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Academia Estudantil de Letras

Literatura Dramática em
Língua Portuguesa
Fonte de Pesquisa de Domínio Público
Prefeitura da Cidade de São Paulo
João Doria
Prefeito

Secretaria Municipal de Educação


Alexandre Schneider
Secretário

Daniel Funcia de Bonis


Secretário Adjunto

Fatima Elisabete Pereira Thimoteo


Chefe de Gabinete

Coordenadoria Pedagógica - COPED


Leila Barbosa Oliva
Coordenadora

Núcleo Técnico de Currículo - NTC


Wagner Barbosa de Lima Palanch
Diretor

Academia Estudantil de Letras


Maria Sueli Fonseca Gonçalves
Samir Ahmad dos Santos Mustapha
Sueli Aparecida Vaz

portal.sme.prefeitura.sp.gov.br

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SUMÁRIO
Anchieta............................................................................................................... 4
Antônio Callado................................................................................................... 4
Ariano Suassuna...................................................................................................5
Artur Azevedo......................................................................................................7
Augusto Boal....................................................................................................... 8
Camilo Castelo Branco........................................................................................ 9
Camões............................................................................................................... 12
Casimiro de Abreu.............................................................................................. 12
Cecília Meireles................................................................................................... 13
Coelho Neto........................................................................................................ 13
Dias Gomes......................................................................................................... 13
Chico Buarque de Holanda ................................................................................ 16
Gianfrancesco Guarnieri..................................................................................... 17
Gil Vicente........................................................................................................... 18
Gonçalves Dias.................................................................................................... 19
Graça Aranha......................................................................................................20
Guilherme de Almeida........................................................................................20
Jorge Amado......................................................................................................20
Jorge Andrade....................................................................................................20
José de Alencar.................................................................................................. 21
José Saramago...................................................................................................22
Josué Guimarães................................................................................................22
Júlio Dantas........................................................................................................22
Macedo...............................................................................................................23
Machado de Assis...............................................................................................23
Maria Clara Machado.........................................................................................25
Martins Pena......................................................................................................26
Millôr Fernandes................................................................................................28
Nélson Rodrigues...............................................................................................29
Osman Lins.........................................................................................................32
Oswald de Andrade............................................................................................32
Plínio Marcos......................................................................................................32
Rachel de Queiroz..............................................................................................33
Sérgio Sant’anna............................................................................................... 34
Vinicius de Moraes............................................................................................ 34
ANCHIETA
José de Anchieta
(São Cristovão de La Laguna, Ilhas Canárias, 1534 –Espírito Santo, 1597)

OBRA ANO SINOPSE

Festa de São Lourenço 1583- Após a cena do martírio de São Lourenço, Guaixará chama Aimbirê e Saravaia para ajudarem a
Na Vila Vitória 1586 perverter a aldeia. São Lourenço a defende, São Sebastião prende os demônios. Um anjo manda-os
Visitação de Santa Isabel sufocarem Décio e Valeriano. Quatro companheiros acorrem para auxiliar os demônios. Os impera-
dores recordam façanhas, quando Aimbirê se aproxima. O calor que se desprende dele abrasa os
imperadores, que suplicam a morte. O Anjo, o Temor de Deus, e o Amor de Deus aconselham a ca-
ridade, contrição e confiança em São Lourenço. Faz-se o enterro do santo. Meninos índios dançam.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vaW1ITXZoYkZHR2c/view?usp=sharing

ANTÔNIO CALLADO
Antônio Carlos Callado
(Niterói, 1917 – Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 1997)

OBRA ANO SINOPSE

A Cidade Assassinadal 1954 Escrita em comemoração aos 400 anos da cidade de São Paulo, esta peça narra a luta de João
Ramalho - fundador de Santo André - com os partidários de José de Anchieta, padre jesuíta que
pretende submeter Santo André à recém-fundada vila de São Paulo. Nesse texto, que também
conta a história de amor entre uma filha de Ramalho e um partidário de Anchieta, e nos revela
momentos decisivos de afirmação da vila que se transformaria na maior cidade do país, Callado
desenha um épico cheio de emoções e aventuras.

Pedro Mico 1957 Pedro é um negro que tem a fama de ser muito bom na arte de enganar a polícia, que o busca
por crimes de roubo. Sua grande agilidade em escalar prédios altos é a razão pela qual os jor-
nalistas lhe deram o nome de Mico. Para essas ocasiões ele tem sempre uma corda ao alcance
da mão. Pedro não sabe ler e, como quer estar informado sobre o que aparece nos jornais,
sobretudo na seção policial, para se inteirar se falam dele, resolve seu problema com ajuda de
mulheres que sabem ler e que leem para ele as principais notícias. A peça apresenta uma cena
entre ele e sua mais recente conquista, a prostituta Aparecida, a quem pede que lhe leia os
jornais do dia, como uma espécie de prova ou condição para que continuem a relação amorosa.
Aparecida faz isso muito bem, mas o encontro de trabalho e amor é interrompido pela ciumenta
Melize, vizinha de Pedro Mico no Morro da Catacumba, onde vivem e onde transcorre a ação.

Colar de coral 1957 A peça conta a história de duas famílias rivais no Nordeste brasileiro. A desavença permanece viva
por mais de duzentos anos e chega ao Rio de Janeiro do século XX, cidade na qual vivem os
descendentes dos dois clãs, já completamente falidos. Destas duas famílias, nasce uma história
de amor. Assim como em Romeu e Julieta, o casal desta peça de Antonio Callado provoca conflitos
e antecipará a revelação de alguns segredos. Um texto ágil que, apesar de buscar inspiração em
Shakespeare, distancia-se deste clássico ao investir em um final surpreendente.

Forró no Engenho Cananeia 1964 A peça Forró no Engenho Cananéia, em dois atos, se concentrava na transformação dos explorados
lavradores nordestinos do Engenho Cananéia, localizado no fictício município nordestino de Vitória
de Santa Engrácia, com cidadãos conscientes de seus direitos sociais, graças à pregação de um
velho louco, “misto de beato e cangaceiro”.

O Tesouro de Chica da Silva 1970 A escrava Chica da Silva é a principal figura, cercada por suas mucamas, também negras, que for-
mam uma espécie de coro. Além delas, há outras personagens importantes que com elas atuam, o
seu amante, contratador de diamantes, João Fernandes, o Conde de Valadares, anti-herói, e outros
brancos e negros que fazem parte do ambiente do Arraial do Tijuco (hoje, Diamantina) no século
XVIII, tempo em que se passa a história.

4
Uma rede para Iemanjá 1970 A peça se passa no Rio de Janeiro, nos anos 1950. Lá se mesclam mulheres brancas com traba-
lhadores da construção civil, negros e nordestinos, por sua vez mestiços de índio; um negro tem
o apelido de Manuel Seringueiro; uma mulher branca leva o nome de Jacira, mas se diz filha de
Iemanjá e a única coisa que almeja é ter o seu filho numa rede, porque assim quer a sua deusa. Tudo
gira em torno desse parto na rua em uma rede deixada pelo marido de Jacira, que a abandona, mas
não sem antes atender esse seu desejo: uma rede para parir. A peça pode ser lida como uma versão
afro-brasileira de um auto de natal.

A Revolta da Cachaça 1983 Em A Revolta da Cachaça a referência histórica nos recorda o episódio que ficou conhecido com
este nome, no Rio de Janeiro, de que resultou a morte de João de Angola e de Jerônimo Barbalho,
decapitados no dia 6 de abril de 1661, na frente do Convento de Santo Antônio, por contrariar uma
proibição da metrópole referente à produção de cachaça na colônia. Mas esta não é a trama da
peça. O episódio deveria compor o argumento de uma peça que um ator negro, Ambrósio, luta para
representar, mas se vê impedido no seu propósito por não contar com a cooperação de um drama-
turgo branco, supostamente seu aliado, comprometido com o sucesso junto à mídia. As informações
históricas são prestadas pelo personagem Ambrósio que não só se revela um conhecedor da revolta
como também um crítico do momento histórico em que vive. Além disso, representa a consciência
crítica do ator que exige a sua participação na composição da peça, o que desencadeia o conflito
principal na relação ator/dramaturgo, levando à catástrofe.

ARIANO SUASSUNA
Ariano Vilar Suassuna
(João Pessoa, Paraíba, 1927 — Recife, Pernambuco, 2014)

OBRA ANO SINOPSE

Uma mulher vestida de Sol 1947 Uma Mulher Vestida de Sol foi a primeira grande tragédia produzida no Nordeste. Escrita para
um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, em 1947, deu início também
à carreira de autor teatral de Ariano Suassuna. Segundo Suassuna, a obra era, ainda, sua
primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vOUZOSXNfbWx2WXM/view?us-
p=sharing

Os homens de barro 1949 Passada no conjunto de lajedos da Pedra do Reino, a história fala de um grupo de homens que
decidem esculpir um Anjo, após sua suposta aparição para um deles.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTnRIckktQThaU3c/view?usp=sharing

Torturas de um coração 1951 O texto em si é muito simples, mas eficaz comicamente: o negro Benedito se apaixona por Marie-
ta. Esta, no entanto, é disputada por dois valentões da cidadezinha de Taperoá: o Cabo Setenta
e o bigodudo Vicentão. Para obter o seu objeto de desejo, Benedito vai engambelar os dois pre-
tendentes com artimanhas típicas da tradição dramática ocidental, que passam pelos criados e
soldados fanfarrões de Plauto, pelos criados espertos da Commedia dell’arte e Molière, e avante.

https://ieacen.files.wordpress.com/2015/08/torturas-de-um-corac3a7c3a3o.pdf

O castigo da soberba 1953 O título, aparentemente, é inspirado em um verso da peça Os persas, de Ésquilo, teatrólogo grego
do período clássico. Suas fontes de inspiração para elaboração desta peça, assim como várias de
suas obras, são provenientes da cultura popular nordestina. No caso desta peça, origina-se de um
folheto de cordel homônimo, cuja autoria é atribuída ao famoso poeta popular paraibano Silvino
Pirauá de Lima (1848-1913). O tema do tribunal celeste foi retomado em sua peça mais famosa,
Auto da Compadecida, de 1955.

http://www.teatroparatodosufsj.com.br/download/suassuna-o-castigo-da-soberba/

5
O Rico Avarento 1954 Ambientada no sertão nordestino, conta a história de um Coronel, rico e avarento, e Tirateima,
um rapaz humilde que, por falta de emprego, aceita ser o mestre sala do Coronel. Dia após
dia, Tirateima vai conhecendo o caráter avarento de seu patrão, o qual nega esmola e comida
para os pobres e mendigos que vão até sua casa. Até que um dia, após receber maldições dos
pobres a quem negou esmola, o rico avarento recebe uma visita inusitada.

Auto da Compadecida 1955 Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos escrita em 1955 pelo
autor brasileiro Ariano Suassuna. É um drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da tradição
da literatura de cordel, de gênero comédia, apresenta traços do barroco católico brasileiro, mistura
cultura popular e tradição religiosa.

https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1905669/mod_resource/content/1/Auto%20
da%20Compadecida.pdf

O casamento suspeitoso 1957 “O Casamento Suspeitoso” é uma comédia de autoria do escritor paraibano Ariano Suassuna, e
se caracteriza pela proximidade com a literatura de cordel e com os folguedos populares nordes-
tinos. A Obra conta a história de Geraldo e Lúcia, os noivos, e de seu casamento com todos os
interesses que o rodeiam.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3veEt1anNGbWV0eVU/view?usp=sharing

O santo e a porca 1957 O Santo e a Porca é uma peça teatral, do gênero comédia abordando o tema da avareza. O texto,
segundo o próprio Suassuna, é “uma imitação nordestina” da peça Aulularia, também conhecida
como a Comédia da Panela, do escritor romano Plauto.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vd24ycUxrOEZZN0k/view?usp=sharing

A pena e a lei 1959 A Pena e a Lei é uma peça que faz uma relação entre a vida e a morte, entre o certo e o errado, en-
tre o real e o irreal. A obra faz uma análise de um período da vida em que os personagens passam
por momentos em que a justiça é o foco, no decorrer da história dois personagens controlam o que
vai acontecer na cenas seguintes, são os donos do mamulengo. A Peça é dividida em três atos, o
primeiro chama-se “A Inconveniência de ter Coragem”, o segundo “O caso do Novilho furtado”, e
por fim o “Auto da Virtude da Esperança”.

http://documents.tips/documents/ariano-suassuna-a-pena-e-a-leipdf.html

Farsa da boa preguiça 1960 Nevinha, fiel ao marido, pede que ele procure um emprego. Mas Simão se nega a abandonar o
“ócio artístico” e a poesia.
Aderaldo é enganado pelo demônio Fedegoso, o Cão Caolho, e perde quase todo o seu dinheiro.
Com muito trabalho, volta a enriquecer. Aposta então sua fortuna com Joaquim Simão, que, se
perder, terá de lhe entregar a mulher. O poeta ganha a aposta e enriquece, mas depois perde tudo.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vN0lnT0YydzNiRFE/view?usp=sharin

A Caseira e a Catarina 1962 Caseira e a Catarina, fala de uma mulher traída pelo marido, que faz um pacto com o Diabo e
pede para que ele leve o traidor e sua amante para o inferno. Quaderna, então, se disfarça de
Diabo e, além de criar muitas “conchambranças”, revela um final surpreendente.

As conchambranças de Quaderna 1987 A peça reúne duas histórias curtas, ligadas por um mesmo narrador, Dom Pedro Diniz Quader-
na, personagem principal do Romance d’A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, escrito em
1987. A primeira conta a saga de duas irmãs prometidas em casamento. O noivo de uma delas,
no dia do matrimônio, resolve que quer se casar com a outra, gerando uma grande confusão. Na
segunda – baseada em história real publicada num jornal nordestino –, uma mulher resolve fa-
zer um pacto com o Diabo, para que este leve para o inferno o seu marido, junto com a amante.

6
ARTUR AZEVEDO
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo
(São Luís, 1855 — Rio de Janeiro, 1908)

OBRA ANO SINOPSE

Amor por Anexins 1872 O personagem Isaías, um velho de aparências não muito interessantes, tenta conquistar uma bela
e interesseira viúva. Tudo seria normal se não fosse o vício de Isaías de falar quase que o tempo
inteiro através de anexins, ou seja, ditados populares.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000051.pdf

A filha de Maria Angu 1876 Adaptação de baseada na obra La fillhe de Madame Angot de Siraudin, Clairville e Koning

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000044.pdf

Uma véspera de reis 1876 Em casa de Reis, sala de visitas. Mobília velha: mesa, cadeiras, piano de mesa. Castiçais com
grandes mangas de vidro. Registros do Senhor do Bonfim. Palha benta em um dos cantos da sala.
Ao fundo, porta que deita para o corredor; à direita, duas janelas; à esquerda porta comunicando
com o interior da habitação. É dia.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000053.pdf

A Pele do Lobo 1877 Conta à angústia de Cardoso e sua esposa Amália. O casal tenta há mais de duas horas chegar ao
batizado onde serão padrinhos. No entanto, são constantemente impedidos de sair da delegacia,
onde Cardoso ocupa o cargo de subdelegado, devido à queixa de roubo de galinhas feita por Apo-
linário contra o suposto ladrão, Jerônimo. Jerônimo vai até a delegacia e causa a maior confusão.
No final desta confusão toda Cardoso perde o cardo de subdelegado.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000049.pdf

A Jóia 1879 Valentina, uma prostituta, vive de golpes dados nos seus clientes e cada um deles acredita ser o
único e que ela é uma mulher apaixonada. Tudo vai bem, até que Gustavo, o amante e cafetão,
planeja um golpe maior.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000045.pdf

O escravocrata (com Urbano Duarte) 1884 O Escravocrata, escrito em conjunto por Artur Azevedo e pelo teatrólogo e jornalista baiano Urba-
no Duarte, é um bom exemplo de obra teatral anti-escravagista. Intitulado inicialmente A Família
Salazar, não pôde ser encenado, por ter sido reprovado pelo Conservatório Dramático Brasileiro.
Os autores, então, o publicam em volume, “a fim de que o público o julgue e pronuncie”.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00046a.pdf

A Princesa dos Cajueiros 1880 Imperador do Brasil se divertiu com a sua própria caricatura na peça A Princesa dos Cajueiros
de Arthur Azevedo (com músicas de Francisco de Sá Noronha, 1880), onde se ridicularizava a
incapacidade do Rei Tatu para ter filhos.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000051.pdf

O Liberato 1881 A crítica social e seus valores são representados através da figura central de um escravo.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vd2V6SFhJRFlPZm8/view?usp=sharing

7
A almanjarra 1888 O teatro representa a sala de visitas da casa de Ribeiro.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000032.pdf

O Tribofe 1892 “O Tribofe”, de Artur Azevedo, quer dizer ao mesmo tempo trapaça e namorico. Trata-se de uma
comédia que conta a história de uma família que chega ao Rio de Janeiro e se perdem. Aventuras
acontecem e, no final, se reencontram e voltam para o interior.

http://www.livros.universia.com.br/download/Artur_Azevedo/Amor_por_Anexins.pdf

A Capital Federal 1897 A peça escrita por Arthur Azevedo em 1897, em tom burlesco, traça uma visão da sociedade ca-
rioca em plena “belle époque”, onde as liberalidades da recém-criada República embasbacavam
os provincianos cariocas de então.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000020.pdf

O dote 1907 “O Dote” é uma comédia de Artur Azevedo que fez imenso sucesso em 1907. O enredo, simples
e curto, não permite um aprofundamento emotivo como nas outras comédias curtas do autor. A
simplicidade fornece o ritmo acelerado ao desenvolvimento da fábula, o que não significa que esta
peque por falta de continuidade. Pelo contrário, trata-se de um texto bastante coeso.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000102.pdf

O Oráculo 1907 Um advogado pede conselhos a um amigo experiente, com o intuito de se livrar da “amante perfei-
ta”. Casualmente, a mulher escuta a conversa e, valendo-se dela, reverte a situação e transforma
o episódio numa proposta de casamento.

http://www.bdteatro.ufu.br/download.php?pid=TT00990

AUGUSTO BOAL
Augusto Pinto Boal
(Rio de Janeiro, 1931 — Rio de Janeiro, 2009)

OBRA ANO SINOPSE

Marido Magro, Mulher Chata 1957 Constitui o primeiro texto dramatúrgico de Boal. É o momento em que põe à prova todo seu
conhecimento como autor, e sua experiência com o playwriting norte-americano. A peça tem por fi-
nalidade captar a psicologia da juventude “coca-cola” do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro

Revolução na América do Sul 1960 A trama gira em torno do anti-herói José da Silva, um operário, pai de 15 filhos, que perde o em-
prego e inicia uma eterna luta para conseguir alimento. Após uma frustrada tentativa de revolução
na fábrica, José da Silva inicia sua busca passando por hospital, cadeia e Congresso Nacional
até que, enfim, campanhas eleitorais dão forma a seus sonhos, com políticos se oferecendo para
comprar seu voto.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vRHl5Q1pPMWhEQlE/view?usp=sharing

José, do Parto à Sepultura 1961 Segundo Boal, o personagem central nasceu inspirado em Dom Quixote, com uma diferença fun-
damental: Quixote “vivia anacronicamente, acreditando em valores passados, José acredita nos
de hoje, falsos mas atuantes. O texto centra-se na hipérbole, no exagero e absurdo.”

8
Arena Conta Zumbi, com Gianfrancesco 1965 Aliando imaginário histórico, teatro de vanguarda e crítica à Ditadura Militar, a peça tem como
Guarnieri e Edu Lobo proposta discutir um episódio da História do Brasil a partir de um olhar contestador, desconstruindo
convenções tradicionais, pois na perspectiva do texto teatral do Arena, Zumbi foi considerado um
herói, bem ao contrário do que foi consagrado pela versão histórica oficial. O objetivo deste traba-
lho é analisar as canções da peça, dando ênfase à questão do imaginário e ao arquétipo do negro,
do herói e vilão no qual Zumbi pode ser considerado uma imagem negativa e rebelde e também
heróica, um homem valente que morreu lutando pelos seus ideais.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdGtpUEt6M09ja2M/view?us-
p=sharing

Arena Conta Tiradentes 1967 A peça trata do episódio da inconfidência Mineira durante o período de 1788 a 1792, analisando a
participação individual dos Inconfidentes, de autoridades, e do povo, como "Heróis" ou "Safados".

Murro em Ponta de Faca 1979 O espetáculo traz o “exílio” como temática e propõe resgate histórico de um período recente da
história do Brasil, não sabido e /ou ignorado por muitos e, na contramão do esquecimento, investir
no desejo de falar e reconhecer um Brasil e os brasileiros que não desistem. Lembrar o que se
esqueceu, valorizar o que se ignorou, compartilhar o que se negou. Historicamente (re)conhecer e
(re)conhecermo-nos. E através deste texto de precisa radiografia histórica e de temática universal,
apresentar fatos e reflexões, buscando ressonâncias históricas, sociais e estéticas do Brasil atual.

O Corsário do Rei 1985 A peça trata da histórica invasão e saque do pirata René Duguay-Trouin ao Rio de Janeiro em
1711, quando os governantes portugueses pagaram o resgate da cidade com ouro, pedras
preciosas e açúcar. Na parábola de Boal, o corsário Duguay-Trouin teria estranhado tamanha
generosidade dos portugueses, ao que o governador teria explicado: “Aqui no Brasil há muitos
negros. São eles que trabalham, são eles que pagam!” Para Boal, passados 274 anos, o Brasil
se encontrava sim muito diferente, havia acumulado muitas conquistas, mas, ao mesmo tempo,
tudo permanecia igual.

ENSAIOS - Teatro do Oprimido (1976); Duzentos Exercícios e Jogos para o Ator e o Não Ator com Vontade de Dizer Algo Através do Teatro (1977);
Técnicas Latino- Americanas de Teatro Popular (1979).

CAMILO CASTELO BRANCO


Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
(Lisboa, 1825 —São Miguel de Seide, 1890)

OBRA ANO SINOPSE

Agostinho de Ceuta 1847 Obra teatral que Camilo escreveu na sua juventude, inspirado nas peça de Almeida Garrett “Frei
Luís de Sousa”. Agostinho é um mero pajem, apaixonado por uma dama nobre da corte. No meio
de peripécias, que têm como pano de fundo acontecimentos históricos que ocorreram durante o
reinado de Afonso VI, surge uma figura misteriosa com segredos que irão tornar o amor entre o
pajem e a dama possível.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/04/Teatro-Agostinho-de-Ceuta.pdf

Abençoadas Lágrimas 1861 D. Jorge de Lemos, um jovem nobre, perdeu o amor que tinha pela esposa e tudo faz para dela
se divorciar. Entre a intriga, a discórdia e a inevitável separação surge depois o arrependimento.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vN1NRcGtGemJ5S3c/view?usp=sharing

9
O Condenado 1870 Peça dedicada e inspirada na vida de José Cardoso Vieira de Castro, um escritor e político por-
tuguês, amigo de Camilo Castelo Branco e de tantos escritores da época, que foi julgado, preso
e desterrado pelo crime de assassinar a mulher, enquanto esta dormia, depois de descobrir que
ela o traía.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/04/Teatro-O-Condenado.pdf

A Morgadinha de Val de Amores 1882 Frederico Artur da Costa é um simples escrivão com dois sonhos: dividir o país em repúblicas
confederadas (tendo como modelo os Estados Unidos) e casar com Joana, a morgadinha de Val-
-d’amores, apesar da mesma ser de uma condição superior à sua. Com o sonho aliado à vontade,
tudo é possível.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vam9zczRhYlpjNDQ/view?usp=sharing

O Assassino de Macário 1886 Macário é um playboy incorrigível e numa das suas muitas conquistas acaba por se comprometer
com a mulher errada, desconhecendo o quanto poderoso, influente e violento é o pai da moça.
Para escapar da fúria de tal potencial sogro só vê uma solução: falsear a sua morte. Só que o seu
plano aparentemente perfeito tem um revês: não contou com a resiliência da noiva que tudo faz
para encontrar o assassino do seu amado para se vingar.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vbklfNzRwc0syR3M/view?usp=sharing

O Morgado de Fafe em Lisboa 1861 O Barão e a Baronesa de Caçurrães querem casar a filha, extremamente pretenciosa, com um
pretendente rico, mas a rapariga não acha nenhum dos pretendentes dignos dela. No entanto,
quanto mais se descobre sobre a personalidade da mesma, mais se percebe que ela é que não é
digna dos pretendentes.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vV3lQeGVISW5LRkE/view?usp=sharing

O Morgado de Fafe Amoroso 1865 Numa comédia com canções pelo meio conta-se as peripécias do morgado que se apaixona por
uma mulher muito complicada.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vV3lQeGVISW5LRkE/view?usp=sharing

O Lobisomem 1850 Uma aldeia localizada nas serras de entre Douro e Minho vive assombrada com as aparições de
um lobisomem que ronda as imediações da povoação. Entre o medo e o mistério, resta ao povo
tentar descobrir a quem dos vizinhos recaiu tamanha maldição.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/04/Teatro-O-Lobisomem.pdf

O Marquês de Torres Novas 1858 Peça sobre a vida real de D. João de Lencastre, filho bastardo e legitimado do rei D. João II de
Portugal que recebeu o título de Marquês de Torres Novas. A história conta que estando ajustado
o casamento do príncipe infante D. Fernando com D. Guiomar Coutinho, o Marquês de Torres
Novas opôs-se a esse enlace, alegando que há muito casara clandestinamente com a senhora. A
questão foi debatida em tribunal eclesiástico e o Marquês foi preso no castelo de S. Jorge por nove
anos, até que o Rei encarregou teólogos e canonistas de a resolverem. Persistindo a condessa
contra o marquês, por querer ser futura rainha, a causa foi decidida contra ele em 1529.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZ0NjRDZXc1NXQlE/view?usp=sharing

10
Como os Anjos se Vingam 1871 Francisco de Valadares está acamado com uma grave doença e tem sido acompanhado por um
médico. Aproveitando-se da situação, a sua irmã, Antônia, por não gostar da cunhada, Albertina,
decide mentir ao irmão dizendo que a mulher anda envolvida com o médico dele. Antônia faz isto
porque têm inveja da cunhada que é uma mulher virtuosa e que, com a sua virtude, faz acentuar
todas as falhas e faltas de pudor que Antónia têm. Uma curta história sobre a calúnia e o revés
da mesma.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdnIweGJKeHRuTnc/view?usp=sharing

Espinhos e Flores 1859 Josefina é uma mulher que foi enganada por um amante que a deixou grávida e depois fugiu. De-
samparada, sem pai nem mãe e com um irmão que foi para o Brasil, Josefina refugia-se na casa
do tio, que é padre. Passados oito anos, chega uma carta que diz que o irmão está para chegar.
Josefina fica sobressaltada, pois não sabe como irá ele reagir quando souber que ela desonrou
a família.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vSFd0eFBZUU91ZUU/view?usp=sharing

Purgatório e Paraíso 1857 Jorge de Sá é um jovem de 20 que está atolado em dívidas e vê-se cercado por todos os lados
dos seus credores que lhe exigem o dinheiro ou estes “prestam-lhe contas”. Jorge vê apenas uma
solução para o seu problema: casar-se com uma rapariga de uma família rica, mesmo que para
isso tenha de passar-se por alguém que ele não é.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vUEljZDU0QnlEWjA/view?usp=sharing

Poesia ou Dinheiro 1857 Henriqueta é uma jovem poetisa de grande talento; o seu irmão mais velho é um homem mais prá-
tico e materialista que ridiculariza o sentimentalismo da irmã. Henriqueta não quer se prender a um
casamento arranjado por interesses de dinheiro, enquanto que o irmão quer usá-la para engran-
decer a fortuna da família casando-a com quem ele quer. Da luta de vontades, nasce a tragédia.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/04/Teatro-Poesia-ou-Dinheiro.pdf

Justiça 1870 Luís, um sedutor irremediável, que já seduziu várias mulheres na sua vida, conta a um amigo
como a todas conseguiu depois arranjar marido para que não ficassem desonradas. No entanto, a
sua última conquista, Inês, traz-lhe complicações que ele não antevera e é acusado de rapto. De
notar que história da peça contém certos elementos autobiográficos da vida de Camilo.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/04/Teatro-Justi%C3%A7a.pdf

Entre a Flauta e a Viola 1871 A uma estalagem de Barcelos chega, numa noite, Aniceto com a sua bela filha, Vitorina. Aniceto
anda em fuga com a rapariga, pois quer mantê-la afastada de um tocador de flauta, que sabe ser
seu pretendente. O que ele não sabe é que atrás dela andam, não um, mas dois pretendentes – o
tocador de flauta e outro que toca viola. Aniceto pensa que está a salvo, mas nessa mesma noite
a estalagem vai viver uma situação de peripécias cómicas em que ninguém vai dormir.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vVnhDSHlZS0lZWW8/view?usp=sharing

O Último Acto 1884 Ana é uma mulher que está às portas da morte. Quando nova foi uma mulher que amou um ho-
mem que perdeu quando o pai obrigou-a a casar com outro. Agora que está prestes a morrer têm
apenas uma vontade: Que o seu último acto seja o de contar a sua história à família e ao marido
para que possa morrer em paz.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vUjlia0ZpcXhtRmc/view?usp=sharing

11
CAMÕES
Luís Vaz de Camões
(Lisboa, 1524 — Lisboa, 1580)

OBRA ANO SINOPSE

Seleuco 1587 Trata-se de um auto que satiriza a nobreza. A trama baseia-se na intenção do rei de desposar
a mulher que o seu filho ama. A atribuição do El-Rei Seleuco a Camões, porém, é controver-
sa. Sua existência não era conhecida até 1654, quando apareceu publicada na primeira parte
das Rimas na edição de Craesbeeck, que não dá detalhes sobre a sua origem e teve poucos
cuidados na edição do texto. A peça também diverge em vários aspectos das outras duas que
sobreviveram, tais como em sua extensão, bem mais curta (um ato), na existência de um pró-
logo em prosa, e no tratamento menos profundo e menos erudito do tema amoroso. O tema, da
complicada paixão de Antíoco, filho do rei Seleuco, por sua madrasta, a rainha Estratonice, foi
tirado de um fato histórico da Antiguidade transmitido por Plutarco e repetido por Petrarca e pelo
cancioneiro popular espanhol, trabalhando-o ao estilo de Gil Vicente.

https://archive.org/details/autodeelreise00dant

Filodemo 1587 O Filodemo, composto na Índia e dedicado ao vice-rei D. Francisco Barreto, é uma comédia de
moralidade em cinco atos, de acordo com a divisão clássica, sendo das três a que se manteve
mais viva no interesse da crítica pela multiplicidade de experiências humanas que descreve e pela
agudeza da observação psicológica. O tema versa sobre os amores de um criado, Filodemo, pela
filha, Dionisa, do fidalgo em casa de quem serve, com traços autobiográficos.

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/luis_c1.pdf

Enfatriões 1587 Anfitriões, publicado em 1587, é uma adaptação do Amphitryon de Plauto, onde acentua o carác-
ter cómico do mito de Anfitrião, destacando a omnipotência do amor, que subjuga até os imortais,
também seguindo a tradição vicentina. A peça foi escrita em redondilhas menores e faz uso do
bilinguismo, empregando o castelhano nas falas do personagem Sósia, um escravo, para assina-
lar seu baixo nível social em passagens que chegam ao grotesco, um recurso que aparece nas
outras peças também.

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/luis_c3.pdf

CASIMIRO DE ABREU
Casimiro José Marques de Abreu
(Rio de Janeiro ,1837 – Nova Frigurgo , 1860)

OBRA ANO SINOPSE

Camões e Jaú 1856 Personagem que fora batizado com o nome Cristão de António, e apegou-se com tamanha afeição
ao poeta, que nem mesmo nas situações mais críticas deixou de lhe prestar assistência. Quando
Camões, doente, já nos seus últimos dias, se via combalido pela miséria, diz à tradição que Jaú saia
à noite pelas ruas de Lisboa mendigando, a fim de prover, para o amo, o sustento do dia seguinte.

https://pt.wikisource.org/wiki/Cam%C3%B5es_e_o_Ja%C3%BA

12
CECÍLIA MEIRELES
Cecília Benevides de Carvalho Meireles
(Rio de Janeiro, 1901- Rio de Janeiro, 1964)

OBRA ANO SINOPSE

A Nau Catarineta 1946

O Menino Atrasado (auto de Natal) 1966


(editado
postuma-
mente)

COELHO NETO
Henrique Maximiliano Coelho Neto
(Caxias, Maranhão, 1964 – Rio de Janeiro, 1934)

OBRA ANO SINOPSE

O Dinheiro 1912 O dinheiro versa sobre os limites da ganância e da cobiça vividos por um casal em crise, e em
cujo embate moral reside à proposta dramática da peça. “Testados” pela luxúria e promessa de
riquezas de uma cidade igualmente corrompida, o Rio de Janeiro, o casal Lívia e Memede são
apresentados logo no início do drama como um casal que vive de aparências e traições, descritos
pela boca de outros dois personagens, o Brotas e o Paiva, dois companheiros de Mamede na
boemia carioca. Invejosos, eles comentam a riqueza de Mamede, possivelmente obtida através
de operações ilícitas com dinheiro público. Além disso, comentam o caso da amante de luxo que
Mamede sustenta e ostenta a outros homens, além do possível impacto desse fato sobre a mulher
dele, Lívia, imaginada por eles como igualmente traidora.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTktXeGxXRkxpOUU/view?usp=sharing

DIAS GOMES
Alfredo de Freitas Dias Gomes
(Salvador, 1922 — São Paulo, 1999)

OBRA ANO SINOPSE

Amanhã Será Outro Dia 1941 Drama que aborda temas como nazismo e o exílio nos países sul americanos.

Eu Acuso o Céu 1943 Os personagens se caracterizam em duas famílias de distintos elementos inatos culturais. Embora
ambas de cotidiano simples e difícil, na labuta atrelada à significância da vida e busca dos sus-
tentos. De um lado o povo da lavoura; tendo a terra enraizada na fé, amor, fidelidade e inclusive
como condutora principal de qualquer perspectiva mínima de futuro. De outro, pescadores que na
mesma intensidade faz do mar a própria existência e sepultura. Ambas as famílias se encontram
em momentos de fuga, tais quais fazem dos fenômenos naturais forças antagônicas que se digla-
diam. Elementos como medo e coragem oscilam entre amor e ódio numa expectativa exagerada
de uma vida fundida com tais valores.

O Pagador de Promessas 1959 Nesta peça de renome internacional, o autor narra o emocionante calvário do simplório Zé-do-
-Burro - para cumprir promessa feita a Iansã, pela cura de seu burro, ele divide seu sítio com
os lavradores pobres e carrega pesada cruz de madeira no percurso de sessenta léguas, com o
objetivo de depositá-la no interior da igreja de Santa Bárbara, em Salvador.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdTNlV3NKVmRhOTA/view?usp=sharing

13
A Invasão 1960 É uma peça de teatro escrita em três atos e cinco quadros. Dias Gomes baseou a história num fato
real: no final dos anos 1950, um grupo de favelados do Rio de Janeiro que perderam seus bar-
racos, devido a uma enchente. Sem ter onde se abrigarem invade uma construção abandonada.
A primeira família narrada é a de Bené, um ex-jogador de futebol, que sem esperanças encontra
na bebida seu único meio para suportar tamanho sofrimento e pobreza. Espera no filho, Lula, a
oportunidade que nunca teve. Sem opção de moradia Bené, Isabel e Lula iniciam propriamente
a Invasão. Depois seguido de Justino, Santa, O Filho de Santa, Tonho, Malu e Rita. Já estavam
lá Bola Sete e Lindalva que no início os confunde com a polícia. Depois os outros vão chegando,
O Profeta, no primeiro piso e a Invasão vai se dando gradativamente no prédio abandonado. O
edifício ficou conhecido como Favela do Esqueleto, muita gente pobre, negros, mulatos e muitos
palavrões mesclados com desemprego e fome.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3valdZLS00cUppX2s/view?usp=sharing

A Revolução dos Beatos 1961 A peça fala sobre certo episódio de fanatismo religioso e sua exploração política utilizando-se do
ritual do bumba-meu-boi, explorando inclusive a dança e alguns personagens deste folguedo. O
cenário onde transcorre o episódio é a cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vME1hcnhJb3RtYzg/view?usp=sharing

Odorico, o Bem Amado ou Os Mistérios do 1962 O autor, responsável por retumbantes êxitos teatrais e cuja obra tem por denominador comum
Amor e da Morte a contestação política e social, fornece ao leitor um irresistível retrato dos costumes da vida de
um lugarejo do interior baiano, ordeiro e pacífico, para inauguração de um cemitério - plataforma
política de seu ambicioso prefeito, Odorico Paraguaçu. O problema - ele precisava providenciar
um morto. Odorico, o Bem-Amado, é a encarnação, em escala provinciana, de personagens bem
mais sinistros da vida política latino-americana, ditadores, caudilhos, demagogos de todos os ti-
pos, e cujo perfil ora cômico, ora patético, a rica imaginação do autor delineia de forma precisa
e contundente. Naturalmente, o protagonista é também um ser humano em crise. O vácuo entre
suas pretensões de grandeza, que comicamente se revelam na empolada linguagem, e a triste
realidade de uma região, para ele frustrantemente subdesenvolvida, acentuam as contradições de
sua existência e da própria política que ele representa e personifica.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vc09hMWZnUENTRTg/view?usp=sharing

O Berço do Herói ou Roque Santeiro 1963 A peça foi escrita em 1963 e deveria ter sido encenada em 65, mas foi censurada pelo governo
militar. Em 1975 Dias Gomes resolveu adaptar a obra para a televisão. Mas novamente, a história
foi proibida. Dez anos depois, em 1985, já com o país vivendo o processo de redemocratização, a
novela foi levada ao ar. O sucesso foi estrondoso e imediato. Tal foi o êxito, nacional e internacio-
nal, que a reedição da peça foi retrabalhada por Dias Gomes.

https://pt.scribd.com/doc/17872583/Dias-Gomes-Roque-Santeiro-ou-O-Berco-do-
-Heroi-pdf-rev

O Santo Inquérito 1966 A peça se passa na época de 1750, no estado da Paraíba. A partir da história de Branca Dias,
neta de um cristão novo, a peça se constitui como crítica às atividades cometidas nos tribunais
do santo ofício, onde se matava em nome de Deus. Branca Dias ao nadar no Rio Paraíba, salva
Padre Bernardo, que está se afogando. Este, após o susto, se vê envolvido pelas coisas que a
jovem lhe conta sobre sua vida. Ele se convence de que precisa salvá-la das tentações do Demô-
nio. Aos poucos, passa a distorcer as palavras da jovem, e termina por denunciar Branca, seu pai
e seu noivo ao tribunal do Santo Ofício. Sem entender qual foi seu pecado, Branca vê seu noivo
morrer, vítima das torturas, seu pai abrir mão de suas crenças para se libertado, e por fim, ela é
queimada na fogueira.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMlEzQlV0MlFCbFk/view?usp=sharing

14
O Túnel 1968 Uma peça curta em um ato, pequena incursão no teatro do absurdo. Um enorme engarrafamen-
to, que já durava quatro anos, desde 1964, dentro de um túnel, onde cada qual buscava uma
saída, desesperadamente.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vREg2ZUhKUVdyUzA/view?usp=sharing

Dr. Getúlio, Sua Vida, Sua Glória (com 1969 “Dr. Getúlio, sua vida e sua glória” é uma peça escrita em forma de enredo, que extraiu a essência
Ferreira Gullar) daquele momento histórico e relacionou-a com a nossa realidade, contada pelo enredo de uma
escola de samba. As personalidades e as paixões que regem a vida política brasileira conduzem
igualmente a escola de samba que prepara o espetáculo do Dr. Getúlio. É o povo quem narra e ao
mesmo tempo representa a história. E se Getúlio é visto do ângulo místico(o da escola de samba),
é também desmitificado pela identificação de seu drama com o da própria escola, no plano da re-
alidade. Isto é conseguido pelo desenvolvimento de duas tramas paralelas: uma que já aconteceu
e outra que está acontecendo. A Escola narra a luta pelo poder desenvolvido nos últimos anos da
vida de Getúlio e simultaneamente, vive sua vida interna.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vc25sNFk1bERpWnc/view?usp=sharing

Vamos Soltar os Demônios (Amor Em 1977 Vamos Soltar os Demônios ou Amor em Campo Minado foi escrita em 1969, meses após
Campo Minado) a promulgação do Ato Institucional nº 5, que endureceu mais a ditadura militar instaurada
no Brasil em 1964, limitando cada vez mais a liberdade dentro do país. Amor em Campo Minado
é uma peça em dois atos, que se passa em uma garçoniere e que conta com dois personagens
secundários, Dr. Moura, um funcionário público, conservador, apegado às questões mo-
rais, mas que tem um caso com a secretária; Vera, amante de Dr. Moura, casada assim
como ele, mas que diz que sai com ele porque este lhe prometera um aumento; e dois
personagens principais, Sérgio Pontes, é um intelectual, um jornalista, e está fugindo da
polícia e Nara Pontes, sua mulher, dona de casa.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZDV5NFlyT19wVUk/view?usp=sharing

As Primícias 1977 Uma alegoria sobre o inefável direito do homem à liberdade. Na base da trama estão dois noivos
camponeses e o todo-poderoso amo e senhor, que não abre mão do jus primae noctis, o privilégio
do proprietário de terras de dormir com as noivas de sua fazenda antes do marido. A revolta do
jovem casal contra esse costume provocará a irrupção do conflito. O amor explode em um canto
noturno de revolta. Peça de significado amplo e universal.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vLU52emUtYjFzMzg/view?usp=sharing

O Rei de Ramos 1979 A crônica musicada da rivalidade de dois banqueiros do bicho, Mirandão e Brilhantina, cujo ódio
recíproco não é suficiente para impedir o amor entre seus filhos, Taís e Marco.Meio Romeu e
Julieta no submundo da contravenção carioca.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMHJwYURFNzdxZGs/view?usp=sharing

Campeões do Mundo 1986 A peça apresenta uma reflexão sobre o comportamento político, onde o sequestro de um Embai-
xador é apenas um aspecto bastante ilustrativo de uma visão histórica.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQUxPaF9JN200azA/view?usp=sharing

Meu Reino por um Cavalo 1988 Uma comédia que o autor classifica de caótica, mas que nos toca precisamente por ter muito
sentido: a relatividade dos valores tidos e havidos como absolutos. Coerente em sua repulsa à
ortodoxia uniformizada, sua peça é uma "metralhadora giratória" que atinge diversos alvos numa
só rajada.

15
CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
Francisco Buarque de Hollanda
(Rio de Janeiro, 1944)

OBRA ANO SINOPSE

Roda Viva 1968 O espetáculo conta a história de um ídolo da canção que decide mudar de nome para agradar ao
público, em um contexto de uma indústria cultural e televisiva nascente no Brasil dos anos 60. O
personagem é a representação de uma figura manipulada - pela indústria fonográfica e/ou imprensa
- que promove uma reflexão sobre a cerca da sociedade de consumo. A peça é encenada em dois
atos, contando a ascensão e queda de Benedito Silva, que passou a adotar o nome de Ben Silver.
Mas o que marcou a peça foi a sua agressividade proposital com o intuito de chocar o público para
os problemas que cercavam o país na época.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vT0FueXVQeVpKeVU/view?usp=sharing

Calabar, o Elogio da Traição 1973 A peça relativiza a posição de Domingos Fernandes Calabar no episódio histórico em que ele
preferiu tomar partido ao lado dos holandeses contra a coroa portuguesa, a quando a Insurreição
Pernambucana. Vivia o Brasil sob o regime ditatorial militar de Portugal, fruto da Guerra da Res-
tauração, e era comum o uso das metáforas nas produções artísticas a fim de, por um lado, burlar
a censura rigorosa do sistema (sendo popular a figura de Armando Falcão, Ministro da Justiça,
encarregado dessa tarefa canhestra) e, por outro, denunciar a situação contemporânea.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMTBwQW5jamZZRVk/view?usp=sharing

Gota D’Água 1975 Transposição da tragédia grega Medéia, de Eurípides, para o Rio de Janeiro da década de 1970.
A feiticeira Média grega, capaz de preparar o veneno que incendiará os inimigos, converte-se na
macumbeira nacional, que lida com outros mundos e manipula as ervas destinadas ao crime.
O Jasão brasileiro ascende socialmente por meio de seu samba Gota d’água, que estoura nas
paradas de sucesso. Creonte é um rei dos tempos atuais, dono de um império imobiliário e lúcido
na defesa de seus privilégios. Joana (Medéia) presenteia ao casal de noivos, como se estivesse
reconciliada, um prato especial. Creonte, desconfiado da aparente generosidade, devolve a oferta.
O bolo preparado e envenenado por Joana é o instrumento de seu suicídio e da morte dos filhos.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vRXVOZDE1QktRb00/view?usp=sharing

Ópera do Malandro 1978 “Ópera do Malandro” foi escrita a partir da obra “A Ópera do Mendigo”(1728), em que John Gay
fazia uma demolidora sátira da classe dominante inglesa, e da “A Ópera dos Três Vinténs”(1928)
de Bertolt Brecht e Kurt Weill que contextualiza sua trama nos cortiços londrinos em meio a um
ambiente burlesco com a história do anti-herói Mac Navalha e seu universo de ladrões, prostitutas
e vigaristas.
Em 1978 Chico Buarque transpôs a história para a Lapa da década de 40, debaixo da ditadura do
Estado Novo de Getúlio Vargas e no apogeu da 2ª Guerra Mundial, momento propício de grandes
oportunidades para grandes oportunistas, num ambiente repleto de bordéis, agiotas, cafetões,
contrabandistas e policias corruptos. Em “Ópera do Malandro” o enfoque se dá no embate entre
o cafetão, sob a fachada de próspero comerciante, Duran e o contrabandista Max Overseas. A
rivalidade entre ambos irá se intensificar a partir do momento em que Teresinha de Jesus, filha de
Duran, casa-se em segredo com Overseas.

http://tapetedepedra.weebly.com/uploads/5/6/9/2/569206/opera_do_malandro.pdf

16
GIANFRANCESCO GUARNIERI
Giafrancesco Sigfrido Marinenghi de Guarnieri
(Milão, Itália, 1934 – São Paulo, 2006)

OBRA ANO SINOPSE

Eles não usam Black-Tie 1958 Um movimento grevista se inicia numa empresa. Um operário está preocupado com sua namo-
rada, que engravidou, e eles decidem se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a
greve, que é liderada por seu pai, iniciando um conflito familiar que se estende às assembleias e
piquetes.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3va08yWmVvTkV1Vkk/view?usp=sharing

Gimba 1959 Deixando o morro carioca, Gimba tornara-se “astro do crime”. É preso, foge e retorna ao morro,
tendo em seu encalço a polícia paulista, na figura de um delegado interpretado por Paulo Emílio.

O Cimento 1961 Peça que retrata o cotidiano de militantes operários de uma fábrica de São Paulo.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vSGNDcUVWVS1WNDQ/view?us-
p=sharing

O Filho do Cão 1964 A trama se dá no sertão do Nordeste, onde uma figura que se intitula como o Diabo, faz “visitas”
às moças da região, causando medo e paralisia nas suas vítimas. Destes “encontros”, acontecem
resultados inesperados e terríveis. Na região, um profeta de nome Santo Homem, é chamado para
lutar contra o diabo. Deste conflito, surgem momentos de muita ação, fanatismo e muito humor,
levando a um final inesperado.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vd19ZenFKVXhDemM/view?usp=sharing

Arena Conta Zumbi (com Augusto Boal e 1965 Aliando imaginário histórico, teatro de vanguarda e crítica à Ditadura Militar, a peça Arena conta
Edu Lobo) Zumbi tem como proposta discutir um episódio da História do Brasil a partir de um olhar contesta-
dor, desconstruindo convenções tradicionais, pois na perspectiva do texto teatral do Arena, Zumbi
foi considerado um herói, bem ao contrário do que foi consagrado pela versão histórica oficial. O
objetivo deste trabalho é analisar as canções da peça, dando ênfase à questão do imaginário e ao
arquétipo do negro, do herói e vilão no qual Zumbi pode ser considerado uma imagem negativa e
rebelde e também heroica, um homem valente que morreu lutando pelos seus ideais.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdGtpUEt6M09ja2M/view?usp=sharing

Um grito parado no ar 1973 Um pequeno grupo de teatro se propõe a encenar uma peça que trate de questões contempo-
râneas e faça uma crítica consistente aos preconceitos, distúrbios, problemas e lutas da vida
moderna. No decorrer de um ensaio dessa peça, os papéis, aos poucos, vão se invertendo e, ao
tentar descobrir a essência dos personagens, os atores e o diretor acabam por dar voz às próprias
questões reprimidas ou mal resolvidas.

Ponto de Partida 1976 Numa hipotética aldeia medieval, um poeta e humanista amanhece morto, misteriosamente en-
forcado na praça. Na peça, a hipocrisia prevalece, garantindo a impunidade dos assassinos. Tra-
tava-se de uma parábola criada com o intuito de aludir à morte do jornalista Vladimir Herzog, no
ano anterior.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3va0VleC1KaTQtaEk/view?usp=sharing

17
GIL VICENTE
Gil Vicente
(Guimarães, 1465 – Lisboa, 1536)

OBRA ANO SINOPSE

Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação 1502 O Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro é uma peça de teatro portuguesa do século XVI. De
raízes espanholas, foi a primeira obra de Gil Vicente, tendo sido composta para anunciar o nasci-
mento do príncipe dom João, futuro João III de Portugal a mandato de D. Leonor, viúva de D.João
II . Estreou em 7 de junho de 1502 no Paço Real, então no Castelo de São Jorge, em Lisboa, na
presença do soberano Manuel I, da rainha Maria e da Corte.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZWpTNURpaFBtZW8/view?usp=sharing

Auto da Índia 1509 Constança, insatisfeita com as longas ausências do marido que a deixa sozinha quanto ele parte
em viagens até à Índia, adota uma vida libertina, tomando para si vários amantes.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/07/Auto-da-%C3%8Dndia.pdf

Auto da Barca do Inferno 1516 O que acontece à alma depois da morte do corpo? É com esta interrogação que Gil Vicente, o pai
do teatro português, constrói a sua peça satírico-cómica com pretensões moralizantes, em que se
mostra o julgamento dos pecadores no pós-morte. Este julgamento é feito à beira de um profundo
braço de mar onde aguardam dois barqueiros: um que conduz a Barca da Glória (o Anjo), outro a
Barca do Inferno (o Diabo). Por esse porto passarão diversas almas que irão expor o que fizeram
em vida para se decidir assim em que barca tem direito a entrar.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/03/Auto-da-Barca-do-Inferno.pdf

Farsa de Inês Pereira 1523 Tendo como mote um ditado popular, “mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube”, Gil
Vicente escreveu esta comédia de costumes retratando o comportamento amoral da degradante
sociedade da época.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZzBLa0h1SG1UTW8/view?usp=sharing

Auto de Mofina Mendes 1534 A peça abre com um monólogo de um frade que fala em jeitos de pregador. Ido este, iniciam-se
duas narrativas paralelas que são entre si apresentadas alternadamente. Ambas possuindo sensi-
velmente a mesma dimensão, a primeira trata da Anunciação à Virgem e consequente gravidez, a
segunda representa as peripécias de um azarado grupo de pastores. À medida que Maria recebe
a Boa Nova do Anjo Gabriel e questiona quatro das Virtudes sobre que decisões tomar face a tal
fenómeno, os pastores vão tentando descobrir o que aconteceu à maioria do seu gado, que se
encontra desaparecido. Ao perceberem que muitos dos animais morreram, o Anjo Gabriel desce à
sua presença e indica-lhes que deverão ir a Belém assistir ao nascimento de Jesus Cristo.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vaWlvOG1aWXIxU3M/view?usp=sharing

Auto da Feira 1527 Mercúrio, o deus do comércio, após zombar da astrologia, ordena ao Tempo que arme uma tenda
para uma feira de natal, a Feira das Graças: “Faço mercador-mor, ao Tempo, que aqui vem; e
assim o tenho por bem, e não falte comprador, porque o Tempo tudo tem”. O Tempo - falando em
decassílabos - arma a barraca e chama os visitantes. Ali nada será vendido, mas trocado. Um Anjo
(Serafim) conclama os papas a pegar novas vestes, como as dos antigos. O Diabo também arma
sua tendinha: tem “artes de enganar”, “falsas manhas de viver”, para clérigos e frades, “hipocrisia”
para quem quer ser bispo. Entra Roma que quer comprar a paz que não encontra entre os cristãos.
A ela, o Diabo oferece: “Vender-vos-ei nesta feira, mentiras, vinte três mil, todas, de nova maneira,
cada uma mais sutil, que não vivais em canseira”. Roma vai ao Anjo e diz: “Oh, vendei-me a paz
dos céus pois tenho o poder da terra”. O Anjo: “Atentai com quem lutais, que temo que caireis”.
Após a saída de Roma, entram dois lavradores. Ambos querem se livrar das mulheres, uma é
muito brava e a outra muito mansa. Um acaba por elogiar a mulher do outro e falam em trocar
(feirar) as duas. Chegam outros vendedores e compradores que se instalam junto à tenda. Uma
mulher fala o nome de Jesus e o Diabo desaparece, ficando o Tempo e o Anjo. A algumas moças,
o Tempo oferece consciência. A outras, o Anjo oferece virtude. Mas todas recusam. Vieram à feira
porque ouviram falar que nela está Nossa Senhora. E todos cantam um hino em honra da Virgem.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00112a.pdf

18
Auto da Alma 1508 Auto da alma é um dos autos religiosos de Gil Vicente, peças que utilizavam-se de personagens e
do universo católico para transmitir mensagens religiosas.
A Alma é levada pelo Anjo Custódio à Igreja, onde surge a figura do Diabo. Este a tenta de várias
maneiras, mas acaba derrotado quando ela chega à estalajadeira, representação da Igreja, e des-
cansa. Dentro da Igreja surgem as figuras de quatro grandes teólogos: São Tomás, São Jerônimo,
Santo Ambrósio e Santo Agostinho.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTFZBMFJmRHk5UWM/view?us-
p=sharing

Quem Tem Farelos? 1505 Composta nos fins de 1508, princípios de 1509, é uma peça de crítica social e conta a história de
um escudeiro em decadência... Em Quem tem farelos?, como em todas as farsas, Gil Vicente faz
uma crítica contundente a todas as classes sociais de seu tempo, desde a nobreza até o povo,
passando pelo clero.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdVk3cWN0cnkyaWM/view?usp=sharing

O Velho da Horta 1512 Esta seguinte farsa é o seu argumento que um homem honrado, já velho, tinha uma horta, e
andando uma manhã por ela espairecendo, sendo o seu hortelão fora, veio uma moça de muito
bom parecer buscar hortaliça, e o velho em tanta maneira se enamorou dela, uma alcoviteira que
um dia fora comprar ervas e vendo que o velho estava passando por um sofrimento perguntou o
que haverá acontecido? Vendo que o velho parecia estar realmente apaixonado se ofereceu para
ajudar a conquista-la, a alcoviteira ia até a um lugar, falava para o velho que tinha ido até a mulher
desejada, e toda vez que voltava falava que precisava de algo, e o velho gastando todas as suas
economias. A mulher do velho logo descobre dessa suposta “traição”. Logo aparece uma mocinha,
a mando de sua tia para pagar uma conta na horta do velho. E descobriu através da mocinha que
a moça se casara com um jovem da mesma idade, então chega o delegado com policiais e prende
a alcoviteira, que não devolve o dinheiro e é açoitada em praça pública. E o velho senhor acaba
ficando pobre, sem família, sem dinheiro e sem a moça por quem ele estava apaixonado.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00116a.pdf

GONÇALVES DIAS
Antônio Gonçalves Dias
Boa Vista, MA, 1823-1864

OBRA ANO SINOPSE

Patkull 1843 Patkull é um gentil-homem livônio que parte para a guerra e deixa sua noiva, Namry, em compa-
nhia de seu amigo, Paikel. Aproveitando a ausência do heroi, Paikel tenta reconquistar o amor de
Namry, que já fora sua namorada. Namry se mantém fiel; porém, o falso amigo Paikel faz Patkull
acreditar que ela o traiu. A trama desencadeia uma série de acontecimentos com um fim trágico.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000156.pdf

Leonor de Mendonça 1847 “Leonor de Mendonça” é uma das quatro peças que o poeta romântico Gonçalves Dias escreveu,
data de 1846 e é considerada um dos primeiros trabalhos teatrais do Brasil. Nela, tem-se o bom
e velho triângulo (ou “pseudotriângulo”) amoroso. As personagens principais são Leonor de Men-
donça (Duquesa de Bragança), D. Jaime (Duque de Bragança) e Antônio Alcoforado. O Duque era
nobre e desgraçado, pois queria tornar-se padre, mas por pressão social acabou casando-se com
Leonor. A Duquesa também se casou sem amor e vivia um estreito círculo de relações sociais,
vivia numa espécie de jaula. Convivia somente com Paula, camareira que lhe ouvia e dava con-
selhos. Alcoforado era um mancebo corajoso e dedicado. Vila Viçosa, onde a ação se passa, era
um exílio para o Duque e sua esposa. A ação do drama é a morte de Leonor por seu marido, como
indica o autor no prólogo da peça.

http://biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://biblio.com.br/conteudo/GoncalvesDias/
leonordemendonca.htm

19
GRAÇA ARANHA
José Pereira da Graça Aranha
(São Luís, MA, 1868 – Rio de Janeiro, 1931)

OBRA ANO SINOPSE

Malazarte 1911 Malazarte, peça de Graça Aranha estreada em 1911, em Paris, é uma amostra significativa de
como o simbolismo europeu influenciou a dramaturgia pré-modernista brasileira. No palco, os
personagens não servem tanto à ação, mas a uma discussão filosófica norteada pelos questiona-
mentos morais de Nietzsche questionamentos deliberadamente irracionais e perfeitos para o ideal
simbolista do período. Um paralelo entre Canaã romance anterior de Graça Aranha que também
discute as ideias de Nietzsche e Malazarte é possível e revela como as convicções filosóficas do
autor transformaram se num curto período de tempo. Ainda que a peça tenha fracassado como so-
lução estética, a obra é uma tentativa de modernização da dramaturgia brasileira em um momento
em que o país carecia de grupos teatrais profissionais.

GUILHERME DE ALMEIDA
Guilherme de Andrade e Almeida
(Campinas, 1890 - São Paulo, 1969)

OBRA ANO SINOPSE

Mon Couer Balance e Leur Ame 1916


(em colaboração com Oswald de Andrade)

JORGE AMADO
Jorge Amado
(Itabuna, BA, 1912 – Salvador, 2001)

OBRA ANO SINOPSE

O Amor do Soldado 1947 O livro retrata o amor de Castro Alves e Eugénia Câmara, um poeta abolicionista que luta pela
república e pelo fim da escravidão e uma atriz portuguesa, ambos sentem um amor profundo um
pelo outro, o problema é que também sentem por seus ofícios. Castro amava Eugénia, mas não
podia abandonar sua causa, então a decisão pairou sobre Eugenia, seguir Castro e viver com o
amor de sua vida ou seguir a Cia de Teatro como atriz, que era o que mais amava? O amor por
Castro ou o amor pelo Teatro?

JORGE ANDRADE
Aluísio Jorge Andrade Franco
(Barretos, SP, 1922 - São Paulo, 1984)

OBRA ANO SINOPSE

O Telescópio 1951 Peça expõe com realismo pungente o processo de desagregação e perda dos valores éticos e
morais dos descendentes de uma família de proprietários de terras. Extraindo o dramático do
contraste entre dois grupos de personagens, o escritor opõe o mundo dos pais, alicerçado numa
tradição puramente rural, ao mundo dos filhos, minado pela derrocada econômica e distanciado
dos antigos valores.

20
A Moratória 1955 Fazendo parte da Coleção Teatro Moderno, esta peça conta a história de uma tradicional família
rural paulista em sua mudança para a cidade. Lançado em 1959 tem sua história contada simulta-
neamente na cidade e na antiga casa no campo.

https://ieacen.files.wordpress.com/2015/08/a-moratc3b3ria.pdf

Pedreira das Almas 1957 A peça se passa na cidade fictícia de Pedreira, em São Paulo, durante os tempos da Revolta Libe-
ral de 1842. Temas caros à obra de Jorge Andrade estão aqui presentes, como a relação passado/
presente, o conflito entre tradicionais e progressistas, e a luta pela liberdade.

Vereda da Salvação 1958 Os camponeses de uma fazenda cansados da miséria da vida terrestre, depositam numa vida in-
terior sua sorte. Joaquim, um dos camponeses, absorto em meio à derradeira condição subumana
em que vive, crê ser ele o novo Cristo. Entre os camponeses, haviam aqueles que pressionados
por sua culpa de terem sentido prazer pelo pecado que cometeram, acreditavam ser Joaquim
o enviado para a salvação. Haviam também aqueles que acreditavam ser uma insanidade de
Joaquim. Esse fanatismo religioso provocou a ira da polícia, acontecendo assim um massacre.

A Escada 1961 A peça mostra quão irreconciliáveis são esses dois mundos onde a tradição é um obstáculo quase
intransponível para uma vida plena.Extraordinariamente atual, o texto trata dos sempre presentes
preconceitos de cor, idade, nível social, estado civil e sexo. Jorge Andrade apresenta em sua peça,
num corte horizontal, um universo de incompreensão, violentos contrastes, alienação e incomuni-
cabilidade nas relações entre pais e filhos, marido e mulher, patrão e empregado.

Os Ossos do Barão 1962 Decadência da aristocracia rural paulista e ascensão social do imigrante são temas de novela
escrita por Jorge Andrade.

JOSÉ DE ALENCAR
José Martiniano de Alencar
(Mecejana, CE, 1829 – Rio de Janeiro, 1877)

OBRA ANO SINOPSE

Verso e Reverso 1857 Trata-se uma comédia em dois atos, que mostra o olhar analítico e crítico de um jovem estudante
paulista, Ernesto, sobre a então capital imperial brasileira, Rio de Janeiro, local escolhido por ele
para passar férias.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMnd5dy1vNmxkYUE/view?usp=sharing

A Noite de São João 1857 O argumento da “A Noite de São João”, uma ópera cômica, é o amor entre dois primos – Inês
e Carlos, numa trama onde surgem um frade e uma cigana. Escrita em dois atos, conta com
a participação de um coro de convidados para uma Festa de São João. A primeira encenação
da ópera aconteceu em 1860, no Rio de Janeiro, para o Imperador Pedro II, sendo regida por
Carlos Gomes.

http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/242826/000181874.pdf?sequen-
ce=1

O Demônio Familiar 1857 O Demônio Familiar é a história de um escravo que quer casar os patrões com parceiros mais
abonados.

http://www.bdteatro.ufu.br/download.php?pid=TT00922

21
A Mãe 1862 A Mãe foi escrito por José de Alencar e lançado em 1860, mesmo ano em que morre o pai do
autor. A história de quatro atos se passa no Rio de Janeiro, em 1855. Nela é contado o drama de
um homem que vende sua escrava para ajudar um amigo com problemas financeiros.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000161.pdf

O Jesuíta 1875 Este drama histórico em quatro atos, celebrando o nativismo e o projeto de emancipação do
país, é ambientado no Rio de Janeiro, em 1759. A peça recria o ambiente político que antecedeu
a expulsão dos jesuítas, ocorrida em 1759, apresentando o protagonista e a Ordem como os
mais capazes para implantar o projeto de Nação no Brasil.

https://pt.wikisource.org/wiki/O_Jesu%C3%ADta_(Jos%C3%A9_de_Alencar)

JOSÉ SARAMAGO
José de Sousa Saramago
(Azinhaga, Portugal, 1922 – Tias, Espanha, 2010)

OBRA ANO SINOPSE

In Nomine Dei 1993 Essa peça conta o fracasso de uma rebelião protestante na Alemanha do século XVI. Há, de início,
nobreza e sede de justiça nas atitudes dos personagens. Mas logo se desvenda a brutalidade, a
falta de sentido do que fazem. A fé vitima os mais simples, a credulidade dilacera os homens, a
esperança mata e a utopia igualitária serve de pretexto para a dominação. Quem admira as rique-
zas do estilo de José Saramago, sua encantada lucidez, sua violência descritiva, talvez imagine
que, numa peça de teatro, algo disso se perca. As falas dos personagens exigem mais concisão;
e como esperar opulências de linguagem quando os fatos e os conflitos, brutais, precipitam-se
no palco? In Nomine Dei, peça de Saramago, responde magistralmente à dúvida. Seus leitores
encontram, aqui, o mesmo grande escritor de O evangelho segundo Jesus Cristo: a mesma força,
a mesma precisão, a mesma angústia. O que muda é a forma. Não temos a narração extrema e
delicada, mas um autor trágico, que se retrai apaixonadamente diante daquilo que mostra.

JOSUÉ GUIMARÃES
Josué Marques Guimarães
(São Jerônimo, RS, 1921 – Porto Alegre, 1986 2010)

OBRA ANO SINOPSE

Um corpo estranho entre nós dois 1983 O livro conta a história de César, Arnaldo e Débora. Arnaldo era casado com Débora, que o trocou
por César, que depois voltou para Arnaldo e depois acabou ficando com Mariozinho dos Tomates,
o que deixou os dois perplexos, pois nenhum deles esperava que ela ficasse com ele.

JÚLIO DANTAS
Júlio Dantas
(Lagos, 1876 – Lisboa, 1962)

OBRA ANO SINOPSE

A Severa 1901 Conta a história de Maria Severa Onofriana, a prostituta de raízes ciganas a quem a história dá a
autoria de ter sido a primeira fadista e de ter “criado” o Fado, tal como ele se conhece hoje.

https://archive.org/details/severapecaemquat00dant

A Ceia dos Cardeais 1902 A história se passa numa luxuosa sala do vaticano, na qual, três cardeais velhinhos lamentam o
peso do tempo e relembram os seus amores: Cardeal Gonzaga (que é português), Cardeal Rufo
(que é espanhol) e Cardeal Montmorency (que é francês) encontram-se sentados numa mesa
enquanto comem a ceia da noite

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vVzhFSTNQWnA1aFk/view?usp=sharing

22
Um Serão nas Laranjeiras 1904 O autor aproveita da crise do regime monárquico e faz “Um Serão nas Laranjeiras”, que denuncia
a decomposição da corte.

https://archive.org/details/umseronaslaran00dant

Espadas e rosas https://archive.org/details/espadaserosa00dant

Carlota Joaquina 1919 https://archive.org/details/1919carlotajoaqu00dant

MACEDO
Joaquim Manuel de Macedo
(Itaboraí, RJ, 1820-1882)

OBRA ANO SINOPSE

O Cego 1849 http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/joaquim_m8.pdf

O Fantasma Branco 1856 http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=35381

O Primo da Califórnia 1855 http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00135a.pdf

MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis
(Rio de Janeiro, 1839-1908)

OBRA ANO SINOPSE

O Caminho da Porta e o Protocolo 1863 Valentim e Inocêncio fazem a corte à Carlota, atacando-se mutuamente. Amigo deles, o doutor
Cornélio diverte-se assistindo às lutas verbais e dando conselhos. Carlota, contudo, mantém-se
muito indecisa. Ambos os pretendentes acabam se cansando de tanto insistir e decidem tomar “o
caminho da porta”, desfecho cômico que dá o título da peça. Pinheiro e Elisa, um jovem casal,
encontram-se em crise. Lulu tenta reconciliá-los em vão. Venâncio Alves começa a fazer a corte à
Elisa, que lhe dá certa atenção. Lulu, apesar de muito jovem, percebe tudo e alerta Pinheiro. Numa
crise de ciúmes, o casal se reconcilia, expulsando Venâncio de seu convívio. O título deriva das
metáforas tiradas das relações internacionais usadas ao fim da peça, definindo os dois esposos
como nações reconciliadas depois da guerra.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt04.pdf

Quase Ministro 1864 Correm boatos de que Luciano Martins é forte candidato a se tornar ministro. De manhã, recebe
a visita de seu primo Silveira. Os dois começam a assistir a um cortejo de aproveitadores que
vêm à casa de Martins e desejam tirar vantagem de sua suposta nomeação. Primeiro chega
José Pacheco, que escreve política, e quer impor suas opiniões ao futuro ministro. Em seguida,
Carlos Bastos, poeta presunçoso, que se oferece para cantar a glória de Martins. Depois dele,
Mateus, um inventor desconhecido, que deseja vender ao futuro ministro uma invenção de
artilharia. Então, chega Luiz Pereira, rico que deseja oferecer um jantar suntuoso a Martins,
como afirma fazer com todos os ministros recém-nomeados, com o claro objetivo de conquistar
alianças políticas. Por fim, chega Agapito com Müller, o empresário de ópera que deseja trazer
companhias estrangeiras para o Brasil. Agapito insiste, pois está apaixonado por uma das can-
toras. Martins fica desesperado com todos os personagens inconvenientes e vai para a cidade,
deixando-os com seu primo, que os entretém. O deputado volta, finalmente, para desfazer os
boatos e dizer que não será nomeado. Todos os aproveitadores fogem, em busca do verdadeiro
ministro, para o grande alívio de Martins.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt05.pdf

23
Os Deuses da Casaca 1866 Os deuses estão preocupados, pois os homens não creem mais neles. Júpiter convoca uma reu-
nião no Olimpo para tentar encontrar uma solução. Descobre que Cupido, antes o deus do amor,
abandonou sua divindade e tornou-se um conquistador. Na reunião, eles discutem, e Cupido co-
meça a convencer seus colegas divinos de que é inútil, e que cada um pode assumir um papel
como mortal na sociedade humana. Ao fim, todos os deuses acabam concordando com o jovem
galanteador.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt06.pdf

O Bote de Rapé 1878 ‘’O bote de rapé’’ há de ser, para todos os efeitos, considerado conto - conforme o próprio desígnio
de Machado de Assis, que assim o publicou e denominou ‘’comédia em sete colunas’’, indicada
para impressão - e não peça teatral (como comum e equivocadamente catalogada). A narrativa
mostra a conversa de um homem e seu nariz, enquanto aguarda ansioso sua mulher voltar das
compras e trazer o rapé que ele havia encomendado.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt07.pdf

Antes da Missa 1878 Uma simples conversa de duas damas que em pouco tempo revela um pouco do ‘universo femini-
no’, quase sempre às voltas com a futilidade, com a fofoca ingênua de amigas sobre a vida alheia,
além também do consumismo exagerado, mais comum entre as mulheres e que nesse texto fica
evidenciado em encomendas de vestidos e acessórios parisienses.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/fs000072pdf.pdf

Tu Só, Tu, Puro Amor 1881 Os rumores correm na Corte de que Camões e Catarina estão apaixonados. D. Antônio de Lima,
nobre austero, aborrece-se com o falatório. Por artimanha de D. Manuel e D. Francisca, Camões e
Catarina conseguem encontrar-se a sós no palácio, e declaram ardente paixão de um pelo outro.
Contudo, o poeta Caminha surpreende o casal. Assustada, Catarina revela o encontro secreto ao
inimigo de seu amado. Ela faz Caminha prometer que não revelará nada a seu pai, mas ele ape-
nas promete não contar nada espontaneamente, recusando-se a calar caso fosse questionado. D.
Antônio realmente indaga a Caminha, que revela tudo. Irritado, o pai de Catarina consegue do rei
que Camões seja expulso.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt08.pdf

Não Consultes Médico 1896 D. Leocádia, uma velha casamenteira, se auto-intitula “médica” que cura as pessoas através do
amor. Ela diz que curou o casal Magalhães e Adelaide casando-os. Agora deseja curar sua filha,
Carlota, que sofre de desilusão amorosa. O casal recebe também o amigo Cavalcante, que tam-
bém sofre dos males do coração. D. Leocádia pretende curar Cavalcante ‘prescrevendo-lhe’ um
auto-exílio na China. Contudo, o homem acaba ficando sozinho com Carlota, e, conversando,
descobrem que ambos têm o coração partido. Ao fim da peça, Cavalcante pede a mão da jovem.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt09.pdf

Lição de Botânica 1906 O barão Sigismundo manda anunciar a D. Helena, sua vizinha, que deseja uma entrevista. Anima-
da, Cecília crê que o barão vem pedir sua mão pra o sobrinho Heitor, por quem está apaixonada.
Para sua surpresa, o barão pede que D. Helena não receba mais o jovem em casa. O cientista
crê que o casamento é incompatível com a ciência, e é seu plano que Heitor se torne um grande
botânico, como é tradição na família. Cecília entra em desespero com o comportamento inusitado
do cientista. Mas Leonor tem uma brilhante ideia. Ela finge ao velho um profundo interesse por bo-
tânica, e pede para ser sua discípula. O cientista se apaixona por ela, e reconsidera suas posições
sobre o casamento e a ciência.

http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/teatro/matt10.pdf

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MARIA CLARA MACHADO
Maria Clara Machado
Belo Horizonte, 1921 - Rio de Janeiro, 2001.

OBRA ANO SINOPSE

O Rapto das Cebolinhas 1954 O coronel possui uma horta com cebolinhas que são consideradas mágicas, pois retardam o
envelhecimento. Certo dia as cebolinhas são roubadas, e juntamente com os netos, o coronel vai
lutar bravamente para capturar o ladrão.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vak5lZ1ZxWC1hUUU/view?usp=sharing

Pluft, o Fantasminha 1955 A incrível aventura de um fantasminha muito divertido no mundo dos vivos!

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vT3NmZ3ZuUjNKbk0/view?usp=sharing

A Bruxinha Que Era Boa 1958 Bruxinha Ângela era uma bruxinha que não gostava de fazer maldades. Por isso, foi reprovada
pelo Bruxo Supremo no exame que a tornaria uma verdadeira bruxa, e foi trancafiada na Torre de
Piche como punição. Mas seu amigo Pedrinho, o lenhador, não mede esforços para ajudar a bru-
xinha boazinha a derrotar os bruxos maus e devolver a floresta às fadas, passarinhos e crianças.

O Cavalinho Azul 1960 A emocionante história do menino que enfrenta grandes aventuras em busca de seu cavalo. Esta peça
é um sucesso absoluto: já foi adaptada para o cinema, em 1983, e traduzida para diversas línguas

Maroquinhas Fru-Fru 1961 Maroquinhas Frú - Frú é uma doceira que adora fazer bolos, e por isso resolve entrar no concurso
de bolos da cidade. São muitos os concorrentes, no entanto, a vitória é alcançada por Maroqui-
nhas, despertando a inveja e ganância de pessoas ao seu redor.

A Menina e o Vento 1963 Maria é uma garotinha que mora na cidade grande e que todos os anos passa as férias de verão
na praia, na casa das tias. Lá, para escapar das aulas particulares da tia Adelaide, ela foge de
casa com seu irmão Pedrinho e conhece o Vento. Ao se tornarem grandes amigos, dão origem a
uma fantástica aventura e uma série de confusões comandadas por um atrapalhado detetive. “A
Menina e o Vento” fala de liberdade e se vale de uma incrível relação de amizade para falar de
assuntos como família, escola e o resgate da memória.

A Volta do Camaleão Alface 1965

O Diamante do Grão-Mogol 1967 No estado de Minas Gerais, em uma época em que havia muito diamante, um cantador acom-
panhado por um coro, conta a história de Isabela, uma linda donzela e também o nome de um
diamante muito cobiçado. Em Grão-Mogol, Isabela e a pedra preciosa dividem as paixões e a
atenção de todos os homens da cidade.

Tribobó City 1971 Tribobó City(1971), a alegre cidade ameaçada por terríveis bandidos em busca de ouro. Não vão
faltar música e emoção nesta incrível aventura liderada por Mocinho de Sousa, contra a turma do
vilão Al Gazarra.

Quem Matou o Leão? 1979 A trama se passa em um circo italiano e gira em torno da morte do Leão Mussolini, que cai morto
durante a apresentação das principais atrações do circo. Em meio às investigações que buscam
o culpado, a peça discute de forma divertida temas como conflitos humanos, ética, direitos e
deveres dos cidadãos.

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Os Cigarras e os Formigas 1981 Os Cigarras e os Formigas (1974), uma história de amor entre membros de famílias inimigas. Músi-
ca, romantismo e muita confusão dão a tônica a essa fabulosa adaptação de Romeu e Julieta

O Dragão Verde 1984 Um conto de fadas moderno, livremente inspirado no episódio bíblico de Davi e Golias e rechea-
do de tiradas hilariantes. Como a maioria dos contos de fadas, este também não tem fadas

MARTINS PENA
Luís Carlos Martins Pena
(Rio de Janeiro, 1815 – Lisboa, 1848)

OBRA ANO SINOPSE

O Juiz de Paz na Roça 1842 A peça passa-se na roça e aborda com humor o jeito particular de ser da gente roceira do Brasil
do século XIX, focando as cenas em torno de uma família da roça e do cotidiano de um juiz de paz
neste ambiente e explorando uma série de situações em que transbordam a simplicidade e ino-
cência daquelas pessoas. Na comédia, o juiz de paz é um pequeno corrupto que usa a autoridade
e inteligência para lidar (e suportar) com a absurda inocência dos roceiros, que lhe trazem os mais
cômicos casos. O escrivão aparece como servo mais próximo do juiz e viabiliza suas ordens; no
entanto, não é intencionalmente corrupto e chega a surpreender-se com algumas decisões de seu
superior. A família de Manoel João (incluindo o negro Agostinho) mais José da Fonseca formam o
núcleo mais importante da peça. Os outros personagens são roceiros que servem para apresentar
ao juiz de paz as esdrúxulas situações que ele deve resolver.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vcURxNW1BdFgtYlE/view?usp=sharing

Os três médicos 1844 Os Três Médicos: Comédia de Martins Pena, a história se passa no ano de 1845, onde o Sr Mar-
cos pai de Miguel e Rosinha, se desespera por ser chantageado por Mauricio e entrega a mão de
sua filha ao seu melhor amigo “Um senhor de 70 anos” Lino das Mercês. No decorrer da história
Marcos se finge de doente, onde é visitado por três médicos: O Alopata Sr. Cautério, Hidropata
Sr. Aquoso e o Homeopata Sr. Miléssimo. Um desses atrapalhados médicos ganhará o coração
de Rosinha quem será?

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vVTJDUS1uVkIyZ1E/view?usp=sharing

As casadas solteiras 1845 A peça conta a história de dois amigos ingleses, Bolinbrok e John, o segundo já radicado no
Brasil há anos, são apaixonados pelas irmãs Virginia e Clarisse, com quem fogem para se casar
escondido do furioso pai das moças, o Sr. Narciso, contando com a ajuda do atrapalhado Jere-
mias, que por sua vez vive a correr de sua brava esposa Henriqueta. Envolvidos em confusões e
desencontros, os personagens prometem momentos de muita diversão, nesse que é um dos mais
famosos textos de Martins Pena.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vcjQwYWIwNVdfRmM/view?usp=sharing

Judas em Sábado de Aleluia 1846 A obra O Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena, é uma comédia de costumes, escrita no
final do século XIX, contendo apenas um ato e doze cenas.Na peça fica patente a crítica de Mar-
tins Pena à sociedade hipócrita que semeia visões distorcidas daquilo que é em sua interioridade
podre. Percebe-se a crítica à moral burguesa com os seus desejos e certezas. Fica clara ainda a
figura da esperteza de Faustino.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000240.pdf

Os Irmãos das Almas 1846 Um das comédias mais popular de Martins Pena, Os Irmãos das Almas mostra a história de uma
família em que a mulher e a sogra mandam no marido.A história ainda tem elementos de supers-
tição que vão ajudar o marido a se impor dentro de casa.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQV8yRk9yZW9abDA/view?usp=sharing

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O Diletante 1846 José Antônio, um grande admirador de óperas, pretende casar sua filha Josefina com o fazendeiro
paulista Marcelo. Este, porém, prefere os gêneros musicais populares, como a modinha e o lundu,
para desgosto do futuro sogro. O advogado Gaudêncio Mendes tenta aproveitar essa divergência
e finge ser um cantor lírico para conquistar a preferência de José Antônio e se tornar o noivo de
Josefina

http://www.portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/martin_pena2.pdf

O Caixeiro da Taberna 1847 A ação acontece na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1847. A terrível ambição de um portu-
guês, casado clandestinamente no Brasil, com uma costureira doméstica, irmã de um sargento de
fuzileiros, não é outra senão tentar de todas as formas conseguir ser “sócio” da viúva proprietária
da taverna, na qual trabalha como caixeiro.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vcnh2RDEwdkV1a28/view?usp=sharing

Quem Casa Quer Casa 1847 É um texto pertencente ao gênero dramático, QUE aborda de forma sutil e extremamente divertida
as controvérsias e confusões de uma família: Fabiana, dona da casa, anda com os nervos a flor da
pele pois seu filho Sabino casa-se e traz a esposa, Paulina, para dentro de casa pelo fato de não
possui condições para manter uma casa. O irmão de Paulina, Eduardo, tinha como hábito visitar
a irmã e a filha de D. Fabiana, Olaia, acaba apaixonando-se e casando-se com ele. O Marido de
D. Fabiana, Sr. Nicolau, só tem tempo de cuidar das coisas da Igreja, vê na carolice uma forma de
fugir das responsabilidades familiares. Desta forma o caos se instala: Paulina quer ser a Dona da
casa e por ser extremamente birrenta e dominadora tem o marido na palma da mão. Eduardo não
trabalha e passa o tempo a tocar rabeca, infernizando os ouvidos de D. Fabiana. Olaia passa o dia
todo a ouvir os toques irritantes de seu marido e este irrita-se muito quando sua esposa não quer
ser companheira de seus devaneios. São brigas e confusões que só se resolvem quando a pedido
de D. Fabiana o Sr. Anselmo providencia casa para seus filhos: Eduardo e Paulina.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQjhldEVyNXR1aG8/view?usp=sharing

O Noviço 1853 O noviço gira em torno da deslealdade de Ambrósio, que se casa por interesse com Florência,
rica viúva, mãe da jovem Emília, do menino Juca e tutora do sobrinho Carlos, este o personagem
principal da peça. O vilão Ambrósio já havia convencido a mulher a colocar Carlos (o noviço) em
um seminário. Agora, quer também internar Emília em um convento, pois ela se encontra em idade
de casar e teria de receber um dote significativo da mãe. Igual destino aguarda o menino que deve
se tornar frade. Assim, Ambrósio ficaria com toda a fortuna de Florência.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vOG5RYWR1R0pWUDg/view?us-
p=sharing

Os Dois ou O Inglês Maquinista 1871 Os dois ou O inglês maquinista, peça teatral (comédia de um ato) de Martins pena, datada de
1845, e reúne em um espaço único, uma sala da casa de uma família rica, as duas pontas ex-
tremas da sociedade brasileira: o senhor e o escravo. Martins Pena não teria escrito esta peça
se não existisse então no Brasil o problema dos meias-caras, isto é, dos africanos introduzidos
ilegalmente no país pelos barcos dos traficantes, que conseguiam furar o cerco dos navios de
guerra ingleses, que policiavam as rotas marítimas do sul do Atlântico. Na peça ele explora a
rivalidade existente entre os ingleses e os que se beneficiavam com o trabalho de escravos. O pro-
blema era velho vinha de onze anos, quando foi composta a comédia. Essa comédia adquire uma
perspectiva globalizante e crítica que vai além dos simples costumes e dos indivíduos, e atinge a
própria forma de organização da sociedade e, inclusive, o Estado imperial. Adquire uma dimensão
política, no sentido de levar o espectador a refletir também sobre as regras do seu mundo social e
as formas de suas relações com o Estado.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000154.pdf

27
MILLÔR FERNANDES
Millôr Viola Fernandes
(Rio de Janeiro, 1924 – 2012)

OBRA ANO SINOPSE

Um elefante no caos ou Jornal do Brasil 1962 https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vSGg1RjVITng3Mjg/view?usp=sharing


ou, sobretudo, Por que me ufano do meu
país

Pigmaleoa 1965 A concentração imobiliária é o tema usado como pano de fundo para o desenrolar da trama que
mergulha na crítica social do país e do cotidiano de Copacabana.A personagem Ismênia é colu-
nista social e moradora da última casa de Copacabana, que está para ser destruída para a cons-
trução de um edifício. A personagem recusa-se a deixar a casa e em meio a esse enredo a visita
de uma sobrinha e seu noivo fazem vir à tona um grande segredo familiar.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTEhBTkJmWE9sWGc/view?usp=sharing

Computa, computador, computa 1972 O texto carrega em si críticas e ironias sobre a sociedade brasileira, principalmente da classe média,
promovendo uma reflexão sobre os papeis e posturas frente a comunidade. Como forma de envolver
o público foram adaptadas situações e trechos, comparando situações passadas com os dias de
hoje, além de dialogar nossas relações com o homem primitivo e o que o tempo pode nos reservar.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdHpMSDBBeGpiY3M/view?usp=sharing

É... 1977 Mário, 50 anos, e Vera Toledo, 45 anos, formam um casal de meia idade abertos a idéias de
vanguarda, porém de vida e ação estáveis e até conservadores. Numa expressão que em 1977
não era usada, formavam um casal politicamente correto.Sua vida sofre uma reviravolta quando
conhecem um casal jovem. Maria José Formiga, 24 anos, que se faz chamar Ludmila Sakarov
Triana, exibe superioridade e segurança emocional e intelectual, a ponto de não achar graça
no trivial simples e sentir necessidade de emoções profundas. Seu companheiro, Oto, 29 anos,
professor universitário, assume uma atitude de vanguarda, mas trai um comportamento ingênuo e
juvenil. Como elo de ligação entre os dois casais, aparece Sara, 28 anos, irmã de Ludmila, dotada
de uma visão humanística e fatalista da vida, mas firme na crença de que os jovens podem mudar
o mundo.Ludmila e Mário, depois de alguma relutância, iniciam uma relação, com a concordância
dos respectivos parceiros, apenas porque Ludmila pensa que Mário é o pai ideal para o filho que
deseja ter. A partir daí, os personagens abandonam suas idéias avançadas e se deixam dominar,
até o trágico final, pelos sentimentos rasos que diziam abominar.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTEJaSjFkbWFVRFE/view?usp=sharing

A história é uma istória 1978 https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3valVzUF9Ia2QwN1U/view?usp=sharing

O homem do princípio ao fim 1982 O homem do princípio ao fim é mais uma vez o exercício da inteligência, do humor e do profundo
interesse de Millôr Fernandes pelo ser humano. Ao fazer esta peça, Millôr traça um grande painel
da trajetória humana de Adão até a Bomba H, esmiuçando os seus sentimentos, medos, mesqui-
nharias, lutas e sua capacidade de criar e... destruir. Como “colagem”, modalidade de espetáculo
em que Millôr é pioneiro, a peça se desenvolve com a inserção freqüente de citações de autores
consagrados como Shakespeare, Gonçalves Dias, Rubem Braga, Joyce etc. É o homem fazendo
e contando a história.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vX3MxVmNDLVhXUkE/view?usp=sharing

Os órfãos de Jânio 1979 Num estranho bar, onde o Barman pode ser Deus, o diabo, Millôr ou um simples barman, cinco
sobreviventes ao Brasil dos últimos 20 anos: uma funcionária pública de fé ortodoxa, um jornalista
que acabou capaz de qualquer negócio, uma das primeiras liberadas, um cantor popular que já viu
de tudo na vida e uma intelectual ainda meio surpreendida e perplexa com tudo. Não conversam
entre si, apenas monologam, falam de sua vida. E nunca o humor, a ironia, a auto piedade, o
rancor, o ressentimento e o deboche se equilibraram tão bem. É Millôr. Mas Millôr num de seus
grandes momentos.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vdFpHVjFXbERQU1E/view?usp=sharing

28
Duas tábuas e uma paixão 1982 “Duas Tábuas e uma Paixão” é uma profunda reflexão sobre a história recente brasileira. Millôr
Fernandes consegue reunir a magia do teatro e a crônica de nossos dias atuais, para construir
um espetáculo único na cena artística e literária do momento. Abordando diretamente o atentado
do Riocentro de 1º de Maio de 1981, Millôr elabora sua ficção criando fatos que bem poderiam ter
acontecido, e se não aconteceram como está nesta peça, de qualquer forma mudaram o destino
da história política brasileira. “Duas Tábuas e uma Paixão” é o trabalho de um profundo conhe-
cedor da natureza humana e, mais que isto, de um escritor que consegue transpor para o teatro,
para o palco, as contradições, a emoção, a angústia de personagens que representam um pouco
de cada um de nós. É um retrato candente de um período da nossa história cheio de dúvidas,
inseguranças, violência e intolerância.

Liberdade, liberdade 1965 Está entre as obras pioneiras do teatro de resistência política, pois denunciava o esquema repres-
sor que dominava o país. Para a realização deste trabalho, o procedimento básico foi a pesquisa
bibliográfica. A obra circula do dramático ao cômico, alicerçado pelo discurso político. Por meio da
obra Liberdade, liberdade é possível refletir sobre os temas que se destacaram nos anos sessenta
e setenta, como o poder militar, o inconformismo da nação e a busca incessante da liberdade de
expressão.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vWkEtV0JBTkY4M0k/view?usp=sharing

NÉLSON RODRIGUES
Nélson Falcão Rodrigues
(Recife, 1912 – Rio de Janeiro, 1980)

OBRA ANO SINOPSE

A Mulher sem Pecado 1941 A peça relata as aflições de Olegário, casado com Lídia e paralítico. Ele convive com os fantas-
mas e medos de sua imaginação doentia, pois é tomado por um ciúme compulsivo e perseguido
pela idéia de traição. Com a ajuda de Humberto, o chofer, e de Inezia, a criada, tenta controlar a
esposa. Suspeita de todos, inclusive de Maurício, irmão de criação de Lídia. Atordoada com as
perguntas e cobranças diárias do marido, Lígia resolve tomar uma decisão drástica.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vTFZ1Z1NPWVlxM1k/view?usp=sharing

Vestido de Noiva 1943 Alaíde é atropelada na rua por um automóvel. Levada ao hospital em estado de choque, é subme-
tida a uma operação de urgência. Enquanto é operada, ela relembra o conflito com a irmã, Lúcia,
de quem tomou o namorado e entre alucinações, imagina um encontro com madame Clessi, uma
cafetina assassinada pelo namorado de dezessete anos.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZVJPU1BlSlVWSTg/view?usp=sharing

Álbum de Família 1946 Retrata uma família que, sob a ótica do locutor (que espelha a da opinião pública,) é perfeitamente
normal e feliz, mas que cuja intimidade no lar é caracterizada por uma rede de paixões incestu-
osas e perversões diversas. Jonas, o patriarca, tem o hábito de trazer garotas de 12 a 16 anos
para casa para desvirginá-las e, com isso, extravasar o desejo sexual que sente pela filha caçula,
Glória. Conta, para isso, com a ajuda da cunhada Rute, que, apaixonada, faz qualquer coisa por
ele. Glória, por outro lado, tem uma adoração pelo pai que, aparentemente, também está além de
ser meramente filial. O primogênito, Guilherme, também se sente atraído pela irmã Glória, tendo
chegado ao ponto de se castrar para evitar consumar seu desejo. Já o segundo filho, Edmundo,
é perdidamente apaixonado pela mãe, D. Senhorinha, paixão esta que impede que ele consiga
consumar seu casamento com Heloísa. D. Senhorinha, por sua vez, nutre um amor proibido pelo
terceiro filho, Nonô, que, tendo enlouquecido subitamente há alguns anos, devido a um contato in-
cestuoso com sua mãe, passou a correr nu pelos campos da fazenda onde se passa a história, ur-
rando e gritando constantemente. A história principal é interrompida regularmente para que sejam
mostradas ocasiões, em diferentes épocas, nas quais membros da família são fotografados para
um álbum. Tais cenas são acompanhadas pela voz do locutor, que sempre descreve a virtude e a
felicidade daquelas pessoas, contradizendo o que é mostrado ao público ao longo de toda a peça.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vajBJa215bEhpUE0/view?usp=sharing

29
Anjo Negro 1947 Para a época, possui características diferentes do teatro brasileiro sendo contada ao longo de ape-
nas um dia. A peça é baseada na drama do problema racial, embora contenha elementos ligados
a sexualidade assim com outras obras do autor.

Senhora dos Afogados 1947 Nesta obra, Moema, a filha mais velha do Misael e D. Eduarda, guardava um amor pelo pai e
resolveu afogar suas irmãs mais novas, Clarinha e Dora, no mar para não dividir a atenção do seu
pai com elas. A trama é cheia de mistérios e Moema consegue ser a única mulher na vida do seu
pai, porém ele morre e ela fica só.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3veW9PRzBiYUR5LWs/view?usp=sharing

Dorotéia 1949 Na peça Dorotéia, a complexidade da vida psíquica é desenvolvida num cenário de uma casa que
só tem salas, onde três viúvas beatas – como as três Parcas da mitologia grega, deusas da Morte:
Cloto, Láquesis e Átropos , e que nosso colega, o psicanalista Anchyses Jobim Lopes, comparou
às Fúrias ou Erínias (Aleto , a implacável; Tisífone , que promove a vingança; e Megera , que es-
palha a discórdia, também da mitologia grega, personagens da Oréstia de Ésquilo) que desferem
o castigo, que “punem com tormentos secretos os crimes daqueles que escapam ou zombam da
justiça pública ” –, uma prostituta arrependida e uma mãe de um noivo tecem, como as fiandeiras,
uma trama que torna evidente a relação entre sexo, culpa e morte. Também fazem parte da cena
uma adolescente que nasceu morta e não sabe, homens ausentes, mas nomeados - o Nepomu-
ceno, que inflige as chagas e emite gritos, o noivo Eusébio, o filho morto - e alguns objetos como
o jarro e as botinas desabotoadas e, perpassando tudo e todos, a náusea e... o defeito de visão.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vYU9MSGhEUU90c1k/view?usp=sharing

Valsa Nº 6 1951 Sônia, uma menina de quinze anos, morre assassinada e luta entre um delírio e outro, para con-
seguir lembrar-se do que ocorreu, organizar suas memórias e remontar seu passado. Cheia de
dúvidas, ela sofre muito para recordar e depois de reconstruir sua história, descobre o dramático
momento de seu assassinato.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vLWlJckRuYXRQV0U/view?usp=sharing

A Falecida 1953 A Falecida conta a história de uma mulher frustrada do subúrbio carioca, a tuberculosa Zulmira,
que não vê mais expectativas na vida. Pobre e doente, sua única ambição é um enterro luxuoso.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vcG5WSWlfNjBialk/view?usp=sharing

Perdoa-me Por Me Traíres 1957 A peça conta a história de Glorinha, uma adolescente órfã. Reprimida pelo casal de tios com quem
vive, ela procura a ajuda da cafetina Madame Luba. O tio Raul, ao descobrir que Glorinha se
prostitui, decide então revelar segredos sobre a sua origem.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vckR3b2l0TEZHbnM/view?usp=sharing

Viúva, Porém Honesta 1957 O Dr. J.B. de Albuquerque Guimarães, diretor do jornal “A Marreta” e um dos jornais mais influen-
tes do país não consegue convencer sua filha única, Ivonete, a deixar de velar seu marido morto,
Dorothy Dalton e voltar a ter uma vida normal, uma vez que tem apenas 15 anos e pode se casar
de novo e lhe dar netos. Estando a filha irredutível e desejosa de permanecer enviuvada, o Dr.
J.B. contrata uma ex-prostituta, um psicanalista e um otorrinolaringologista (todos charlatões) para
dissuadi-la da ideia e voltar a querer se casar. O marido falecido de Ivonete é um ex-fugitivo da
FEBEM e homossexual chamado Dorothy Dalton que caiu nas graças da menina quando o J.B. a
mandou escolher um marido na redação do jornal para justificar uma gravidez indesejada, que fora
detectada pelo médico da família, o Dr. Lambreta, velho esclerosado e maluco (mais tarde se des-
cobre que a tal gravidez era falsa e inventada pela mente insana do médico).Como Dorothy Dal-
ton morreu atropelado por uma carrocinha de picolé Chicabom e como nenhum dos contratados
achou uma solução para o caso, o jeito foi ressuscitar o morto para que Ivonete deixasse de ser
viúva. O trabalho fica por conta do Diabo da Fonseca que através de uma sessão espírita reaviva
o defunto livrando a menina de tal viuvez indesejada. Como prêmio o demônio desposa Ivonete.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQnh4Rmw0Q0dLQTg/view?usp=sharing

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Os setes gatinhos 1958 O filme e o livro contam a história da família Noronha e, em especial, de Silene. Ela é a caçula das
cinco filhas de Aracy e Seu Noronha. Seu Noronha, um contínuo da Câmara de Deputados, mora
no Grajaú com a mulher, D. Aracy, e suas filhas Aurora, Hilda, Débora, Arlete e Silene, de apenas
16 anos. Esta, a caçula, é a mais mimada de todas e, por ser a única “pura”, tem o direito a uma
boa educação em um colégio interno. Mas logo a vida deles toma um rumo diferente, quando a
garota é acusada, no colégio, de matar a pauladas uma gata grávida. A família Noronha parece tão
normal quanto qualquer outra, mas, por trás das aparências, esconde segredos inconfessáveis.
As quatro filhas mais velhas se prostituem para garantir a castidade e a boa educação de Silene.
A partir do incidente ocorrido na escola, descobre-se a jovem não é pura como todos pensam.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vb1NLMDdubFlod3M/view?usp=sharing

Boca de Ouro 1959 Boca de Ouro conta a história de um banqueiro de bicho, legítimo malandro da periferia carioca.
É temido por todos, por ser um tremendo assassino, e destruidor de lares, encantando-se por
mulheres casadas. Boca de Ouro tinha realmente todos os dentes de ouro, e sempre dizia ter o
corpo fechado para a morte. Seu fim foi ser assassinado por uma mulher, e ter todos os dentes
arrancados da boca.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQTdvUGV0ZHRCcEk/view?usp=sharing

Beijo no Asfalto 1960 A obra versa a respeito de um embaraçoso ato de misericórdia (um beijo na boca dado a um
homem por outro homem na hora de sua morte) e suas repercussões na sociedade. Um repórter
sensacionalista e um delegado corrupto fazem do ato um escândalo social, abalando a reputa-
ção de Arandir, que diz ter atendido o pedido do moribundo, levando a uma exarcebação dos
sentimentos que conduz a um trágico e surpreendente desfecho.

Bonitinha, mas Ordinária 1962 Heitor Wernek é um milionário que pede ao genro Peixoto que procure dentre seus funcionários
um rapaz para se casar com sua filha caçula de 17 anos, Maria Cecília. A razão é o fato da filha
ter sido estuprada por três negros desconhecidos quando estava num automóvel dirigido por
Peixoto que sofreu uma pane num local ermo. O escolhido é Edgar, funcionário há onze anos
na companhia. Mas num primeiro encontro Heitor humilha Edgar considerando que ele fosse um
novo “Peixoto”, o genro que se casou com a outra filha apenas pelo dinheiro. Edgar não aceita
o compromisso, xinga Heitor e abandona o emprego mas volta atrás por se sentir atraído por
Maria Cecília. Mas ele também gosta de outra moça, a vizinha Rita, que trabalha fora para cuidar
das três irmãs menores e da mãe doente. Enquanto Edgar luta para provar que não se vendeu,
ele terá novas revelações sobre Rita e Maria Cecília, além de conhecer mais de perto a vida
decadente de Heitor e Peixoto.

Toda Nudez Será Castigada 1965 Herculano, pertencente a uma família conservadora povoada de tias faladeiras e beatas, fica
viúvo e com um filho para tutoriar. Este filho, Serginho, pede ao pai que jure nunca mais casar-se
e Herculano faz o juramento. Patrício, irmão de Herculano, endividado com mulheres e jogo,
consegue apresentar ao irmão uma prostituta, por quem o protagonista fica perdidamente
apaixonado. Ela é Geni, uma mulher que vive diariamente a agonia e o êxtase de uma obsessão:
morrer de câncer no seio. Contra tudo e contra todos, Herculano casa-se com Geni e a leva
para viver consigo no casarão da família. Ali esta conhece Serginho, por quem se envolve e se
apaixona. Serginho pretende acabar com o casamento do pai a todo custo e, apesar de suas
tendências homossexuais, mantém um caso com a madrasta.

Anti-Nélson Rodrigues 1973 Esta peça conta a história de Oswaldinho, um homem rico mimado pela mãe, e desprezado pelo
pai. Acostumado a comprar suas amizades e mulheres, Oswaldinho se encontra desesperado,
pois Joice, sua mais nova ambição, não se renderá ao dinheiro dele.

A Serpente 1978 Duas irmãs casadas moram juntas. Lígia, uma das irmãs, é casada com Décio. Eles nunca con-
sumaram o casamento, e acabam se separando. Guida, irmã de Lígia, oferece seu esposo a
irmã, para que ela se realize sexualmente. Os cunhados acabam se apaixonando, e vivendo um
triângulo amoroso.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vUzFSajdfZ3VGb3c/view?usp=sharing

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OSMAN LINS
Osman da Costa Lins
(Vitória de Santo Antão, PE, 1924- São Paulo, 1978)

OBRA ANO SINOPSE

Lisbela e o Prisioneiro 1964 Lisbela, filha do Tenente Guedes, delegado da Cadeia de Santo Antão, forma par amoroso com o
funâmbulo Leléu, um Don Juan nordestino. Esse casal anticonvencional assume riscos em nome
de sentimentos intensos. Lisbela foge com Leléu, no dia de seu casamento com Dr. Noêmio,
advogado vegetariano, por isso mesmo personagem destoante do meio em que se encontra,
prestando-se a alvo de muitas tiradas cômicas. Ao marido, doutor, representante do estabelecido
e da segurança, a jovem prefere Leléu, o artista de circo preso, com tudo o que este significa de
risco e subversão dos valores vigentes em seu meio.

Santa, Automóvel e Soldado 1975 Reunião de três peças de Osman Lins: Mistério das figuras de barro; Auto do Salão do Automóvel
e Romance dos Dois Soldados de Herodes.

OSWALD DE ANDRADE
José Oswald de Sousa Andrade
(São Paulo, 1890- 1954)

OBRA ANO SINOPSE

O Homem e o Cavalo 1934 O Homem e o Cavalo é uma viagem panorâmica pela História da humanidade feita com humor,
jocosidade e paródia. Oswald leva o leitor a visitar outros textos, outros contextos sociais, políticos,
culturais, religiosos e artísticos, sempre de forma crítica, devoradora. É um teatro ágil, gestual,
que exige uma intensa participação do “leitor” na montagem do seu vasto mosaico. As ações são
apresentadas em blocos e o leitor é convidado a montá-los. A História vira um “samba de crioulo
doido” na visão brasileira e antropofágica de Oswald.

https://monoskop.org/images/a/a3/Oswald-de-andrade-Obras_Completas-vol8.pdf

A Morta 1937 A peça é apresentada em três quadros, onde pessoas discutem aspectos da vida de modo até mes-
mo filosófico. Em cada quadro um assunto é mais ressaltado, como o sexo, a gramática e a medicina.
Uma curiosidade da peça é que os personagens mortos andam e se misturam entre os vivos.

O Rei da Vela 1937 Nesta história satírica, os eternos amantes medievais, Abelardo e Heloísa, são retomados para
compor um irônico painel da hipocrisia burguesa e dos vícios da classe rural decadente. Abelardo
I é sarcasticamente conhecido como o ‘Rei da Vela’ por ser produtor e comerciante de velas.

PLÍNIO MARCOS
Plínio Marcos de Barros
(Santos, 1935 – 1999, São Paulo)

OBRA ANO SINOPSE

Barrela 1959 Baseada em fatos reais ocorridos numa cadeia, da cidade de Santos. A peça foi censurada, só foi
liberada com a abertura política, em 1978.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3venZzWm94VU5OTm8/view?usp=sharing

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Dois Perdidos Numa Noite Suja 1967 A peça retrata o convívio entre dois rapazes que almejam vidas melhores, e que por ironia do desti-
no tiveram que morar juntos num mesmo quarto alugado. Trabalham num mercado, são “chapas”.
As diferenças entre eles são imensas. Paco pensa em se dar bem através de malandragens. Já
Tonho, quer vencer na vida de “cabeça erguida”. O alvo das discussões é um par de sapatos, o
qual pode vir a mudar a vida de Tonho pra melhor e consequentemente a de Paco também. Mas
o ignorância de Paco é tanta, que ele consegue levar Tonho a loucura, cometendo atos que até
mesmo Deus duvida.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMHlZcmtpam5GOWc/view?usp=sharing

Homens de Papel 1967 A peça traz personagens que são catadores de papel, a mando de um encarregado que só os ex-
plora, em condições desumanas e degradantes. Num contexto urbano de miséria e carência cons-
tante, três personagens advindos do universo rural – um casal (Nhanha e Frido) e sua filha doente
(Gaia) – são integrados ao grupo não por afinidade, mas por questões de proximidade de classe

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vZm1naHlQbXhxUE0/view?usp=sharing

A Navalha na Carne 1968 Dor e solidão se misturam naquele quarto de hotel, que certamente já foi testemunha de vários
encontros sexuais. Um cafetão,Vado; Uma prostituta, Neusa Suely, que é explorada por ele; e um
faxineiro, Veludo, homossexual. Todos mostram o quanto o limite entre a humanidade e a anima-
lidade é tênue, se relacionando de forma extremamente violenta.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vMWtkUTFyLXE5X2c/view?usp=sharing

Quando as Máquinas Param 1971 A peça tem apenas dois personagens – Zé, um torcedor fervoroso do Corinthians que está de-
sempregado, e Nina, sua esposa e companheira – interpretados por Rodrigo Caldeira e Kelly di
Bertolli da “Companhia Um Brasil de Teatro”. “Quando as máquinas param” é composta quase
que totalmente de diálogos, simples e fortes, sobre a realidade dura do casal e de seus vizinhos.

https://drive.google.com/file/d/0B1nE-g3Rop3vQV9LWkJlX3V2SkE/view?usp=sharing

O Abajur Lilás 1975 A peça traz a realidade da triste vida dos marginalizados da sociedade, relatando um drama vivido
por algumas mulheres de um cabaré. Enfim, a peça é uma denúncia a esta realidade, mostrando
situações chocantes vividas por essas pessoas.

https://onedrive.live.com/?cid=FC3DE2D5BEDF090C&id=FC3DE2D5BEDF-
090C%21318&parId=FC3DE2D5BEDF090C%21106&o=OneUp

RACHEL DE QUEIROZ
Rachel de Queiroz
(Fortaleza, CE, 1910 – Rio de Janeiro, 2003)

OBRA ANO SINOPSE

Lampião 1953 Relato romanceado dos últimos dias de Lampião e seu bando, acossados pela polícia e pela fome
na caatinga.

A Beata Maria do Egito 1958 "A Beata Maria do Egito" é uma história inspirada na tradição das beatas de Juazeiro do Norte,
Ceará, no século 19, e escrita como uma peça de teatro. Na trama, que se passa em 1914, a beata
Maria do Egito recruta populares para se juntarem à rebelião que Padre Cícero lidera em Juazeiro.
Seu caráter revolucionário faz com que o latifundiário coronel Chico Lopes obrigue o tenente João
a prendê-la, o que traz uma grande tensão ao enredo, causada pela iminência de um ataque
dos romeiros. A situação é agravada pela atração que o tenente sente pela moça. Ao perceber o
interesse da beata, que tenta conseguir a liberdade, o tenente decide mantê-lapresa, apesar da
ameaça do ataque popular à delegacia. Porém, o cabo Lucas simpatiza com a causa da Beata e
entra em conflito com o tenente, enquanto a delegacia está quase sendo invadida. Na situação, o
tenente toma a beata como refém e o cabo tenta desarmá-lo, chegando, assim, na decisão entre
dois amigos em uma luta de morte. Percebe-se na obra, a perfeição da linguagem, a clareza e
realismo dos diálogos, os cenários nordestinos bem desenhados, a pesquisa histórica e a força
indiscutível das personagens femininas.

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SÉRGIO SANT’ANNA
Sérgio Andrade Sant’Anna e Silva
(Rio de Janeiro, 1941)

OBRA ANO SINOPSE

Um Romance de Geração 1981 Lançado originalmente em 1980, Um romance de geração tem a estrutura de uma peça de teatro
- mas é um romance. Vindo de Minas Gerais, o escritor Carlos Santeiro mora em Copacabana,
num minúsculo apartamento alugado. O fato de ser autor de um livro de sucesso não o impede de
atravessar uma crise total: afetiva, existencial e literária. É nesse estado de espírito que recebe
a visita de uma jornalista que escreve uma matéria sobre a literatura brasileira do período da
ditadura e da pós-ditadura. Santeiro transforma a entrevista num ato teatral incisivo - um romance
breve de sua geração -, questionando sua vida, seus amores, seus ideais estéticos e políticos, sua
utopia revolucionária, sua solidão e seu alcoolismo. Contrapondo constantemente a experiência
pessoal à peça de um amigo, Santeiro/Sant'Anna se move num mundo que funciona como um
jogo de espelhos. Nele, os elementos se confundem e a experiência não gera uma ideia de futuro:
uma e outra vez surge a mesma parede cega que parece ser a herança dos que acreditaram nas
utopias dos anos 1970.

A Tragédia Brasileira 1987 No "romance-teatro" A tragédia brasileira, Sérgio Santa'Anna recria o atropelamento de uma garo-
ta de doze anos sob o ponto de vista de várias testemunhas, experimentando assim as diferentes
possibilidades estéticas e emocionais do episódio.

VINICIUS DE MORAES
Marcus Vinicius de Cruz de Moraes
(Rio de Janeiro, 1913-1980)

OBRA ANO SINOPSE

Orfeu da Conceição 1956 Orfeu da Conceição é uma adaptação em forma de peça musical do mito grego de Orfeu transpos-
to à realidade das favelas cariocas

http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/teatro/pecas/orfeu-da-conceicao

Procura-se uma Rosa 1961 O texto da notícia que serviu de tema à peça é o seguinte: FATOS DA CIDADE / PROCURA-SE
UMA ROSA / Estava na estação. Eram três horas da tarde. Com a companheira pelo braço, pre-
parava-se para o momento de embarcar. Tinham chegado juntos, ficaram juntos todo o tempo
e juntos iam embarcar. Passava gente por todos os lados. E então, de um segundo para outro,
Rosa perdeu-se de seu braço. Não sabe explicar como. Só sabe que Rosa sumiu como se tivesse
sumido dentro de si mesma. Esperou acabar o movimento. A estação ficou deserta. Mas Rosa
não apareceu. Voltou para casa e de novo pôs-se a esperar. Mas Rosa não apareceu. Foi então
ao distrito policial e comunicou a ocorrência. E agora Lino dos Santos está percorrendo os jornais
para avisar que oferece uma gratificação a quem encontrar a sua Rosa. Qualquer informação pode
ser enviada à redação deste jornal

http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/teatro/pecas/procura-se-uma-rosa

Cordélia e o Peregrino 1965 É um relato do poeta lutando contra a contingência humana cuja mesquinharia o atormenta. Cor-
délia, a mulher idealizada, serve-lhe de guia para a travessia de um mundo impalpável para outro,
mais perto do chão, repleto de paixões e misérias

http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/teatro/pecas/cordelia-e-o-peregrino

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