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Circuito Básico do Díodo

V1
Notas:

12 V

Díodo R1

Fig.3 – Circuito eléctrico com Díodo.

A Figura 3 representa um circuito eléctrico com díodo. Neste circuito o


díodo encontra-se polarizado directamente.

Como é que se sabe isso?

Um díodo encontra-se polarizado directamente quando o terminal


positivo da bateria activa o seu lado P através de uma resistência e o
terminal negativo está ligado ao seu lado N.

Com esta conexão o circuito tende a impelir os buracos e os electrões


livres para a junção.

Em circuitos mais complicados pode ser difícil decidir se o díodo está


polarizado directamente. Aqui fica uma orientação de como se deve
proceder.

Mentalmente, faz-se a seguinte interrogação: será que o circuito


externo impele a corrente no sentido fácil da sua circulação?

Se a resposta for sim, então o díodo encontra-se polarizado


directamente.

Mas, qual é o sentido fácil da circulação de corrente? Usando a


corrente convencional, este sentido fácil é o mesmo da seta que
simboliza o díodo.

Se se preferir usar o sentido da fluência dos electrões, o sentido fácil


será o contrário.

Quando o díodo faz parte de um circuito complicado também se pode


utilizar o teorema de Thévenin para determinar se o díodo está
polarizado directamente.

Por exemplo, admita-se que se reduziu um circuito complicado


através do teorema de Thévenin e se obteve o esquema da Figura 3.
Fica-se então a saber que o díodo tem polaridade directa.
Zona Directa
Notas:
A Figura 3 representa um circuito que se pode realizar no laboratório.
Depois de se conectar este circuito, pode-se medir a corrente e a
tensão do díodo.

Ainda se poderá inverter a polaridade da fonte de tensão contínua e


medir a corrente e a tensão com polaridade inversa.

O traçado da corrente do díodo em função da tensão do díodo fornece


uma característica como a apresentada na Figura 4.

Fig.4 – Característica de um Díodo.

Por exemplo, com o díodo polarizado directamente, a corrente é


insignificante até a tensão do díodo exceder o potencial de barreira.

Por outro lado, se o díodo estiver polarizado inversamente quase não


há corrente inversa até a tensão do díodo chegar à tensão de
disrupção.

Então, o fenómeno de avalancha produz uma corrente inversa muito


intensa, danificando o díodo.

Tensão de Joelho

Na zona directa, a tensão à qual a corrente começa a crescer


rapidamente chama-se tensão de joelho do díodo. A tensão de joelho
é igual ao potencial de barreira.

A análise de circuitos com díodos, geralmente, tem importância para


se determinar se a tensão do díodo é maior ou menor que a tensão de
joelho.

Caso seja maior, o díodo conduz facilmente. Se for menor, o díodo


conduz fracamente. A tensão de joelho num díodo de silício é da
ordem dos 0,6V.
Embora os díodos de germânio sejam raramente usados nos projectos
actuais, ainda se pode encontrar esses díodos em circuitos especiais Notas:
ou nos equipamentos antigos.

Por esta razão, convém recordar que a tensão de joelho de um díodo


de germânio é aproximadamente 0,3 V.

Esta menor tensão de joelho em relação ao díodo de silício constitui


uma vantagem e justifica a utilização dos díodos de germânio em
certas aplicações.

Fig.5 – Característica Geral.

Resistência de Volume

Acima da tensão de joelho a corrente do díodo aumenta rapidamente.

Isto significa que pequenos aumentos da tensão do díodo causam


grandes subidas na corrente do díodo.

Depois de ter ultrapassado o potencial de barreira, o que se opõe à


corrente é que se as resistências P e N fossem dois pedaços de
semicondutor, cada um teria uma resistência que se poderia medir
com um ohmímetro, tal como uma vulgar resistência.

À soma dessas resistências óhmicas dá-se o nome de resistência de


volume do díodo.

Então, conclui-se que a resistência de volume depende das dimensões


das regiões P e N e da respectiva dopagem ser maior ou menor.

Frequentemente, a resistência de volume é inferior a 1 Ω.


Corrente Contínua Directa Máxima

Se a corrente num díodo for demasiado grande, o calor excessivo


pode queimar o díodo.

Por isso, a folha de dados de um fabricante específica a corrente


máxima que um díodo conduz em segurança, sem encurtar a sua vida
degradando as suas propriedades.
A corrente directa máxima é um dos valores estipulados máximos
numa folha de dados. Esta corrente refere-se por I D. max (em inglês, I Notas:
Max, I F (Max), I 0, etc., conforme o fabricante).

Por exemplo, um IN456 tem o valor estipulado da corrente directa


máxima igual a 135 mA.
Quer dizer, o díodo pode conduzir permanentemente em segurança
uma corrente directa de 135 mA.

Potência de Dissipação

A potência dissipada num díodo calcula-se da mesma maneira que


numa resistência.

De facto, é igual ao produto da tensão pela corrente no díodo. Daí a


fórmula:

PD = ID. UD

A potência estipulada é a potência máxima que o díodo pode dissipar


em segurança, sem encurtar a sua vida nem degradar as suas
propriedades.

Assim, esta definição exprime-se por:

PE = IDmax. UDmax

Onde U D.max é a tensão do díodo correspondente a I D.max.

Por exemplo, se um díodo tiver a tensão e a corrente máxima de 1 V


e 2 A, respectivamente, a sua potência estipulada será 2W.

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