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Processos e Técnicas
Construtivas da Infraestrutura
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
2. TRABALHOS PRELIMINARES ............................................................................................................ 1
2.1. LIMPEZA DO TERRENO ................................................................................................................... 1
2.2. NIVELAMENTO ................................................................................................................................ 1
2.3. SERVIÇOS DE MOVIMENTO DE TERRA ....................................................................................... 1
2.4. MÉTODOS DE LOCAÇÃO DE OBRA .............................................................................................. 1
3. FUNDAÇÕES .......................................................................................................................................... 2
3.1. TIPOS DE FUNDAÇÕES ..................................................................................................................... 2
3.1.1 Classificação quanto à transmissão de cargas.......................................................................................2
3.1.2 Classificação quanto à profundidade da cota de apoio.........................................................................3
3.2. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO SISTEMA DE FUNDAÇÕES...................................................4
3.3. QUANTIDADE DE FUROS DE SONDAGEM...................................................................................6
3.4. RESULTADO DA SONDAGEM...........................................................................................................7
4. MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS UTILIZADOS NOS SERVIÇOS DE
LIMPEZA DO TERRENO, MOVIMENTO DE TERRA E FUNDAÇÕES.........................................8
4.1. Classificação Geral..................................................................................................................................8
4.2. Campos de Aplicação..............................................................................................................................9
4.3. Carregadeiras.........................................................................................................................................10
4.4. Escavadeiras..........................................................................................................................................11
4.5. Retroescavadeira...................................................................................................................................11
4.6. Transporte de material...........................................................................................................................12
5. TIPOS LOCAÇÃO DA OBRA.............................................................................................................12
5.1. MÉTODO TRADICIONAL DE LOCAÇÃO DE OBRAS................................................................13
5.2. ESTAÇÃO TOTAL...............................................................................................................................15
6. PROCESSOS CONSTRUTIVOS DE FUNDAÇÕES........................................................................16
6.1. ESTACAS BROCAS............................................................................................................................16
6.2. SAPATA CORRIDA.............................................................................................................................19
7. PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES.......................................................21
7.1. ESCOLHA DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO..................................................................21
7.2. PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE.......................................................................................................22
7.3. Materiais e sistemas para impermeabilização.......................................................................................23
8. EPI’S e EPC’S UTILIZADOS..............................................................................................................23
8.1. EPI’s......................................................................................................................................................23
8.2. EPC’s.... ................................................................................................................................................24
9. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................25
1. INTRODUÇÃO
Após a verificação do terreno onde será feita a edificação, retirada de entulhos, disponibilidade de
utilização de instalações provisórias, assim como o movimento de terra necessário e instalação do
canteiro, é hora de “trabalhar” o terreno para que este dê todo o suporte necessário a estrutura.
As principais características destas atividades serão abordadas na seqüência.
2. TRABALHOS PRELIMINARES
Item que, aparentemente desprezível em orçamentos, pode gerar grandes custos dependendo da
condição inicial do terreno. As condições arquitetônicas podem requerer retiradas de árvores de grande
porte (o que já evidencia uma logística diferente, com outros equipamentos como serra, tratores,
caminhões para transporte, etc), antigas tubulações de drenagem ou esgoto, construções em ruínas, ou
simplesmente vegetação de pequeno porte.
2.2. NIVELAMENTO
O nivelamento consiste em, basicamente, preparar a altura do terreno, com o uso de escavadeiras,
para atingir a cota de projeto. Esse item é fundamental, principalmente no que se refere a tubulação de
esgotos, por exemplo, já que este precisa ter uma altura que garanta o escoamento por gravidade, e ainda
atinja a cota do sistema de esgotos.
Apesar de parecer básico, locações de obra errônea ainda são encontradas em diversas obras,
causando, inclusive, o cancelamento/realocação destas. Um dos principais problemas acontece na fase de
projeto, onde um erro de cota ou um fraco referencial adotado pode dificultar ou tornar inexeqüível a
locação. Mais detalhes no item 5, onde serão exibidos os atuais métodos de locação.
3. FUNDAÇÕES
Fundações são os elementos estruturais cuja função é transmitir as cargas da estrutura ao terreno
onde ele se apóia (AZEREDO, 1988). Assim, as fundações devem ter resistência adequada para suportar
as tensões causadas pelos esforços solicitantes. Além disso, o solo necessita de resistência e rigidez
apropriadas para não sofrer ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais.
O tipo de fundação é informação fundamental para o pré-orçamento da obra, podendo viabilizar
ou inviabilizar o empreendimento (custos de fundação). Fundações bem projetadas correspondem de 3% a
10% do custo total do edifício. Porém, se mal concebidas ou mal projetadas, podem representar custo de 5
a 10 vezes maior do que o custo da fundação mais apropriada para o caso.
Dependendo do tipo de solo, a fundação direta é a solução mais econômica para fundação.
Geralmente empregada quando não é possível o uso de fundações diretas, onde as profundidades
maiores apresentam melhor capacidade de suporte de carga.
Não existe outra forma para escolher o melhor sistema de fundações que não seja A
INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO. Na grande maioria dos casos, essa investigação é feita a partir de
sondagens de simples reconhecimento. Essa sondagem consiste de uma perfuração no solo, onde são
dados significativos o número de golpes necessários para afundar o trado no solo a cada metro, assim
como o material recolhido durante essa perfuração. A partir desses e mais alguns dados, é determinado a
tensão admissível do solo, item fundamental para o cálculo da dimensão das fundações.
É necessário proceder a identificação e classificação das diversas camadas componentes do
substrato a ser analisado, assim como a avaliação das suas propriedades de engenharia.
A obtenção de amostras ou a utilização de algum outro processo para a identificação e
classificação dos solos exige a execução de ensaios “in situ”, podendo também sempre que necessário o
uso de laboratório com a amostra.
Características como: número de pontos de sondagem, seu posicionamento no terreno (levando-se
em conta a posição do edifício no terreno) e a profundidade a ser atingida são determinadas por
profissional habilitado, baseado em normas brasileiras e na sua experiência. (BRITO 1987).
Abaixo, o método mais utilizado, chamado de Standard Penetration Test, ou simplesmente SPT.
Também conhecido como sondagem à percussão ou sondagem de simples reconhecimento, é um
processo de exploração e reconhecimento do subsolo, largamente utilizado na para se obter subsídios que
irão definir o tipo e o dimensionamento das fundações que servirão de base para uma edificação. A sigla
SPT tem origem no inglês (standard penetration test) e significa ensaio de penetração padrão.
O ensaio consiste na cravação vertical no solo, de um cilindro amostrador padrão, através de
golpes de um martelo com massa padronizada de 65 kg, solto em queda livre de uma altura de 75 cm. São
anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três trechos consecutivos de 15
cm sendo que o valor da resistência à penetração (NSPT) consiste no número de golpes aplicados na
cravação dos 30 cm finais. Após a realização de cada ensaio, o amostrador é retirado do furo e a amostra é
coletada, para posterior classificação que geralmente é feita pelo método tátil-visual.
Dependendo do porte da obra, ou se as informações obtidas não forem satisfatórias, outros tipos
de pesquisas poderão ser executadas (poços exploratórios, ensaios de penetração contínua, ensaio de
palheta, etc).
A profundidade a ser atingida depende do porte da obra a ser edificada e consequentemente das
cargas que serão transmitidas ao terreno. A Norma Brasileira (NB 6484) fornece critérios mínimos para
orientar a profundidade das sondagens. Porém a resistência dos solos, o tipo de obra, e características do
projeto podem exigir sondagens mais profundas ou critérios mais rígidos de paralisação da perfuração.
A partir dos dados da sondagem, é possível determinar o melhor sistema de fundações. Em geral,
solos fortes, arenosos e com alta resistência ao teste de penetração são ideais para o uso de fundações
diretas, que são mais econômicas e de fácil execução (dependendo da carga dos pilares). Já solos ruins
argilosos, e com baixa resistência ao teste de penetração é necessário o uso de fundações indiretas, já que
estas conseguem absorver maior quantidade de carga do que as fundações diretas. Porém, é um sistema
mais caro e de mais complexa execução.
Até o aparecimento dos equipamentos mecanizados e mesmo depois, a movimentação das terras
era feita pelo homem, utilizando ferramentas tradicionais: pá e picareta para o corte, carroças ou
vagonetas com tração animal para o transporte. Como o rendimento da terraplenagem manual é pequeno,
esse serviço dependia da mão de obra abundante e barata. Mas com o desenvolvimento tecnológico e
social a mão-de-obra foi se tornando cada vez mais escassa e, por conseqüência, mais cara.
Os equipamentos mecanizados, surgidos em conseqüência do desenvolvimento tecnológico,
apesar de apresentarem elevado custo de aquisição, tornaram competitivo o preço do movimento de
terras, em razão de sua alta produtividade.
Examinando-se a execução de quaisquer serviços de terraplenagem, podem-se distinguir quatro
operações básicas que ocorrem em seqüência, ou, às vezes, com simultaneidade.
a) Escavação;
b) Carga do material escavado;
c) Transporte;
d) Descarga e espalhamento.
Essas operações básicas podem ser executadas pela mesma máquina ou por equipamentos
diversos. Exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina, executa sozinho todas as operações
acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade.
b) Trator de Rodas
- Topografia favorável
- Condições de bom suporte
- Boas condições de aderência
OBS.: As máquinas de pneu são insuperáveis em relação a velocidade, significando maior
produção
4.3 Carregadeiras
São chamadas de pás-carregadeiras e podem ser montadas sobre esteiras ou rodas com
pneumáticos.
Normalmente a caçamba é instalada na parte dianteira. No carregamento, as carregadeiras é que se
deslocam, movimentando-se entre o talude e o veículo de transporte.
Características da carregadeira de pneus:
• Alta velocidade de deslocamento
• Grande mobilidade
• Deslocamento a grande distância (elimina transporte em carreta)
• Menor tração - principalmente na escavação, risco de patinagem
• Baixa flutuação
• Tração nas quatro rodas
• Peso próprio elevado - peso aderente sobre a roda motriz
4.4. Escavadeiras
São chamadas de pás mecânicas. Consistem em um equipamento que trabalha parado. Pode ser
montado sobre esteiras, pneumáticos ou trilhos.
4.5. Retroescavadeira
Não menos importante, é a forma de transportar todo material (aterro, corte, etc).De acordo com o
volume escavado, deve ser dimensionado o caminhão –caçamba de acordo com o número de viagens de
transporte de material.
• O alinhamento da rua;
• Um poste no alinhamento do passeio;
• Um ponto deixado pelo topógrafo quando da realização do controle do movimento de
terra;
• Uma lateral do terreno.
Durante um levantamento topográfico são medidas direções e distâncias entre pontos e a partir
destas podem ser calculadas as coordenadas das feições de interesse. Na locação o que ocorre é o
processo contrário: a partir de coordenadas de pontos definidos em um projeto são calculadas direções e
distâncias em relação a marcos de referência. Com estes valores, a partir dos marcos de referência
materializados em campo, é possível locar ou indicar a posição dos pontos de interesse.
método do contorno, a área a ser locada é cercada empregando-se pontaletes cravados no solo e ripas ou
sarrafos pregados a estes pontaletes (figura XXX). Os cantos deste cercado devem formar ângulos retos.
Sobre os sarrafos são marcados com pregos os pontos que definirão os alinhamentos. A partir
destes pregos são estacadas linhas, sendo que o cruzamento destas linhas define o ponto a ser locado.
Com auxílio de um fio de prumo o ponto é marcado no solo.
A estação total é capaz de inclusive armazenar os dados recolhidos e executar alguns cálculos
mesmo em campo. Com uma estação total é possível determinar ângulos e distâncias do instrumento até
pontos a serem examinados. Com o auxílio de trigonometria, os ângulos e distâncias podem ser usados
para calcular as coordenadas das posições atuais (X, Y e Z) dos pontos examinados, ou a posição do
instrumentos com relação a pontos conhecidos, em termos absolutos.
A maioria dos instrumentos das Estações Totais medem ângulos através de scanner eletro-óptico
de extrema precisão de códigos de barra digitais atados em cilindros ou discos de vidro rotativos dentro
do instrumento. As Estações Totais de melhor qualidade são capazes de medir ângulos abaixo de 0,5". A
típica Estação Total EDM pode medir distâncias com precisão de cerca de 0,1 milímetro, mas a maioria
das aplicações requer precisão de 1,0 milímetro. Essas estações totais usam um prisma de vidro como
refletor para o sinal EDM, e pode medir distâncias de até quilômetros, mas alguns instrumentos não
possuem refletores e podem medir distâncias de objetos que estão distintos por cor, limitando-se a poucas
centenas de metros.
Tipo de fundação rasa ou profunda, executada por perfuração com trado, conforme mostrado nas
figuras abaixo, e posterior concretagem in loco, normalmente com diâmetro variando entre 15 e 25cm,
com comprimento de até 6,0m. As estacas tipo broca são normalmente empregadas para pequenas cargas,
conforme pode ser observado na tabela abaixo, principalmente pelas limitações que envolvem o seu
processo de execução.
Diâmetro (cm) Tensão (MPa) Carga usual (kN) Carga máxima (kN)
15 50 70
20 3,0 a 4,0 100 150
25 150 200
Tabela 1 – Cargas usuais e máximas para estacas tipo broca.
* Para converter kN para tonelada, dividir por 10. Ex: 100kN = 10t.
Tipos de trado
Perfuração do terreno
Perfuração executada.
A concretagem também pode ser executada com injeção de nata de cimento, devendo ser utilizado
vibrador para adensamento do concreto no fundo na vala.
Sapata corrida é normalmente para receber as ações verticais de paredes, muros, pilares alinhados
ou elementos alongados que transmitem carregamento uniformemente distribuído em uma direção.
Nesse tipo de fundação, tenta-se distribuir uniformemente a carga da estrutura ao solo. Não é
indicada em solos com elevada diferença de suporte entre as extremidades de onde ficará a estrutura,
devido aos recalques diferenciais (fenômeno que ocorre quando uma edificação sofre um rebaixamento
devido ao adensamento do solo sob sua fundação, com deformações desiguais entre as fundações).
As fundações (sapatas corridas, estacas broca, blocos, etc) ficam expostas a constante umidade do
solo, tal umidade pode variar de local para outro em função de vários fatores. Caso essas estruturas não
tenham a correta impermeabilização pode ocorrer o fenômeno da umidade ascendente, que é a ascensão
da água pelos capilares existentes no concreto, argamassa e alvenaria. que pode aparecer em pisos ou
propagar-se pelas paredes, podendo atingir alturas em torno de 2 m. Para evitar o aparecimento da
umidade, que além de doenças respiratórias pode causar eflorescências, descolamento de pinturas e
desagregações de argamassas de revestimento, é necessária a aplicação de um sistema de
impermeabilização para proteger pisos e paredes da umidade proveniente do solo, evitando
inconvenientes futuros e garantindo a vida útil da edificação.
A impermeabilização de elementos de fundação de concreto armado, como blocos e sapatas
corridas, além de evitar a ascensão da umidade colabora para a durabilidade da estrutura. No caso de solos
ou águas agressivas em contato com as fundações, a necessidade de proteção impermeabilizante é quase
que obrigatória.
Antes de receber o sistema impermeabilizante a superfície deve ser preparada, ou seja, estar limpa,
sem partes soltas, isenta de óleos, isenta de desformantes, seca, regularizada e etc. Regularizar a
superfície significa deixá-la uniforme, ausente de falhas de concretagem, sem a presença de quinas vivas,
sem juntas de alvenaria com ausência de argamassa. A regularização deve ser executada com argamassa
de areia, cimento e aditivos em traço compatível com as condições de aplicação.
Para produtos de base asfáltica como mantas, emulsões e soluções antes da aplicação é necessário
a imprimação da superfície. O mercado oferece primers a base d’água e base de solvente, ambos devem
possuir a mesma eficiência na promoção da aderência. Um erro muito comum encontrado nesta etapa é a
utilização do primer como impermeabilização definitiva.
8.1. EPIs
Conforme Norma Regulamentadora nº.6, Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo
dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A empresa é obrigada a fornecer ao empregado,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento.
8.2. EPCs
Esses equipamentos não são necessariamente de proteção de um coletivo, muitas vezes são apenas
de uso coletivo, como por exemplo, uma máscara de solda ou um cinto de segurança para alturas.,
Como exemplos de EPC podem ser citados:
A - Redes de Proteção ( nylon)
B - Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)
C - Extintores de incêndio
D - Lava-olhos
E - Chuveiros de segurança
F - Exaustores
G - Kit de primeiros socorros
9. BIBLIOGRAFIA
ALBERNAZ, Maria Paula – Dicionário Ilustrado de Arquitetura – 2ª Edição – Editora Pro-editores – São
Paulo/SP.
AZEREDO, Hélio Alves de – O Edifício até sua cobertura – Editora Edgar Blucher – São Paulo/SP.
BORGES, Alberto de Campos – Prática das pequenas construções – Volume I e II – Editora Edgar
Blucher – São Paulo/SP.
BORGES, Ruth Silveira – Manual de Instalações prediais hidráulicosanitárias e de gás – 4ª Edição–
EditoraPini–SãoPaulo/SP.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!