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PROJETO INTERDISCIPLINAR ANIVERSARIO DA CIDADE

O bicho da fortaleza é a lenda de um monstro que aterroriza as crianças do Vale do


Jequitinhonha e de boa parte das regiões vizinhas, em Minas Gerais e na Bahia, é o
Bicho da Carneira, também chamado de Bicho da Fortaleza, Bicho de Pedra Azul,
Bicho da Rodagem e Lanudo. Esse monstro da mitologia popular assume diferentes
formas. A mais frequente é a de um cachorro preto e grande que aparece ao
entardecer ou depois que a noite cai. Também é descrito como a figura de um
lobisomem ou animal peludo desconhecido na nossa fauna – o Lanudo –, ou um
homem sedutor, ou um personagem misterioso que traja capa escura e aparece nas
noites sem lua, ou ainda como uma pessoa comum.

Joaquim Antunes de Oliveira, político e fazendeiro, considerado pessoa letrada


veio da cidade de Gorutuba/MG, atual Janaúba, a convite de seu primo e
cunhado, Quintiliano Antunes de Oliveira por volta dos anos de 1860 e se
estabeleceu no Arraial de Nossa Senhora da Boca da Caatinga.

Joaquim Antunes que era descendentes de cristãos-novos (denominação dada


aos judeus recém convertidos ao cristianismo em contraposição aos cristãos-
velhos), durante uma visita de uma comissão de padres jesuítas na década de
1890, teria invadido a igreja durante uma missa realizada pelos padres sendo
por esse motivo excomungado.

Por volta do ano 1900, foi vitimado por uma doença desconhecida que o deixou
paralisado e afastado do convívio social o que fez com que a população se
lembrasse do episódio ocorrido na igreja.

Joaquim Antunes tinha a obrigação de cuidar de todo um rebanho em sua


fazenda usando uma mula para o trabalho. Certo dia a mula após todo um dia
de trabalho estava muito cansada, porém mesmo assim Joaquim insistiu em
selar o animal para ir passear. Sua mãe revoltada com a atitude tirou a sela da
mula e tocou o animal para o curral. Joaquim então ficou furioso e xingou a
mãe. Como se na bastasse ele selou a própria mãe e foi montado nela até a
cidade, batendo muito na pobre senhora, então a sua mãe o jogou uma praga.
Um tempo depois Joaquim morreu, porém sua mãe continuou viva. Mas certo
dia quando o caixão foi aberto notou-se uma pelugem sobre os ossos como só
um animal teria. E desde então diz a lenda que o Bicho de Pedra Azul sai do
caixão para assustar as pessoas e arrancar a cabeças de cachorros rua afora,
para tentar se livrar um pouco da raiva que passa

A lenda diz respeito ao costume que os antigos faziam em tempos de


quaresma, pois o povo do povoado de Fortaleza deixava pequenos animais
como galinhas, porcos e novilhos amarrados próximos às cancelas afim de que
o bicho devorasse os animais[5], mas não adentrasse em suas casas.. [3]

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