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I
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus pela força de espírito, vontade e saúde para que este
trabalho fosse um sucesso. Os meus agradecimentos vão ao corpo docente do Curso de
Contabilidade e Administração Publica, especialmente para o meu supervisor Dr.Manuel Rato
Inocêncio António que me apoiou incondicionalmente para a realização desta monografia, onde
se mostra disponível a qualquer momento desde a concepção até a elaboração da mesma. Um
especial agradecimento vai para a minha esposa Amina Alfane Munheiro e toda a família
Mussa, aos colegas, irmãos que de forma directa e indirecta contribuíram para o sucesso da
elaboração desta monografia, por isso o meu muito obrigado.
II
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DA HONRA
Eu, Sufiane Mussa Abdala Riguela declaro por minha honra que esta monografia é o resultado
da minha investigação pessoal, o seu conteúdo é original e as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final.
Declaro ainda que o mesmo nunca foi apresentado em nenhuma instituição de ensino para a
obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
III
APROVAÇÃO DO JÚRI
Este trabalho foi aprovado com a classificação de_______________________________ e
expressão numérica de ____ valores, no dia____ de ________________ de 201__, por nós
membros do júri examinador do Instituto Superior Politécnico de Tete.
MEMBROS DO JÚRI
_________________________
(O Presidente)
_________________________
(O Oponente)
_________________________
(O Supervisor)
IV
RESUMO
O processo de controlo é formal em algumas entidades públicas, contudo o mesmo pode
influenciar no bom controlo e na boa gestão do património organizacional. Logo, tendo como
ponto de partida a revisão bibliográfica utilizada, esta investigação pretende estudar a
importância do processo de controlo como ferramenta fundamental dos bens patrimoniais no
Comando Provincial em Tete. Neste contexto, o presente trabalho é fruto de uma pesquisa de
carácter exploratório e descritivo e possui como base a aplicação de um instrumento, em uma
amostra de conveniência de uma instituição do estado que é o Comando Provincial da PRM em
Tete. Após a aplicação e a análise interpretativa dos seus resultados foi constatado que o
Comando Provincial da PRM-Tete, embora o processo de controlo seja executado nos períodos
em que a lei prevê este não é sinónimo de uma boa gestão nesta instituição, ou seja não ajuda na
gestão do património permitindo a utilização indevida, inclusão de bens obsoletos entre outros
aspectos consequentes. Para se melhorar o processo de controlo nesta, foram dadas algumas
sugestões para futuros processos com o intuito de melhora-lo envolvendo mais intervenientes de
modo que este contribua para o fim do qual é necessário.
V
ABSTRACT
The inventory process is customary in some public entities, but it can influence the good control
and good management of the organizational heritage. Therefore, starting from the
bibliographical review used, this research intends to study the importance of the inventory
process as a tool for controlling patrimonial assets in the Provincial Command in Tete. In this
context, the present work is the result of an exploratory and descriptive research and is based on
the application of an instrument, in a convenience sample of an institution of the state that is the
PRM Command in Tete. After the application and the interpretive analysis of its results, it was
verified that the provincial command, although the inventory process is carried out in the
periods in which the law provides for this, is not synonymous with good management, that is, it
does not help in the management of the assets allowing the use Unduly, including obsolete
goods, among other consequential aspects.
In order to improve the inventory process, some suggestions have been made for future
processes with the aim of improving it by involving more stakeholders so that it contributes to
the end of which it is necessary.
VI
LISTA DE ABREVIATURAS
PRM –Polícia da República de Moçambique
SISTAFE – Sistema Tributário da Administração Financeira do Estado
FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique
RENAMO – Resistencia Nacional de Moçambique
DLF – Direcção da Logistica e Finanças
PQG – Plano Quinquenal do Governo
OE – Orçamento do Estado
RPE – Regulamento de Patrimonio de Estado
VII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA...............................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................II
APROVAÇÃO DO JÚRI..............................................................................................................IV
RESUMO........................................................................................................................................V
ABSTRACT..................................................................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS....................................................................................................VII
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................................IX
1. Introdução.............................................................................................................................1
1.1. Problematização................................................................................................................2
2. Justificativa...........................................................................................................................2
3. Objectivos....................................................................................................................................2
4. Relevância do tema......................................................................................................................3
5. Hipóteses......................................................................................................................................4
REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................................5
6.1. Conceitos..........................................................................................................................5
6.4.3. Registo.........................................................................................................................27
7.3. População............................................................................................................................31
8. ESTUDO DE CASO..................................................................................................................32
9. Conclusões e Recomendações............................................................................................42
9.1. Conclusões......................................................................................................................42
Apêndice........................................................................................................................................46
LISTAS DE TABELAS E FIGURAS
Figura. Codigo 053332 – Número do patrimônio do bem. .......................................................... 21
Tabela. Todos bens que existem no Comando Provincial da PRM de Tete, estão registados na
Conservatória em nome..............................................................................................................35
VIII
LISTA DE GRÁFICOS
Gráficos 1: Será que os bens patrimoniais alocados aos Comandos Distritais, as Esquadra e
Postos Policiais estão sub controlo e gestão do Comando Provincial da PRM-Tete. ..................34
Gráficos 5: A Pessoa que faz a conferência do inventário é diferente de quê actualiza ...........38
Gráficos 7: As pessoas que trabalham na área do Património têm habilitações para tal. ..........39
IX
1. Introdução
A presente monografia científica de com tema de importância do controlo interno na gestão dos
bens patrimonias do estado – caso comando provincial da prm de tete (2016 2018), cujo a
sociedade está mais atenta à forma como os recursos públicos têm sido aplicados pelo Governo
esse controlo social deve ser exercido de forma irrestrita e acessível por todos os cidadãos.
Factores que podem contribuir o adequado acompanhamento da utilização dos recursos que são
colocados a disposição dos gestores públicos são a fidedignidade e confiabilidade dos
demonstrativos contabilísticos elaborados pelos órgãos e entidades públicas. Esse controlo tem
início quando seus representantes são eleitos, objectivando o atendimento das necessidades da
kmb nbn hcomunidade. Quando o órgão legislativo aprova a lei orçamental, por exemplo, têm-
se o marco legal que autoriza o administrador a adquirir bens e serviços para o cumprimento da
missão de cada instituição.
Dessa forma, torna-se imperioso que a gestão e o controlo dos bens móveis e imóveis do
Comando Provincial da PRM-Tete sejam realizados de forma eficiente, económica e
transparente desde os procedimentos para sua aquisição, movimentação e guarda até seu
desfazimento, quando se tornarem inservíveis ou obsoletos.
De forma explícita, o trabalho tem objectivo analisar os factores que contribuem na fragilização
da importância do processo de controlo interno dos bens patrimoniais no Comando Provincial da
PRM em Tete. Onde principia o sector de património, visando manter sob controlo dos bens
pertencentes as instituições públicas quanto privadas, dizem respeito à grande imobilização
financeira decorrente na aquisição dos bens e de custos adicionais. É fundamental a elaboração
de instrumento de controlo, referiram dos inventários, cadastros, tombo e outros, o qual deve
constar todos os elementos constitutivos do património.
De forma a permitir o padrão universal para a elaboração do respectivo trabalho foi definido
cinco componentes, onde o primeiro, refere a introdução, espaço pelo qual o autor fez a resenha
de todo conteúdo tratado no trabalho, a justificativa, a relevância de estudo assim como a razão
da pesquisa, problematização, objectivos e as hipóteses. Seguido a parte crucial da discursão das
ideias dos diferentes autores do tema, de forma apresentar os principais conceitos associados a
pesquisa. Terceiro foi reservado para apresentação da metodologia e os resultados esperados; O
0
quarto foi da caracterização do local de estudo e análise e confrontação de dados em relação ao
problema estudado e a ultima parte da apresentação das principais conclusões e recomendações.
1.1. Problematização
2. Justificativa
O presente estudo justifica-se pela sua relevância, uma vez que o processo de controlo de bens
patrimoniais de Estado é importante numa determinada organização, casos concretos no
Comando Provincial da PRM-Tete, para além do preconizado no Decreto no 42/2018 de 24 de
Julho, de acções para o estudo do caso;
A definição deste local para o estudo do caso, prende-se com a acessibilidade de informação que
justifica pela relevância na área do conhecimento sobre o controlo nas instituições públicas,
tendo em vista que para o seu funcionamento utiliza vários bens com duração superior de um (1)
ano.
3. Objectivos
1
3.2. Objectivos Especifico
Mostrar a importância dos procedimentos adoptados no controlo patrimonial dos bens
móveis pelos órgãos da Administração Pública;
Evidenciar quais os critérios e dispositivos legais que norteiam o processo de alienação
dos bens inservíveis para a Administração; e
Identificar os factores que influenciam a fragilidade no processo de controlo de bens
patrimoniais Comando Provincial da PRM em Tete.
4. Relevância do tema
Pôs isso já se percebe que o tema é da imensa relevância a ser estudado, por constituir um
espaço privilegiado para garantir que as contribuições e as sugestões possam surtir resultados
satisfatórios do problema delimitado. Perante esta situação foram definidos três aspectos
relevantes a destacar:
Académico por constituir um aspecto crucial para osuporte da pesquisa do problema que
doravante está contribuir na fragilização da importância do processo do controlo de bens
patrimoniais de Estado, bem como permite contribuir, sugerir e demonstrar os conhecimentos
acatados durante o período formativo e discutir as fontes bibliográficos relacionados com o tema
em estudo.
E na relevância pessoal, prende-se pelo facto autor estar imbuído de responsabilidade como o
funcionário da instituição pública na identificação dos reais factores que causa o problema em
estudo.
2
5. Hipóteses
Hipótese Nula (H1):O controlo na gestão dos bens patrimoniais do Estado é importante para o
Comando Provincial da PRM – Tete.
Hipótese Alternativa (H2): O controlo na gestão dos bens patrimoniais do Estado não é
importante para o Comando Provincial da PRM - Tete.
3
REVISÃO DA LITERATURA
6.1. Conceitos
A palavra controlo deriva do francês controler que significa (registar, inspeccionar, examinar)
ou do italiano, controllo (registo, exame) admitiu-se o vocábulo na técnica comercial para
indicar a inspecção ou exame, que se processa nos papéis ou nas operações, registadas a cada
instante, nos estabelecimentos comerciais.
O controlo “é o processo administrativo que consiste em verificar se tudo o que está sendo feito
está de acordo com o planeado e com as ordens dadas, bem como assinalar as faltas e os erros, a
fim de repará-los e evitar repetição”. de acordo com Silva (1978)
Controlo é o "exame de resultados". E Controlar "é ter certeza de que todas as operações a toda
hora estão sendo realizadas de acordo com o plano adotado com as ordens dadas, e com os
princípios estabelecidos". Ele tende a estimular o planeamento, a significar e fortalecer a
organização, aumentar a eficiência do comando e facilitar a coordenação. De acordo com
Botelho (2006).
Significa a "fiscalização, dentro do próprio estabelecimento para controlar todos os negócios que
se realiza, seja por meio de conferências imediatas, seja por registros especiais, que vai-se
anotando tudo o que vai se fazendo". De acordo com Silva, (2004).
A palavra controlo pode assumir diversos significados em administração, os principais são:
Controlo como função restritiva e correctiva, utilizada no intuito de coibir ou limitar
certos tipos de desvios indesejáveis ou de comportamento não aceitos.
O controlo social que se aplica nas organizações e na sociedade para inibir o
individualismo e a liberdade das pessoas.
O controlo é definido como o processo de garantir que os objectivos organizacionais e gerências
estejam sendo cumpridos; a maneira de fazer com que as coisas aconteçam do modo planeado.
De acordo com Megginson (1986),
A actividade de controlo tem carácter administrativo com o propósito acompanhar a
movimentação dos bens, desde o seu recebimento até sua destinação final.
No exercício das suas funções a Administração Pública sujeita-se a controlo por parte dos
Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o controlo sobre os próprios actos.
Esse controlo abrange não só os Órgãos do Poder Executivo, mas também os dos demais
4
poderes, quando exerçam função tipicamente administrativa, em outras palavras abrangem a
Administração Pública considerada em sentido amplo.
Controlar é o “processo destinado a assegurar que as acções estejam de acordo com os
resultados desejados”. Segundo Albanese (1981).
Os registos, se realiza de forma individualizada e em sistema próprio, geram informações
relevantes para efeito de tomada de decisão, como, por exemplo, a substituição dos bens que não
mais atendam às necessidades da Administração.
Assegura que essa fase compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controlo e pela
sociedade. O Sistema de Controlo visa à avaliar as acções governamentais, da gestão dos
administradores públicos e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado,
por intermédio da fiscalização contabilística, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial. Segundo Chiavenatto, (2004), tem finalidade de:
Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública,
bem como da aplicação de recursospúblicos por entidades de direito privado.
O controlo figura como uma das cinco funções universais da Ciência da Administração, a saber:
prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
5
Controlo Interno contabilístico– o qual visa garantir a fiabilidade dos registos, facilitar a
revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos
activos; e
Controlo Interno administrativo– que compreende o controlo hierárquico e dos
procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto,
planos, políticas e objectivos definidos pelos responsáveis.
Assim, um sistema de controlo Interno deve, prioritariamente: definir a área a controlar (em
termos de orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir o período em que as
informações devem ser prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa a quem, ou seja,
o nível hierárquico que deve prestar informações e a quem deve recebê-las, analisá-las e
providenciar medidas; definir o que deve ser informado, ou seja, o objectivo da informação; por
exemplo: o asfaltamento de tantos metros quadrados de estrada a custo de tantas unidades
monetárias.
O Controlo Interno ganha maior importância na Administração Pública em virtude dessa esfera
não dispor de mecanismos naturais de correcção de desvios, processo que ocorre nas actividades
privadas, onde a “competição” e o “lucro” funcionam como potentes instrumentos para reduzir
desperdícios, melhorar o desempenho e alocar recursos de forma mais eficiente.
Segundo o Filho, (2005) A Administração Pública através de sua doutrina enumera o controlo
sob os seguintes ângulos:
6
Quanto ao tipo de controlo - é feito quanto aos parâmetros do conteúdo da actividade
administrativa;
Quanto aos órgãos responsáveis - o controlo situa-se nas órbitas administrativas,
legislativa ou judiciária;
Quanto à oportunidade de exercício - onde o controle pode ser preventivo; e
Quanto à forma de sua actuação - pode ser interno e externo.
7
O objectivo do controlo é o alvo a ser atingido, aonde se quer chegar, o que se pretende atingir,
o que pretende-se alcançar.
O controlo envolve:
A utilização de indicadores de gestão(números que auxiliam na condução do
empreendimento/tarefas);
As verificações tempestivas do curso do empreendimento;
As tomadas de decisão quanto à mudança de rumo;e
A revisão de todo ou parte do sistema administrativo.
8
Nos termos do artigo 64 da Lei n° 9/2009, de 12 de Fevereiro (Lei do SISTAFE), o controlo
Interno tem por objectivo:
Fiscalizar a correcta utilização dos recursos públicos e a exactidão e fidelidade dos dados
contabilísticos;
Garantir, através da fiscalização, uniformização da aplicação das regras e métodos
contabilísticos;e
Verificar o cumprimento das normas legais e procedimentos aplicáveis.
9
Princípio da Acção: o controlo somente se justifica quando indica providências capazes
de corrigir os desvios apontados ou verificados, em ralação aos planos. De acordo
comChiavenatto, (2001).
O controlo Interno pode ser definido como "o conjunto de actividades, planos, métodos e
procedimentos interligados, utilizado com vistas a assegurar que os objectivos dos órgãos e
entidades da administração sejam alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando
eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objectivos fixados pelo Poder
Público". De acordo com Bortolini (2004)
O Controlo Interno é exercido por órgãos da própria administração, isto é, integrantes do
aparelho do Poder Executivo. De acordo com Filho (2002).
Geralmente dentro do controlo Interno, destacam-se dois tipos:
Controlo Interno contabilístico– o qual visa garantir a fiabilidade dos registos, facilitar a
revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos
activos; e
Controlo Interno administrativo– que compreende o controlo hierárquico e dos
procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto,
planos, políticas e objectivos definidos pelos responsáveis.
10
“O controlo administrativo interno é verificação, desenvolvida no âmbito do próprio poder, da
legalidade e da oportunidade de actos administrativos produzidos pelos seus órgãos e
autoridades”. Segundo o Filho, (2006)
O Controlo Interno dá ao administrador suporte e confiança na gestão do património do Estado.
Este compreende uma relevante ferramenta no domínio do controlo preventivo, detectivo e
correctivo, que deve ser operado com todo o rigor e independência, a fim de cumprir as
finalidades a que se propõe.
Assim, um sistema de controlo Interno deve, prioritariamente: definir a área a controlar (em
termos de orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir o período em que as
informações devem ser prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa a quem, ou seja,
o nível hierárquico que deve prestar informações e a quem deve recebê-las, analisá-las e
providenciar medidas; definir o que deve ser informado, ou seja, o objectivo da informação; por
exemplo: o asfaltamento de tantos metros quadrados de estrada a custo de tantas unidades
monetárias.
O Controlo Interno ganho maior importância na Administração Pública em virtude dessa esfera
não dispor de mecanismos naturais de correcção de desvios, processo que ocorre nas actividades
privadas, onde a “competição” e o “lucro” funcionam como potentes instrumentos para reduzir
desperdícios, melhorar o desempenho e alocar recursos de forma mais eficiente.
Segundo o Filho, (2005) A Administração Pública através de sua doutrina enumera o controlo
sob os seguintes ângulos:
Quanto ao tipo de controlo - é feito quanto aos parâmetros do conteúdo da actividade
administrativa;
Quanto aos órgãos responsáveis - o controle situa-se nas órbitas administrativas,
legislativa ou judiciária e;
Quanto à oportunidade de exercício - onde o controlo pode ser preventivo e,
Quanto à forma de sua actuação - pode ser interno e externo.
11
O controlo físico tem carácter permanente, em decorrência da própria necessidade de
acompanhamento da posição físico-financeira do activo imobilizado de cada Unidade
Administrativa.
O controlo físico compreende: recebimento, etiquetagem, distribuição, emissão de termo de
responsabilidade, guarda, recolhimento, redistribuição, baixas, alienação, inventários, que são
apresentados:
Termo de responsabilidade é um contrato formalizado entre o responsável pela guarda e
uso do bem;
A guarda e o zelo do bem ficam sob a inteira responsabilidade de quem lhe faz uso ou
assina o termo de responsabilidade;
O termo contém todas as informações a respeito do bem, como o fornecedor, o número do
empenho e o número do processo em que foi adquirido.
6.3. Património
Antes de debruçar o património, importa-nos realçar a noção do património de uma forma
generalizada, como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa ou pessoa
física. Na perspectiva do SILVA, (2004). O vocábulo património deriva do latim patrimonium,
que significa os "bens da família ou os bens herdados do pai".
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Do ponto de vista jurídico, o património é considerado como sendo um conjunto de objectos de
direito e de obrigação. Por esse prisma, o interesse maior é pela propriedade, pela obediência aos
princípios legais, morais e jurídicos.
O conceito jurídico de património tem feito com que alguns juristas divirjam entre si, quando se
tenta objectivar o património em relação à azienda.
As observações dos estudiosos oscilam em face do seu aspecto sempre em consideração dos
direitos e obrigações, constituindo dois objectos. Do lado da Economia, o património é
observado de outra forma: como riqueza ou como um bem susceptível de cumprir uma
necessidade colectiva. Neste caso, embora ele também seja o objecto da Contabilidade, é visto
sob o aspecto qualitativo, enquanto sob o enfoque contabilístico é observado quantitativamente.
Apenas em alguns casos, quando se utiliza o termo “substância” e “contra substância”, é que a
contabilidade vê o património de forma qualitativa. De acordo com Santos, (1993).
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sector público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração económica por entidades do sector
público e suas obrigações. Na óptica de Martins, (2012).
Numa acepção mais ampla, o património público, é o conjunto de bens e direitos que pertence a
todos e não a um determinado indivíduo ou entidade. O património público abrange não só os
bens materiais e imateriais pertencentes às entidades da administração pública, mas também
aqueles bens materiais e imateriais que pertencem a todos, como o património cultural,
ambiental e moral.
Especificamente, a tarefa de defender e proteger o património público trata-se do Ministério
Público, que tem como uma de suas funções institucionais promoverem inquérito e a acçãocívil
pública para protecção do património público. Existem também outros órgãos encarregados de
exercer o controlo da actividade administrativa, preventiva e repressiva, adoptando medidas para
diminuir as práticas lesivas ao património, como os actos de corrupção, punindo aqueles que os
praticam (Tribunal Administrativo).
A efectiva responsabilidade penal, civil e administrativa daqueles que causa lesão ao património
público, nesse contexto, fundamental para a protecção e preservação do património Público,
deve ser sempre perseguida, seja pelos próprios órgãos da administração pública, seja pelo
Ministério público, por meio de acções penais, acções de improbidade administrativa, processos
administrativos e acções viáveis de ressarcimento de danos.
Património Público " é representado pelo conjunto de bens que pertencem ao domínio do
Estado, e que se institui para atender a seus próprios objectivos ou para servir à produção de
utilidades indispensáveis às necessidades colectivas". De acordo com Silva, (2004).
Nos termos do Decreto 42/2018 de 24 de Junho, estabelece que o Património do Estado é o
conjunto de bens do domínio público e privado, e dos direitos e obrigações de que o Estado é
titular, independentemente da sua forma de aquisição, designadamente:
Bens móveis, animais e imóveis, sujeitos ou não a registo;
Empresas, estabelecimentos, instalações, direitos, quotas e outras formas de participação
financeira do Estado;
Bens adquiridos por conta de projectos, quando não haja reserva de titularidade a favor de
terceiros;
14
Outros bens como tal classificados por lei.
Bens públicos, em sentido amplo, são todas as coisas corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis
e semoventes, créditos, direitos e acções, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais,
autárquicas, fundacionais e empresas governamentais.
O património público é formado por bens de toda natureza e espécie que tenham interesse para a
Administração e para a comunidade administrada. Esses bens recebem conceituação,
classificação e destinação legal para sua correcta administração, utilização e alienação. De
acordo com Meirelles (1990).
Os bens públicos “são o conjunto de bens que, por força da execução do orçamento, são
adquiridos e devem ser administrados e conservados pelo Estado”. De acordo com Silva (2000).
Os bens públicos podem ser de domínio público ou de domínio privado e são divididos em
função do seu carácter de transmutabilidade ou mobilidade em bens móveis, imóveis e veículos.
15
Segundo o Decreto n⁰ 42/2018, de 24 de Junho, na sua classificação dos bens destaca o Bens de
uso especial ou indisponível: conjunto de bens afectos ou sob tutela de um órgão ou institu¬ição
do Estado, indispensáveis para a realização e prossecução das suas atribuições específicas sendo,
por isso, inalienáveis e impenhoráveis.
O mesmo decreto estabelece que “ Bens do domínio público: conjunto de bens da propriedade
do Estado, impenhoráveis e imprescritíveis, nomeadamente: Zona marítima, Espaço aéreo,
Património arqueológico, Zonas de protecção da natureza, Potencial hidráulico, Potencial
energético, Estradas, Linhas férreas, (incluindo os bens imóveis inerentes a actividade,
nomeadamente: estações, pontes e apeadeiros), Jazidas minerais, Caminhos, Aeroportos e
aeródromos, pontes, linhas telefónicas e telegráficas, Portos e cais, Barragens, represas, valas e
canais, Redes de distribuição de água e energia eléctrica, Nascentes de águas minerais e termais,
Monumentos, museus nacionais e obras de arte, Demais bens como tal classificados por lei ”.
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das actividades da instituição. Podem ser: Móveis; Imóveis; Intangíveis; e Semoventes. De
acordo com Mello, (2004).
São também móveispor determinação legal as energias que tenham valor económico, os direitos
reais sobre objectos móveis e as acções correspondentes, bem como os direitos pessoais de
carácter patrimonial e respectivasacções. Assim, compreendem-se entre os bens móveis os
diversos materiais para o serviço público, o numerário, os valores, os títulos e, ainda, os
materiais destinados à construção, enquanto não utilizados, mas podendo, no futuro, readquirir
essa qualidade quando provenientes da demolição de algum prédio.
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administração, podem ser administrados para benefício de todos, como as terras públicas onde
se situam as florestas mananciais ou recursos naturais de preservação permanente. De acordo
com Silva, (2004)
“Acto unilateral pelo qual a autoridade administrativa faculta o uso do bem público para
utilização episódica de curta duração”. Segundo Mello, (2004).
Autorização de uso consiste em "acto administrativo unilateral e precário, pelo qual a
Administração Pública atribui a um particular a faculdade de usar transitoriamente um bem
público, de modo privativo e exacerbado". Na mesma perspectiva o Filho, (2000).
Como é acto discricionário, pode ser negado a autorização mesmo que o administrado preencha
os requisitos legais, como é precário é passível de revogação a qualquer tempo.
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que a concessão de uso "É contrato Administrativo pelo qual a Administração faculta ao
particular a utilização privativa de bem público, para que o exerça conforme sua destinação". De
acordo com Mello, (2004)
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plaqueta apropriada e, nos casos onde não for possível a utilização da plaqueta, através de
gravação”.
A plaqueta de tombamento poderá ser substituída por código de barras a ser gerado pelo Sistema
Integrado de Suprimentos. Acrescenta que para o material bibliográfico, o número de registo
patrimonial deverá ser aposto mediante carimbo, ou código de barras.
Haverá registos analíticos de todos os bens de carácter permanente, com indicação dos
elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes
responsáveis pela sua guarda e administração.
“Os caracteres numéricos serão convertidos em barras dentro dos padrões de tamanho, largura,
espaço, cores, e as etiquetas serão confeccionadas em impressoras, ficando caracterizada a
simbolizará (código de barras) e a identificação humano legível (alfanumérico), tomando
aproximadamente a forma acima e as etiquetas terão dimensões definidas para a impressão do
código de barras e adesivos para a sua fixação”. Segundo Santos (2002)
20
Através de um processo eletroóptico as barras que compõem o código são transformadas em
códigos binários ("1" e "0"), que serão interpretados pelo Scanner (leitor óptico) que converte as
informações alfanuméricas do código de barras.
21
A doação é o contrato pelo qual uma pessoa (doador), por liberalidade transfere um bem do seu
património para o de outra (donatário), que o aceita ou em outras palavras é a transferência
gratuita do direito de propriedade do doador. De acordo com Borges, (2004)
Transferência é a modalidade de movimentação de bens, com troca de responsabilidade, seja de
domínio ou de posse, de uma unidade organizacional para outra.
É de realçar que os Estados descentralizados adquirirem os bens a título gratuito e oneroso em
comodato. comodato é um contrato unilateral, gratuito, pelo qual alguém (comodante) entrega a
outrem (comodatário) coisa infungível, para ser usada temporariamente depois restituída. Uma
vez que a coisa é infungível, gera para o comodatário a obrigação de restituir nas mesmas
condições que recebeu. Difere-se assim do mútuo, que é empréstimo de coisa fungível,
consumível (como dinheiro), onde a restituição é de coisa do mesmo género. Segundo Borges,
(2004)
O comodante guarda a propriedade da coisa e o comodatário adquire a posse, podendo valer-se
dos interditos possessórios. O comodante geralmente é o proprietário ou o usufrutuário. Pode
ainda ser o locatário, desde que autorizado pelo locador. É contrato não solene, podendo assim
ser oral, mesmo quando envolver bens imóveis. Contudo a forma escrita é recomendável. É
contrato unilateral, porque somente o comodatário assume obrigações. A gratuidade é o que
distingue o comodato da locação.
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É neste sentido que administração pública oferece através do seu serviço de Controlo e Gestão
Patrimonial consultoria especializada e levantamento para simplificar a gestão da administração
pública, dando todo o suporte necessário.
No serviço de Controlo e Gestão Patrimonial a administração pública oferece as seguintes
opções de consultoria:
Consultoria especializada em implementação de Gestão Patrimonial; Controlo interno
físico alocando os bens por Centros de Responsabilidade e/ou custo, local, sector,
departamento;
Etiquetagem dos bens utilizando etiquetas com código de barras e/ou numeradas, chips,
tags especiais, etc;
Descritivo técnico de cada bem patrimonial;
Reconciliação físico x Patrimonial;
Ajustamentos de sobras físicas e patrimoniais;
Reconstrução do cadastro de controlo interno físicos;
Análises Patrimoniais;
Estudos para determinação da vida útil técnica remanescente.
Os bens do Património do Estado, como quaisquer outros bens, têm um ciclo de gestão (e
de vida) determinado.
As fases de gestão do património são a planificação, aquisição, controlo, classificação,
registo, operação, manutenção e abate.
23
Regulamento do Património do Estado no seu capítulo I estabelece um sistema de uniformização
e harmonização de normas e procedimentos sobre a gestão, fiscalização, utilização e
conservação do património do Estado, nos seus domínios público e privado, bem como dos bens
do património cultural na posse do Estado.
O presente Regulamento aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado, incluindo as
autarquias locais, empresas do Estado, institutos e fundos públicos dotados de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial e as representações do País no exterior.
Para efeitos do presente Regulamento, considera-se ( Decreto n⁰ 42/2018, de 24 de Junho):
Abate: acto administrativo que consiste em retirar do controlo interno de um órgão ou
instituição do Estado um determinado bem;
Amortização: operação contabilística que visa, simultaneamente, a imputação do custo
da utilização dos bens imobilizados pelos diversos exercícios económicos, e a
actualização do valor desses bens por imputação da depreciação ocasionada por aquela
utilização;
Amortização na Base Dupla: combinação dos critérios de quotas constantes e desgaste
funcional, devendo-se registar o valor que mais sobrecarregue o bem durante o exercício
económico;
Bens de uso especial ou indisponíveis: conjunto de bens afectos ou sob tutela de um
órgão ou instituição do Estado, indispensáveis para a realização e prossecução das suas
atribuições específicas sendo, por isso, inalienáveis e impenhoráveis;
Bens do domínio privado do Estado: conjunto de bens e direitos sobre móveis e
imóveis que se encontram sob administração ou tutela de órgãos e instituições do Estado;
Bens do domínio público: conjunto de bens da propriedade do Estado, impenhoráveis e
imprescritíveis, nomeadamente: (i) Zona marítima; Espaço aéreo; Património
arqueológico; Zonas de protecção da natureza; Potencial hidráulico; Potencial energético;
Estradas; Linhas férreas, incluindo os bens imóveis inerentes a actividade,
nomeadamente, estações, pontes e apeadeiros; Jazidas minerais; Caminhos; Aeroportos e
aeródromos; Pontes; Linhas telefónicas e telegráficas; Portos e cais; Barragens, represas,
valas e canais; Redes de distribuição de água e energia eléctrica; Nascentes de águas
minerais e termais; Monumentos, museus nacionais e obras de arte; Demais bens como
tal classificados por lei;
24
Bens de uso especiais ou indisponíveis: conjunto de bens afectos ou sob tutela de um
órgão ou instituição do Estado, indispensáveis para a realização e prossecução das suas
atribuições específicas sendo, por isso, inalienáveis e impenhoráveis;
Bens do domínio privado do Estado: conjunto de bens e direitos sobre móveis e
imóveis que se encontram sob administração ou tutela de órgãos e instituições do Estado;
Cadastro: Instrumento utilizado para a especificação e classificação de bens que
compõem o domínio público do Estado.
Bens ociosos: todos aqueles que não são utilizados durante um período de três meses
consecutivos e relativamente aos quais não esteja prevista a sua classificados por lei
( Decreto 47/2007).
25
6.4.2.2. Competências da Unidade Gestora Executora do Subsistema do Património do
Estado
Para além das funções descritas no n.° 1 do artigo 23 do Regulamento do Sistema de
Administração Financeira do Estado, compete especificamente à Unidade Gestora Executora do
Subsistema do Património do Estado de cada sector, tem as seguintes competências:
6.4.3.Registo
26
Quando se trate de bens de domínio público ou de uso especial para o serviço a que estão
afectos, será igualmente inscrito um ónus de impenhorabilidade, inalienabilidade e
imprescritibilidade.
Para além do registo, os imóveis devem ser inscritos na matriz predial da Direcção de
Finanças da respectiva área fiscal.
O disposto nos números 1 e 3 é extensivo aos casos de alterações e cancelamentos.
Os bens também podem ser registados a favor do financiador, com reserva de propriedade
para o Estado, desde que se trate de bens que, de harmonia com os acordos firmados,
devam passar para o Estado após a verificação de condição ou termo.
27
Sempre que ocorra mudança do responsável de um sector, deve-se lavrar termo de
verificação dos bens patrimoniais do Estado, sob pena de o sucessor ser responsabilizado
pelos bens em falta.
Do termo constarão a quantidade e o valor dos bens, devendo ser assinado pelos
intervenientes na presença de, pelo menos, duas testemunhas da Unidade Gestora
Executora do Subsistema do Património do Estado do sector.
28
7. Material e Métodos
Levando em conta que a realização de qualquer investigação científica requer a adopção de uma
metodologia de investigação, enquanto conjunto de procedimentos que servem para alcançar os
objectivos da pesquisa.
29
Método quantitativo
A pesquisa quantitativa significa, transformar opiniões e informações em números para
possibilitar a classificação e análise. Richardson (1999) Exige o uso de recursos e de técnicas
estatísticas.
A abordagem quantitativa permitirá recolher, em larga escala, as respostas dos inquiridos e
traduzi-los em dados estatísticos, com vista a verificar o grau ou nível percentual destes
respondentes em relação ao mesmo objecto estudado.
Portanto a combinação dos métodos qualitativos e quantitativos, de acordo com os autores
permite uma complementaridade dos dados e a obtenção de informações que não poderiam ser
obtidas utilizando cada um dos métodos isoladamente. Portanto, para o presente estudo, ambas
as abordagens (qualitativa e quantitativa) são utilizadas pois com a abordagem qualitativa
pretende-se captar, em profundidade, percepções dos gestores em relação ao objecto do estudo.
Além da pesquisa bibliográfica, a colecta de material para pesquisa se deu por meio da
observação das actividades desenvolvidas pela área administrativa de determinado órgão
público, a fim de verificar quais os procedimentos adoptados para a gestão e controlo dos bens
móveis na administração pública.
7.3. População
O estudo tem um universo populacional de 35 elementos da mesma instituição. Deste total, 06
técnicos afecto no Comando Provincial da PRM de Tete, 12 nas Esquadras e 09 nos Postos
Policiais e 08 outros funcionários do quadro técnico com uma, larga experiência na matéria. A
amostra foi de 60% que corresponde 21 funcionários em termos numéricos no sentido de
garantir o grau de significância. O critério de amostragem foi de escolha aleatória dos
funcionários que trabalham do Comando Provincial da PRM de Tete.
30
8. ESTUDO DE CASO
Segundo a (Lei n° 19/92, de 31 de Dezembro), a criação da PRM, foi extinta a PPM - Polícia
Popular de Moçambique, que era constituída por elementos da Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO). Actualmente, tenta-se enquadrar ou integrar na PRM os membros da
Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), pelas exigências resultante dos acordos da
trégua feitas por esta forca político-militar ao governo.
31
8.3. Visão do Comando Provincial da PRM – Tete
O mesmo diploma no arto 35, Dipl. Min n o 68/2001, de 02 de Maio estabelece que, a
instituição visa garante a ordem, tranquilidade e segurança pública, em todo o território
nacional, contribuindo para um ambiente favorável para o desenvolvimento.
Nos termos do artigo no 40, Dipl Min. n o 68/2001, de 02 de Maio)são os valores do Comando
Provincial da PRM – Tete:
Profissionalismo;
Excelência;
Celeridade;
Civismo;
Transparência;
Integridade;
Ética e Bem-estar.
32
8.4. Análise e Interpretação de dados
Primeira questão: Gráfico 1
Gráfico 1: Será que os bens patrimoniais alocados aos Comandos Distritais, as Esquadra e
Postos Policiais estão sub controlo e gestão do Comando Provincial da PRM-Tete?
25
20
15
10
5
0
Sim Não Não Sei
A maioria dos inqueridos afirma que os bens patrimoniais alocados aos Comandos Distritais, as
Esquadra e Postos Policiais estão sub controlo e gestão do Comando Provincial da PRM-Tete é
que corresponde a 60% seguido de 40% que dizem Não.
Para subsidiar a resposta dada o chefe do Departamento do Património respondeu que todos
bens Patrimoniais estão sub controlo do Comando Provincial da PRM de Tete, porque os
mesmos foram adquiridos ou comprados pela UGEA do Comando Provincial.
Com base na resposta dada, dizer que o controlo dos bens é partilhado entre o Comando
Provincial e os comandos Distritais, porque é um faz o cadastro e a inventariação e os bens estão
registados nas suas Demonstrações financeiras e o outro e que faz a conservação e o uso dos
bens patrimoniais.
33
Segunda questão: Todos bens que existem no Comando Provincial da PRM de Tete, estão
registados na Conservatória em nome de:
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não Sei
A maioria dos inqueridos afirma que, Os bens estão devidamente classificados corresponde a
cerca de 80% dos inqueridos que dizem Sim, 14% dizem Não e restante 6% dizem Não Sei.
A resposta dada por Chefe do Departamento do Património daquela instituição, senhor Pedro
Cossa Nhampossa-Superintendende da Polícia, foi que todos bens são devidamente classificados
de acordo com o regulamento do Património do Estado e cada bem possui uma ficha de
inventário com um número de registo que o identifica que coincide com o número da etiqueta
colada no bem respectivo.
34
A existência da ficha de inventario devidamente preenchida e bem devidamente classificado,
permite aferir a existênciafísica do bem, quando foi adquirido ou qual e a sua vida útil
consumida, dado que cada bem tem um numero de inventario que o diferencia dos outros bens.
Quarta questão: Existe uma unidade orgânica responsável pela Gestão do Património do
Estado no Comando Provincial da PRM-Tete de base?
A resposta dada por chefe de Repartição de abastecimento, senhor Artur Domingos Pedro,
Inspector Principal da polícia, foi positiva, visto que existe no organograma da entidade um
Departamento que vela pela gestão do património do Estado afecto ao Comando Provincial que
é responsável pelo cadastro, inventariação, manutenção e conservação dos bens alocados.
18
16
14
12
10 Sim
8 Nao
6
4
2
0
1 2
A maioria dos inqueridos afirma que todos funcionários são responsáveis pelos bens
patrimoniais, é que corresponde a 80% seguido de 20% que dizem Não.
Os funcionários são responsável pela conservação dosbens que foram afectos a ele, qualquer
dano que o bem possa ter por negligencia a responsabilidade e do funcionário, isto vai permitir
que o funcionário no exercício das suas funções vai utilizar os bens devidamente (segurança e
conservação).
35
Sexta questão: Gráfico 4
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não Sei
A maioria dos inqueridos afirma que É feita a inventariação dos bens no Comando Provincial da
PRM-Tete, é que corresponde a 80% seguido de 10% que dizem Não e os restantes 10% não
estão inteirado com a questão.
A resposta foi sim, visto que trimestralmente passam nos Comandos Provinciais uma equipa da
Secção de Inspecção do Património do Estado do Comando Geral da Republica, para aferir a
integridade dos registos referentes aos bens afectos no Comando Provincial de Tete.
Setima questão: A Pessoa que faz a inventariação depende de quem tem a sua guarda?
Disse que não, porque a inventariação dos bens patrimoniais é feita por pessoas especializadas
na matéria, que são do Departamento do Património do Estado.
Este facto permite que todos bens estejam devidamente registados e os processos devidamente
arquivados com todos documentos necessários referentes a existência, titularidade e propriedade
dos bens para efeitos de consulta e fiscalização.
36
Oitava questão: Gráfico 5
25
20
15
10
5
0
1 2
Todos funcionarios inquerido Dizem sim, são 100% , porque estas actividades de inventário de
bens patrimoniais eram feitas por Departamento do Património enquanto que a conferencia feita
pela de Secção de Inspecção.
Esta segregação de funções, minimiza o risco da informação referente aos bens não seja fiável e
o da apropriação indevida dos bens do Estado por parte dos funcionários.
Nona questão: Os valores dos inventários estão de acordo com o valor de aquisição ou é
retirada a depreciação (desgaste)?
A resposta dada foi que os valores dos inventáriosestão valorizados pelo valor bruto, isto e, não
foi retirada nenhuma depreciação. As instituições do Estado não têm nenhuma base (politica)
para determinar o valor de depreciação e a definição de vida útil dos bens inventariáveis.
De acordo com a resposta acima dada, e difícil determinar contabilístico, que pode levar
deficiência da determinação do valor de uso do imobilizado, por não ter bases para estimativa do
mesmo.
A resposta dada foi que os bens não são retirados do inventário, esta situação provoca que a
informação financeira relativa os bens da entidade não seja fiável, porque contem activos que
estão totalmente depreciados. Facto este sobrevaloriza os activos das instituições do Estado.
37
Decima primeira questão:Gráfico 6
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não Sei
A maioria dos inqueridos afirma que existem normas de políticas e procedimentos de controlo
interno para os bens patrimoniais, é que corresponde a 80% seguido de 10% que dizem Não e os
restantes 10% não estão inteirado com a questão.
A resposta foi positiva, porque para gestão, fiscalização, utilização e conservação do património
do Estado em Moçambique foi aprovado e esta em vigor o Decreto n° Decreto n⁰ 42/2018, de 24
de Junho, que aprova o Regulamento do Património do Estado.
Grafico 7: As pessoas que trabalham na área do Património têm habilitações para tal?
18
16
14
12
10
Não
8 Sim
6
4
2
0
1 2
38
A maioria dos inqueridos afirma que não existem trabalhadores na área do Património que têm
habilitações para tal no Comando Provincial da PRM-Tete, é que corresponde a 80% seguido de
20% que dizem Sim.
A resposta dada foi não.Tendo em conta que para o exercício de qualquer actividade, o
funcionário ou agente do Estado deve estar dotado de capacidade técnica e profissional para
levar desenvolver as tarefas que lhe são confiadas com o devido zelo e profissionalismo,
levando – lhe a produzir informaçãofiável referente ao Património.
A resposta dada foi não, porque no Departamento estão afectas pessoas não qualificadas na
matéria do património.
Segundo Roehl – Anderson e Bragg (1996), citado pelo Auster Moreira Nascimento e Luciane
Reginato (2007), se o pessoal e competente e digno de confiança podem – se gerar resultados
satisfatórios e se o pessoal e incompetente, sem credibilidade e comprometimento com os
objectivos da entidade podem surgir problemas, mesmo tendo um sistema de controlo interno
teoricamente confiável.
Foi solicitada uma lista de bens patrimoniais do Comando Provincial da PRM de Tete, com
objectivo de testar o sistema de controlo interno, constatou – se que dos 21 bens testados, 11
nãoestão inventariados, 8 estão inventariados e 2 não foram localizados, de acordo com a tabela
abaixo.
39
Q Ano de Estado de Situação de
Tipo de Bem
t Aquisição Conservação Controlo
Maquina
1 2016 Bom Não inventariado
calculadora
2 Secretarias Médios 2017 Bom Inventariados
3 Cadeiras estofadas 2013 Obsoleto Não inventariados
4 Cadeiras estofadas 2015 Bom Não inventariados
5 Cadeiras de madeira 2015 Bom Inventariados
6 Quadro de PR 2015 Bom Não inventariados
Inventariado no e-
7 Jogos de sofás 2015 Bom
património
Bandeira da
8 2015 Bom Não inventariados
republica
9 Secretarias Médios 2016 Novo Inventariados
10 Maquina fotografo 2016 Novo Não localizado
11 Monitor 2016 Novo Inventariado
12 Teclado 2016 Novo Inventariado
Maquinas Inventariado no e-
13 2016 Novo
dactilógrafos património
Máquinas
14 2016 Novo Não inventariado
calculadoras
15 Livros de ocorrência 2016 Novo Não inventariado
16 Agrafadores 2016 Obsoleto Não inventariado
17 Furadores 2016 Novo Não inventariado
Armário para
18 2016 Novo Inventariado
arquivo
19 Geleira 2016 Novo Não localizada
20 Congelador 2016 Novo Não inventariado
21 Laptop 2016 Novo Não inventariado
40
De acordo com a informação acima nota – se que nao tem cumprido com as normas, politicas e
procedimentos que constam Decreto n° Decreto n⁰ 42/2018, de 24 de Junho que aprova o
Regulamento do Património do Estado.
9. Conclusões e Recomendações
9.1. Conclusões
Do estudo efectuado conclui-se que o controlo é muito importante para os bens patrimoniais de
Estado, pois permite todo momento conhecer a quantidade dos bens existentes e
fundamentalmente o seu valor, bem como a sua função, em todos os níveis das organizações,
actuando em todos os processos. É responsabilidade dos postos de Comando, sendo esta
responsabilidade proporcional à altura do posto ocupado na cadeia hierárquica.
Conclui-se igualmente que as definições, nas obras consultadas convergem invariavelmente para
a enunciação de que controlo é o processo destinado a assegurar que as acções estão sendo
executadas de acordo com o planeado, visando a atingir objectivos pré-determinados.
O processo de controlo dos bens patrimoniais do Estado compreende ainda o acto de nomeação
da comissão de controlo, o levantamento físico dos bens patrimoniais, o arrolamento dos bens e
sua respectiva descrição e identificação, a avaliação, o relatório final e finalmente, o lançamento
dos dados no balanço patrimonial.
De análise feita o processo de controlo dos bens patrimoniais do Comando Provincial da PRM
de Tete, conclui-se que o controlo tem sido uma ferramenta de eficácia dos bens patrimoniais
sub sua responsabilidade.
Apesar disso, conclui-se também que alguns bens patrimoniais do Comando Provincial da PRM
de Tete não foram encontrados embora registados no e-património, não obstante os mesmos
terem sido devidamente arrolados nos livros de controlo manual e nas fichas anuais.
41
Têm-se observado um rol de bens patrimoniais adquiridos no âmbito do Plano Quinquenal de
Governo (PQG) 2009 – 2019), sobretudo no Comando Provincial da PRM-Tete, cerca de
79,07% dos bens obtidos com o recurso do Orçamento de Estado (OE), fundo de
funcionamento.
Neste termo, até ao primeiro trimestre de 2018 já passam mais de 9 anos sendo que o facto é, só
29,38% dos bens já teria sido lançados no sistema de controlo patrimonial da instituição é,
evidente que a não lançamento dos mesmos, fragiliza a importância de processo do controlo de
bens patrimoniais de Estado, assim como enfraquece a capacidade de controlo financeiro do
órgão (CPRMT) e ao Estado em particular. Este facto, compromete a consolidação do processo
de Conta Geral de Estado, agenda de desenvolvimento sócio-económico e financeiro do País.
5.2. Recomendações
Face as constatações apontadas durante o trabalho recomenda-se que todos os bens patrimoniais
adquiridos e arrolados nos livros de controlo manual devem ser igualmente registados no e-
património.
42
10. Referências bibliográficas
1. Albanese, R, (1981) Managing: toward accountability for performance. 3ª ed.
Homewood, Illinois: Irwin
2. Almeida, M. C. de, (1996) Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª ed. São Paulo:
Atlas.
3. Borges, A., Rodrigues, A. e Rodrigues, R., (2010) Elementos de Contabilidade geral,
25ª Edição, Áreas Editora;
4. Chiavenato, I. (2000) Introdução à teoria geral da administração. 6ª ed. Rio de Janeiro:
Campus.
5. Gil, A. C.. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas S.A;
6. Lyman, A. A, (Coord). (2010). Módulo de Gestão do Património Público. MINED;
7. Megginson, C.; Mosley, C.; PIETRI Jr, Paul H. (1986) Administração: conceitos e
aplicações. São Paulo: Harper&How do Brasil.
8. Queiroz, Adriana Borges, (2004) Manual de Administração Patrimonial, 1a edição,
Editora Severenia- SP.
9. Pereira, J. M. E., (1988), Contabilidade Geral, Lisboa, 7ª ed., Platano Editora;
10. Morais, G.; Martins, I. (2007), In Auditoria Interna, Funções e Processo, 3ª ed. Áreas
Editora, Lisboa;
11. Silva, L. M., (2004), Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 7ª. ed.
São Paulo: Atlas;
12. Ogajawara, Walter Akchide (2006) Apostila: Controlo nas Organizações Públicas I
Cursos de Especialização e Formulação e Gestão de Políticas Públicas, Curitiba;
13. Samuelson Paul,(999) Introdução a Economia, S.P, 6 ª edição, Vol II, p 99;
14. www.mint.gov.mz.com, acessado no dia 18.06.2018, missão, vissão e valores dos
Comandos Provinciais da PRM em Moçambique.
15. www.ufmg.br/dsg,acessado no dia 19.10.017, 17h13 Manual de Património – Belo
Horizont, 2008;
43
16. Camilo Prado, (2016) a reflexão sobre a diferença de controlo interno e auditoria
interna no mundo de Controlo das despesas Publicas Rio de Janeiro;
17. Chiavenatto, Idalberto, (2001) Teoria Geral da Administração, Ed. Campus, Rio de
Janeiro, 6ª Edição;
18. Silva, De Plácido,(2004) Vocabulário Jurídico, Rio de Janeiro, Ed. Forense;
19. Silva, Adelphino Teixeira, (1978).Administração e Controle, São Paulo. Atlas;
20. Silva, Lino Martins (2000). Contabilidade Governamental: um enfoque administrativo,
4 ed. São Paulo: Atlas;
21. Meirelles, Hely Lopes et al.(1990) Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 27 ed;
22. Novo Dicionário da língua portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,
23. Mello, Celso Antônio Bandeira(2004) Curso de Direito Administrativo. 11ª ed. 81, São
Paulo: Ed. Malheiros Editores, 2004;
24. Justen Filho, Marçal,(2016) Curso de Direito Administrativo, Ed. Saraiva São Paulo,
Ed. Revisada e atualizada;
25. Meirelles, Hely Lopes.(2000) Direito Municipal Brasileiro. 11ª ed. São Paulo: Ed.
Malheiros;
26. Mato Grosso. Tribunal de Conta do Estado. Resolução no 1.120/05, 21 de Dezembro
de 2005. Dispõe sobre a criação, a implementação e a manutenção de Sistemas de
Controle Interno nos Poderes Executivo e Legislativo municipais, e dá outras
providências.
44
Apêndice
45
APÊNDICE I. GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS DIRIGENTES
46
QUESTIONÁRIOS DIRIGIDOS AOS FUNCIONÁRIOS DA CPPRMT
O presente questionário é parte integrante de um estudo que se pretende realizar sobre o tema:
Importância do Controlo Interno na Gestão dos Bens Patrimoniais do Estado.
A sua participação e de extrema importância para o desfecho desta pesquisa. Sendo assim, peço
a sua colaboração para responder o questionário de maneira clara, objectiva e sincera.
Contacto: 842277555
47
APÊNDICE II: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS FUNCIONÁRIOS DA DPST
1. Faixa Etária
II. Questionário sobre o Controlo interno na área patrimonial e administrativa, nesta secção
tem como objectivo averiguar os aspectos importante a cerca da existência do CI na entidade,
em que ao responder as questões abaixo indicado assinala com X a opção correcta na tua
percepção e da sua opinião ou acréscimo acerca do assunto (observação) se possível.
1. Será que os bens patrimoniais alocados aos Comandos Distritais, as Esquadra e Postos
Policiais estão sub controlo e gestão do Comando Provincial da PRM-Tete?
48
7. As pessoas que trabalham na área do Património têm habilitações para tal?
49