2022

2022
Manual Técnico Naval para
Chefes Escoteiros do Mar

EQFOR-GEMAB
EQFOR-GEMAB
86º Grupo
86º Grupo
Escoteiro
Escoteiro
do Mar
doAlmirante
Mar Almirante
Barroso
Barroso
- Bahia
- Bahia
21/4/2022
Módulo Técnico Naval 2
O Papel do Adulto Voluntário
 MTN2 - O PAPEL DO ADULTO VOLUNTÁRIO

INTRODUÇÃO

Para que as atividades do Grupo Escoteiro se realizem, é necessário o

concurso dos líderes adultos que desempenham basicamente duas
funções:

a) Dirigentes;
b) Escotista.

O DIRIGENTE

Dirigentes Institucionais são os adultos responsáveis pela condução da

instituição exercendo funções de membros das Diretorias ou de
Comissões Fiscais e de Ética. O Diretor Presidente, o Diretor Financeiro
e as Comissões Fiscal e de Ética são eleitos para seus cargos pela
Assembleias de Grupo, o Diretor de Métodos Educativos e o Diretor
Náutico são nomeados pelo Diretor Presidente.

O Papel do Dirigente

Cabem aos Dirigentes institucionais as funções que compreendem

atividades que orientam, coordenam e propiciam apoio logístico,
administrativo e financeiro para as atividades compreendidas dentro da
metodologia educacional escoteira, no âmbito de abrangências do Grupo
Escoteiro.

-1- Versão A1

Vejamos exemplos de atividades dos Dirigentes Institucionais:
a) Fixação de metas e objetivos estratégicos;
b) Planejamento Anual do Grupo;
c) Gerência da estrutura da organização;
d) Relações humanas;
e) Condução de reuniões e assembleias de grupo;
f) Gestão de recursos humanos (captação, treinamento);
g) Promoção de campanhas financeiras;
h) Elaboração e implementação de estratégias visando a expansão do
grupo escoteiro.
Perfil e Postura do Dirigente
O perfil e a postura específicos do Dirigente Institucional dependem do
cargo que ocupará e da função que vai exercer. Entretanto, é possível
estabelecer o perfil básico do adulto que necessitamos de acordo com
as expectativas da UEB, como sendo aquele que:
a) Seja reto de caráter, emocionalmente maduro, integrado à
sociedade e capaz de atuar em equipe;
b) Que tem disposição para assumir e enfrentar as tarefas próprias do
seu processo de desenvolvimento pessoal, no que se refere às suas
próprias responsabilidades educativas ou em função da
necessidade de apoiar quem está diretamente envolvido com tais
responsabilidades;
c) Que manifeste uma atitude intelectual suficientemente aberta para
compreender o alcance fundamental das tarefas que se propõe a
desenvolver;
-2-
d) Que possui competência e qualificação requeridas pela função que
se propõe a exercer, ou que se comprometa a desenvolver oprocesso
de formação necessário a obtê-las;
e) Que está comprometido com o aprimoramento contínuo dos
conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho
de suas funções na UEB;
f) Que demonstra adesão às normas da UEB, aceitando-as e
incorporando-as à sua conduta;
g) Que é capaz de contribuir para a consecução do Propósito
Escoteiro, observando e fazendo observar os nossos princípios e
aplicando o Método Escoteiro no desenvolvimento das atividades
em que se verá envolvido;
h) Que tem idade, saúde e tempo suficiente para desincumbir-se com
eficiência das responsabilidades que lhe serão confiadas.
O Dirigente como educador
O Escotismo é um Movimento de fundo educacional e o Dirigente
Institucional também tem um papel de educador, que pode ser direto
ou indireto.
No primeiro caso, ele age de forma direta ao atuar como Assessor
Pessoal de Formação de outros Dirigentes e Escotistas.
No segundo caso, ao indicar, enquanto membro de uma diretoria,
Assessores Pessoais para Escotistas ou Dirigentes.
Deve-se lembrar que na atuação como Dirigente Institucional no nível
local (Grupo Escoteiro) ele é responsável pelo recrutamento, seleção
e capacitação de recursos humanos, devendo, em tais oportunidades
atuar como educador através do seu exemplo pessoal.
Versão A1
O ESCOTISTA
Escotistas são os adultos responsáveis pelo desenvolvimento e pela
aplicação do programa de Jovens aos membros juvenis; ou seja, os
Chefes de Seção e seus Assistentes. Eles são designados para suas
funções pela Diretoria do Grupo.
O Perfil do Escotista:
Para ser um Escotista não é necessário ser um super-homem ou um sabe-
tudo. Segundo Baden-Powell, os requisitos para ser um Escotista, são:
Mentalidade Jovial
a) O adulto deverá ter uma mentalidade jovial e saber colocar-se num
nível adequado aos jovens;
b) O Escotista não deve agir como um professor, nem como um
comandante militar, nem como um líder religioso, nem como um
instrutor;
c) É necessária a aptidão, o gosto para a vida ao ar livre, para participar
das ambições da juventude e para encontrar outras pessoas que o
ajudem com as técnicas que não conheça.
d) Como um verdadeiro irmão mais velho o Escotista deve entender as
tradições Escoteiras e fazê-las respeitar, mesmo que isso exija
firmeza.
Compreender os Jovens
O Escotista deverá compreender as necessidades, aspirações e desejos
correspondentes às diversas idades dos jovens.
-3-
Orientar Individualmente os Jovens:
Este é um dos pontos do Método Escoteiro. Aqui, o Escotista deverá
explorar o íntimo de cada jovem, descobrir sua personalidade para então
encontrar e desenvolver o que há de bom, deixando o ruim de lado.
Assim, o Escotista deverá ocupar-se mais de cada um individualmente
do que do conjunto.
Desenvolver o Espírito de Grupo:
O Sistema de Patrulhas e a vida em equipe, outro ponto do Método
Escoteiro, leva cada um a receber uma parcela de responsabilidade
pelos resultados da sua Patrulha. Empregando o Sistema, o Chefe
poderá transmitir não somente instrução, mas também conhecer cada
um dos jovens.
As Funções do Escotista:
As funções do Escotista são:
a) Estabelecer o planejamento e a programação da sua seção;
b) Zelar pela observação dos Princípios Escoteiros, Método e
Programa;
c) Treinar e dar responsabilidade aos seus Assistentes;
d) Manter contato periódico com os pais;
e) Participar ativamente das reuniões do Conselho de Chefes do
Grupo;
f) Zelar pelo material da sua Seção;
g) Manter a diretoria do Grupo informada a respeito das atividades,
acontecimentos, progressos, necessidades e dificuldades da seção;
h) Manter-se em permanente capacitação.
Versão A1
O Escotista como educador:

O jovem presta a sua Promessa ao Escotista, que o ajudou a entender

o significado do que ele está fazendo. O Escotista torna-se então o
parceiro do jovem em ajudá-lo a manter sua Promessa e a guiá-lo e
encorajá-lo no seu esforço para viver de acordo com os ideais
escoteiros. Quando um jovem, por sua própria iniciativa, realiza uma boa
ação ou algo meritório a palavra de incentivo contribuirá para o seu maior
aperfeiçoamento.

O jovem prometeu fazer o seu melhor possível. O Escotista deve

lembrar-se de que cada um tem o seu melhor possível e deve criar
oportunidades para que cada jovem desenvolva e aperfeiçoe seu
entendimento da Promessa e da Lei, isto depende, obviamente, da idade
e da compreensão de cada um.

Baden-Powell disse que a coisa mais importante é o exemplo pessoal

do chefe, pois os jovens farão o que ele faz.

É fácil que o jovem veja no Escotista o herói, o irmão mais velho. Assim,
o Escotista assume uma grande responsabilidade, pois os jovens o
imitarão, seus modos serão os dele. Suas atitudes corteses, suas
bruscas irritações, sua radiante felicidade, seu arrebatamento, seu
autocontrole, sua disciplina, sua maneira de enfrentar as dificuldades,
suas pequenas quebras de padrões morais, etc., serão observados e
seguidos.

Portanto, para induzi-los a cumprir a Lei Escoteira e tudo que nela

repousa o Escotista deve, ele próprio, cumprir escrupulosamente seus
preceitos em cada detalhe da vida cotidiana.

-4- Versão A1