usada com valor de substantivo.
II. A expressão aparece entre aspas para indicar que o autor está utilizando uma expressão de difícil
compreensão.
III. A expressão refere-se ao pagamento de propina e, devido ao seu significado original, deixa expressa a
ilegalidade desse tipo de gratificação.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
09) Assinale a alternativa que indica a classe gramatical correta das palavras destacadas.
“Como é fácil observar, cada um desses grupos traz consigo a cultura de origem, transplantando-a para a
convivência com as outras”.
A) pronome – substantivo – pronome
B) artigo – substantivo – adjetivo
C) artigo – substantivo – pronome
D) pronome – verbo – advérbio
E) artigo – verbo – adjetivo
Observe o fragmento:
“(...) quando perde o controle e libera seus instintos animais primitivos.”
10) Identifique o período em que as palavras sublinhadas têm, respectivamente, a mesma classe de “controle” e
“animais” do fragmento proposto.
A) É preciso que você controle os animais.
B) Ele conseguiu manter o controle de suas inclinações animais.
C) O controle dos animais não deve ser descuidado.
D) Há necessidade de que ele controle os impulsos animais.
E) Não há controle dos animais primitivos.
11) O período a seguir apresenta cinco segmentos sublinhados, um dos quais NÃO faz parte da classe dos
substantivos. Identifique-o, assinalando a letra correspondente.
“Numa aparente contradição à famosa lei da oferta e da procura, o livro no Brasil é caro porque o brasileiro
não lê”.
A) contradição
B) oferta
C) procura
D) caro
E) brasileiro
12) Em “Vencer esse suposto paradoxo alfabetizando a população e incentivando-a a ler cada vez mais”, as
palavras sublinhadas classificam-se, respectivamente, como
A) preposição, pronome oblíquo, artigo D) preposição, artigo, pronome oblíquo
B) pronome oblíquo, preposição, artigo E) artigo, artigo, preposição
C) artigo, pronome oblíquo, preposição
Português 12 Professor Paulo Ricardo
1 Estudos demográficos vêm afirmando, cada vez mais, o crescimento do contingente de idosos em todo o
2 mundo. À medida que as sociedades se desenvolvem, cresce também a idade de suas populações, pois a
3 longevidade é uma conquista do desenvolvimento e isso é um processo irreversível.
4 A cada década multiplica-se o número de idosos, por um esforço das ciências criadas pelos homens; mas, o
5 que não parece certo é essa extraordinária conquista seja amiúde acompanhada de circunstâncias tão
6 inadequadas que acabam por transformar o viver em um pesado fardo, tomando os homens receosos de
7 ingressarem nesse tempo de vida.
8 A fonte da juventude ainda é uma conquista utópica; porém, em contrapartida, a fonte da vida vem sendo
9 descoberta e entregue aos homens que dela se apossam sem que, todavia, criem condições para utilizá-la de
10 forma adequada. É um contra-senso tanto esforço por um prolongamento da vida se o que se oferece é um estado
11 quase sem vida.
12 A moral social parece ter, durante muitos anos, se descuidado desse grupo etário, pois todas as grandes
13 disposição em qualquer sociedade estão sempre mais voltadas ao atendimento prioritário dos jovens, e, muito
14 embora não existam formalmente diferenças de direito entre jovens e idosos, a política desenvolvimentista está
15 sempre mais atenta para os primeiros. (...) O mesmo acontece com as medidas sociais, que deveriam ter por
16 escopo atender os grupos socialmente desfavorecidos, dentre os quais se inclui o dos idosos, face a toda uma
17 gama de dificuldades de acesso a bens de riqueza de uma coletividade. Ao contrário, o que se vê é a criação,
18 cada vez maior, de injustas imagens sobre esse grupo, fazendo com que todas as manifestações advindas dos
19 idosos sejam motivo de verdadeiro escândalo, face ao total desconhecimento de suas capacidades e
20 expectativas.
21 Interessante é ver que estamos criando na juventude um mundo que, fatalmente, nos rejeitará no tempo da
22 velhice; e, dessa forma, parece absurdo se trabalhar tanto por um futuro no qual não existirá um espaço social
23 para aqueles que o construíram.
24 As sociedades precisam, urgentemente, reformular suas idéias sobre a velhice, eliminando as posturas
25 preconceituosas que tanto aviltam a dignidade que, durante milênios de evolução, a espécie humana tem lutado
26 para conquistar. É necessário que se prolonguem ou se criem oportunidades novas para os que envelhecem,
27 mantendo-os ativos e participantes segundo suas condições psicofísicas para, com isso, devolver-lhes sua total
28 dimensão.
13) Assinale o item em que, no texto, os vocábulos pertencem à mesma classe gramatical.
A) isso (l. 3) – que (l. 6) – que (l. 15)
B) pois (l. 2) – mas (l. 4) – para (l. 26)
C) o (primeiro da l. 1) – a (l. 4) – a (l. 8)
D) por (l. 4) – ainda (l. 8) – se (l. 10)
E) conquista (l. 3) – jovens (l. 14) – idosos (l. 14)
1 Inúmeras invenções já foram projetadas para economizar tempo. Entretanto, dois séculos de incrível avanço
2 tecnológico nos induziram a um estilo de vida em que o tempo parece estar desaparecendo. Vivemos numa
3 cultura que nos prende a uma armadilha: fazemos muitas coisas, assumindo muitas responsabilidades e dizemos
4 sim a muitas oportunidades. Segundo Jeremy Rifkin, somos “esmagados por planos que não podem ser
5 executados, compromissos que não podem ser honrados, agendas e prazos que não podem ser cumpridos”. Esta
6 é a nova pobreza: fazemos parte de uma sociedade rica materialmente, mas pobre em relação ao tempo. A
7 qualidade do tempo dedicado ao convívio humano simplesmente desapareceu de nossas vidas.
8 Ao questionar a falta de tempo, nossa cultura está, de fato, lidando com a eterna questão sobre o
9 significado da vida humana. O que, a princípio, pode parecer um problema exclusivo da nossa era é, na verdade,
10 a nossa versão de uma indagação presente no âmago da própria natureza humana.
11 Nossas vidas refletem a relação com nossa mente. A mente agitada não vive o momento presente. Apesar
12 de todas as vantagens que a tecnologia nos promete, ela também nos seduz com o pensamento daquilo que não
13 faz momento presente. A tecnologia exige tão pouco do nosso corpo ou da nossa sensibilidade emocional, que
14 perdemos a noção da nossa existência presente. Somos inclinados a nos identificar somente com nosso
15 pensamento. Com isso, esquecemos que a verdadeira experiência humana envolve a participação da mente, do
16 coração e do corpo.
17 Podemos reconquistar o tempo e, conseqüentemente, o poder para viver no presente. Isso é possível se
18 agirmos de forma dinâmica e criativa no novo mundo que se apresenta à nossa frente.
14) Estabeleça a relação correta entre as palavras extraídas do texto, na coluna da direita, e a classe gramatical a
que pertencem, na coluna da esquerda.
15) Relacione as palavras da coluna da direita a sua respectiva classe gramatical, considerando seu emprego no
texto.
16) A palavra sublinhada é diferente das demais pelo seu uso na frase da alternativa
A) Dedicado a problemas de saúde da população, Oswaldo Cruz tornou-se um grande nome da medicina.
B) A febre amarela é uma doença tropical a que muitos ainda estão sujeitos.
C) A poucos passos do seu final, a pesquisa já evidenciava resultados alentadores.
D) A campanha de vacinação contra a paralisia infantil do ano passado foi a mais bem sucedida dos últimos
anos.
E) Boatos estranhos começaram a circular no Rio de Janeiro do início do século.
1 Observe-se uma cidade brasileira. Nela, há um nítido movimento rotineiro. Do trabalho para casa, de casa
2 para o trabalho. A casa e a rua interagem e se complementam um ciclo que é cumprido diariamente por homens e
3 mulheres, velhos e crianças. Pelos que ganham razoavelmente e até mesmo pelos que ganham muito bem. Uns
4 fazem o percurso casa-rua-casa a pé; outros seguem de bicicleta. Muitos andam de trens, ônibus e automóveis,
5 mas todos fazem e refazem essa viagem que constitui, de certo modo, o esqueleto da nossa rotina diária. Há uma
6 divisão clara entre dois espaços sociais fundamentais que dividem a vida social brasileira: o mundo da casa e o da
7 rua - onde estão, teoricamente, o trabalho, o movimento, a surpresa e a tentação.
8 É claro que a rua serve também como espaço típico do lazer. Mas ela, como conceito inclusivo e básico da
9 vida social – como “rua” - , é o lugar do movimento, em contraste com a calma e a tranqüilidade da casa, o lar e a
10 morada.
17) A palavra sublinhada serve para generalizar a expressão à qual se relaciona em
A) “uma cidade brasileira” (l. 1)
B) “um nítido movimento” (l. 1)
C) “essa viagem” (l. 5)
D) “uma divisão clara” (l.5 e 6)
E) “dois espaços sociais fundamentais” (l. 6)
1 Para alguns milhares de adolescentes brasileiros férias de julho são sinônimo de pegar um avião rumo ao
2 mundo mágico da Disney. No ano passado, porém, um grupo de 70 garotos paulistanos, entre 11 e 16 anos, optou
3 por conhecer a dura realidade brasileira, atendendo a chamado de uma das várias escolas que vêem hoje nesse
4 tipo de projeto as mais eficientes aulas de cidadania. Abdicando do conforto de seus luxuosos apartamentos,
Português 14 Professor Paulo Ricardo
5 conviveram durante uma semana com colonos sem-terra no interior do Paraná. “Aprendi a ver o mundo com olhos
6 diferentes, e percebi que tem muita coisa que posso fazer”, afirma um dos jovens, que ao retornar engajou-se em
7 outro projeto social da escola, dando aulas de reforço para meninos de uma favela adjacente. “Foi uma
8 experiência marcante, e quero ajudar outros a entender que a realidade é muito maior do que as festas e o
9 shopping que curto”, revela outro adolescente, que este ano volta ao projeto como monitora.
10 .
18) Considerando o uso de elementos relacionadores no texto, só não existe equivalência entre os termos
grifados na alternativa
A) “de 70 garotos paulistanos” (l. 2)
composto por 70 garotos paulistanos
B) “entre 11 e 16 anos” (l. 2)
de 11 a 16 anos
C) “das várias escolas” (l. 3)
dentre as várias escolas
D) “durante uma semana” (l. 5)
por uma semana
E) “a entender (l. 8)
para entender
1 ...As teses vão desde a crença no caráter pernicioso e decisivo para a deformação infantil da programação
2 “cheia de sexo e violência” da tevê, até a afirmação da mais absoluta neutralidade do meio quanto ao processo de
3 construção da personalidade humana. Umas dizem que as crianças bombardeadas por horas diárias de televisão
4 violenta e pornográfica formam-se à sua imagem e semelhança e por isso são bandidas, insubordinadas e
5 avessas ao estudo, em escala realmente crescente.(...)
...O “hominus brasiliensis” não é páreo mais nem pro tiranossaurus rex.(...)
20) A contração .......... e ............ forma a palavra “pro” que é usualmente da fala popular.
A) do pronome – da preposição
B) do artigo – do pronome
C) do pronome – do artigo
D) da preposição – do pronome
E) da preposição – do artigo
A) lentos
B) Marx
C) justiça
D) país
E) trem
No dia 20 de julho de 1969, dois homens pisaram pela primeira vez na lua. Passados vinte anos do evento
literalmente mais espetacular da história humana documentada, que esgotou o estoque da melhor retórica da
espécie, a conquista do cosmo parece menos próxima...
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
1 Salmam Rushdie era para ser a estrela da terceira Festa Literária Internacional de Parati e foi. Só se
2 decepcionou quem esperava que ele se comportasse como estrela. É um homem ................ e afável, e sua
3 participação foi um dos pontos altos de um acontecimento que de tantos pontos altos pareceu uma cordilheira. A
4 começar pelo começo, uma bela homenagem a Clarice Lispector, seguida de um magnífico show de Paulinho da
5 Viola que acabou com todo .............. sambando – até, não duvido, o Salman Rushdie.
6 Outro pico do evento foi a palestra do Ariano Suassuna, cujo tema era para ser “Brasil, arquipélago de
7 culturas”, mas no fim foi o espetáculo de Ariano Suassuna sendo Ariano Suassuna, outro show inesquecível. Das
8 outras mesas (que eu vi, esqueci a ubiqüidade em casa e não pude ir a tudo), destaque para o israelense David
9 Grossman e o Sri-landês, se é assim que se diz, Michael Ondaatje falando sobre suas obras, a crítica Argentina
10 Beatriz Sarlo e o Roberto Schwartz – na mesa em que foi servida a iguaria intelectual mais fina da festa -, Jô
11 Soares e Isabel Lustosa falando de humor com muito humor, o rapper e sociólogo espontâneo MV Bill, com Luiz
12 Eduardo Soares e Arnaldo Jabor, no que foi certamente a .............. mais emocional e emocionante de todas, e o
13 americano John Lee Anderson e o português Pedro Rosa Mendes falando de suas experiências como repórteres
14 de guerra no Iraque e em Angola, respectivamente.
15 Eu falei para um grande grupo de crianças na Filipinha, um programa paralelo dirigido a escolares da região, e
16 uma das perguntas que vieram da platéia foi: “O senhor sabe ler?” Pergunta básica e perfeita e mais importante do
17 que imaginava a pequena autora. Ela checava as minhas credenciais para ser escritor e estar ali mandando todos
18 lerem. Saber ler não significa apenas ser alfabetizado ou interpretar um texto como faz o Salmam Rushdie, que lê
19 como o ator frustrado que confessou ser. Também significa saber ler a realidade à sua volta, como fazem David
20 Grossman, que vive em Jerusalém e tenta se manter racional e humano em meio aos ódios dos dois lados, ou MV
21 Bill, que nasceu na Cidade de Deus e sobreviveu e hoje faz a leitura mais certa do que é ser negro e pobre no
22 Brasil. E aprender a ler também significa descobrir escritores, como se faz na Flip. Saí de Parati decidido a ler tudo
23 que encontrar do Grossman e da Beatriz Sarlo, por exemplo. Poderia ter respondido à menina que não, ainda não
24 sabia ler como deveria, mas que chegaria lá.
25
24) Considere as seguintes afirmações sobre o uso as preposição de.
I – Em de tantos pontos altos (l. 03), a preposição de poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido, por
graças a.
II – Em seguida de um magnífico show (l. 04) e falando de suas experiências (l.13), a preposição de
estabelece idêntica relação semântica entre os elementos que liga.
III- Em show de Paulinho (l. 04), a preposição de exprime autoria, como em tudo [...] do Grossman (l. 22 e 23).
A) Apenas II.
B) Apenas III.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.
GABARITO: 01-E, 02-A, 03-E, 04-B, 05-B, 06-C, 07-D, 08-D, 09-A, 10-B, 11-D, 12-C, 13-E, 14-E, 15-D, 16-D,
17-A, 18-E, 19-E, 20-E, 21-A, 22-E, 23-D, 24-D
→
C
→
I
→
A
ATENÇÃO: Nas alternativas de resposta, o uso dos adjuntos adverbiais, muitas vezes, objetiva
Para saber diferenciá-las, quando se tratar de textos grandes, é importante conhecer a estruturação tradicional deles.
TESTES:
Está na última moda dizer que algo ou alguém que se destaque da multidão por suas qualidades
extraordinárias é diferenciado. De repente todo mundo quer ser diferenciado, embora, curiosamente, ninguém
queira ser diferente. Diferenciar diferente e diferenciado tornou-se uma habilidade social básica, que a maioria de
nós exerce de forma intuitiva, sem pensar. Se formos refletir, porém, vamos descobrir que a diferença entre
diferente e diferenciado pressupõe valores que boa parte de nós teria vergonha de assumir.
Ninguém tem dúvida quando se anuncia que o atendimento prometido pelo gerente daquele banco é
diferenciado: quer dizer que não se confunde com o tratamento-padrão dispensado ........... massa dos cliente
otários. Inclui cafezinho, água gelada e, quem sabe, dicas de investimento vazadas diretamente da mesa de
operações do Banco Central. O privilégio parece natural porque também nós somos, a nossos próprios olhos,
diferenciados. Aliás, diferenciadíssimos.
1 Consta que ao iniciar uma das palestras, durante sua mítica visita ao Brasil, Jean-Paul Sartre encarou a
2 platéia, vasculhou o recinto com os olhos incertos e disparou a pergunta: Onde estão os negros? O Brasil não era
3 um país de ampla população negra? Não se tratava, além disso, de uma das raras democracias raciais do planeta?
4 Sendo assim, onde estavam os negros? Sartre vasculhava o recinto e não via nenhum. Por que haviam faltado
5 naquele dia?
6 Tal visita é mítica porque constitui um marco, como os mitos, e também porque, como os mitos, deixou atrás de
7 si uma zona de penumbra. Teria ele feito mesmo aquela pergunta à platéia, ou fora ela inventada por outrem e
8 atribuída a ele como a indagação perfeita que a um filósofo perfeito cabia naquela hora e local? Não importa. O que
9 se quer dizer aqui é que o grande Sartre fez a pergunta errada. Ou melhor: fez a pergunta certa, mas no local
10 errado. Deveria tê-la feito mais adiante, quando ........... jantar, no restaurante.
11 Explique-se. Não surpreende que os negros não estivessem na conferência. Eles não tinham, e continuam não
12 tendo, acesso à boa educação. Então como agora, só uns raros chegavam à universidade. Ir à conferência de
13 Sartre significaria superar uma série de obstáculos, começando pelo lar pobre e continuando com a escola precária,
14 o cansaço produzido por pesadas tarefas, o tempo perdido em intermináveis deslocamentos de ida e volta a
15 distantes periferias. Já no restaurante, ele perceberia, com muito mais surpresa, que igualmente não ..................
16 negros – e não entre os clientes, nisso não haveria nada de surpreendente, mas entre o próprio pessoal do serviço,
17 ou seja, entre os garçons. Ora, o ofício de garçom é relativamente simples. ................. pés resistentes, para andar
Português 20 Professor Paulo Ricardo
18 de cá para lá a noite toda, e habilidade para segurar uma bandeja. Não precisa chegar à universidade. Tudo o que
19 se precisa ler é o cardápio. E no entanto, salvo exceções, não há negros entre os garçons no Brasil. Eis a
20 discriminação no seu ponto mais cruel.
04) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta de acordo com o texto.
A) Segundo a crença oficial, há uma correlação entre a existência de uma significativa população negra e uma
suposta democracia racial.
B) A ausência de negros na conferência de Sartre demonstra que o Brasil não tem uma política eficaz contra o
racismo.
C) O filósofo Sartre não esperava encontrar uma numerosa população negra no Brasil.
D) O autor não tem certeza de que Sartre tenha realizado a mítica visita.
E) O autor acredita que o Brasil é um país racista, mas que luta para integrar sua sociedade.
05) O último período do texto encerra
A) uma conclusão que prescinde da argumentação anterior.
B) uma constatação que traz novos argumentos à tese defendida pelo autor.
C) uma declaração que refuta as afirmações anteriores.
D) uma confirmação enfática da opinião do autor.
E) uma dedução contrária à tese apresentada pelo autor.
1 A expressão “ídolo de toda uma geração” não faz mais sentido. No passado, as gerações se definiam pelos
2 ícones que as representavam. James Dean era o inspirador da “juventude transviada” dos anos 50. Os Beatles e os
3 Rolling Stones, da turma do roque. E a geração atual? Pode-se dizer que ela não cola um pôster na parede. Cola
4 vários. O adolescente hoje é infiel por natureza. Isso pode chocar os mais velhos, que se acostumaram a passar a
5 adolescência orando para um único roqueiro no altar do quarto. “Eu era fã de Roberto Carlos e adorava os Beatles
6 com a certeza de que seria para sempre”, diz a bancária paulista Laís Soares, de 47 anos. “Minha filha não pode
7 dizer o mesmo em relação a ninguém.” A filha de Laís é a estudante Flávia, de 16 anos. Ela coleciona pôsteres de
8 ídolos como as inglesas Spice Girls ou o ator Leonardo DiCaprio. Quando a onda passa, guarda tudo na gaveta e
9 começa outra coleção.
10 Dizer que se trata de uma geração volúvel não passa de simplificação. O que ocorreu, na verdade, é que
11 mudou a relação do jovem com seu ídolo. Eleger modelos é próprio da idade. A diferença é que, no passado, os
12 ídolos serviam para definir grupos e posavam de guardiães de determinados valores. Quem era fã dos Beatles, que
13 representavam rebeldia, não podia ser fã dos Rolling Stones, que representavam uma rebeldia ainda maior. No
14 Brasil, quem curtia a jovem guarda não freqüentava shows dos tropicalistas e vice-versa. Hoje, a identificação é
15 muito menor que há dez ou vinte anos. De seus ídolos, os adolescentes querem apenas diversão. Guardar
16 pôsteres. Comprar roupas parecidas. Urrar de paixão nos shows. E depois ir para casa dormir, pensando que
17 amanhã será outro dia. Talvez com um ídolo novo.
06) Assinale a alternativa que está de acordo com o texto.
A) Apenas nas gerações passadas, os ídolos eram eleitos como modelos pelas gerações mais jovens.
B) O fato de guardar lembranças do ídolo e urrar durante suas apresentações diferencia a geração de hoje das
gerações passadas.
C) A diversão, mais do que a identificação com um conjunto de valores representado pelo artista, é o ponto central na
escolha dos ídolos pelos jovens de hoje.
D) James Dean, Os Beatles e os Rolling Stones são exemplos de ídolos das gerações mais jovens ainda hoje.
E) Os mais velhos ficam chocados porque os jovens não se identificam com idéias, apenas com pessoas.
1 Em 1826, o pintor francês Jean-Baptiste Debret, em uma das mais expressivas obras que pintou no Rio de
2 Janeiro, O escravo do naturalista, registrou a participação dos escravos e auxiliares locais no trabalho de campo dos
3 naturalistas estrangeiros que, a partir do início do século 19, percorreram várias partes do Brasil.
4 A contribuição das culturas nativas para o conhecimento científico adquirido ou construído pelos naturalistas
5 quase sempre tem sido desconsiderada pelos historiadores da ciência. A atenção destes é dirigida para as
6 observações e teorias daqueles , seus instrumentos e métodos de trabalho e para as influências políticas, filosóficas
7 e econômicas em suas obras. Com freqüência, eles descrevem as populações locais como iletradas e ignorantes;
8 porém, delas dependia, em boa medida, o êxito das expedições dos naturalistas.
9 Em muitos trechos de seus relatos, cientistas como Alfred Wallace, Henry Bates e Louis Agassiz descrevem
10 como os habitantes locais contribuíram com conhecimentos para o seu trabalho. Havia, é claro, o previsível apoio
11 logístico e de infra-estrutura, tais como o fornecimento de alimentos, meios de transporte e outros recursos materiais,
12 bem como sua presença como guias, carregadores, intérpretes e companhia pessoal. Muitas vezes, porém – e é
13 esse ponto que nos interessa -, verificava-se também, por parte de indivíduos e comunidades locais, a transmissão
14 de conhecimentos obtidos com a longa experiência na floresta. Esses conteúdos viriam a ser sistematizados pelos
15 naturalistas, depurados dentro da visão científica predominante e incorporados ao cabedal científico universal.
Português 21 Professor Paulo Ricardo
07) Considere as seguintes afirmações.
I – O texto questiona a imagem do naturalista como um herói desbravador que descobriu, sozinho, grande quantidade
de espécies novas de animais e plantas.
II– Os historiadores da ciência não têm conhecimento dos relatos dos naturalistas, por isso desconhecem a
importância dos nativos para o sucesso dos empreendimentos científicos.
III –O texto afirma que o nativo foi espoliado pelo cientista estrangeiro.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
1 Agora, parece que foi mesmo na África que a espécie humana assim como a conhecemos surgiu – e dali se
2 espalhou para o restante do mundo. Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de Awash, na
3 porção central da Etiópia, que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e etíopes........ os fósseis mais antigos
4 do homem moderno( Homo sapiens ). São três crânios – dois de adultos e um de uma criança de aproximadamente 7
5 anos – e mais alguns dentes de outros sete indivíduos, encontrados entre ossos de hipopótamos e antílopes e
6 ferramentas de pedra. Com cerca de 160 mil anos, segundo a datação com argônio, os crânios guardam
7 semelhanças com o do homem moderno: face mais achatada e caixa craniana em forma de globo. No entanto, traços
8 mais primitivos, como os olhos mais........ um do outro, levaram os pesquisadores a classificar os crânios como sendo
9 de Homo sapiens idaltu, uma espécie do H. sapiens......... em conjunto, essas características colocam esses
10 homonídeos nas raízes da árvore evolutiva humana e são um reforço às evidências genéticas de que o homem
11 moderno surgiu na África – ainda não se sabe se em apenas uma ou em mais regiões – e depois migrou para os
12 outros continentes, o oposto do que........ as teorias que sugerem que as primeiras características do H. sapiens
13 apareceram quase ao mesmo tempo em diferentes pontos do planeta.
14
08) Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
A) Os recentes achados arqueológicos sugerem que o berço ancestral do homem moderno esteja situado no
continente africano.
B) Até a recente descoberta, as evidências genéticas apontavam para o surgimento do homem moderno em
diferentes pontos do planeta.
C) Os fragmentos de fósseis encontrados constituem-se em respostas definitivas para a pergunta sobre onde teria
surgido o Homo sapiens.
D) Os artefatos de pedra encontrados no sítio arqueológico no deserto de Awash são um indício seguro de que os
hominídeos encontrados pertencem à linhagem do homem moderno.
E) As teorias concorrentes propunham que o homem moderno tivesse surgido em outras partes do planeta e depois
se deslocado para o continente africano.
I – Ao iniciar o texto com o advérbio Agora (l.01), o autor busca dar destaque ao momento exato da descoberta dos
crânios.
II – O emprego de mesmo na linha 13 tem a função de expressar igualdade, que é também a desempenhada pela
palavra mesmo na linha 01.
III – Ao iniciar a segunda frase com foi no leste do continente africano [...] que [...] (l.02 e 03), o autor está
enfatizando a questão da localização da gênese do homem moderno.
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) Apenas II e III.
A) conduz o leitor à certeza de que existem fatos históricos que devem ser repensados à luz de idéias iluministas.
B) argumenta a favor da idéia de que Erasmo e Lutero criticavam toda e qualquer religião, a despeito de suas
próprias crenças religiosas.
C) apresenta as razões pelas quais Erasmo, na obra intitulada De libero Arbítrio, criticou os pontos centrais da
Reforma protestante.
D) contesta a idéia de que Lutero era contra a liberdade de pensamento do homem.
E) critica o ponto de vista de Erasmo sobre a Reforma protestante.
Sendo a palavra escrita um produto da cultura, nisto, como em tudo mais, o indivíduo tem o direito de adoptar
a que quiser – a que lhe parecer melhor ou mais conveniente. Isso quer dizer que, tecnicamente, ................ haver
tantas ortografias quantos escritores. Terá isso o inconveniente de, se um escritor optar por uma ortografia
antipática ao público, o público o não ler? Seja: o inconveniente é para ele, não para o público. Praticou um acto:
sofreu-lhe ele mesmo, só ele, as conseqüências intelectuais e morais.
.................cuidadosamente entre o dever cultural e o dever social. O meu dever cultural é pensar por mim,
sem obediência a outrem; o meu dever cultural é registrar pela palavra escrita, grafando como entendo que
devo, o que pensei. Assim se cria a cultura e portanto a civilização. Cessa aqui, porém, o que é puramente o meu
dever cultural. Com a publicação do meu escrito, estou já, simultaneamente, em duas esferas – a cultural e a
social: na cultural, pelo conteúdo do meu escrito; na social, pela acção actual ou possível, sobre o ambiente. O
meu escrito contém elementos prejudiciais à sociedade? Se legitimamente e por mim o pensei, continuo
cumprindo meu dever cultural; meu dever social é que, consciente ou inconscientemente, não cumpri. São
fenômenos distintos, dependentes, um, da minha contingência; outro, da minha consciência moral, se a tiver.
Ora, a ortografia é um fenômeno puramente cultural: não tem aspecto social algum, porque não tem aspecto
social o que não contém um elemento moral ( ou imoral). O único efeito presumidamente prejudicial que estas
divergências ortográficas podem ter é o de estabelecer confusão no público. Isso, porém, é da essência da cultura,
que consiste precisamente em “estabelecer confusão” intelectual – em obrigar a pensar por meio do conflito de
doutrinas religiosas, filosóficas, políticas, literárias e outras. Onde essas divergências ortográficas produziriam já
um efeito prejudicial, e portanto imoral, é se o Estado admitisse essa divergência em seus documentos e
publicações, e, derivadamente, a consentisse nas escolas.
I – Ao escolher a forma ortográfica que mais lhe convém, o escritor provoca mudanças nas convenções
ortográficas do idioma.
II – O Estado deve evitar a multiplicidade de formas ortográficas para uma mesma palavra em textos que o
representem.
III – A variedade de ortografias é prejudicial à cultura, pois dificulta a difusão de idéias.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
A) 1 – 2 – 1 – 2.
B) 2 – 1 – 2 – 1.
C) 2 – 1 – 2 – 2.
D) 1 – 2 – 1 – 1.
E) 1 – 1 – 2 – 2.
GABARITO: 01-D, 02-D, 03-C, 04-B, 05-D, 06-C, 07-A, 08-A, 09-C, 10-C, 11-B, 12-E
Em muitos casos, a posição pode variar, dentro de certos limites estabelecidos pela gramática, o que não altera o
significado da frase. Um exemplo disso é a posição de todos nas frases seguintes :
Outros casos há (e não são poucos) em que a alteração da posição implica mudança do significado original da
frase.
(O significado é diferente.)
A definição tradicional diz que o advérbio “modifica” determinadas classes (entre as quais o próprio
advérbio). Por exemplo :
Contudo, é preciso dizer que, em muitos casos, palavras tradicionalmente classificadas como advérbios não se
enquadram na definição acima:
...Não foi, porém, apenas no terreno da imaginação que o homem procurou dominar ou retardar a morte.
Principalmente na ciência, os esforços empreendidos no passado e no presente merecem destaque especial,
porquanto, se ainda nem podemos cogitar, a não ser na ficção, de superar o fato do desaparecimento físico, é
evidente que já conseguimos retardá-lo, através de processos por vezes sensacionais.
...De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos
consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele.
2) O trecho que inicia em “De tal modo” (l. 1) e vai até “sensível” (l. 1) pode ser reescrito de várias maneiras.
Assinale aquela em que há alteração do significado original.
(A) Era de tal modo sensível esse novo estado de disposição coletiva
(B) De tal modo era sensível esse novo estado de disposição coletiva
(C) Esse novo estado de disposição coletiva era de tal modo sensível
(D) Esse novo estado de disposição coletiva de tal modo era sensível
(E) De tal modo sensível esse novo estado era de disposição coletiva
(A) O candidato responde às questões da prova com muita calma, confiante em seus conhecimentos.
(B) O candidato confiante em seus conhecimentos responde às questões da prova com muita calma.
(C) Confiante em seus conhecimentos, o candidato responde às questões da prova com muita calma.
(D) O candidato, confiante em seus conhecimentos, responde às questões da prova com muita calma.
(E) O candidato responde às questões da prova, confiante em seus conhecimentos, com muita calma.
1 Por que cargas d’água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira dimensão na
2 nossa sociedade? Na verdade, pode-se..........essa questão para todas as demais manifestações artísticas –
3 música, cinema, teatro e artes plásticas. De..........muito, o futebol se infiltrou de tal forma no tecido social brasileiro
4 que está presente no nosso dia-a-dia de maneira sufocante. Respiramos futebol e falamos de futebol, quer
5 gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da própria natureza do brasileiro. Mas isso não está devidamente
6 expresso na poesia ou na prosa, nem impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte, tampouco projetado
7 nas telas de cinema, representado devidamente nos palcos ou capturado em seu rico gestual pelas coreografias
8 de balé.
9 Talvez a resposta esteja com o professor, ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio Pignatari, que,
10 a propósito, me disse certa vez: “É que o futebol é muito maior do que a criação artística”
11 O que o mestre queria dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do cinema,
12 a expressão do ser e dos movimentos das artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis personagens, tece as
13 tramas mais insólitas que a ficção possa conceber e nos derrama um belo verso, ao menos,..........cada partida.
14 Assim, criou sua própria semântica, uma linguagem que dispensa as demais.
15 (Adaptado de: HELENA JR., Alberto. O futebol é muito maior do que a criação artística. Folha de São Paulo, 03 de
16 setembro, 1997, p. 12, 3º caderno.)
(A) A expressão Na verdade (l. 2) poderia aparecer entre vírgulas depois de pode-se (l.2), sem acarretar
alteração de significado.
(B) A expressão de tal forma poderia aparecer depois de social (l. 3), sem acarretar alteração de significado.
(C) A expressão devidamente (l. 5) poderia aparecer depois de expresso (l. 6), sem acarretar alteração no
significado da frase.
(D) A conjunção Assim (l. 14) poderia ser substituída por Em virtude disso, sem acarretar alteração no significado
da frase.
(E) A expressão ao menos poderia aparecer entre a conjunção e e nos derrama (l. 13), sem acarretar alteração
de significado.
1 Porto Alegre está ficando assim, quando e onde menos se espera aparece um centenário.[...] Bem, nós
2 sabemos que uma cidade centenária é muito mais do que uma cidade de cem anos, uma cidade onde meramente
3 vivem figuras e cenários de cem anos. Esta, basta deixar vagar ao sabor do calendário que mal ou bem corre;
4 aquela, porém, precisa muito mais. Precisa, por exemplo, da vibração que só acomete os dispostos a segurar o
5 tempo pelos cabelos e impor-lhe um ritmo, para fazer história, consistência, com a matéria-prima trivial, dispersão.
6 Com seus mais de duzentos anos de existência, Porto Alegre se candidata agora à honraria de ser
7 centenária. Coisas, ambientes, filhos ilustres, artistas, instituições, ruas porto-alegrenses estão fazendo acontecer,
8 ao longo dos anos, a cidade – este silencioso depósito de sucessivas camadas de heroísmo, covardia, ousadia,
9 destempero, fracasso, vitórias, esperanças, desinteresses, contrariedades e desejos, em combinações díspares,
10 humanas.
5) As alternativas abaixo apresentam algumas possibilidades de alteração na posição das expressões adverbiais
só (l. 4), agora (l. 6) e ao longo dos anos (l. 8).
Assinale a única alternativa em que a reordenação causaria mudança no significado da frase em questão.
(A) Só poderia aparecer entre acomete e os dispostos (l. 4).
(B) Só poderia aparecer entre segurar e o tempo (l. 4 e 5).
(C) Agora poderia aparecer entre Porto Alegre e se candidata (l. 6).
(D) Agora poderia aparecer antes de Porto Alegre (l. 6).
(E) Ao longo dos anos poderia aparecer antes de coisas (l. 7).
6) Considere as seguintes variações do trecho “E só a esperança o fará reagir”.
I. E a esperança, só, o fará reagir.
II. E a esperança o fará reagir só.
III. E só o fará reagir a esperança.
Em quais o deslocamento de só mantém o sentido original do trecho?
(A) Apenas em I.
(B) Apenas em II.
(C) Apenas em I e II.
(D) Apenas em I e III.
(E) Em I, II e III.
...As universidades americanas não realizam exames vestibulares. Mas o estudante sabe, desde que dominou as
primeiras letras, que só terá acesso às melhores faculdades se for um excelente estudante durante toda a sua
formação básica e enriquecer seu currículo com atividades extraclasse que aprimorem o seu desempenho. É a
partir desse enfoque que o ensino brasileiro precisa ser revisto.
7) A palavra do último parágrafo que, ao ser deslocada, altera o sentido da frase é
(A) só (l. 2)
(B) melhores (l. 2)
(C) excelente (l. 2)
(D) toda (l. 2)
(E) É (l. 3)
8) A mudança na ordem dos termos altera substancialmente o sentido da frase na alternativa
(A) Engolfa-se nessa preocupação cotidianamente.
Engolfa-se cotidianamente nessa preocupação.
(B) O homem é manipulado diariamente pelo mundo da consumocracia.
O homem é diariamente manipulado pelo mundo da consumocracia.
(C) Segue tranqüilamente o canto da sereia da moderna sofisticação.
Tranqüilamente segue o canto da sereia da moderna sofisticação.
(D) O ter é somente a moldura para o ser.
O ter é a moldura somente para o ser.
(E) Essas duas faces da vida do homem dependem fundamentalmente de seus valores.
Essas duas faces da vida do homem fundamentalmente dependem de seus valores.
9) A frase que difere das demais pelo sentido é
(A) O aluno acompanha as explicações da professora de matemática com atenção, consciente de que precisa
aprender.
(B) Consciente de que precisa aprender, o aluno acompanha as explicações da professora de matemática com
atenção.
(C) O aluno, consciente de que precisa aprender, acompanha as explicações da professora de matemática com
atenção.
(D) Com atenção, o aluno consciente de que precisa aprender acompanha as explicações da professora de
matemática.
(E) Com atenção, o aluno acompanha as explicações da professora de matemática, consciente de que precisa
aprender.
Português 28 Professor Paulo Ricardo
10) A frase que equivale, em sentido, a “Apenas neste século as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir
mais diretamente na construção da cidadania” é
(A) Neste século, apenas as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir mais diretamente na construção da
cidadania.
(B) As mulheres passaram a ter, neste século, apenas a oportunidade de agir mais diretamente na construção da
cidadania.
(C) Neste século, as mulheres passaram a ter a oportunidade de apenas agir mais diretamente na construção da
cidadania.
(D) Neste século apenas, as mulheres passaram a ter a oportunidade de agir mais diretamente na construção da
cidadania.
(E) As mulheres passaram a ter, neste século, a oportunidade de agir mais diretamente apenas na construção da
cidadania.
11) A frase que equivale em sentido a “A casa e a rua interagem e se complementam num ciclo que é cumprido
diariamente por homens e mulheres, velhos e crianças” é
(A) Diariamente a casa e a rua cumprem um ciclo onde interagem e se complementam homens e mulheres,
velhos e crianças.
(B) Homens e mulheres, velhos e crianças cumprem diariamente um ciclo em que a casa e a rua interagem e se
complementam.
(C) Diariamente, homens e mulheres, velhos e crianças cumprem e complementam o ciclo em que a casa e a rua
interagem.
(D) Cumpre-se diariamente um ciclo em que a casa e a rua se complementam e interagem com homens e
mulheres, velhos e crianças.
(E) Homens e mulheres, velhos e crianças interagem e se complementam num ciclo que é cumprido diariamente
em casa e na rua.
12) A frase que não mantém o mesmo sentido de “Mas não foram só os nativos os beneficiados.” É
(A) Mas os beneficiados não foram somente os nativos.
(B) Mas só não foram beneficiados os nativos.
(C) Mas houve outros beneficiados além dos nativos.
(D) Mas não apenas os nativos foram os beneficiados.
(E) Mas os nativos não foram os únicos beneficiados.
1 Em 1826, o pintor francês Jean-Baptiste Debret, em uma das mais expressivas obras que pintou no Rio
2 de Janeiro, O escravo do naturalista, registrou a participação dos escravos e auxiliares locais no trabalho de
3 campo dos naturalistas estrangeiros que, a partir do início do século 19, percorreram várias partes do Brasil.
4 A contribuição das culturas nativas para o conhecimento científico adquirido ou construído pelos
5 naturalistas quase sempre tem sido desconsiderada pelos historiadores da ciência. A atenção destes é dirigida
6 para as observações e teorias daqueles , seus instrumentos e métodos de trabalho e para as influências políticas,
7 filosóficas e econômicas em suas obras. Com freqüência, eles descrevem as populações locais como iletradas e
8 ignorantes; porém, delas dependia, em boa medida, o êxito das expedições dos naturalistas.
9 Em muitos trechos de seus relatos, cientistas como Alfred Wallace, Henry Bates e Louis Agassiz
10 descrevem como os habitantes locais contribuíram com conhecimentos para o seu trabalho. Havia, é claro, o
11 previsível apoio logístico e de infra-estrutura, tais como o fornecimento de alimentos, meios de transporte e outros
12 recursos materiais, bem como sua presença como guias, carregadores, intérpretes e companhia pessoal. Muitas
13 vezes, porém – e é esse ponto que nos interessa -, verificava-se também, por parte de indivíduos e comunidades
14 locais, a transmissão de conhecimentos obtidos com a longa experiência na floresta. Esses conteúdos viriam a
15 ser sistematizados pelos naturalistas, depurados dentro da visão científica predominante e incorporados ao
16 cabedal científico universal.
13) Observe as seguintes sugestões de modificação no texto, desconsiderando o uso de vírgulas e de iniciais
maiúsculas.
I – Substituição do segundo e da linha 6 por bem como.
II – Deslocamento de é claro (l. 10) para depois do e (primeiro da l. 11).
III – Deslocamento de Muitas vezes (l. 12 e 13) para depois de conhecimentos (l.14).
Quais manteriam a correção e o significado da frase original?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
14) As afirmações abaixo referem-se à pergunta Será que está apenas na abundância de bugiganga?
I – O deslocamento da palavra apenas para o final da frase acarretaria mudança de significado.
II – A palavra apenas introduz na frase a idéia de que há uma certa força de sedução na abundância de
bugiganga.
III - A substituição da seqüência Será que está por Estaria não acarretaria mudança de significado.
Português 29 Professor Paulo Ricardo
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
15) Considere o seguinte segmento do texto: Ainda antes mesmo de se candidatar, dera-lhe a oposição udenista,
em meados de 1950, através do jornalista Carlos Lacerda, um recado claro e desafiador .
As alternativas abaixo apresentam reformulações corretas, e equivalentes em termos de significado, do trecho
acima, À EXCEÇÃO DE
(A) Ainda antes mesmo de se candidatar, um recado claro e desafiador lhe tinha sido dado pela oposição
udenista, em meados de 1950, através do jornalista Carlos Lacerda.
(B) Ainda em meados de 1950, antes mesmo de se candidatar, o jornalista Carlos Lacerda lhe dera um recado
claro e desafiador, através da oposição udenista.
(C) Ainda mesmo antes de se candidatar, a oposição udenista tinha lhe dado, em meados de 1950, um recado
claro e desafiador através do jornalista Carlos Lacerda.
(D) Em meados de 1950, ainda antes mesmo de se candidatar, um recado claro e desafiador lhe fora dado pela
oposição udenista através do jornalista Carlos Lacerda.
(E) Um recado claro e desafiador lhe dera, em meados de 1950, através do jornalista Carlos Lacerda, a oposição
udenista, ainda antes mesmo de ele se candidatar.
1 ...O mítico evento qüinqüenal jamais havia incluído um cozinheiro. Entende-se. A crítica cultural considera a
2 gastronomia uma “estética sem linguagem”: não reconhece nela verdadeira arte.
3 Este inquieto catalão não se limita a fazer boa comida. Ele revoluciona sistematicamente a gastronomia
4 desde o dia em que assistiu a uma conferência do físico-químico Hervé This. O cientista fundou a disciplina
5 “cozinha molecular”, que propõe a cooperação entre as ciências e os cozinheiros. De comum entre ambos, restou
6 a consciência de que no centro da inovação gastronômica atual está o laboratório. Adrià mantém uma oficina de
7 pesquisa em que elabora novos conceitos e técnicas aos quais os cozinheiros do seu restaurante El Bulli aliam
8 sensibilidade e criatividade.
9 Antes, os restaurantes pareciam parados no tempo. A partir de Adrià, a renovação parece não ter fim, e a
10 gastronomia virou isso que alguns julgam “arte” e outros não sabem dizer o que é. O próprio chef está surpreso
11 com tanto impacto. Ele acha que apenas sociólogos, antropólogos, jornalistas e críticos poderão compreender
12 essa revolução que se passa no domínio do gosto na sociedade moderna.
16) Considere as seguintes propostas de deslocamento de advérbios do texto, desconsiderando o uso de iniciais
minúsculas e maiúsculas.
1 – Deslocar jamais (L.01) para o início da frase.
2 – Deslocar sistematicamente (L.03) para o início da frase.
3 – Deslocar apenas (L.11) para imediatamente antes de acha (L.11)
Quais manteriam o significado da frase do texto?
(A) Apenas 1.
(B) Apenas 2.
(C) Apenas 3.
(D) Apenas 1 e 2.
(E) Apenas 2 e 3.
A crítica religiosa de Erasmo tinha grandes afinidades com a que Lutero começou a dirigir contra Roma, a
partir de 1517: denúncia das indulgências, defesa de um Cristianismo depurado de idolatrias e superstições, volta
.......... Bíblia, etc. Por isso, Lutero tentou incansavelmente obter a adesão de Erasmo, mas este repondia com
evasões, até que, pressionado pelos católicos para que definisse sua posição, escreveu contra Lutero, em 1524,
um texto em que se colocava frontalmente contra um dos pontos centrais da Reforma: De Libero Arbítrio. Nesse
texto, Erasmo defendia a tese da vontade livre, consumando, assim, sua ruptura pública com o protestantismo,
que, pelo menos em sua versão luterana, era radicalmente determinista.
Lutero respondeu ......... um texto intitulado De Servo Arbítrio, em que se defendia a tese de que a mera
hipótese de uma ação livre do homem, independente de Deus ou em cooperação com Ele, já constituía uma
limitação da liberdade de Deus e uma afronta às Escrituras, que mostravam que a queda condenava o homem a
um saber necessariamente imperfeito e a uma razão necessariamente heterônoma. Para Erasmo, como para os
humanistas em geral, essa doutrina era inaceitável tanto por razões puramente religiosas – pois, sem o
pressuposto da liberdade, caem por terra todos os preceitos morais, dirigidos a uma vontade que pode ou não
aceitá-los – quanto por razões humanas. A Renascença havia instalado o homem no centro da história, e Erasmo
não estava disposto a abrir mão dessa conquista, a mais valiosa dos novos tempos. Ele não aceitava a idéia
agostiniana de natura deleta, da depravação congênita do homem, em conseqüência do pecado original. Para
Erasmo, o homem é por natureza dotado de razão, e ela o impele à concórdia e à solidariedade. A violência, a
guerra, a brutalidade são contrárias ........ natureza razoável do homem.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas II e III.
Sendo a palavra escrita um produto da cultura, nisto, como em tudo mais, o indivíduo tem o direito de adoptar
a que quiser – a que lhe parecer melhor ou mais conveniente. Isso quer dizer que, tecnicamente, ................ haver
tantas ortografias quantos escritores. Terá isso o inconveniente de, se um escritor optar por uma ortografia
antipática ao público, o público o não ler? Seja: o inconveniente é para ele, não para o público. Praticou um acto:
sofreu-lhe ele mesmo, só ele, as conseqüências intelectuais e morais.
..............cuidadosamente entre o dever cultural e o dever social. O meu dever cultural é pensar por mim, sem
obediência a outrem; o meu dever cultural é registrar pela palavra escrita, grafando como entendo que devo, o que
pensei. Assim se cria a cultura e portanto a civilização. Cessa aqui, porém, o que é puramente o meu dever
cultural. Com a publicação do meu escrito, estou já, simultaneamente, em duas esferas – a cultural e a social: na
cultural, pelo conteúdo do meu escrito; na social, pela acção actual ou possível, sobre o ambiente. O meu escrito
contém elementos prejudiciais à sociedade? Se legitimamente e por mim o pensei, continuo cumprindo meu
dever cultural; meu dever social é que, consciente ou inconscientemente, não cumpri. São fenômenos distintos,
dependentes, um, da minha contingência; outro, da minha consciência moral, se a tiver.
Ora, a ortografia é um fenômeno puramente cultural: não tem aspecto social algum, porque não tem aspecto
social o que não contém um elemento moral ( ou imoral). O único efeito presumidamente prejudicial que estas
divergências ortográficas podem ter é o de estabelecer confusão no público. Isso, porém, é da essência da cultura,
que consiste precisamente em “estabelecer confusão” intelectual – em obrigar a pensar por meio do conflito de
doutrinas religiosas, filosóficas, políticas, literárias e outras. Onde essas divergências ortográficas produziriam já
um efeito prejudicial, e portanto imoral, é se o Estado admitisse essa divergência em seus documentos e
publicações, e, derivadamente, a consentisse nas escolas.
18) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta acerca do emprego, no texto, de advérbios
formados pelo sufixo –mente.
A) Assim como cuidadosamente (l. 6) significa ‘com cuidado’, também puramente (l. 8) significa ‘com pureza’.
B) O advérbio legitimamente (l. 11) poderia ser substituído por realmente, mantidos o sentido e a correção da
frase.
C) Embora o sufixo –mente apareça apenas na palavra inconscientemente (l. 12), ele poderia também ser
acrescentado à palavra consciente (l. 12), sem alteração do sentido contextual.
D) O advérbio presumidamente (l. 15) poderia ser substituído pelo segmento que presumo ser, mantida a
correção e o sentido da frase.
E) O advérbio precisamente (l. 17) poderia ser deslocado para o início do período, sem alteração do sentido
contextual.
GABARITO: 01-B, 02-E, 03-B, 04-A, 05-B, 06-D, 07-A, 08-D, 09-D, 10-D, 11-B, 12-B, 13-A, 14-D, 15-B, 16-D,
17-E, 18-C
TESTES:
1 O Brasil jovem está curtindo o vestibular. Páginas inteiras dos jornais acompanham a operação nacional.
2 Onde houver um garotão ou um brotinho debruçado sobre a folha de papal, aí estará o fotógrafo para registrar a
3 cena. E a cena é está: o garotão tirou os sapatos para descontrair-se até o dedão, e está mais deitado do que
4 sentado; assim as idéias lhe chegam melhor. O brotinho se enroscou todo, no antúrio pensante. Quem se
5 lembraria de fotografar esses dois no ato de fazer prova, se estivéssemos no Brasil de 1940? Hoje, vestibular é
6 notícia. E a imagem do jovem tem uma importância jornalística concedida a imperadores em tempo de guerra. O
7 particular tornou-se geral. Conseguir vaga em escola de nível superior ficou sendo briga de foice, acompanhada,
8 golpe a golpe, pela multidão dos pais.
1) A expressão que explica adequadamente a passagem “assim as idéias lhe chegam melhor” (linha 4) é
2) As expressões “imperadores em tempo de guerra” (linha 6), “briga de foice” (linha 7) e “golpe a golpe” (linha 8)
têm em comum a idéia de
A) glória
B) disposição
C) luta
D) desespero
E) inconformidade
1 O Brasil ficou mais moderno, de uns anos para cá nos municípios que estão gastando, em média, quase
2 30% de sua receita em salas de aula. Em Santa Rita do Sapucaí (MG) 7343 alunos das escolas públicas
3 aprendem a usar computador. “Aqui não tem problema de dinheiro, aqui não há crise”, explica o prefeito. Ex-
4 motorista de praça, ele circula pela cidade ao volante de seu carro particular – um Volkswagen 1983. Uma
5 carroça, mas muito moderna e confortável quando não se tem do lado de fora uma legião de meninos de rua. Por
6 falar nisso: os 85 encontrados em Santa Rita vão bem, obrigado. Comem e estudam em semi-internato.
1 Em pleno centro da maior cidade de nosso Estado, meninos, meninas e adolescentes dormem ao relento,
2 sob o ilusório cobertor das drogas que deformam o cérebro e destroem os valores morais. Nos seus dias sem
3 futuro, as camas improvisadas da madrugada se transformam em bancos de uma escola de trágica eficiência,
4 que aplica a pedagogia da delinqüência sob a palmatória da necessidade. Quem não aprende, não sobrevive. E
5 quem aprende também tem vida curta, abreviada pelo amadurecimento precoce, pela autofagia da própria
6 marginalidade ou pela reação repressiva de uma sociedade permanente ameaçada pela violência.
5) A expressão “nos seus dias sem futuro” (linhas 2 e 3) sugere que os meninos de rua
A) não viverão muito tempo e não têm perspectivas de sair daquela vida.
B) não têm meios de sobrevivência e não acreditam em nada.
C) não ficarão ali para sempre e não conseguirão auxílio.
D) não se importam com o futuro e não superarão suas deficiências.
E) não sairão dali e não receberão atendimento.
1 É no mínimo desafiador pisar a ponte que conduz à segunda metade da vida: neste ponto da trajetória somos
2 obrigados a encarar o fato de que não seremos jovens para sempre e, em conseqüência, a repensar nossas
3 circunstâncias e a reavaliar nossos projetos.
4 É saudável, nesse momento, considerar que o envelhecimento não está necessariamente ligado ao número
5 de anos vividos. Envelhecemos quando deixamos de nos divertir no jogo da vida, no balanço dos sonhos; quando
6 abrimos espaço para o medo da solidão, da perda dos afetos; quando renunciamos aos ideais, às alegrias, à
7 dignidade.
8 Entretanto, enquanto celebrarmos a riqueza interior, acreditarmos em nossas potencialidades, ouvirmos, a
9 voz do coração, a idade será incidental. Nessa perspectiva, um século é pouco para viver, mas é suficiente para
10 aprender que o amor – por nós e pelos outros – é a essência, o fio condutor que percorre e ilumina a vida, do
11 berço à morte.
1 O mês de novembro assinalou o 90º aniversário de um dos episódios mais trágicos – e mais patéticos – da
2 história brasileira: a Revolta da Vacina. Durante vários dias, as ruas do Rio de Janeiro foram cenários de
3 verdadeiras batalhas entre população e tropas federais. O pivô do conflito era um jovem médico chamado
4 Oswaldo Cruz. Filho de sanitarista, Oswaldo, verdadeira vocação para a microbiologia, estava voltando de Paris,
5 onde cumprira brilhante estágio no famoso Instituto Pasteur. A sua fama começava a se espalhar e o presidente
6 Rodrigues Alves convidou-o a assumir o cargo de Diretor de Saúde Pública, equivalente ao de ministro de hoje.
7 Era uma época difícil, em todos os sentidos. Pestilências – febre amarela, peste, tuberculose – grassavam
8 no país. Os navios estrangeiros recusavam-se a apontar no Rio. Com razão, porque tripulações inteiras eram
9 dizimadas. O café, principal produto de exportação, não podia ser embarcado. As divisas não entravam, a dívida
10 externa crescia. A missão de Oswaldo Cruz não tinha a ver só com saúde. Tinha a ver com a sobrevivência do
11 país.
12 Desta missão, Oswaldo Cruz se desincumbia com grande competência e não menor autoritarismo. Sua
13 estratégia consistia em atacar as doenças uma a uma, dentro do conceito de campanha, que popularizou. Para
14 combater a febre amarela, por exemplo, formou brigadas de mata-mosquitos que, fardadas, entravam nas casas
15 em busca de focos das insetos. Essas medidas enfrentavam oposição inclusive por parte dos médicos e até de
16 professores da faculdade de Medicina. A esta altura ainda havia controvérsia sobre a causa de tais doenças.
17 Muitos achavam que a febre amarela era transmitida por alimentos, não por mosquitos.
1 Um recente debate entre a feminista americana Betty Friedan e a escritora francesa Elizabeth Badinter
2 levantou uma questão que vai dar muito no que falar: o futuro relacionamento entre homens e mulheres no século
3 21. Segundo as duas autoridades no assunto, daqui para a frente veremos o fortalecimento da androginia,
4 presente em ambos os sexos. Ou seja, os homens assumirão seu lado feminino e as mulheres seu lado
5 masculino, num encontro harmonioso e definitivo.(...)
6 Homem não deveria temer sutilezas, contradições, lágrimas. Não deveria sentir vergonha de beijar seu pai,
7 seus irmãos, seus amigos, e muito menos olhar com cara feia para quem desconhece as regras do futebol ou usa
8 lenço no pescoço. Neste aspecto, os europeus estão a milhas de distância dos brasileiros: falam de maneira mais
9 suave, vestem-se com mais charme e criatividade e, quando suas mulheres têm uma situação profissional mais
10 bem encaminhada, não titubeiam em desfrutar a licença-paternidade. Não são menos homens que os nossos. São
11 só mais seguros.(...)
12 Jô Soares com sua afetividade, Regina Casé com sua doçura, Denise Frossard com sua coragem, só para
13 citar alguns nomes, são pessoas que assimilaram novos papéis sem abrir mão de sua natureza. São os
14 andróginos do próximo milênio. Destacam-se porque, além de competentes, souberam somar as vantagens de
15 ambos os sexos, tornando-se mais completos. Conseguem transitar em diversos círculos, são compreendidos em
16 qualquer lugar e se fazem notar neste mundo onde todos se parecem. Os que continuam achando que a força
17 deve permanecer de um lado do ringue e a ternura do outro desperdiçam seu tempo vestindo Yamamoto ou
18 plugando-se à Internet. Serão sempre do século passado.
1 Deus é brasileiro, diz o ditado popular. Se assim for, depois de criar os céus e a terra, e nela instalar o
2 homem, Deus foi descansar na fronteira da Bahia com Sergipe. O paraíso, chamado Mangue Seco – aquele das
3 dunas maravilhosas, cenário de Tieta do Agreste – está localizado ao final da Linha Verde (primeira via ecológica
4 do país) em uma área de proteção ambiental que abrange cinco municípios, num total de 1.348 quilômetros
5 quadrados de muito verde e treze praias de incrível beleza.
6 Esse espaço privilegiado foi criado com a idéia de conservar um patrimônio natural e paisagístico composto
7 por diversos ecossistemas, como manguezais, dunas, restingas, cerrados, lagos e remanescentes da mata
8 Atlântica. Por outro lado, a Linha Verde, que inicia na Praia do Forte, a 50 quilômetros do aeroporto de Salvador,
9 amplia as possibilidades de lazer dos turistas, ao permitir o acesso a mais de uma dezena de praias.
10 Para você chegar até o Mangue Seco existem duas maneiras: pela praia – o que exige conhecimento das
11 marés – ou pelos rios que circundam o local, possivelmente a bordo de um “tototó”, acunhado barco de madeira
12 típico da região, ou de uma veloz lancha que em apenas 15 minutos irá depositá-lo num improvisado porto, não
13 distante dos altos coqueiros e imensas dunas que se movem ao sabor do vento.
14 Desfrutando de tanta beleza, curtindo as águas cristalinas de temperaturas agradáveis e o sol forte o ano
15 todo, em uma região agreste na qual o homem ousou até agora somente pequenas intervenções, é possível que
16 você conclua: se Deus não é brasileiro, pelo menos gosta muito daqui.
9) De acordo com o sentido que os segmentos abaixo têm no texto, não ocorre uma expressão conotativa em
10) Um dos recursos utilizados pelo autor na construção do texto é o emprego de expressões em sentido figurado.
A referência feita às caras de miséria ilustra tal emprego, já que – compreendida literalmente – a miséria não
tem cara. As expressões abaixo são exemplos desse emprego, à exceção de
A) de bem com nossos travesseiros (linhas 10 e 11)
B) elemento da paisagem (linha 6)
C) braços distraídos (linhas 19 e 20)
D) eficiente sistema de miséria encanada (linhas 14 e 15)
E) despejar violência sobre o tapete da sala (linhas 13 e 14)
1 A deterioração dos centros urbanos tomou conta dos noticiários. A cidade é a demência. A cidade é a selva.
2 Mas a televisão sempre oferece compensações e, para aliviar o show do caos urbano, ela exibe o idílio da vida
3 campestre. É assim que, na ficção e na publicidade, reina o videobucolismo, esse gênero de fantasia em que a
4 grama não tem formiga, as cobras não têm veneno e as mulheres não têm vergonha. Chinelos, cigarros,
5 margarinas e cartões de crédito buscam os cenários de praias vazias, fazendas inocentes e montanhas íngremes
6 para aumentar sua promessa de gozo. E há também caminhonetes enormes, as tais off-road, que se anunciam
7 rodando sobre escarpas, pântanos e rochas cortantes. A felicidade mora longe do asfalto.
8 Mas é curioso: essa mesma fabricação imaginária que santifica a natureza contribui para agravar ainda mais
9 a selvageria nas cidades. Basta observar. Transeuntes se trajam como quem vai enfrentar o mato, os bichos, o
10 desconhecido. Relógios de mergulhadores são ostentados por garotos que mal sabem ver as horas; botas de
11 vaqueiros, próprias para pisar currais, freqüentam cerimônias de casamentos; fardas militares de guerrilheiros
12 amazônicos passeiam pelos shoppings. No trânsito, jipes brucutus viraram a última moda. Com pneus gigantescos
13 e agressivos do lado de fora, e estofamento de couro do lado de dentro, são uma versão sobre quatro rodas dos
14 condomínios fechados. Em breve, começarão a circular com pára-choques de arame farpado.
15 A distância entre um motorista de vidros lacrados e o mendigo que pede esmola no sinal vermelho é maior do
16 que a distância entre aquele e as trilhas agrestes das novelas e dos comerciais. Nas ruas esburacadas das
17 metrópoles, ele talvez se sinta escalando falésias. No coração desses dois homens, que se olham sem se ver
18 através dessa estranha televisão que é o vidro de um carro, a cidade embrutecida é a pior de todas as selvas.
19 (Fonte: BUCCI, Eugênio, cidades dementes. Veja 2 de julho, 1997 p 17.)
11) De acordo com o sentido que as expressões têm no texto, NÃO ocorre uso de linguagem figurada em
A) o show do caos urbano (linha 2)
B) fazendas inocentes (linha 5)
C) A felicidade mora longe do asfalto (linha 7)
D) Botas de vaqueiro, próprias para pisar currais (linhas 10 e 11)
E) Um motorista de vidros lacrados (linha 15)
1 Por que cargas d’água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira
2 dimensão na nossa sociedade? Na verdade, pode-se..........essa questão para todas as demais manifestações
3 artísticas – música, cinema, teatro e artes plásticas. De..........muito, o futebol se infiltrou de tal forma no tecido
4 social brasileiro que está presente no nosso dia-a-dia de maneira sufocante. Respiramos futebol e falamos de
5 futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da própria natureza do brasileiro. Mas isso não está
6 devidamente expresso na poesia ou na prosa, nem impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte,
7 tampouco projetado nas telas de cinema, representado devidamente nos palcos ou capturado em seu rico gestual
8 pelas coreografias de balé.
9 Talvez a resposta esteja com o professor, ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio Pignatari, que, a
10 propósito, me disse certa vez: “É que o futebol é muito maior do que a criação artística”
11 O que o mestre queria dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do cinema, a
12 expressão do ser e dos movimentos das artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis personagens, tece as
Português 36 Professor Paulo Ricardo
13 tramas mais insólitas que a ficção possa conceber e nos derrama um belo verso, ao menos,..........cada partida.
14 Assim, criou sua própria semântica, uma linguagem que dispensa as demais.
12) Em muitas passagens do texto, o autor explora um uso mais abstrato de palavras que têm um significado mais
concreto em outro contexto. Um exemplo disso é a utilização do verbo esmagar para dizer que um time
esmagou outro, significando que venceu o outro com larga vantagem; nesse caso, o verbo não tem o
significado concreto de destruição ou pressão física sobre um objeto. Este fenômeno ocorre com todas as
palavras listadas abaixo, à exceção de
A) se infiltrou (linha 3)
B) tecido (linha 3)
C) capturado (linha 7)
D) entendi (linha 11)
E) derrama (linha 13)
1 Walt Disney, um dos pais do desenho animado comercial, o homem que povoou a fantasia de milhões de
2 crianças e adultos nos quatro cantos do planeta com personagens como Mickey e Pato Donald, flertou com o
3 nazismo e colaborou com o FBI, a polícia federal americana. Quem garante é o escritor americano Marc Eliot, no
4 livro Walt Disney: o príncipe oculto de Hollywood, que já provoca controvérsia antes mesmo de ser lançado.
5 Durante 25 anos. Disney, segundo Eliot, municiou o ex-diretor do FBI J. Edgar Hoove com informação sobre
6 comunistas em HollyWood e, na década de 30, participou de reuniões de nazistas americanos. “Trata-se de uma
7 tentativa suja de conseguir dinheiro e manchar a imagem de um grande homem”, contra-atacou o porta-voz da
8 Disney, John Dreyer. “Disney, certamente, era anticomunista, mas nunca encontrei indícios de que era
9 informante”, argumentou Richard Greene, autor do best- seller O homem por trás da magia. Mas o diário The New
10 York Times, que garante ter provas da ligação de Disney com o FBI, sentenciou: “Não há dúvida de que o material
11 apresentado pelo senhor Eliot é autêntico.”
13) Um dos conjuntos abaixo é formado apenas por palavras que, no texto em referência, têm sentido conotativo,
constituindo figuras de linguagem. Assinale esse conjunto
A) pais (l. 1), povoou (l. 1), cantos (l. 2), flertou (l. 2).
B) polícia (l.3), escritor (l. 3), príncipe (l. 4), controvérsia (l. 4).
C) municiou (l.5), informação (l. 5), suja (l. 7), dinheiro (l. 7).
D) manchar (l. 7), grande (l. 7), porta-voz (l. 7), encontrei (l. 8).
E) provas (l. 10), sentenciou (l. 10), dúvida (l. 10), autêntico (l. 11).
1 Está na moda anunciar o fim. Profetas do caos já diagnosticaram, na literatura, o fim do romance.
2 Historiadores falam até mesmo no fim da história. Após o surgimento da televisão, multiplicaram-se os que
3 pressentiam o fim do jornal impresso. Mais motivos têm agora, com a proliferação espantosa de novos meios
4 eletrônicos de comunicação, para falar da morte do nosso jornal de todo dia. Mas os jornais seguem em frente.
5 Não estamos diante do fim, sem dúvida, mas ninguém discorda de que o jornalismo impresso vive tempos
6 difíceis.
7 Reconhecido isso, eu gostaria de tratar de uma questão que me parece estar ligada em tudo ao problema da
8 queda do índice de leitura. No afã de aproximar-se mais da televisão, o jornal encheu-se de fotos coloridas. E,
9 num apelo, provavelmente dirigido aos jovens – forjados na cultura da TV - , encurtou e simplificou ao máximo
10 seus textos. Até que ponto esta superposição, ou seja, jornal parecido com televisão, também teve culpa na perda
11 dos leitores? Será que os leitores nos obrigam a simplificar o jornal ou será que nós próprios, jornalistas,
12 desidratamos os jornais para tentar cativar os nossos leitores? Estamos diante do velho e insolúvel dilema da
13 primazia – a galinha ou o ovo?
14) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra utilizada no texto em sentido conotativo.
A) impresso (linha 3)
B) eletrônicos (linha 4)
C) questão (linha 7)
D) desidratamos (linha 12)
E) primazia (linha 13)
Estudos demográficos vêm afirmando, cada vez mais, o crescimento do contigente de idosos em todo o
mundo. À medida que as sociedades se desenvolvem, cresce também a idade de suas populações, pois a
longevidade é uma conquista do desenvolvimento e isso é um processo irreversível.
A cada década multiplica-se o número de idosos, por um esforço das ciências criadas pelos homens; mas,
o que não parece certo é essa extraordinária conquista seja amiúde acompanhada de circunstâncias tão
inadequadas que acabam por transformar o viver em um pesado fardo, tomando os homens receosos de
ingressarem nesse tempo de vida.
A fonte da juventude ainda é uma conquista utópica; porém, em contrapartida, a fonte da vida vem sendo
descoberta e entregue aos homens que dela se apossam sem que, todavia, criem condições para utilizá-la de
forma adequada. É um contra-senso tanto esforço por um prolongamento da vida se o que se oferece é um estado
quase sem vida.
A moral social parece ter, durante muitos anos, se descuidado desse grupo etário, pois todas as grandes
disposição em qualquer sociedade estão sempre mais voltadas ao atendimento prioritário dos jovens, e, muito
embora não existam formalmente diferenças de direito entre jovens e idosos, a política desenvolvimentista está
Português 37 Professor Paulo Ricardo
sempre mais atenta para os primeiros. (...) O mesmo acontece com as medidas sociais, que deveriam ter por
escopo atender os grupos socialmente desfavorecidos, dentre os quais se inclui o dos idosos, face a toda uma
gama de dificuldades de acesso a bens de riqueza de uma coletividade. Ao contrário, o que se vê é a criação,
cada vez maior, de injustas imagens sobre esse grupo, fazendo com que todas as manifestações advindas dos
idosos sejam motivo de verdadeiro escândalo, face ao total desconhecimento de suas capacidades e
expectativas.
Interessante é ver que estamos criando na juventude um mundo que, fatalmente, nos rejeitará no tempo
da velhice; e, dessa forma, parece absurdo se trabalhar tanto por um futuro no qual não existirá um espaço social
para aqueles que o construíram.
As sociedades precisam, urgentemente, reformular suas idéias sobre a velhice, eliminando as posturas
preconceituosas que tanto aviltam a dignidade que, durante milênios de evolução, a espécie humana tem lutado
para conquistar. É necessário que se prolonguem ou se criem oportunidades novas para os que envelhecem,
mantendo-os ativos e participantes segundo suas condições psicofísicas para, com isso, devolver-lhes sua total
dimensão. (SALGADO, Marcelo)
Mas há uma beleza interior, de dentro para fora, a transluzir de certas avozinhas trêmulas, de certos
velhos nodosos e graves como troncos. De que será ela feita, que nem notamos como a erosão dos anos os terá
transformado? Deviam ser caricaturas mas não fazem rir, uns aleijões mas não causam pena. O mesmo não
acontece ante o penoso espetáculo de um animal velho. Eu gostaria de acreditar que essa inexplicável beleza dos
velhos talvez fosse uma prova da existência da alma. (QUINTANA, Mário)
A questão de numero 15 refere-se aos dois textos acima.
15) Assinale V nas afirmações verdadeiras e F nas falsas.
( ) O texto 1, por ser informativo, faz uso de uma linguagem essencialmente denotativa, não permitindo, por isso,
múltiplas interpretações.
( ) A linguagem conotativa, no texto 2, de Quintana, exige do leitor um modo sensível de decodificação e de
apreensão.
( ) Embora o texto 1 seja dissertativo-argumentativo, recria um fato do mundo real.
( ) O conteúdo do texto 2 não pertence à realidade objetiva, uma vez que é fruto da imaginação e da criatividade
do autor.
A seqüência correta, de cima para baixo, é:
A) V–V–F–V
B) V–V–V–F
C) F–V–F–V
D) F–V–V–F
E) V–V–F–F
GABARITO: 01-B, 02-C, 03-E, 04-D, 05-A, 06-B, 07-B, 08-B, 09-E, 10-B, 11-D, 12-D, 13-A, 14-D, 15-A
Observação:
Acentos Diferenciais
Acentua-se... para diferenciar de
pára (verbo) para (preposição)
pôr (verbo)( por (preposição)
pôde (verbo poder no pretérito perfeito do indicativo) pode / ó / (verbo poder no presente do indicativo)
côa (s) (verbo coar no presente do indicativo) co’a (s) (arcaica contração de com + a(s) )
pêra (substantivo / fruta) pera (arcaica contração de per + a)
pólo (substantivo) polo (arcaica contração de por + o)
pélo, pélas, péla (verbo pelar no presente do pelo, pelas, pela (preposição)
indicativo)
pêlo, pêlos (substantivo) pelo, pelos (preposição)
ter e vir (verbos) na terceira pessoa do plural: eles têm, ter e vir (verbos) na terceira pessoa do singular: ele
eles vêm. tem, ele vem.
Acentua-se a primeira vogal dos ditongos abertos éi, éu e ói, quando for tônica e aberta.
Exemplos:
Acentuam-se I e U, nos hiatos tônicos, quando precedidos de vogal e formando sílaba sozinho ou com S.
Exemplos:
Hiatos OO e EE
Exemplos:
Observações
EXERCÍCIOS DE AULA:
A) COLOQUE V (VERDADEIRO) OU F (FALSO).
01. ( ) Uma mesma regra determina o uso de 09. ( ) A mesma regra justifica o uso do acento nas
acento em místico e éreis. palavras júri e suéter.
02. ( ) As palavras Lívia e relógio são 10. ( ) O acento gráfico nas palavras consciência e
acentuadas por razões diferentes. Márcio é determinado pela mesma regra.
03. ( ) A palavra amável recebe o acento gráfico 11. ( ) As palavras vê, pôs e vá são acentuadas pela
pela mesma regra que justifica o uso do acento mesma razão.
em ânsia. 12. ( ) A mesma regra justifica o uso do acento em
04. ( ) As palavras harém e pólen são máximo e bíceps.
acentuadas pela mesma regra. 13. ( ) Lúcia e ócio se acentuam pela mesma razão.
05. ( ) A palavra louváveis manteria o acento 14. ( ) Se fosse retirado o acento gráfico das
gráfico caso fosse passada para o singular. palavras várias, pública a está, esta alteração
06. ( ) Realizá-lo e vatapá são acentuados pela provocaria o surgimento de outras palavras da
mesma regra. Língua Portuguesa.
07. ( ) A palavra caráter mantém o acento gráfico 15. ( ) Se retirássemos o acento de hábito e sabiá,
em sua forma plural. surgiriam outras palavras equivalentes na Língua
08. ( ) Possíveis e difíceis recebem acento Portuguesa, sem acento gráfico.
gráfico por regras diferentes.
01. ( ) As palavras carnaúba e restituí-lo são 09. ( ) As palavras vocês e merecê-los se acentuam
acentuadas pela mesma razão. pela mesma regra.
02. ( ) As palavras aí e baú são acentuadas pela 10. ( ) Conforme a sílaba tônica, a palavra “sabia”
mesma regra. pode apresentar três classes gramaticais diferentes,
03. ( ) As palavras heróicos e coronéis são mas uma delas, apenas, leva acento.
acentuadas, respectivamente, pelas regras das 11. ( ) As palavras saí, lá e céu se acentuam pela
paroxítonas e das oxítonas. mesma regra.
04. ( ) As palavras período e Luís permanecem 12. ( ) Se fosse retirado o acento da palavra
acentuadas no plural. “referência”, isso provocaria mudanças na sua
05. ( ) As palavras constrói, versátil e elétron pronúncia, mas não alteraria a classe gramatical da
seguem acentuadas no plural. palavra.
06. ( ) Acentuam-se corruptível e íamos pela 13. ( ) Se a palavra “juiz” fosse passada para o plural,
mesma razão. seria acentuada pela mesma razão pela qual se
07. ( ) Saúde e açaí são acentuadas por razões acentua Taís.
diferentes. 14. ( ) As palavras zoólogos e zôo se acentuam pela
08. ( ) Nas palavras maçã e órfã, o til assinala a mesma razão.
tonicidade dos vocábulos. 15. ( ) A palavra “saí” é acentuada pela mesma regra
que justifica o acento de “pé”.
1) A alternativa em que falta um acento numa 9) A palavra que obedece à mesma regra de
palavra é acentuação de “cápsula” é
(A) raiz – canoa – nuvem (A) água
(B) abençoe – bauru – item (B) álbum
(C) saiste – rainha – arcaico (C) revólver
(D) abençoa – sozinho – hifens (D) íntimo
(E) colibri – reveses – juiz (E) miserável
2)Todos os carros ..........forçosamente 10) O conjunto de palavras que obedece à mesma
..........ponto, porque as obras da regra de acentuação é
estrada........... a passagem. (A) alguém – princípio
(A) param – naquele – obstruíram (B) acessível – formidável
(B) param – naquêle – obstruíram (C) próprio – saíste
(C) páram – naquele – obstruíram (D) pás – céu
(D) páram – naquêle – obstruíram (E) ônibus – táxis
(E) páram – naquele – obstruiram
11) Há erro de acentuação gráfica em
3) Todas as palavras devem receber acento (A) benção
gráfico na alternativa (B) jóquei
(C) cortês
(A) substituiamos – substituisses – substituiremos
(D) pálido
(B) substituimos – substituiste – substituiram
(E) gratuito
(C) substituirão – substituissemos –
substituiriamos 12) A razão do emprego do acento gráfico é a mesma
(D) substituia – substituirmos – substituido em
(E) substituiria – substituisse – substituiu (A) existência – légua
4) O conjunto de palavras que deve ser (B) água – zoológico
acentuado pela mesma razão é (C) silêncio – miosótis
(D) irredutível – caído
(A) Bolivar – Portinari (E) lá – café
(B) capitulo – substantivar
(C) Raul – Esau 13) A palavra que deve ser acentuada é
(D) voce – mante-los (A) satisfez-me
(E) heroi – boi (B) caiu
(C) mante-lo
5) O conjunto de palavras acentuadas (D) perdoa
incorretamente é (E) aprecio
(A) incrível – saíste – ficarás 14) A retirada de um acento de uma palavra
(B) abençôe – baurú – ítem geralmente provoca mudança na sua pronúncia,
(C) ótimo – helicóptero – hábito numa leitura em voz alta, por exemplo. Esse é o
(D) edifício – aéreo – sério caso de todas as palavras abaixo, à exceção de
(E) francês – maringá – o pó (A) média
6) A úncica palavra que não deve ser acentuada (B) distância
graficamente é (C) é
(D) têm
(A) mistica (E) árvores
(B) moços
(C) misseis 15) A grafia dos nomes próprios nem sempre segue as
(D) martir regras ortográficas da língua portuguesa. O nome
(E) sensivel Lívia, de acordo com o que ocorre usualmente,
deveria receber acento gráfico. A regra que
7) Há erro de acentuação em determina o uso do acento neste caso é a mesma
responsável pelo acento gráfico em
(A) egoísmo
(A) episódios
(B) têxtil
(B) aí
(C) sózinho
(C) reúne
(D) mês
(D) estréia
(E) órgão
(E) nós
8) O conjunto de palavras que leva acento gráfico 16) Para qual dos vocábulos abaixo, retirados do texto,
é a formação do plural implica o deslocamento da
(A) tatu, hifens e nuvens tonicidade de uma sílaba para outra?
(B) rubrica, fel e avaro (A) caráter
(C) tainha, sutil e austero (B) português
(D) aorta, juiz e ruim (C) corrupção
(E) para-raios, oasis e voo (D) nasal
(E) tese
I. A palavra zoólogos recebe acento gráfico 26) A palavra “extraordinária” recebe o acento gráfico
devido à presença de hiato. por ser proparoxítona ou
II. Caso raiz aparecesse no plural, seriam (A) oxítona
criadas as mesmas condições de acentuação (B) paroxítona terminada em a.
da palavra babuíno. (C) proparoxítona terminada em ditongo.
III. A ausência do acento gráfico em dúvida (D) paroxítona com tonicidade em “á”.
provocaria mudança na sua pronúncia. (E) paroxítona terminada em ditongo crescente.
(A) apenas I.
(B) apenas II. 27) A palavra miséria recebe o acento gráfico por ser
(C) apenas I e II. proparoxítona ou
(D) apenas II e III. (A) paroxítona terminada em ditongo crescente.
(E) I, II e III (B) paroxítona terminada em ditongo decrescente.
(C) paroxítona terminada em “a”.
20) Assinale a alternativa cujas palavras NÃO têm (D) proparoxítona terminada em ditongo.
a mesma classificação quanto à tonicidade. (E) paroxítona com tonicidade em “e”.
(A) polícia, controvérsia, indícios, diário
(B) é, já, trás, há 28) Nos verbos de todas as frases deve ser utilizado um
(C) príncipe, década, dúvida, autêntico acento agudo, exceto no da alternativa
(D) nova, aponta, anticomunista, colaborou (A) O desejo de progresso reune os indivíduos no
(E) até, escritor, informações, manchar trabalho cooperativo.
(B) Todos apoiam os esforços pela harmonia social.
21) Assinale a alternativa em que as palavras, (C) O homem evolui graças a sucessivos acordos com
respectivamente, enquadram-se na mesma seus semelhantes.
regra de acentuação de “dá”, “você” e (D) Inúmeros atos de boa vontade influiram na
“caíram”. transformação das relações sociais.
(A) vê – idéia – usufruíram (E) Só se constroi a paz com a participação de todos
(B) mês – após – balaústre os homens.
(C) têm – babá – saíste
(D) véu – café – ímã 29) Todas as palavras recebem acento gráfico na
(E) pá – chapéu – saúva alternativa
(A) instituia – instituiram – instituisse
22)Pela mesma razão que se acentuam as (B) proibimos – proibe – proibia
palavras “Até” e “Aí”, acentuam-se, (C) saimos – saiu – sairam
respectivamente, (D) contribuirão – contribuiram – contribuiste
(A) sofá – saúde (E) influiu – influiamos – influirem
(B) após – pé
(C) freguês – vêm 30) Em todas as frases deve ser utilizado um acento
(D) têm – saída circunflexo, exceto na alternativa
(E) país – baú (A) O Japão mantem-se na vanguarda tecnológica.
(B) Os países do Primeiro Mundo retem a supremacia
23)Assinale a única alternativa em que há erro na econômica.
acentuação da forma verbal destacada. (C) O atraso e a miséria detem o progresso nos países
do Terceiro Mundo.
Português 43 Professor Paulo Ricardo
(D) Todos preveem uma internacionalização 37)Assinale a alternativa em que a acentuação das
acelerada do Mundo. palavras ocorre por motivo idêntico ao da seqüência
(E) Muitos países do Terceiro Mundo reveem sua ANANÁS, INCRÍVEL E INFLUÍ-LO.
política educacional.
(A) contê-lo, saudável, prejuízo
31) A frase que apresenta erro de acentuação é (B) enfrentá-la, geográfica, raízes
(A) As espécies animais sacrificadas em (C) até, equilíbrio, científico
experiências científicas devem, conforme o (D) crêem, provável, maníaco
caso, ser repostas. (E) revê-la, ciência, juízo
(B) Os chamados autotransplantes mantêm
freqüentemente a vida do indivíduo. 38) Quanto ao acento tônico, um dos conjuntos abaixo
(C) Fiéis a suas posições, cientistas sairam às é formado de palavras com a mesma classificação.
ruas em protesto contra o corte de verbas Assinale-o.
para pesquisa.
(D) Para o estudo do funcionamento dos órgãos, (A) tênis, importância, trágico, Fábio
foram utilizados protótipos. (B) até, marginal, convém, poderá
(E) É bastante provável que hipóteses científicas (C) já, par, lhes, uma
hoje consideradas meros vôos da fantasia (D) modesto, pensasse, primeira, alimentar
sejam amanhã defendidas com veemência. (E) símbolo, públicas, responsáveis, advertências
32) Todas as palavras devem receber acento 39) Assinale a alternativa em que a acentuação das
gráfico em palavras justifica-se, respectivamente, da mesma
(A) possuirmos – violencia – virus – sensiveis forma que na ordem: retém, angústia, cardíaca.
(B) proibem – gas – juri – abdomen
(C) egoismo – bisturi – carater – espontaneo (A) porém, ânsia, nódoa
(D) superfluo – itens – fluor – paranoico (B) mantém, planície, supérflua
(E) nausea – gratuito – assembleia – orgão (C) detém, glória, carícia
(D) entretém, rústica, pública
33) Qual das seguintes palavras perderia o acento (E) armazém, gêmea, dúvida
gráfico se fosse passada para o singular?
(A) cenários. 40) As palavras daí, pronúncia e arco-íris são
(B) raízes. acentuadas segundo as mesmas regras que levam
(C) automóveis. a acentuar, respectivamente
(D) indústrias.
(E) países. (A) beduíno, idôneo, idéia
(B) país, celulóide, lápis
34) A frase em que duas palavras devem ser (C) lingüística, renúncia, cútis
acentuadas é (D) jesuíta, Cláudio, oásis
(A) Devido ao ruido constante, ao ritmo (E) víbora, circunstância, Aloísio
acelerado da vida, torna-se importante
cultivarmos momentos de calma. 41) Considere as seguintes afirmações sobre a
(B) Acordes harmoniosos fluiam em nossa acentuação gráfica no texto.
direção, vindos da sala de concerto.
(C) Muitas emoções humanas tem sido I. A palavra risível recebe o acento gráfico pela
manifestadas atraves das composições mesma regra que preceitua o uso do acento em
musicais. ridículo.
(D) Defendem alguns a ideia de que II. A palavra possuído recebe o acento gráfico pela
determinados sons provocam reações mesma regra de aí.
inusitadas nos seres humanos. III. Se fosse retirado o acento gráfico das palavras
(E) Um album com quatro Cds importados pode várias, pública e está, esta alteração provocaria o
custar uma pequena fortuna. surgimento de outras palavras da Língua
Portuguesa.
35) A única palavra que deve receber acento
gráfico é Quais estão corretas?
(A) itens A) Apenas I.
(B) bisturi B) Apenas II.
(C) juiz C) Apenas I e III.
(D) proibe D) Apenas II e III.
(E) possuirmos E) I, II e III.
36) Assinale a opção em que todas as palavras
seguem a mesma regra de acentuação 42) Em uma das opções, nem todas as palavras são
gráfica de ordinários. acentuadas pela mesma razão. Qual?
(A) consciência – constrói – alternância A) possível – mantê-las – contínua – países
(B) negócio – interferência – mínimo B) será – mantê-la – Paraná – está
(C) agrícola – ausência – alternância C) há – é – já – três
(D) infância – área – sacrifício D) negócio – notícias – território – possíveis
(E) memória – tecnológico – razoável E) Atlântica – quilômetros – época – elétrico
GABARITO: 01-C, 02-A, 03-B, 04-D, 05-B, 06-B, 07-C, 08-E, 09-D, 10-B, 11-A, 12-A, 13-C, 14-D, 15-A, 16-A,
17-E, 18-D, 19-D, 20-D, 21-B, 22-A, 23-B, 24-C, 25-C, 26-E, 27-A, 28-C, 29-A, 30-A,31-C, 32-B, 33-
B, 34-C, 35-D, 36-D, 37-A, 38-B, 39-E, 40-D, 41-D, 42-A, 43-A, 44-B, 45-D, 46-E, 47-D, 48-D
Anotações:
EXERCÍCIOS DE AULA:
Nas frases abaixo, complete com por que,por quê, porquê ou porque:
01.De onde viera, como viera, _______ viera, 07.O caminho ______ passei foi íngreme.
poucos o saberiam dizer. 08.Gostaria de saber o motivo ______ não vieste à
02.Era um cientista emérito, ______ muito reunião.
estudioso; poucos sabiam, entretanto, o 09.______ amamos o mar? ______ nos amedronta?
______ de sua frustração. 10.Ela não estuda ______ não quer.
03.______ era surdo, todos se impacientavam 11.______ algumas mulheres, mesmo não sendo
com ele. bonitas, são tão encantadoras?
04.Sua atitude era elogiável, ______ sincera. 12.As coisas ______ me interesso hoje não são as
05.Elas não chegaram ainda ______? mesmas ______ te interessavas no passado.
06.Eis ______ ela não vence o medo.
TESTES:
4) Do ponto de vista ortográfico, o e-mail apresenta Com base nas afirmações acima, é certo concluir
algumas infrações. Para corrigi-las, por exemplo, que
I. a forma porque (l. 6) deve ser substituída pela (A) apenas a I está correta.
forma por que. (B) apenas a II está correta
II. a expressão se não (l. 7) deve ser substituída (C) apenas a III está correta
por senão. (D) apenas a I e a III estão corretas
III. a forma por que (l. 7) deve ser substituída pela (E) a I, a II e a III estão correta.
forma porque.
(A) Não sei por que não vieste ontem./ Não vim 10)“Protestei contra a voz, mandando que se
porque estava doente. calasse................eu não admitia impertinência.” O
(B) Por que não voltaste cedo? / Não sei por que elemento capaz de estabelecer a ligação
estou nervosa. adequada entre as duas afirmativas é
(C) Eis a razão porque me empenho tanto. / Ele
está intranqüilo sem saber por quê. (A) porque
(D) Não vais, por quê? / Desconheço o porquê de (B) por que
semelhante atitude. (C) por isso
(E) Não é fácil o emprego do porquê. / O teu porquê (D) portanto
me aborrece. (E) entretanto
GABARITO: 01-D, 02-C, 03-D, 04-B, 05-C, 06-E, 07-E, 08-D, 09-C, 10-A, 11-E, 12-A
Observações:
A) A / Há
B) Se não / Senão
C) Mal / Mau
D) Todo / Todo o
E) Em vez de / Ao invés de
Exercícios:
01.Para efetivar o ______ da tarefa, você necessita de 08.Aqui não ______ nenhuma pessoa de bem.
dois ______ de busca. (comprimento ou (descriminado/discriminado)
cumprimento/mandado ou mandato) 09.O deputado teve seus direitos de parlamentar ______
02.Jamais falei mal ______ de tão delicado assunto. ( . (caçados/cassados)
acerca/a cerca/há cerca) 10.Aprovei a idéia. ______ - a.(Ratifico/Retifico)
03.Ele fez uma palestra ______ de cem pessoas. 11.Odiei isso. ______ - o.(Ratifique/Retifique)
(acerca/a cerca/há cerca) 12.Nós não costumamos ______ a lei. (infringir/infligir)
04.Saímos de lá ______ de três horas. (acerca/ a cerca/ 13.Neste horário, o ______ de veículos é intenso.
há cerca) (tráfego/tráfico)
05.Sempre nos entendemos muito bem. Meus 14.Sou discreto. Sempre ajo com ______.
pensamentos costumam ir ______ dos dele. ( ao (descrição/discreção/discrição)
encontro dos/de encontro aos) 15.Jamais concordamos com ele. Suas idéias sempre
06.O perigo era ______; por isso, o ______ cientista vão ______ nossas. (de encontro às/ao encontro
reuniu seus pares. (iminente/eminente) das)
07.Será que o uso de drogas vai um dia ser ______?
(descriminado/discriminado)
Português 52 Professor Paulo Ricardo
PADRÕES FRASAIS
PI - S - V
PII - S - V - O.D.
PIII - S - V - O.I.
PIV - S - V - O.D. - O.I.
PV - S - V.LIG. - PREDICATIVO
A frase simples é composta de sujeito e predicado. O predicado, como você sabe, sempre se estrutura a partir
de um verbo.
Há verbos que necessitam de um complemento que integre (ou complete) sua significação (transitivos) e
verbos que dispensam qualquer complemento (intransitivos). Essa necessidade (ou não) de o verbo ter um
complemento e o tipo de complemento que o verbo exige leva-nos a estabelecer cinco padrões básicos de frase
simples do Português, ou por outra: cinco tipos de predicado.
1.1 – Padrão I
1.2 – Padrão II
As preposições que comumente introduzem o OBJETO INDIRETO são DE, COM, POR, EM ,A.
1.4 – Padrão IV
1.5 – Padrão V
VERBOS DE LIGAÇÃO
São verbos que diferem totalmente dos quatro tipos anteriores. Servem para ligar o SUJEITO ao
PREDICATIVO (elemento que indica qualidade, estado ou condição do sujeito).
Mariazinha é uma aluna brilhante.
O dia estava nublado.
O churrasco ficou salgado.
Os verbos de ligação principais são SER (indica estado normal, habitual); ESTAR, ANDAR, ACHAR-SE
(estado passageiro, transitório); FICAR, TORNAR-SE (mudança de estado): CONTINUAR, PERMANECER
(duração de estado).
OBSERVAÇÃO: Muitos verbos podem pertencer a mais de um padrão. Tudo depende da frase em que se
encontram.
Ele bebeu querosene. (P II)
Ele bebe. (P I)
A chuva parou. (P I)
Ele parou o carro na esquina. (P II)
EXERCÍCIOS DE AULA:
A) Classifique os verbos sublinhados quanto à predicação, bem como os objetos e adjuntos adverbias que
existirem.
EXEMPLOS DE AULA:
EXERCÍCIOS DE AULA:
A) Entre os pronomes oblíquos nos parênteses, escolha o adequado para preencher as lacunas das frases abaixo
e os classifique sintaticamente.
33) Sabes o que quero; por isso, faz o que 43) Você me ama, mas eu não ......amo. (o, lhe, te)
........digo. (o, lhe, te) 44) Tu me amas, mas eu não......amo. (o, lhe, te)
34) Sabe o que quero; por isso, faça o que 45) Se não viste, eu .......mostro. (o, lhe, te)
........digo. (o, lhe, te) 46) Se não viu, eu ......mostro. (o, lhe, te)
35) Dê-...... o livro, pois preciso deste material. 47) Só ......mostro o que você pode ver. (o, lhe, te)
(lhe, me) 48) Só ......mostro o que tu podes ver. (o, lhe, te)
36) Informei-......do acontecido. (o, lhe) 49) Quanto ao dinheiro, mostre-.....ao gerente. (o, lhe, te)
37) Informei-......o acontecido. (o, lhe) 50) Quanto aos jurados, ofereça-....o dinheiro. (o, os, lhe,
38) Mandaste o dinheiro às crianças? Sim, mandei- lhes, te)
......o dinheiro. (o, lhe, as) 51) Tua mãe é estranha; eu não......entendo. (o, a, te, lhe)
39) Mandaste o dinheiro às crianças? Sim, mandei- 52) Tu és estranho; eu não......entendo. (o, a, te, lhe)
......às crianças. (o, lhe, as) 53) Você é estranho; eu não......entendo.(o, a, te, lhe)
40) Você levou o documento ao setor de viagens? 54) Informei-....que tudo estava pronto. (o, lhe)
Sim, levei-......ao setor. (o, lhe, te) 55) Informei-....de que tudo estava pronto. (o, lhe)
41) Compraste o material que......pedi? (o, lhe, te) 56) Informei-....de que não havia mais vagas.(o, lhe)
42) Você obedeceu ao sinal combinado? É claro 57) Informei-....que não havia mais vagas.(o, lhe)
que...... obedeci............ . (o, te, lhe ou nenhum
destes)
2. O uso do pronome “lhe” no texto, como complemento do verbo “deixa”, embora aceitável na linguagem informal,
contraria a língua culta formal. Situação semelhante ocorre com o uso desse pronome em
(A) Queremos cumprimentar-lhe por sua campanha em favor da ética na pesquisa genética.
(B) Nada lhe assegurava que estava sendo observado.
(C) As recentes descobertas indicam-lhe que sua linha de raciocínio está correta.
(D) Os repórteres lhe fizeram muitas perguntas acerca de seus estudos?
(E) A liberação do fundo de financiamento permitiu-lhe prosseguir em suas pesquisas.
EXERCÍCIOS DE AULA:
B) Escolha, entre os pronomes nos parênteses, aquele que preenche adequadamente as lacunas das frases
abaixo e escreva-o, fazendo as acomodações ortográficas necessárias.
03) Aceitaram os cargos? Sim, aceitaram-....... . (o, 09)Vocês informaram os resultados aos diretores? Sim,
lhe) nós informamos-..... aos diretores. (o, os, lhe, lhes)
04)Informaram o acontecimento à professora? Sim, 10)Eles viram a novela? Viram-.... . (o, a , os, as, lhe,
informaram-.....o acontecimento. (o, a, lhe) lhes)
05)Informaram o acontecimento à professora? Sim, 11)Os alunos mandaram o presente ao paraninfo? Os
informaram-......à professora. (o, a, lhe) alunos mandaram-...... o presente. (o, os, lhe, lhes)
06)Vais fazer a prova? Sim, vou fazer-....... .( o, a, 12)Os alunos mandaram o presente ao paraninfo? Os
lhe) alunos mandaram-...... ao paraninfo. (o, os, lhe, lhes)
07)Você fez o teste? Sim, eu fiz-...... . (o, lhe) 13)Vocês deram a revista ao examinador? Demos- .......
08)Vocês informaram os resultados aos diretores? ao examinador. (o, a , lhe)
Sim, nós informamos-......os resultados. (o, os, 14)Vocês deram a revista ao examinador? Demos-........ a
lhe, lhes) revista. (o, a , lhe)
1 Agora, parece que foi mesmo na África que a espécie humana assim como a conhecemos surgiu – e
2 dali se espalhou para o restante do mundo. Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de
3 Awash, na porção central da Etiópia, que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e etíopes........ os
4 fósseis mais antigos do homem moderno ( Homo sapiens ). São três crânios – dois de adultos e um de uma
5 criança de aproximadamente 7 anos – e mais alguns dentes de outros sete indivíduos, encontrados entre ossos
6 de hipopótamos e antílopes e ferramentas de pedra. Com cerca de 160 mil anos, segundo a datação com argônio,
7 os crânios guardam semelhanças com o do homem moderno: face mais achatada e caixa craniana em forma de
8 globo. No entanto, traços mais primitivos, como os olhos mais........ um do outro, levaram os pesquisadores a
9 classificar os crânios como sendo de Homo sapiens idaltu, uma espécie do H. sapiens......... em conjunto, essas
10 características colocam esses homonídeos nas raízes da árvore evolutiva humana e são um reforço às evidências
11 genéticas de que o homem moderno surgiu na África – ainda não se sabe se em apenas uma ou em mais regiões
12 – e depois migrou para os outros continentes, o oposto do que........ as teorias que sugerem que as primeiras
13 características do H. sapiens apareceram quase ao mesmo tempo em diferentes pontos do planeta.
15) Considere as seguintes sugestões de reescrita, destinadas a evitar a repetição de os crânios na frase
levaram os pesquisadores a classificar os crânios (l.8 e 9).
I – Substituir os crânios pelo pronome eles.
II – Substituir os crânios pelo pronome lhes, colocando-o antes do verbo classificar.
III –Substituir os crânios pela forma los, adaptando a forma do infinitivo classificar.
IV –Substituir os crânios pela expressão os exemplares.
Quais são corretas de acordo com o padrão culto da língua?
(A) Apenas I e II.
(B) Apenas II e III.
(C) Apenas II e IV.
(D) Apenas III e IV.
(E) Apenas II, III e IV.
16) Considere as seguintes afirmações sobre o uso da forma pronominal lhe no texto.
I - O pronome lhe (l.02) poderia ser substituído pelo segmento a ele, sem prejuízo da correção da frase.
II –O pronome lhe (l.05) poderia ser substituído pelo possessivo suas, a ser inserido antes da palavra
conseqüências (l.05), sem prejuízo do sentido e da correção da frase.
III –A forma pronominal lhe (l.05) seria substituída pela forma direta o, se a forma verbal sofreu (l.05) fosse
substituída por suportou.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
17)Apresentaram-se duas pessoas que ___ 28) Este que ___ fala ___ nunca proferiu mentiras.
identificaram ___ imediatamente. (se) (lhes)
18) Poucos ___ recusaram ___ a voltar ao trabalho. 29) Aquilo ___ preocupava ___ seriamente. (me)
(se) 30) Inegavelmente ___ auxiliou ___ muito. (me)
19) Aqui ___ trabalha ___; lá ___ divertem ___.(se) 31) Quando ___ encontrou ___ (me), ___ disse ___ a
20) Aqui, ___ trabalha ___; lá, ___ divertem ___. (se) verdade. (me)
21) Às dez horas, ___ reúnam ___ no auditório. (se) 32) Tudo ___ fez ___ para evitar o acidente. (se)
22) Recusei a proposta que ___ fizeram ___. (me) 33) Alguém ___ falou ___ a seu respeito. (nos)
23) Quanta honra ___ dá ___ com a sua visita! (nos) 34) ___ foi ___ enviado ___ o material. (me)
24) ___ chame ___ às oito horas. (nos) 35) ___ estou ___ enviando ___ o material. (te)
25) Espero que todos ___ compenetrem ___ de suas 36) Devo ___ enviar ___ o material. (te)
responsabilidades. (se) 37) ___ vou prender ___. (o)
26) João, ___ ponha ___ no meu lugar. (se) 38) Assim que ele aparecer, ___ questionarei ___. (o)
27) Se ___ apresentar ___ a conta (lhe), ___ faça ___ 39) Não ___ vamos ___ receber ___. (o)
discretamente. (o) 40) Nunca ___ pedimos ___ isso. (lhe) .
EMPREGO DE MIM E TI :
EXERCÍCIOS:
D) Preencha as lacunas das frases abaixo com o pronome adequado.
41) Para ___ tomar uma decisão dessas, preciso de 47) Ele chegou até ___. (eu, mim)
tempo. (eu, mim) 48) Perante ___, não falou nada. (eu, mim)
42) Deve haver um diálogo franco entre ___ e teus 49) Após ___, não há mais condições de alguém
colegas. (ti, tu) administrar o clube. (eu, mim)
43) Esta mesa serve para ___ elaborar meus gráficos. 50) Após ___ entrar, fechem todas as portas. (eu,
(eu, mim) mim)
44) Entre ___ e eles deve ter-se dado uma troca de 51) Se é para ___ dizer o que penso, creio que a
simpatia. (eu, mim) escolha se dará entre ___ e a Laura. (eu, mim /
45) É complicado para ___ ir até aí hoje. (eu, mim) tu, ti)
46) Todos foram revistados, até ___. (eu, mim)
TESTES:
Nas questões abaixo, assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase.
- Se a frase já estiver na passiva, isso indica que o seu verbo deve ser transitivo direto.
A segunda – e menos usada – maneira de formar a voz passiva é com a partícula SE. Esta forma de passiva
só pode ser usada com FRASES QUE, NA VOZ ATIVA, TENHAM O SUJEITO INDETERMINADO.
Anotações:
16) Os ratos não eram vistos pelo gato. 24) A amiga, porém, nem sequer foi recebida por
Sônia.
17) Aquela criança seria educada por quem?
25) Eu estava sendo examinado por ti.
18) A flor foi arrancada pela criança.
26) As propostas de mudança seriam apresentadas
19) A flor é arrancada pela criança. por um dos diretores da empresa.
20) Os dois livros serão vendidos por mim. 27) Tal fato já foi cientificamente comprovado.
33) Os jogadores foram vistos. 38) É preciso que sejam realizadas as tarefas.
34) O jogador foi visto. 39) É importante que os livros sejam lidos.
35) Os jogadores são vistos. 40) Machado de Assis era estudado com gosto.
15) A transformação correta da voz ativa para a C) As normas devem ser transformadas em lei.
voz passiva está na alternativa As normas devem transformar as leis.
A) Páginas inteiras dos jornais acompanham a D) A ciência pode investigar todos os campos.
operação nacional. Todos os campos podem investigar a ciência.
A operação nacional é acompanhada pelos E) A ética deve disciplinar as ações.
jornais em páginas inteiras. As ações deveriam disciplinar a ética.
B) O fotógrafo está registrando a cena. 19) Passando para a voz passiva a frase “É exatamente
A cena é registrada pelo fotógrafo. a solução que as outras pessoas estão dando
C) Os pais acompanharam a luta do filho por uma para suas vidas.”, obtém-se a forma correta
vaga. A) É exatamente a solução que será dada pelas outras
A luta do filho por uma vaga era acompanhada pessoas para suas vidas.
pelos pais. B) É exatamente a solução que estão dando para suas
D) O garotão tinha tirado os sapatos. vidas as outras pessoas.
Os sapatos tinham sido tirados pelo garotão. C) É exatamente a solução que tem sido dada para
suas vidas pelas outras pessoas.
E) Os jornais vão publicar os resultados do D) É exatamente a solução que está sendo dada pelas
vestibular. outras pessoas para suas vidas.
Os resultados do vestibular serão publicados E) É exatamente a solução que estará sendo dada
pelos jornais. pelas outras pessoas para suas vidas.
(...) Existem 2,8 milhões de garotos, entre 20) A alternativa que melhor corresponde a “Compram-
10 e 14 anos, que trabalham – o que é proibido por se coisas de determinado desenho e estilo porque
um desses artigos pomposos da Constituição elas são produzidas pela indústria e não porque
Federal que a realidade da miséria revogou. as pessoas passam a exigi-las.”
24) A alternativa que melhor corresponde à A) tivessem sido criadas oportunidades novas
passagem “que esperamos se desencadeiem B) seriam criadas oportunidades novas
mediante nossos esforços” é C) sejam criadas oportunidades novas
D) fossem criadas oportunidades novas
A) que esperamos sejam desencadeados através
E) tenham sido criadas oportunidades novas
de nossos esforços.
B) que se espera desencadear pelos esforços.
30) A frase Obviamente, os problemas relacionados
C) que esperamos serem desencadeadas com os
ao mau uso da água já deviam estar sendo
nossos esforços.
equacionados há muito tempo está na voz passiva.
D) que esperamos fossem desencadeados por
Reescrevendo-a na voz ativa correspondente, temos:
intermédio dos nossos esforços.
E) que os nossos esforços esperaram
A) Obviamente, já deviam ser equacionados há muito
desencadear.
tempo os problemas relacionados ao mau uso da
água.
25) Sem alteração de sentido, como ficaria o
B) Obviamente, já equacionaram há muito tempo os
trecho “... que se desenvolveram até a
problemas relacionados ao mau uso da água.
metade deste século.” na voz passiva ?
C) Obviamente, já deviam ter equacionado há muito
A) ... sejam desenvolvidas... tempo os problemas relacionados ao mau uso da
B) ... forem desenvolvidas... água.
C) ... foram desenvolvidas... D) Obviamente, já deviam estar equacionando há muito
D) ... são desenvolvidos... tempo os problemas relacionados ao mau uso da
E) ... serão desenvolvidos... água.
E) Obviamente, já poderiam ter equacionado há muito
26) A forma passiva correta da oração “... a fuga tempo os problemas relacionados ao mau uso da
para as maiores cidades criou um quadro de água.
miséria urbana sem precedentes.” é
31) Em “ Após o surgimento da televisão, multiplicaram-
A) Um quadro de miséria urbana foi criado pela
se os que pressentiam o fim do jornal impresso”, a
fuga sem precedentes para as maiores
forma verbal sublinhada apresenta equivalência de
cidades.
tempo com a forma
B) Um quadro de miséria urbana sem
precedentes foi criado pela fuga para as
A) foram multiplicados
maiores cidades.
B) são multiplicados
C) Foram criados, pela fuga para as maiores
C) eram multiplicados
cidades, precedentes de miséria urbana.
D) teriam sido multiplicados
D) Criaram-se precedentes de miséria urbana a
E) seriam multiplicados
partir da fuga das grandes cidades.
E) Criou-se um quadro de miséria urbana pelos
32) “É realmente engraçado que o riso seja, quase
precedentes de fuga para as grandes cidades.
sempre, provocado pelo ridículo (...)
27) Os clubes de futebol alugam estádios está
Passando a frase sublinhada para a voz ativa, a versão
na voz ativa. O verbo dessa oração, na voz
correta é a seguinte:
passiva, fica :
A) são alugados A) que o riso provoque, quase sempre, o ridículo.
B) têm sido alugados B) que o ridículo esteja sendo, quase sempre,
C) serão alugados provocado pelo riso.
D) foram alugados C) que o riso tenha provocado, quase sempre, o
E) seriam alugados ridículo.
D) que o ridículo é provocado, quase sempre, pelo riso.
28) A partir do período O congresso apressou a E) que o ridículo provoque, quase sempre, o riso.
votação do projeto que desarma a
GABARITO: 01-A, 02-B, 03-D, 04-B, 05-A, 06-D, 07-B, 08-C, 09-C, 10-D, 11-A, 12-A, 13-C, 14-D, 15-D, 16-B,
17-E, 18-A, 19-D, 20-B, 21-B, 22-B, 23-B, 24-A, 25-C, 26-B, 27-A, 28-B, 29-C, 30-D, 31-A, 32-E,
33-C, 34-D, 35-A, 36-B, 37-C
MODO INDICATIVO
MODO SUBJUNTIVO
CORRELAÇÕES VERBAIS
ANOTAÇÕES:
1) Reconhecimento do Imperativo
2) Conjugação do Imperativo
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
01) A LIMPAMUNDI não é uma empresa que desrespeita a ecologia. Experimentem nossos serviços. Chame
nossos profissionais sem compromisso.
02) Considere as seguintes afirmativas sobre alterações possíveis para o segmento “se é que voltariam”, na frase:
“Os banhistas fugiam apressados, deixando seus pertences, já certos de que não os encontrariam na volta –
se é que voltariam”.
I. Se substituíssemos a expressão “é que” por “tivessem de”, a forma verbal “voltariam” precisaria ser
substituída pela forma “voltar”.
II. Se suprimíssemos a expressão “é que” e substituíssemos “se” por “contanto que”, o verbo deveria sofrer
alteração na flexão de tempo e modo.
III. Se suprimíssemos a expressão “é que” e substituíssemos “se” por “no caso de”, o verbo voltar não precisaria
sofrer alterações na flexão de tempo.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
Se, em 1991, o garoto Fábio Comune não ____________, hoje ___________ de dezessete a dezoito
anos. Entretanto, ele _________ por um marginal, quando ainda não _________ sua vida adulta.
03) Assinale as formas verbais que MELHOR preenchem as lacunas:
04) No segmento “..., será obrigado a ...”, o verbo destacado está no Futuro do Presente do Modo Indicativo.
Mudando-o para o Pretérito Imperfeito do Modo Subjuntivo, teremos:
A) é
B) fosse
C) foi
D) era
E) seria
“Talvez seja a hora, então, de abrir o debate, no Brasil, sobre as tentativas mais econômicas e
democráticas de ensino. Isso significaria pensar no papel das novas tecnologias como forma de ampliação e
barateamento dos serviços educativos.”
07) Assinale a alternativa que recupera a elipse do verbo chorar nos espaços em branco do trecho abaixo.
“Provavelmente_____ pela própria adolescência sem perspectivas numa rígida sociedade patriarcal.
Talvez _____ pelo seu país(...). Ou, quem sabe, _____ pela mesma razão por que choram todas as crianças do
mundo (...).”
São necessárias obras de saneamento, urbanização, conservação e limpeza de favelas e praças, com a
participação dos moradores e dos órgãos públicos, para que eles se sintam bem onde vivem.
08) Caso alterássemos o tempo verbal do verbo ser do Presente para o Futuro do Pretérito do Modo Indicativo, o
verbo sentir deveria ser flexionado da seguinte maneira:
A) sentissem
B) sentirão
C) sentirem
D) sentiriam
E) tivessem se sentido
De tempos em tempos, o assunto entra na pauta da mídia, e a discussão se espraia para as mais diversas
e antagônicas teses, defendidas ardorosamente por psicólogos, sociólogos, antropólogos, comunicólogos e outros
“logos” que não vale a pena elencar.
09) Substituindo a expressão “De tempos em tempos” por “antigamente”, obteríamos, respectivamente, forma
verbais
A) ... entrara ... se espraiou ...
B) ... entrou ... se espraiou ...
C) ... entrava ... se espraiava ...
D) ... entrava ... se espraiara ...
E) ... entrara ... se espraiara ...
10) Uma frase completando o texto abaixo poderia ter a seguinte redação:
17) Na tira abaixo, Miguelito trata Mafalda, repetindo as palavras dos adultos, por VOCÊ. Se o pronome fosse
trocado por TU, os verbos ficariam nas seguintes formas, no imperativo negativo:
(...) Um desses trambiqueiros é um jovem babuíno do sul da África, batizado de Paul pelos
primatologistas ingleses R. Byrne e A. Whiten, que o flagraram várias vezes passando o seguinte conto do
vigário: quando notou que uma fêmea arrancava uma suculenta raiz da terra, Paul pôs-se a gritar como se
estivesse apanhando. Imediatamente, sua mãe apareceu e, pensando que a fêmea tivesse atacado seu
filhote, expulsou-a. O esperto babuíno aproveitou para roubar e saborear o alimento.
19) A parte do texto que segue os dois pontos na linha 3 apresenta inconsistências no uso dos tempos
verbais, se considerarmos a afirmação que a precede. Para corrigir essas inconsistências, deveríamos
usar, da linha 3 à 5, as formas verbais
A) tivesse notado ... tinha arrancado ... ter-se-ia posto ... estivesse apanhando
B) notar ... tiver arrancado ... pôr-se-á ... estiver apanhando
C) notava ... arrancava ... punha-se ... estivesse apanhando
D) notara ... arrancara ... pusera-se ... estivera apanhando
E) nota ... arranca ... põe-se ... esteja apanhando
1 Astucioso, egoísta, alerta às chances de burlar os cidadãos e o Estado, espantoso desrespeito pelo
2 bem comum e pelas leis – esta é a imagem que se tem do corrupto, o mais notório personagem da
3 realidade política atual, no Brasil e, pode-se dizer, no mundo.
4 “Mas quem, afinal, são os corruptos?”, provoca o psicanalista Manoel Tosta Berlinck, de São
5 Paulo. Aqueles que trabalham para o governo e se apropriam de bens públicos? Os profissionais liberais
6 que não declaram integralmente seu imposto de renda? O chefe de compras que aceita propina para
7 escolher o fornecedor da empresa onde trabalha? Toda a população, enfim, porque não exige nota fiscal ao
8 fazer suas compras e facilita aos comerciantes lesar o fisco?
9 Um efeito dessa natureza ampla do fenômeno corrupção, que Berlinck enfatiza, é o da arquiteta
10 Mathilde Caetano, de São Paulo. Em 1990, mal saída da faculdade, ela abriu um pequeno escritório e
11 contratou um contador. Meses depois, apareceu um fiscal da prefeitura, que descobriu um imposto
12 atrasado. “Há grande espaço de avaliação nas perdas de prazo”, sinalizou o funcionário, já de olho numa
13 propina. A arquiteta devia entender que com um “por fora” a avaliação da dívida seria irrisória.
20) Há muitas diferenças entre a fala coloquial e os registros mais formais do português. Coloquialmente, por
exemplo, usa-se com muita freqüência, em vez do futuro do pretérito – para indicar um fato que seria
conseqüência certa e imediata de outro, mas que não ocorreu ou de cuja ocorrência não se tem certeza –
outro tempo verbal. Esse é precisamente o caso do emprego da forma verbal
A) pode-se dizer (l. 03)
B) se apropriam (l. 05)
C) declaram (l. 06)
D) apareceu (l. 11)
E) devia (l. 13)
(...) O “Sharp” pretende “converter” os neonazistas e viver em paz com o restante dos adeptos do
movimento. Isso não significa que não usarão a violência até para defender “vítimas” de neonazistas.
21) Caso quisesse evitar a seqüência não [...] não (l.02), preservando o significado da sentença e a articulação
estabelecida por isso, (l.02), com a sentença anterior, o autor poderia
I. simplesmente suprimir as duas negações.
II. suprimir as duas negações e acrescentar poderão depois de que (l.02), caso em que deverá haver
modificação na flexão do verbo usar.
III. substituir a seqüência isso não significa que não por ainda assim, eles poderão, caso em que deverá
haver modificação na flexão do verbo usar.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
(...) Essa política, a multiplicidade lingüística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram da
África dificultaram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano, incluindo-se aí a
preservação das línguas.
22) Dentre as sugestões de substituição da forma verbal retivessem (l.02), assinale a que acarretaria mudança
no significado da frase original.
A) retiveram
B) teriam retido
C) pudessem reter
D) permitiriam reter
E) reteriam
O Brasil tem uma das menores populações negras do mundo, para o IBGE. “Se continuar como está,
o censo demográfico ainda irá mostrar que o Brasil tem menos negros do que a França”, _______ Wania
Sant’Anna, historiadora e pesquisadora. Com a segunda maior população negra do mundo, conforme
relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, publicado em 1997, o Brasil possuiria,
para o IBGE, a pouco expressiva porcentagem de 5% de negros em sua população, segundo o censo
demográfico de 1991. Para o IBGE, também fazem parte do caldeirão racial brasileiro 45% dos pardos e
50% de brancos.
I. fato de a expressão para o IBGE (l. 01) estar isolada por vírgula serve para enfatizar que não é do
autor a afirmação feita na primeira frase do texto.
II. Na linha 4, o uso do verbo possuir no futuro do pretérito em vez de no presente indica que, no texto, a
informação publicada pelo IBGE é posta em dúvida.
III. Se a palavra pouco fosse retirada da expressão a pouco expressiva porcentagem de 5% de negros
(l. 05), a locução ficaria com sentido oposto ao que tem no texto.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
24) Considerando parte das falas de Calvin, a frase que melhor completa a idéia sublinhada a seguir,
mantendo o sentido e a norma culta do idioma é
A) constranjas – pede;
B) constrange – pede;
C) constranjas – peças;
D) constranja – peça;
E) constranges – pede.
26) Um engenheiro da firma XYZ S.A. manda o seguinte telegrama para o chefe de manutenção, que está
em férias.
As alternativas abaixo reproduzem o conteúdo do telegrama; qual delas está de acordo com a norma culta?
A) Liga-me urgentemente. Não só o pavilhão antigo, mas também parte do novo foi destruído. Se for
constatado alguma falha no sistema elétrico, tu serás corresponsabilizado. Felizmente, as máquinas do
pavilhão novo parecem necessitar de apenas alguns reparos.
B) Liga-me urgentemente. Não só o pavilhão antigo, mas também parte do novo foram destruídos. Se for
constatada alguma falha no sistema elétrico, tu serás corresponsabilizado. Felizmente, as máquinas do
pavilhão novo parecem necessitarem de apenas alguns reparos.
C) Ligue-me urgentemente. Não só o pavilhão antigo, mas parte do novo foram destruídos. Se for
constatada alguma falha no sistema elétrico, tu serás co-responsabilizado. Felizmente, as máquinas
do pavilhão novo parecem necessitar de apenas alguns reparos.
D) Liga-me urgentemente. Não só o pavilhão antigo, mas também parte do novo foram destruídos. Se for
constatada alguma falha no sistema elétrico, tu serás co-responsabilizado. Felizmente, as máquinas do
pavilhão novo parecem necessitar de apenas alguns reparos.
E) Ligue-me urgentemente. Não só o pavilhão antigo, mas também parte do novo foi destruído. Se for
constatada alguma falha no sistema elétrico, tu serás corresponsabilizado. Felizmente, as máquinas do
pavilhão novo parece necessitarem de apenas alguns reparos.
27) Uniformidade de tratamento é a norma segundo a qual os pronomes e verbos de um texto dirigido a um
interlocutor devem estar na mesma pessoa gramatical. Assinale a única alternativa que desrespeita
essa regra.
28) Considere as frases que seguem, com relação à conjugação dos verbos.
Coluna A Coluna B
A) 1, 2, 3, 4, 2.
B) 2, 3, 1, 4, 2.
C) 1, 3, 1, 2, 4.
D) 2, 4, 2, 3, 4.
E) 2, 4, 3, 1, 4.
30) A forma verbal indicada entre parênteses está correta e adequada à frase na alternativa
31) Um motorista insensível, porém atento às regras de concordância da linguagem culta, deveria dizer à
criança que o abordou na esquina:
1 A chegada do frio na única faixa de clima temperado no tropicaliente território brasileiro é garantia de
2 uma infinidade de opções de lazer que pedem temperaturas baixas e ambientes aconchegantes. Para
3 competir com outros destinos gelados do continente – como Bariloche, na Argentina, e Valle Nevado, no
4 Chile –, os empresários do setor de turismo da Região das Hortênsias, na Serra gaúcha, rezam por uma
5 ajuda extra de temperatura, e o governo do Estado lança uma campanha nacional com o lema “O inverno
6 mais quente do Brasil”. “Estamos agora vendendo em todo o país um produto turístico diferente, que inclui
7 uma lareira, mesa farta, paisagens românticas e um clima europeu sem precisar ir além das fronteiras do
8 Brasil”, diz o secretário estadual de turismo.
9 Colonizada por alemães e italianos, a região mescla influências dos dois povos na gastronomia e na
10 arquitetura. Uma viagem pelas sinuosas estradas reserva prazeres como degustar bons vinhos ou deleitar-
11 se com uma mesa farta e variada, que oferece desde o tradicional café colonial (uma prova de resistência
12 mesmo para os mais gulosos) até pratos da sofisticada culinária suíça. Valorizando o cenário, as casas em
13 estilo enxaimel, típicas da Bavária, em Nova Petrópolis; a imponente catedral gótica, em Canela; por toda
14 parte, o estilo colonial “de Gramado”, já tão difundido pelo Brasil.
15 Se o visitante for propenso a aventuras, não ficará decepcionado: quem procura um inverno mais
16 radical, movido a muita adrenalina, pode fazer escaladas ou percorrer trilhas no cânion do Itaimbezinho, no
17 Parque Nacional dos Aparados da Serra, em Cambará do Sul, em meio a cascatas de água gelada e
18 cristalina e silenciosas matas nativas.
19 Com sorte, uns e outros terão um privilégio extraordinário: a visão da neve embranquecendo lenta e
20 suavemente a paisagem, no mais esperado fenômeno do inverno gaúcho. E talvez esqueçam por breves
21 momentos que moram num país tropical. .
32) Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.
E) I, III e IV.
1 Um recente debate entre a feminista americana Betty Friedan e a escritora francesa Elizabeth
2 Badinter levantou uma questão que vai dar muito no que falar: o futuro relacionamento entre homens e
3 mulheres no século 21. Segundo as duas autoridades no assunto, daqui para a frente veremos o
4 fortalecimento da androginia, presente em ambos os sexos. Ou seja, os homens assumirão seu lado
5 feminino e as mulheres seu lado masculino, num encontro harmonioso e definitivo.(...)
6 Homem não deveria temer sutilezas, contradições, lágrimas. Não deveria sentir vergonha de beijar
7 seu pai, seus irmãos, seus amigos, e muito menos olhar com cara feia para quem desconhece as regras do
Português 85 Professor Paulo Ricardo
8 futebol ou usa lenço no pescoço. Neste aspecto, os europeus estão a milhares de distância dos brasileiros:
9 falam de maneira mais suave, vestem-se com mais charme e criatividade e, quando suas mulheres têm
10 uma situação profissional mais bem encaminhada, não titubeiam em desfrutar a licença-paternidade. Não
11 são menos homens que os nossos. São só mais seguros.(...)
12 Jô Soares com sua afetividade, Regina Casé com sua doçura, Denise Frossard com sua coragem, só
13 para citar alguns nomes, não são pessoas que assimilaram novos papéis sem abrir mão de sua natureza.
14 São os andróginos do próximo milênio. Destacam-se porque, além de competentes, souberam somar as
15 vantagens de ambos os sexos, tornando-se mais completos. Conseguem transitar em diversos círculos, são
16 compreendidos em qualquer lugar e se fazem notar neste mundo onde todos se parecem. Os que
17 continuam achando que a força deve permanecer de um lado do ringue e a ternura do outro desperdiçam
18 seu tempo vestindo Yamamoto ou plugando-se à Internet. Serão sempre do século passado.
19 Martha Medeiros (adaptado)
A) foi.
B) seria.
C) seja.
D) tenha sido.
E) era.
(...) Ninguém é contra o progresso ou contra a técnica. O que devemos é reagir contra a
massificação. Deixar aquela posição passiva, que nos tem transformado em presas fáceis dos mais
gananciosos, nesta desumana sociedade de consumo.
36) A forma verbal “tem transformado” (linha 02) indica que o processo
A) já acabou.
B) ainda está em desenvolvimento.
C) acaba de ser iniciado.
D) está em vias de ser completado.
E) está totalmente localizado no passado.
I. As formas verbais “tem avançado” (linha 02) e “lutava” (linha 10) indicam que as ações iniciadas no passado
têm continuidade no presente.
II. A forma verbal da expressão “estão também tomando parte” (linha 05) indica que o processo ainda está em
desenvolvimento.
III. Ao determinar o agente da ação em “Esse participar, essa condição de conviver” (linha 07), a autor generaliza
a idéia apresentada.
IV. A forma verbal “viessem a descobrir” (linha 11) indica que as futuras descobertas são hipotéticas.
37) Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
1 Já esteve em voga a idéia de que a miséria poderia ser muito útil para a economia (desde que
2 confinada no bolso alheio). Dizia-se que a soma da abundância de matérias-primas e grandes massas de
3 trabalhadores dispostas a ganhar pouco poderia funcionar como uma grande alavanca para o
4 desenvolvimento – um grande economista, sir Arthur Lewis, até ganhou um Prêmio Nobel com essa teoria.
5 Mas os últimos anos marcaram importantes mudanças nessa questão. Tanto as matérias-primas como a
6 mão-de-obra barata têm perdido peso, dramaticamente, em face da necessidade de maior educação e
7 qualificação para descobrir e explorar novas tecnologias. Neste final de século, o trabalhador sem qualquer
8 estudo, retratado por Charles Chaplin em tempos modernos, é uma outra pessoa, como assalariado e como
9 cidadão. Hoje, governos e empresas investem pesado no preparo dos empregados – com sucesso. Não foi
10 por acaso que o Japão e a Coréia do Sul por exemplo, países miseráveis em matérias-primas mas
11 milionários em índices educacionais, tornaram-se grandes fenômenos nesse período. Não foi por acaso que
12 a Alemanha, um dos países com mão-de-obra mais cara de todo o planeta, mas obcecado pela qualificação
13 profissional de seus trabalhadores, transformou-se na economia número 1 da Europa.
14
38) A relação correta entre a forma verbal e o que ela expressa no texto é
40) Se fosse empregado o padrão culto da língua, a alternativa correta seria a seguinte:
Para seduzi-lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas
que o perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez.
42) A forma verbal que poderia substituir perturbem (l. 02) corretamente, considerando-se o contexto, é
A) perturbarem.
B) perturbariam.
C) tenham perturbado.
D) perturbavam.
E) haviam perturbado.
Uma vez chegado como imigrante .......... Porto Alegre, começou para mim – em meio ......melhores
circunstâncias humanas e materiais imagináveis – uma escola de vida, dura e inesquecível. O Brasil havia
participado da fase final da guerra, do outro lado, naturalmente (este “naturalmente” eu tive de aprender a
entender). Alguns de meus colegas no Ginásio Metodista (naquele momento, não havia mais nenhuma
escola que fosse alemã) submetiam-me a fortes pressões de legitimação e, em primeira instância, de
informação, na medida em que me chamavam de “quinta-coluna”.
Durante meses, os pneus da minha bicicleta foram sistematicamente esvaziados no pátio da escola.
Mais tarde, eu acabei sendo o porta-voz da classe. Esta seqüência de experiências é certamente muito
comum. No meu caso, pelo menos, ela sempre acompanhou e marcou .......... minha vida.
44) As afirmações abaixo referem-se a verbos ou a locuções verbais utilizados no segundo parágrafo do
texto.
I - A forma verbal foram (l.07 poderia ser substituída por iam sendo, sem comprometer o sentido da
frase.
II - A locução verbal acabei sendo (l.08 poderia ser substituída por me tornei, preservando o sentido da
frase.
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
1 Assim como as outras ciências, a Medicina não escapou ao mito da estagnação medieval. Nas
2 obras que ainda alimentam esse clichê, lê-se que a Medicina passou quase mil anos num sono profundo,
3 entre a Antigüidade e o Renascimento. Os indícios que sustentam essa conclusão convergem em alguns
4 aspectos: a ausência de invenções espetaculares e de médicos excepcionais, a feitiçaria onipresente e a
5 influência da Igreja sobre as ciências. A Medicina era domínio de monges, filósofos e charlatães.
6 Ainda hoje, nossa visão da Idade Média permanece impregnada dessas idéias, que se baseiam,
7 no entanto, num ponto de vista moderno: em vez de serem colocadas na perspectiva da época, as
8 ciências são avaliadas tomando como parâmetro os critérios atuais. Assim a crítica segundo a qual a
9 Igreja teria exercido uma dominação aniquiladora do progresso é típica de uma sociedade laica. Para os
10 cristãos da Idade Média, ao contrário, não existia alternativa: eles acreditavam que os judeus, os pagãos
11 e os hereges estavam condenados às penas do inferno. A Medicina medieval era praticada na base de
12 uma fé jamais colocada em questão e encontrava seu lugar numa visão de mundo inteiramente religiosa.
13 A Medicina era mais uma filosofia da Natureza que uma ciência da Natureza, no sentido moderno do
14 termo.
15 Ora, sem as bibliotecas monásticas, o trabalho dos monges copistas e o interesse que os eruditos
16 eclesiásticos demonstravam pela terapêutica, os escritos antigos de famosos médicos romanos, gregos
17 ou árabes estariam perdidos. Depois da queda do Império Romano, apenas os religiosos sabiam ler e
18 escrever e dominavam a língua erudita européia, o latim. Dessa forma, a Igreja permitia a continuidade
19 da cultura e a sobrevivência da filosofia antiga – e pagã.
20 Para o cristão devoto, a saúde e a salvação estavam alegoricamente ligadas: a Medicina cuidava
21 do corpo que perecia, e a religião, da alma imortal. O médico tinha de reconhecer as doenças e buscar
22 tratá-las pelos meios terrestres. Só se ele atingisse seus limites é que deveria ceder lugar_______ajuda
23 religiosa.
45) Todas as formas verbais arroladas abaixo estão relacionadas à expressão de uma hipótese no texto, à
exceção de
GABARITO: 01-E, 02-D, 03-D, 04-B, 05-A, 06-A, 07-B, 08-A, 09-C, 10-A, 11-E, 12-D, 13-B, 14-D, 15-A,
16-C, 17-A, 18-E, 19-C, 20-E, 21-D, 22-A, 23-E, 24-D, 25-A, 26-D, 27-B, 28-D, 29-C, 30-C,
31-A, 32-E, 33-E, 34-E, 35-C, 36-B, 37-E, 38-D, 39-D, 40-D, 41-D, 42-B, 43-E, 44-C, 45-A
SUJEITO SUBENTENDIDO
SUJEITO INDETERMINADO
SUJEITO INEXISTENTE
CONCORDÂNCIA VERBAL
PRINCÍPIO GERAL:
EXS.:
CASOS ESPECIAIS:
1) As expressões CHEGAR DE, PASSAR DE, BASTAR DE e TRATAR(-SE) DE:
CUIDADO:
B) FAZER:
TESTES:
01) Utilizando a norma culta da língua, a opção correta será a seguinte:
A) Uma.
B) Duas.
C) Três.
D) Quatro.
E) Cinco.
04) .............. tempos em que ......... aos pais ...........os olhos, e os filhos os entendiam.
A) Houve – bastava – levantar.
B) Houve – bastava – levantarem.
C) Houve – bastavam – levantarem.
D) Houveram – bastava – levantarem.
E) Houveram – bastavam – levantar.
O homem do mundo contemporâneo vive uma preocupação crônica: a busca desenfreada do ter.
05) Se a palavra “homem” (l. 1) fosse substituída por homens, teriam de passar obrigatoriamente para o
plural mais ......... palavras.
A) Sete.
B) Seis.
C) Cinco.
D) Quatro.
E) Duas.
Disse que competência não era uma coisa tão relativa assim, que seriam as mesmas, para ele e
para mim, as expectativas sobre competência que deveria trazer consigo o cirurgião cardiovascular que
nos estivesse a implantar uma ponte de safena. A coisa ficou por aí. Mas é dessa maneira que se
sedimenta um ambiente onde a idéia de competência, entre outras, toma conotação relativística, e a escola
de segundo grau vai, hoje, apresentando a sua contribuição para, democraticamente, formar futuras guildas
de incompetentes profissionais.
06) Se substituíssemos “as expectativas”, na linha 2, por “a expectativa”, quantas outras palavras
precisariam obrigatoriamente de ajuste para fins de concordância?
A) Uma.
B) Duas.
C) Três.
D) Quatro.
E) Cinco.
...Essa política, a multiplicidade lingüística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram da
África dificultaram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano, incluindo-
se aí a preservação das línguas. Os negros, porém, ao longo de todo o período colonial, tentaram superar a
diversidade de culturas que os dividia, juntando fragmentos das mesmas mediante procedimentos diversos,
entre eles a formação de quilombos e a realização de batuques e calundus. [ ...]
11) Se substituíssemos Os negros (l. 3) por O povo africano, quantas outras palavras da frase deveriam ser
modificadas para fins de concordância?
A) Nenhuma.
B) Uma.
C) Duas.
D) Três.
E) Quatro.
... No primeiro caso, Luciana freqüentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto
estes ficam perplexos diante de reações ou perguntas da filha. Já nas “conversas” com seus amigos de
quarto, a narradora expõe seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela
indireta e inconscientemente a dificuldade de captar o significado dos eventos que ela mesma narra,
significado que nós, leitores presumivelmente maduros, enxergamos logo de cara.
12) Caso a expressão a narradora (l. 3) fosse substituída por o narrador, quantas outras palavras daquela
mesma frase deveriam sofrer modificações devidas à concordância?
... Passaram-se poucos segundos entre os primeiros palavrões e uma pancadaria infernal que durou
meia hora, em meio aos gritos de ameaça dos combatentes e o pânico dos banhistas, que fugiam
apressados, deixando para trás seus pertences, já certos de que não os encontrariam na volta – se é que
voltariam.
13) Assinale o termo com o qual concordam as palavras “fugiam” (l.2), “certos” (l.3) e “encontrariam” (l.3).
A) segundo (l. 1)
B) palavrões (l. 1)
C) gritos (l. 2)
D) combatentes (l. 2)
E) banhistas (l. 2)
Quando tratavam de maneiras à mesa, os manuais de civilidade medievais – ou talvez devamos dizer
“ manuais de cortesia”, tendo em vista a época – condenavam as manifestações de gula, a agitação, a
sujeira, a falta de consideração pelos outros convivas. Tudo isso persiste nos séculos XVII e XVIII, porém
novas prescrições se acrescentam ....... antigas. Em geral, elas desenvolvem ....... idéia de limpeza – já
presente na Idade Média -, ordenando que se usem os novos utensílios de mesa: pratos, copos, facas,
colheres e garfos individuais.
14) Assinale a alternativa que identifica corretamente os núcleos dos sujeitos de, respectivamente, condenavam (l.
2), se acrescentam (l. 4), se usem (l. 5).
A) maneiras (l. 1) – isso (l. 3) – utensílios (l. 5)
B) maneiras (l. 1) – prescrições (l. 4) – novos (l. 5)
C) manuais (l. 2) – antigas (l. 4) – utensílios (l. 5)
D) manuais (l. 2) – isso (l. 3) – novos (l. 5)
E) manuais (l. 2) – prescrições (l. 4) – utensílios (l. 5)
1 Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa
2 espécie de niilismo a que o Brasil nos leva. Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. Fica
3 cada vez mais difícil espantar os burgueses. Os burgueses não se espantam com mais nada. Alguns talvez se
4 surpreendam quando ouvem um filho pequeno ou um neto repetindo uma letra dos Mamonas, mas nestes casos o
5 espanto é divertido, ou pelo menos resignado. A necessidade de se ser absolutamente claro sobre que tipos de
6 atividades sexual causam AIDS e como fazer para preveni-la acabou com qualquer preocupação da imprensa e
7 da propaganda com o pundonor (grande palavra) alheio, embora ainda façam alguns rodeios. A linguagem ficou
8 mais leve, ficamos menos hipócritas. Burgueses epatáveis ainda existem, mas o acúmulo de agressões a seus
9 ouvidos e pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem, não é em público.
“Desde que o Imperador Dom Pedro I outorgou a primeira Constituição brasileira, em 1829, o direito de
voto tem se ampliado, pouco a pouco, nas cartas seguintes. Naquela época, só podiam votar os homens maiores
de 25 anos e era exigida uma renda anual superior a cem mil réis.” (...)
16) Se, na linha 2, substituíssemos a palavra homens por homem, essa substituição implicaria mudanças em
mais
...Perguntei a amigos sobre nomes, ocorrências e alguns dados de que me sentia incerto. Faço algumas
referências ao período depois de 1964, porque pertinentes, acredito, ao evento, mas o que me interessa é o
antes e o durante.
17) Caso referências (l. 2) aparecesse no singular, quantas outras palavras deveriam sofrer ajustes para fins de
concordância na frase em questão?
A) Uma.
B) Duas.
C) Três.
D) Quatro.
E) Cinco.
O Rio, nos primeiros anos 30, sabia onde eram os cafés dos sambistas, dos músicos, dos turistas e dos
boêmios. Noel Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto do samba – o Café Nice – e preferia a Lapa, onde
vivia o pessoal da madrugada, bons bebedores, alguns cafetões, várias meretrizes, que se portavam com
dignidade nas horas de folga, e gente solitária; ignorávamos de que vivia ,e nenhuma pergunta era endereçada a
ele, esse amigo de todos, Noel da Lapa. Bebendo muito e se alimentando pouco, Noel se tornou presa fácil de
tuberculose. Naquele tempo, a doença era meia morte.
18) Se, na primeira frase do texto, substituíssemos “Os cafés” (l. 1) por “ O café”, quantas outras palavras
precisariam obrigatoriamente de ajuste na concordância?
A) Nenhuma.
B) Uma.
C) Duas.
D) Três.
E) Quatro.
... Algumas dessas línguas são estruturalmente bastante sofisticadas: o Kamaiurá possui declinações,
como o latim, para marcar a função da palavra na frase (sujeito, objeto direto, etc.). Também se expressa através
de um sistema de declinações o grau de certeza do falante quanto ao assunto de que fala. Se ele tem certeza, usa
um sufixo; se ouviu de terceiros, usa outro.(...)
19) Quando lemos um texto, intuitivamente vamos identificando os sujeitos das frases que o compõem. Assim,
para compreendermos o período que se inicia na linha 2, deveremos identificar como núcleo do sujeito de “
se expressa”
A) Kamaiurá
B) sistema
C) grau
D) certeza
E) assunto
1 Até o início do século, nenhum investigador havia considerado os sonhos possíveis de uma interpretação
2 séria; apenas a “ opinião leiga” e as massas incultas entendiam que os sonhos constituem mensagens legíveis. Os
3 sonhos são de fato mensagens, concordava Freud, mas não as esperadas pelo público em geral. Não revelam
4 seu sentido pelo método corrente de atribuir......... cada detalhe do sonho uma significação simbólica, única e
5 definida, nem é possível lê-los como um criptograma a ser decifrado por meio de uma chave ingênua. Freud
6 declarou a inutilidade de ambos os procedimentos interpretativos populares. .......... deles, ele recomendava o
7 método catártico: o sonhador deve empregar a associação livre, renunciando a sua costumeira crítica racional
8 aos meandros mentais, para reconhecer o sonho ....... ele é – um sintoma.
20) Assinale a alternativa que identifica corretamente os sujeitos de “revelam” (l.3), “renunciando” (l. 7) e
“reconhecer” (l. 8), respectivamente.
A) os sonhos – o sonhador – o sonhador
B) mensagens – o sonhador – sua costumeira crítica racional
C) os sonhos – a associação livre – sua costumeira crítica racional
D) mensagens – a associação livre – o sonhador
E) os sonhos – o sonhador – sua costumeira crítica racional
I. A não-contração da preposição com o artigo poderia ter ocorrido no primeiro caso, a exemplo do segundo,
sem causar nenhuma estranheza ao falante da língua.
II. A contração da preposição com o artigo poderia ter ocorrido no segundo caso, seguindo o uso coloquial da
língua.
III. A discrepância entre os dois casos se deve à diferença de estrutura dos elementos regidos pelo de.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas III.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Não existe nada que o homem mais tema do que ser tocado pelo desconhecido. Ele quer saber quem o
está agarrando; ele o quer reconhecer ou, pelo menos, classificar. O homem sempre evita o contato com o
estranho. De noite ou em locais escuros o terror diante de um contato inesperado pode converter-se em pânico.
22) Se na primeira frase do texto substituíssemos “o homem” (l. 1) por “a criatura humana”, quantas
palavras da segunda frase do texto precisariam obrigatoriamente de ajuste para fins de concordância?
A) Uma.
B) Duas.
C) Três.
D) Quatro.
E) Cinco.
1 A deterioração dos centros urbanos tomou conta dos noticiários. A cidade é a demência. A cidade é a
2 selva. Mas a televisão sempre oferece compensações e, para aliviar o show do caos urbano, ela exibe o idílio da
3 vida campestre. É assim que, na ficção e na publicidade, reina o videobucolismo, esse gênero de fantasia em que
4 a grama não tem formiga, as cobras não têm veneno e as mulheres não têm vergonha. Chinelos, cigarros,
5 margarinas e cartões de crédito buscam os cenários de praias vazias, fazendas inocentes e montanhas íngremes
6 para aumentar sua promessa de gozo. E há também caminhonetes enormes, as tais off-road, que se anunciam
7 rodando sobre escarpas, pântanos e rochas cortantes. A felicidade mora longe do asfalto.
8 Mas é curioso: essa mesma fabricação imaginária que santifica a natureza contribui para agravar ainda
9 mais a selvageria nas cidades. Basta observar. Transeuntes se trajam como quem vai enfrentar o mato, os bichos,
10 o desconhecido. Relógios de mergulhadores são ostentados por garotos que mal sabem ver as horas; botas de
11 vaqueiros, próprias para pisar currais, freqüentam cerimônias de casamentos; fardas militares de guerrilheiros
12 amazônicos passeiam pelos shoppings. No trânsito, jipes brucutus viraram a última moda. Com pneus gigantescos
13 e agressivos do lado de fora, e estofamento de couro do lado de dentro, são uma versão sobre quatro rodas dos
14 condomínios fechados. Em breve, começarão a circular com pára-choques de arame farpado.
15 A distância entre um motorista de vidros lacrados e o mendigo que pede esmola no sinal vermelho é maior
16 do que a distância entre aquele e as trilhas agrestes das novelas e dos comerciais. Nas ruas esburacadas das
17 metrópoles, ele talvez se sinta escalando falésias. No coração desses dois homens, que se olham sem se ver
18 através dessa estranha televisão que é o vidro de um carro, a cidade embrutecida é a pior de todas as selvas.
19 (Fonte: BUCCI, Eugênio, cidades dementes. Veja 2 de julho, 1997 p 17.)
Assinale a alternativa que apresenta o número de outras palavras do texto que deveriam ser obrigatoriamente
modificadas nos casos I e II, respectivamente.
A) 1–2
B) 1–3
C) 2–3
D) 2–4
E) 4–4
25) Comumente _________reações distintas a notícia e análise dos fatos, embora nem uma nem outra
________a realidade a que ambas se _________ .
A) geram – desvirtue – referem
B) gera – desvirtuem – referem
C) gera – desvirtue – refere
D) geram – desvirtuem – referem
E) geram – desvirtuem – refere
26) De acordo com a regra do português culto, o verbo deve passar para o plural na alternativa
A) Nas metrópoles se decide os rumos da modernidade.
B) Incorre-se em erros ao avaliar o progresso.
C) Às vezes se carece de critérios confiáveis.
D) Acerta-se muitas vezes.
E) Vive-se bem em cidades bem estruturadas.
27) Às vezes ________problemas, e nem um, nem outro técnico _________elaborar uma programação que
__________pessoa exigentes.
A) surgem – consegue – interesse
B) surge – conseguem – interessem
C) surge – conseguem – interesse
D) surgem – consegue – interessem
E) surge – consegue – interessem
28) A pluralização da expressão em destaque não acarretaria alteração na forma verbal na frase
A) Seria necessário um dia de viagem para chegar ao litoral nordestino.
B) No seminário sobre ecoturismo, abordou-se um tema controvertido.
C) Infelizmente, havia-se esgotado o prazo para a compra de passagens aéreas com desconto.
D) Seguindo pela linha Verde, não haveria qualquer dificuldade para chegar ao mangue seco.
E) Ao chegar ao hotel, o turista constatou, desolado, que só tinha sobrado o apartamento do fundo.
O mito da escola aberta, que atravessou a década de 70 com força crescente, começa a fechar suas
portas no Brasil dois anos depois de se ver seriamente contestado exatamente onde nasceu, os estabelecimentos
de ensino da França e Inglaterra. A maré conservadora começa a bater em muitos colégios do país que se fizeram
conhecidos por manter uma política educacional frouxa em que os alunos tinham raras obrigações, podiam ir às
aulas sem uniforme, impunham os currículos de algumas disciplinas e até mesmo se auto-avaliavam. Da mesma
forma que o movimento de descompressão da década passada, o caminho de volta ao ensino tradicional com
doses de autoridade está sendo incentivado pelos pais dos alunos. Longe de significar simplesmente uma volta ao
ensino do passado, a onda moderada que ressurge em alguns colégios é um sinal alentador de mudanças e
racionalidade.
29) Se a palavra mito (l. 1) fosse passada para o plural, ___________outras palavras do primeiro período do texto
deveriam acompanhar essa transformação.
A) duas
B) três
C) quatro
D) cinco
E) seis
1 Para alguns milhares de adolescentes brasileiros férias de julho são sinônimo de pegar um avião rumo ao
2 mundo mágico da Disney. No ano passado, porém, um grupo de 70 garotos paulistas, entre 11 e 16 anos, optou
3 por conhecer a dura realidade brasileira, atendendo a chamado de uma das várias escolas que vêem hoje nesse
4 tipo de projeto as mais eficientes aulas de cidadania. Abdicando do conforto de seus luxuosos apartamentos,
5 conviveram durante uma semana com colonos sem-terra no interior do Paraná. “Aprendi a ver o mundo com olhos
6 diferentes, e percebi que tem muita coisa que posso fazer”, afirma um dos jovens, que ao retornar engajou-se em
7 outro projeto social da escola, dando aulas de reforço para meninos de uma favela adjacente. “Foi uma
8 experiência marcante, e quero ajudar outros a entender que a realidade é muito maior do que as festas e o
9 shopping que curto”, revela outro adolescente, que este ano volta ao projeto como monitora.
Português 100 Professor Paulo Ricardo
30) Se a expressão “um dos jovens” (l. 6) fosse substituída por “alguns jovens”, seria necessário passar para o
plural pelo menos mais ____palavras.
A) oito
B) sete
C) cinco
D) quatro
E) três
1 Um recente debate entre a feminista americana Betty Friedan e a escritora francesa Elizabeth Badinter
2 levantou uma questão que vai dar muito no que falar: o futuro relacionamento entre homens e mulheres no século
3 21. Segundo as duas autoridades no assunto, daqui para a frente veremos o fortalecimento da androginia,
4 presente em ambos os sexos. Ou seja, os homens assumirão seu lado feminino e as mulheres seu lado
5 masculino, num encontro harmonioso e definitivo.(...)
6 Homem não deveria temer sutilezas, contradições, lágrimas. Não deveria sentir vergonha de beijar seu
7 pai, seus irmãos, seus amigos, e muito menos olhar com cara feia para quem desconhece as regras do futebol ou
8 usa lenço no pescoço. Neste aspecto, os europeus estão a milhares de distância dos brasileiros: falam de
9 maneira mais suave, vestem-se com mais charme e criatividade e, quando suas mulheres têm uma situação
10 profissional mais bem encaminhada, não titubeiam em desfrutar a licença-paternidade. Não são menos homens
11 que os nossos. São só mais seguros.(...)
12 Jô Soares com sua afetividade, Regina Casé com sua doçura, Denise Frossard com sua coragem, só para
13 citar alguns nomes, não são pessoas que assimilaram novos papéis sem abrir mão de sua natureza. São os
14 andróginos do próximo milênio. Destacam-se porque, além de competentes, souberam somar as vantagens de
15 ambos os sexos, tornando-se mais completos. Conseguem transitar em diversos círculos, são compreendidos em
16 qualquer lugar e se fazem notar neste mundo onde todos se parecem. Os que continuam achando que a força
17 deve permanecer de um lado do ringue e a ternura do outro desperdiçam seu tempo vestindo Yamamoto ou
18 plugando-se à Internet. Serão sempre do século passado. .
Considere as seguintes afirmativas.
I. Se “Um recente debate” (l. 1) fosse substituído por “Recentes debates”, apenas uma palavra da frase deveria
ser alterada.
II. Se “Homem” (l. 6) fosse substituído por “Homens”, mais seis palavras deveriam ser obrigatoriamente
alteradas entre as linhas 6 e 8.
III. Se a expressão “os europeus” (l. 8) fosse substituída por “o europeu”, não só os verbos mas também outras
expressões deveriam ser alteradas até o final do parágrafo.
IV. Se a expressão “Os que” (l. 16) fosse substituída por “Quem”, três verbos deveriam sofrer alterações até o
final do parágrafo.
31) Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa
A) I e II
B) I e IV
C) II e III
D) I , III e IV
E) II, III e IV
1 “Come-gato, gambazinho, cabritinho, muitos dos meninos de rua da Candelária, no Rio usavam
2 codinomes de bichos. Vivendo como viviam, ironizavam, nos apelidos, o próprio destino insólito. Mas essa ironia é
3 um desrespeito aos bichos: nenhum animal executa seus semelhantes como vêm fazendo alguns brasileiros, da
4 espécie humana. São linchamentos, massacres, flagelos de uma sociedade flagelada pela miséria, pela violência
5 e pela fome. Quem duvida que exista mais solidariedade entre os animais selvagens? O “hominus brasiliensis”
6 não é páreo mais nem pro tiranossaurus rex. Nem ele, o mais cruel e sanguinário dos dinossauros, era capaz de
7 exterminar os filhotes de sua própria espécie. Que os bichos protejam nossas crianças!”
32) Se no período “nem ele,...” (l. 6) substituíssemos o pronome “ele” por “eles”, quantas palavras além dessa
precisariam de ajuste na concordância?
A) seis
B) sete
C) oito
D) dez
E) onze
33) A ação registrada em “executa” (l. 3), apresenta-se na forma da 3a pessoa do singular para estar de acordo
com
A) um desrespeito aos bichos (l. 3).
B) animal (l. 3).
C) seus semelhantes (l. 3).
D) alguns brasileiros (l. 3).
E) espécie humana (l. 4).
1 Foi-se o tempo em que os grandes agitos culturais dos estudantes do 2º grau eram o jornalzinho do
2 grêmio e os shows no auditório da escola. Em São Paulo, uma turma de jovens resolveu pensar em cultura
3 como gente grande e está colhendo bons resultados. Eles fazem parte da União Municipal dos Estudantes
4 Secundaristas, Umes. A entidade, reconhecida pelos órgãos públicos, representa 2,5 milhões de estudantes
5 paulistanos, mesmo aqueles que ainda estão no 1º grau ou abaixo dele. Por intermédio dela pode-se, por
6 exemplo, tirar a carteirinha que dá abatimento no ingresso do cinema. Há três anos, o departamento cultural,
7 da Umes, batizado de Centro Popular de Cultura, CPC, decidiu patrocinar a gravação de três CDs de artistas
8 desconhecidos da MPB. A iniciativa deu tão certo que acabou gerando o selo CPC – Umes, hoje com 35 discos
9 em catálogo e média de três lançamentos por mês.
10 A sigla CPC, naturalmente, remete à entidade homônima que, nos anos 60, ligada à União Nacional
11 dos Estudantes, agitou o país ao colocar idéias artísticas radicais a serviço do combate à ditadura. O CPC da
12 Umes é bem mais suave. Em comum com o primeiro, nutre apenas o nacionalismo explícito. Os artistas que
13 gravam em seu selo não querem saber de fundir maracatu com merengue. Preferem o samba e o choro em
14 estado puro. “Achamos necessário que a música nacional mais autêntica esteja presente na formação dos
15 jovens, mas eles não têm acesso a ela nos shows e na TV”, explica Pedro de Campos Pereira, 19 anos,
16 presidente da Umes e candidato à faculdade de economia. Ao lado de Pedro, à frente da entidade estão a vice-
17 presidente Tatiana Chaves (20 anos, aspirante a psicóloga) e a diretora cultural Laura de Lucena (17 anos, que
18 pretende cursar artes cênicas).
19 Todo esse discurso pró-MPB seria vazio se vários dos CDs lançados pelo CPC-Umes não
20 fossem muito bons. Como o do grupo Bambu, que tem uma original formação de baixo, harpa, gaita e voz.
21 Ou A Luz do Vencedor, em que Luiz Carlos da Vila interpreta as composições do lendário sambista Candeia.
22 Para selecionar os artistas e comandar as gravações o CPC contratou o produtor Marcus Vinícius de Andrade,
23 50 anos, ex-diretor da gravadora Marcus Pereira. Sob sua batuta, nos anos 70, a Marcus Pereira realizou um
24 extenso mapeamento musical do Brasil e foi a primeira a lançar artistas como Cartola. “Hoje, todas as grandes
25 gravadoras estão atrás dos mesmos segmentos”, comenta Vinícius. “Na CPC-Umes não pretendo fazer
26 etnografia, apenas gravar artistas de qualidade”, ele completa, para gáudio de seus patrõezinhos.
35) No trecho “Todo esse discurso pró-MPB seria vazio se vários dos CDs lançados pelo CPC-Umes não fossem
muito bons.”, se colocarmos no plural o substantivo “discurso” (l. 19), quantas outras palavras teriam que
adequar sua concordância?
A) Três.
B) Quatro.
C) Duas.
D) Cinco.
E) Seis.
36) Outro verbo impessoal que poderia substituir a forma “Há”, no trecho “Há três anos, o departamento cultural
da Umes, ...” (l.6 e 7) sem alterar o sentido do texto é
A) Faz.
B) São.
C) Tem.
D) Fazem.
E) É
1 “Há anos que acompanho o debate que se trava na sociedade sobre a influência da televisão na educação
2 das crianças. De tempos em tempos, o assunto entra na pauta da mídia e a discussão se espraia para as mais
3 diversas e antagônicas teses, defendidas ardorosamente por psicólogos, sociólogos, antropólogos, comunicólogos
4 e outros “logos” que não vale a pena elencar.
5 As teses vão desde a crença no caráter pernicioso e decisivo para a deformação infantil da programação
6 “cheia de sexo e violência” da tevê, até a afirmação da mais absoluta neutralidade do meio quanto ao processo de
7 construção da personalidade humana. Umas dizem que as crianças bombardeadas por horas diárias de televisão
8 violenta e pornográfica formam-se à sua imagem e semelhança e por isso são bandidas, insubordinadas e
9 avessas ao estudo, em escala realmente crescente. Outras, tão doutas quanto aquelas, asseguram que a
10 televisão não influi negativamente e que, ao contrário, dá ao menor uma consciência do errado num nível de
11 informação que o torna um ser privilegiado diante das crianças que se desenvolveram até a metade deste século.”
37) No trecho “... as crianças ... crescente”, se substituíssemos “as crianças (l. 7) por “o adolescente”, quantas
outras palavras sofreriam ajustes de concordância?
A) de – vêem – haviam
B) de – vêm – havia
C) que – vêm – existia
D) de – vem – havia
E) que – vem – existiam
1 ...Não importa. O que se quer dizer aqui é que o grande Sartre fez a pergunta errada. Ou melhor: fez a
2 pergunta certa, mas no local errado. Deveria tê-la feito mais adiante, quando ........... jantar, no restaurante.
3 Explique-se. Não surpreende que os negros não estivessem na conferência. Eles não tinham, e
4 continuam não tendo, acesso à boa educação. Então como agora, só uns raros chegavam à universidade. Ir à
5 conferência de Sartre significaria superar uma série de obstáculos, começando pelo lar pobre e continuando
6 com a escola precária, o cansaço produzido por pesadas tarefas, o tempo perdido em intermináveis
7 deslocamentos de ida e volta a distantes periferias. Já no restaurante, ele perceberia, com muito mais
8 surpresa, que igualmente não .................. negros – e não entre os clientes, nisso não haveria nada de
9 surpreendente, mas entre o próprio pessoal do serviço, ou seja, entre os garçons. Ora, o ofício de garçom é
10 relativamente simples. ................. pés resistentes, para andar de cá para lá a noite toda, e habilidade para
11 segurar uma bandeja.
A expressão “ídolo de toda uma geração” não faz mais sentido. No passado, as gerações se definiam
pelos ícones que as representavam. James Dean era o inspirador da “juventude transviada” dos anos 50. Os
Beatles e os Rolling Stones, da turma do roque.
40) Caso o segmento as gerações (l. 01) fosse substituído por cada geração, quantas outras palavras da mesma
frase deveriam ser necessariamente alteradas para fins de concordância?
A) Uma.
B) Duas.
C) Três.
D) Quatro.
E) Cinco
Com freqüência, eles descrevem as populações locais como iletradas e ignorantes; porém, delas dependia, em
boa medida, o êxito das expedições dos naturalistas.
41) Se substituíssemos as populações locais (l. 01) por a população local, quantas outras palavras da frase
deveriam ser modificadas para fins de concordância?
A) Nenhuma.
B) Uma.
C) Duas.
D) Três.
E) Quatro.
I - A substituição de percorreram (l. 3) por pamilharam não implicaria necessariamente alteração adicional na
estrutura da frase.
II – A troca de contribuíram (l. 10) por ajudaram tornaria obrigatória a substituição da preposição com (l. 12)
III – A substituição de Havia (l. 10) por Existia manteria a frase correta.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
1 Agora, parece que foi mesmo na África que a espécie humana assim como a conhecemos surgiu – e
2 dali se espalhou para o restante do mundo. Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de
3 Awash, na porção central da Etiópia, que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e etíopes........ os
4 fósseis mais antigos do homem moderno ( Homo sapiens ). São três crânios – dois de adultos e um de uma
5 criança de aproximadamente 7 anos – e mais alguns dentes de outros sete indivíduos, encontrados entre
6 ossos de hipopótamos e antílopes e ferramentas de pedra. Com cerca de 160 mil anos, segundo a datação
7 com argônio, os crânios guardam semelhanças com o do homem moderno: face mais achatada e caixa
8 craniana em forma de globo. No entanto, traços mais primitivos, como os olhos mais........ um do outro, levaram
9 os pesquisadores a classificar os crânios como sendo de Homo sapiens idaltu, uma espécie do H.
10 sapiens......... em conjunto, essas características colocam esses homonídeos nas raízes da árvore evolutiva
11 humana e são um reforço às evidências genéticas de que o homem moderno surgiu na África – ainda não se
12 sabe se em apenas uma ou em mais regiões – e depois migrou para os outros continentes, o oposto do
13 que........ as teorias que sugerem que as primeiras características do H. sapiens apareceram quase ao mesmo
14 tempo em diferentes pontos do planeta.
43) Assinale a alternativa que preenche correta e respetivamente as lacunas das linhas 03, 08, 10 e 13.
44) Se a expressão a espécie humana (l.01) fosse substituída por os seres humanos, quantas outras alterações
seriam necessárias na frase em questão?
(A) Uma.
(B) Duas.
(C) Três.
(D) Quatro.
(E) Cinco
1 Ainda hoje, nossa visão da Idade Média permanece impregnada dessas idéias, que se baseiam, no
2 entanto, num ponto de vista moderno: em vez de serem colocadas na perspectiva da época, as ciências são
3 avaliadas tomando como parâmetro os critérios atuais. Assim a crítica segundo a qual a Igreja teria exercido
4 uma dominação aniquiladora do progresso é típica de uma sociedade laica. Para os cristãos da Idade Média,
Português 104 Professor Paulo Ricardo
5 ao contrário, não existia alternativa: eles acreditavam que os judeus, os pagãos e os hereges estavam
6 condenados às penas do inferno. A Medicina medieval era praticada na base de uma fé jamais colocada em
7 questão e encontrava seu lugar numa visão de mundo inteiramente religiosa. A Medicina era mais uma filosofia
8 da Natureza que uma ciência da Natureza, no sentido moderno do termo.
45) Caso o segmento as ciências (l. 02) fosse para o singular, quantas outras palavras da frase deveriam sofrer
ajuste para fins de concordância?
A) Duas
B) Três
C) Quatro
D) Cinco
E) Seis
1 O Salmam Rushdie era para ser a estrela da terceira Festa Literária Internacional de Parati e foi. Só se
2 decepcionou quem esperava que ele se comportasse como estrela. É um homem ................ e afável, e sua
3 participação foi um dos pontos altos de um acontecimento que de tantos pontos altos pareceu uma cordilheira.
4 A começar pelo começo, uma bela homenagem a Clarice Lispector, seguida de um magnífico show de
5 Paulinho da Viola que acabou com todo .............. sambando – até, não duvido, o Salman Rushdie.
6 Outro pico do evento foi a palestra do Ariano Suassuna, cujo tema era para ser “Brasil, arquipélago de
7 culturas”, mas no fim foi o espetáculo de Ariano Suassuna sendo Ariano Suassuna, outro show inesquecível.
8 Das outras mesas (que eu vi, esqueci a ubiqüidade em casa e não pude ir a tudo), destaque para o israelense
9 David Grossman e o Sri-landês, se é assim que se diz, Michael Ondaatje falando sobre suas obras, a crítica
10 Argentina Beatriz Sarlo e o Roberto Schwartz – na mesa em que foi servida a iguaria intelectual mais fina da
11 festa -, Jô Soares e Isabel Lustosa falando de humor com muito humor, o rapper e sociólogo espontâneo MV
12 Bill, com Luiz Eduardo Soares e Arnaldo Jabor, no que foi certamente a .............. mais emocional e
13 emocionante de todas, e o americano John Lee Anderson e o português Pedro Rosa Mendes falando de suas
14 experiências como repórteres de guerra no Iraque e em Angola, respectivamente.
15 Eu falei para um grande grupo de crianças na Filipinha, um programa paralelo dirigido a escolares da região, e
16 uma das perguntas que vieram da platéia foi: “O senhor sabe ler?” Pergunta básica e perfeita e mais
17 importante do que imaginava a pequena autora. Ela checava as minhas credenciais para ser escritor e estar ali
18 mandando todos lerem. Saber ler não significa apenas ser alfabetizado ou interpretar um texto como faz o
19 Salmam Rushdie, que lê como o ator frustrado que confessou ser. Também significa saber ler a realidade à
20 sua volta, como fazem David Grossman, que vive em Jerusalém e tenta se manter racional e humano em meio
21 aos ódios dos dois lados, ou MV Bill, que nasceu na Cidade de Deus e sobreviveu e hoje faz a leitura mais
22 certa do que é ser negro e pobre no Brasil. E aprender a ler também significa descobrir escritores, como se faz
23 na Flip
46) Considere o enunciado abaixo e as quatro propostas para completá-lo.
Sem prejuízo da correção gramatical, seria possível substituir
1 – suas obras (l. 09) por a sua obra
2 – vieram (l. 16) por veio
3 – lerem (l. 18) por ler
4 – aos ódios (l. 21) por ao ódio
Quais propostas estão corretas?
A) Apenas 1 e 2.
B) Apenas 1 e 3.
C) Apenas 3 e 4.
D) Apenas 2, 3 e 4.
E) 1, 2, 3 e 4.
GABARITO: 01-D, 02-C, 03-C,04-B 05-E, 06-C, 07-B, 08-C, 09-E, 10-D, 11-C, 12-C, 13-E, 14-E, 15-E, 16-C, 17-
B, 18-B, 19-C, 20-A, 21-D, 22-C, 23-D, 24-E, 25-A, 26-A, 27-A, 28-D, 29-E, 30-C, 31-D, 32-C, 33-
B, 34-A, 35-B, 36-A, 37-B, 38-B, 39-E, 40-B, 41-D, 42-D, 43-B, 44-C, 45-A, 46-E
O PARALELISMO SINTÁTICO
EXERCÍCIOS :
1) Tanto na sala de aula quanto ao brincar no 9) O gosto desta bebida é diferente do vinho.
recreio, Alberto está sempre implicando com
algum colega. 10) A atitude de um gato em relação a seu dono
não se compara a um cachorro.
2) Ao romper da aurora e quando os pássaros
começam a cantar, é que a natureza se mostra 11) O valor dos carros usados está crescendo mais
mais aprazível. do que os carros novos.
3) Embora todos o conheçam e apesar de 12) O aluno nem fez o exercício em sala de aula,
conviverem com ele há longo tempo, ninguém nem em casa.
sabe se é casado.
13) Jorge não só quer a classificação, mas também
4) Passei alguns dias com minha família e revendo o primeiro lugar.
velhos amigos de infância.
14) O rapaz não apenas bebeu, como passou mal.
5) Depois da descoberta do avião, o mundo nos dá
a impressão de ter ficado menor, não no sentido 15) Não só seu trabalho estava incompleto, mas
próprio, mas sim que as distâncias são mais também inadequado às circunstâncias.
rapidamente vencidas.
16) Vamos tratar tanto do técnico e dos jogadores.
6) Dispondo de poucos produtos de exportação e
como os preços das matérias-primas no 17) Não devemos julgá-lo pelo fato de ele ser
mercado internacional são muito baixos, os médico, mas por ser dentista.
países subdesenvolvidos estão sempre
carentes de meios para elevar seu padrão de 18) Minha atitude propiciou a união entre eles e que
vida. o grupo ficasse mais à vontade.
7) No futebol, a habilidade de Jorge é maior que 19) Jorge assistirá ao jogo, quer das
Pedro. arquibancadas, ou das gerais.
8) Os componentes eletrônicos usados nas 20) Naquele dia, tive problemas com a rede elétrica,
máquinas mais sofisticadas custam, às vezes, o com a torneira do banheiro e entupimento na
mesmo que as máquinas mais antigas. pia da cozinha.
(...) Possivelmente o motivo central da escolha do mineiro foi o fato de a conjuração de que participou
jamais ter alcançado....... ação concreta, poupando ao país violência e derramamento de sangue e rendendo-lhe a
aura de mártir imaculado.
5) No último período do texto, encontramos várias construções que exercem funções paralelas entre si. Abaixo
são apresentados três pares de construções.
I. poupando – rendendo
II. ao país – lhe
III. violência e derramamento de sangue – a aura de mártir imaculado
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.
(...) Os indivíduos surpreendidos em flagrante no ato de dizer mentiras descaradas não apenas ficam
desacreditados durante a interação específica, mas podem ter sua própria dignidade destruída de forma
duradoura.
6) Considere as afirmações sobre o uso do nexo “ não apenas...mas” usado no período acima.
I. Estabelece o paralelismo sintático entre “ficam desacreditados” e “podem ter sua dignidade destruída”.
II. Introduz uma idéia de gradação entre “ficam desacreditados” e “podem ter sua dignidade destruída”.
III. Poderia ser completado com também, sem prejuízo do significado original do período.
Quais estão corretas?
7) Na fala de Hagar dos quadrinhos 4, 5 e 6, há uma coordenação sintática marcada por um nexo. Qual a
alternativa que indica o único verbo, dentre os transcritos abaixo, que NÃO está coordenado com os demais?
(A) apará-la (q. 4)
(B) cantar (q. 5)
(C) parar (q. 5)
(D) pular (q. 6)
(E) jorrar (q. 6)
(...) O emprego dos dedos é cada vez mais proscrito, bem como a transferência dos alimentos diretamente
da travessa comum para a boca.
8) Considere as possibilidades seguintes de reescrita da frase acima.
I. Não se aceita o emprego nem dos dedos, nem a transferência dos alimentos diretamente da travessa comum
para a boca.
II. Não se aceita nem o emprego dos dedos, nem a transferência dos alimentos diretamente da travessa comum
para a boca.
III. Não se aceita o emprego dos dedos, nem a transferência dos alimentos diretamente da travessa comum para
a boca.
Quais são corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas III.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
(...) As autoridades procuraram evitar a formação desses núcleos solidários, quer destruindo os quilombos,
que causavam pavor aos agentes da Coroa – e, de resto, aos proprietários de escravos em geral -, quer
reprimindo os batuques e os calundos promovidos pelos negros.
9) Considere as seguintes afirmações acerca do nexo quer...quer...
I. Seu uso estabelece paralelismo sintático entre os segmentos introduzidos pelas ocorrências de quer.
II. Ele poderia ser substituído por seja...seja..., sem acarretar alteração no significado da frase em questão.
III. Ele indica que os portugueses não só destruíram os quilombos, mas também reprimiam os batuques e os
calundus.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.
GABARITO: 01-D, 02-D, 03-D, 04-D, 05-E, 06-E, 07-C, 08-D, 09-E
EXERCÍCIOS DE AULA:
31) Era difícil a situação ........ ela se encontrava. 42) Eles são pessoas ........se pode confiar.
32) Vou-te mostrar a empresa .......... trabalhei. 43) Eles são pessoas.........se pode duvidar.
33) As notícias .......... eles se valem são mentirosas. 44) Este é o professor .........recorremos nos
34) O filme........... me referi é ótimo. momentos difíceis.
35) Não é este o livro .............. preciso. 45) A menina ............nós nos apaixonamos gostava
36) Lembrei lugares............... vivi momentos de outra menina.
incríveis. 46) As cartas..........recebemos traziam péssimas
37) Os ideais .............falamos são inalcançáveis. notícias.
38) Os ideais .............lutamos são louváveis. 47) Esta é a obra .........a crítica faz elogios.
39) Os fatos .............ele era portador eram 48) As reclamações .........estamos sujeitos apenas
aterrorizadores. nos incentivam a melhorar.
40) As questões ...........te referes são as mesmas 49) Assisto a todos os programas ..........você fez
..........fiz referência. alusão.
41) As investigações .............a polícia deu
andamento são rigorosamente necessárias.
Português 112 Professor Paulo Ricardo
O PRONOME RELATIVO CUJO :
50) Ela é a menina ........roupa Jorginho precisa. 56) Aquele homem é o chefe............ordens devemos
51) Fomos à pracinha ...........balanços andávamos cumprir.
quando crianças. 57) Essas são as pessoas ..........lealdade mais
52) É este o livro .............páginas nós retiramos tais confiamos.
idéias. 58) As pessoas ..............críticas estamos sujeitos
53) João é a pessoa...........palavra posso acreditar. são muito agressivas.
54) João é a pessoa ..........apoio posso contar. 59) Era ela a menina ..........cujo amor lutei a minha
55) Ontem falamos com o professor ............casa vida inteirinha.
estivemos hospedados nas férias.
2. Chegar
Ele chegou ______ clube.
Ele chegará cedo ______ reunião
3. Ir e Voltar
Movimento passageiro - Fomos ____ uma festa.
(a) - Iremos ____ reunião.
- Voltei ____meu município de origem.
4. Preferir
Preferir X a Y
Prefiro sair a ficar em casa.
Prefiro coca a pepsi.
CUIDADO:
Prefiro mais isto. (ERRO)
Prefiro antes isto. (ERRO)
6. Constar
7. Pedir
ou OD
Quem pede, pede alguma coisa a / para alguém.
OD OI
Pedi o livro ontem.
Pedi o livro ao professor
Pedimos que o professor nos emprestasse o livro.
Pedimos ao professor (ou para o professor) que nos emprestasse o livro.
CUIDADO UM:
Pedi para o professor nos emprestar o livro. (ERRADO)
Português 114 Professor Paulo Ricardo
CUIDADO DOIS:
Pedir + para
V
Licença
O aluno pediu para sair antes. (CORRETO)
(licença)
Eu me lembrei do livro.
Preciso do livro de que me lembrei.
9. Suceder = substituir
O menino a namora.
ANOTAÇÕES:
C) Substitua o verbo grifado pelo que estiver indicado entre parênteses, alterando a regência conforme a
necessidade.
D) Corrija as frases abaixo levando em conta a regência verbal, caso seja necessário.
TESTES:
I. A substituição de agentes da Coroa (l. 09) por Coroa criaria, no contexto da frase em questão, as condições
para a crase.
II. A substituição de destruindo (l. 08) e reprimindo (l. 10) por, respectivamente, pela destruição e pela
repressão exigiria o uso de preposição após essas expressões.
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas I, II e III.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
02) Assinale a alternativa que apresenta uma frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais do padrão
culto.
A) O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que foi publicado um relatório em 1997, indica que
o Brasil tem a segunda maior população de negros do mundo.
B) O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no contexto do qual se publicou um relatório em
1997, indica que o Brasil tem a segunda maior população de negros do mundo.
C) O Brasil tem a segunda maior população de negros do mundo indica o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento, cujo relatório do programa foi publicado em 1997.
D) Um relatório foi publicado em 1997, cujo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, indica que
o Brasil tem a segunda maior população de negros do mundo.
E) O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, onde um relatório foi publicado em 1997, indica
que o Brasil tem a segunda maior população de negros do mundo.
03) Todas as frases abaixo são reformulações corretas, e equivalentes em termos de significado, do texto original
da tira, à exceção de
1 Este livro é um relato pessoal de 1964. Participei como jornalista e conheci algumas pessoas que tiveram
2 bastante a ver com aquele desfecho que influiu (quanto?) na nossa história. Perguntei a amigos sobre nomes,
3 ocorrências e alguns dados de que me sentia incerto. Faço algumas referências ao período depois de 1964,
4 porque pertinentes, acredito, ao evento, mas o que me interessa é o antes e o durante.
5 Há muitas versões sobre 1964, além de fabulação, quer dizer: de um dado real são construídas fantasias
6 do tamanho da paranóia de quem nos conta. Todos somos de certa forma ficcionistas. É praticamente impossível
7 não colorir com nossa personalidade o que narramos. A memória sempre nos trai.
A) perguntei (l.2)
B) dados(l. 3)
C) que (l. 3)
D) sentia (l. 3)
E) incerto (l. 3)
1 Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa
2 espécie de niilismo a que o Brasil nos leva. Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. Fica
3 cada vez mais difícil espantar os burgueses. Os burgueses não se espantam com mais nada. Alguns talvez se
4 surpreendam quando ouvem um filho pequeno ou um neto repetindo uma letra dos Mamonas, mas nestes casos o
05) Assinale a alternativa que apresenta as palavras que exigem, respectivamente, as duas ocorrências da
preposição a nas linhas 1 e 2.
1 Alguém poderia imaginar que aquele pacato subgerente do banco deixa todos os dias sua agência para
2 se transformar num temeroso lutador de luta-livre? Ou que seu formal e discreto advogado reforça o orçamento
3 tocando bateria numa banda de rock ou encarnando um personagem na polêmica peça Calígula? Ser um
4 biprofissional é hoje uma solução comum para driblar os baixos salários e a impossibilidade de depender de uma
5 só carreira – às vezes aquela da qual mais se gosta -, nem sempre em sintonia com as tendências do mercado.
6 Preconceitos e dificuldades à parte, cada vez mais o acúmulo de duas profissões ganha novos adeptos,
7 dispostos a enfrentar a versatilidade que a condição de biprofissional exige. Afinal, é preciso estar sempre
8 preparado para mudar repentinamente de hábitos, roupas e ambientes de trabalhos.
A) impossibilidade e aquela
B) depender e gosta
C) impossibilidade e gosta
D) depender e carreira
E) depender e aquela
1 De todos os seres vivos, o homem sempre foi o que mais temeu a idéia da morte, porque a
2 conscientizou, recorrendo a incontáveis eufemismos para evitar a ela qualquer referência direta. Desta
3 permanente preocupação decorre a sua presença em todas as nossas manifestações artísticas. A morte está
4 presente na música, na escultura, nas múltiplas modalidades da arte literária. Na desesperada tentativa de fugir-
5 lhe, o homem fantasiou, mistificou, imaginou lendas inacreditáveis, buscando pelo mundo a fora, com fé e vontade
6 inabaláveis, as fontes encantadas que lhe garantiriam a imortalidade. Não foi, porém, apenas no terreno da
7 imaginação que o homem procurou dominar ou retardar a morte. Principalmente na ciência, os esforços
8 empreendidos no passado e no presente merecem destaque especial, porquanto, se ainda nem podemos cogitar,
9 a não ser na ficção, de superar o fato do desaparecimento físico, é evidente que já conseguimos retardá-la,
10 através de processos por vezes sensacionais.
07) As alternativas abaixo apresentam formas verbais que poderiam substituir decorre (l. 3), sem que isso
provocasse qualquer mudança na estrutura da frase. Assinale a alternativa cuja forma verbal não se
enquadra nesta possibilidade.
A) surge
B) se insere
C) provém
D) resulta
E) se origina
1 Pais e adultos em geral são incompetentes para entender o que vai pela cabeça das crianças; estas por
2 sua vez, são incapazes de detectar o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona
3 cinzenta que reúne essas duas conhecidas limitações, reside o objeto de “Quarto de Menina”, estréia literária da
4 psicanalista carioca Livia Garcia Roza.
5 Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora com
6 o pai, intelectual pacato, caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180 páginas, relata
7 o seu cotidiano, que se limita, aqui, ao próprio quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe.[...]
8 Apesar disso, não se trata de uma obra para crianças. A construção híbrida da narrativa descarta
9 episódios mais banais ou preocupações que seriam em tese mais comuns às crianças, dando destaque para os
10 diálogos, seja entre Luciana e os pais, seja entre a garota e suas bonecas.
11 No primeiro caso, Luciana freqüentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto estes ficam
12 perplexos diante de reações ou perguntas da filha. Já nas “conversas” com seus amigos de quarto, a narradora
13 expõe seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a
Português 118 Professor Paulo Ricardo
14 dificuldade de captar o significado dos eventos que ela mesma narra, significado que nós, leitores
15 presumivelmente maduros, enxergamos logo de cara.
16 Nessa capacidade de explicitar ao mesmo tempo uma história e a não-compreensão dessa mesma
17 história pelo seu próprio narrador, aí está um dos pontos mais interessantes de “Quarto de Menina”.[...]
10) Em alguns casos, é possível mudar a regência de um verbo ou nome sem que haja alteração básica do
significado da construção. Entre os segmentos abaixo transcritos, assinale a alternativa em que isso ocorre.
A) ... o Imperador Dom Pedro I outorgou a primeira Constituição ... / ... o Imperador Dom Pedro I outorgou à
primeira Constituição ...
B) ... os homens maiores de 25 anos ... / ... os homens maiores com 25 anos ...
C) ... baixou para 22 anos ... / ... baixou em 22 anos ...
D) ... superior a cem mil réis ... / ... superior em cem mil réis ...
E) ... participar das eleições ... / ... participar nas eleições ...
11) Só a retomada dos valores ______ o homem se afastou poderá auxiliá-lo a reencontrar a paz de espírito
_______ tanto sonha.
A) que de que
B) a que por que
C) que para que
D) de que com que
E) que que
12) A frase em que falta uma preposição é a da alternativa
A) O problema educacional que muitos examinam com seriedade deve ser solucionado.
B) O ensino pouco exigente que muitos discordam ainda está em vigor em várias escolas.
C) O ensino exigente que muitos preconizam traz muitas vantagens ao aluno.
D) A questão das exigências que os mestres revisam merece a sua atenção.
E) A tolerância excessiva que muitos condenam acabará sendo abandonada.
13) A frase em que falta uma preposição é
A) Os meninos de rua são uma preocupação que aflige as autoridades.
B) A educação merece investimentos que muitos não pretendem fazer.
C) Alguns municípios estão gastando as verbas que conta a educação.
D) Os alunos das escolas públicas usam o computador que os técnicos recomendam.
E) O prefeito sente orgulho da cidade que ele administra.
15) Numerando a primeira coluna de acordo com a segunda, para indicar o emprego adequado dos pronomes
relativos.
( ) O estágio de destruição ______ a Terra se encontra é extremamente preocupante.
( ) A posição _______ as mulheres de hoje aspiram é de conciliação entre família e trabalho
( ) O futuro ______ sonhamos depende apenas de nós mesmos.
( ) As primeiras feministas, _________ muitas críticas foram feitas, tiveram papel histórico.
( ) As portas do terceiro milênio, ________ nos dirigimos, são um desafio e uma esperança.
1. com que 6. para qual
2. em que 7. que
3. a que 8. com o qual
4. a quem 9. onde
5. na qual
A) 3–2–7–4–1
B) 2–7–8–3–8
C) 5–1–1–7–4
D) 9–2–2–3–9
E) 2–3–1–4–6
16) Observar o emprego adequado dos pronomes relativos, numerando os parênteses da coluna A de acordo
com a coluna B.
Coluna A
( ) As crises ______ passamos são oportunidades de crescimento.
( ) Ter amigos _______ confiar é indispensável.
( ) São inúmeras as experiências ______ ensinamentos podemos nos valer.
( ) O amor é a lente _____ podemos ver a vida com alegria.
( ) Nas situações _____ os rumos parecem incertos, é importante manter a serenidade.
Coluna B
1. que
2. por que
3. em quem
4. através da qual
5. em que
6. de cujos
7. nos quais
A) 2–3–6–4–5
B) 1–4–1–4–5
C) 3–2–5–5–7
D) 2–7–1–5–6
E) 4–3–7–4–7
... Os boiadeiros urbanos capricham na indumentária (chegam a importá-la) e vivem uma fantasia que
só fica a dever ao Carnaval carioca em termos de público e opulência. No carnaval, reis e princesas sonham
até a Quarta-Feira de Cinzas. Em Barretos, imagina-se domar perigosos touros e potros ariscos.
17) Em “Os boiadeiros urbanos capricham na indumentária (chegam a importá-la)” (l. 1) , o pronome
sublinhado substitui “a indumentária”, evitando-se, assim, a repetição de termos na frase.
A alternativa que não se usa o pronome de acordo com as exigências da norma culta da língua é
1 Foi-se o tempo em que os grandes agitos culturais dos estudantes do 2º grau eram o jornalzinho do
2 grêmio e os shows no auditório da escola. Em São Paulo, uma turma de jovens resolveu pensar em cultura
3 como gente grande e está colhendo bons resultados. Eles fazem parte da União Municipal dos Estudantes
4 Secundaristas, Umes. A entidade, reconhecida pelos órgãos públicos, representa 2,5 milhões de estudantes
5 paulistanos, mesmo aqueles que ainda estão no 1º grau ou abaixo dele. Por intermédio dela pode-se, por
6 exemplo, tirar a carteirinha que dá abatimento no ingresso do cinema. Há três anos, o departamento cultural,
7 da Umes, batizado de Centro Popular de Cultura, CPC, decidiu patrocinar a gravação de três CDs de artistas
8 desconhecidos da MPB. A iniciativa deu tão certo que acabou gerando o selo CPC – Umes, hoje com 35 discos
9 em catálogo e média de três lançamentos por mês.
10 A sigla CPC, naturalmente, remete à entidade homônima que, nos anos 60, ligada à União Nacional
11 dos Estudantes, agitou o país ao colocar idéias artísticas radicais a serviço do combate à ditadura. O CPC da
12 Umes é bem mais suave. Em comum com o primeiro, nutre apenas o nacionalismo explícito. Os artistas que
13 gravam em seu selo não querem saber de fundir maracatu com merengue. Preferem o samba e o choro em
14 estado puro. “Achamos necessário que a música nacional mais autêntica esteja presente na formação dos
15 jovens, mas eles não têm acesso a ela nos shows e na TV”, explica Pedro de Campos Pereira, 19 anos,
16 presidente da Umes e candidato à faculdade de economia. Ao lado de Pedro, à frente da entidade estão a vice-
17 presidente Tatiana Chaves (20 anos, aspirante a psicóloga) e a diretora cultural Laura de Lucena (17 anos, que
18 pretende cursar artes cênicas).
19 Todo esse discurso pró-MPB seria vazio se vários dos CDs lançados pelo CPC-Umes não fossem
20 muito bons. Como o do grupo Bambu, que tem uma original formação de baixo, harpa, gaita e voz. Ou A Luz
21 do Vencedor, em que Luiz Carlos da Vila interpreta as composições do lendário sambista Candeia. Para
22 selecionar os artistas e comandar as gravações o CPC contratou o produtor Marcus Vinícius de Andrade, 50
23 anos, ex-diretor da gravadora Marcus Pereira. Sob sua batuta, nos anos 70, a Marcus Pereira realizou um
24 extenso mapeamento musical do Brasil e foi a primeira a lançar artistas como Cartola. “Hoje, todas as grandes
25 gravadoras estão atrás dos mesmos segmentos”, comenta Vinícius. “Na CPC-Umes não pretendo fazer
26 etnografia, apenas gravar artistas de qualidade”, ele completa, para gáudio de seus patrõezinhos.
18) A relação entre o verbo e a respectiva regência, no texto, está correta em apenas uma opção. Indique-a.
A) representa (l. 4) verbo transitivo indireto
B) remete (l. 10) verbo transitivo direto
C) agitou (l. 11) verbo transitivo direto e indireto
D) interpreta (l. 21) verbo transitivo direto
E) têm (l. 15) verbo intransitivo
OS EXCLUÍDOS DA TERRA
1 A fome é, certamente, uma das mais graves manifestações do estado de miséria a que parcela não-
2 desprezível da população brasileira está submetida. Entre outras resultantes dessa pobreza extrema, a
3 precariedade das condições de saúde e a falta de acesso à educação formam um contigente de não-cidadãos
4 que, excluídos pela ausência de direitos e pela impossibilidade de exercer uma ação política transformadora,
5 encontram-se em um círculo vicioso de produção e reprodução incessante de miséria.
6 Romper esse círculo requer mais do que a simples satisfação de suas necessidades biológicas, embora
7 isso também seja essencial. É preciso que se assuma a miséria e a fome como uma questão política, construída a
8 partir de determinada opção por um modelo de desenvolvimento que contempla, de forma radical, determinados
9 interesses em detrimento de outros.
10 No caso do Brasil, a fome não existe por conta de uma incapacidade em produzir e comercializar os
11 alimentos, como ocorre em países conflagrados por guerras ou atingidos por catástrofes naturais. Ela resulta das
12 condições de acesso da população aos alimentos produzidos, a partir de uma distribuição extremamente desigual
13 da riqueza, determinada pelos níveis de renda (emprego e salário), no meio urbano, e pelas condições de
14 reprodução das famílias de pequenos produtores, no meio rural.
1 Na carta mais extensa sobre a terra, a fauna e a flora do Brasil, datada de 1560, ele [Anchieta] atende
2 a um pedido do padre geral dos jesuítas para “escrevermos acerca do que seja digno de admiração ou
3 desconhecido nessa parte do mundo”.
4 Assunto é o que não faltava. A natureza do Novo Mundo era um assombro, com seus bichos exóticos,
5 cobras formidáveis, insetos jamais vistos pelos europeus. Era para eles que o sábio Anchieta escrevia, daí o
6 acento no exotismo, mas com a vantagem de uma conveniência íntima, ditada pela sobrevivência no dia-a-dia.
7 Quando fala nos animais, por exemplo, ele freqüentemente acrescenta detalhes pragmáticos – “as onças são
8 “boas para se comerem”, a carne de macaco faz bem aos doentes e a dos papagaios embora também
9 recomendada, em alguns casos provoca prisão de ventre”. “A divisão das estações do ano é totalmente oposta
10 à maneira por que aí se compreende: quando lá é primavera, aqui é inverso, e vice-versa”, explica Anchieta
11 aos interlocutores d’além-mar. “Ambas, porém, são de tal modo temperadas, que não faltam no tempo de
12 inverno os calores do sol para contrabalançar o rigor do frio, nem no estio, para tornar agradável os
13 sentimentos, as brandas aragens e os úmidos chuveiros.” Na fauna fluvial, o que mais merece atenção é “um
14 certo peixe, a que chamamos boi marinho, os índios os denominam iguaraguá, freqüentemente na capitania do
15 Espírito Santo e em outras localidades para o Norte”. Alimentam-se de ervas, amamentam os filhotes e
16 excedem o boi na corpulência.
1 Quando o mundo assiste, estarrecido, ao assassinato, em Timor Leste, de milhares de pessoas, que
2 pagam pelo “crime” de ter uma outra religião (91% de católicos) e de falar uma outra língua (o português), uma
3 saudável epidemia toma conta da imprensa brasileira: os jornais publicam seções de valorização da língua
4 portuguesa. Em relação a Timor Leste, o Brasil tem grande responsabilidade, não só pelo seu interesse
5 estratégico na Ásia, mas, principalmente, em virtude de ser o maior guardião dos tesouros culturais
6 representados pela língua portuguesa.
7 A preocupação com a nossa língua talvez se deva ao fato de que nunca se escreveu e falou tão mal o
8 idioma de Rui Barbosa. Culpa, quem sabe, da deterioração do nosso sistema de educação básica ou do pouco
9 apreço que devotamos ao gosto pela leitura. Nosso índice “per capita” mal alcança dois livros por habitantes;
10 na França, por exemplo, oscila em torno de oito.
11 Além disso, os meios televisivos – salvo as exceções de praxe, como os programas gerados pela TV
12 Cultura de São Paulo – prestam um magistral desserviço à educação brasileira. Comunicadores falam mal,
13 atores não se expressam adequadamente, dublagens são feitas de forma chula, programas infantis
14 deseducam.
15 O que se pode esperar desse triste universo? Novas formas de regência, concordância e flexão verbal
16 são adotadas, contrariando as normas da língua padrão. Para que estudar verbos irregulares, se é mais fácil
17 dizer “interviu” ou “manteu” ? E o triste “houveram”?
27) Substitua
Considerando-se a modalidade de língua culta, as formas obtidas, no período em que se encontram, serão,
respectivamente,
1 Segunda – A senhora Alexandra Xandra guardava, com amor, ____ mais de dez anos, um amuleto que
2 seu marido lhe dera ao falecer. Quando em casa, ela o colocava sobre sua mesinha-de-cabeceira. Durante as
3 férias, nunca se esquecia de _____na mala. Na rua, no táxi, no ônibus, a senhora Xandra sempre levava consigo
4 seu amuleto. Hoje, depois de dez anos de fidelidade e luto, enquanto se preparava para assistir ao desfile das
5 escolas, a senhora Xandra resolveu, por pura curiosidade, puxar a argolinha que enfeitava a cabeça do amuleto.
6 Foi só então que percebeu, tardiamente, que _____ de uma granada. O enterro será na Quarta-Feira de Cinzas,
7 nos lotes 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129 e 130.
28) Assinale a alternativa que preenche, de acordo com o padrão culto da língua, as lacunas do texto nas linhas 1,
3 e 6, respectivamente.
A) há – guardá-lo – tratava-se
B) a – guardá-lo – se tratava
C) à – guardar-lhe – tratava-se
D) há – guardá-lo – se tratava
E) a – guardar-lhe – se tratava
29) “(...) a senhora Xandra resolveu, por pura curiosidade, puxar a argolinha (...)” (l. 5)
Assinale a alternativa cujo verbo apresenta, no texto, a mesma regência do verbo sublinhado no fragmento.
A) guardava (l. 1)
B) dera (l. 2)
C) falecer (l. 2)
D) assistir (l. 4)
E) será (l. 6)
1 Walt Disney, um dos pais do desenho animado comercial, o homem que povoou a fantasia de milhões
2 de crianças e adultos nos quatro cantos do planeta com personagens como Mickey e Pato Donald, flertou com
3 o nazismo e colaborou com o FBI, a polícia federal americana. Quem garante é o escritor americano Marc Eliot,
A) “povoou” (l. 1) está para “a fantasia” (l. 1) assim como “provoca” (l. 4) está para “controvérsia” (l. 4).
B) “flertou” (l. 2) está para “nazismo” (l. 3) assim como “colaborou” (l. 3) está para “FBI” (l. 3).
C) “municiou” (l. 5) está para “ex-diretor” (l. 5) assim como “encontrei” (l.8) está para “indícios” (l. 8).
D) “conseguir” (l. 7) está para “dinheiro” (l. 7) assim como “manchar” (l. 7) está para “a imagem” (l. 7).
E) “há” (l. 10) está para “dúvida” (l. 10) assim como “é” (l. 11) está para “autêntico” (l. 11).
1 Está na moda anunciar o fim. Profetas do caos já diagnosticaram, na literatura, o fim do romance.
2 Historiadores falam até mesmo no fim da história. Após o surgimento da televisão, multiplicaram-se os que
3 pressentiam o fim do jornal impresso. Mais motivos têm agora, com a proliferação espantosa de novos meios
4 eletrônicos de comunicação, para falar da morte do nosso jornal de todo dia. Mas os jornais seguem em frente.
5 Não estamos diante do fim, sem duvida, mas ninguém discorda de que o jornalismo impresso vive tempos
6 difíceis.
7 Reconhecido isso, eu gostaria de tratar de uma questão que me parece estar ligada em tudo ao problema
8 da queda do índice de leitura. No afã de aproximar-se mais da televisão, o jornal encheu-se de fotos coloridas. E,
9 num apelo, provavelmente dirigido aos jovens – forjados na cultura da TV - , encurtou e simplificou ao máximo
10 seus textos. Até que ponto esta superposição, ou seja, jornal parecido com televisão, também teve culpa na perda
11 dos leitores? Será que os leitores nos obrigam a simplificar o jornal ou será que nós próprios, jornalistas,
12 desidratamos os jornais para tentar cativar os nossos leitores? Estamos diante do velho e insolúvel dilema da
13 primazia – a galinha ou o ovo?
1. Os responsáveis pelo grupo de universitários conheciam os locais que seriam visitados detalhadamente.
2. A jovem recebeu os bilhetes para a viagem aérea antecipadamente.
3. Agradecido, o prefeito homenageou os responsáveis pela reforma da estação rodoviária.
4. Para o êxito de sua tarefa, os estudantes obedecem aos preceitos básicos do trabalho em grupo.
5. O coordenador do programa divulgou os prazos de inscrição para o próximo evento.
32) De acordo com o nível culto do idioma, os pronomes que poderiam substituir os termos grifados nas frases
acima se encontram, pela ordem, na alternativa
A) os – nos – os – a eles – os
B) nos – os – os – a eles – os
C) lhes – os – a eles – nos – lhes
D) a eles – a eles – lhes – nos – nos
E) nos – os – lhes – nos – os
1 Assim que a seleção francesa foi desclassificada, tirando da competição a supostamente invencível
2 Marselhesa, The Guardian anunciou: “O Brasil agora possui o melhor hino nacional da Copa Mundial de 2002”.
3 E não apareceu ninguém para desmentir ..... jornal inglês.
4 Para The Guardian, o nosso hino nacional é “o mais alegre, o mais animado, o mais melodioso e o
5 mais encantador do planeta”. A despeito da secular pinimba dos britânicos com os franceses, não me pareceu
6 forçada ...... restrição que fizeram ...... Marselhesa e seus “belicosos apelos às armas”, desfavoravelmente
Português 125 Professor Paulo Ricardo
7 comparados ao estímulo aos sentimentos nacionais e às belezas naturais do florão da América contido nos
8 versos que Joaquim Osório Duque Estrada escreveu para a música de Francisco Manuel da Silva.
9 Cânticos de louvor ..... nações e seus povos, os hinos pouco se diferenciam: são quase sempre
10 hipérboles patrióticas, não raro jingoístas, demasiado apegadas a glórias passadas e inclinadas a exortar a
11 alma guerreira que em muitos de nós dormita. Entretanto, comparado aos hinos dos países que nós
12 derrotamos nas três fases da Copa, o nosso ganha fácil em beleza melódica e expressividade poética. “É como
13 se tivesse vindo pronto, já composto, de uma casa de ópera”, bajulou The Guardian.
14 Quase um século nos separa da concepção da letra do Hino Nacional Brasileiro. Ela é antiga, solene,
15 inflamada, alambicada, anacrônica, como todas de sua espécie. Custamos a nos acostumar com ela. Suas
16 anástrofes e seus cacófatos até hoje aturdem as crianças. Passei um bom tempo de minha infância sem atinar
17 para o sentido de alguns versos e acreditando que a nossa terra era “margarida”, e não “mais garrida”. Por uma
18 deformação mental qualquer – ou, quem sabe, condicionado por outros hinos e por fatos de nossa nada
19 incruenta história -, vivia a cantar “paz no futuro e guerra (em vez de glória ) no passado”.
20 Encontrei uma versão em que tiraram do berço o gigante eternamente deitado: “Erguido virilmente em
21 solo esplêndido / Entre as ondas do mar e o céu profundo”. Prefiro os versos originais. Não por convicções
22 ideológicas, mas por uma questão de métrica, de eufonia – e um pouco por desconfiar que sempre vivemos
23 deitados em berço esplêndido, dormindo mais do que deveríamos.
33) Assinale com V (verdadeiro) as ocorrências em que a palavra que substitui uma palavra ou expressão
anteriormente explicitada no texto e com F (falso) as ocorrências da palavra que em que isso NÃO ocorre.
A) V–F–F–V–V
B) F–V–V–F–F
C) F–V–V–V–F
D) F–F–F–F–V
E) V–V–F–F–F
34) Em relação a construções pronominais no texto, são feitas algumas propostas de alteração. Assinale a
alteração que, se realizada, seria INCORRETA.
1 Se escapar do bombardeio ........ está sendo submetido, um achado divulgado anteontem por
2 pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo eles,
3 pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos – embora os registros mais antigos da
4 presença humana no continente não ultrapassem ......... 13 mil anos.
5 A equipe, liderada pela geoarqueóloga mexicana Sílvia Gonzalez, achos os rastros na beira de um antigo
6 lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, depois de um desses episódios, um grupo de
7 pessoas (entre as quais crianças, ajulgar pelas dimensões das pegadas) teria caminhado sobre a cinza,
8 deixando sua marca.
35) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 01, 04, 15 e 16.
1 Bom aí é ..... a senhora e .... eu não tenho queixa dos meus alunos nunca precisei assim de ralhar um aluno ....
2 mas no tempo que eu era guria havia muito respeito agora o que eu vejo que as minhas colegas contam ..... eu
3 fico horrorizada né? .... eles não têm mesmo respeito eu acho que .... se não têm é porque eu acho que os
4 professores é que não .... que não sabem exigir ou também é proibido passar aquele castigo alguma coisa
5 assim que no tempo da gente tinha né? ...... a gente recebia o seu castiguinho ...... copiar a mesma lição uma
6 porção de vezes ..... quer dizer que aquilo botava o pessoal na linha ...... agora hoje em dia não não o
7 professor não pode dizer nada ele ..... os alunos parece que tomam conta ..... dos professores .... ao menos é o
8 que eu ouço contar,né? ..... a gente ouve dizer por aí né? Não que eu esteja vendo porque eu não estou
9 estudando agora não sei ... só sei que ... a gente ouve dizer por aí ... me desculpe se falei demais.
A) Apenas 1.
B) Apenas 3.
C) Apenas 1 e 2.
D) Apenas 2 e 3.
E) 1, 2 e 3.
37) No bloco superior, abaixo, estão trancritos três segmentos da entrevista com marcas de oralidade; no bloco
inferior, são feitas afirmações sobre aspectos formais dessas marcas.
A) 2, 4 e 1.
B) 2, 4 e 3.
C) 3, 2 e 4.
D) 4, 1 e 2.
E) 4, 3 e 1.
1 Assim como as outras ciências, a Medicina não escapou ao mito da estagnação medieval. Nas obras que
2 ainda alimentam esse clichê, lê-se que a Medicina passou quase mil anos num sono profundo, entre a
38) Assinale a preposição ou a combinação de preposição com artigo que, no texto, é regida por uma forma
verbal.
A) de (o primeiro da l. 04)
B) sobre (l. 05)
C) do (l. 09)
D) pela (l. 15)
E) da (l. 20)
GABARITO: 01-C, 02-B, 03-C, 04-E, 05-B, 06-B, 07-B, 08-D, 09-A, 10-E, 11-D, 12-B, 13-C, 14-B, 15-E,
16-A, 17-B, 18-D, 19-B, 20-E, 21-D, 22-D, 23-E, 24-D, 25-A, 26-E, 27-B, 28-D, 29-A, 30-E,
31-E, 32-B, 33-B, 34-B, 35-A, 36-E, 37-B, 38-D
EXERCÍCIOS DE AULA:
1) Confiei a tarefa a Vossa Senhoria. 10) Todos já tinham ido embora as seis da tarde.
2) A noite exerce grande fascínio nas pessoas. Por 11) Voltamos a Maceió nas férias.
isso, os namorados gostam de sair a noite. 12) Cheguei a conclusão de que estudara pouco.
3) A aluna se candidatou a líder da turma. 13) Por que foges a palavra dele?
4) Não pôde entregar-se as suas ilusões. 14) Viajamos a terra de minha namorada.
5) Daí a meia hora após tomar o remédio vieram de 15) Os marinheiros, após meses no mar, chegaram a
novo os vômitos. terra.
6) A muito, por combinação entre as partes, nenhum 16) Vá a casa da Márcia e entregue a ela meu livro.
deles trazia mulher a casa a tarde. 17) No feriado iremos a Cruz Alta de Érico Veríssimo.
7) Vinha chegando a ele a grande batalha que Deus 18) O rapaz foi a Farrapos e conheceu seu primeiro
lhe reservara a vinte anos. amor.
8) Por favor, não fique em frente a televisão. 19) Fique a distância.
9) Combinamos para as quatro horas da tarde a 20) Ele vai a outra cidade que ainda não sabemos
festa. qual é.
21) Já estavam a poucos metros da clareira, aonde 35) Disse a verdade a nossas irmãs.
chegaram por um atalho aberto a foice. 36) Disse a verdade as nossas irmãs.
22) A seu lado, a menina observava-o 37) Disse a verdade a nossa irmã.
disfarçadamente. 38) Seu amigo falou o que não devia a suas colegas.
23) Bento deu um passo a frente, pediu a palavra e 39) Seu amigo falou o que não devia as suas colegas.
ficou cara a cara com seu oponente. 40) Seu amigo falou o que não devia a sua colega.
24) O atleta concedeu entrevista a Imprensa. 41) Fomos até a sala do diretor.
25) Disse o que não devia as pessoas erradas. 42) As vezes ela se faz de boba.
26) Disse o que não devia a pessoas erradas. 43) A criança fazia as vezes de pai.
27) Essa atitude não reflete a capacidade que tens. 44) Ele perdeu todas as vezes em que jogou.
28) Quanto a estudar, vou pensar no caso. 45) Amanhã iremos até a praia.
29) Quanto a conta, já vou pagá-la. 46) Isso não corresponde a verdade.
30) No que se refere as considerações que fizemos, 47) A verdade não correspondeu a teus anseios?
penso que não devemos arrepender-nos. 48) A verdade veio a tona.
31) Ficamos frente a situação, e não nos intimidamos. 49) O homem matou o bandido a bala.
32) Refiro-me a dificuldades insuperáveis. 50) A propósito, como estou hoje?
33) Fiz alusão as dificuldades por que passamos. 51) Não fiz referência a mulher nenhuma.
34) Não mandaste a Márcia a revista que comprei. 52) Isso não vale a pena.
1 Segundo a Organização Mundial de Saúde, o aumento da expectativa de vida no Brasil pode ser um dado
2 negativo, pois, em 25 anos, o país será o quinto mais populoso do mundo. Em 1950, os brasileiros morriam aos 43
3 anos, em média; no ano 2000, morrerão com 70. Estima-se que 14% da população brasileira serão compostos por
4 idosos na virada do século, que vão chegar _____ essa idade sem condições dignas de vida, doentes e
5 desamparados.
6 Ao contrário dos países ricos, como a França, onde a expectativa de vida cresceu devido _____ melhoria
7 da qualidade de vida, no Brasil o fenômeno se deu porque ____ mortalidade infantil diminuiu e novas tecnologias
8 de saúde, como vacinas e outras formas de controle de doenças, prolongaram o tempo médio de vida. Hoje,
9 nosso país tem 6,8 milhões de idosos.
01) Qual das alternativas preenche corretamente as lacunas do texto (linhas 4, 6 e 7).
A) à–à–a
B) à–a–à
C) à–a–a
D) a–a–à
E) a–à–a
1 Este livro é um relato pessoal de 1964. Participei como jornalista e conheci algumas pessoas que tiveram
2 bastante a ver com aquele desfecho que influiu (quanto?) na nossa história. Perguntei a amigos sobre nomes,
3 ocorrências e alguns dados de que me sentia incerto. Faço algumas referências ao período depois de 1964,
4 porque pertinentes, acredito, ao evento, mas o que me interessa é o antes e o durante.
5 Há muitas versões sobre 1964, além de fabulação, quer dizer: de um dado real são construídas fantasias
6 do tamanho da paranóia de quem nos conta. Todos somos de certa forma ficcionistas. É praticamente impossível
7 não colorir com nossa personalidade o que narramos. A memória sempre nos trai.
Caso estas mudanças ocorressem, quais delas implicariam o emprego obrigatório da crase no contexto indicado?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e III
E) I, II e III
Em relação_____ uma simples lista, uma receita acrescenta novos elementos, uma vez que compreende
dois aspectos: a lista das instruções e dos ingredientes mais a ação. Quanto às instruções, verificamos que umas
são relativas____ preparação e outras ao consumo. O primeiro caso é característico da culinária; o segundo, da
medicina. O modo de preparação pode ser deliberadamente ocultado ao mundo exterior, seja por sua escrita
cifrada, seja através de instruções muito genéricas que apenas as pessoas do mesmo ofício entenderão. Este
secretismo também pode ser observado ocasionalmente na culinária. A omissão de indicações das quantidades
dos ingredientes nas receitas pode ter sido um expediente intencionalmente adotado para preservar os segredos
profissionais, pois as receitas surgem freqüentemente ligadas_____ ofícios que exigem uma aprendizagem
específica.
A) à–à–à
B) à–à–a
C) a–a–a
D) a–à–a
E) à–a–à
1 No Parque do Xingu, os habitantes caçam, jogam e criam seus filhos. Por trás dessa aparência de
2 harmonia, se esconde uma babel: lá são faladas 17 línguas, com média de 200 falantes cada uma. O interessante
3 é que a distância entre elas é maior do que, por exemplo, a que existe entre espanhol e português, de tal forma
4 que os índios do parque não entendem a língua dos povos vizinhos. Algumas dessas línguas são estruturalmente
5 bastante sofisticadas: o kamaiurá possui declinações, como o latim, para marcar a ........... da palavra na frase
6 (sujeito, objeto direto, etc.). Também se expressa através de um sistema de declinações o grau de certeza do
7 .......... quanto ao assunto de que fala. Se ele tem certeza, usa um sufixo; se ouviu de terceiros, usa outro. No
Português 133 Professor Paulo Ricardo
8 português, isso é indicado por expressões como “eu acho” , “eu ouvi falar”, ou pela colocação de verbos no.........
9 Em relação ao vocabulário, o kamaiurá tem, por enquanto, cerca de 2.000 palavras já catalogadas. Seus falantes
10 têm centenas de palavras para árvores e, claro, nenhuma equivalente a “chip” ou “laser”.
04) Em relação ao segmento “a que” (l. 3), são feitas três afirmações.
I. Entre “a” e “que” poderia ser inserido, sem prejuízo do significado original da frase, um substantivo que já
apareceu no mesmo período.
II. O segmento “a que” constitui uma expressão de ênfase, equivalente a “é que”, em frases como “A distância é
que nos une sempre.”
III. O “a” não recebe acento indicado de crase por ser apenas uma preposição.
A) Apenas I
B) Apenas III
C) Apenas I e III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
Além do óbvio apelo............ tradição cristã do povo, que facilitava............ transmissão da imagem de um
Cristo cívico, poder-se-ia perguntar por outras razões do êxito de Tiradentes como herói republicano, porque não
foi sem resistência que ele atingiu tal posição. Tiradentes tinha competidores históricos ao título de herói do novo
regime instalado em 1889, entre os quais Frei Caneca, mártir das causas liberais no Nordeste, que acabou
fuzilado. Possivelmente o motivo central da escolha do mineiro foi o fato de a conjuração de que participou jamais
ter alcançado........... ação concreta, poupando ao país violência e derramamento de sangue e rendendo-lhe a
aura de mártir imaculado.
A) à–a–a
B) à–a–à
C) à–à–à
D) a–à–a
E) a–a–a
1 Noutro dia, numa reunião de professores, eu dizia aos demais que o meu trabalho como professor de
2 segundo grau, em última análise, visava, nuclearmente, a contribuir com a formação de pessoas competentes
3 para a vida. Um colega mais jovem indagou-me o que eu entendia por competência, que a seu juízo esta era
4 uma idéia muitíssimo relativa, que o que era competência para mim podia não corresponder à noção que ele
5 fazia de competência, que, assim sendo, eu tivesse a gentileza de dizer o que era, a meu ver, competência.
6 _____, sem saber se me encontrava diante de uma indagação eivada da maior profundidade ou de uma
7 redonda _____, procurei uma resposta que seguisse, digamos, uma linha mais _____: disse que competência
8 não era uma coisa tão relativa assim, que seria as mesmas, para ele e para mim, as expectativas sobre a
9 competência que deveria trazer consigo o cirurgião cardiovascular que nos estivesse a ______uma ponte de
10 safena. A coisa ficou por aí. Mas é dessa maneira que se sedimenta um ambiente onde a idéia de
11 competência, entre outras, toma conotação relativística, e a escola de segundo grau vai, hoje, apresentando a
12 sua contribuição para, democraticamente, formar futuras guildas de incompetentes profissionais.
I. Se substituíssemos corresponder (l. 4) por refletir, seriam mantidas, no contexto da frase, as condições para
o emprego da crase.
II. Se substituíssemos sobre (l. 8) por quanto, ocorreriam, no contexto da frase, as condições para o emprego da
crase.
III. Se substituíssemos a expressão diante de (l. 6) por frente a, ocorreriam, no contexto da frase, as condições
para o emprego da crase.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
I. Caso substituíssemos nos (l. 2) por todas as pessoas, seriam criadas as condições necessárias para o uso
da crase.
II. Caso substituíssemos eram parte por pertenciam (l. 3), seriam criadas as condições para o emprego da
crase.
III. Caso substituíssemos dar por emprestar (l. 5) seriam mantidas no contexto da frase as condições para o
emprego da crase.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
Astucioso, egoísta, alerta às chances de burlar os cidadãos e o Estado, espantoso desrespeito pelo bem
comum e pelas leis – esta a imagem que se tem do corrupto, o mais notório personagem da realidade política
atual, no Brasil, e, pode-se dizer, no mundo. “Mas quem, afinal, são os corruptos?”, provoca o psicanalista Manoel
Tosta Berlinck, de São Paulo. Aqueles que trabalham para o governo e se apropriam de bens públicos? Os
profissionais liberais que não declaram integralmente seu imposto de renda? O chefe de compras que aceita
propina para escolher o fornecedor da empresa onde trabalha? Toda população, enfim, ..................não exige nota
fiscal ao fazer suas compras e facilita aos comerciantes lesar o fisco?
08) Considere as seguintes afirmativas sobre o primeiro período do texto (linhas 1 a 3).
I. Em termos de continuidade, teríamos um aperfeiçoamento na construção do período e uma maior clareza se,
ao invés de astucioso, egoísta e alerta tivéssemos astúcia, egoísmo e atenção.
II. Se substituíssemos alerta por atenção, as condições para o emprego da crase, no período, não seriam
mantidas.
III. Se substituíssemos desrespeito por descuido, a preposição que dá continuidade ao período poderia ser
mantida.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) I, II e III
1 Pais e adultos em geral são incompetentes para entender o que vai pela cabeça das crianças; estas
2 por sua vez, são incapazes de detectar o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona
3 cinzenta que reúne essas duas conhecidas limitações, reside o objeto de “Quarto de Menina”, estréia literária
4 da psicanalista carioca Livia Garcia Roza.
Português 135 Professor Paulo Ricardo
5 Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora
6 com o pai, intelectual pacato, caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180
7 páginas, relata o seu cotidiano, que se limita, aqui, ao próprio quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da
8 mãe.[...]
09) A seguir são apresentadas cinco possibilidades de substituição da expressão se limita (linha 7). Qual delas
manteria as crases das linhas 7 e 8?
A) consiste
B) se constitui
C) compreende
D) não ultrapassa
E) se restringe
10) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto na ordem em que aparecem.
A) à – às – à – a
B) a–a–à–a
C) à – as – a – à
D) à – às – a – à
E) a – as – à – à
1 Por que cargas d’água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira
2 dimensão na nossa sociedade? Na verdade, pode-se..........essa questão para todas as demais manifestações
3 artísticas – música, cinema, teatro e artes plásticas. De..........muito, o futebol se infiltrou de tal forma no tecido
4 social brasileiro que está presente no nosso dia-a-dia de maneira sufocante. Respiramos futebol e falamos de
5 futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da própria natureza do brasileiro. Mas isso não está
6 devidamente expresso na poesia ou na prosa, nem impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte,
7 tampouco projetado nas telas de cinema, representado devidamente nos palcos ou capturado em seu rico
8 gestual pelas coreografias de balé.
9 Talvez a resposta esteja com o professor, ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio Pignatari, que,
10 a propósito, me disse certa vez: “É que o futebol é muito maior do que a criação artística”
11 O que o mestre queria dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do cinema,
12 a expressão do ser e dos movimentos das artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis personagens, tece as
13 tramas mais insólitas que a ficção possa conceber e nos derrama um belo verso, ao menos,..........cada partida.
14 Assim, criou sua própria semântica, uma linguagem que dispensa as demais.
11) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto, na seqüência em que elas aparecem
(linhas 2, 3 e 13).
A) espandir – a – à
B) expandir – a – a
C) expandir – a – à
D) espandir – há – à
E) expandir – há – a
I. Caso substituíssemos a expressão faz parte (linha 5) pelo verbo compõe, seriam criadas, no contexto da
oração, as condições para o uso de crase.
II. Caso substituíssemos a forma verbal incorpora (linha 11) por remete, seriam criadas, no contexto da oração,
as condições para o uso de crase.
III. Caso substituíssemos a forma verbal criou (linha 14) por fixou, seriam criadas, no contexto da oração, as
condições para o uso de crase.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e III
E) I, II e III
13) A frase em que não deve ser utilizado o acento indicativo de crase é
A) Quanto a população brasileira, muito ainda deve ser conseguido em termos educacionais.
B) Milhões de jovens estão condenados a falta de conhecimentos básicos.
C) Impõe certas exigências de formação escolar a procura de um emprego.
D) Em relação a Austrália, o Brasil mostra uma grande deficiência na área educacional.
E) A Constituição Federal são feitas algumas críticas.
Muita informação chega ______ pessoas que ______ela não tinham acesso, graças ______ televisão.
A) à–a–a
B) à–à–a
C) a–a–à
D) a–à–à
E) a–à–a
17) A construção em que deve ser usado o acento indicativo de crase é a da alternativa
18) A frase em que não deve ser empregado o acento de crase é da alternativa
23) O uso do acento indicativo de crase depende do sentido que se quer dar à frase em
A) Não entendíamos a situação a qual se referia o jovem.
B) A medida que crescia, o bebê exigia menos a presença da mãe.
C) Apresentamos a paciente a psicóloga.
D) A força que induz o ser humano a satisfação pessoal é imponderável.
E) O medo a liberdade é sabidamente um dos empecilhos para a busca de novas alternativas de vida.
1 O mês de novembro assinalou o 90º aniversário de um dos episódios mais trágicos – e mais patéticos
2 – da história brasileira: a Revolta da Vacina. Durante vários dias, as ruas do Rio de Janeiro foram cenários de
3 verdadeiras batalhas entre população e tropas federais. O pivô do conflito era um jovem médico chamado
4 Oswaldo Cruz. Filho de sanitarista, Oswaldo, verdadeira vocação para a microbiologia, estava voltando de
5 Paris, onde cumprira brilhante estágio no famoso Instituto Pasteur. A sua fama começava a se espalhar e o
6 presidente Rodrigues Alves convidou-o a assumir o cargo de Diretor de Saúde Pública, equivalente ao de
7 ministro de hoje.
8 Era uma época difícil, em todos os sentidos. Pestilências – febre amarela, peste, tuberculose –
9 grassavam no país. Os navios estrangeiros recusavam-se a apontar no Rio. Com razão, porque tripulações
Português 138 Professor Paulo Ricardo
10 inteiras eram dizimadas. O café, principal produto de exportação, não podia ser embarcado. As divisas não
11 entravam, a dívida externa crescia. A missão de Oswaldo Cruz não tinha a ver só com saúde. Tinha a ver com
12 a sobrevivência do país.
13 Desta missão, Oswaldo Cruz se desincumbia com grande competência e não menor autoritarismo. Sua
14 estratégia consistia em atacar as doenças uma a uma, dentro do conceito de campanha, que popularizou.
15 Para combater a febre amarela, por exemplo, formou brigadas de mata-mosquitos que, fardadas, entravam
16 nas casas em busca de focos das insetos. Essas medidas enfrentavam oposição inclusive por parte dos
17 médicos e até de professores da faculdade de Medicina. A esta altura ainda havia controvérsia sobre a causa
18 de tais doenças. Muitos achavam que a febre amarela era transmitida por alimentos, não por mosquitos.
19 A população assistia à polêmica entre irritada e divertida, mas tudo mudou quando foi lançada a
20 campanha de vacinação antivariólica. Histórias estranhas começaram a circular: dizia-se, por exemplo, que a
21 vacina era feita com sangue de rato. E que Oswaldo Cruz tivera a idéia de combater a peste bubônica
22 comprando os ratos caçados pelas pessoas.(...)
24) A frase em que a substituição de um termo do texto por outro acarretaria o uso do acento indicativo de crase é:
A) “recusavam-se a” (linha 9) – estavam recusando-se a.
B) “consistia em” (linha 14) – reduzia-se a.
C) “combater a” (linha 15) – fazer frente a.
D) “lançada a” (linha 19) – promovida a.
E) “tivera a” (linha 21) – concebera a.
25) A frase em que devem ser colocados dois acentos indicativos de crase obrigatoriamente é
A) A visão extraordinária de Oswaldo Cruz é modelar para a medicina social.
B) A medida que os boatos circulavam, o temor estendia-se as várias camadas da população.
C) A coerência do grande cientista conferia credibilidade as idéias que adotava.
D) Aos poucos, a população foi orientada a aderir as causas defendidas pela ciência.
E) No caso de Oswaldo Cruz, a dimensão de médico deve ser acrescentada a de cientista.
1 Neste século, a expansão do ensino e a democratização da ciência têm permitido à mulher a mais
2 fundamental das conquistas: o saber. Freqüentando escolas, aprendendo a ler e a pensar, ela rompeu os
3 grilhões da ignorância que a mantinham reclusa ao universo doméstico, e passiva ao mando masculino.
4 Mesmo assim, o poder concentra-se ainda nas mãos do homem, em parte graças a uma crescente
5 valorização de atributos culturalmente masculinos, como a agressividade. O acesso ao conhecimento, embora
6 indispensável, não garante tudo. Isso porque, historicamente, a educação dos meninos predispõe-nos desde
7 cedo à competição, à luta pelo poder. Entre os 25 e 35 anos, os jovens investem tudo em suas carreiras. Ao
8 contrário, as jovens, inclinadas na infância à fluidez e à mansidão, dedicam-se a organizar novas famílias,
9 sendo obrigadas, quando profissionais, a duplas e até triplas jornadas.
10 Além da difícil conciliação do trabalho com suas funções de matriz da espécie humana, a mulher ainda
11 se debate com inibições próprias, medos herdados de milênios de existência como satélite do homem, que a
12 fazem por vezes recuar diante de desafios que exigem audácia, afirmação de si e liberdade. Uma tendência,
13 entretanto, parece inquestionável: a busca da mulher, hoje, não é o vencer por vencer, e sim o livre arbítrio na
14 sua realização como profissional e como mulher, com resultados positivos para seus filhos sejam homens,
15 sejam mulheres.
26) Considerando as afirmativas referentes a certas expressões do texto.
I. Se “permitido” (linha 1) fosse substituído por “levado”, o acento indicativo de crase poderia permanecer, mas
o sentido da frase ficaria alterado.
II. Se o verbo “ler” (linha 2) fosse substituído por “leitura”, seria obrigatório o uso de sinal indicativo de crase.
III. Se a palavra “uma” (linha 4) fosse retirada do texto, seria obrigatório o uso do sinal indicativo de crase no “a”
que a precede.
IV. Se a expressão “a duplas e até triplas jornadas” (linha 9) fosse passada para o singular, o uso do sinal
indicativo da crase seria obrigatório.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) II e IV
E) III e IV
27) A construção em que deve ser usado um acento indicativo de crase é
A) Aquela cidade foi surpreendida pelo crescimento dos índices de violência.
B) Aquele povo foi atribuído um temperamento ordeiro e pacífico.
C) Aquele prefeito foi elogiado por sua atuação na área de segurança pública.
D) Aquela população foi mobilizada pelos meios de comunicação.
E) Aquele governante foi auxiliado pela comunidade na campanha contra o porte ilegal de armas.
Português 139 Professor Paulo Ricardo
28) A frase que exige acento indicativo de crase é
A) Os jovens têm-se dedicado a outras atividades, além das escolares.
B) A adesão a uma atividade alternativa durante as férias é privilégio de poucos.
C) Muitos compreendem melhor o mundo em que vivem a medida que conhecem outras realidades.
D) O adolescente referiu-se a sua viagem com entusiasmo.
E) A experiência anterior levou a jovem a voltar ao projeto como monitora.
29) O período em que devem ser utilizados dois acentos indicativos de crase é
A) Os responsáveis pela Linha Verde referiram-se as vantagens de facilitar o acesso a regiões mais remotas.
B) A proporção que se aproxima do Mangue Seco, o turista encanta-se com a extraordinária beleza da região.
C) A poucas horas de distância de Salvador, próximo a fronteira, existe um paraíso ecológico ainda quase
desconhecido.
D) O turista instalado a beira do mar, no Mangue Seco, diz adeus momentaneamente as preocupações.
E) As agências de turismo das diversas regiões do país cabe a responsabilidade de divulgar nossas belezas
naturais a visitantes estrangeiros.
1 “Há anos que acompanho o debate que se trava na sociedade sobre a influência da televisão na
2 educação das crianças. De tempos em tempos, o assunto entra na pauta da mídia e a discussão se espraia
3 para as mais diversas e antagônicas teses, defendidas ardorosamente por psicólogos, sociólogos,
4 antropólogos, comunicólogos e outros “logos” que não vale a pena elencar.
5 As teses vão desde a crença no caráter pernicioso e decisivo para a deformação infantil da
6 programação “cheia de sexo e violência” da tevê, à afirmação da mais absoluta neutralidade do meio quanto ao
7 processo de construção da personalidade humana. Umas dizem que as crianças bombardeadas por horas
8 diárias de televisão violenta e pornográfica formam-se à sua imagem e semelhança e por isso são bandidas,
9 insubordinadas e avessas ao estudo, em escala realmente crescente. Outras, tão doutas quanto aquelas,
10 asseguram que a televisão não influi negativamente e que, ao contrário, dá ao menor uma consciência do
11 errado num nível de informação que o torna um ser privilegiado diante das crianças que se desenvolveram até
12 a metade deste século.”
“Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos -
emoções que vêm de forma intensa e que permanecem por muito tempo - minam nossa ______ . É claro que não
devemos sentir apenas um tipo de emoção: ser feliz o tempo todo de certa forma sugere a insipidez daqueles
adesivos com rostos ____ que foram moda nos anos setenta. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam
ser vividos de forma equilibrada. As pessoas conseguem obter uma sensação de bem-estar se têm, para ______
os episódios de raiva e depressão, um conjunto de momentos igualmente alegres ou felizes.
31) Identifique a alternativa cujo verbo, ao substituir “sugere” (linha 3), determinaria crase na linha 3.
A) determina
B) lembra
C) insinua
D) reflete
E) leva
32) Quais são as formas que completam, pela ordem, as frases abaixo?
1 Sair da faculdade com emprego garantido é um sonho distante para muitos estudantes, não para os
2 engenheiros de telecomunicações. Pelo menos neste momento de transformações no setor, esses jovens
3 estão com o futuro garantido. Desde a quebra do monopólio estatal, marcado pelo fim do sistema Telebrás, em
4 1998, as empresas de telecomunicações têm avançado com voracidade sobre os novos talentos que saem das
5 faculdades. A estratégia se assemelha às utilizadas pelas companhias em relação aos formandos de grandes
6 centros americanos como a Universidade Harvard ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Um
7 mês antes da formatura, as empresas do setor pedem as listas dos alunos que estão prestes a se formar.
8 Ninguém fica na mão. Só neste ano, apenas cinco grandes empresas de telefonia – Embratel, Intelig, ATL,
9 Telefonia celular e Vésper – estão abrindo vaga para mais 5.000 funcionários.
33) Considerando-se que o uso da crase é uma questão de regência, é correto afirmar que “às” (linha 5) tem sinal
de crase porque:
A) o verbo assemelhar-se rege preposição a;
B) encontra-se logo após um verbo transitivo direto;
C) assemelhar-se é um verbo intransitivo que rege preposição a;
D) estratégia é um substantivo que não admite artigo;
E) utilizadas exige artigo a.
1 Alguns pais passam anos tentando convencer os filhos a disputar uma vaga na faculdade que eles, mais
2 velhos e experientes, consideram a melhor, sem ligar a mínima para os sonhos dos garotos. É uma
3 contradição: deseja-se que o rebento seja feliz – mesmo que para isso tenha de sofrer muito. Um dos
4 resultados dessa maneira de encarar as coisas é a transformação dos estudantes em autômatos que, na
5 batalha por uma vaga na universidade – quase nunca a que eles realmente gastariam de cursar -, tornam-se
6 totalmente dependentes da indústria do treinamento para os vestibulares. Esta faz dos moleques ótimos,
7 incríveis executores de regras, porém sem o menor senso crítico.
8 Quer ver como? Há alguns anos, eu ajudava um colega a corrigir provas de alunos do curso de
9 engenharia civil. A questão pedia o dimensionamento da tubulação de uma casa popular. Um dos alunos, bem
10 informado, pois conhecia toda a seqüência de cálculos, não colocou adequadamente a vírgula de um dos
11 dados do problema, transformando 4 polegadas em 400. Até aí tudo bem. Pode acontecer a qualquer um. Só
12 que ele chegou à conclusão de que o tal cano deveria ter 10 metros de diâmetros. Assim, com a maior
13 naturalidade. Nem notou que pela sua tubulação poderia, com folga, passar a casa toda. Por que será que o
14 aplicado aluno não percebeu o absurdo? Talvez porque a escola exija resultados e não espírito crítico. E
15 porque ele confia demais nas fórmulas.
16 Estou exagerando? Acho que não. Algo de quase perverso realmente ocorre com nosso sistema de
17 ensino. (...)
34) Indique V (verdadeira) ou F (falsa) em cada uma das afirmações a seguir.
( ) Em “A questão pedia o dimensionamento da tubulação” (linha 9), a substituição de o dimensionamento
por a medida provoca um caso de crase.
( ) Em “Pode acontecer a qualquer um” (linha 11), a substituição de qualquer um por você provoca um
caso de crase.
( ) Em “ele chegou à conclusão” (linha 12), se o termo conclusão fosse expandido para uma surpreendente
conclusão, a crase seria mantida.
A seqüência correta é
A) V–V–V
B) F – F – F-
C) F–V–F
D) V–F–V
E) V–F–F
35) Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas da frase a seguir.
Senhor Governador, informamos_____ Vossa Excelência que os agricultores consideram ___ ________
decisão muito importante.
A) a – a – sua
B) à – à – vossa
C) à – a – vossa
D) a – à – sua
E) a – a – vossa
Português 141 Professor Paulo Ricardo
36) Assinale a alternativa que NÃO apresenta erro de colocação do pronome oblíquo e de emprego de crase.
A) Jane Goodall, uma das primeiras a observar os chimpanzés, escreveu um livro que se refere a trinta anos
de experiência na selva.
B) Jane Goodall, uma das primeiras à observar os chimpanzés, escreveu um livro que refere-se à trinta anos
de experiência na selva.
C) Jane Goodall, uma das primeiras à observar os chimpanzés, escreveu um livro que se refere a trinta anos
de experiência na selva.
D) Jane Goodall, uma das primeiras a observar os chimpanzés, escreveu um livro que refere-se a trinta anos
de experiência na selva.
E) Jane Goodall, uma das primeiras a observar os chimpanzés, escreveu um livro que refere-se à trinta anos
de experiência na selva.
1 Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia
2 num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu
3 um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar
4 meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina
5 ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já
6 rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombros do Cristo. Na parede
7 lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em
8 caracol para a catacumba.
1 Quando o mundo assiste, estarrecido, ao assassinato, em Timor Leste, de milhares de pessoas, que pagam
2 pelo “crime” de ter uma outra religião (91% de católicos) e de falar uma outra língua (o português), uma saudável
3 epidemia toma conta da imprensa brasileira: os jornais publicam seções de valorização da língua portuguesa.
4 Em relação a Timor Leste, o Brasil tem grande responsabilidade, não só pelo seu interesse estratégico na Ásia,
5 mas, principalmente, em virtude de ser o maior guardião dos tesouros culturais representados pela língua
6 portuguesa.
7 A preocupação com a nossa língua talvez se deva ao fato de que nunca se escreveu e falou tão mal o idioma
8 de Rui Barbosa. Culpa, quem sabe, da deterioração do nosso sistema de educação básica ou do pouco apreço
9 que devotamos ao gosto pela leitura. Nosso índice “per capita” mal alcança dois livros por habitantes; na França,
10 por exemplo, oscila em torno de oito.
11 Além disso, os meios televisivos – salvo as exceções de praxe, como os programas gerados pela TV Cultura
12 de São Paulo – prestam um magistral desserviço à educação brasileira. Comunicadores falam mal, atores não
13 se expressam adequadamente, dublagens são feitas de forma chula, programas infantis deseducam.
14 O que se pode esperar desse triste universo? Novas formas de regência, concordância e flexão verbal são
15 adotadas, contrariando as normas da língua padrão. Para que estudar verbos irregulares, se é mais fácil dizer
16 “interviu” ou “manteu” ? E o triste “houveram”?
38) Substitua:
1 – o substantivo assassinato (linha 1) por morte;
2 – a expressão Timor Leste (linha 4) por esse país;
3 – o verbo contrariando (linha 15) por desobedecendo.
Considerando-se a modalidade de língua culta, as formas obtidas, no período em que se encontram, serão
respectivamente,
A) à morte – a esse país – as normas da língua padrão.
B) à morte – a esse país – às normas da língua padrão.
C) a morte – a esse país – as normas da língua padrão.
D) a morte – à esse país – às normas da língua padrão.
E) à morte – à esse país – às normas da língua padrão.
39) Substitua:
Considerando-se a modalidade de língua culta, as formas obtidas, no período em que se encontram, serão
respectivamente,
Com relação ______cidades, ______muito tempo não se tem dado importância ______infra-estrutura básica.
A) às – há – à
B) as – há – a
C) às – a – à
D) as – à – à
E) às – há – a
1 Futebol e carnaval são os eventos que motivam as relações interétnicas mais igualitárias da cultura
2 brasileira.
3 Comecemos pelo mais popular dos esportes – o futebol. O igualitarismo não é apenas social, mas também
4 étnico. Os ricos e os pobres, os brancos e os não brancos (expressão que abrange a grande policromia
5 pigmentária dos que não são puramente brancos) irmanam-se sem reservas na torcida por um dos dois times
6 em campo. Na composição dos times, o igualitarismo étnico é ainda mais completo. Um time de futebol é a
Português 143 Professor Paulo Ricardo
7 meritocracia por excelência. A única exigência feita ao jogador é que seja competente, não se dando a mínima
8 importância à cor da pele. No passado, já houve discriminação racial, mas isso desapareceu há muito tempo. Se
9 for um jogador brilhante, o negro será generosamente recompensado, tanto nos louros como nos dinheiros. Não
10 por acaso, o futebol nasceu na Inglaterra, berço do liberalismo. A competitividade é a regra; o desfecho produz
11 winners ou losers **.
12 Segue-se o caso do carnaval. No público dos desfiles das escolas de samba, não há discriminação étnica.
13 Na composição das escolas, predominam numericamente os não-brancos, sobretudo negros. Talvez nada
14 alimente tanto a convicção brasileira e, também, de estudiosos europeus e americanos da inexistência de
15 preconceito racial no Brasil do que o igualitarismo reinante nos desfiles carnavalescos.(...)
16 ** winners: ganhadores losers: perdedores
44) Identifique as alternativas em que as alterações efetuadas em relação às frases do texto têm como resultado
estruturas corretas.
1 A despeito do que os cínicos e os pessimistas nos querem fazer acreditar, a situação moral do mundo não
2 está mais ou menos frágil do que outrora. A diferença entre a segunda metade do século XX, particularmente as
3 duas últimas décadas, e todos os períodos anteriores da história é que, atualmente, quando os padrões éticos ou
4 morais são feridos em qualquer lugar, todos ficam sabendo.
5 As comunicações instantâneas globais abriram para todos nós uma janela para o mundo, através da qual
6 podemos observar tanto as coisas maravilhosas como aquelas que nos espantam. No decorrer da história,
7 alguns trilharam a estrada do elevado padrão moral e outros desafiaram os padrões morais até os últimos
8 limites. Perseguições, “limpezas étnicas”, corrupção, escândalos e falcatruas não são monopólio do século
9 atual.
10 Entretanto, no passado, quando uma conduta contrária à ética era revelada, os cidadãos da comunidade
11 afetada impunham sanções e instituíam sistemas para dissuadir terceiros de cometer ações similares. Na maior
12 parte, o conhecimento dessas situações era restringido pelos limites das tecnologias de comunicação. A
13 ignorância era uma ventura ou ao menos uma desculpa viável para a ausência de ação. Em meados do século
14 XX, as notícias dos eventos em todo o mundo passaram a atingir os nossos lares em questão de dias. Hoje,
15 assistimos ao desenrolar dos eventos em tempo real. Tornou-se bem mais difícil ignorar situações conhecidas
16 de desrespeito aos padrões éticos ou morais.
45) Levando-se em conta os aspectos de regência e crase, os segmentos do texto “assistimos ao desenrolar dos
eventos” (linha 15) e “desrespeito aos padrões éticos ou morais” (linha 16) podem ter a seguinte versão:
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) Apenas I e III
O barco de Hagar se comporta exatamente como um personagem da tira. Pelo menos provoca tantas
risadas como qualquer outro. O barco quebra o regulamento, reage ao perigo e desobedece_____ ordens dadas
com a mesma falta de disciplina e bravura que os membros da tripulação. A vida no mar é dura, particularmente
com Hagar de capitão. Ele acredita piamente que o mundo é um cubo perfeito com lados gotejantes e nada
abaixo. Apesar da ciência nos dizer que isso não é verdade, temos que nos lembrar____ o mundo não tem a
mesma forma que tinha_____ mil anos. Tudo se inflou, inclusive o cubo.
48) Assinale a seqüência que preenche adequadamente as lacunas das linhas 2, 5 e 6 do texto.
A) às – de que – há
B) às – de que – a
C) às – que – há
D) as – que – a
E) as – que – há
Ninguém tem dúvida quando se anuncia que o atendimento prometido pelo gerente daquele banco é
diferenciado: quer dizer que não se confunde com o tratamento-padrão dispensado ........... massa dos cliente
otários. Inclui cafezinho, água gelada e, quem sabe, dicas de investimento vazadas diretamente da mesa de
operações do Banco Central. O privilégio parece natural porque também nós somos, a nossos próprios olhos,
diferenciados. Aliás, diferenciadíssimos.
Já diferente, bem, é uma história inteiramente diferente. Desde que os primeiros hominídeos se juntaram
numa tribo e decretaram que míopes e carecas não entravam, a diferença é tudo aquilo que grupos sociais
hegemônicos vêm usando para excluir ou subjugar minorias – e ao mesmo tempo reforçar sua identidade.
Localizado no corpo ou na alma, real ou imaginário, o anátema da diferença justifica lógicas de dominação e até
de extermínio. Ser diferente é ter negado o direito ............. humanidade ou pelo menos .......... humanidade plena.
A trama se adensa quando nos damos conta de um paradoxo: ao mesmo tempo que queremos ser iguais,
esmagando o diferente sem dó sob ............. sola aerada de nossos Nikes Shox, valorizamos a individualidade, o
único, o que nos eleve acima da massa ignara e mal paga.
A) à – a – à - a..
B) à – a – a – à.
C) a – à – à - a.
D) a – a - a – à.
E) à – à – à - a.
1 Agora, parece que foi mesmo na África que a espécie humana assim como a conhecemos surgiu – e dali
2 se espalhou para o restante do mundo. Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de Awash,
3 na porção central da Etiópia, que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e etíopes........ os fósseis mais
4 antigos do homem moderno ( Homo sapiens ). São três crânios – dois de adultos e um de uma criança de
5 aproximadamente 7 anos – e mais alguns dentes de outros sete indivíduos, encontrados entre ossos de
6 hipopótamos e antílopes e ferramentas de pedra. Com cerca de 160 mil anos, segundo a datação com argônio,
7 os crânios guardam semelhanças com o do homem moderno: face mais achatada e caixa craniana em forma de
8 globo. No entanto, traços mais primitivos, como os olhos mais........ um do outro, levaram os pesquisadores a
9 classificar os crânios como sendo de Homo sapiens idaltu, uma espécie do H. sapiens......... em conjunto, essas
10 características colocam esses homonídeos nas raízes da árvore evolutiva humana e são um reforço às
11 evidências genéticas de que o homem moderno surgiu na África – ainda não se sabe se em apenas uma ou em
12 mais regiões – e depois migrou para os outros continentes, o oposto do que........ as teorias que sugerem que as
13 primeiras características do H. sapiens apareceram quase ao mesmo tempo em diferentes pontos do planeta.
(A) a – às – a – à.
(B) à – às – a – à.
(C) à – as – à – a
(D) a – às – a – a
(E) a – as – à – à
Para o cristão devoto, a saúde e a salvação estavam alegoricamente ligadas: a Medicina cuidava do corpo
que perecia, e a religião, da alma imortal. O médico tinha de reconhecer as doenças e buscar tratá-las pelos
meios terrestres. Só se ele atingisse seus limites é que deveria ceder lugar _______ ajuda religiosa.
Os autores religiosos davam, assim, um grande valor ________ saúde do corpo, pois a “carne fraca” do
ditado era particularmente vulnerável à influência do Maligno. A representação mais popular do Cristo médico
mostra as curas milagrosas do Novo Testamento e legitima assim a intervenção dos médicos em caso de
doença (quando ela não era um ato divino irreversível). A existência de plantas medicinais provava, ao crente,
que o Criador tinha previsto sua utilização para o alívio e a cura. Ao contrário de um preconceito bastante
difundido, uma fé inabalável não impedia que se adotasse ima conduta ativa e pragmática para resolver os
problemas que surgiam: como hoje, os homens da Idade Média tentavam fazer tudo o que estava _____ seu
alcance para facilitar a vida aqui na Terra e preservar a saúde.
A) a–à–à
B) à–à–a
C) à–a–a
D) à–a–à
E) a–a–à
1 Antes de desdenhar a terapêutica medieval, é importante lembrar que o homem “moderno” ama
2 recorrer a antigos modelos explicativos. Quem já fez tratamento de purificação de toxinas, técnica de
3 medicina suave, dá a entender que ainda acredita nas patologias humorais e outros acúmulos prejudiciais em
4 nosso corpo, mesmo que o êxito da purificação se deva talvez a uma alimentação mais equilibrada e a uma
5 maior atenção ao corpo. Muitos são os que, nostálgicos das analogias medievais entre macrocosmo e
6 microcosmo, _______ no horóscopo e suas advertências em relação à saúde.
7 O estudo da Medicina medieval deveria nos tornar mais humildes em relação à nossa própria Medicina.
8 _________ não muito tempo, consideravam-se ultrapassados os medicamentos à base de plantas. Hoje,
9 vemos que princípios ativos de numerosas espécies vegetais e a fitoterapia voltam à tona. O médico da Idade
10 Média acreditava firmemente na realidade dos quatro humores, assim como o homem moderno crê no
11 poder dos genes. Os conceitos médicos são sempre originários do contexto de seu tempo. Quem sabe, talvez
12 daqui a algumas centenas de anos, os médicos do futuro não sorrirão contemplando nossos modelos
13 anatômicos e dizendo: “_______ !”
I – Caso o segmento em relação (l. 06) fosse substituído por relativas, as condições para o emprego do sinal
indicativo de crase seriam alteradas nesta frase.
II – O sinal indicativo de crase poderia ser omitido na linha 08, sem acarretar erro.
III- A substituição do segmento acreditava firmemente (linha 10) por referia-se constantemente criaria as
condições para o emprego do sinal de crase na oração.
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
1 Se escapar do bombardeio ........ está sendo submetido, um achado divulgado anteontem por
2 pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo eles,
3 pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos – embora os registros mais antigos
4 da presença humana no continente não ultrapassem ......... 13 mil anos.
5 A equipe, liderada pela geoarqueóloga mexicana Sílvia Gonzalez, achos os rastros na beira de um antigo
6 lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, depois de um desses episódios, um grupo de
7 pessoas (entre as quais crianças, a julgar pelas dimensões das pegadas) teria caminhado sobre a cinza,
8 deixando sua marca.
I – No trecho na beira de um antigo lago (l.05 e 06), seria possível substituir na por à, sem prejuízo do sentido e
da correção da frase.
II - No trecho em volta da própria (l. 10), seria possível substituir em por à, sem prejuízo do sentido e da correção
da frase.
III- No trecho põem em dúvida a idéia (l. 12), a substituição de põem em dúvida por contestam exigiria a
alteração de a para à.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas I e III.
1 Um dia desses, recebi um telefonema surpreendente de Bernd Eichinger. Ele queria muito que eu visse
2 seu novo filme A Queda, antes .......... em circuito. Uma oportunidade maravilhosa. Eu sabia que o filme de
3 Eichinger tinha desencadeado uma grande discussão na Alemanha. A caminho do cinema, foram me passando
4 pela cabeça alguns argumentos aventados nesse debate.
5 Na Inglaterra, eu tinha lido muito pouco sobre o filme até então. Os poucos comentários mencionavam
6 apenas que a Alemanha estava quebrando pela primeira vez um tabu com esta apresentação cinematográfica
7 de Hitler. Não só em conversas com amigos e historiadores alemães, mas também na imprensa do país, este
8 parecia ser realmente um aspecto importante. As pessoas me perguntavam se a Alemanha estaria preparada
9 para um filme desses ou não. Se mostrar o ser humano Hitler não implicaria o risco de perder de vista ser
10 caráter maligno, monstruoso e demoníaco, podendo até despertar simpatia por ele. Será que um filme desses
11 não poderia ter o efeito indesejado de transformar o bunker do Führer num- a desagradável atração turística,
12 para muitos até mesmo em lugar de peregrinação?
13 Sei o quanto os alemães são sensíveis em relação ....... época de Hitler, mas, do ponto de vista inglês, isso
14 parecia um caso típico de medo – compreensivo, mas exagerado – do passado nazista e de seu
15 desdobramento histórico. Eu achava perfeitamente legítimo fazer um filme desses; para mim, era só uma
16 questão de tempo. ......... alguns anos, um projeto desses teria sido ousado demais, uma provocação muito
17 grande, uma monstruosidade. Mas um filme desses faz parte de um processo contínuo e inevitável de passar a
18 enxergar e considerar ....... época de Hitler como história. Não significa que o passado nazista deva ser
19 contemplado sem emoção, sem consternação. O julgamento do Terceiro Reich também não precisa se
20 drasticamente revidado, seus terríveis crimes não precisam ser relativizados.
56) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas das linhas 02, 13, 16 e 18.
A) de ele entrar – à – Há - a
B) dele entrar – a – A – à
C) de que ele entrasse – à – A – à
D) que ele entrasse – à - Há – à
E) dele entrar – a – Há – a
GABARITO: 01-E, 02-C, 03-D, 04-A, 05-A, 06-B, 07-D, 08-A, 09-E, 10-D, 11-E, 12-B, 13-C, 14-C,
15-B, 16-D,17-B, 18-C, 19-B, 20-E, 21-B, 22-D, 23-C, 24-C, 25-B, 26-B, 27-B, 28-C,
29-D, 30-E, 31-E, 32-C, 33-A, 34-B, 35-A, 36-A, 37-B, 38-B, 39-A, 40-B, 41-C, 42-A,
43-C, 44-D, 45-E, 46-E, 47-D, 48-A, 49-E, 50-A, 51-E, 52-D, 53-B, 54-D, 55-D, 56-A
ADJETIVO -
ADVÉRBIO -
EXEMPLOS:
EXERCÍCIOS DE AULA:
A) Complete as frases com os adjetivos entre parênteses.
C) a expressão ALERTA
EXERCÍCIOS DE AULA:
EXERCÍCIOS DE AULA:
44) No estádio, as camisas ................ estavam por 60) Manifestava repulsa, aversão e ódio .................. .
toda parte. (azul-escuro) (mortífero)
45) Comprei duas blusas ..............que finalmente 61) Terminamos um livro e uma revisão .................. .
combinavam com meu cinto............ . (fastidioso)
(azul-claro e violeta) 62) Fizeram uma pesquisa ............... para uma
46) Suas luvas .......... eram altamente provocantes. entidade ................ . (técnico-científico e ibero-
(creme) americano)
47) Seus sapatos ........... pouco tinham a ver com a 63) Nos carros ................, aparecem muito pó. (azul-
festa. (cinza) turquesa)
48) Odeio estas duas calças ............. . (marrom) 64) Nos filmes de faroeste, aparecem os índios
49) No banco de trás, estavam o cachorro e o ................... . (pele-vermelha)
papagaio .............. . (falador) 65) Nos filmes de faroeste, aparecem os
50) Na região, ele encontrou ................caverna e um .................... . (pele-vermelha)
lado. (desconhecido) 66) O escultor realizou belíssimos ..................... na
51) Encomendei dois ternos ................. . (azul- entrada do edifício. (baixo-relevo)
marinho) 67) Ele tinha três ................... para usar no comício.
52) Aquela bela jovem tinha olhos ................. . (alto-falante)
(verde-mar) 68) Seus ................ estavam velhos. (guarda-roupa)
53) As discussões .................... iriam seguir por toda 69) Em nossa rua, há dois ....................... . (guarda-
a noite. (político-social) noturno)
54) Vestia meias............ e calças ............. . ( preto e 70) Reze duas .................. . (ave-maria)
rosa-choque) 71) O livro tinha ............... capa e texto. (belíssimo)
55) As questões .............. precisam ser............ 72) Ele recebeu, de presente, uma jóia e um relógio
analisadas. (russo-americano e melhor) ............... . (automático)
56) Os cavalos .................venceram a prova. Todos 73) Os fardamentos ................. que os soldados
sabiam que os ......................eram os favoritos. usavam não combinavam com o moreno-mate
(puro-sangue e puro-sangue) de seus rostos. (verde-oliva)
57) As crianças ................chegaram. Os .................. 74) As roupas têm tons ............ . (pastel)
são mais sensíveis a esse tratamento. (surdo- 75)As populações .................... são, geralmente,
mudo e surdo-mudo) muito extrovertidos. (latino-americano)
58) O ministro usava sapatos ........... na reunião que 76) Ciências .................... é o nome de uma matéria
tratava de questões .................... . (pastel e dada no segundo grau. (físico-biológico)
econômico-financeiro) 77) Ele já fez o primeiro e o segundo .......... . (grau)
59) Enviou-me dois cheques e uma fatura ............... .
(manuscrito)
02) “Nessas condições, o interesse e o ponto de vista particulares tendem a diferir dos sociais.”
O adjetivo “particulares” está no plural. O uso desse plural se justifica
A) porque o adjetivo se refere ao substantivo condições.
B) porque o adjetivo se refere simultaneamente aos dois substantivos que o antecedem.
C) porque os dois substantivos que precedem o adjetivo são empregados como sinônimos.
D) pelo fato de o adjetivo em questão também poder ser usado como substantivo em outros contextos.
E) pelo fato de o adjetivo vir precedido de um substantivo composto.
05) Observe o período: “Quando fala nos animais, por exemplo, ele freqüentemente acrescenta detalhes
pragmáticos.” O adjetivo pragmáticos concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Aponte o período, elaborado a partir do texto, que encerra erro de concordância nominal:
A) Nada escapava às observações de Anchieta, que explicava razoavelmente bichos como as enormes sucuris
e os desproporcionados tamanduás.
B) Existiam, de acordo com o jesuíta, bastantes variedades na fauna, chegando ele, por vezes, a confundir anta
e alce veloz.
C) Anchieta deslumbrava-se com a exuberante natureza, pois seriam precisos muitos anos para se conhecer a
fundo a terra recém-descoberta.
D) As informações de Anchieta sobre a flora e a fauna brasileiras seguiram anexo na correspondência levada
ao rei de Portugal.
E) No relato, o Padre procurou ser tão objetivo quanto possível em suas minuciosas descrições e longos
relatos.
08) “Sabendo que os problemas devem ser analisados nos seus múltiplos aspectos, a questão ecológica precisa
ser examinada à luz de suas implicações tanto ....................... quanto ........................ .”
A) ético-sociais – econômico-geográficas
B) éticos-sociais – econômicos-geográficos
C) ética-sociais – econômica-geográficas
D) éticas-sociais – econômicas-geográficas
E) éticas-social – econômicas-geográfica
09) Caro e barato, quando adjetivos, concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem; como
advérbios, permanecem invariáveis. Assinale a alternativa ERRADA quanto à concordância nominal.
10) Assinale a única alternativa em que há incorreção gramatical ou ortográfica num dos termos destacados.
A) Estamos aqui a fim de buscar soluções, por isso esperamos ser atendidos.
B) Vocês, acaso, vêem algum empecilho para a viagem?
C) Se ninguém propuser alterações, o anteprojeto irá para a redação definitiva.
D) Remeta a todas as filiais informações a respeito das medidas anunciadas pela diretoria.
E) Se não houverem motivos, certamente não virão novas restrições da área econômico-financeira.
Ainda ................... decepcionada, embora com ................. indignação, continuou proferindo xingamentos
..................... para escandalizar o público.
13) Apenas uma das alternativas abaixo apresenta ERRO de concordância nominal. Assinale-a.
GABARITO: 01-E, 02-B, 03-A, 04-A, 05-D, 06-C, 07-E, 08-A, 09-B, 10-E, 11-B, 12-D, 13-D
USO DA VÍRGULA:
USO DO DOIS-PONTOS:
16) Jogador que joga mal é criticado pela imprensa. 24) As praias de nudismo onde se dispensa
17) O Palmeiras que é o atual campeão da Copa dos completamente o uso de roupas permitem às
Campeões não é mais patrocinado pela Parmalat. pessoas um contato mais íntimo com a natureza.
18) O gato que fez xixi na minha cama vai ser morto 25) Morria de pena das crianças que pediam esmola na
amanhã. sinaleira.
19) O gato que é um animal mais independente que o 26) A criança que tem seus direitos nem sempre é
cachorro também merece o nosso carinho. respeitada.
20) O cientista estava preocupado com as baleias que 27) Marta tem dois irmãos. O irmão que mora em São
estavam feridas. Paulo é o mais velho.
21) As baleias que são mamíferos são animais segundo 28) Marta tem dois irmãos. Os dois que são gêmeos
os cientistas inofensivos. estudam na UFRGS.
22) A namorada de Jorge que mora em Viamão estuda 29) No Brasil come-se habitualmente carne de vaca que
inglês. na Índia é um animal sagrado.
23) No pampa onde vive o homem da campanha o cavalo 30) Nem tudo que reluz é ouro.
além de ser utilizado como meio de transporte é
também instrumento de trabalho.
31) Dentro de casa a cena era triste tudo estava 36) Todos conhecem o horário da prova não se atrasem!
destruído. 37) Todos conhecem o horário da prova portanto não se
32) Ele não quis me ouvir mais tarde porém se atrasem.
arrependerá. 38) Estes alunos prepararam-se para o vestibular por isso
33) Quando cheguei notei que tudo estava como eu havia estão hoje na Universidade.
deixado os livros estavam sobre a cabeceira da cama 39) Muitas coisas eram ditas contudo nada era provado.
os cadernos nos pés da cama. 40) Muitas coisas eram ditas nada contudo era provado.
34) Quase todos procediam da Prússia Oriental havia 41) Jorge era bonito não tinha todavia sorte com as
alguns porém que vinham das bandas do Reno. mulheres.
35) A hora da prova era de conhecimento de todos
alguns se atrasavam porém.
A) O homem havia já limpado o bigode para emitir a sua conceituada opinião, mas teve de renunciar a essa
idéia. ( vírgula para separar oração coordenada iniciada por mas)
B) À proporção que os dois se aproximavam da imponente pedreira, o terreno ia se tornando mais cascalhudo.
(vírgula para separar oração subordinada adverbial deslocada)
C) Diga que espere, João! (vírgula para separar aposto)
D) A magreza desnudara-lhe os ossos, e os alimentos faziam-lhe repugnância. (vírgula antes da conjunção
coordenativa E porque os sujeitos das orações são diferentes)
E) Maradona, ídolo do futebol mundial, vive hoje um drama pessoal. (vírgulas para isolar um aposto)
A) Trabalhaste bastante. Deves, por isso, receber teu salário. (vírgulas indicando o deslocamento da conjunção)
B) O Brasil, comentou o economista, não corre risco de hiperinflação. (vírgulas para separar oração intercalada)
C) A Torre Eiffel, que fica em Paris, é usada como estação radioemissora. (vírgulas para separar oração adjetiva
explicativa)
D) Os jovens buscam a felicidade na novidade; os velhos, nos hábitos. (vírgula para indicar supressão)
E) Fomos a Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. (vírgula para separar vocativo)
TESTES:
1 Segundo a Organização Mundial de Saúde, o aumento da expectativa de vida no Brasil pode ser um dado
2 negativo, pois, em 25 anos, o país será o quinto mais populoso do mundo. Em 1950, os brasileiros morriam aos
3 43 anos, em média; no ano 2000, morrerão com 70. Estima-se que 14% da população brasileira serão compostos
4 por idosos na virada do século, que vão chegar _____ essa idade sem condições dignas de vida, doentes e
5 desamparados.
6 Ao contrário dos países ricos, como a França, onde a expectativa de vida cresceu devido _____ melhoria
7 da qualidade de vida, no Brasil o fenômeno se deu porque ____ mortalidade infantil diminuiu e novas tecnologias
8 de saúde, como vacinas e outras formas de controle de doenças, prolongaram o tempo médio de vida. Hoje,
9 nosso país tem 6,8 milhões de idosos.
01) Em cada um dos itens abaixo vem transcrito um trecho do texto seguido por uma versão do mesmo, na qual
foi feita uma modificação de pontuação.
I. Em 1950, os brasileiros morriam aos 43 anos, em média; no ano 2000, morrerão com 70. (l. 2 – 3)
“Em 1950, os brasileiros morriam aos 43 anos, em média. No ano 2000, morrerão com 70.”
II. Em 1950, os brasileiros morriam aos 43 anos, em média; no ano 2000, morrerão com 70. (l. 2 – 3)
“Em 1950, os brasileiros, morriam aos 43 anos, em média; no ano 2000, morrerão com 70.”
III. ... e novas tecnologias de saúde, como vacinas e outras formas de controle de doenças, prolongaram o tempo
médio de vida. (l. 7 – 8)
“... e novas tecnologias de saúde (como vacinas e outras formas de controle de doenças) prolongaram o tempo
médio de vida.”
Em quais itens as modificações acarretam erro em relação à norma escrita ou alteração de significado original
dos trechos?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e II
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 Este livro é um relato pessoal de 1964. Participei como jornalista e conheci algumas pessoas que tiveram
2 bastante a ver com aquele desfecho que influiu (quanto?) na nossa história. Perguntei a amigos sobre nomes,
3 ocorrências e alguns dados de que me sentia incerto. Faço algumas referências ao período depois de 1964,
4 porque pertinentes, acredito, ao evento, mas o que me interessa é o antes e o durante.
02) Relacione a coluna de cima – que contém justificativas para o uso de marcas de pontuação – com a coluna
abaixo.
( ) Parênteses na linha 2
( ) Vírgula na linha 2
( ) Última vírgula da linha 4
A) 3, 4, 2
B) 5, 4, 2
C) 1, 2, 4
D) 1, 5, 2
E) 3, 4, 5
1 Os filmes de Hollywood não cansam de explorar o tema do xerife branco, bonito e machão, que investe
2 de autoridade o seu bando de homens bons para combaterem, em nome da lei, da justiça e da família, os
3 malfeitores, os especuladores de terras, bandidos e criminosos que, por sua vez, são machões também, mas
4 usam chapéus de cores escuras e possuem fisionomias menos atraentes.
I. Não há vírgula depois de “Hollywood” (l. 01) porque entre o sujeito e seu predicado, regra geral, não se coloca
vírgula.
II. A vírgula depois de “branco” (l. 01) deve-se à inexistência de conjunção entre duas palavras de mesma classe
e função referidas ao mesmo termo.
III. A vírgula depois de “machão” (l. 01) sugere que todo xerife branco, bonito e machão retratado pelos filmes de
Hollywood procede da maneira descrita no texto.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 Em relação a uma simples lista, uma receita acrescenta novos elementos, uma vez que compreende dois
2 aspectos: a lista das instruções e dos ingredientes mais a ação. Quanto às instruções, verificamos que umas são
3 relativas à preparação e outras ao consumo. O primeiro caso é característico da culinária; o segundo, da medicina.
4 O modo de preparação pode ser deliberadamente ocultado ao mundo exterior, seja por sua escrita cifrada, seja
5 através de instruções muito genéricas que apenas as pessoas do mesmo ofício entenderão. Este secretismo
6 também pode ser observado ocasionalmente na culinária. A omissão de indicações das quantidades dos
7 ingredientes nas receitas pode ter sido um expediente intencionalmente adotado para preservar os segredos
8 profissionais, pois as receitas surgem freqüentemente ligadas a ofícios que exigem uma aprendizagem específica.
04) Quanto à pontuação do texto, são apresentadas abaixo três possibilidades de modificação.
Quais dessas alternativas representam possibilidades que não alteram o significado do trecho?
1 O Rio, nos primeiros anos 30, sabia onde eram os cafés dos sambistas, dos músicos, dos turistas e dos
2 boêmios. Noel Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto do samba – o Café Nice – e preferia a Lapa, onde
3 vivia o pessoal da madrugada, bons bebedores, alguns cafetões, várias meretrizes, que se portavam com
4 dignidade nas horas de folga, e gente solitária; ignorávamos de que vivia ,e nenhuma pergunta era endereçada a
5 ele, esse amigo de todos, Noel da Lapa. Bebendo muito e se alimentando pouco, Noel se tornou presa fácil de
6 tuberculose. Naquele tempo, a doença era meia morte.
I. Na frase, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses, sem prejuízo do sentido
contextual da mesma.
II. Os travessões desempenham aqui a mesma função que exercem num diálogo escrito.
III. No caso específico dessa frase, os travessões poderiam ser simplesmente abolidos, sem que isso resultasse
em erro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 No Parque do Xingu, os habitantes caçam, jogam e criam seus filhos. Por trás dessa aparência de
2 harmonia, se esconde uma babel: lá são faladas 17 línguas, com média de 200 falantes cada uma. O interessante
3 é que a distância entre elas é maior do que, por exemplo, a que existe entre espanhol e português, de tal forma
4 que os índios do parque não entendem a língua dos povos vizinhos. Algumas dessas línguas são estruturalmente
5 bastante sofisticadas: o kamaiurá possui declinações, como o latim, para marcar a ........... da palavra na frase
6 (sujeito, objeto direto, etc.). Também se expressa através de um sistema de declinações o grau de certeza do
7 .......... quanto ao assunto de que fala. Se ele tem certeza, usa um sufixo; se ouviu de terceiros, usa outro. No
8 português, isso é indicado por expressões como “eu acho” , “eu ouvi falar”, ou pela colocação de verbos no.........
9 Em relação ao vocabulário, o kamaiurá tem, por enquanto, cerca de 2.000 palavras já catalogadas. Seus falantes
10 têm centenas de palavras para árvores e, claro, nenhuma equivalente a “chip” ou “laser”.
06) Assinale, dentre as alternativas de pontuação abaixo, aquela que resultaria numa frase gramaticalmente
correta e semanticamente equivalente à original.
1 Até o início do século, nenhum investigador havia considerado os sonhos possíveis de uma interpretação
2 séria; apenas a “opinião leiga” e as massas incultas entendiam que os sonhos constituem mensagens legíveis.
3 Os sonhos são de fato mensagens, concordava Freud, mas não as esperadas pelo público em geral. Não
4 revelam seu sentido pelo método corrente de atribuir...........cada detalhe do sonho uma significação simbólica
5 única e definida, nem é possível lê-los como um criptograma a ser decifrado por meio de uma chave ingênua.
6 Freud declarou a inutilidade de ambos os procedimentos interpretativos populares. ...........deles, ele recomendava
7 o método catártico: o sonhador deve empregar a associação livre, renunciando à sua costumeira crítica racional
8 aos meandros mentais, para reconhecer o sonho ...........ele é um sintoma.
07) Assinale a alternativa que indica o papel que o trecho posterior aos dois-pontos (l. 7) desempenha em
relação à frase que antecede o mesmo sinal.
A) enumeração
B) explicitação
C) intermediação
D) realce
E) citação
1 Um grupo de vinte adolescentes caminhava em passos quase marciais na direção das areias do
2 Arpoador, vindo da vizinha praia de Ipanema. Pareciam uniformizados– quase todos sem camisa e só de
3 bermuda. Falavam alto e gesticulavam muito. Estavam agitados. Uma zoeira. Os termômetros, naquele momento,
4 marcavam 35 graus em toda a orla marítima da Zona Sul do Rio de Janeiro. Em frente a um hotel, o grupo que
5 chegava se defrontou com um outro que ocupava uma faixa na areia. Houve provocações mútuas. Passaram-se
6 poucos segundos entre os primeiros palavrões e uma pancadaria infernal que durou meia hora, em meio aos
7 gritos de ameaça dos combatentes e o pânico dos banhistas, que fugiam apressados, deixando para trás seus
8 pertences, já certos de que não os encontrariam na volta – se é que voltariam.
1 Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era
2 alguma coisa além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade
3 naturalmente incitava nos seus habitantes. De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que
4 os paulistanos em geral, surpresos consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas,
5 se puseram a especular sobre ele.
Instrução: Os itens abaixo referem-se às questões 10 e 11 e versam sobre razões do uso de vírgula.
A) Marca de separação de adjunto adverbial deslocado
B) Marca de separação de itens de uma série
C) Marca de vocativo
D) Marca de aposto
E) Marca de separação de orações coordenadas
1 Alguém poderia imaginar que aquele pacato subgerente do banco deixa todos os dias sua agência para
2 se transformar num temeroso lutador de luta-livre? Ou que seu formal e discreto advogado reforça o orçamento
3 tocando bateria numa banda de rock ou encarnando um personagem na polêmica peça Calígula? Ser um
4 biprofissional é hoje uma solução comum para driblar os baixos salários e a impossibilidade de depender de uma
5 só carreira – às vezes aquela da qual mais se gosta – , nem sempre em sintonia com as tendências do mercado.
6 Preconceitos e dificuldades à parte, cada vez mais o acúmulo de duas profissões ganha novos adeptos,
7 dispostos a enfrentar a versatilidade que a condição de biprofissional exige. Afinal, é preciso estar sempre
8 preparado para mudar repentinamente de hábitos, roupas e ambientes de trabalhos.
12) Assinale dentre as alternativas que se seguem aquela que faz uma afirmação correta acerca da pontuação
utilizada na linha 5.
A) Os travessões poderiam ser substituído por parênteses, caso em que o significado da sentença não se
modificaria.
B) Os travessões poderiam ser simplesmente eliminados sem que isso resultasse em erro.
C) Os travessões são utilizados devido à inserção de um fragmento de diálogo no texto.
D) A substituição do primeiro travessão por vírgula e a eliminação do segundo implicariam mudança do
significado global da sentença.
E) Os travessões são utilizados devido à inserção de um aposto que indica em que acepção a palavra carreira é
utilizada.
1 Pode ser uma surpresa para quem pensa que a desonestidade é uma característica exclusiva dos seres
2 humanos, mas para muitos zoólogos não há dúvida: eles afirmam que os animais usam a linguagem muito mais
3 para dissimular e mentir do que para trocar informações “honestas”. A natureza está repleta de bichos vigaristas,
4 cujo comportamento chega a ser quase humano, no pior sentido dessa expressão. Um desses trambiqueiros é
5 um jovem babuíno do sul da África, batizado de Paul pelos primatologistas ingleses R. Byrne e A. Whiten, que o
6 flagraram várias vezes passando o seguinte conto do vigário: quando notou que uma fêmea arrancava uma
7 suculenta raiz da terra, Paul pôs-se a gritar como se estivesse apanhando. Imediatamente, sua mãe apareceu e,
8 pensando que a fêmea tivesse atacado seu filhote, expulsou-a . O esperto babuíno aproveitou para roubar e
9 saborear o alimento. (Superinteressante, 10/1993, n 10, p 79)
13) Considere as seguintes afirmações sobre o uso da pontuação no texto.
I - A presença das vírgulas nas linhas 3 e 4 indica que a oração cujo comportamento chega a ser quase humano
desempenha uma função restritiva à expressão bichos vigaristas.
II - Tanto na linha 2, quanto na linha 6, os dois-pontos poderiam ser substituídos por vírgulas sem prejuízo à
correção ou ao significado da frase.
III - As vírgulas na linha 5 não poderiam ser substituídas por parênteses devido à presença da oração que segue
a segunda vírgula.
Quais estão corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 Astucioso, egoísta, alerta às chances de burlar os cidadãos e o Estado, espantoso desrespeito pelo bem
2 comum e pelas leis – esta a imagem que se tem do corrupto, o mais notório personagem da realidade política
3 atual, no Brasil, e, pode-se dizer, no mundo. “Mas quem, afinal, são os corruptos?”, provoca o psicanalista Manoel
4 Tosta Berlinck, de São Paulo. Aqueles que trabalham para o governo e se apropriam de bens públicos? Os
5 profissionais liberais que não declaram integralmente seu imposto de renda? O chefe de compras que aceita
6 propina para escolher o fornecedor da empresa onde trabalha? Toda população, enfim, ..................não exige nota
7 fiscal ao fazer suas compras e facilita aos comerciantes lesar o fisco?
8 Um efeito dessa natureza ampla do fenômeno corrupção, que Berlinck enfatiza, é o da arquiteta Mathilde
9 Caetano, de São Paulo. Em 1990, ............saída da faculdade, ela abriu um pequeno escritório e contratou um
10 contador. Meses depois, apareceu um fiscal da prefeitura, que descobriu um imposto atrasado. “Há grande
11 espaço de avaliação nas perdas de prazo”, sinalizou o funcionário, já de olho numa propina. A arquiteta devia
12 entender que com um “por fora” a avaliação da dívida seria ............ .
14) Considere as seguintes afirmações sobre o uso da vírgula no texto.
I. As vírgulas são utilizadas pela mesma razão depois de Em 1990 linha 9 e depois de Meses depois linha 10.
17) Levando em conta as regras de pontuação do português culto, considere as possibilidades seguintes de
substituição do dois-pontos da linha 8.
I. Ponto, seguido de maiúscula.
II. Ponto-e-vírgula, seguido de minúscula.
III. Vírgula, seguido de minúscula.
Quais são corretas?
A) Apenas I
B) Apenas III
C) Apenas I e II
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 Em 1592, inspirado nas descrições do viajante Hans Staden, o alemão De Bry desenhou as cerimônias de
2 canibalismo de índios brasileiros. São documentos de alto valor histórico (...). Porém, não podem ser vistos como
3 retratos exatos: o artista, sob a influência do Renascimento, mitigou a violência antropofágica com imagens
4 idealizadas de índios, que ganharam traços e corpos esbeltos de europeus. As índias ficaram rechonchudas
5 como as divas sensuais do pintor holandês Rubens.
6 No século XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o mesmo tema. Utilizando formas densas, rudes e nada
7 idealizadas, Portinari evitou o ângulo do colonizador e procurou não fazer julgamentos. A Antropologia persegue a
8 mesma coisa: investigar, descrever e interpretar as culturas em toda a sua diversidade desconcertante.
9 Assim, ela é capaz de revelar que o canibalismo é uma experiência simbólica e transcendental – jamais
10 alimentar.
11 Até os anos 50, waris e kaxinawás comiam pedaços dos corpos de seus mortos. Ainda hoje, os yanomamis
12 misturam as cinzas dos amigos no purê de banana. Ao observar esses rituais, a Antropologia aprendeu que, na
13 antropofagia que chegou ao século XX, o que há é um ato amoroso e religioso, destinado a ajudar a alma do
14 morto a alcançar o céu. A SUPER, ao contar toda a história para você, pretende superar os olhares
15 preconceituosos, ampliar o conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e estimular o respeito às culturas
16 indígenas. Você vai ver que o canibalismo, para os índios, é tão digno quanto a eucaristia para os católicos. É
17 sagrado.
18) Assinale a alternativa na qual se faz uma afirmativa incorreta sobre possíveis alterações na pontuação do
texto.
A) Os dois-pontos na linha 3 poderiam se substituídos por ponto-e-vírgula, sem acarretar erro.
B) A primeira vírgula da linha 6 poderia ser substituída por dois-pontos, sem acarretar erro.
C) Os dois-pontos da linha 8 poderiam ser substituídos por travessão, sem acarretar erro.
D) O travessão na linha 9 poderia ser substituído por vírgula, sem acarretar erro.
E) As vírgulas da linha 16 poderiam ser substituídas por travessão, sem acarretar erro.
1 O octogenário Francisco Julião faleceu quietamente no México, onde morava há muitos anos. As Ligas
2 Camponesas, por ele fundadas, são hoje uma lembrança histórica. Uma pergunta que se poderia fazer é: porque
3 o Movimento dos Sem-Terra, o MST, tem mais repercussão do que tiveram as Ligas Camponesas? Claro, as
4 circunstâncias são diferentes, mas quero me deter num detalhe: os nomes.
5 Liga camponesa é uma expressão que deve ter saído dos antigos manuais comunistas: “liga” não é um
6 termo muito usual; “camponesa” muito menos. Os bolcheviques falavam da união entre operários e camponeses,
7 mas um homem do campo, no Brasil, se autodenominaria “camponês”.
8 Movimento dos Sem-Terra é outra coisa. “Sem-Terra” como “sem-teto”, é uma expressão que fala por si.
9 Mas o importante, no meu modo de ver, é a palavra “movimento”. Exatamente por isto, porque diz que algo está
10 se movendo, que não está parado, que está rumando para um objetivo.
11 O movimento dá, aos seus membros, algo que é decisivo, sobretudo no mundo em que vivemos: o
12 sentido de pertencer (de “pertenença”, palavra que talvez não exista, mas que deveria existir), de compartilhar
13 ideais, de avançar, junto com outros, para um ideal. É claro que, sob essa denominação, pode-se ir desde a
14 extrema esquerda até a extrema direita. No clima social e econômico em que vivemos, com pessoas sentindo-se
15 cada vez mais marginalizadas, isoladas, abandonadas, o termo “movimento” adquire um significado
16 transcendente. É entendido com urgência, porque não entender, aí, significa tragédia social.
19) Considere as afirmações sobre as seqüências colocadas entre colchetes nos trechos abaixo.
A) Conforme constata o autor do texto o rádio que é um meio de comunicação acessível à bolsa popular, vem
ganhando uma audiência sempre maior no meio rural.
B) Conforme constata o autor do texto o rádio, que é um meio de comunicação acessível à bolsa popular, vem
ganhando uma audiência sempre maior no meio rural.
C) Conforme constata o autor do texto, o rádio que é um meio de comunicação acessível à bolsa popular vem
ganhando uma audiência sempre maior no meio rural.
D) Conforme constata o autor do texto, o rádio, que é um meio de comunicação acessível à bolsa popular, vem
ganhando uma audiência sempre maior no meio rural.
E) Conforme constata o autor do texto, o rádio, que é um meio de comunicação acessível à bolsa popular vem
ganhando uma audiência, sempre maior, no meio rural.
1 O mito da escola aberta, que atravessou a década de 70 com força crescente, começa a fechar suas
2 portas no Brasil dois anos depois de se ver seriamente contestado exatamente onde nasceu, os estabelecimentos
3 de ensino da França e Inglaterra. A maré conservadora começa a bater em muitos colégios do país que se
4 fizeram conhecidos por manter uma política educacional frouxa em que os alunos tinham raras obrigações,
5 podiam ir às aulas sem uniforme, impunham os currículos de algumas disciplinas e até mesmo se auto-avaliavam.
6 Da mesma forma que o movimento de descompressão da década passada, o caminho de volta ao ensino
7 tradicional com doses de autoridade está sendo incentivado pelos pais dos alunos. Longe de significar
8 simplesmente uma volta ao ensino do passado, a onda moderada que ressurge em alguns colégios é um sinal
9 alentador de mudanças e racionalidade. .
1 O homem do mundo contemporâneo vive uma preocupação crônica: a busca desenfreada do ter. Engolfa-
2 se nessa preocupação cotidianamente e constrói para si o vazio de sua existência. Manipulado diariamente e sob
3 múltiplas formas pelo mundo da consumocracia, segue tranqüilamente o canto da sereia da moderna sofisticação
4 e automação, transformando-se em algo coisificado e quantificado. Aos poucos desaparece o alguém para sobrar
5 o algo. Tudo isso, sob o império do ter.
6 Nessa turbulência, surge um clamor angustiante pela volta ao ser, pelo valor do ser. Importa ser e não
7 tanto ter. O ter é somente a moldura para o ser: antes de o homem dizer “eu tenho”, há a realidade do “eu sou”.
8 Para ser, é preciso ter. Essas duas faces da vida do homem fundamentalmente dependem dos valores do ter e
9 do ser, dispostos numa inteligente hierarquia. .
.
Instrução:Responda à questão 28 com base nas afirmativas a seguir, relativas à primeira parte do texto(linha 1).
I. Os dois-pontos poderiam ser substituídos, sem prejuízo da estrutura e do sentido da frase, por ponto-e-
vírgula.
II. Os dois-pontos estabelecem uma relação de explicação entre “uma preocupação crônica” e “a busca
desenfreada do ter”.
III. O uso da vírgula em lugar dos dois-pontos não alteraria o sentido da frase, mas tornaria a relação entre
“uma preocupação crônica” e “a busca desenfreada do ter” menos enfática.
IV. Os dois-pontos poderiam ser substituídos por um travessão, sem prejuízo da estrutura e do sentido da frase.
28) Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as alternativas
1 O que denominamos sociedade é com efeito uma vasta rede de acordos mútuos. Concordamos em nos
2 abster de matar nossos concidadãos, e eles, por sua vez, concordam em se abster de nos matar; concordamos
3 em guiar na mão-direita da estrada, e outros concordam em fazer o mesmo; concordamos em entregar
4 mercadorias especificadas, e outros concordam em nos pagar por elas; concordam em observar os regulamentos
5 de uma organização, e a organização concorda em consentir que desfrutemos dos seus privilégios. Esta
6 complicada rede de acordos, onde se entretece cada pormenor de nossa vida, e na qual se baseiam as nossas
7 expectativas de existência, consiste essencialmente de declarações sobre acontecimentos futuros, que
8 esperamos se desencadeiem mediante os nossos esforços. Na ausência de tais acordos, não existiria coisa tal
9 como a sociedade. Estaríamos amontoados em cavernas miseráveis e isolados, sem nos atrevermos a confiar
10 uns nos outros. Inversamente, em presença de tais acordos, e pela vontade que tem uma grande maioria de
11 pessoas de viver segundo eles, o comportamento começa a se amoldar a padrões relativamente previsíveis; a
12 cooperação torna-se possível; reinam a paz e a liberdade.
Instrução: Responda à questão 29 com base nas afirmativas a seguir.
I. As vírgulas que antecedem a palavra “e” nas linhas 02, 03, 04, 05, poderiam ser supridas, já que o sujeito
das orações por elas separadas é o mesmo.
II. No período compreendido entre as linhas 01 e 05, os pontos-e-vírgula fazem-se necessários para separar
elementos de grande extensão já subdivididos por vírgulas.
III. Emprega-se a vírgula nas linhas 09 e 10 para destacar expressões de valor adverbial deslocadas na frase.
IV. Se um dos pontos-e-vírgula empregados na linha 11 e 12 fosse substituído por um ponto final, o equilíbrio
estabelecido entre os três elementos por eles separados ficaria prejudicado.
29) Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativas
A) I e II
B) II e III
C) II e IV
D) I, II e III
E) II, III e IV
1 O distrito de Campo do Meio fica em Montenegro, município gaúcho situado a 89 quilômetros de Porto
2 Alegre. Ali, numa propriedade de 20 hectares, Geraldo Derlam, de 40 anos, à mulher, Cloreci Maria, de 38, e as
3 duas filhas – Joseane, de 12 anos, e Fabiane, de 14 – colhem 3000 caixas de laranjas e tangerinas por ano.
4 Todos trabalham. A mãe cuida da casa, enquanto o pai e as meninas passam o dia no campo. Geraldo colhe
5 vinte caixas por dia. As filhas, doze caixas cada uma. O trabalho das crianças representa, portanto, mais da
6 metade da produção da propriedade. Joseane, a mais nova, também dirige o trator da família. O fim das férias
7 escolares no Rio Grande do Sul fez a produção dos Derlam cair em um terço. As duas meninas voltaram a
8 estudar e agora só trabalham meio período. Mesmo assim, a família vive bem. Tem um carro e uma moto,
9 máquina de lavar, freezer, geladeira e uma televisão nova. “Aqui sempre foi assim”, conta Geraldo. “Meu pai
10 trabalhava no roça quando era criança, eu trabalhei e agora minhas filhas também trabalham. A ajuda delas é
11 fundamental.”
Instrução: Para responder à questão 30, observar o emprego da vírgula no texto e numerar a coluna A de acordo
com a coluna B.
coluna A
( ) O distrito de Campo do Meio fica em Montenegro, município gaúcho situado a 89 km de Porto Alegre.(l.1 e 2)
( ) As filhas, doze caixas cada uma. (linha 5)
( ) O trabalho das crianças representa, portanto, mais da metade da produção da propriedade. (linha 5 e 6)
( ) Joseane, a mais nova, também dirige o trator da família. (linha 6)
( ) Mesmo assim, a família vive bem. (linhas 8)
coluna B
1. A vírgula separa elemento de valor explicativo.
2. A vírgula indica a supressão de um elemento.
3. A vírgula separa um elemento deslocado.
1 Um recente debate entre a feminista americana Betty Friedan e a escritora francesa Elizabeth Badinter
2 levantou uma questão que vai dar muito no que falar: o futuro relacionamento entre homens e mulheres no século
3 21. Segundo as duas autoridades no assunto, daqui para a frente veremos o fortalecimento da androginia,
4 presente em ambos os sexos. Ou seja, os homens assumirão seu lado feminino e as mulheres seu lado
5 masculino, num encontro harmonioso e definitivo.(...)
6 Homem não deveria temer sutilezas, contradições, lágrimas. Não deveria sentir vergonha de beijar seu
7 pai, seus irmãos, seus amigos, e muito menos olhar com cara feia para quem desconhece as regras do futebol ou
8 usa lenço no pescoço. Neste aspecto, os europeus estão a milhas de distância dos brasileiros: falam de maneira
9 mais suave, vestem-se com mais charme e criatividade e, quando suas mulheres têm uma situação profissional
10 mais bem encaminhada, não titubeiam em desfrutar a licença-paternidade. Não são menos homens que os
11 nossos. São só mais seguros.(...)
12 Jô Soares com sua afetividade, Regina Casé com sua doçura, Denise Frossard com sua coragem, só
13 para citar alguns nomes, não são pessoas que assimilaram novos papéis sem abrir mão de sua natureza. São os
14 andróginos do próximo milênio. Destacam-se porque, além de competentes, souberam somar as vantagens de
15 ambos os sexos, tornando-se mais completos. Conseguem transitar em diversos círculos, são compreendidos em
16 qualquer lugar e se fazem notar neste mundo onde todos se parecem. Os que continuam achando que a força
17 deve permanecer de um lado do ringue e a ternura do outro desperdiçam seu tempo vestindo Yamamoto ou
18 plugando-se à Internet. Serão sempre do século passado.
32) Considerando a pontuação do texto, seria incorreto afirmar
A) A retirada da vírgula após “androginia” (linha 3) seria possível, mas anularia o caráter explicativo de “presente
em ambos os sexos” (linha 4)
B) O ponto entre “lágrimas” (linha 6) e “Não deveria” (linha 6) poderia ser substituído, sem alteração básica na
relação de sentido entre as frases, por ponto-e-vírgula.
1 Observe-se uma cidade brasileira. Nela, há um nítido movimento rotineiro. Do trabalho para casa, de casa
2 para o trabalho. A casa e a rua interagem e se complementam num ciclo que é cumprido diariamente por homens
3 e mulheres, velhos e crianças. Pelos que ganham razoavelmente e até mesmo pelos que ganham muito bem.
4 Uns fazem o percurso casa-rua-casa a pé; outros seguem de bicicleta. Muitos andam de trens, ônibus e
5 automóveis, mas todos fazem e refazem essa viagem que constitui, de certo modo, o esqueleto da nossa rotina
6 diária. Há uma divisão clara entre dois espaços sociais fundamentais que dividem a vida social brasileira: o
7 mundo da casa e o da rua - onde estão, teoricamente, o trabalho, o movimento, a surpresa e a tentação.
8 É claro que a rua serve também como espaço típico do lazer. Mas ela, como conceito inclusivo e básico da
9 vida social – como “rua” - , é o lugar do movimento, em contraste com a calma e a tranqüilidade da casa, o lar e a
10 morada.
1 A chegada do frio na única faixa de clima temperado no tropicaliente território brasileiro é garantia de uma
2 infinidade de opções de lazer que pedem temperaturas baixas e ambientes aconchegantes. Para competir com
3 outros destinos gelados do continente – como Bariloche, na Argentina, e Valle Nevado, no Chile –, os
4 empresários do setor de turismo da Região das Hortênsias, na Serra gaúcha, rezam por uma ajuda extra de
5 temperatura, e o governo do Estado lança uma campanha nacional com o lema “O inverno mais quente do
6 Brasil”. “Estamos agora vendendo em todo o país um produto turístico diferente, que inclui uma lareira, mesa
7 farta, paisagens românticas e um clima europeu sem precisar ir além das fronteiras do Brasil”, diz o secretário
8 estadual de turismo.
9 Colonizada por alemães e italianos, a região mescla influências dos dois povos na gastronomia e na
10 arquitetura. Uma viagem pelas sinuosas estradas reserva prazeres como degustar bons vinhos ou deleitar-se
11 com uma mesa farta e variada, que oferece desde o tradicional café colonial (uma prova de resistência mesmo
12 para os mais gulosos) até pratos da sofisticada culinária suíça. Valorizando o cenário, as casas em estilo
13 enxaimel, típicas da Bavária, em Nova Petrópolis; a imponente catedral gótica, em Canela; por toda parte, o estilo
14 colonial “de Gramado”, já tão difundido pelo Brasil.
15 Se o visitante for propenso a aventuras, não ficará decepcionado: quem procura um inverno mais radical,
16 movido a muita adrenalina, pode fazer escaladas ou percorrer trilhas no cânion do Itaimbezinho, no Parque
17 Nacional dos Aparados da Serra, em Cambará do Sul, em meio a cascatas de água gelada e cristalina e
18 silenciosas matas nativas.
19 Com sorte, uns e outros terão um privilégio extraordinário: a visão da neve embranquecendo lenta e
20 suavemente a paisagem, no mais esperado fenômeno do inverno gaúcho. E talvez esqueçam por breves
21 momentos que moram num país tropical.
1 Uma reflexão sobre o ensino de todo e qualquer conteúdo pode e deve ser feita de várias e diferentes
2 perspectivas: a perspectiva da própria ciência de que se recortou o conteúdo para constituir uma disciplina
3 curricular; uma perspectiva psicológica que considera os processos de aprendizagem de um conteúdo específico;
4 uma perspectiva política, que busca identificar os pressupostos ideológicos que levam a instituir um certo
5 conteúdo em disciplina curricular e que subjazem aos objetivos e procedimentos de ensinos dessa disciplina; uma
6 perspectiva social, que considera as condições sociais de produção de um determinado conhecimento, as
7 condições sociais daqueles a quem se destina o ensino e daqueles encarregados de ensinar, o papel e função
8 atribuídos pela sociedade à instituição em que ensino e aprendizagem ocorrem, isto é, a escola; uma perspectiva
9 cultural, que relaciona a disciplina e seu conteúdo com as características, as expectativas, as necessidades do
10 grupo cultural a que se destina seu ensino; uma perspectiva histórica, que reconstrói os processos por meio dos
11 quais um certo conhecimento vai-se configurando como saber escolar e, conseqüentemente, vai-se constituindo
12 em disciplina curricular, ao longo do tempo.
Instrução: Responder à questão 37 com base nas afirmativas abaixo, sobre a forma como as perspectivas são
apresentadas.
I. A estrutura do parágrafo apresenta paralelismo, ou seja, estruturas de natureza semelhante.
II. O uso do ponto-e-vírgula entre as diferentes perspectivas hierarquiza as informações, facilitando a leitura.
III. Cada uma das perspectivas é caracterizada por uma ou mais orações adjetivas.
37) Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa
A) I e II
B) I e III
C) I, II e III
D) II e III
E) III
1 “Maio é o mês para se lembrar que muito antes da televisão já existia um veículo que agia de maneira direta
2 sobre a vida de milhões de brasileiros. E para se entender a força do rádio no Brasil nos anos 30,40 e 50 é
3 preciso abstrair a existência da televisão. Só assim se compreende... dimensão e ... impacto que as ondas
4 médias e curtas causavam nos lares brasileiros. Os ídolos musicais formados em seus estúdios e toda uma
5 programação que se espalhava pelos quatro cantos do país influenciavam significativamente o comportamento. O
6 rádio imprimia modismos e propagava idéias. Este septuagenário, que terá praticamente... ano de 1993 para ser
7 reverenciado, sofreu um baque nas últimas décadas, mas ainda assim não foi derrubado pela sua mais
8 implacável inimiga: a televisão.” (jornal Zero Hora)
38) Assinale a alternativa que indica o papel que o trecho posterior aos dois pontos (linha 8) desempenha em
relação à frase que antecede o mesmo sinal.
A) explicitação
B) enumeração
C) intermediação
D) realce
E) citação
1 “A cada eleição, céticos ou esperançosos, milhões de brasileiros se perguntam se o país abrirá a porta do
2 futuro ou será obrigado a engolir uma nova ilusão. Atemporal, o sonho renova-se, prova da extraordinária
3 capacidade de projeção da população. Ou o sonho não passa da única possibilidade? O Brasil avança a passos
4 lentos, como um “bêbado”, enquanto o salto significaria a incorporação de boa parte dos excluídos. O tempo das
5 revoluções morreu, talvez até porque elas também iludem – Tocqueville ultrapassou Marx -, mas a era das
6 reformas verdadeiras em nome da justiça nunca perderá o sentido. Estará o país do futuro, com muito atraso,
7 tomando finalmente o trem do presente?”
41) As duas primeiras vírgulas do texto se justificam porque marcam
A) um vocativo.
B) uma oração intercalada.
C) um aposto.
D) um pleonasmo.
E) um adjunto adverbial.
42) Considere as seguintes afirmativas sobre a pontuação do texto.
I. O travessão da linha 5 poderia ser substituído por dois-pontos, mantendo o mesmo aspecto de anunciar um
detalhamento da primeira parte da frase.
II. As vírgulas colocadas antes e depois das palavras “céticos ou esperançosos” (linha 1) indicam aquilo que a
gramática considera deslocamento de um termo da oração.
III. A vírgula colocada após a palavra “Atemporal” (linha 2) justifica-se por ser um adjetivo.
Quais estão erradas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
43) Em “... o homem branco, heterossexual, monogâmico, adulto...” justifica-se o uso das vírgulas por
A) utilizar expressões explicativas.
B) separar orações coordenadas assindéticas.
C) separar aposto.
D) isolar adjunto adverbial deslocado.
E) haver termos de mesma função sintática.
1 “Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos –
2 emoções que vêm de forma intensa e que permanecem por muito tempo – minam nossa ________ . É claro que
3 não devemos sentir um tipo de emoção: ser feliz o tempo todo de certa forma sugere a insipidez daqueles
4 adesivos com rostos ________ que foram moda nos anos setenta. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas
5 precisam ser vividos de forma equilibrada. As pessoas conseguem obter uma sensação de bem-estar se têm,
6 para ________ os episódios de raiva e depressão, um conjunto de momentos igualmente alegres ou felizes.
A) Manter sob controle as emoções que nos afligem, é fundamental para o bem-estar, os extremos – emoções
que vêm de forma intensa e que permanecem por muito tempo – minam nossa...
B) Manter sob controle as emoções, que nos afligem, é fundamental para o bem-estar; os extremos: emoções
que vêm de forma intensa e que permanecem por muito tempo minam nossa...
C) Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos, emoções
que vêm de forma intensa e que permanecem por muito tempo, minam nossa...
D) Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar. Os extremos: emoções
que vêm de forma intensa, e que permanecem por muito tempo, minam nossa...
E) Manter sob controle as emoções que nos afligem é fundamental, para o bem-estar, os extremos; emoções
que vêm de forma intensa e que permanecem, por muito tempo, minam nossa...
1 A Internet vem despertando um interesse incrível. Cada vez mais pessoas estão integrando essa
2 realidade ao seu cotidiano e, com o tempo, todos irão incluir seu endereço de correio eletrônico no cartão de
3 visita. Médicos, advogados, empresas - desde a maior até a menor – estão conectados. Nos Estados Unidos,
4 as pessoas já utilizam a Internet para acompanhar uma apuração de votos em tempo real ou, então, buscar
5 detalhes atualizados sobre a missão da sonda Pathfinder em Marte e os problemas da estação espacial Mir.
47) A vírgula após a expressão “Em São Paulo” (linha 2), justifica-se por
A) separar termos coordenados assindéticos.
B) separar um vocativo.
C) marcar a omissão de um termo.
D) indicar a presença de uma oração intercalada.
E) marcar um adjunto adverbial deslocado.
1 Sair da faculdade com emprego garantido é um sonho distante para muitos estudantes, não para os
2 engenheiros de telecomunicações. Pelo menos neste momento de transformações no setor, esses jovens estão
3 com o futuro garantido. Desde a quebra do monopólio estatal, marcado pelo fim do sistema Telebrás, em 1998,
4 as empresas de telecomunicações têm avançado com voracidade sobre os novos talentos que saem das
5 faculdades. A estratégia se assemelha às utilizadas pelas companhias em relação aos formandos de grandes
6 centros americanos como a Universidade Harvard ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Um mês
7 antes da formatura, as empresas do setor pedem as listas dos alunos que estão prestes a se formar. Ninguém
8 fica na mão. Só neste ano, apenas cinco grandes empresas de telefonia – Embraltel, Intelig, ATL, Telefonia
9 celular e Vésper – estão abrindo vaga para mais 5.000 funcionários.
10 Nos últimos anos, a infra-estrutura em telecomunicações tornou-se tão importante para um país quanto a
11 construção de estradas, empresas e aeroportos. O Brasil já assinalou essa filosofia. Em 2005, a previsão é de
12 que o número de celulares ultrapasse a barreira dos 58 milhões de aparelhos, quase quatro vezes o número
13 atual. Na telefonia fixa, a quantidade de linhas deve dobrar. As operadoras de televisão por assinaturas também
14 entram na estatística: a porcentagem de assinantes deverá quintuplicar até 2005. Só nos primeiros seis meses do
15 ano passado houve 26 operações de fusão e aquisição envolvendo empresas de telecomunicações no Brasil,
16 segundo pesquisa feita pela consultoria KPMG. Em breve, essa febre vai aumentar. A partir de 2002 o setor de
17 telecomunicações será totalmente liberado à concorrência, como ocorreu nos Estados Unidos em 1996 e na
18 Europa no ano passado. Estima-se que 64 bilhões de dólares serão despejados até 2006. Com tantos
19 investimentos as empresas vão precisar de ainda mais mão-de-obra.
48) Considere as vírgulas após as palavras formatura (linha 7), anos (linha 10), breve (linha 16) e concorrência
(linha 17). Em relação ao seu uso, é correto afirmar que:
A) as quatro justificam-se pela mesma norma de pontuação;
B) as três primeiras apresentam justificativa igual;
C) a quarta vírgula foi empregada para separar um adjunto adverbial deslocado;
D) apenas duas das quatro justificam-se pela mesma razão;
E) as duas primeiras foram utilizadas para separar um aposto.
1 Walt Disney, um dos pais do desenho animado comercial, o homem que povoou a fantasia de milhões de
2 crianças e adultos nos quatro cantos do planeta com personagens como Mickey e Pato Donald, flertou com o
49) Com base nas regras de pontuação, assinale a alternativa que justifica, corretamente, as vírgulas colocadas
no primeiro período do texto (L.1 a 3).
A) A primeira vírgula separa o vocativo “Walt Disney” do restante da frase; as outras, elementos que exercem a
mesma função sintática.
B) A primeira vírgula separa o vocativo “Walt Disney”; a segunda e a terceira, o sujeito do predicado; a última, o
oposto referente ao substantivo FBI.
C) A primeira e a segunda vírgula isolam um aposto; a terceira, um vocativo; a quarta, o aposto referente ao FBI.
D) Todo as vírgulas isolam o aposto.
E) As três primeiras vírgulas separam apostos; a última, um complemento nominal vinculado ao substantivo FBI.
50) À frase A nova Placar empolga até os mais indiferentes ao esporte foram acrescentadas algumas
informações.
Analise cada frase e escolha a que está corretamente pontuada.
A) A nova Placar – um lançamento sofisticado, e atrevido; empolga até os mais indiferentes ao esporte.
B) Com um projeto visual revolucionário e o maior formato da imprensa brasileira, a nova Placar empolga até os
mais indiferentes ao esporte.
C) A nova Placar utilizando uma linguagem irreverente e corajosa, empolga até os mais indiferentes ao esporte.
D) Assine já, a nova Placar; que empolga até os mais indiferentes ao esporte.
E) A nova Placar, empolga os torcedores fanáticos, e até os mais indiferentes ao esporte.
51) Do ponto de vista da norma culta, há necessidade de colocar, no segundo quadrinho, vírgula depois de
A) imagine – greves
B) greves – sabotagem
C) se – sabotagem
D) se – greves
E) eles – sabotagem
1 Todo mundo ri das desgraças dos outros. Como diz a velha marchinha de carnaval, “pimenta nos olhos
2 do outro é refresco”. É realmente engraçado que o riso seja, quase sempre, provocado pelo ridículo, pela situação
3 incômoda, pelo grotesco, pela tristeza. Em épocas de paz (se as há) nunca se viu ninguém ridicularizando
4 ninguém. Nas outras – menos calmas, mais vigiadas – o humor burla a proibição com a irreverência, com a
5 ridicularização dos prepotentes e com a subversão dos costumes( nem tão comportados assim).
1 Segunda – A senhora Alexandra Xandra guardava, com amor, ____ mais de dez anos, um amuleto que
2 seu marido lhe dera ao falecer. Quando em casa, ela o colocava sobre sua mesinha-de-cabeceira. Durante as
3 férias, nunca se esquecia de _____na mala. Na rua, no táxi, no ônibus, a senhora Xandra sempre levava consigo
4 seu amuleto. Hoje, depois de dez anos de fidelidade e luto, enquanto se preparava para assistir ao desfile das
5 escolas, a senhora Xandra resolveu, por pura curiosidade, puxar a argolinha que enfeitava a cabeça do amuleto.
6 Foi só então que percebeu, tardiamente, que _____ de uma granada. O enterro será na Quarta-Feira de Cinzas,
7 nos lotes 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129 e 130.
53) Observe as afirmativas a seguir sobre pontuação.
I. Na linha 3, as 3 últimas vírgulas foram empregadas para separar termos da mesma função sintática.
II. Se fosse retirada a segunda vírgula da linha 5, não ocorreria erro de pontuação, pois, nesse caso, o emprego
da vírgula é facultativo.
III. Na linha 6, depois de “será”, não há necessidade de vírgula, porque o adjunto adverbial que se segue está na
ordem direta.
Está(ão) correta(s)
A) apenas I.
B) apenas II.
C) apenas I e III.
D) apenas II e III.
E) I, II e III.
1 Além de sua grande flexibilidade, o conhecimento possui outras importantes características que o tornam
2 fundamentalmente diferente de fontes menores de poder no mundo de amanhã.
3 Assim, a força, para todos os sentidos práticos, é finita. Há um limite para a força que pode ser
4 empregada antes de destruirmos aquilo que queremos capturar ou defender. O mesmo é verdade quanto à
5 riqueza. O dinheiro não pode comprar tudo, e a determinada altura até mesmo uma carteira recheada fica vazia.
6 Em contraste, o conhecimento não se acaba. Podemos sempre gerar mais.
7 .............................................................................................................................................
8 O conhecimento é, também, inerentemente diverso do músculo e do dinheiro porque, em geral, se eu uso
9 uma arma, você não pode simultaneamente usar a mesma arma. Se você usa um dólar, não poderei usar esse
10 dólar ao mesmo tempo.
11 Em contraste, nós dois podemos usar o mesmo conhecimento a favor ou contra cada um de nós – e
12 nesse exato processo podemos, até, produzir ainda mais conhecimento. Ao contrário de balas ou orçamento, o
13 conhecimento, em si, não se esgota. Só isso nos diz que as regras do jogo do poder pelo conhecimento são
14 nitidamente diferentes dos preceitos em que se apóiam aqueles que usam a força ou o dinheiro para conseguir o
15 que querem.
16 Mas uma última, mesmo mais crítica diferença separa a violência e a riqueza do conhecimento enquanto
17 entramos correndo no que tem sido chamado a era da informação: por definição, tanto a força como a riqueza
18 pertencem aos fortes e aos ricos. A verdadeira característica revolucionária do conhecimento é o fato de poder
19 ser adquirido também pelos fracos e pelos pobres.
20 O conhecimento é a mais democrática fonte de poder.
56) Qual(is) dos enunciados abaixo está(ão) semanticamente de acordo com as informações apresentadas no
quadro, considerando-se a pontuação das orações adjetivas?
I. A lente, para a qual se estima uma vida útil de até cinco anos, é rígida acrílica.
II. A lente gelatinosa de troca semanal, que tem uma vida útil de sete dias, é indicada para quem tem miopia,
hipermetropia e pouco astimatismo.
III. A lente gelatinosa que tem uma vida útil de um mês custa de R$ 15,00 a R$ 20,00.
A) Apenas o I e o II.
B) Apenas o I e o III.
C) Apenas o II e o III.
D) Todos.
E) Nenhum.
A) deveria ter sido empregada uma vírgula depois do vocábulo ambiente (l. 1).
B) a vírgula está inadequadamente empregada antes da conjunção e (l. 2).
C) os dois pontos (l. 3) poderiam ser substituídos por uma vírgula.
D) deveria ter sido empregada uma vírgula antes do articulador porque (l. 14).
E) deveria ter sido empregada uma vírgula depois do vocábulo também (l. 14).
1 Estudos demográficos vêm afirmando, cada vez mais, o crescimento do contingente de idosos em todo o
2 mundo. À medida que as sociedades se desenvolvem, cresce também a idade de suas populações, pois a
3 longevidade é uma conquista do desenvolvimento e isso é um processo irreversível.
4 A cada década multiplica-se o número de idosos, por um esforço das ciências criadas pelos homens;
5 mas, o que não parece certo é que essa extraordinária conquista seja amiúde acompanhada de circunstâncias
6 tão inadequadas que acabam por transformar o viver em um pesado fardo, tornando os homens receosos de
7 ingressarem nesse tempo de vida.
8 A fonte da juventude ainda é uma conquista utópica; porém, em contrapartida, a fonte da vida vem sendo
9 descoberta e entregue aos homens que dela se apossam sem que, todavia, criem condições para utilizá-la de
10 forma adequada. É um contra-senso tanto esforço por um prolongamento de vida se o que se oferece é um
11 estado quase sem vida.
12 A moral social parece ter, durante muitos anos, se descuidado desse grupo etário, pois todas as grandes
13 disposições em qualquer sociedade estão sempre mais voltadas ao atendimento prioritário dos jovens, e, muito
14 embora não existam formalmente diferenças de direito entre os jovens e idosos, a política desenvolvimentista
15 está sempre mais atenta para os primeiros. (...) O mesmo acontece com as medidas sociais, que deveriam ter por
16 escopo atender os grupos socialmente desfavorecidos, dentre os quais se inclui o dos idosos, face a toda uma
17 gama de dificuldades de acesso a bens de riqueza de uma coletividade. Ao contrário, o que se vê é a criação,
18 cada vez maior, de injustas imagens sobre esse grupo, fazendo com que todas as manifestações advindas dos
19 idosos sejam motivo de verdadeiro escândalo, face ao total desconhecimento de suas capacidades e
20 expectativas.
21 Interessante é ver que estamos criando na juventude um mundo que, fatalmente, nos rejeitará no tempo
22 da velhice; e, dessa forma, parece absurdo se trabalhar tanto por um futuro no qual não existirá um espaço social
23 para aqueles que o construíram.
24 As sociedades precisam, urgentemente, reformular suas idéias sobre a velhice, eliminando as posturas
25 preconceituosas que tanto aviltam a dignidade que, durante milênios de evolução, a espécie humana tem lutado
26 para conquistar. É necessário que se prolonguem ou se criem oportunidades novas para os que envelhecem,
27 mantendo-os ativos e participantes segundo suas condições psicofísicas para, com isso, devolver-lhes sua total
28 dimensão.
29 (SALGADO, Marcelo. Velhice: uma nova questão social. 2. Ed. São Paulo: SESC-CETI, 1982.)
58) A razão do emprego das duas primeiras vírgulas, na primeira linha do último parágrafo, é a mesma
A) das vírgulas da linha 2.
B) das vírgulas da linha 9.
C) das duas primeiras vírgulas da linha 12.
D) das vírgulas das linhas 13 e 14.
E) das vírgulas das linhas 15 e 16.
1 Aí estão dançando no forró. Foi ela quem me deu esta foto. O que pretendia, dando-me uma foto que a
2 mostrava dançando, radiante, com o seu namorado, o filho do zelador? Compartilhar comigo alegrias?
3 Homenagear, respeitosamente, o patrãozinho estudante? Provocar ciúmes? Talvez eu estivesse com ciúmes;
4 talvez desejasse, no fundo, ir ao forró com ela, dançar de rosto colado. Talvez preferisse ser um homem simples,
5 um operário. Talvez a amasse. Não sei. Não sabia bem, à época, o que era o amor, não estou seguro de que
6 agora já saiba. De qualquer modo, não podia me entregar a emoções juvenis; tinha um vestibular a fazer, montes
7 de matéria a estudar. Fiz o exame e passei.
61) A expressão o filho do zelador (linha 2 ) deve ser necessariamente precedida de vírgula, por tratar-se de
A) aposto.
B) objeto direto.
C) complemento nominal.
D) vocativo.
E) adjunto adverbial.
1 O anúncio do primeiro experimento de clonagem bem-sucedido foi recebido pela sociedade com
2 indistingüível espanto. Logo começaram-se a conjeturar e articular correntes prós e contra as experimentações
3 com genes, muitas das quais sem qualquer embasamento científico ou reflexivo. A questão da manipulação
4 gênica não pode ser discutida sem que seja, primeiramente, examinada com toda a argúcia intelectual. Quais são
5 os interesses? A que se prestará? Quais serão as conseqüências?
6 É bem verdade que a ciência é um campo do conhecimento humano que paira nas águas tranqüilas da
7 razão, acima do bem e do mal. Isso significa, em última instância, que o saber científico não se presta, em
8 essência, ao bem ou ao mal; a intenção das pessoas que se utilizam desta poderosa ferramenta, esta sim, pode
9 ser enquadrada num desses extremos. Vide, por exemplo, as questões referentes à energia atômica: potencial
62) As expressões “em essência” (linhas 7 e 8) e “por exemplo” (linha 9), aparecem entre vírgula porque
constituem, respectivamente:
A) palavras de mesma função sintática.
B) aposto e adjunto adverbial enfatizado.
C) adjunto adverbial deslocado e expressão interpositiva.
D) enumeração.
E) orações deslocadas que quebram a seqüência sintática.
1 Inúmeras invenções já foram projetadas para economizar tempo. Entretanto, dois séculos de incrível
2 avanço tecnológico nos induziram a um estilo de vida em que o tempo parece estar desaparecendo. Vivemos
3 numa cultura que nos prende a uma armadilha: fazemos muitas coisas, assumindo muitas responsabilidades e
4 dizemos sim a muitas oportunidades. Segundo Jeremy Rifkin, somos “esmagados por planos que não podem ser
5 executados, compromissos que não podem ser honrados, agendas e prazos que não podem ser cumpridos”. Esta
6 é a nova pobreza: fazemos parte de uma sociedade rica materialmente, mas pobre em relação ao tempo. A
7 qualidade do tempo dedicado ao convívio humano simplesmente desapareceu de nossas vidas.
8 Ao questionar a falta de tempo, nossa cultura está, de fato, lidando com a eterna questão sobre o
9 significado da vida humana. O que, a princípio, pode parecer um problema exclusivo da nossa era é, na verdade,
10 a nossa versão de uma indagação presente no âmago da própria natureza humana.
11 Nossas vidas refletem a relação com nossa mente. A mente agitada não vive o momento presente.
12 Apesar de todas as vantagens que a tecnologia nos promete, ela também nos seduz com o pensamento daquilo
13 que não faz momento presente. A tecnologia exige tão pouco do nosso corpo ou da nossa sensibilidade
14 emocional, que perdemos a noção da nossa existência presente. Somos inclinados a nos identificar somente com
15 nosso pensamento. Com isso, esquecemos que a verdadeira experiência humana envolve a participação da
16 mente, do coração e do corpo.
17 Podemos reconquistar o tempo e, conseqüentemente, o poder para viver no presente. Isso é possível se
18 agirmos de forma dinâmica e criativa no novo mundo que se apresenta à nossa frente.
63) As afirmações abaixo referem-se à pontuação empregada no texto. Atribua V às afirmações verdadeiras e F
às falsas.
( ) Os dois pontos da linha 3 antecedem uma explicação.
( ) As aspas, empregadas nas linhas 4 e 5, assinalam uma citação.
( ) A oração dedicado ao convívio humano (linha 7) poderia ser separada por vírgulas, porque é uma
informação genérica sobre o referente o tempo (linha 7).
( ) A ausência de vírgula após a expressão Segundo Jeremy Rifkin (linha 4) e a oração Ao questionar a falta de
tempo (linha 8) seria considerada uma infração às regras de pontuação, pois são ambas circunstâncias
deslocadas – de conformidade e de tempo, respectivamente.
A seqüência correta, de cima para baixo, é
A) V–V–V–V
B) V–V–F–V
C) F–V–F–V
D) F–F–V–V
E) V–V–F–F
1 Assim que a seleção francesa foi desclassificada, tirando da competição a supostamente invencível
2 Marselhesa, The Guardian anunciou: “O Brasil agora possui o melhor hino nacional da Copa Mundial de 2002”. E
3 não apareceu ninguém para desmentir ..... jornal inglês.
4 Para The Guardian, o nosso hino nacional é “o mais alegre, o mais animado, o mais melodioso e o mais
5 encantador do planeta”. A despeito da secular pinimba dos britânicos com os franceses, não me pareceu forçada
6 ...... restrição que fizeram ...... Marselhesa e seus “belicosos apelos às armas”, desfavoravelmente comparados
7 ao estímulo aos sentimentos nacionais e às belezas naturais do florão da América contido nos versos que
8 Joaquim Osório Duque Estrada escreveu para a música de Francisco Manuel da Silva.
9 Cânticos de louvor ..... nações e seus povos, os hinos pouco se diferenciam: são quase sempre
10 hipérboles patrióticas, não raro jingoístas, demasiado apegadas a glórias passadas e inclinadas a exortar a alma
11 guerreira que em muitos de nós dormita. Entretanto, comparado aos hinos dos países que nós derrotamos nas
12 três fases da Copa, o nosso ganha fácil em beleza melódica e expressividade poética. “É como se tivesse vindo
13 pronto, já composto, de uma casa de ópera”, bajulou The Guardian.
14 Quase um século nos separa da concepção da letra do Hino Nacional Brasileiro. Ela é antiga, solene,
15 inflamada, alambicada, anacrônica, como todas de sua espécie. Custamos a nos acostumar com ela. Suas
16 anástrofes e seus cacófatos até hoje aturdem as crianças. Passei um bom tempo de minha infância sem atinar
17 para o sentido de alguns versos e acreditando que a nossa terra era “margarida”, e não “mais garrida”. Por uma
18 deformação mental qualquer – ou, quem sabe, condicionado por outros hinos e por fatos de nossa nada incruenta
19 história -, vivia a cantar “paz no futuro e guerra (em vez de glória ) no passado”.
20 Encontrei uma versão em que tiraram do berço o gigante eternamente deitado: “Erguido virilmente em
21 solo esplêndido / Entre as ondas do mar e o céu profundo”. Prefiro os versos originais. Não por convicções
22 ideológicas, mas por uma questão de métrica, de eufonia – e um pouco por desconfiar que sempre vivemos
23 deitados em berço esplêndido, dormindo mais do que deveríamos.
66) Muitos usos de vírgula são obrigatórios; outros são facultativos e variam de acordo com as preferências
estilísticas do autor.
Na coluna abaixo, sugerem-se modificações no uso de vírgulas no texto. Relacione-as com a coluna de cima.
1. Procedimento facultativo
2. Procedimento incorreto
( ) Acrescentar vírgulas antes e depois da palavra agora (l.02)
( ) Acrescentar vírgula depois da palavra versos (l. 07)
( ) Suprimir as vírgulas antes e depois do segmento não raro jingoístas (l. 10)
( ) Suprimir a vírgula depois de já composto (l. 13)
( ) Acrescentar vírgulas antes e depois do segmento um pouco (penúltima linha)
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
A) 1–2–2–2–1
B) 2–1–1–2–1
C) 1–1–2–1–2
D) 2–2–1–2–2
E) 1–2–1–1–2
1 Agora, parece que foi mesmo na África que a espécie humana assim como a conhecemos surgiu – e dali
2 se espalhou para o restante do mundo. Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de Awash,
3 na porção central da Etiópia, que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e etíopes........ os fósseis mais
4 antigos do homem moderno ( Homo sapiens ). São três crânios – dois de adultos e um de uma criança de
5 aproximadamente 7 anos – e mais alguns dentes de outros sete indivíduos, encontrados entre ossos de
1 Um pesquisador do Paraná passou os últimos dez anos, a expensas próprias, reconstituindo as constelações
2 conhecidas pelos povos indígenas do Brasil. O esforço começa a dar resultado agora, depois de sua
3 aposentadoria.
4 Germano Affonso, professor titular de física da UFPR e doutor pela Universidade de Paris 6, descobriu que
5 as principais constelações dos tupinambás, que habitavam a costa brasileira no século 16 e foram os primeiros a
6 ter contato com os europeus, são comuns a diversas outras etnias do Brasil. São elas: Ema, Anta, Homem Velho
7 e Veado.
8 As constelações indígenas, segundo ele, têm funções práticas semelhantes às das constelações ocidentais:
9 marcar a passagem do tempo e as estações do ano e servir como pontos de orientação. No entanto são maiores,
10 mais facilmente reconhecíveis e formadas não só a partir de estrelas, como de manchas existentes na Via-Láctea
11 (caminho de Anta ou caminho dos Espíritos, para os tupinambás). Ele conseguiu inventariar mais de cem
12 constelações, ao passo que existem hoje 88 constelações indígenas distintas registradas oficialmente.
13 O resultado da pesquisa será apresentado hoje, em Recife. Affonso falará na conferência “Contribuições
14 Nativas para o Conhecimento”, às 15h.
15 Segundo o físico da UFPR, a idéia de remontar o mapa do céu dos índios começou com um relato do
16 capuchinho francês Claude d`Abbeville, do século 17, que veio lhe cair nas mãos. Nele, o europeu citava
17 constelações conhecidas pelos tupinambás do Maranhão. Affonso chamou atenção o fato de os nomes dessas
18 constelações serem muitas vezes os mesmos que grupos indígenas do Paraná usavam para descrever o céu.
68) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes ao emprego de vírgula no texto.
( ) As vírgulas da linha 01 delimitam um vocativo.
( ) A vírgula da linha 02 separa dois adjuntos adverbiais de tempo.
( ) As vírgulas das linhas 04 e 05 isolam um adjunto adverbial.
( ) A primeira vírgula da linha 10 separa elementos coordenados entre si.
( ) A vírgula que segue Nele (l.16) sinaliza um adjunto adverbial deslocado.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(A) F – V – F – V – V.
(B) F – V – V – F – F.
(C) V – F – F – V – V.
(D) V – F – V – F – F.
(E) F – V – V – V – F.
GABARITO: 01-B, 02-A, 03-E, 04-C, 05-A, 06-E, 07-B, 08-B, 09-D, 10-A, 11-D, 12-A, 13-C, 14-D, 15-C, 16-D, 17-C,
18-B, 19-A, 20-E, 21-B, 22-D, 23-B, 24-C, 25-D, 26-B, 27-D, 28-C, 29-E, 30-B, 31-E, 32-D, 33-E, 34-C,
35-D, 36-E, 37-C, 38-A, 39-B, 40-E, 41-C, 42-E, 43-E, 44-C, 45-A, 46-B, 47-E, 48-B, 49-D, 50-B, 51-D,
52-D, 53-C, 54-D, 55-A, 56-C, 57-C, 58-C, 59-E, 60-B, 61-A, 62-C, 63-B, 64-A, 65-E, 66-A, 67-E, 68-A
Observação: Se o verbo que está fora da fala da personagem está no presente, os pronomes demonstrativos
continuam os mesmos.
EX.: - Estou com preguiça este ano, disse. Disse que estava com preguiça naquele ano.
EX.: - Estou com preguiça este ano, diz ele. Ele diz que está com preguiça este ano.
EX.:- Estou aqui, em casa, mas Disse que estava lá, em casa, mas
agora não posso recebê-lo, disse. que naquele momento não podia
recebê-lo.
Os Pronomes Possessivos, sejam quais forem no discurso direto, irão para a terceira pessoa no discurso
indireto.
EX.: - Chora no meu quarto, disse ela. Ela disse que chorasse no seu quarto
(seu dela, referindo-se ao sujeito de
disse).
EX.: - Chora no teu quarto, disse ela. Ela disse que chorasse no seu quarto
(seu dele, referindo-se ao sujeito de
chorasse).
A) - Estou com preguiça este ano, disse-lhe Disse-lhe que estava com preguiça
EX.: - Dinheiro não traz felicidade, O filósofo disse que dinheiro não
disse o filósofo. traz felicidade.
EX.: - A noite é boa conselheira, diz A sabedoria popular diz que a noite
a sabedoria popular. é boa conselheira.
B) – Estou com preguiça, diz ele. Ele diz que está com preguiça
Se ambos os verbos estão no presente do indicativo, continuam no mesmo tempo e modo no discurso indireto.
EX.: O rapaz perguntou: “De que O rapaz perguntou de que lhe valia
me vale esse testemunho?” (ou valeria) aquele testemunho.
Outros exemplos:
D) – Chora no meu peito – disse ela Ela disse comovida que (ele)
comovida. chorasse no seu peito.
EXERCÍCIOS DE AULA:
8) Sacudiu a cabeça, lamentando: -“ Como a Corina é infeliz, trabalhando para essa gente!”
9) E ainda acrescentou: - Se eu for convidada para esta excursão, ficarei muito contente.
10) Como Paulinho estava impossível, a mãe lhe pediu: -“ Sossega, meu filho, porque eu já estou com dor de
cabeça!
_________________________________________________________________________
TESTES:
A) O personagem perguntou se o outro tinha percebido que todas as nossas alegrias acabavam em fontes
perversas.
B) O personagem perguntou se o outro conhece as fontes perversas donde surgem todas as suas alegrias.
C) O personagem perguntou se você percebera que todas as suas alegrias vinham de fontes perversas.
D) O personagem perguntou se o outro percebe quando todas as suas alegrias surgem de fontes perversas.
E) O personagem perguntou se o outro havia percebido que todas as suas alegrias vinham de fontes perversas.
Os clubes [de futebol] alugam estádios, cobram direitos de transmissão e vendem ingressos, auferindo
sempre uma renda considerável. Estão claros a natureza e o interesse privados do espetáculo. São empresas
rentáveis que, pouco tributadas, movimentam milhões de reais. Por que o Estado tem de arcar com as despesas de
segurança dos jogos?
1 Para alguns milhares de adolescentes brasileiros, férias de julho são sinônimo de pegar um avião rumo ao
2 mundo mágico da Disney. No ano passado, porém, um grupo de 70 garotos paulistas, entre 11 e 16 anos, optou por
3 conhecer a dura realidade brasileira, atendendo a chamado de uma das várias escolas que vêem hoje nesse tipo de
4 projeto as mais eficientes aulas de cidadania. Abdicando do conforto de seus luxuosos apartamentos, conviveram
A) – Vocês aqui têm um programa bastante agressivo, do ponto de vista científico – assegurou o visitante
estrangeiro.
O visitante estrangeiro assegurou que lá eles tinham um programa bastante agressivo, do ponto de vista
científico.
B) – Ontem encontrei um fóssil raro a dois quilômetros deste local – informou a bióloga ao jornalista.
A bióloga informou ao jornalista que na véspera encontrou um fóssil raro a dois quilômetros daquele local.
C) – Quantos pesquisadores permanecerão na estação no próximo inverno? – quis saber o jornalista.
O jornalista quis saber quantas pesquisadores vão permanecer na estação no inverno seguinte.
D) – Se o tempo continuar estável, amanhã iremos visitar nossos vizinhos – garantiu o comandante da base.
O comandante da base garantiu que, se o tempo permanecesse estável, visitaríamos os seus vizinhos no dia
seguinte.
E) – Não brinquem com a natureza na Antártida! – recomendam os ecologistas.
Os ecologistas recomendaram para não brincarem com a natureza na Antártida.
08) A frase que melhor corresponde a Dizem as especialistas: “Daqui para frente, veremos o fortalecimento da
androginia, que está presente em ambos os sexos.” é
A) As especialistas disseram que, daquele momento em diante, veríamos o fortalecimento da androginia , que está
presente em ambos os sexos.
B) As especialistas diziam que, desta situação em diante, veremos o fortalecimento da androginia que estaria
presente em ambos os sexos.
C) As especialistas disseram que, daquele lugar para a frente, veríamos o fortalecimento da androginia, que estará
presente em ambos os sexos.
D) As especialistas tinham dito que, desse dia para a frente, iríamos ver o fortalecimento da androginia, que tem
estado presente em ambos os sexos.
E) As especialistas diziam que, a partir daquele dia, vamos ver o fortalecimento da androginia, que esteve presente
em ambos os sexos.
Noutro dia, numa reunião de professores, eu dizia aos demais que o meu trabalho como professor de
segundo grau, em última análise, visava, nuclearmente, a contribuir com a formação de pessoas competentes para a
vida. Um colega mais jovem indagou-me o que eu entendia por competência, que a seu juízo esta era uma idéia
muitíssimo relativa, que o que era competência para mim podia não corresponder à noção que ele fazia de
competência, que, assim sendo, eu tivesse a gentileza de dizer o que era, a meu ver, competência. _____, sem saber
se me encontrava diante de uma indagação eivada da maior profundidade ou de uma redonda _____, procurei uma
resposta que seguisse, digamos, uma linha mais _____: disse que competência não era uma coisa tão relativa assim,
que seria as mesmas, para ele e para mim, as expectativas sobre a competência que deveria trazer consigo o
cirurgião cardiovascular que nos estivesse a ______uma ponte de safena. A coisa ficou por aí. Mas é dessa maneira
que se sedimenta um ambiente onde a idéia de competência, entre outras, toma conotação relativística, e a escola de
segundo grau vai, hoje, apresentando a sua contribuição para, democraticamente, formar futuras guildas de
incompetentes profissionais.
09) Parte substancial deste texto descreve um diálogo entre duas pessoas.
Assinale a alternativa que melhor reproduz a indagação e a solicitação presumivelmente feitas ao narrador pelo seu
colega mais jovem (linhas 3-).
A) – O que o senhor entendia por competência? A meu juízo, esta é uma idéia muitíssimo relativa. O que é
competência para o senhor pode não corresponder à idéia que eu faço de competência. Assim sendo, o senhor
tenha a gentileza de dizer o que é, a seu ver, competência?
1 - Mas pra você não é uma pouca vergonha, é? – ela disse, secando as lágrimas. Voltava ao desafio.
2 - Eu sou homem, ou você não entende isto?
3 - Não entendo.
4 O Dr. Paranhos quedou-se quieto por um tempo marcado em séculos no relógio da agonia. Seus olhos
5 baixaram para a mesa e assim ficaram, enquanto sua inteligência buscava uma forma clara de ilustrar a madrinha.
6 Por fim, suspirou e disse:
7 - Eu tenho um argumento que você vai entender.
8 Levantou-se com certa dificuldade e ausentou-se da cozinha, onde ficamos suspensos por um fio em pleno
9 abismo. Logo, porém, ele retornou com o argumento na mão. Girou o tambor do argumento. Depois, com um gesto
10 calmo, solene, botou o argumento na cintura. Sentou-se novamente e disse, pausadamente:
11 - Tem uma coisinha, Dirce: ou este tal de feminismo acaba hoje, ou o que acaba é a tua mesada, se não
12 acabar minha paciência antes. Certo? Agora vamos jantar.
11) Para substituir no texto o discurso direto pelo indireto, foram elaboradas as três reescritas seguintes, uma para
cada passagem do texto indicada entre parênteses.
I. Secando as lágrimas, ela perguntou que para ele não era uma pouca vergonha. (l. 1).
II. Ele disse que tinha um argumento que ela iria entender. (l. 7).
III. O Dr. Paranhos disse a Dirce uma coisinha: ou este tal de feminismo acabava neste dia, ou o que acabava era a
mesada dela, se não tivesse acabado a paciência dele antes. (l. 11-12)
Quais são corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e III
D) Apenas II e III
E) I, II e III
1 O Brasil tem uma das menores populações negras do mundo, para o IBGE. “Se continuar como está, o censo
2 demográfico ainda irá mostrar que o Brasil tem menos negros do que a França”, _______ Wania Sant’Anna,
3 historiadora e pesquisadora. Com a segunda maior população negra do mundo, conforme relatório do Programa das
4 Nações Unidas para o Desenvolvimento, publicado em 1997, o Brasil possuiria, para o IBGE, a pouco expressiva
5 porcentagem de 5% de negros em sua população, segundo o censo demográfico de 1991. Para o IBGE, também
6 fazem parte do caldeirão racial brasileiro 45% dos pardos e 50% de brancos.
7 Na mira dos ativistas negros, a categoria “pardos”, no questionário do censo do IBGE, é vista como “inconsistente”.
8 Segundo eles, esse é um balaio-de-gatos que dificilmente é alcançado por políticas sociais. “Um diálogo franco e
9 aberto entre os brasileiros pode levar a população parda a se declarar negra. Não queremos colocar camisa-de-força
12) Considere as seguintes transformações, para o discurso indireto, de trechos do texto que aparecem entre as
linhas 10 e 12.
I. Ivanir dos Santos disse que um diálogo franco e aberto entre os brasileiros pode levar a população parda a se
declarar negra e que não queriam colocar camisa-de-força em ninguém.
II. Ivanir dos Santos disse que os ativistas negros gostariam que os pardos fossem mais livres para dizer que têm
esta origem e que não têm problemas com relação a isso.
III. Ivanir dos Santos disse que os ativistas negros não quiseram colocar camisa-de-força em ninguém que gostaram
de os pardos terem sido mais livres para dizer que tinham essa origem e que não tinham problemas com relação
a isso.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) I, II e III
I. Eliot afirmou: “Disney municiou o ex-diretor do FBI com informações sobre comunistas e participou de reuniões
nazistas”.
II. O porta-voz da Disney contra-atacou dizendo que se tratava de uma tentativa suja para conseguir dinheiro e
manchar a imagem de um grande homem.
III. O diário “The New York Times” sentenciou: “Não há dúvida de que o material apresentado pelo Sr. Eliot é
autêntico”.
14) Assinale a alternativa que apresenta a correta transposição da fala de Hagar para o discurso indireto e a
adequada conexão de sentido entre as duas frases.
A) Hagar disse que não queria brigar porque era do tipo quieto e sensível.
B) Hagar disse que, embora fosse do tipo quieto e sensível, não queria brigar.
C) Hagar disse que era do tipo quieto e sensível, mas não queria brigar.
D) Hagar disse: “Não seria do tipo quieto e sensível se quisesse brigar”.
E) Hagar disse: “Sou tão quieto e sensível que não posso brigar”.
É como se Abdul dissesse: “Não sou todo daqui e minha tribo não resume inteiramente minha humanidade”.
Qual das alternativas abaixo apresenta uma reformulação correta, e equivalente em termos de significado, do trecho
acima?
A) É como se Abdul dissesse que não era todo dali e que sua tribo não resumia inteiramente sua humanidade.
B) É como se Abdul dissesse que não seria todo daqui e que sua tribo não resumiria inteiramente sua humanidade.
C) É como se Abdul dissesse que não sou todo dali e minha tribo não resume inteiramente minha humanidade.
D) É como se Abdul dissesse que não fora todo daí e que sua tribo não resume inteiramente minha humanidade.
E) É como se Abdul dissesse que não é todo dali e que sua tribo não resumia inteiramente sua humanidade.
17) Observe os trechos de frases do texto, abaixo transcritos, e as propostas de sua transformação em discurso
indireto.
I – Alguns de meus colegas [...] submetiam-me a fortes pressões de legitimação
Tilo Held confessou que alguns de seus colegas o submetiam a fortes pressões de legitimação.
II – [...] há pouco tempo ouvi com grande comoção estes versos de Gottfried Benn
Tilo Held lembrou que havia pouco tempo ouviu com grande comoção estes versos de Gottfried Benn.
III – [...] também aprendi como é possível ser feliz
Tilo Held revelou que também havia aprendido como era possível ser feliz.
Quais propostas de transformação em discurso indireto estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
GABARITO: 01-E, 02-C, 03-A, 04-C, 05-B, 06-B, 07-A, 08-A, 09-D, 10-E, 11-B, 12-B, 13-E, 14-A, 15-D, 16-A, 17-C
São palavras ou locuções que unem, ligam, ordenam e costuram as partes que compõem o texto. Dentro
da gramática tradicional, as conjunções formam o grupo predominante de articuladores, justamente pelo seu
papel de fazer a junção de algo com outro, de articular o que, sem elas, estaria desarticulado. Contudo, existem
outros, e não poucos, que servem para flexibilizar a textualidade, para fazer o texto fluir e progredir, transmitindo
claramente o pensamento e a intenção do autor. Expressões como “em primeiro lugar”, “por último”, “vale
acrescentar”, “além disso”, “além do mais”, entre inúmeras outras, estabelecem a clareza, a ordem e a lógica,
tornando qualquer material escrito acessível à compreensão.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
MODELO SINÔNIMAS
que
5) EXPLICATIVAS PORQUE ; POIS
MODELO SINÔNIMAS
1) Numere os parênteses de acordo com o código a seguir, indicando a relação dos nexos :
(01) alternância (08)conseqüência
(02) conclusão (09)temporalidade
(03) oposição(adversidade) (10)finalidade
(04) oposição(concessão) (11)comparação
(05) adição (12)conformidade
(06) explicação (13)condicionalidade
(07) causa
A.( ) Central do Brasil é um excelente filme, embora não tenha sido premiado com um Oscar.
B.( ) Se Messias tivesse estrutura para trabalhar, os pescadores seriam presos; os barcos, confiscados, e os
cofres da união, robustecidos pelo pagamento de pesadas multas(...)
C.( ) Os cofres da união seriam robustecidos pelo pagamento de pesadas multas, como prevê a lei.
D.( ) “Sexo não é só prazer. Se bem feito, é um santo remédio.”
E.( ) Você parece e se sente mais jovem do que realmente é?
F.( ) Para que o sexo rejuvenesça, é necessário o envolvimento afetivo.
G.( ) Jaqueline e Sandra ficaram juntas por cinco anos, porque a atração fatal pelo ouro olímpico as uniu.
H.( ) É o dilema moral do intelectual contemporâneo: vulgarizar-se ou evitar qualquer contato com o mundo.
I.( ) (...) os 750 quilômetros da costa gaúcha são ricos em cardumes – e, por isso, o alvo preferencial dos
pescadores clandestinos catarinenses.
J.( ) A pesca de arrastão está ameaçando várias espécies. Cabe, portanto, enquadrá-la na lei.”
2) Construa períodos compostos, juntando as orações abaixo por meio de conjunções subordinativas, de
modo que a oração subordinada expresse a circunstância indicada entre parênteses.
E - Rafael joga muito bem. Seu primo joga melhor ainda. (comparação )
TESTES:
1) A oração “se enfrentarmos com decisão a necessária desconcentração industrial” pode ser reescrita, sem
prejuízo ao sentido original, da seguinte forma :
O Brasil avança a passos lentos, como um “bêbado”, enquanto o salto significaria a incorporação
de boa parte dos excluídos.
4) O articulador sublinhado no trecho “Vivemos sempre entre esses momentos, como passageiros...” indica
(A) contraste.
(B) causalidade.
(C) alternância.
(D) comparação.
(E) oposição.
5) O fragmento destacado na frase “De acordo com nossa própria vontade, ele considera provisório aquilo
que escrevemos” constitui uma articulação que traduz uma idéia de
(A) conformidade
(B) conseqüência
(C) concessão
(D) finalidade
(E) causa
Outro dia, conversando com um editor, fui devidamente catequizada : o livro como o conhecemos hoje,
feito de papel, está condenado. Abram alas para o livro digital !
6) O fragmento destacado do texto “...conversando com um editor (l. 1) constitui uma estrutura que expressa uma
circunstância de
(A) finalidade
(B) causa
(C) concessão
(D) condição
(E) tempo
7) ____________Marc Eliot, Walt Disney colaborou com o FBI, tendo participado, __________de reuniões de
nazistas americanos; __________ , de acordo com essas acusações, _________um dedo-duro.
(A) Para , pois, no entanto, seria.
(B) Consoante, logo que, mesmo assim, seria.
(C) Segundo, também, por conseguinte, teria sido.
(D) Conforme, além do mais, entretanto, teria sido.
(E) Devido a, por isso, ainda assim, havia de ser.
8) “Será que não é tempo de pensar nos pivetes como crianças que querem exatamente o que outras
crianças querem, SÓ QUE sem a esperança de o conseguir?”
A relação estabelecida pela expressão destacada acima permanece a mesma, se essa expressão for substituída
por
(A) já que
(B) porquanto
(C) portanto
(D) entretanto
(E) a não ser que
Parece necessário, assim, repensar a saúde do brasileiro a partir de dois pólos: a tecnologia de
vanguarda, que nos aproxima do Primeiro Mundo, e a desassistência à maioria da população, que nos reduz ao
mais perverso dos mundos – o da miséria.
9) A palavra “assim” (l. 1) pode ser substituída, sem alterar o sentido da frase, por
21) As orações que podem ser relacionadas pela conjunção “portanto” são as da alternativa
(A) Muitos candidatos disputam uma vaga no vestibular. Alguns não convenientemente preparados.
(B) Os candidatos se preparam com seriedade. Não conseguem atingir o seu objetivo.
(C) Os vestibulandos estão bem preparados. Esperam, tranqüilos, a sua aprovação.
(D) Deviam ser candidatos bem preparados. Foram aprovados no vestibular.
(E) Os candidatos preparam-se cuidadosamente. Realizam as provas com atenção.
COLUNA A
( ) O candidato não consegue aprovação ________________.
( ) O candidato merece ser aprovado ___________________.
( ) O candidato busca um local sossegado ________________.
( ) O candidato terá sucesso ____________________.
( ) O candidato tem dificuldade em algumas matérias ______________.
COLUNA B
1. por mais que estude
2. uma vez que estudou
3. para que possa estudar
4. assim que estudar
(A) 2, 3, 4, 2, 1.
(B) 3, 4, 4, 1, 2.
(C) 1, 2, 3, 4, 1.
(D) 3, 2, 1, 4, 3.
(E) 1, 3, 2, 1, 4.
(A) Os artistas devem trabalhar na solidão, uma vez que desejem uma visão mais profunda dos fatos.
(B) O jornalista tem de trabalhar dentro dos fatos, posto que tal cuidado acarrete dificuldades.
(C) O jornalista pode bem informar, já que participa dos fatos.
(D) Os artistas trabalham na solidão, até que consigam revelar o sentido profundo dos fatos.
(E) O jornalista vive no meio dos acontecimentos, de modo que pode bem informar.
24) A lacuna que pode ser preenchida pela expressão “ainda que” é a da alternativa
(A) As notícias divulgadas pelos jornais contribuem para formar a opinião pública ____________sejam
fidedignas.
(B) O comentário de um fato da atualidade orienta o público___________ for objetivo.
(C) A análise dos fatos conduz à formulação de opiniões _________seja clara e compreensível.
(D) A divulgação de alguns fatos é necessária _____________eles sejam chocantes.
(E) A formulação de opiniões é fundamental na sociedade ____________ela for crítica.
COLUNA A
( ) Os países do Terceiro Mundo lutam com dificuldades quase que insuperáveis____________________ .
( ) Os países do Terceiro Mundo precisam de estudantes qualificados ______________________ .
( ) Os países do Terceiro Mundo podem preparar-se para a internacionalização do mundo __________________ .
( ) Os países do Terceiro Mundo não dispõem de uma política educacional adequada _________________.
( ) Os países do Terceiro Mundo deverão superar o atraso e a miséria _____________________________ .
COLUNA B
1 – ainda que seja primordial
2 – de modo que o progresso se torna muito lento
3 – para que os problemas sejam superados
4 – desde que o esforço seja intenso
Português 203 Professor Paulo Ricardo
25) A ordem correta da coluna A é
(A) 1, 2, 3, 4, 2
(B) 3, 2, 3, 1, 4
(C) 1, 3, 4, 1, 2
(D) 2, 3, 4, 1, 4
(E) 3, 2, 1, 4, 3
Apesar de toda a inspiração, toda a vivacidade e imaginação que a nossa juventude nos tem proporcionado
nos últimos anos, encontramo-nos agora profundamente perturbados por sua causa. A brecha entre gerações,
sempre presente no passado, ampliou-se de súbito; as velhas pontes que sobre ela se estendiam estão ruindo.
Vemos à nossa volta uma terrível alienação dos nossos melhores e mais corajosos jovens; até a forma definida
de uma geração parece ter sido invertida de um dia para outro.
26) A conjunção que poderia ser utilizada para ligar o segundo período ao primeiro , sem alterar o sentido do
texto, é
(A) portanto
(B) pois
(C) então
(D) entretanto
(E) por isso
27) A alternativa em que a palavra “porque” estabelece uma relação de idéias entre as orações diferente das
demais é
(A) A brecha entre as gerações deve ser bastante profunda, porque preocupa os mais velhos.
(B) Os jovens afastam-se dos mais velhos, porque não concordam com muitas de suas atitudes.
(C) A juventude tem muitas desilusões, porque é idealista.
(D) O futuro de uma nação depende do esforço de todos, porque cada geração contribui para o bem geral.
(E) A tentativa de aproximação entre as gerações é válida, porque a brecha entre elas deve ser diminuída.
28) Haverá alteração evidente no sentido da frase “As duas meninas voltaram a estudar e agora só trabalham
meio período” se a palavra destacada for substituída por
(A) de forma que
(B) de modo que
(C) desde que
(D) de sorte que
(E) de maneira que
29) Assinale a única alternativa em que a idéia introduzida pelo conetivo NÃO é de condição.
(A) Caso me apóies, serei candidato.
(B) Como irás me apoiar, serei candidato.
(C) Serei candidato, contanto que me apóies.
(D) A menos que me apóies, não serei candidato.
(E) Sem que me apóies, não serei candidato
30) O texto abaixo não apresenta explicitamente a relação entre “plantei” e “quero nota”. Isso permite ao leitor
inferir relações de sentido entre as orações.
A menos que surja um caso de proporções descomunais, como o escândalo da Câmara de São Paulo, os
assuntos de política municipal são relegados às páginas internas, lá longe.
34) Na frase acima, a locução conjuntiva em destaque poderia ser substituída, sem a alteração do sentido que
tem no texto, por :
(A) Embora.
(B) Ainda que.
(C) Mesmo que.
(D) Uma vez que.
(E) A não ser que.
35) O desemprego é um problema coletivo, _________ destrói as expectativas da população; faz-se, ________ ,
necessária uma nova política de emprego________ as tensões sociais sejam diminuídas.
(A) porque – logo – se
(B) e – portanto – enquanto
(C) à medida que – por conseguinte – desde que
(D) pois – por isso – para que
(E) visto que – contudo – a fim de que
1 O Brasil tem uma das menores populações negras do mundo, para o IBGE. “Se continuar como está, o censo
2 demográfico ainda irá mostrar que o Brasil tem menos negros do que a França”, _______ Wania Sant’Anna,
3 historiadora e pesquisadora. Com a segunda maior população negra do mundo, conforme relatório do Programa
4 das Nações Unidas para o Desenvolvimento, publicado em 1997, o Brasil possuiria, para o IBGE, a pouco
5 expressiva porcentagem de 5% de negros em sua população, segundo o censo demográfico de 1991. Para o
6 IBGE, também fazem parte do caldeirão racial brasileiro 45% de pardos e 50% de brancos.
7 Na mira dos ativistas negros, a categoria “pardos”, no questionário do censo do IBGE, é vista como
8 “inconsistente”. Segundo eles, esse é um balaio-de-gatos que dificilmente é alcançado por políticas sociais. “Um
9 diálogo franco e aberto entre os brasileiros pode levar a população parda a se declarar negra. Não queremos
10 colocar camisa-de-força em ninguém. Gostaríamos que os pardos fossem mais livres para dizer: “Eu tenho esta
11 origem e não tenho problemas com relação a isso”,______ Ivanir das Santos, secretário executivo do Centro de
12 Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP).
13 A solução apontada pelo IBGE para a demanda do movimento negro é incluir no questionário do ano 2000, além
14 da habitual pergunta sobre cor e raça, uma questão sobre a origem. “Acho pertinente, porque nunca investigamos
15 no Censo as origens do povo brasileiro. De antemão, através de nossos testes, já sabemos que poucas pessoas
16 pardas se dizem afrodescendentes”,_______ Simon Schwartzman, presidente do IBGE.
36) Considerando a relação de significado que a última frase (l.15-16) mantém com o restante do texto, qualquer
uma das expressões abaixo poderia aparecer, entre vírgulas, depois de sabemos (l. 15), exceto
(A) mesmo assim
(B) porém
(C) todavia
(D) pelo contrário
(E) contudo
37) Trecho Claro, as circunstâncias são diferentes (l.3 e 4 ) expressa, no contexto em que ocorre, uma
(A) causa
(B) condição
(C) concessão
(D) conseqüência
(E) oposição
1 - Mas pra você não é uma pouca vergonha, é? – ela disse, secando as lágrimas. Voltava ao desafio.
2 - Eu sou homem, ou você não entende isto?
3 - Não entendo.
4 O Dr. Paranhos quedou-se quieto por um tempo marcado em séculos no relógio da agonia. Seus olhos
5 baixaram para a mesa e assim ficaram, enquanto sua inteligência buscava uma forma clara de ilustrar a
6 madrinha. Por fim, suspirou e disse:
7 - Eu tenho um argumento que você vai entender.
8 Levantou-se com certa dificuldade e ausentou-se da cozinha, onde ficamos suspensos por um fio em
9 pleno abismo. Logo, porém, ele retornou com o argumento na mão. Girou o tambor do argumento. Depois, com
10 um gesto calmo, solene, botou o argumento na cintura. Sentou-se novamente e disse, pausadamente:
11 - Tem uma coisinha, Dirce: ou este tal de feminismo acaba hoje, ou o que acaba é a tua mesada, se não
12 acabar minha paciência antes. Certo? Agora vamos jantar.
38) Dentre os marcadores de cronologia abaixo, o único que NÃO situa a ação que se lhe segue no texto como
anterior ou posterior a alguma outra é
(A) enquanto (l. 5)
(B) por fim (l. 6)
(C) depois (l. 9)
(D) antes (l. 12 )
(E) agora (l. 12)
39) Fiz-lhe sinal que se calasse. A oração destacada introduz uma idéia de
(A) finalidade
(B) concessão
(C) conseqüência
(D) comparação
(E) explicação
Outro engano, embora nada tenha a ver com calendários e contagens cronológicas, é aquele que diz
respeito ao início da Era de Aquário.
40) O uso adequado de conectores ou articuladores contribui para a boa coesão textual. Cada articulador possui
um sentido próprio, estabelecendo uma relação semântica específica. Pode-se, pois, afirmar que o
articulador “embora” (l. 1) estabelece uma relação de
(A) alternância
(B) concessão
(C) comparação
(D) adversidade
(E) condicionalidade
GABARITO: 01-E, 02-B, 03-D, 04-D, 05-A, 06-E, 07-C, 08-D, 09-C, 10-C, 11-B, 12-D, 13-D, 14-D, 15-C, 16-E,
17-B, 18-D, 19-E, 20-A
OS AFIXOS:
OS PREFIXOS
OS SUFIXOS:
GREGOS
LATINOS
OBSERVAÇÃO:
Os prefixos A, DES, IN:
3) DOURO e TÓRIO – lugar; sangradouro, auditório 7) ULO – diminutivo; óvulo, célula, retículo
4) ICE – depreciação; tolice, breguice
OBSERVAÇÂO:
O elemento FERO: que contém; aqüífero, sonífero
Os sufixos de ação ÇÃO e MENTO: são sufixos de ação; realização, enganção, casamento, tratamento
TESTES:
1 Este livro é um relato pessoal de 1964. Participei como jornalista e conheci algumas pessoas que tiveram
2 bastante a ver com aquele desfecho que influiu (quanto?) na nossa história. Perguntei a amigos sobre nomes,
3 ocorrências e alguns dados de que me sentia incerto. Faço algumas referências ao período depois de 1964, porque
4 pertinentes, acredito, ao evento, mas o que me interessa é o antes e o durante.
5 Há muitas versões sobre 1964, além de fabulação, quer dizer: de um dado real são construídas fantasias do
6 tamanho da paranóia de quem nos conta. Todos somos de certa forma ficcionistas. É praticamente impossível não
7 colorir com nossa personalidade o que narramos. A memória sempre nos trai.
01) Assinale a alternativa em que a palavra retirada do texto não contém um sufixo.
A) jornalista (l. 1)
B) fabulação (l. 5)
C) paranóia (l. 6)
D) praticamente (l. 6)
E) personalidade (l. 7)
1 Em relação a uma simples lista, uma receita acrescenta novos elementos, uma vez que compreende dois
2 aspectos: a lista das instruções e dos ingredientes mais a ação. Quanto às instruções, verificamos que umas são
3 relativas à preparação e outras ao consumo. O primeiro caso é característico da culinária; o segundo, da medicina. O
4 modo de preparação pode ser deliberadamente ocultado ao mundo exterior, seja por sua escrita cifrada, seja através
5 de instruções muito genéricas que apenas as pessoas do mesmo ofício entenderão. Este secretismo também pode
6 ser observado ocasionalmente na culinária. A omissão de indicações das quantidades dos ingredientes nas receitas
7 pode ter sido um expediente intencionalmente adotado para preservar os segredos profissionais, pois as receitas
8 surgem freqüentemente ligadas a ofícios que exigem uma aprendizagem específica.
02) Relacionam-se, pela origem, a verbos existentes na Língua Portuguesa, todos os substantivos abaixo, à exceção
de
A) ingredientes (l. 2)
B) ação (l. 2)
C) instruções (l. 2)
D) consumo (l. 3)
E) omissão (l. 6)
1 “A última grande epidemia que assaltou a cidade de Porto Alegre foi a da chamada “gripe
2 espanhola”,...........de outubro de 1918. As repercussões foram tão fortes, em todos os campos, que o governo
3 estadual resolveu até..........censura à imprensa, ..........de diminuir o estado de alarma da população. Quanto ao
4 município, impôs tabelamento de gêneros de primeira necessidade, no propósito de ........a especulação. Em dado
5 momento, estando doentes os próprios coveiros do cemitério da Santa Casa, o governo estadual se permitiu escalar
6 sentenciados da Casa de Correção para trabalharem nas inumações.”
1 “Subverter as relações existentes, em um sentido ou outro, eis o objetivo das revoluções. Suas promessas são,
2 sem dúvida, mais atraentes para os grupos mais desfavorecidos, mas também apresentam riscos mais elevados. Em
3 primeiro lugar, pela incerteza quanto ao que virá depois; em segundo lugar, porque provocam intensos
4 enfrentamentos sociais nos quais, para conseguir algo mais, pode-se perder tudo. Nessas condições, o interesse e o
5 ponto de vista particulares tendem a diferir dos sociais. Da perspectiva individual, pode ser mais seguro, requerer
6 menos esforço, ser menos arriscado e apresentar mais probabilidades de êxito tentar mudar a própria sorte dentro
7 das relações sociais existentes que alterar estas para mudar a sorte de todos.”
4) Existem, em Língua Portuguesa, palavras que, embora pertencendo à mesma família, apresentam pequenas
diferenças no radical. É o caso de um dos substantivos abaixo, que, em relação a um adjetivo da mesma família,
apresenta diferença em consoantes do seu radical. Qual é esse substantivo?
A) grupos (l. 2)
B) incerteza (l. 3)
C) esforço (l. 6)
D) probabilidades (l. 6)
E) êxito (l. 6)
1 O Rio, nos primeiros anos 30, sabia onde eram os cafés dos sambistas, dos músicos, dos turistas e dos
2 boêmios. Noel Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto do samba – o Café Nice – e preferia a Lapa, onde vivia o
3 pessoal da madrugada, bons bebedores, alguns cafetões, várias meretrizes, que se portavam com dignidade nas
4 horas de folga, e gente solitária; ignorávamos de que vivia ,e nenhuma pergunta era endereçada a ele, esse amigo de
5 todos, Noel da Lapa. Bebendo muito e se alimentando pouco, Noel se tornou presa fácil de tuberculose. Naquele
6 tempo, a doença era meia morte.
5) A partir da palavra “Lapa” (l. 2), foram criadas as cinco palavras da coluna A, utilizando-se sufixos correntes na
Língua Portuguesa; na coluna B, foram listados três significados.
Coluna A Coluna B
1. lapófilo ( ) aquele que estuda a Lapa
2. lapólatra ( ) aquele que odeia a Lapa
3. lapético ( ) aquele que é amigo da Lapa
4. lapólogo
5. lapófobo
A numeração correta da coluna B, de cima para baixo, para associar as duas colunas, é
A) 4–5–1
B) 4–2–3
C) 1–5–2
D) 1–2–3
E) 3–1–4
1 Até o início do século, nenhum investigador havia considerado os sonhos passíveis de uma interpretação séria;
2 apenas a “opinião leiga” e as massas incultas entendiam que os sonhos constituem mensagens legíveis. Os sonhos
3 são de fato mensagens, concordava Freud, mas não as esperadas pelo público em geral. Não revelam seu sentido
4 pelo método corrente de atribuir...........cada detalhe do sonho uma significação simbólica única e definida, nem é
5 possível lê-los como um criptograma a ser decifrado por meio de uma chave ingênua. Freud declarou a inutilidade de
6 ambos os procedimentos interpretativos populares. ...........deles, ele recomendava o método catártico: o sonhador
7 deve empregar a associação livre, renunciando à sua costumeira crítica racional aos meandros mentais, para
8 reconhecer o sonho ...........ele é um sintoma.
6) Com o mesmo radical da palavra “passíveis” (l. 1) é formada a palavra
A) passado
B) inultrapassável
C) capacidade
D) impassibilidade
E) pacífico
1 Alguém poderia imaginar que aquele pacato subgerente do banco deixa todos os dias sua agência para se
2 transformar num temeroso lutador de luta-livre? Ou que seu formal e discreto advogado reforça o orçamento tocando
3 bateria numa banda de rock ou encarnando um personagem na polêmica peça Calígula? Ser um biprofissional é hoje
4 uma solução comum para driblar os baixos salários e a impossibilidade de depender de uma só carreira – às vezes
5 aquela da qual mais se gosta – , nem sempre em sintonia com as tendências do mercado.
6 Preconceitos e dificuldades à parte, cada vez mais o acúmulo de duas profissões ganha novos adeptos,
7 dispostos a enfrentar a versatilidade que a condição de biprofissional exige. Afinal, é preciso estar sempre preparado
8 para mudar repentinamente de hábitos, roupas e ambientes de trabalhos.
8) Neste texto, o autor cria a palavra biprofissional para nomear o fenômeno a respeito do qual seu texto versará. Para
tanto, ele utiliza um mecanismo produtivo de formação de palavras em língua portuguesa – a prefixação. Quanto à
prefixação, é correto afirmar que
A) as palavras preconceitos (l. 6), impossibilidade (l. 4) e transformar (l. 2) são também resultado de sua
aplicação.
B) as palavras reforça (l. 2), subgerente (l. 1) e repentinamente (l. 8) são também resultado de sua aplicação.
C) as palavras sempre (l. 5) poderia ser tomada como base para sua aplicação, da mesma forma como o autor
tomou profissional, dando origem a um novo item no vocabulário da língua portuguesa.
D) Sua aplicação às palavras polêmica (l. 3) e carreira (l. 4) exigiria alteração na pronúncia da palavra, deslocando
a tonicidade de uma sílaba para outra.
E) Na adição de sub a agência (l. 1), o prefixo constituiria uma sílaba isolada, à semelhança de subalterno.
1 Pais e adultos em geral são incompetentes para entender o que vai pela cabeça das crianças; estas, por sua
2 vez, são incapazes de detectar o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona cinzenta que
3 reúne essas duas conhecidas limitações, reside o objeto de “Quarto de Menina”, estréia literária da psicanalista
4 carioca Livia Garcia Roza.
5 Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora com o
6 pai, intelectual pacato, caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180 páginas, relata o seu
7 cotidiano, que se limita, aqui, ao próprio quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe.[...]
8 Apesar disso, não se trata de uma obra para crianças. A construção híbrida da narrativa descarta episódios
9 mais banais ou preocupações que seriam em tese mais comuns às crianças, dando destaque para os diálogos, seja
10 entre Luciana e os pais, seja entre a garota e suas bonecas.
11 No primeiro caso, Luciana freqüentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto estes ficam
12 perplexos diante de reações ou perguntas da filha. Já nas “conversas” com seus amigos de quarto, a narradora expõe
13 seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a dificuldade
14 de captar o significado dos eventos que ela mesma narra, significado que nós, leitores presumivelmente maduros,
15 enxergamos logo de cara.
16 Nessa capacidade de explicitar ao mesmo tempo uma história e a não-compreensão dessa mesma história
17 pelo seu próprio narrador, aí está um dos pontos mais interessantes de “Quarto de Menina”.[...]
9) Todos as palavras abaixo possuem o mesmo prefixo, com exceção de
A) insinuações (l. 11)
B) indireta (l. 13)
C) incompetentes (l. 1)
D) incapazes (l. 2)
E) inconscientemente (l. 13)
11) Assinale a alternativa que apresenta duas palavras que não sejam da mesma família.
1 Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa
2 espécie de niilismo a que o Brasil nos leva. Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. Fica cada
3 vez mais difícil espantar os burgueses. Os burgueses não se espantam com mais nada. Alguns talvez se
4 surpreendam quando ouvem um filho pequeno ou um neto repetindo uma letra dos Mamonas, mas nestes casos o
5 espanto é divertido, ou pelo menos resignado. A necessidade de se ser absolutamente claro sobre que tipos de
6 atividade sexual causam AIDS e como fazer para preveni-la acabou com qualquer preocupação da imprensa e da
7 propaganda com o pundonor (grande palavra) alheio, embora ainda façam alguns rodeios. A linguagem ficou mais
8 leve, ficamos menos hipócritas. Burgueses epatáveis ainda existem, mas o acúmulo de agressões a seus ouvidos e
9 pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem, não é em público.
14) A palavra epatáveis (l. 8) foi criada por Veríssimo a partir do verbo épater, que no francês significa espantar. O
neologismo do autor segue as regras de derivação da língua portuguesa da seguinte forma: a partir do empréstimo
da palavra francesa, obtém-se o verbo epatar; tomando tal verbo como radical é possível, então, a formação de
epatáveis. Seguindo a sugestão do autor, foram criados os cinco neologismos que aparecem na coluna A; na
coluna B, aparecem observações sobre a estrutura ou o significado de alguns desses neologismo.
Coluna A Coluna B
1. epatados ( ) substantivo formando a partir do adjetivo epatável.
2. epatabilidade ( ) substantivo que designa o agente de uma ação, significando aquele
3. inepatáveis que espanta.
4. epatador ( ) palavra formada pela adição de prefixo e sufixo.
5. epatadiço
Assinale a alternativa cuja numeração corresponde à associação correta entre a coluna A e a B, de cima para baixo.
A) 2–4–3
B) 1–4–3
C) 5–2–1
D) 1–5–2
E) 2–5–1
15) O único par de palavras cujos prefixos não apresentam o mesmo significado é
A) desvinculada – indispensável
B) pressupõe – pré-requisito
C) imobilistas – impune
D) prepotência – antijornalística
E) desrespeitando – imobilistas
1 Na carta mais extensa sobre a terra, a fauna e a flora do Brasil, datada de 1560, ele [Anchieta] atende a um
2 pedido do padre geral dos jesuítas para “escrevermos acerca do que seja digno de admiração ou desconhecido nessa
3 parte do mundo”.
4 Assunto é o que não faltava. A natureza do Novo Mundo era um assombro, com seus bichos exóticos, cobras
5 formidáveis, insetos jamais vistos pelos europeus. Era para eles que o sábio Anchieta escrevia, daí o acento no
6 exotismo, mas com a vantagem de uma conveniência íntima, ditada pela sobrevivência no dia-a-dia. Quando fala nos
7 animais, por exemplo, ele freqüentemente acrescenta detalhes pragmáticos – “as onças são “boas para se comerem”,
8 a carne de macaco faz bem aos doentes e a dos papagaios, embora também recomendada, em alguns casos provoca
9 prisão de ventre”. “A divisão das estações do ano é totalmente oposta à maneira por que aí se compreende: quando lá
10 é primavera, aqui é inverno, e vice-versa”, explica Anchieta aos interlocutores d’além-mar. “Ambas, porém, são de tal
11 modo temperadas, que não faltam no tempo de inverno os calores do sol para contrabalançar o rigor do frio, nem no
12 estio, para tornar agradáveis os sentimentos, as brandas aragens e os úmidos chuveiros.” Na fauna fluvial, o que mais
13 merece atenção é “um certo peixe, a que chamamos boi marinho, os índios os denominam iguaraguá, freqüentemente
14 na capitania do Espírito Santo e em outras localidades para o Norte”. Alimentam-se de ervas, amamentam os filhotes
15 e excedem o boi na corpulência.
16 Nada, porém, que se compare às sucuris. “Não é fácil acreditar-se na extraordinária corpulência destas
17 cobras”, acautela o padre, antevendo a incredulidade. “Engolem um veado inteiro e até animais maiores; isto tem sido
18 observado por todos; alguns dos nossos irmãos a viram espantados e até um deles, vendo uma serpente a nadar no
1 No nosso tão complexo mundo moderno, ou pós-moderno, a necessidade imperiosa de princípios normativos
2 – por uma deontologia – se faz notar em todas as áreas do conhecimento humano. Fala-se de uma bioética, como se
3 fala de ética dos negócios, de éticas do dinheiro, de moral pública, de moral política e até de uma “internética”, que
4 seria possibilidade de uma regulamentação ou controle da mais onipresente tecnologia moderna de comunicação
5 escrita.
6 A cada dia, um novo setor, uma nova tecnologia, uma descoberta genética ou uma invenção científica tornam
7 indispensáveis novas regras de conduta profissional. Entre as novidades boas e más trazidas pela globalização está a
8 certeza de que, do ponto de vista de seu destino, não há mundos estanques para o homem pós-moderno. O seu
9 futuro sobre a “aldeia global” dependerá da capacidade de estabelecer prescrições e interdições para conter a
10 destruição e o mal que ele próprio criou, voluntariamente ou não, por meio de seu engenho e arte: como controlar o
11 uso da energia nuclear, como preservar o meio ambiente, como conter os experimentos genéticos que suscitam
12 fantasias insanas de eugenia, superioridade racial, limpeza étnica, super-homem?
13 Além disso, o fim das ideologias, ou pelo menos das certezas ideológicas, o desvirtuamento das utopias, o
14 desaparecimento das referências, o declínio dos valores tradicionais, a emergência de um individualismo
15 autoconcentrado e narcísico, as vertiginosas transformações tecnológicas, todo esse mal-estar “fin-de-siècle” atordoou
16 e desorientou o homem, ruindo as bases de sua confiança e criando o chamado “vazio moral”.
17 Talvez para fugir desse vazio é que esteja uma forte demanda por princípios, uma espécie de renascimento
18 ético, no Brasil e no mundo. Assim, uma das descobertas positivas deste tumultuado fim de milênio é a consciência de
19 que, sem princípios normativos, instaura-se o reino da entropia e do caos, a civilização dá lugar à barbárie. A ética
20 não é, portanto, uma abstração acadêmica, mas uma das maneiras de ajudar a preservação não só das profissões,
21 como da espécie.
18) Na palavra deontologia (linha 2) e eugenia (linha 12), o radical e o prefixo sublinhados têm, respectivamente, o
sentido de
A) estudo – excelência
B) ciência – beleza
C) palavra – superioridade
D) norma – bondade
E) conduta – grandiosidade
Coluna A Coluna B
1. repetição ( ) descontentamento
2. anterioridade ( ) contribuir
3. reunião ( ) preocupação
4. negação ( ) compartilhar
( ) revestir
Está correta a numeração da alternativa
A) 4, 3, 1, 3, 2
B) 2, 1, 3, 4, 1
C) 2, 3, 1, 3, 4
D) 4, 3, 2, 3, 1
E) 2, 2, 4, 3, 1
1 O homem do mundo contemporâneo vive uma preocupação crônica: a busca desenfreada do ter. Engolfa-se
2 nessa preocupação cotidianamente e constrói para si o vazio de sua existência. Manipulado diariamente e sob
3 múltiplas formas pelo mundo da consumocracia, segue tranqüilamente o canto da sereia da moderna sofisticação e
4 automação, transformando-se em algo coisificado e quantificado. Aos poucos desaparece o alguém para sobrar o
5 algo. Tudo isso, sob o império do ter.
6 Nessa turbulência, surge um clamor angustiante pela volta ao ser, pelo valor do ser. Importa ser e não tanto
7 ter. O ter é somente a moldura para o ser: antes de o homem dizer “eu tenho”, há a realidade do “eu sou”. Para ser, é
8 preciso ter. Essas duas faces da vida do homem fundamentalmente dependem dos valores do ter e do ser, dispostos
9 numa inteligente hierarquia.
23) Considerando os elementos formadores da palavra “consumocracia” (linha 3), é correto afirmar que ela significa
A) o poder do consumo
B) o mal do consumo
C) a influência do consumo
D) o benefício do consumo
E) a atualidade do consumo
1 O que denominamos sociedade é com efeito uma vasta rede de acordos mútuos. Concordamos em nos
2 abster de matar nossos concidadãos, e eles, por sua vez, concordam em se abster de nos matar; concordamos em
3 guiar na mão-direita da estrada, e outros concordam em fazer o mesmo; concordamos em entregar mercadorias
4 especificadas, e outros concordam em nos pagar por elas; concordamos em observar os regulamentos de uma
5 organização, e a organização concorda em consentir que desfrutemos dos seus privilégios. Esta complicada rede de
6 acordos, onde se entretece cada pormenor de nossa vida, e na qual se baseiam as nossas expectativas de existência,
7 consiste essencialmente de declarações sobre acontecimentos futuros, que esperamos se desencadeiem mediante os
8 nossos esforços. Na ausência de tais acordos, não existiria coisa tal como a sociedade. Estaríamos amontoados em
9 cavernas miseráveis e isolados, sem nos atrevermos a confiar uns nos outros. Inversamente, em presença de tais
10 acordos, e pela vontade que tem uma grande maioria de pessoas de viver segundo eles, o comportamento começa a
11 se amoldar a padrões relativamente previsíveis; a cooperação torna-se possível; reinam a paz e a liberdade.
24) Responda à questão 24 com base nas afirmativas a seguir.
I. A idéia de união está presente nos prefixos formadores das palavras “concidadãos” (L. 2) e “cooperação” (L. 11).
II. Os sufixos formadores das palavras “organização” (L. 5) e “acontecimentos” (L. 7) indicam serem elas resultado de
uma ação.
III. O núcleo de sentido comum às palavras “concordam” (L. 2) e “acordos” (L. 6) explica-se pelo fato de ambas
pertencerem à mesma família.
IV. Os mesmos tipos de elementos que constituem a palavra “previsível” estão presentes na palavra “possível” (L. 11).
Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as alternativas
A) I e II D) I, II e III
B) II e III E) II, III e IV
C) II e IV
1 “Há anos que acompanho o debate que se trava na sociedade sobre a influência da televisão na educação
2 das crianças. De tempos em tempos, o assunto entra na pauta da mídia e a discussão se espraia para as mais
3 diversas e antagônicas teses, defendidas ardorosamente por psicólogos, sociólogos, antropólogos, comunicólogos e
4 outros “logos” que não vale a pena elencar.
5 As teses vão desde a crença no caráter pernicioso e decisivo para a deformação infantil da programação
6 “cheia de sexo e violência” da tevê, até a afirmação da mais absoluta neutralidade do meio quanto ao processo de
7 construção da personalidade humana. Umas dizem que as crianças bombardeadas por horas diárias de televisão
8 violenta e pornográfica formam-se à sua imagem e semelhança e por isso são bandidas, insubordinadas e avessas ao
9 estudo, em escala realmente crescente. Outras, tão doutas quanto aquelas, asseguram que a televisão não influi
10 negativamente e que, ao contrário, dá ao menor uma consciência do errado num nível de informação que o torna um
11 ser privilegiado diante das crianças que se desenvolveram até a metade deste século.”
27) Considere as seguintes afirmações sobre a formação de palavras do texto:
I. As palavras realmente (linha 9) e negativamente (linha 10) são formadas por sufixação.
II. As palavras influência (linha 1) e insubordinadas (linha 8) apresentam prefixos de mesmos sentido.
III. As palavras deformação (linha 5) e informação (linha 10) são formadas por aglutinação.
Quais estão corretas?
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas I e II
D) Apenas I e III
E) Apenas II e III
1 Sair da faculdade com emprego garantido é um sonho distante para muitos estudantes, não para os
2 engenheiros de telecomunicações. Pelo menos neste momento de transformações no setor, esses jovens estão com o
3 futuro garantido. Desde a quebra do monopólio estatal, marcado pelo fim do sistema Telebrás, em 1998, as empresas
4 de telecomunicações têm avançado com voracidade sobre os novos talentos que saem das faculdades. A estratégia
5 se assemelha às utilizadas pelas companhias em relação aos formandos de grandes centros americanos como a
6 Universidade Harvard ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Um mês antes da formatura, as empresas
7 do setor pedem as listas dos alunos que estão prestes a se formar. Ninguém fica na mão. Só neste ano, apenas cinco
8 grandes empresas de telefonia – Embratel, Intelig, ATL, Telefonia celular e Vésper – estão abrindo vaga para mais
9 5.000 funcionários.
10 Nos últimos anos, a infra-estrutura em telecomunicações tornou-se tão importante para um país quanto a
11 construção de estradas, empresas e aeroportos. O Brasil já assinalou essa filosofia. Em 2005, a previsão é de que o
12 número de celulares ultrapasse a barreira dos 58 milhões de aparelhos, quase quatro vezes o número atual. Na
13 telefonia fixa, a quantidade de linhas deve dobrar. As operadoras de televisão por assinaturas também entram na
14 estatística: a porcentagem de assinantes deverá quintuplicar até 2005. Só nos primeiros seis meses do ano passado
15 houve 26 operações de fusão e aquisição envolvendo empresas de telecomunicações no Brasil, segundo pesquisa
16 feita pela consultoria KPMG. Em breve, essa febre vai aumentar. A partir de 2002 o setor de telecomunicações será
17 totalmente liberado à concorrência, como ocorreu nos Estados Unidos em 1996 e na Europa no ano passado. Estima-
18 se que 64 bilhões de dólares serão despejados até 2006. Com tantos investimentos as empresas vão precisar de
19 ainda mais mão-de-obra.
1 Alguns pais passam anos tentando convencer os filhos a disputar uma vaga na faculdade que eles, mais velhos
2 e experientes, consideram a melhor, sem ligar a mínima para os sonhos dos garotos. É uma contradição: deseja-se
3 que o rebento seja feliz – mesmo que para isso tenha de sofrer muito. Um dos resultados dessa maneira de encarar
4 as coisas é a transformação dos estudantes em autômatos que, na batalha por uma vaga na universidade – quase
5 nunca a que eles realmente gastariam de cursar -, tornam-se totalmente dependentes da indústria do treinamento
6 para os vestibulares. Esta faz dos moleques ótimos, incríveis executores de regras, porém sem o menor senso
7 crítico.(...)
31) As palavras “transformação” (linha 4) e “treinamento” (linha 5) apresentam, respectivamente, o mesmo processo
de formação de
A) intolerância e jogador.
B) microcosmo e universidade
C) industrial e regras
D) anteposição e aguardente
E) passatempo e afastamento
1 Todo mundo ri das desgraças dos outros. Como diz a velha marchinha de carnaval, “pimenta nos olhos do
2 outro é refresco”. É realmente engraçado que o riso seja, quase sempre, provocado pelo ridículo, pela situação
3 incômoda, pelo grotesco, pela tristeza. Em épocas de paz (se as há) nunca se viu ninguém ridicularizando ninguém.
4 Nas outras – menos calmas, mais vigiadas – o humor burla a proibição com a irreverência, com a ridicularização dos
5 prepotentes e com a subversão dos costumes( nem tão comportados assim).
32) Assinale a única alternativa em que a primeira palavra apresenta prefixo e a segunda, sufixo.
A) desgraças (l. 1) – pimenta (l. 1)
B) incômoda (l. 3) – realmente (l. 2)
C) tristeza (l. 3) – calmas (l. 4)
D) refresco (l. 2) – ninguém (l.3)
E) ridículo (l. 2) – carnaval (l. 1)
33) Na redação de suas cartas, os leitores empregaram palavras formadas com o auxílio de afixos. Em qual delas há
um sufixo que significa “de maneira”, “de modo”?
A) instigante
B) comportamento
C) compreensão
D) rivalidade
E) infinitamente
34) O prefixo acrescenta à palavra o mesmo sentido em “descontrair” e em
A) retirar
B) conceder
C) debruçar
D) inviabilizar
E) enroscar
Português 220 Professor Paulo Ricardo
1 Entre nós se sucedem as manifestações de alunos reclamando da “qualidade do ensino”. Os jovens
2 ocidentais estão se dando conta de que a integração econômica está privilegiando certos países que têm assumido a
3 vanguarda tecnológica, como o Japão, por exemplo, e que nunca ouviram falar das nossas inovações pedagógicas.
4 A realidade nos obriga a constatar que a abolição do ensino exigente não trouxe nem desenvolvimento
5 econômico mais acelerado nem a autonomia tecnológica. Também teme a liberdade de questionar se este tipo de
6 educação é adequada aos países de terceiro Mundo que lutam com dificuldades quase que insuperáveis de atraso e
7 miséria e que precisam de estudantes qualificados e preparados para os desafios de uma internacionalização
8 acelerada do Mundo. Felizmente, aqui e acolá, educadores e professores têm se irmanado em rever o sistema de
9 avaliações e a tolerância excessiva na questão das exigências. A era das irresponsabilidades deve marchar para o
10 seu fim.
35) O prefixo re- tem o mesmo sentido em rever (linha 08) e na palavra
A) regredir
B) refluir
C) reingressar
D) reagir
E) reprovar
1 Podemos definir a mentira deslavada ou descarada como aquela..........é possível encontrar uma prova
2 irrefutável de que a pessoa que a disse sabe que está mentindo e o faz deliberadamente. Os indivíduos surpreendidos
3 em flagrante no ato de dizer mentiras descaradas não apenas ficam desacreditados durante a interação específica,
4 mas podem ter sua própria dignidade destruída de forma duradoura. Entretanto há muitas mentiras inocentes, ditas
5 por médicos, esteticistas e outros profissionais, provavelmente com a finalidade de resguardar os sentimentos do
6 público que é enganado, e tais formas de inverdades não são consideradas desabonadoras para quem as ..........
7 Além disso, na vida cotidiana, algumas técnicas de comunicação, tais como a insinuação, a ambigüidade e omissões
8 essenciais, permitem a qualquer pessoa aproveitar-se da mentira, sem, tecnicamente, dizer nenhuma.
36) todas as palavras abaixo têm prefixo, À EXCEÇÂO DE
A) deslavada (linha 1)
B) desacreditados (linha 3)
C) inverdades (linha 6)
D) desabonadoras (linha 6)
E) insinuação (linha 7)
1 No Brasil das últimas décadas, a miséria teve diversas caras. Houve tempo em que, romântica, ela batia à
2 nossa porta. Pedia-nos um prato de comida. Algumas vezes, suplicava por uma roupinha velha. Conhecíamos os
3 nossos mendigos. Cabiam nos dedos de uma das mãos. Eram parte da vizinhança. Ao alimentá-los e vesti-los,
4 aliviávamos nossas consciências. Dormíamos o sono dos justos.
5 A urbanização do Brasil deu à miséria certa impessoalidade. Ela passou a apresentar-se como um elemento
6 da paisagem. Algo para ser visto pala janelinha do carro, ora esparramada sobre a calçada, ora refugiada sob o
7 viaduto.
8 A modernidade trouxe novas formas de contato com a riqueza. Logo a miséria estava batendo, suja,
9 esfarrapada, no vidro de nosso carro. Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Passamos a exercitar
10 nossa infinita bondade pingando esmola em mãos rotas. Continuávamos de bem com nossos travesseiros.
11 Com o tempo a miséria conquistou os tubos de imagem dos aparelhos de TV. Aos poucos, foi perdendo a
12 docilidade. A rua oferecia-nos algo além de água encanada e luz elétrica. Os telejornais passaram a despejar
13 violência sobre o tapete da sala, aos pés de nossos sofás. Era como se dispuséssemos de um eficiente sistema de
14 miséria encanada. Tão simples quanto virar uma torneira ou acionar o interruptor, bastava apertar o botão da TV.
15 Embora violenta, a miséria ainda nos excluía. Vivia-se nesta fase, a utopia da cesta básica. Tentava-se remediar anos
16 de omissão com programas oficiais paternalistas.
17 Súbito, a miséria cansou de esmolar. Ela agora não pede: exige. Ela já não suplica; toma. A miséria não bate
18 mais à nossa porta; invade. Não estende a mão diante do vidro do carro; arranca os relógios dos braços distraídos.
37) Assinale a alternativa que faz uma afirmação correta sobre a estrutura de palavras do texto.
A) As palavras impessoalidade (linha 5) inesperada (linha 9) e infinita (linha 10) apresentam um mesmo prefixo.
B) As palavras riqueza (linha 8) e docilidade (linha 12) são substantivos abstratos derivados de outros substantivos
da língua portuguesa.
C) As palavras esparramada (linha 6) e esfarrapada (linha 9) são semelhantes por serem formadas através da adição
do mesmo prefixo e do mesmo sufixo.
D) O sufixo –inho presente nas palavras roupinha (linha 2) janelinha (linha 6) acrescenta ao radical das mesmas
uma idéia das dimensões diminutas dos objetos referidos.
E) As palavras vizinhanças (linha 3), bondade (linha 10) e relógios (linha 18) são formadas por sufixação.
39) Abaixo há palavras cuja formação ocorreu pelo acréscimo de um sufixo que transforma adjetivos em substantivos.
Assinale a alternativa em que esse processo de formação pode ser identificado.
A) comportamento
B) moradia
C) homogeneidade
D) organização
E) tendências
40) Todas as palavras abaixo, que aparecem no texto, contém o mesmo sufixo. Assinale a alternativa em que a palavra
contém, na sua estrutura, outro sufixo além do que é comum a todas.
A) explicação
B) concepção
C) formação
D) conscientização
E) percepção
41) Considere as seguintes afirmações acerca da estrutura de palavras do texto.
I – As palavras precondição e antemão são formadas pela adição de prefixos cujo significado está relacionado a
prévio.
II – Os adjetivos cultural e artística são formados a partir de substantivos, por sufixação.
III –Os verbos massificar e banalizar apresentam sufixos equivalentes em termos de significado.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
GABARITO: 01-C, 02-A, 03-D, 04-D, 05-A, 06-D, 07-C, 08-A, 09-A, 10-B, 11-E, 12-B, 13-B, 14-A, 15-D, 16-A, 17-A,
18-A, 19-C, 20-D, 21-C, 22-D, 23-A, 24-D, 25-A, 26-C, 27-A, 28-D, 29-A, 30-A, 31-A, 32-B, 33-E, 34-D,
35-C, 36-E, 37-A, 38-D, 39-C, 40-D, 41-E, 42-E, 43-D