Barreira

Contra

Revista de Equitação e Tauromaquia
Edição Nº 30 - Revista de Equitação e Tauromaquia - maio 2012 - Portugal 4,00€ (Cont.) - Espanha 4,50€

ANA BATISTA

em Portugal

ÉVORA
LISBOA
STº ANTº AREIAS
SERPA
VILA F. XIRA
Foto Pedro Cardoso

GFA PORTALEGRE
Benavente Moços de Forcado
PASSEIO DA PRIMAVERA Em Entrevista
Ganadaria PABLO HERMOSO DE MENDOZA
VAZ MONTEIRO DAVID MORA
 
CB Destaques
Propriedade
Pedro Miguel Cordeiro Cardoso

Edição
BlueKangaroo, Unipessoal Lda.
geral.bluekangaroo@gmail.com

Diretor Editorial “Patriotismo

Sandra Batalha
sandrabatalha.contrabarreira@gmail.com
Pobre…”
6 David Mora, Torero de
Colaboradores Notícias de Portugal Madrid
Ana Caramona Ouro
8 a 10 30
Paula Batalha
Rute Mourão Forcados de Cascais Tenta na Ganadaria Brito
Sílvia del Quema entregaram Troféus 2011 Paes
António Lúcio 11 31
Luís Carlos Roteiro Taurino
Nuno Soares Dias Amadores do Barrete
Rui Tiago Recto
12 Verde de Alcochete
Tiago Abecasis Tertúlia O Piriquita treinam na Ganadaria
entrega troféus João Ramalho
Fotografia
António Santos
de 2011 33
Edgar Vieira 13 No Hay Quinto Malo
Emílio de Jesus (CP Nº 4095) Ana Batista, Depois do 34 a 35
Pedro Batalha México... Temporada
Pedro Cardoso Gala de Homenagem ao
Grande em Portugal!
Forcado em Évora
Correspondente Espanha 14 a 15
36
Ricardo Relvas Festival com excelente
Lourenço Mourato deve
Correspondente no México ambiente na Palha Blanco
estar feliz!
Edgar Mendoza 16 a 18
38 a 39
Tertúlia Tauromáquica “A
Colaboram nesta edição GFA de Portalegre, Um
Fernando Clemente Mexicana” homenageia
António dos Santos Grupo de Amigos que se
Hugo Teixeira
Vítor Besugo 19 dedicam à Nobre Arte de
Ganadaria Vaz Monteiro Pegar Touros.
Departamento Jurídico
20 a 23 40 a 42
Drª Ana Sofia Simões
Pablo Hermoso Tenta em Pinto Barreiros
Design Gráfico / Paginação 43
BlueKangaroo, Unipessoal Lda.
O Grande Maestro do
Toureio a Cavalo 1º Derby do Campeonato
Impressão 24 a 25 Nacional de 2012
Soartes, Lda. 43
Triunfo do toureio apeado
Distribuição em Serpa 7ª Fiesta - Matador
LOGISTA Portugal - Distribuição de Publicações, S.A. 26 a 27 44
Correspondência Passeio da Primavera em Loja do Leitor
Rua Engº Moniz da Maia, 114 Benavente 45
2050-356 Azambuja * Portugal 28 a 29
Tel: (+351) 910 531 472
contrabarreira@gmail.com
www.contrabarreira.com
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Registo de Título / ERC Nº 125743
ISSN 1647-3906 Os artigos são da inteira responsabilidade dos seus autores
Marca Nacional Nº 454320
Foto: Pedro Cardoso
O Regresso do Maestro
a Portugal

Campo Pequeno
Dia 17 de Maio

Pablo Hermos
so de Mendoza
www.pablohermoso.net
 CB Editorial

Patriotismo pobre...

P
arece-me óbvio e um fato social incontestado que
a tendência atual vai para que os cidadãos tenham
cada vez mais uma consciência comunitária
do valor histórico e da riqueza que constitui o nosso
património cultural.

No entanto, em simultâneo com essa tendência crescente,

tornam-se surpreendentes determinadas atitudes que a
olho nu parecem não ligar com esta consciência, talvez
por motivos alheios à grande esmagadora maioria
Sandra Batalha da opinião pública, ou, talvez até mesmo porque em
Diretora determinados casos o nosso patriotismo seja pobre...
muito pobre!

Creio que estamos todos de acordo quando afirmo que

um dos maiores bens, senão o grande ex-libris e mais-
valia do nosso país, é o Cavalo Puro-sangue Lusitano.
No entanto, os nossos toureiros preferem os cruzados
em vez dos Lusitanos, contrastando com os rejoneadores
espanhóis (os de top) que têm magnificas quadras
constituídas quase exclusivamente por cavalos Puro-
sangue Lusitano.

Diz o sitio online da APSL que “O Puro-sangue Lusitano

será sempre o cavalo por excelência para a Arte Equestre
e para o Toureio”. Será?
Então porque é que os cavaleiros portugueses têm
quadras constituídas quas exclusivamente por cavalos
cruzados, dizem alguns que “têm mais gás”, ou seja,
conseguem os cruzados ter talvez um pouco mais de
temperamento para poderem com os nossos toiros, já
que em Espanha, uma vez que cravam rejões de castigo,
os toiros ficam mais “suaves”.

Mas, não será também que a tendência crescente de

muitas das nossas ganadarias, é produzirem também um
toiro que menos pede contas? Salvo algumas exceções…
graças a Deus!

Hoje fala-se cada vez mais na defesa e na conservação

do património cultural, mas continuamos hoje e sempre
a valorizar pouco aquilo que é nosso, assim como
continuamos a não valorizar devidamente o cavalo Puro-
sangue Lusitano.

Há que interiorizar que não se pode encarar a atitude de

defesa do nosso património como uma mera exigência
intelectual da moda ou uma onda de retorno nostálgico
ao passado, mas sim, como um despertar de toda uma
consciência que nos impele irrefutavelmente a cuidar da
nossa identidade, com convicção e com orgulho.

6
 Imponente curro de
Assunção Coimbra para
Salvaterra
A castiça Praça de Toiros de Salvaterra
de Magos será uma vez mais palco
de grandes acontecimentos da
temporada de 2012.
Após o êxito alcançado na corrida
inaugural, as empresas Emoção
– Eventos Culturais e a Tauroleve
anunciam para o próximo dia 13 de
maio pelas 17 horas uma corrida que
voltará a trazer a emoção à arena
ribatejana.
Toiros com Emoção em Salvaterra é o
lema desta nova etapa do tauródromo
ribatejano, e para a próxima corrida
anuncia-se um imponente curro de
toiros de Manuel Assunção Coimbra.
Um curro imponente de trapío e com
toiros de quatro e cinco anos de idade
que levarão certamente a emoção que
a festa precisa.
Domingo, dia 13 de maio pelas 17
horas, Salvaterra voltará a ser palco
de um grande acontecimento, e
certamente ninguém vai querer
perder!
Montijo dia 5 de Maio
Corrida de Emoções
Exaltação ao Forcado, ao Toiro e à
Competição na Arte de Bem Tourear
No próximo dia 5 de Maio, sabado,
pelas 17 horas, a Monumental
Amadeu Augusto dos Santos receberá
a Corrida de Emoções. Emoções
porque há um conjunto de sentimentos
que levam a que tal aconteça. Toiros
A Feira mais Castiça do Ribatejo
Acontecimento anual e já centenário, esperado ansiosamente pelos aficio-
nados da festa brava, campinos, largadas de toiros e farra! Ups… farra
não… convívio, muito convívio!
Azambuja é uma terra ribatejana situada a 50 quilómetros a norte de Lis-
boa e de fácil acesso para todos, pois chega-se lá facilmente pela autoestra-
da A1 tanto para quem vem do norte como quem vem de sul.
Esta feira realiza-se todos os anos sempre no último fim-de-semana de
maio, assim, este ano terá o seu início a 24 e termina a 28, segunda-feira.
No entanto, se quiser disfrutar do ambiente da semana catalã (semana
que antecede a propriamente dita feira de maio) venha para esta vila no
princípio dessa semana e veja com os seus próprios olhos a azáfama dos
preparativos que se gera em volta das inúmeras tertúlias existentes. Não,
não se intimide pois os azambujenses são muito afáveis e cordiais com os
de fora, digo isto com toda a certeza pois não conheço ninguém que assis-
tisse a esta feira e não quisesse voltar.
Um dos pontos altos é na sexta-feira às 21 horas com o desfile dos archo-
tes, em que os campinos desfilam de uma ponta à outra da vila transpor-
tando archotes. Segue-se a largada de horas toiros pelas ruas da vila até
à meia noite, altura em que locais e visitantes se podem saciar com sar-
dinhas assadas, pão e vinho distribuído gratuitamente pelas ruas da vila.
Dificilmente se encontra um tão vasto e diversificado reportório de tra-
dições ribatejanas de qualidade como aquelas que se assiste na Feira de
Maio em Azambuja. Este ano não deixe de ir à Taberna do Ribatejo, na rua
principal, saborear uma Sangria Mágica e que tem curiosamente como
lema “Se tens fome...bebe”.
Destaque ainda para a habitual corrida de toiros, na praça Dr.Ortigão
Costa, que acontece no domingo, dia 27, e para qual poderá levar para de-
gustação um dos doces tradicionais desta vila: queijadinhas de Azambuja.
Doce de nome enganador, era servido ao séquito real sempre que este su-
bia o rio para descansar, caçar ou de passagem para outras terras do reino,
e teve a sua origem no Palácio da Rainha, quando as cozinheiras do pa-
lácio tiveram que arranjar forma de fazer as tão apreciadas queijadinhas
sem o principal ingrediente, o queijo fresco.
Queijadinhas de Azambuja
Ingredientes: Para a massa folhada: farinha, margarina e água, ou então
compre massa folhada já feita.
Para o recheio: 400 gr de açucar, 2 dl de água, 12 gemas, 1 pau de canela e
casca de limão a gosto.
Confeção: comece por levar o açucar,a água, a canela e a casca de limão
ao lume até obter um ponto muito forte. Retira-se do lume, tira-se a ca-
nela e a casca do limão e ainda a ferver juntam-se as gemas dos ovos que
foram ligeiramente batidas préviamente. Entretanto cortam-se cubos da
massa folhada, untam-se e forram-se as formas espalhando a massa com
o polegar. Coloca-se o recheio nas formas e por cima junta-se a amêndoa
moída grosseiramente e polvilha-se com açucar em pó. Leve de imediato
ao forno préviamente aquecido a 200 graus durante 10 a 15 minutos. Estas
quantidades dão para confecionar cerca de 12 queijadinhas.
Bom Apetite!
Coordenação: Paula Batalha
8

"Maio frio e Junho quente,
bom pão, vinho valente"
AGRICULTURA: Lavre à volta
das matas e limpe o melhor possível
para evitar incêndios. Tratar e regar
os batatais e iniciar a transplantação
do arroz. Semear girassol e
soja, enxertar damasqueiros,
amendoeiras, cidreiras e laranjeiras.
HORTA: No crescente e em local
definitivo deverá semear e plantar
abóboras, agrião, alface, beterraba,
brócolos, cenoura, couves,
espinafres, feijão, melancia, melão,
nabo, pepino, pimentos, rabanete,
AS LUAS EM MAIO
Lua Nova – Dia 20
Quarto Crescente – Dia 28
Lua Cheia – Dia 6
Quarto Minguante – Dia 12
com 650 quilos da famosa Ganaderia
de Arucci que pelo terceiro ano
consecutivo voltam a trazer emoção
aquela arena pela forma como
investem para as Pegas e na exigência
que têm dado aos Grupos que os têm
pegado. Desta vez a dificil tarefa está a
cargo dos Amadores do Montijo que
pretendem nesta temporada voltar
aos tempos aureos em que pegavam
em todas as Praças importantes de
Portugal e nas principais Feiras.
Dividem a responsabilidade com
o consagrado Grupo de Forcados
Amadores de Coruche que têm nesta
tarde mais uma corrida de afirmação
e confirmação como um grande
Grupo de Forcados. Para os Grupos
em Praça a responsabilidade é grande
e contam com o apoio de todos para
esta grande tarde de exaltação ao
Forcado!
Toiros grandes que têm tido
mobilidade são condimento para
que os 3 jovens que os enfrentam
a cavalo possam afirmar-se: Filipe
Gonçalves espera uma oportunidade
repolho, etc. Colher alcachofras,
espargos, ervilhas, favas, cebola
verde. Plantar tomate e tratar o
já plantado com caldas cúpricas.
Os batatais devem ser regados e
tratados com caldas.
JARDIM: Semear cravos,
manjericos, trepadeiras e plantas
anuais. Colher flores para semente.
ANIMAIS: No crescente deve-se
castrar o gado, tosquiar as ovelhas.
Procria de cabras e coelhos.
“Uma água de Maio
e três de Abril valem
por mil”
“Maio hortelão,
muita palha e
pouco grão”
9
para se colocar entre os primeiros.
Tem bons cavalos, variedade de
Toureio e uma enorme raça e querer.
Marcos Bastinhas segue a tradição de
seu Pai e subiu por mérito próprio
afirmando-se como Figura já do
presente cativando o publico pelo seu
bom Toureio e pela empatia com que
chega às bancadas. Duarte Pinto foi
um dos Triunfadores de 2011 e dele
se espera que reafirme a sua Arte e
Temple com a classe que o caracteriza.
Os dados estão lançados e como se
diz na giria “quem tem unhas é que
toca viola”...
Dia 5 de Maio Sabado pelas 17 horas
as emoções estarão ao rubro no
Montijo!
Nada ficará como dantes!
E não esquecer: os preços mantêm-
se desde 10,00 euros!!! Só mesmo no
Montijo... Reservas 91 4094038 ou
bilhetesaplaudir@gmail.com
Escolas de Toureio
portuguesas lançam o
“1º Ciclo Nacional de
Novilhadas”
Numa organização conjunta das
escolas de Toureio José Falcão (Vila
Franca de Xira), Escola de Toureio e
Tauromaquia da Moita e Academia
de Toureio do Campo Pequeno, vai
realizar-se, ao longo da temporada
de 2012 o “1º Ciclo Nacional de
Novilhadas das Escolas de Toureio”,
cujo objetivo é promover as promessas
do toureio em Portugal.
O ciclo conta com a adesão das
ganadarias Palha, Casa Prudêncio,
Pinto Barreiros, David R. Telles,
Infante da Câmara (Herds.), Oliveiras
Irmãos, António Silva, José Lupi,
Vinhas, M. Veiga, A. Charrua, S.
Torcato, José L. V. Andrade, Santa
Maria, M. Coimbra, J. L. Cochicho,
Ascensão Vaz, Gregório Oliveira e
Falé Filipe, esperando-se que outras
venham ainda a juntar-se a esta
iniciativa.
O ciclo conta com a adesão das
empresas tauromáquicas Aplaudir,
Montemor é Praça Cheia, Soc. Campo
Pequeno SA, Tauroleve, Toiros &
Cultura e Toiros & Tauromaquia.
No tocante a praças de toiros, o “1º
Ciclo Nacional de Novilhadas” terá
por cenário as praças de Arruda dos
Vinhos, Caldas da Rainha, Évora,
Moita, Montemor-o-Novo, Montijo,
Nazaré, Salvaterra de Magos, Sobral
de Monte Agraço e Vila Franca de
Xira.
A grande final do “1º Ciclo Nacional
de Novilhadas” realizar-se-á no
Campo Pequeno, culminando uma
série de 12 espetáculos.
Todos os detalhes deste ciclo serão
apresentados em conferência de
imprensa, a realizar na próxima
semana.
A novilhada inaugural realiza-se
dia 6 de Maio, às 10h30, com a lide
de quatro novilhos de ganadarias
a designar e com a participação do
cavaleiro amador David Oliveira, dos
bezerristas Pedro Noronha (Escola de
Toureio José Falcão), João Rodrigues
(Escola de Toureio e Tauromaquia da
Moita) e Diogo Peseiro (Academia de
Toureio do Campo Pequeno), estando
as pegas a cargo do grupo de forcados
amadores de Vila Franca de Xira.
Grande jornada taurina em
Vila Franca de Xira
A Centenária Praça de Toiros Palha
Blanco em Vila Franca de Xira será
palco de três grandes acontecimentos
taurinos no primeiro fim de semana
de Maio, no qual estará incluída
a tradicional corrida de toiros à
portuguesa.
Emoção será certamente a palavra-
chave para classificar o regresso dos
toiros de Canas Vigouroux à Palha
Blanco na tradicional corrida de
toiros à portuguesa, para o qual estão
apartados seis Imponentes toiros com
a divisa amarela e branca. Toiros de
quatro e cinco anos, com o Trapío
que a Palha Blanco merece, e no qual
servirá para festejar o 20º Aniversário
da fundação da ganadaria sediada na
Herdade do Emaús em Castanheira
do Ribatejo, bem às portas de Vila
Franca. Um verdadeiro hino ao toiro
e Academia de Toureio do Campo
Pequeno se farão representar por 3
dos seus alunos, que juntamente com
um cavaleiro e um grupo de forcados,
fomentarão o futuro da nossa festa.
Atuam nesta jornada de promoção
diante quatro erales, o cavaleiro
David Oliveira, e os bezerristas
Pedro Noronha, João Rodrigues e
Diogo Peseiro, bem como os forcados
amadores de Vila Franca.
E porque a Festa Brava vive da
Presença de Público nas bancadas
– assim é o desejo que as bancadas
estejam bem preenchidas nos três
eventos - a Tauroleve anuncia que
quem adquirir o Bilhete para a
Corrida de Toiros de Domingo, terá
direito a presenciar de forma gratuita
o Desenjaulamento e a Novilhada da
manhã de domingo.
1 de Junho em Arronches
bravo, e à cabana brava nacional! A
IV Corrida de Toiros da ABEI tem
início marcado para as 17 horas de
Nas comemorações do Dia Mundial
domingo, dia 6 de Maio, e tem como
da Criança, 1 de junho, sexta-feira
cartel os cavaleiros Luis Rouxinol,
pelas 21.30, a A. C. A. “Amigos da
Manuel Telles e Salgueiro da Costa,
Festa Brava”, vai realizar na Praça de
bem como os forcados amadores de
Touros de Arronches um espetáculo
Lisboa e Vila Franca.
de variedades taurinas.
Mas os acontecimentos não se ficarão
O cartel será composto por quatro
por aqui, e no seguimento dos últimos
cavaleiros máxima competição, Elas
anos, a empresa Tauroleve levará a
Vs. Eles, pelo Grupo de Forcados
cabo o desenjaulamento público dos
Amadores de Arronches e outro
toiros da corrida na noite de sábado a
a designar, sendo a parte apeada
partir das 22 horas, para que o público
composta pela atuação do bezerrista
presencie a Imponência e Trapío
João Silva “El Juanito” e das escolas de
dos Toiros de Canas Vigouroux.
toureio de Alter do Chão e Arronches.
Será indiscutivelmente um grande
Este espetáculo tem três importantes
momento aquele que se irá viver
objetivos: primeiro comemorar o
nessa noite!
dia Mundial da Criança, segundo
Para que o fim de semana seja
proporcionar a todas as crianças o
repleto de emoções, a Palha Blanco
direito de assistir a um espetáculo
abrirá igualmente as suas portas na
taurino, com o apoio do agrupamento
manhã de domingo, dia 6 pelas 10:30
de escolas de Arronches e concelhos
horas, para a realização da primeira
limítrofes, a um custo muito reduzido,
novilhada integrada no I Ciclo
e, por último criar, fomentar e divulgar
Nacional de Novilhadas de Escolas
o gosto pela Festa Brava, para que a
Taurinas. Será uma manhã onde as
nossa identidade não se confunda
escolas de Toureio José Falcão – Vila
num mundo de globalização imposta.
Franca de Xira, Moita do Ribatejo
10
CB
Reportagem x GFA Cascais
Forcados de Cascais
entregaram Troféus 2011
O passado, o presente e o futuro dos Amadores de Cascais
F
oi perante cerca centena e meia
de convidados que o Grupo de
Forcados Amadores de Cascais
assinalou o início da temporada 2011,
com um Jantar de Gala no Monte da
Diabrória em Beja.
Após um beberete de boas vindas foi
servido o jantar a que se seguiu uma
sessão de fados com a participação
dos fadistas Sandra Reis, Susana
Caixeiro, Alfredo Guaparrão
(a jogar em casa) e João Nobre,
acompanhados por Rogério Mestre
na guitarra portuguesa e Carlos
Franco na viola de fado. A culminar a
noite e antes dos discursos dos cabos
que lideraram o Grupo de Cascais,
Alfredo Guaparrão
Luís Caixinha
Texto e Fotos: Vítor Besugo
Paulo Mauricio
Francisco Cano, José Luís Zambujeira
Troféu Dedicação I e Pedro Marques, foram entregues os
Alfredo Guaparrão Troféus da Tertúlia do G.F.A.Cascais
Troféu Dedicação II
relativos à temporada que findou.
Luís Filipe Amador José Hilário presidente da direcção da
Troféu Dedicação I
Cercibeja, aproveitou a ocasião para
Luís Caixinha
oferecer ao Grupo de Cascais uma
Troféu Prestigio
lembrança concebida pelos alunos
António Manuel
da Cercibeja, como reconhecimento
(Ganadaria Varela Crujo)
Troféu Carreira da sua colaboração na organização/
participação nos seus Festivais
Paulo Maurício
Troféu Francisco Cano / Taurinos de Beneficência e endereçou
Forcado do Ano um convite para o grupo participar
Ventura Doroteia este ano novamente no seu festival.
Ganadaria Varela Crujo Luis Amador
Francisco Cano com as aquisições para 2012 Ventura Doroteia Forcado do ano
11
CB
Roteiro x Taurino MOURA Forcados: Cuba e outro
Ganadaria: Benjumea
12 de maio – 17h
CARTAXO Cavaleiros: Sónia Matias, Corrida de Toiros MOITA DO RIBATEJO
1 de maio – 17h Agostinho Silva e José Carlos Cavaleiros: Luis Rouxinol, 27 de maio – 17h
Corrida de toiros Portugal João Telles Jr. e Bastinhas Jr Corrida de Toiros
Forcados: Alcochete e Riba- Forcados: Moura Cavaleiros: António Ribeiro
Cavaleiros: Manuel Jorge de
tejo Ganadaria: Murteira Grave Telles, Rui Salvador e Luis
Oliveira, Filipe Gonçalves,
Brito Paes, Paulo Jorge Santos, Ganadaria: S. Martinho CALDAS DA RAINHA Rouxinol
Ana Rita e Mateus Prieto VILA FRANCA DE XIRA 13 de maio – 16h30 Forcados: Aposento da Moita
Forcados: da Chamusca 6 de maio – 17h Corrida de Toiros e outro
Ganadaria: Francisco Luis Corrida de Toiros Cavaleiros: Rui Salvador, Ganadaria: Murteira Grave
Caldeira Cavaleiros: Luis Rouxinol, Francisco Cortes e João Sal- AZAMBUJA
CAMPO PEQUENO Manuel Telles Bastos e Sal- gueiro da Costa 27 de maio
gueiro da Costa Forcados: Montemor e Caldas Corrida de Toiros
3 de maio – 22h
Forcados: Vila Franca de Xira da Rainha Cartel a designar
Corrida de Toiros
Ganadaria: Vaz Monteiro SANTARÉM
Cavaleiros: Sonia Matias, Ana Ganadaria: Canas Vigouroux
BARCELOS SALVATERRA 3 de junho
Batista
Forcados: Ramo Grande 6 de maio - 17h DE MAGOS Corrida de Toiros
Espadas: Luís “Procuna” e Corrida de Toiros 13 de maio – 17h Cartel a designar
David Mora Cavaleiros: Joaquim Basti- Corrida de Toiros SANTARÉM
Ganadarias: São Torcato nhas, Ana Batista e Marcos Cavaleiros: Luis Rouxinol, 6 de junho
João Ribeiro Telles Jr. e Ma-
MONTIJO Bastinhas Corrida de Toiros
teus Prieto
5 de maio – 17h Forcados: Cascais, Alenquer e Cartel a designar
Forcados: Alcochete e Salva-
Corrida de toiros Coimbra CAMPO PEQUENO
terra de Magos
Cavaleiros: Filipe Gonçalves, Ganadaria: Hrds de Cunhal 7 de junho – 22h
Ganadaria: Assunção Coim-
Bastinhas Jr. e Duarte Pinto Patrício Corrida de Toiros
bra
Forcados: Montijo e Coruche FIGUEIRA DA FOZ Cavaleiros: Rui Salvador,
ALDEIA DA VENDA
Ganadaria: Arucci 10 de maio - 16h Duarte Pinto e outro
13 de maio – 17h30
REDONDO Garraiada da Queima das Forcados: a designar
Corrida de Toiros
5 de maio – 17h Fitas
Cavaleiros: Brito Paes, Filipe
Ganadaria: a designar
Festival Taurino Cavaleiros: Ricardo para Jaco-
Gonçalves e João Moura REGUENGOS
Cavaleiros: Rui Guerra, Cris- bo Botero, Luis Rouxinol Jr. e Caetano DE MONSARAZ
tina Marques, David Gomes, Mara Pimenta 10 de junho
Forcados: Aposento do Alan-
David Oliveira, Luis Rouxinol Forcados: Açoreanos "Tremo- droal, Redondo e Monsaraz Corrida de Toiros
Jr. e Mara Pimenta res de Terra", ESA de Coim- Ganadaria: José Luis Vascon- Cavaleiros: João Moura, Joa-
Forcados: Redondo bra e Académicos de Coimbra cellos de Sousa d'Andrade quim Bastinhas, Luis Rouxi-
Ganadaria: Várias Ganadaria: António dos Reis nol e Luis Rouxinol Jr
CAMPO PEQUENO
TOLOSA (NISA) Isidro Forcados: Monsaraz e outro
17 de maio – 22h
5 de maio – 16h30 CAMPO PEQUENO Corrida de Toiros Ganadaria: Murteira Grave
Corrida de Toiros 10 de maio – 22h Cavaleiros: António Telles, ANGRA DO HEROÍSMO
Cavaleiros: Joaquim Bas- Garraiada Académica Pablo Hermoso de Mendoza e 24 de junho - 18h
tinhas, Marco José, Moura Cartel a designar Manuel Telles Bastos Concurso de Ganadarias
Caetano, José Luís Rodriguez, ELVAS Forcados: Évora e Aposento Cavaleiros: João Salgueiro,
Marcelo Mendes, João Mª 11 de maio – 21h30 da Moita João Ribeiro Telles Jr. e Rui
Branco e Miguel Tavares Festival Taurino Ganadaria: Vinhas Lopes
Forcados: Portalegre Cavaleiros: João Moura, Joa- BENEDITA Forcados: Tertúlia T. Tercei-
Ganadarias: Várias quim Bastinhas, Tito Semedo, 20 de maio - 17h rense e Ramo Grande
VILA FRANCA DE XIRA Marcos Tenório, José Luís Corrida de Toiros Ganadaria: Rego Botelho,
6 de maio – 10h30 Rodriguez e Miguel Moura Cavaleiros: Filipe Gonçalves, Casa Ag. José Albino Fernan-
I Ciclo de Novilhadas das Forcados: Évora e Elvas Pedro Salvador e Marcelo des e João Gaspar
Escolas de Toureio Ganadaria: Murteira Grave e Mendes ANGRA DO HEROÍSMO
Cavaleiros: David Oliveira Romão Tenório Forcados: Tomar, Azambuja e 25 de junho – 18h30
Forcados: V. Franca GARVÃO Coimbra Corrida de Toiros
Bezerristas: Pedro Noronha 12 de maio Ganadaria: Casa d’Avó Cavaleiros: João Ribeiro Telles
(Escola de V. Franca), João Corrida de Toiros CUBA Jr. e Tiago Pamplona
Rodrigues (Escola da Moita) e Cavaleiros: Joaquim Bas- 26 de maio – 17h Forcados: Tertúlia T. Tercei-
Diogo Peseiro (Academia do tinhas, Tito Semedo, João Corrida de Toiros rense e Ramo Grande
C. Pequeno) Moura Caetano e Alexandre Cavaleiros: Joaquim Basti- Espadas: Iván Fandiño
LOUROSA Gomes nhas, Ana Batista, Marco José, Ganadaria: Casa Ag. José
6 de maio – 16h Forcados: Cascais e Alenquer Marcos Bastinhas, Rui Guerra Albino Fernandes e Rego
Corrida de Toiros Ganadaria: Varela Crujo e Jacobo Botero Botelho
12
CB
Reportagem x Arruda dos Vinhos O Piriquita
entrega troféus
de 2011

F
oi no dia 31 de Março, que a
tertúlia “O Piriquita”, realizou
a gala de entrega de troféus
referente à temporada taurina de
2011, na praça de toiros de Arruda
dos Vinhos.
Este ano a realizou-se na Quinta de
Santa Maria em Arruda dos Vinhos.
Iniciamos o dia com uma prova de
vinhos de Arruda, aproveitando a
ocasião para promover um dos bens
mais precioso que Arruda tem. O
Vinho.
A animação da gala, esteve entregue,
a Antelmo Serrado, Ricardo Pereira,
Teresa Serpa e Francisco Martins; a
fusão do trinar da guitarra portuguesa
com a viola andaluz, a batida da caixa
flamenca e a voz quente de contralto,
resultaram de forma harmoniosa
criando um ambiente musical inédito.
Os galardoados foram:
Melhor lide a cavalo – Duarte Pinto.
Melhor lide a pé – Deserto
Melhor Toiro – Pinto Barreiros
Melhor pega – Ricardo Silva
(Alenquer) e Fabio Correia (Arruda)
Troféus revelação – Tiago Santos e
Nicolás Gutierrez
Destaques da Temporada – Escolas
taurinas de Vila Franca De Xira,
Moita do Ribatejo e Academia do
Campo Pequeno
Galardões de Mérito – Sonido
Andaluz e Coronel José Henriques.
Mais um ano taurino cumprido da
melhor forma, todos os tertulianos
presentes, simpatizantes e amigos
viveram momentos de amizade e
partilha, desejando que para a próxima
época, a tertúlia continue a demarcar-
se na defesa e no engrandecimento
da festa e a proporcionar a todos
os aficionados, nobres e marcantes
momentos taurinos!

13
CB
Entrevista x Ana Batista

Por: Sandra Batalha

Fotos: Pedro Cardoso

Ana Batista
Depois do México...
Temporada Grande em Portugal!
Regressada da sua primeira temporada no México, a cavaleira
Ana Batista convocou recentemente uma conferência de
imprensa em sua casa, Salvaterra de Magos, aproveitando a
estadia em Portugal de Enrique Fraga, seu apoderado mexicano,
a fim de dar a conhecer perante a imprensa um pequeno resumo
daquilo que foi este ser inverno, sempre a tourear por terras
aztecas.
Ana Batista aproveitou ainda este dia para dar a conhecer a sua
quadra de cavalos para esta temporada, onde podemos encontrar
o Conquistador, Obélix III, Forcado, Fandi e Roncal.
A cavaleira mostrou-se moralizada, bem montada e acima de
tudo bastante entusiasmada com a sua preparação para esta que
pode e deverá ser a “Temporada Grande” para Ana Batista agora
em Portugal.

Conquistador

Q
ue balanço faz da primeira
campanha que realizou no
México?
Ana Batista: Faço um balanço
positivo em todos os sentidos.
Primeiro, porque tive a possibilidade
de conhecer um ambiente diferente
do nosso, um país onde as distâncias
de terra para terra são grandes, e onde
cheguei a fazer mais de 1.000 km para
ir tourear. Depois, a expectativa que se
gera à volta de cada corrida também é
enorme, mas o que mais me marcou
foi a afición do México. Vivem a
Festa de Toiros com muita paixão e
acarinham os toureiros de uma forma
absolutamente extraordinária. Nunca
irei esquecer a maneira como me
receberam.
Será para repetir?
Ana Batista: Claro que sim, o
projecto foi pensado para ter
continuidade. Não se resume apenas
a uma temporada, até porque de ano
para ano vão-se abrindo novas portas.
Em princípio este ano devo de ir no
final do mês de Setembro e segundo
o meu apoderado Enrique Fraga devo
de regressar a Portugal no início de
Fevereiro. Mas como referi atrás,
este é um projecto pensado a médio
/ longo prazo.
Pelo que tivemos oportunidade de
ver, a Ana está moralizada e muito
bem montada para esta temporada,
certo?
Ana Batista: Sempre sonhei fazer
campanha no México e o certo é que
14
o projecto apareceu, e foi vivido com
muita intensidade e de forma muito
profissional. Isso deu-me um ânimo
enorme. Passar o Inverno, não só a
tourear vacas, mas a somar corridas
é o sonho de qualquer toureiro.
Levei cinco cavalo e obviamente que
esses cinco cavalos estão muito mais
rodados este ano. Na minha quadra
para 2012 tenho vários cavalos em
que depósito muitas expectativas. O
Obélix II tem-se revelado um cavalo
seguríssimo, que pode com todos os
toiros e que tem muito mérito em ter
capacidades para tourear os toiros
do princípio ao fim. O Roncal é um
cavalo que tem surpreendido, o ano
passado no final da temporada nos
festivais do Montijo e Salvaterra de

Magos deu que falar, e chegou ao
México e continuou a evoluir. O
Conquistador é um cavalo com muita
acção e que chega muito ao público.
O Forcado tem sido um cavalo que
de ano para ano tem acentuado a sua
classe. O Fandi é outro dos cavalos que
me surpreendeu no México, porque
ganhou uma facilidade enorme em
resolver as situações e é um cavalo
com muitos recursos. E o Obélix III
tem mostrado uma habilidade fora do
comum. É daqueles cavalos que nos
faz sonhar de noite. Depois também
conto com o Jaguar que já faz parte da
minha quadra há muitos anos, e ainda
tenho expectativas em cavalos como
o Gallito, o Príncipe, o Zurbarán, e
Obélix III
Fandi
outros muito mais novos que talvez
no final da temporada ainda tenha a
possibilidade de apresentar em praça.
Dia 3 de Maio vai já apresentar-se
este ano no Campo Pequeno. Que
expectativas tem para esta corrida?
Ana Batista: Todas as corridas são
importantes, mas tourear no Campo
Pequeno logo no início da temporada
para além de uma responsabilidade
acrescida é um estímulo enorme.
A ganadaria de São Torcato é uma
ganadaria boa, já me tocaram vários
toiros bons, e espero que o mesmo me
aconteça este ano no Campo Pequeno.
Vontade de triunfar não me falta…
Esta será com certeza uma
“Temporada Grande” para a Ana
Forcado
Roncal
Batista em Portugal. Como se sente
para entrar em força na temporada
de 2012?
Ana Batista: Como atrás referi,
o projecto México foi muito
importante, porque estamos no
início da temporada e o Inverno que
ficou para trás foi completamente
diferente dos que até aqui tinha
vivido. Ter tido a possibilidade de
debutar na Monumental México
deixou-me muito feliz. Tudo isto
dá-me uma motivação enorme para
encarar a temporada de 2012, sempre
com sentido de responsabilidade,
mas ainda com mais vontade de me
superar tarde após tarde.
CB
Reportagem x Vila Franca de Xira

Por: António Lúcio

Fotos: Pedro Batalha

Festival com excelente ambiente na Palha Blanco

Nem as ameaças de chuva, que chegou a cair com fraca intensidade, fizeram arrefecer os aficionados que se des-
locaram em número razoável ao festival que teve lugar neste domingo 1º de abril na centenária “Palha Blanco”
e aqueles que até aí se deslocaram deram por bem empregue o tempo e o dinheiro do bilhete pois o festival teve
momentos de muito interesse e de bom toureio, não faltando algumas pegas de “velhas glórias” vilafranquenses
como Caló ou Rogério Antunes. Triunfou a Festa Brava, uma vez mais!

O
Filipe Gonçalves
algarvio Filipe Gonçalves
abriu praça com uma lide de
muito boa nota, com boa e
criteriosa brega e a mostrar a sua raça
VILA FRANCA DE XIRA
1 de abril de 2012

Cavaleiros: Filipe Gonçalves,
Brito Paes, Paulo Jorge Santos,
Duarte Pinto, Tiago Carreiras e
Marcelo Mendes
Espadas: Nuno Casquinha e
Tiago Santos
Forcados: Vila Franca (antigos e
atuais)
Ganadarias: Santa Maria e
Canas Vigouroux
Rui Graça a emendar António Faria
na forma como deixou os compridos
e na série de curtos, com o primeiro
e o terceiro a serem de muito boa
execução pelos terrenos pisados e
pela forma certeira como cravou.
Finalizou esta sua boa atuação com
um de violino e outro de palmo.
Para a cara deste primeiro toiro foi
o jovem António Faria que não teve
sorte e se lesionou com fratura na
zona do tornozelo, sendo emendado
com uma rija intervenção á 1ª a cargo
de Rui Graça.
Em segundo lugar atuou Brito Paes
que deixou dois compridos e esteve
em bom plano na série de curtos,
entendendo bem o toiro, aguentando
e deixando-o sair em primeiro lugar António Mª Brito Paes

16
 Diogo Pereira a consumar à primeira O inconfundível "Caló"
para as sortes. Uma atuação onde
houve boa brega e com bons ferros,
de um toureiro moralizado e que
soube dar as distâncias adequadas,
rematando a sua atuação com um
bom ferro de palmo.
O forcado Diogo Pereira esteve muito
bem a citar e a recuar para se fechar
com decisão à primeira tentativa.
Paulo Jorge Santos teve por diante
um toiro complicado e mentiroso,
que parecia investir mas que ficava
à espera. Cravou um bom segundo
comprido, entrando bem nos terrenos
do toiro e tentou o êxito que não
surgiu nos curtos. Mostrou decisão
mas faltou concretização ante um
Paulo Jorge Santos Duarte Pinto

A experiência de Vasco Dotti Boa pega de caras de Carlos Telles "Caló"

toiro que não facilitou.
Quem também não facilitou foi o
experiente Vasco Dotti com decisão a
fechar-se ao primeiro intento.
Duarte Pinto cumpriu nos compridos
da ordem e mostrou a sua classe e
sobriedade na execução das sortes
com a ferragem curta. Bons momentos
de brega, o cite clássico de frente a
deixar-se ver e alguns ferros de muito
boa nota, aguentando a viagem do
toiro para o cavalo e quarteando o
suficiente para deixar o ferro.
O veterano Carlos Telles Caló efetuou
uma pega de caras de muita classe ao
primeiro intento.
Tiago Carreiras teve por diante
um excelente toiro e nem sempre
o aproveitou nas suas condições e
vontade de investir. Cumpriu no geral
e deixou o que elegemos como ferro
da tarde: o seu quarto curto, a atacar
de largo e provocar depois a investida
com uma batida ao piton contrário e a
17
deixar um grande ferro.
O também veterano forcado
vilafranquense Rogério Antunes
efetuou bela pega de caras à primeira.
Marcelo Mendes teve uma atuação de
interesse na ferragem curta, com bons
momentos de brega e nos ladeios após
a consumação das sortes. A atravessar
um bom momento, o cavaleiro do
Oeste deixou boa nota nesta sua
passagem por Vila Franca.
Para consumar à primeira a última
 Tiago Carreiras Marcelo Mendes

Bem a pegar à primeira o veterano Rogério Antunes Também à primeira e bem, João Pita

Nuno Casquinha Tiago Santos

pega da tarde esteve João Pita, outro
veterano.
No toureio a pé, e frente a um manso
bruto de Vigouroux, Nuno Casquinha
teve poucas hipóteses de triunfo.
Lanceou com algumas verónicas e com a
muleta tudo tentou para sacar os passes
que o toiro não queria que lhe sacasse.
Uns quantos derechazos a colocar
«carne no assador» e mérito maior para
o jovem matador vilafranquense pelo
seu esforço.
Triunfou no toureio a pé o novilheiro
Tiago Santos. Muito bem de capote
a lancear à verónica, cravaria depois
três grandes pares de bandarilhas e
desenharia uma faena de muleta com
muitos bons muletazos no início pelo
lado direito e mantendo o nível nas que
se seguiram por esse lado. Ao natural
o novilho não queria passar e Tiago
expos-se de novo pelo lado direito em
séries aplaudidas.
Os toiros de Santa Maria, bem
apresentados para um festival, tiveram
nos 6º e 7º da ordem os melhores
exemplares pela sua qualidade,
enquanto que os de Canas Vigouroux
foram cara e coroa: manso e bruto
o saído em 4º lugar e nobre e com
recorrido o quinto da ordem.
Direção acertada de Ricardo Pereira
assessorado por Francisca Claudino.

www.tobrantes.smugmug.com
18
 CB
Reportagem x Tertúlia Tauromáquica a Mexicana

Tertúlia Tauromáquica "A Mexicana"

homenageia António dos Santos Fotos: Fernando Clemente

N
asceu a 14 de setembro de 1929 na
Golegã e chama-se António dos Santos.
Irmão dos então bandarilheiros José
Agostinho dos Santos e Carlos dos Santos, e
primo do também Matador de toiros Manuel
dos Santos, o homenageado deste serão teve
um dos seus momentos aureos no dia 27 de
setembro de 1951 ao sair pela porta grande da
monumental de Madrid.
A descrição da carreira do Matador de Toiros
que cumpre agora 60 anos desde a data da
sua alternativa em Badajoz, esteve a cargo do
Coronel José Henriques.

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CB
Ganadarias x Vaz Monteiro

Por: Sandra Batalha

Ganadaria Vaz Monteiro Fotos: Pedro Cardoso

ORELHA ESQUERDA
S/ Sinal
ORELHA DIREITA
S/ Sinal
SIGLA LIVRO GENEALOGICO
8.AP.069-PRK
DIVISA
Amarela
ANTIGUIDADE
24/06/1843 (Almada)
PROPRIETÁRIO
Rita Vaz Monteiro Leão Cabreira
REPRESENTANTE
Rita Vaz Monteiro Leão Cabreira
EXPLORAÇAO SOLAR DO
EFETIVO
Herdade de São Martinho
MAIORAL
Manuel José Ferreira Lopes
PROCEDÊNCIA
Marquês de Vagos
ENCASTE ATUAL
Vaz Monteiro

ESBOÇO HISTORIOGRÁFICO da ocupação das propriedades do 20 anos alvo de um longo trabalho

A Ganadaria Vaz Monteiro foi
fundada em 1840 por José Vaz
Monteiro com 50 vacas e 1 semental
da Casta Portuguesa de Marquês de
Vagos, tendo a estreia ocorrido no
ano de 1843 na antiga Praça de Toiros
de Almada.
A Ganadaria encontrava-se então
sediada no Concelho de Alenquer,
tendo sido transferida para a
Companhia das Lezírias em virtude
antigo proprietário José Rodrigues
Vaz Monteiro no 25 de abril de 1974.
No ano de 1989 foi a Ganadaria
novamente transferida desta vez para
a Herdade de São Martinho, concelho
de Avis, exploração atual da mesma.
Quando chegou a esta Herdade a
Ganadaria apresentava um estado
deficitário em termos sanitários,
de identificação, morfológicos e
reprodutivos, tendo sido ao longo de
20
de recuperação, encontrando-se
presentemente totalmente recuperada
e melhorada, constituindo um encaste
único e a preservar.
Deslocámo-nos à Herdade de
São Martinho, local onde pasta o
efetivo desta ganadaria e tivemos
oportunidade de entrevistar a sua
atual proprietária, Rita Vaz Monteiro.

Contra Barreira: Herdou a grande
responsabilidade de manter não
só a ganadaria mais antiga de
Portugal, como também o que resta
da Casta Portuguesa. Como encara
esse compromisso?
Rita Vaz Monteiro: Desde criança
que me recordo do carinho e orgulho
com que o meu Avô me dizia: “Isto é
único, só nós é que temos, já vem do
meu Bisavô...”. Aceitei este facto com
orgulho, de termos um Património
Genético que associado ao facto do
Toiro em tipo ser bastante do meu
agrado veio trazer toda a tranquilidade
em toda a responsabilidade inerente.
Contra Barreira: Os toiros de “Vaz
Monteiro” desde sempre foram
conhecidos por serem animais que
transmitem emoção porque de
certa forma, como é hábito dizer-se
na gíria taurina, “apertam com os
toureiros”. Como é que empresários
e os próprios toureiros encaram
atualmente essa caraterística?
Rita Vaz Monteiro: Não vou
esconder: Por vezes não é fácil.
Eu prefiro a expressão “pedem
contas aos toureiros”, não podemos
esquecer a essência da genética - a
sua casta - estamos perante uma
raça com características fenótipas
e comportamentais que são algo
diferentes ao Toiro de Lide atual,
nunca nos podemos esquecer que há
que respeitar e compreender o “Vaz
Monteiro” e nesse campo a minha
postura sempre foi a de respeitar
a raça e dentro dela procurar as
21
características que na minha
pessoa, primeiro como aficionada
e depois como Ganadera procuro
ter na Ganadaria, daí a ligeireza da
responsabilidade foi desde sempre
consumada pelo Tipo da Ganadaria
de que eu gosto e que é a que eu tenho.
É uma Ganadaria com raça, com cara
e que estando geneticamente mais
perto do Toiro primitivo transmite e
impõe a sua vontade e não a vontade
do toureiro. Aí reside a diferença
quanto a mim, e falo como aficionada.
O bom toureiro é aquele que sabe
entender o toiro e sabe compor a lide
levando o toiro onde quer e quando
quer... No toureio a pé esse baile tem
de ser mais harmonioso e requer
sem dúvida maior e outro tipo de

conhecimento técnico a fim de fazer
transparecer (na medida do que o
Toiro deixar, pela nobreza ou não de
carácter) todas as suas características
comportamentais que o ganadero
entende ser como o Toiro ideológico
tipo da sua Ganadaria, não é por
acaso que se diz que o “ Toiro é o
espelho do Ganadero “.
Contra Barreira: Cite-nos alguma(s)
figura(s) do toureio nacional da
atualidade que mais lhe agradem.
Rita Vaz Monteiro: É uma pergunta
de ordem sem dúvida e á qual eu
não gosto de responder... Apenas
porque respeito todos os toureiros
que são merecedores do meu respeito
e não gostaria, de todo, ser mal
interpretada, mas respondo-lhe. Em
parte a pergunta anterior já responde
um pouco a esta questão e por isso
posso afirmar que dos toureiros que
eu tenho visto a lidar o Vaz Monteiro
os que sabem tirar maior partido
com sabedoria da arte da Lide são
o João Salgueiro, o António Telles e
o Rui Salvador. De momento e pela
experiência (note-se) são os que
sabem entender melhor este tipo de
Toiro.
Contra Barreira: Quando um
toiro sai à praça, quais são as
características que considera
fundamentais e que aprecia num
exemplar com o seu ferro?
Rita Vaz Monteiro: O trapio, que é
um conjunto de fatores que não são
descaracterísticos da Ganadaria; a
Raça e Nobreza que são sem dúvida
o ponto mais controverso dessa
22
discussão, pois como já referi, cada
Ganadero tem a sua forma muito
própria de atribuir, na sua ótica, o
conceito da Bravura e da Nobreza.
Contra Barreira: Qual a sua
opinião sobre o maneio dos toiros a
campo, ou, na sua perspetiva, qual
a melhor forma para que os toiros
mantenham o seu estado mais puro?
Rita Vaz Monteiro: Eu só lhe posso
falar do “ Vaz Monteiro “, com toda
a franqueza devo ser a Ganadera
mais inculta em termos de Castas...
Não me levem a mal mas é o Toiro
que eu aprecio, com semelhanças ao
Saltillo e ao Santa Coloma. Desde
o nascimento até á Lide todas as
fases de crescimento são, a meu ver,
bastante importantes quer em termos
reprodutivos, sanitários, condições de
alimentação e o fator “maneio” tem no
Vaz Monteiro responsabilidades em
termos de Suporte e Comportamento
durante a lide. Sou adepta do “estado
puro” como referiu, daí que desde
sempre tenha adotado uma postura
mais “reservada”. O Vaz Monteiro não
gosta de ser incomodado, observado,
têm muito sentido e são no entanto
muito curiosos, é controverso, mas
são assim.
Todos os vitelos são pesados
ao nascimento e, quando são
desmamados, são vacinados e
desparasitados. Depois, dependendo
da condição corporal, são ferrados
com mais ou menos idade e nessa
altura vão todos para a cerca de
destino onde vão ter com os erales ou
utreros ou quatreños, andam sempre
todos juntos em cercas acidentadas
e bastante grandes o que facilita o
desenvolvimento muscular - fator
que eu aprecio - são raramente
incomodados e o Manel – Maioral -
é quem os vigia e os conta e quando
necessário lhes fornece alimento.
Eu, de vez em quando vou vê-los
e faço questão de, desde a barriga
das mães, sempre de lhes falar, para
conhecerem o meu tom de voz, penso
que tranquiliza o efetivo, uma vez
que conhecem o tom da voz e já tive
várias experiências em que eles não
esquecem o tom de quem lhes fala,
não como falo consigo... Um tom
firme e suave ao mesmo tempo, com
expressão, se é que me faço entender. É
um ritual que pratico também depois
quando os fecho para os preparar para
a saída para serem lidados nas praças.
Encerro-os nos currais e com a voz,
e em silêncio, com toda a calma, vou
desparasitando um a um com uma
seringa de garrocha e novamente são
repostos num curral grande até ao dia
em que são embarcados no camião
para a praça de toiros de destino.
Têm pouco contacto humano, não
sou adepta de andar a passear a vê-los
no campo, a partir dos 4 anos é que
eu vou tirando o fenótipo e tomando
notas das suas características, tenho
tudo informatizado e todos os
pormenores de comportamento vou
apontando nas respetivas fichas e
vendo e comparando históricos.
Contra Barreira: E qual a sua
opinião relativamente aos curros de
toiros espanhóis que têm entrado
sucessivamente em Portugal?
Rita Vaz Monteiro: Não tenho
grande opinião para lhe ser sincera,
poderá haver uma Ganadaria que eu
tenha mais interesse de ver, ou um
toureiro que eu aprecie, mas tenho
de ser sincera, temos de aprender a
valorizar e defender o que é nosso, só
assim se poderá defender e manter a
nossa Tradição Cultural, faz parte da
nossa identidade e da nossa história,
da nossa identidade enquanto
Povo Português... Há falta de brio
profissional, de seriedade e de aficion
taurinamente dita e, de uma condição
que é para mim fundamental:
Respeito. Só com bom senso, amor á
arte e entreajuda se poderá defender
a festa.
Contra Barreira: A corrida do
próximo dia 13 de maio nas Caldas
da Rainha será com certeza motivo
de dupla emoção. Em primeiro lugar
porque lida u imponente curro da
sua ganadaria neste dia. Por outro,
porque o evento servirá também
para prestar homenagem póstuma
ao seu avô, Eng.º José Rodrigues Vaz
Monteiro. Que expetativas tem para
este dia?
Rita Vaz Monteiro: Sem dúvida
que para mim será de suma
importância, pois espero da melhor
forma homenagear o homem que
sempre defendeu a conservação
deste património e que tanto orgulho
e carinho tinha pela Ganadaria.
Como aficionada espero que os
toiros providenciem uma lide em
que a verdade do Toiro transpareça
e crie emoções aos espectadores, e,
enquanto Ganadera espero colher
frutos do trabalho que venho
23
desenvolvendo há duas décadas,
obtendo o produto final do Toiro Vaz
Monteiro que eu aprecio, em toda a
sua seriedade.
Contra Barreira: De um modo
geral, como vê a Festa de toiros em
Portugal nos dias de hoje?
Rita Vaz Monteiro: É com tristeza
que vejo a festa sem seriedade e brio e
falta de verdade no sentido da palavra.
Contra Barreira: Enquanto
aficionada, que medidas pensa
serem fundamentais tomar para
defender e dignificar o futuro da
tauromaquia em Portugal?
Rita Vaz Monteiro: Penso que
finalmente temos uma entidade
“Prótoiro” a querer defender, valorizar
e dignificar a festa. Sem dúvida que
sem amor á aficion, esforço, união,
brio e seriedade não se conseguirá
obter resultados frutíferos. Há muito
trabalho a fazer, é URGENTE deixar
os interesses “mundillos” de lado, é
URGENTE mudar MENTALIDADES
e POSTURAS.
CB
Entrevista x Pablo Hermoso de Mendoza
O
Maestro Pablo Hermoso
de Mendoza que tem
conquistado por mérito
muito próprio há várias décadas a
categoria de melhor rejoneador do
mundo, regressa este ano a Lisboa já
no próximo dia 17 de maio.
Quisemos saber como correu a sua
última campanha pelas Américas
e o que sente Pablo ao vir tourear a
Lisboa.

Contra Barreira: Finalizou o ano de
2011 com o resultado de 66 orelhas,
7 rabos e 24 portas grandes. Que
balanço faz desta última temporada?
Pablo Hermoso de Mendoza: Faço
um balanço muito positivo e não
necessariamente pelo número de
troféus ou de portas grandes que
conquistei, que é muito importante,
claro, mas, não é o que mais me
motiva neste momento da minha
carreira. Tive tardes importantes,
como Madrid ou Bilbao onde por
acaso não obtive troféus mas onde
fiquei muito satisfeito com as minhas
atuações. O que procuro é poder
praticar o toureio que sinto e que o
Pablo Hermoso
O Grande Maestro do
Toureio a Cavalo
"O Campo Pequeno
proporciona-me
um sem número de
sensações como não
me acontece em
nenhuma outra praça
do mundo"
público o entenda e disfrute.
Também o fato de poder apresentar
em cada temporada novos cavalos
da minha Coudelaria é uma das
satisfações maiores, e nesta temporada
“romperam” cavalos como o “Villa”,
“Garibaldi”, “Manolete”…
CB: Também na Colômbia e
no México, Pablo Hermoso é
reconhecido como o número um
do toureio a cavalo. Como é fazer
campanha nesses países?
PHM: Na Colômbia foi a primeira
vez que fiz uma campanha extensa e
aqui sim, a estrutura é mais parecida
com a Europa, porque andamos
de feira em feira. Quase todas as
feiras importantes se realizam entre
dezembro e janeiro e assim podemos
assistir a todas em apenas dois meses.
24
Por: Sandra Batalha
Fotos: DR
No México é diferente, porque ali
as feiras são mais distanciadas no
tempo. Aqui a minha temporada
estrutura-se precisamente com base
em mim próprio. Influi também
muito a grande extensão territorial do
México que faz com que as distâncias
entre as cidades sejam enormes. Por
isso, temos que desenhar a temporada
tendo tudo isto em conta e conjugar
as corridas de cada fim-de-semana
para evitar essas distâncias.
CB: Fazer temporada pelas
Américas implica que não tenha
praticamente nenhum tempo para
si, para descansar, para dedicar-se
exclusivamente a treinar cavalos.
Como consegue gerir tudo isto?
PHM: Bem, entre corrida e corrida
também sobra algum tempo para
montar e trabalhar os poldros novos
que levo sempre comigo para o México.
Quando estão mais adiantados, em
algumas ocasiões chegam mesmo a
debutar lá e assim chegam à Europa
muito mais preparados. Neste sentido
vejo de forma muito positiva a estadia
no México nos invernos e de fato
todos os anos os cavalos regressam
em grande forma.
CB: Qual é o segredo para se manter
durante tantos anos como o número
um do toureio equestre mundial?
PHM: Poderia dizer que o segredo é
principalmente o trabalho. Sou uma
pessoa que tenho a sorte de adorar a
minha profissão, não me custa nada
montar a cavalo porque essa é a minha
paixão. Estou todo o dia a montar e
ainda me falta tempo. De qualquer
forma, para trabalhar há uma coisa
fundamental que é a ilusão. Sem
ilusão é muito difícil seguir em frente
e eu sempre disse que abandonarei
a minha profissão no dia em que se
terminar a ilusão. Iludir-me com
um novo poldro, com o aperfeiçoar
de uma sorte com aquele cavalo que
sempre sonhei, com aquela tarde
perfeita que por vezes parece estar tão
próxima mas que sabemos que nunca
chega…
CB: Que sensações lhe trás tourear
no Campo Pequeno em Lisboa?
PHM: O Campo Pequeno
proporciona-me um sem número
de sensações como não me acontece
em nenhuma outra praça do mundo.
Sempre que me apresento lá, vou com
uma responsabilidade única, porque
vou levar o meu toureio ao público
mais entendido do mundo. Aqui não
valem mentiras ou sortes aliviadas,
temos que fazer as coisas como
ditam os cânones. É uma grande
responsabilidade, mas à medida que a
lide avança vai-se convertendo numa não me sinta a gosto. PHM: Não tenho ainda fechados todos
grande satisfação também. Quando CB: Que expetativas tem os contratos para esta temporada na
as coisas saem bem, o prémio do relativamente à temporada de 2012? Europa, mas com certeza que visitarei
aplaudo lisboeta não é equiparável PHM: A minha temporada vai Portugal em mais de uma ocasião.
a nenhum outro aplauso porque ser muito semelhante às dos anos A minha ideia é fazer três ou quatro
sabemos que é de verdade, que é por anteriores. À exceção de Sevilha, festejos por temporada neste país.
algo que lhes tocou bem dentro. porque alarguei a minha temporada CB: Numa época tão controversa
CB: Quais as praças de Toiros onde no México, penso que vou estar em como esta que atravessa a
se sente mais a gosto? todas as feiras importantes da Europa tauromaquia mundial, com
PHM: Como disse uma vez o Maestro e talvez apenas nas praças de terceira ataques constantes por parte dos
“El Viti”, “A praça onde estou mais a o meu número de atuações seja um antitaurinos, que mensagem e que
gosto, é… aquela que está cheia”. pouco mais reduzido, não que eu conselho quer deixar aos aficionados
Fora de brincadeiras, o ambiente do tenha decidido assim, mas porque para que se defenda a festa brava?
Campo Pequeno é inigualável, em esta “maldita” crise está a causar que PHM: Nesse aspeto vejo os
Espanha Sevilha, Pamplona, ainda muitos festejos deixem de se dar em aficionados e mesmo os profissionais
que muito distintas, as duas têm localidades mais pequenas. demasiado tranquilos com este
para mim um grande encanto, quase CB: Além de Lisboa para onde está assunto. Vejo que os antitaurinos se
todas as de França. A verdade é que anunciado para o próximo dia 17 unem, sobretudo através da internet
há muito poucas praças, quase que de maio, podemos contar com mais e os taurinos estão parados, à espera
poderia dizer nenhuma mesmo, onde atuações de Pablo Hermoso em de reações como a da Catalunha para
outras praças de Portugal? depois reagir demasiado tarde.
25
CB
Reportagem x Serpa

Texto e Fotos: Vítor Besugo

Triunfo do toureio
apeado em Serpa
José Luís Pires, conhecido taurino de
Serpa, voltou um ano mais a organizar o
Festival Taurino Misto em Serpa, a favor
dos bombeiros voluntários locais, sem
as enchentes dos outros anos, mas ainda
assim com uma boa casa, com cerca de 1200
bilhetes vendidos.
Matadores sairam em ombros

A
Grupo de Forcados Amadores de Cascais Grupo de Forcados Amadores de Beja
briu a função nesta tarde
primaveril o cavaleiro
António Ribeiro Telles, que
protagonizou uma lide correta, frente
ao maior toiro da tarde, e que era mal
visto, mas ainda assim sem conseguir
chegar com entusiasmo ao público.
Seguiu-se outro veterano, Rui
Salvador, que esteve claramente em
tarde não, com as montadas novas
a não quererem ajudar o cavaleiro
de Tomar. No final em gesto de
humildade não aceitou dar volta.
Salgueiro da Costa veio a Serpa
substituir o seu pai, por este se

SERPA
7 de abril de 2012

Cavaleiros: António Telles, Rui
Salvador, Salgueiro da Costa
e David Gomes
Espadas: Juan Pedro Galan e
Nuno Casquinha
Forcados: Cascais e Beja
Ganadarias: Varela Crujo,
Santa Maria, Ascensão Vaz e
Santiago
António Ribeiro Telles
encontrar lesionado, andou esforçado
mas irregular, sofreu vários toques
fruto de precipitação. No final
também recusou dar volta.
Finalmente, David Gomes, veio a
Serpa à procura de oportunidades, e
mostrou ao que vinha ao ir receber o
novilho à porta dos “sustos”. Chegou
às bancadas e terminou com um par
26
António Mª Brito Paes
de bandarilhas.
O toureio a pé foi o grande triunfador
desta tarde na “Vila Branca”, para isso
muito contribuíram os exemplares
de Varela Crujo e Ascenção Vaz,
lidados dor Juan Pedro Galan e Nuno
Casquinha respetivamente. Ambos
os toureiros estiveram a gosto,
“arrimaram-se” e assim conquistaram
 Rui Salvador
Nuno Casquinha
GFA Cascais - Luís Camões
GFA Beja - Rodrigo Chaves
GFA Cascais - Paulo Loução
o público. No final saíram em ombros!
Quanto aos forcados tiveram uma
tarde sem problemas, onde os forcados
da terra tiveram em destaque, pois das
quatro pegas realizadas só uma não
foi efetuada por um forcado de Serpa.
Assim, por Cascais pegaram Luís
Camões à segunda tentativa, e Paulo
Loução à primeira. Por Beja foram
Mateus Prieto
Preparado para uma
Temporada em Grande
O
jovem cavaleiro praticante
Mateus Prieto tem-se
preparado com muito
empenho para triunfar forte nesta
temporada em que o seu primeiro
compromisso em Portugal está
agendado já para o dia 1 de maio no
Cartaxo.
João Duarte, apoderado do
cavaleiro, tem vindo a desenvolver
um trabalho sério que promete vir
a marcar de forma bastante positiva
esta temporada de Mateus Prieto,
mas, está tudo ainda um pouco
27
Juan Galan
GFA Beja - Francisco Sampaio
solistas Rodrigo Chaves e Francisco
Sampaio ambos à primeira.
Dirigiu a corrida sem qualquer
problema o delegado técnico
tauromáquico Agostinho Borges,
assessorado pelo médico veterinário
Dr. João Infante. Embolação cargo
da equipa de Carlos Simões e José
Alcachão.
guardado no segredo dos deuses.
Para já sabemos que está confirmada
a data de 1 de maio no Cartaxo
e o dia 13 de maio em Salvaterra
de Magos em que Mateus Prieto
enfrentará com toiros da ganadaria
Assunção Coimbra.
CB
Reportagem x Benavente
Passeio da Primavera em Benavente
À semelhança do ano anterior,
realizou-se uma vez mais em
Benavente o apelidado “Passeio da
Primavera” no passado dia 21 de abril
Fotos: Pedro Cardoso
e que contou com um vasto número
de atrelagens e cavaleiros montados.
O organizador, Arquiteto João Pedro
Comissão da Festa da amizade e da
Sardinha Assada, C. Municipal e J.
Freguesia de Benavente, Museu Mu-
Magalhães, contou com o apoio da nicipal, A.N.T.E. e M. N. dos Coches.
28
28
 29
29
CB
Entrevista x David Mora

David Mora Por: Pedro Cardoso

Fotos: Pedro Batalha
Torero de Madrid
Nasceu em Madrid a 5 de fevereiro de 1981, chama-se David Mora e
é Matador de Toiros!
Sem tradições familiares que o ligassem ao mundo dos toiros, apenas
o seu avô Ramón era um homem muito aficionado, David Mora com
apenas 14 anos de idade anunciou a toda a sua família que queria ser
toureiro.
Em 1995 integrou a escola taurina “La Princesa” em Alcorcón tendo
aqui a sua primeira etapa de aprendizagem. Em 1998 entrou para
a escola taurina de Madrid onde se manteve até ao seu debute com
picador em 14 de setembro de 2001 em Móstoles.
Dois anos depois apresentou-se ainda de novilheiro em Las Ventas e
o dia da sua alternativa chegou a 31 de agosto de 2006. Foi na praça de
toiros de Borox (Toledo), teve como seu padrinho o matador de toiros
Enrique Ponce e como testemunha Sebastián Castella, cortando três
orelhas nessa tarde.

Contra Barreira: Que significa para
si tourear em Portugal, em concreto
agora com a sua apresentação em
Lisboa já no próximo dia 3 de maio?
David Mora: É de grande importância
para mim voltar a tourear em
Portugal, desta vez fazendo o meu
debute numa praça tão bonita e de
grande referência para a tauromaquia
como é o Campo Pequeno. Espero
conseguir um triunfo importante!
O meu debute em Portugal foi no ano
passado em Vila Franca de Xira com
uma corrida de Falé Filipe.
CB: Como encara o fato de em
Portugal não ser permitida a sorte
de varas nem a sorte suprema, um
pouco mais complicado, não?
DM: Sim, claro. Como toureiro
parece-me que as corridas ficam
como que incompletas, falta-lhes um
pouco de encanto quando falta a sorte
de varas e a sorte de matar. Mas temos
que nos adaptar às circunstâncias de
cada local, se em Portugal é assim,
pois temos que tourear assim,
desfrutar da mesma forma e tentar
sempre conquistar o público.
CB: Como já fez referência, debutou
no ano passado em Portugal na
praça de toiros Palha Blanco em
Vila Franca de Xira. O que achou da
aficion portuguesa?
DM: É uma aficion muito importante
e que transmite bastante as sensações.
Eu fiquei encantado.
CB: Para o Campo Pequeno, vem
para dar o tudo por tudo e sair pela
porta grande de Lisboa?
DM: Claro que sim, essa é sempre a
nossa ilusão, ainda para mais quando
se trata de uma praça tão importante
como é a o Campo Pequeno.

30
 Marcos Tenório
Arte e Classe!
Fotos Pedro Cardoso

www.marcos-tenorio.com
CB
Reportagem x Monte Velho

Tenta na Ganadaria Brito Paes Por: Fernando Clemente

J
avier Cortez, Manuel Dias Gomes,
José Luís Gonçalves e Américo
Manadas, juntamente com alguns
dos alunos da Academia de Toureio
do Campo Pequeno tentaram na her-
dade do Monte Velho, propriedade da
família Brito Paes.
Houve lugar ainda para que os do-
nos da casa mostrassem os seus do-
tes no toureio a pé, nomeadamente
o ganadeiro Joaquim Brito Paes e os
irmãos António Maria e Luís Brito
Paes que também pegaram (e bem)
na muleta.

32
 Amadores do Barrete Verde de Alcochete treinam
na Ganadaria João Ramalho
Fotos: Pedro Cardoso

O
Grupo de Forcados Amadores do Aposento do
Barrete Verde, comandados por João Salvação,
deslocaram-se até Salvaterra para um treino na
ganadaria de João Ramalho.
Há que manter a boa forma e aperfeiçoar a técnica para
abraçar de corpo e alma, com boa preparação fisica e
psicológica mais uma temporada.
Nascido em terra sobejamente conhecida pela ligação à
figura do forcado amador, Alcochete, o Grupo de Forcados
do Aposento do Barrete Verde foi fundado a 9 agosto de
1965 tendo como cabo fundador o José Luís Rei.

33
CB
Reportagem x Lisboa

Por: Sandra Batalha

Fotos: Pedro Cardoso

No Hay Quinto Malo

Ficou um pouco abaixo das expetativas a corrida

inaugural da temporada lisboeta no passado dia
12 de abril.
Cartel de interesse sobrado, em que a empresa
anunciou três dos cavaleiros considerados
triunfadores da temporada passada, um curro
da ganadaria Palha que há quinze anos não
lidava em Lisboa e dois grupos de forcados
dos de primeira… teve um senão, a meu ver,
Luís Rouxinol aproveitou a bravura do quinto Palha da noite que contribuiu para que apenas perto de ¾ da
bancada ficassem preenchidos, que foi o fato de ter sido transmitida pela RTP o que terá levado a que algumas
pessoas trocassem a cadeira vermelha pelo sofá lá de casa… é mais confortável e sai mais barato!
Em termos artísticos pecou pela falta de interesse, numa corrida que seria de muita emoção, acabou por ser até
um pouco enfadonha e penas a espaços houve momentos que nos reavivaram na memória o porquê de sermos
aficionados.
Apenas como nota final, alertar a Empresa para a precipitação e falta de sentido de oportunidade em anunciar ao
microfone da praça o triunfador da corrida quando ainda falta um cavaleiro tourear. Foi injusto e desmotivante
para com Rui Fernandes… um caso a rever em situações futuras.

João Moura Rui Fernandes

O
curro de Palha estava de uma
forma geral homogéneo em
termos de apresentação, com
peso médio a rondar os 555 quilos,
apesar da disparidade em termos de
ano de nascença (2006, 2007 e 2008).
No que respeita ao desempenho foram
LISBOA
12 de abril de 2012

Cavaleiros: João Moura, Luís
Rouxinol e Rui Fernandes
Forcados: Santarém e Lisboa
Ganadaria: Palha
sérios e não permitiam equívocos.
Uma ressalva especial para o quarto
da ordem que foi manso perdido e
para o quinto que foi o melhor toiro, a
transmitir e a marcar um dos pontos
altos da corrida.
João Moura foi o primeiro a pisar a
arena de Lisboa na primeira corrida
formal inserida no abono de 2012 e,
frente ao primeiro Palha da noite fê-lo
de boa forma, conseguindo uma lide
bem ligada em termos de brega e na
colocação dos ferros da ordem, pese
embora um ou outro toque, já que
o cavaleiro pisou terrenos de maior
compromisso.
A “fava” da corrida tocou-lhe na
segunda lide! O quarto toiro da ordem
era um manso perdido, andarilho,
sem se fixar e sem nunca se entregar,
não deu possibilidade a que o maestro
de Monforte conseguisse construir
faena.
Luís Rouxinol teve duas lides
totalmente distintas. Na primeira não
conseguiu tirar partido do toiro que
teve pela frente, demorou a entender-
se com o Palha que não permitia
falhas e deixou pouco que contar. O
quinto toiro da corrida era um toiro

34
 GFA Santarém - João Brito
GFA Lisboa - Pedro Maria Gomes
Grupo de Forcados Amadores de Santarém
Grupo de Forcados Amadores de Lisboa
de triunfo! Rouxinol recebeu-o com
uma boa sorted e gaiola deixando
desde logo no ar a promessa de
uma boa atuação. E se prometeu…
cumpriu! Atuação muito séria e
GFA Santarém - João T. Vaz Freire
GFA Lisboa - Bernardo Patinhas
sólida de Luís Rouxinol frente ao
“Juanero”, com sortes de verdade, com
grande nível, transmitindo emoção
às bancadas do Campo Pequeno
que tributaram sonantes ovações ao
Faenas Atlânticas
Fotografia Taurina
www.faenas-atlanticas.com/
35
GFA Santarém - João Goes
GFA Lisboa - Pedro Gil
cavaleiro de Pegões, exigindo-lhe no
final as duas voltas ao ruedo.
Rui Fernandes não teve com certeza a
noite que ansiava, já que em nenhuma
das atuações conseguiu entusiasmar
grandemente o público. O primeiro
toiro do seu lote teve melhores
qualidades que o segundo, mas as lides
resultaram semelhantes. Ferros bons
a espaços, isolados, sem conseguir em
nenhum que as atuações resultassem
redondas e de ligação.
Também para os forcados os Palha
não permitiam falhas e os grupos de
Santarém e de Lisboa conseguiram
cumprir com a dura missão de os
pegar.
Por Santarém foram à cara João Brito
à segunda, João Torres Vaz Freire a
consumar uma verdadeiro “pegão”
também à segunda, e, a encerrar por
Santarém com chave de ouro, João
Goes ao primeiro intento!
Por Lisboa abriu praça o cabo, Pedro
Maria Gomes à primeira, Bernardo
Patinhas à terceira e João Lucas a
emendar Pedro Gil que foi desfeiteado
após a sua segunda tentativa.
Dirigiu sem incidentes o Sr. Pedro
Reinhardt com assessoria da
médica veterinária Drª Francisca
Claudino.
CB
Gala de Homenagem ao Forcado em Évora
N
o Passado dia 14 abril a Arena
D´Évora voltou a engalanar-
se para homenagear a Figura
Mítica do Forcado.
Deste feita o evento teve uma
denominação diferente “Gala de
Homenagem ao Forcado” e uma
organização também diferente, mas,
os condimentos principais foram
mantidos, emoção, muita entrega e
uma tarde com muito espetáculo.
Por: António Santos
Foram 38 os Grupos de Forcados que
estiveram presentes, defrontando-se
eliminatória após eliminatória até à
derradeira final, onde curiosamente
acabaram por chegar dois grupos
Alentejanos e representativos do
Concelho, Évora e São Manços, com
a vitória a sorrir para a dupla dos
Amadores de São Manços, Manuel
Vieira e João Fortunato.
Durante a tarde, as bancadas
36
estiveram sempre compostas e com
bom ambiente, já que a apelidada
Catedral do Forcado registou um ano
mais uma boa entrada de público que
foi presenteado com várias animações
entre as diversas eliminatórias do
Concurso de Cernelhas,entre as
quais a atuação da Tuna Eborense -
Seistetos, ou Grupos de Dança.
 24 a 28 de Maio

37
Veja o programa completo em: www.cm-azambuja.pt
CB
Reportagem x Stº António das Areias

Por: Hugo Teixeira

Fotos: Diário Taurino

Lourenço Mourato
deve estar feliz!
Esteja onde estiver, Lourenço Mourato deve estar
feliz com o êxito artístico, ganadero e de público
registado hoje em Santo António das Areias.
Esteja onde estiver, deve estar orgulhoso da
grande homenagem que hoje lhe foi prestada
naquele festival que mais parecia uma corrida
de toiros, graças à excelente apresentação
A homenagem a Lourenço Mourato. Hugo Teixeira no uso da palavra, Abel dos exemplares de Rodolfo André Proença
Correia, José Luís Zambujeira e o filho do homenageado Luís Mourato (Herdeiros), com idade, peso e trapio e, acima de
tudo, a proporcionar o êxito aos artistas. O seu filho Luís marcou presença e, ao longo da tarde foi brindado pelos
artistas que reconheceram desta forma o trabalho de seu pai em prol da festa.

A
João Moura
rtisticamente falando, João
Moura esteve em plano
de maestria, a mexer no
oponente, a bregar só como ele sabe
e a rematar uma boa faena com ferros
de palmo.
Joaquim Bastinhas esteve à Bastinhas!
Alegre e comunicativo, o de Elvas
esteve bem a eleger o caminho para
executar as sortes, fechando a sua
atuação com um grande par de
bandarilhas.
STº ANTÓNIO AREIAS
21 de abril de 2012

Cavaleiros: João Moura,
Joaquim Bastinhas, Tito Semedo,
Bastinhas Jr. e Miguel Moura
Espadas: Luís Procuna
Forcados: Cascais e Portalegre
Ganadaria: Hrds. Rodolfo André
Proença
Joaquim Bastinhas
Tito Semedo, como uma lide de
menos a mais, conquistou o público e
deu a volta ao oponente. Esteve muito
bem! Merece mais oportunidades.
Luís Vital “Procuna” foi a Santo
António das Areias tourear um
“tourão” e afirmar que o toureio a
pé tem lugar nas praças do Alentejo.
Assim as empresas o queiram inserir
nos seus cartéis…
Uma grande actuação, recheada de
bons muletazos, antecedidos por um
tércio de bandarilhas cheio de poder.
No capote também esteve em bom
plano. Triunfou naquela praça onde o
vento não ajudou o matador.
Marcos Bastinhas foi para triunfar e
assim aconteceu. Muito correcto na
cravagem, mexeu com o oponente,
dando espaço nos sites, terminando O quadro entregue a Luís Mourato
a sua actuação com ferros de palmo
um toureio maduro e cavalos que
que chegaram ao público. Mostrou
prometem dar que falar…

38
 Tito Semedo
Marcos Tenório Bastinhas
Cascais, Luís Amador
Portalegre, João Semedo
Para fechar a tarde e em beleza, esteve
em praça Miguel Moura.
O de Monforte esteve valente perante
um toiro sério, com idade. O cavaleiro
Amador não se deixou intimidar,
bregou com qualidade e cravou com
raça. Terminou com palmitos e com o
“número” das mordidelas para gáudio
da aficion.
No campo da forcadagem os
Amadores de Portalegre obtiveram
Cascais, Ventura Doroteia
Portalegre, António Cary
também um grande êxito com duas
pegas ao primeiro intento, através de
João Semedo e António Cary.
Já os Amadores de Cascais pegaram
o primeiro do seu lote à terceira
tentativa, através de Luís Amador,
Ventura de Deroteia à primeira e
Hugo Bilro, que dividiu esta pega
com os Amadores de Portalegre ao
primeiro intento.
Perante ¾ de casa (não via aquela
39
luís Vital "Procuna"
Miguel Moura
Cascais e Portalegre, Hugo Bilro (Cascais)
praça com tanta gente há muitos anos)
dirigiu o festejo Agostinho Borges (4
toiros) e os restantes divididos pelos
novos diretores de corrida, Marco
Gomes e Eduardo Avô, assessorados
pelo veterinário Guilherme Matias.
O cornetim de serviço foi o Nuno
Narciso e a banda de Alcácer do Sal
abrilhantou o festejo.
De parabéns estão também os
novos empresários da praça, José
Luís Zambujeira e Abel Correia que
iniciaram o mandato com um bom
espectáculo.
Um abraço também para a Casa do
Povo de Santo António das Areias,
na pessoa da sua presidente, Cristina
Novo, que lidera uma equipa bastante
aficionada.
CB
Moços de Forcado x Anos de História... Anos de Glória!!!
GRUPO DE FORCADOS
AMADORES DE CALDAS DE
PORTALEGRE
Fundado em 1969
CABOS
José Carrilho Ralo Landeiro
1969
Manuel Maçãs da Silva
1970 a 1971
António Manuel Landeiro
1971 a 1972
Jaime Tavares Pinheiro
1972 a 1976
João Farinha
1976 a 1978
António José Baptista
1978 a 1998
Fernando Coelho
1998 a 2011
Francisco Paralta
Desde 2011
E
m Portalegre, cidade capital
do distrito que tantos e
tão bons forcados deu aos
maiores grupos do País, um grupo
de estudantes do liceu resolveu,
em 1967/8, fundar um Grupo de
Forcados Académicos para atuar na
tradicional garraiada académica bem
como em festivais e novilhadas que se
realizavam na região.
José Casimiro Bezerra, José Carlos
Relvas, Sérgio Umbelino, Jorge
Rebocho Pais, Silvestre Relvas,
Nito Romão, Pedro C.B. Cary, Luís
Leite Rio, Francisco Costa Pinto,
António Ferreira Dias, Rui Ceia,
António Novo da Costa, José Manuel
Videira, Francisco Cardoso, António
Adélio B. Real, Júlio Madeira, Jaime
Tavares Pinheiro, Isaulindo Garcia,
Manuel Maçãs da Silva, entre outros
constituíam o grupo na sua fase
GFA de Portalegre
Um Grupo de Amigos que se dedicam à
Nobre Arte de Pegar Touros.
Fotos: Arquivo GFA Portalegre
José Landeiro Manuel Maças Silva António Landeiro
Jaime Pinheiro António J. Baptista Fernando Coelho
inicial. a que foi a sua farda inicial e que
Foi vontade de alguns elementostanta contestação levantou na altura
deste grupo encarar o início de uma
(Jaqueta de serrobeco castanha
formação capaz de atuar em corridas
com alamares pretos, barrete e cinta
de toiros e ombrear com os poucos
preta), o estreante Grupo de Forcados
grupos de forcados existentes na
Amadores de Portalegre enfrentou 4
altura. toiros, (dois toiros foram lidados em
José Carrilho Ralo Landeiro, pontas) de um curro de 6 pertencentes
estudante em Portalegre (forcado do
ao ganadero Dr. Fernando Sommer
Grupo de Santarém que em virtude
de Andrade, que foram lidados a
de grave colhida tinha abandonado
cavalo por: David Ribeiro Telles, José
as arenas) foi convidado por estes
Maldonado Cortes, Gregório Moreno
elementos para cabo do futuro grupo
Pidal e José Inácio Vargas.
e, contando também com elementos
O Grupo teve a sua “prova de fogo”
da região que saíram de outros no mesmo ano numa corrida em
grupos para pegar no grupo da sua
Alcácer do Sal, em 4 de outubro de
terra, apresentando-se em público no
1972 onde os 'Urquijos'
de João Núncio, grandes (640kg, 560
Francisco Paralta
kg e 620kg) e com 5 anos de idade
dia 25 de maio de 1969. mostraram a vontade do jovem
Na praça de toiros José Elias Grupo. Depois de várias passagens
Martins, em Portalegre, usando pela enfermaria e hospital e o único
40
 Pedro Belacorça

sua melhor forma elementos, sendo muitas as corridas

no referente onde só existiam oito componentes.
a número Por falta de elementos novos
de atuações, em quantidade suficiente e pela
qualidade de conjuntura “revolucionária” (1975,
cartéis e praças. Gonçalvismo) o grupo deixou de
Desloca-se a atuar de forma regular.
Espanha (Valência No ano de 1976 João Farinha reúne
de Alcântara) um grupo de jovens, alguns da
em 15 de agosto antiga formação, mas que pela pouca
de1974 onde experiência dos elementos e por um
pela primeira violento acidente de viação sofrido
pega toiros em pelo cabo tem curta duração, tendo
Formação de António José Baptista
‘pontas’. Momento atuado em poucas corridas.
jantar onde o dono restaurante se representativo António José Baptista tenta em 1978
queixou dos forcados comerem desta fase e da boa forma do Grupo recriar o grupo que atua em algumas
pouco, a crítica reconhece o Grupo foi o troféu Ricardo Rodes Sérgio corridas e novilhadas Aceitando este
de Portalegre como “um conjunto - Joaquim José Capoulas atribuído uma pesada corrida em Portalegre
de rapazes valentes que podem ter ao Grupo numa pega feita por Luís com um curro de D. Luís Passanha
futuro”. leite Rio, em Coruche, a um dos seis por, iniciativa de António Adélio Real
Com a existência da Guerra nas então toiros de Couto de Fornilhos. Pelo e para que os jovens que começavam
províncias ultramarinas no final de seu tamanho e ‘fama’, este curro se salvassem do previsto “arraial”,
1969, o cabo fundador José Landeiro originou um concurso de pegas entre um conjunto de antigos elementos
foi mobilizado para Moçambique seis grupos, dado que, num final de também já retirados, Luís Leite Rio,
tendo sido escolhido Manuel Maçãs temporada (outubro) nenhum grupo Floriano Rita, João Carlos Matos,
da Silva para o substituir, contando quis pegar só ou dividindo com outro (que estando na Bélgica e sabendo
com o auxílio de Rui de Soutto grupo. da corrida se apresentou para fardar),
Barreiros para a condução do grupo. Afinal saíram á praça seis toiros juntamente com alguns forcados da
Pela mesma razão militar, em 1971, a grandes, para a época, com uma formação, e alguns amigos de outros
direção do grupo passa para António média de 580 Kg mas revelando uma grupo ( “Setembreiros” de Montemor)
Manuel Landeiro que, por motivos extraordinária bravura o que permitiu pegam a corrida, saindo e anunciado
pessoais e profissionais em 1972 a todos os grupos excelentes pegas (5 como cabo João Miguel Ex cabo
entrega o grupo a Jaime Tavares á primeira tentativa e uma á segunda) do grupo de Forcados de Lourenço
Pinheiro, que, com o apoio de José tendo o Grupo de Portalegre recebido Marques que se fardou esta única vez
Gueifão Carrilho (antiga glória de o prémio, não só pela prestação do no Grupo de Portalegre
grupo de Santarém) assume a chefia forcado da cara mas também grande Depois desta dura atuação o Grupo
do Grupo até 1975. pela presença, postura e atuação em retoma a chefia anterior de António
Neste período o Grupo de Portalegre praça de todo o Grupo. José Baptista, até que a saída de alguns
muda a jaqueta começando a utilizara Apesar da boa forma e quase desde elementos de mais valor para outros
a tradicional de ramagens com cinta sempre, o grupo não tinha na grupos (Caldas, Évora,) conduz o
vermelha e barrete verde e atinge a sua totalidade ativa mais de doze grupo a uma fase de letargia, (1981-
41
 Formação de Fernando Coelho
Formação de Francisco Paralta no Campo Pequeno
1992) atuando em alguns Festivais na
região e corridas em Póvoa e Meadas
e Cabeço de Vide.
A teimosia de António José Baptista,
junto com a vontade de alguns
jovens estudantes (alguns filhos de
elementos que constituíam em 68 a
raiz do grupo) leva ao reaparecimento
pujante do Grupo de Forcados
Amadores de Portalegre. Atuando em
praças portuguesas, deslocam-se pela
primeira vez a França, a 26 de julho
de 1994 em Gros du Roy.
Em 1998 Fernando Coelho assume
a chefia do Grupo contando com
a maioria da antiga formação e
integrando novos forcados.
Neste ano o grupo foi convidado a
pegar pela 1ª vez na Praça de toiros
do Campo Pequeno, pondo fim a uma
“briga” existente desde o princípio do
grupo, repetindo regularmente desde
então. Numa destas atuações, em 18
de setembro de 1998, quando como
2º ajuda na formação que pegava
um toiro de Brito Pais e na forma
voluntariosa que o caracterizava,
Pedro Belacorça sofre uma grave
perfuração no abdómen, provocada
mais uma vez por uma bandarilha,
vindo em consequência da mesma a
falecer no dia 21 de outubro. Grande
perca para o grupo e para os amigos
de um jovem elemento, com 22 anos,
que muito teria ainda para dar como
homem e como forcado. Fardava-se
no grupo desde 1992, caracterizando-
se pela elegância e mando no cite,
bem como pelo coração e vontade
que demonstrava na cara dos toiros.
Foram-lhe atribuídos vários prémios
em praça e ao longo de sete épocas
pegou toiros de forma que deixa
saudade, sendo este o seu maior
troféu - a memória e exemplo que
deixou.
Em 2009, no dia 14 de março, a
tragédia atinge de novo o grupo
quando, num treino, o jovem forcado
e recém-licenciado, Francisco Matias,
fechado na cabeça de uma vaca,
da, ganadaria de Francisco Romão
Tenório, fugida aos ajudas, embate
na parede do tentadero da aldeia
da Esperança do que resulta um
tremendo traumatismo craniano
que lhe provoca, segundo se pensa,
morte cerebral imediata, vindo
a ser declarado o óbito no dia 16
42
Francisco Matias
no Hospital de S. José em Lisboa
para onde foi transferido no dia do
acidente.
Fazia parte da formação desde 2005
tendo pegado oito toiros de forma
voluntariosa, tentando sempre
uma melhor postura e um melhor
entendimento da arte de pegar. Ouvia
com atenção as conversas, opiniões
e concelhos de forcados antigos ou
mais velhos, mas de forma humilde
e respeitosa, caracterizando a sua
existência por uma constante procura
do conhecimento e da perfeição, ao
mesmo tempo que se disponibilizava
para o serviço e participação na
sociedade. A sua atividade, voluntária
ou profissional, como animador junto
dos jovens, no lar de terceira idade
da sua terra, ou como Bombeiro
Voluntário, granjearam a admiração
de toda uma região demonstrada no
maior funeral que Tolosa, a sua terra,
alguma vez viu.
Apesar dos momentos difíceis
passados pelo grupo, Fernando
Coelho manteve-o em plano de
destaque, passando o grupo a pisar
habitualmente as grandes praças, com
destaque especial para a apresentação
na arena do Campo Pequeno, que o
grupo tem repetindo ano após ano.
A 8 de julho de 2011 deu-se na
Praça de Touros José Elias Martins a
passagem de testemunho de Fernando
Coelho a Francisco Paralta, passando
este a ser o 8º e atual cabo do GFA de
Portalegre.
A madrinha atual do grupo é Nossa
Senhora da Penha e a base de apoio é
a tertúlia do grupo.
CB
Reportagem x Pinto Barreiros

Tenta em Pinto Barreiros Por: Fernando Clemente

O
Sr. Joaquim Alves e o seu
filho, Proprietário das
ganadarias São Torcato e
Pinto Barreiros, realizou ontem
na sua herdade em Montemor-o-
Novo uma tenta em que se lidaram
seis bravas novilhas de excelente
qualidade.
Participaram neste tentadero
o Matador de Toiros Luís Vital
Procuna, os Matadores espanhóis
José Maria Lázaro e Chechu, e ainda
o bandarilheiro Pedro Gonçalves e
alunos da Escola da Moita.

1º Derby do Campeonato Nacional de 2012

R ealizou-se em Benavente no passado dia 21 de abril o Derby de Atrelagem inserido no Campeonato Nacio-
nal de Derbies de 2012, organizado pela. A.P.A.
Esta foi a primeira prova do Campeonato da Região Centro cujos primeiros cinco classificados irão disputar a
final em novembro na Golegã.

43
CB 7ª Fiesta
Matador
E
m 1986, o realizador Pedro
Almodóvar estreia a sua quinta
longa-metragem “Matador”,
filme provocante como viria a ser a
maioria dos seus filmes.
O início de “Matador” é bem chocante,
mostra o ex. toureiro Diego Montes
(Nacho Martinez) estimulando-se
diante da televisão enquanto vê cenas
violentas de filmes em que mulheres
são violadas, torturadas e mortas.
Diego longe da sua mente perturbada
é um toureiro retirado que faz da sua
residência o local para as aulas de
toureio. Entre os seus alunos está o
ingénuo Angel (Antonio Banderas).
Logo nas primeiras lições, Diego
comenta que Angel não tem vocação
para tourear, mas ele decide mostrar
de forma distorcida o que aprendeu,
tentando violentar a sua vizinha Eva
Soler (Eva Cobo) a quem já tinha
observado nua da sua janela. Angel
segue Eva com a intenção de a violar
mas dada a sua inexperiência não
consegue consumar o ato, fato que
a rapariga confirma à polícia. Antes
disso, ele havia pedido à mãe para
levá-lo a um psiquiatra, mas a mãe,
uma típica religiosa conservadora
e membro da Opus Dei, diz-lhe que
o que ele necessita é de um mentor
espiritual. Angel não acredita
naquela solução, e resolve ir à polícia
denunciar o seu crime.
No momento em que Angel denuncia
o seu crime e é comprovada a sua
inexperiência em atos de violência
sexual, mesmo com Eva Soler
confirmando toda a situação, Angel
estranhamente diz-se autor de vários
crimes em série (quatro no total),
entre eles, dois assassinatos de dois
homens que morreram nas mãos de
uma mulher.
A mais preciosa informação taurina!
Para defender Angel é contratada
uma misteriosa advogada, María
Cardenal (Assumpta Serna), que
pretende provar a inocência de Angel.
Mas durante a prisão de Angel, muitas
coisas acontecem lá fora, até mesmo
sua mãe o condena e o entrega aos
juízos de um Deus que o castiga. A
modelo Eva Soler vai viver com o ex
toureiro Diego Montes. Mas ele sente-
se atraído por María, a advogada. Há
cenas interessantíssimas de suspense
em que ele a segue pelas ruas e a
encontra no cinema. Diego descobre
algo ao rever alguns dos seus vídeos
antigos das corridas de toiros que
participava, na plateia da arena
estava María Cardenal. O que lhe
faz confirmar a sua total paixão por
aquela misteriosa mulher.
No desenrolar do filme tudo se
confirma, Diego Montes foi o
assassino de duas ex-alunas e Maria
Cardenal, a tal mulher fatal, que
matava os homens após o coito,como
quem mata toiros. Os dois serial
44
Por: Nuno Soares Dias
killers apaixonam-se numa relação de
alto perigo.
Mas algo surpreendente também
é revelado, Angel é um vidente
e descreve à sua psicóloga Júlia
(Carmen Maura) e ao inspetor
da polícia, o local onde estavam
enterrados os cadáveres das alunas de
Diego. A polícia consegue encontrar
as raparigas mortas no jardim, graças
às pistas de Angel. O inspetor conclui
que quanto mais Ángel confessa
detalhes dos crimes, menos parece
culpado de todos a que foi condenado.
Assim a polícia começa a ter provas
mais consistentes do envolvimento de
Diego e María Cardenal.
Eva ouve a conversa de Maria com
Diego, um diálogo de assassinos que
vivem sem culpa de seus assassinatos.
E cada um explica o porquê de suas
ações assassinas, Diego diz que
mesmo tendo deixado de tourear não
deixou de matar. Pois matar para ele é
o que dá sentido à vida. Já para María
Cardenal ela se tornou uma obsessiva
pelo toureiro desde sua carreira, pois
colecionava tudo dele até mesmo o
seu “traje de luces”,mas como não o
conseguia tê-lo, limitava-se a imitá-
lo, matando homens. Os homens
davam-lhe o prazer necessário e que
eram mortos por ela após a conclusão
do ato sexual.
Sobre este filme Pedro Almodóvar
faz a seguinte comentário: “Os
espanhóis respeitam mais o mundo
da tauromaquia que o da religião, e,
se pudessem escolher, não teriam
santificado o fundador da Opus Dei,
mas um matador.”
Um filme só para adultos onde
Pedro Almodóvar vai procurar na
tauromaquia ritos e imagens para
desenvolver esta trama.
 CB LOJA DO LEITOR
Refª AE 2009 CAVALOS E PÓNEIS
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Estes conjuntos de 9 DVD`s permite rever os 26 programas emitidos tornam este livro numa experiência
em 2009 e em 2010 na RTP 2. São cerca de 11 horas de tauromaquia verdadeiramente emocionante que aborda
onde poderão ser vistas as reportagens das principais corridas da tem- temas como “o que distingue os cavalos
porada e tudo o que diz respeito à festa brava nacional. O cavalo, o dos póneis”, “como funciona a linguagem
toiro a campo, o seu maneio, o toureio a cavalo e a pé, a arte de pegar dos cavalos” e “o que se aprende nas aulas de equitação”.
toiros, as particularidades do espetáculo taurino, as figuras da festa e PVP: 17,50€ + portes 5,00€
outros tantos temas compõem esta vasta obra.
A série de 2011 contempla uma seleção de reportagens das corridas MOMENTOS
mais importantes a que assistimos nesta temporada. Mas o grande Autor: Pedro M. Cardoso
destaque vai para o campo e o toiro de lide. REFª: Livro001
Oportunidade para rever as muitas ganadarias que visitámos este ano Trata-se de um livro de fotografia
e que foram parte significativa da série Arte & Emoção 2011, apresen- taurina que conta com um vasto
tada na RTP 2. número de imagens, mostrando
A edição é composta por 2 dvds, numa só caixa, com a duração de toda a vida do toiro, desde o seu
cerca de 3h 05m. nascimento até à lide em praça.

Refª 3A 2009
19,90€ + 5,00€(portes) Em Nº Pág: 120
oção Formato: 22,00x24,50 cm
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19,90€ + 5,00€(portes) PVP: 20,00€ + portes 5,00€
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ANTÓNIO RIBEIRO TELLES
TRÊS ANDAMENTOS
Autor: António Ribeiro Telles e João
Em 2009 e 2010, a RTP 2 apresen-
Carrinho
tou uma série inédita sobre a temática equestre – Três Andamentos.
Dois DVDs (cada ano), com a duração total de aproximadamente 2h REFª Livro002
30m, integram o conjunto dos cinco programas emitidos e Fotobiografia de António Ribeiro Telles
mostram o que de mais importante se impõe saber sobre o cavalo e que retrata a carreira repleta de sucessos
toda a atividade envolvente. do cavaleiro.
A equitação, o cavalo lusitano e a sua origem, as mais importantes Nº Pág: 144
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Pelo conteúdo, diversidade e riqueza das imagens, trata-se de uma
edição única e indispensável para os verdadeiros apreciadores e para TOURADA
o público em geral. Tradição Portuguesa
Autor: Manuel H. D. Heleno
REFª: Livro004
Trata-se de uma obra em que o
autor pretende manter viva uma
tradição mostrando a evolução da
festa de touros através dos tempos
As Principais Corridas de Toiros e lembrando muitos dos artistas
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Preencha com letra visível, recorte ou fotocopie o cupão e envíe para:
Revista Contra Barreira - Rua Engº Moniz da Maia, Nº114 - 2050-356 Azambuja - Portugal

Nome: __________________________________________________________ Nif: _________________________

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País: _____________________ Telefone: ___________________ E-mail: _________________________________
Desejo receber o(s) seguinte(s) Artigo(s)/ REFª(s) __________________________________________
Formas de Pagamento: ‫‮‬Cheque Nº ___________________________ s/ Banco ___________________________

‫‮‬Transfª Bancária (Bluekangaroo, Unip.Lda.): NIB: 0010 0000 4765 6380 001 2 6
BIC/SWIFT: BBPIPTPL - IBAN: PT50 0010 0000 4765 6380 001 2 6
Depois dos Triunfos
Alcançados em 2011
em Espanha, França,
Portugal, Perú e
Equador

David Mora
regressa a
Portugal D
LISBOA
Apoderad
 ora

Fotos: Pedro Batalha

Dia 3 de Abril
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