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Prática Trabalhista

Profs. Delner Do Carmo Azevedo e Marlen de Oliveira Silva

2ª peça prático-profissional
Enunciado:

Juliana Silveira de Amorim, técnica em enfermagem, atualmente desempregada, lhe procura e lhe
apresenta a seguinte situação.

Na data de 21 de janeiro de 2019 foi contratada como assistente em uma clínica de fisioterapia
especializada em reabilitação motora dessa cidade, com remuneração de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos
reais).

Sua jornada de trabalho era:

- Segunda-feira à sexta-feira: das 07h às 16h, com uma hora para descanso e refeição, que era
usufruídas das 11h30min às 12h30min.

- aos Sábado das 9h às 13h, sem intervalo.

Não trabalhando aos domingos e nem aos feriados.

No momento de sua contratação lhe foi informado que suas atribuições consistiriam em recepcionar
os clientes na clínica, encaminhar ao fisioterapeuta que iria atender o paciente e durante o atendimento,
auxiliaria o profissional com entrega de equipamentos e aparelhos e higienização da sala após finalizado
o atendimento de cada paciente.

Ocorre que, já no primeiro dia de trabalho, a gerente da Clínica, sra. Leonora Monteiro, informou
que além das atribuições acima, deveria também manter o banheiro da sala da recepção limpo e
organizado, e após o término dos atendimentos do dia, deveria elaborar um relatório de atendimento do
profissional que havia sido designada para auxiliar durante os atendimentos, conforme planilha já
preparada e existente no computador da recepção, e envio à gerência por e-mail.

Diante dessas novas atribuições, principalmente por causa dos relatórios diários, nunca conseguiria
encerrar suas atividades no horário pactuado, permanecendo na empresa, todos os dias, inclusive aos
sábados, em média, mais 30min.

Informa que o controle de ponto era manual, sendo que ela anotava diariamente sua jornada de
trabalho, mas não era permitido anotar esse horário a mais que permanecia para elaboração e envio do
relatório diário, e, portanto, a anotação era britânica.

Afirma que jamais recebeu nada além de sua remuneração normal, sendo que sua última
remuneração foi de R$ 1.750,00 (mil setecentos e cinquenta reais), face aos reajustes anuais.

A clínica contava com 06 (seis) fisioterapeutas, 06 (seis) auxiliares e 02 (duas) recepcionista, e em


média atendia aproximadamente 30 a 50 pessoas por dia.
Esclarece que foi designada para auxiliar um fisioterapeuta determinado, contudo, caso outra
auxiliar faltasse, caberia as auxiliares presentes, entre um atendimento e outro, se revezar no auxílio do
profissional.

Informa que no dia 02/08/21 foi chamada pela gerente em seu escritório sendo informada de sua
demissão, com dispensa imediata. A gerente informou que dentro do prazo da lei ela receberia todos os
direitos através da conta corrente em que eram depositados os seus salários e que ligariam para que ela
comparecesse na empresa, munida de sua carteira de trabalho para as devidas anotações de baixa.

Ocorre que até hoje não houve nenhum pagamento e nem ocorreu a baixa da CTPS, nem mesmo
na CTPS Digital e sempre que tentou contato com a empresa, diziam que o escritório de contabilidade
entraria em contato, mas isso nunca aconteceu.

Não foi entregue nenhuma guia para levantamento do FGTS e nem para dar entrada no seguro-
desemprego.

Diante de tais esclarecimento, adote a medida possível para defesa dos interesses de Juliana.

Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Juliana, sem acrescentar
dados ou informações que não estejam no enunciado.
Desnecessária a indicação do rito processual adequado para o caso.

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo
à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não serão admitidos. Nos casos em
que a lei exigir liquidação de valores, não será necessário que sua apresentação, mas tão somente
indique as parcelas a serem liquidadas, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado
especificamente para tal fim

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