Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
John Constable
escrito por
Carolina C. Agnelli Pansera
&
Bruna Morselli
2022
K ;A< J
Conteúdo
OBRAS 8
Biografia 19
Comentários 21
3 Comentário da obra “quatro”: Mar Bravo 21
4 Comentário da obra “cinco”: A Carroça de Feno (detalhe) 22
5 Comentário da obra “sete”: Catedral de Salisbúria Vista dos Prados 23
6 Comentário da obra “dez”: Construção de barco perto do Moinho de Flatford 24
Atividades Práticas 26
7 Nível Fácil (4-6 anos) 26
7.1 Desenhando a paisagem do quintal ou da janela 26
7.2 Desenho esquemático de uma flor (ou flores de todos os tipos) 27
7.3 Textura com diferentes folhas 28
7.4 Desenho de observação de uma(s) planta(s) 29
7.5 Desenho imaginativo: um lugar onde gostaria de estar 30
8 Nível Intermediário (6-9 anos) 30
8.1 Desenhando a paisagem do quintal ou da janela 30
8.2 Desenho esquemático de uma flor 32
K ;A< J
8.3 Textura com diferentes folhas 33
8.4 Desenho de observação de uma(s) planta(s) 34
8.5 Desenho imaginativo: um lugar onde gostaria de estar 35
9 Nível Avançado (9-12 anos) 35
9.1 Desenhando a paisagem do quintal ou da janela 35
9.2 Desenho esquemático de uma flor 37
9.3 Textura com diferentes folhas 39
9.4 Desendo de obersevação de uma(s) planta(s) 39
9.5 Imaginando uma paisagem 41
Técnicas de Desenho 42
10 Nível Fácil (4-6 anos) 42
10.1 Conhecendo seu material: lápis grafite e lápis de cor 42
10.2 Desenhando linhas retas 43
10.3 Desenhando formas com linhas retas 44
10.4 Desenhando linhas curvas 45
10.5 Desenhando formas com linhas curvas 45
11 Nível Intermediário (6-9 anos) 46
11.1 Conhecendo seu material: lápis grafite e lápis de cor 46
11.2 Escala tonal com lápis de cor 48
11.3 Escala tonal com lápis grafite 49
11.4 Treino com escala tonal 50
11.5 Mistura de cores 51
12 Nível avançado (9-12 anos) 52
12.1 Conhecendo seu material: lápis grafite e lápis de cor 52
12.2 Escala tonal com lápis de cor 53
12.3 Escala tonal com grafite 54
12.4 Treino com escala tonal 55
12.5 Tabela de misturas de cores 56
ii
K ;A< J
1. Instruções gerais
Os catálogos foram criados com o intuito de que a criança pudesse desenvolver sua percep-
ção visual para o belo por meio da apreciação das artes plásticas (pintura e escultura), educando
o olhar para que fique cada vez mais aguçado para captar elementos de harmonia, proporção,
multiplicidade e unidade, texturas, entendimento simples de narrativa, distinção de elementos
etc. Além disso, fizemos uma parte prática ao final de cada catálogo, a qual por meio de técnicas
artísticas e atividades direcionadas a criança poderá se aprofundar nos estudos de artes. Tudo
isso ainda pode ser acompanhado das atividades da apostila (vendidas à parte e disponíveis
em nosso site), uma parte mais lúdica que mescla ludicidade, teoria e criatividade. Sempre que
nos referimos à apostila aqui nas instruções, é a essa apostila à parte que nos referimos.
Cada catálogo foi pensado para ser trabalhado semestralmente, contamos cinco meses para
um semestre, assim existe o tempo devido de férias. Um catálogo conta com dez obras do
mesmo artista, período ou tema, para ser trabalhadas apenas duas a cada quatro semanas,
assim há um aproveitamento mais profundo de cada autor ou tema, sem sobrecarregar os pais
e a criança.
O intuito é trabalhar apenas uma obra por semana, uma na primeira semana do mês, outra
na segunda semana do mês. Na terceira semana, se trabalhará com a criança a biografia do
autor/reflexão do tema central (quando o catálogo não for de um artista, mas, sim, de um tema
específico) ou comentário de obra, dependendo do mês do semestre. Já na quarta semana do
mês, a criança irá fazer uma atividade prática sugerida em “Atividades Práticas” e “Técnicas de
Desenho” aqui no catálogo. No início do próximo mês, repete-se o ciclo, mudando as obras
trabalhadas para outras que se encontram dentro do catálogo também.
Aqui daremos algumas sugestões para a impressão do catálogo.
O modo ideal é imprimir todo o catálogo em tamanho A3 ou A4, encadernando-o. Ou
ainda, imprimir somente as páginas com as obras em tamanho A3 ou A4, separadas, e utilizar
o restante do catálogo no celular ou no computador, caso não se queira imprimir tudo. O
catálogo inteiro ou as páginas com as obras podem ser impressos em um papel de maior
gramatura para ter uma qualidade mais elevada, tanto um papel sulfite ou couchê (entre 170g
K ;A< J
e 300g). Caso queira imprimir somente as obras em papel de gramatura mais elevada dentro
da encadernação, basta avisar o atendente da gráfica para imprimir tais e tais páginas no
papel escolhido e as outras em sulfite comum, depois encadernar tudo junto. Esses modos
de impressão se encontram disponíveis em qualquer gráfica. Caso não haja possibilidade de
imprimir de modo algum, pode-se usar uma tela (de computador ou TV) para contemplar a
imagem, mas essa é a forma que está mais longe do ideal.
Para as atividades práticas, deixamos abaixo sugestões de materiais a serem usados para
maior aproveitamento:
• Borracha;
• Caderno de desenho. Nesse caderno serão feitas e registradas todas as atividades con-
duzidas pelo catálogo;
• Aquarela escolar;
• Papel para aquarela (pode ser Montval, mais básico.) Sempre que a atividade pedir o
uso da aquarela, deve ser usado esse papel. Se não houver disponível, pode ser usado
o papel Canson para desenho. As atividades em aquarela nunca devem ser feitas em
papel sulfite normal, pois ele não é capaz de receber água, gerando um resultado que
pode ser frustrante para a criança;
Vale lembrar que um catálogo serve para estudo com todos os filhos, independen-
temente da idade, portanto se você tem dois filhos ou mais, pode imprimir apenas um
catálogo e usar o mesmo durante todo o semestre para todas as crianças. Já as apostilas
são um complemento por idade, e devem respeitar a faixa etária, ao passo que se usa
o mesmo catálogo com todos os irmãos. Um catálogo tem atividades para um semestre
inteiro, a apostila tem atividades para um ano inteiro.
K ;A< J
1.1 Ilustração simples da estrutura semanal
Semana
Semana “um” Semana “dois” Semana “três”
“quatro”
Compreensão
de biografia do
Apreciação Apreciação ar-
autor ou tema
artística gui- tística guiada Um exer-
do catálogo ou
ada pelos pais pelos pais com cício de
compreensão
com obra “um” obra “dois” Técnicas de
de comentário
do catálogo + do catálogo + Desenho
de obra + um
Tema da exercício da exercício da de acordo
exercício de
aula apostila por apostila por com a idade
Atividades
idade (vide idade (vide da criança,
Práticas de
indicações indicações vide su-
acordo com
da apostila da apostila mário do
a idade da
para estrutura para estrutura catálogo
criança, vide
semanal) semanal)
sumário do
catálogo
Tempo 20 a 60 minu- 20 a 60 minu- 20 a 60 minu- 20 a 60 mi-
(tarefa) tos tos tos nutos
Como funciona a apreciação artística da semana “um” e “dois”? É o que veremos a seguir.
2. Apreciação artística
O método se dá da seguinte forma:
II. Os pais orientarão a criança a olhar a imagem e fechar os olhos, até que com olhos
fechados ela consiga ver aquela imagem em sua imaginação. Deixe a criança tomar
quanto tempo for necessário, guardando as devidas proporções. O ato de olhar e fechar
os olhos pode ser repetido diversas vezes, até a criança conseguir visualizar bem a imagem
em sua imaginação. Faça uma indicação à criança como: olhe a imagem e feche os olhos,
tente replicá-la em sua cabeça, seus traços, formas, cores, detalhes.
III. Agora, sem olhar a imagem, peça para a criança descrever a obra para você. Pode-se
começar com o tema da obra: é um quadro sobre o quê? E depois discorrer sobre os
detalhes. Se você tiver mais de um filho, peça para cada um descrever uma parte da
K ;A< J
imagem, exemplo: um descreverá o lado direito do quadro, outro o centro, outro o lado
esquerdo. Caso fique confuso assim, cada um pode descrever a imagem como um todo
com suas próprias palavras, fazendo o trato de descrever sempre algo a mais que os
anteriores não descreveram.
IV. Após terminar a descrição, mostre a imagem novamente para clarear a memória e
perceber o que se notou de correto e de errado no exercício de percepção. Descreva
para a criança detalhes da imagem que ela não percebeu. Depois, pergunte a ela quais
mais detalhes ela percebe na obra além dos citados.
K ;A< J
Terça-feira (dia do Semana da apostila
Tema da aula
mês) (1, 2, 3 ou 4)
Apreciação artística guiada
pelos pais com obra “um”
do catálogo + exercício da
03 de maio de 2022 Semana “um” apostila por idade (vide in-
dicações da apostila para
estrutura semanal)
Apreciação artística guiada
pelos pais com obra “dois”
do catálogo + exercício da
10 de maio de 2022 Semana “dois” apostila por idade (vide in-
dicações da apostila para
estrutura semanal)
Compreensão de biografia
do autor ou tema do catá-
logo OU de comentário de
17 de maio de 2022 Semana “três” obra + um exercício de Ati-
vidades Práticas de acordo
com a idade da criança,
vide sumário do catálogo 1
Um exercício de Técnicas
de Desenho de acordo com
24 de maio de 2022 Semana “quatro” a idade da criança, vide su-
mário do catálogo
Como em maio o
mês dá mais de Exercícios da apostila por
quatro semanas, idade (vide indicações na
31 de maio de 2022 aqui contaria como apostila), ela foi pensada
semana “cinco” que para cobrir os dias em que
não está presente o mês tem cinco semanas
em todos os meses
Para os exercícios práticos de técnicas de desenho e pintura recomendamos que os pais
leiam as instruções de desenho com/para a criança caso ela não saiba ler, e a oriente na prática
de acordo com as informações contidas nos exercícios. Se já sabe ler, pode conduzir esses
estudos e prática por conta própria, porém é importante que os pais estejam presentes ao
menos para ver os resultados e se está acontecendo um avanço no desenho ou pintura da
criança, ou seja, se ela está absorvendo bem o conteúdo e conseguindo colocar em prática, isso
se irá perceber comparando as indicações do exercício com aquilo que a criança conseguiu
1
Se em maio, por exemplo, foi usada para compreensão a biografia do autor ou aprofundamento no tema, a depender do
catálogo se por tema ou autor, no próximo mês, no nosso exemplo junho, seria usado então um comentário de obra para a semana
“três”, e assim novamente um comentário de obra por mês até o término do catálogo. Também em junho, nas duas primeiras
semanas do mês se usariam então as obras “três” e “quatro” do catálogo, para dar continuidade à ordem. Essa é nossa sugestão,
mas os pais se sintam livres para trabalharem como ficar mais apropriado à cada família.
5
K ;A< J
fazer naquela lição. Ela evoluiu na prática das técnicas? Conseguiu fazer um desenho ou pintura
de acordo com as indicações dadas no exercício? Tudo isso deve ser analisado por aquele que
está orientando a criança.
Aqui terminam nossas instruções gerais, e só podemos desejar que essas atividades sejam
de grande proveito para a educação da percepção de toda a família.
K ;A< J
K ;A< J
OBRAS
K ;A< J
1816
John Constable
National Gallery, Londres
Óleo sobre tela
1.
K ;A< J
John Constable
Coleção Privada
Óleo sobre tela
c. 1818
Eclusa e Moinho em Dedham
2.
10
K ;A< J
3.
John Constable
Moinho FlatFord (detalhe)
1817
Óleo sobre tela
Galeria do Tate, Londres
11
K ;A< J
John Constable
Museu de Victoria e Albert, Londres
Óleo em papel, sobreposto em tela
c. 1824
Mar Bravo
4.
12
K ;A< J
5.
John Constable
A Carroça de Feno (detalhe)
1821
Óleo sobre tela
National Gallery, Londres
13
K ;A< J
6.
John Constable
A Eclusa
1824
Óleo sobre tela
Museu Thyssen-Bornemisza, Madri
14
K ;A< J
1831
John Constable
National Gallery, Londres
Óleo sobre tela
7.
15
K ;A< J
1826
John Constable
Museu Fitzwilliam, Universidade de Cambridge
Óleo sobre tela
8.
16
K ;A< J
9.
John Constable
Casa de Campo em Milharal
1817
Óleo sobre tela
Museu Nacional de Cardiff, Reino Unido
17
18
10.
John Constable
Construção de barco perto do Moinho de Flatford
1815
Óleo sobre tela
Museu de Victoria e Albert, Londres
OBRAS
K
Biografia
K ;A< J
Biografia
John Constable era um apaixonado pela vida no campo. O que mais lhe dava prazer era
caminhar longas horas em meio à natureza, percebendo toda sua beleza e laboriosidade. Foi
essa sensação de paz e de conforto vinda do ambiente campestre que inspirou John a iniciar
seus desenhos, ainda muito jovenzinho. Ele adorava desenhar árvores, frutos, animais, rios e
flores. Tudo isso fazia em sua cidade natal, Suffock, na qual nascera em 1776, na Inglaterra:
um país que fica distante de nós, a mais ou menos doze horas de distância do Brasil, de avião!
De navio, então, nem se fale... são muitos dias, em torno de quarenta a sessenta dias de viagem.
O jovem artista tinha um grande desejo em seu coração: o de estudar e se tornar um
profissional no ramo das artes, em especial da pintura. Um dia, John perguntou ao seu pai se
poderia viver da pintura, e seu pai lhe respondeu:
– De forma alguma, rapaz! Seu destino é trabalhar em nossa empresa familiar, aqui em
nossa cidadezinha natal. Não permito que vá pelo mundo a estudar artes...
Foram dias difíceis para o pobre John, porém mostrava grande interesse por pintar e
crescia maravilhosamente em suas técnicas artísticas, tanto que chegou a ser elogiado por
colecionadores de arte antes mesmo de estudar e se tornar um profissional. Com todo esse
19
K ;A< J
cenário, seu pai se convenceu em deixar o garoto partir para a Academia Real de Artes, na cidade
grande e industrial de Londres, na Inglaterra, e se tornar um pintor profissional. John Constable
foi um notável estudante entre seus colegas de turma, seu trabalho teve muito reconhecimento
dentro da Academia, e ao se formar já tinha fama entre os conhecedores de arte da Inglaterra.
Apesar de toda vida de honrarias que estava levando na cidade grande, John tinha o senti-
mento de sua época, época que ficou conhecida com o nome Romantismo. Nesse período, os
homens intelectuais e de cultura erudita nas grandes cidades começaram a perceber que eram
mais felizes em meio à natureza, cultivando a terra, contemplando as paisagens e levando uma
vida simples, resumindo, a vida no campo! E assim, o nosso artista retorna à sua cidade natal,
e vive tranquilamente ali pelo resto de sua vida, pintando as paisagens de Suffock e sendo
reconhecido no país inteiro já em vida como um grande pintor.
1. Nessa biografia, existe alguma palavra que você não tenha entendido o significado? Se
necessário, leia novamente, e com a ajuda de seus pais ou professor identifique quais
palavras não entende o significado. Depois procure o significado de cada uma em um
dicionário, ou ouça a explicação de alguém que sabe o que a palavra significa (pais ou
professor.)
20
K ;A< J
Comentários
Estar em frente a um mar bravo para John Constable certamente não era agradável. O
artista constrói a narrativa do quadro através de suas cores mais escuras e pinceladas sem
precisão. Se repararmos bem, os elementos do quadro parecem borrões, não existe um início
e um fim demarcado, são como borrões do pincel do artista. Com essa imprecisão nas formas,
nos sentimos como se observando as coisas de dentro de uma neblina. É assim que John
Constable passa a sensação de confusão que é estar perante um mar bravo.
21
K ;A< J
2. Se você fosse o homem no quadro, ficaria observando o mar e pensando na vida ou
preferiria ir logo embora para casa?
3. Narre brevemente como o artista constrói a sensação de confusão em seu quadro Mar
Bravo.
2. Existe algum personagem dentro dele que você não tenha entendido o que está fazendo?
Olhe bem e tente imaginar o que ele poderia estar fazendo.
Há muito movimento nesse quadro, pois todos os personagens estão em meio a um mo-
vimento: o cachorro, a senhora ao lado esquerdo, e os que estão na carroça ao lado direito.
Porém é uma movimentação sutil, não há movimentos bruscos nem mesmo dos cavalos que
são animais mais brutos. Essa delicadeza nas movimentações passa a sensação de tranquilidade
que é estar em meio a vida comum no campo, num dia de trabalho normal.
A cor predominante do quadro é a cor verde, trazendo ainda mais a sensação de como é
estar cercado pela natureza. O verde está por toda parte, mesmo nas cores que não são verdes,
são esverdeadas, menos no céu.
1. Você já foi a alguma casa que seja no campo? Como se sentiu em meio a natureza?
Calmo, tranquilo e pensativo? Ou agitado e tenso?
2. Qual paisagem cercada pela natureza você conhece? Cite alguma cidade, parque ou lugar
em que esteve e observou ter muito verde e natureza.
22
K ;A< J
3. Em uma cidade grande, numa avenida principal, como seriam os movimentos das pessoas
e dos automóveis? Bruscos ou tranquilos?
4. Você se lembra de ter estado em uma rua muito movimentada? Qual é a sensação?
1. Essa obra pode ser dividida entre lado direito e lado esquerdo, pois cada um sugere algo
diferente acontecendo. Você consegue perceber quais diferenças em cada lado?
5. Em qual dos lados o céu se parece mais com um céu em um dia de sol?
6. Você sabe dizer em quais circunstância um arco-íris aparece no céu? Se lembra de ter
visto um alguma vez? Era um dia chuvoso ou ensolarado?
7. Você consegue chegar a alguma conclusão do que pode ter acontecido momentos antes
dessa cena?
O céu nesse quadro tem grande importância, pois sugere que uma chuva acabou de
acontecer na cena. As nuvens negras, se dissipando, enquanto nuvens mais claras tomam o
céu, ao mesmo que temos a presença de um arco-íris, os arco-íris são um fenômeno físico
que acontecem com a reflexão da luz, gerando cores variadas num semicírculo. Geralmente os
arco-íris no céu aparecem após uma chuva, por conta da presença de água. Isso também faz
indicar que uma chuva acabou de passar.
O lado esquerdo do quadro tem cores lúgubres, escuras, com predominância do verde
escuro, do marrom, do cinza... Isso traz uma sensação mais sombria, o mesmo que acontece
quando estamos em meio a uma tempestade, e o solo fica muito molhado e escuro, como
as plantas. Os traços do artista para o solo, no quadro ao lado esquerdo, também são mais
23
K ;A< J
imprecisos do que o solo ao lado direito, de onde vem mais luz e o céu está abrindo, indicando
que o lado esquerdo da cena ainda está se recuperando da chuva, enquanto do lado direito o
calor e a luz já tomam conta, o artista usa então cores mais claras e quentes do lado direito do
quadro. Tudo isso traz grande sensação de vida, de movimento para a obra, tornando-a muito
interessante ao espectador.
1. Narre com suas palavras o que você entendeu que acabou de acontecer no quadro, e
mostre os elementos que indicam isso.
1. Identifique os personagens do quadro. O que cada um deles está fazendo? Analise bem
a figura e tente perceber.
3. Quais elementos te chamaram atenção para chegar a essa conclusão? (Referente a per-
gunta “dois”.)
4. O tema central do quadro é a construção de barcos. Você havia percebido? Se não havia
percebido, consegue perceber agora? Quais elementos indicam que há um barco sendo
construído? Indique na imagem.
Nessa obra, John Constable retrata o trabalho dos construtores de barco na sua cidade.
Como se pode ver, não era uma construtora de grandes proporções, mas local, uma vez que
todo trabalho é feito à mão, por homens, usando instrumentos simples e de manufatura, como
os que aparecem no solo em volta dos trabalhadores. Vemos três processos da construção de
um barco: o preparo da madeira pelo personagem da esquerda, que molda cada pedaço de
madeira à maneira correta para o barco. Depois, ao centro, o construtor está propriamente
formando o barco, dando forma a ele com as madeiras provenientes do trabalhador anterior,
24
K ;A< J
da esquerda. Depois, mais adiante, à beira do rio, o terceiro trabalhador, que executa o terceiro
passo da montagem dos barcos: testá-los na água, para ver se funcionam. E assim se conclui o
ciclo.
1. Agora, explique com suas palavras os três processos da construção de um barco que são
retratados na obra, e mostre qual personagem se refere a qual processo de construção
de um barco.
25
K ;A< J
Atividades Práticas
John Constable gostava muito de pintar paisagens: era o seu tema preferido. Que tal pintar
uma paisagem também? Vá até seu quintal ou sua janela, sente-se confortavelmente e desenhe
com lápis os principais elementos que você vê: montanhas, árvores, casas, pessoas passando,
veículos, animais, plantas... Após terminar o desenho, pinte com giz de cera, com capricho, das
cores que mais se aproximarem do real da paisagem.
Aos pais:
• Auxilie seu filho a reparar nos detalhes, caso ele encontre dificuldade. Aponte para
detalhes nas plantas, nas construções. O principal objetivo dessa atividade é desenvolver
a observação!
• Ensine pacientemente a criança a pintar com cuidado e capricho: a não forçar demais o
giz contra o papel, a cobrir todos os espaços, a pintar dentro dos limites das linhas.
26
K ;A< J
• Dica! Oriente seu filho a pintar os espaços mais distantes, como o céu ou montanhas
no horizonte, da forma mais suave que conseguir, deixando a mão levinha e conse-
guindo dessa forma uma pintura mais clarinha ao fundo (isso é o início das noções de
profundidade na paisagem.) Veja o exemplo:
As plantas estão quase sempre presentes nas paisagens. Que tal aprendermos a desenhar
a forma básica de uma flor?
a) Desenhamos um caule
27
K ;A< J
c) Desenhamos pétalas em volta do miolo (podem ser arredondadas ou pontudas, grossas
ou finas, curtas ou longas)
Aprendemos a desenhar plantas e flores. Agora, vá com seus pais ao quintal ou a uma
praça e colete algumas folhas, de diferentes tipos.
28
K ;A< J
Repare nas diferenças entre elas: tamanho, cor, ramificações.
Agora, vamos fazer um experimento: coloque uma folha de planta debaixo do papel de seu
caderno. Agora, pinte com seu giz de cera por cima do papel, por toda a extensão que cobre a
folha.
Observe o resultado. Repita o procedimento para as outras folhas.
Aos pais: após a criança observar as texturas, é possível também fazer o contorno das folhas
e o desenho de cada uma delas, como atividade complementar.
Agora que você já aprendeu a desenhar diferentes modelos de flores, e também reparou
as diferenças entre elas, vamos desenhar uma planta real: escolha, junto de seus pais, uma
plantinha e desenhe ela da forma como ela é: repare no comprimento do caule, na forma das
folhas e pétalas, nas cores. Pinte com capricho!
Aos pais: auxiliar da mesma forma que no exercício da paisagem. Conduza o olhar de seu
filho pelos detalhes, aponte para manchinhas nas pétalas, a ramificação das folhas, etc. Estimule
à pintura cuidadosa.
Ainda não será o momento de usar técnicas incrementadas de proporção e enquadramento.
Isso será feito mais adiante. No momento estamos focando em treinar a observação.
29
K ;A< J
7.5 Desenho imaginativo: um lugar onde gostaria de estar
Materiais necessários: caderno de desenho, lápis de desenho, tinta guache, borracha.
Agora é sua vez! Imagine um lugar com uma bela paisagem, onde é agradável estar. Você
gostaria de estar nesse lugar! Imagine cada detalhe no chão, nas plantas no céu. Há pessoas?
Há animais? Está fazendo sol?
Pegue seu lápis e mãos à obra: faça um desenho bem bonito do lugar que imaginou e
depois pinte com capricho.
Aos pais: Oriente a criança quanto ao uso do material de pintura: o pincel não deve ser
esfregado, mas suavemente deslizado. Para trocar a cor da tinta, a criança deve limpar o pincel
em água primeiramente, evitando causar contaminação de cores nos recipientes. Orientar
quanto à quantidade de tinta, nem demais nem de menos.
Permita à criança o trabalho livre e criativo (esse é o objetivo dessa atividade.) Aproveite
para conversar sobre os elementos do desenho e os sentimentos da criança com relação aquele
lugar.
John Constable gostava muito de pintar paisagens: era o seu tema preferido. Que tal pintar
uma paisagem também? Vá até seu quintal ou sua janela, sente-se confortavelmente e observe
os elementos que compõem a paisagem.
Para desenhar a paisagem que você vê, primeiramente usaremos um recurso que irá te
ajudar. Você imaginará que está enxergando a paisagem através de uma janela dividida em
quatro vidros, como esta:
30
K ;A< J
Repare que assim a paisagem fica dividida em quatro quadrantes. No caso da paisagem
acima, por exemplo, a árvore faz parte de todos os quadrantes, mas a maior parte dela está no
inferior direito.
Agora, pegue o seu caderno e divida a folha em quatro quadrantes também, dividindo com
uma linha horizontal e outra vertical bem ao meio da folha.
Agora, desenhe em cada quadrante os elementos respectivos, de acordo com o que você
vê! Depois, pinte com lápis de cor.
Dica: desenhe objetos mais próximos com mais detalhes, e objetos mais distantes com
menos detalhes. Da mesma forma, pinte os objetos mais distantes de forma mais suave, mais
leve, enquanto os objetos mais próximos devem ser pintados com mais intensidade. Isso dará
noção de profundidade à sua paisagem! Observe:
31
K ;A< J
Depois, desenhe outras três pétalas saindo dentre as outras três. Enfeite essas com riscos.
32
K ;A< J
Por último, desenhe os estames que saem do miolo e folhas ao redor.
Aprendemos a desenhar plantas e flores. Agora, vá com seus pais ao quintal ou a uma
praça e colete algumas folhas, de diferentes tipos.
Repare nas diferenças entre elas: tamanho, cor, ramificações.
33
K ;A< J
Agora, vamos fazer um experimento: coloque uma folha de planta debaixo do papel de
seu caderno. Agora, pinte com seu lápis de cor ou giz de cera por cima do papel, por toda a
extensão que cobre a folha.
Agora que você já aprendeu a desenhar diferentes modelos de flores, e também reparou as
diferenças entre elas, vamos desenhar uma planta real. Deve haver alguma planta em vaso ou
no quintal de sua casa. Observe e desenhe ela da forma como ela é: repare no comprimento
do caule, na forma das folhas e pétalas, nas cores. Pinte com capricho.
Dica: aqui também pode ser usado o recurso do enquadramento, assim como no desenho
da paisagem que fizemos. Observe como é possível fazer o enquadramento de uma flor:
34
K ;A< J
8.5 Desenho imaginativo: um lugar onde gostaria de estar
Materiais necessários: Papel para aquarela, lápis de desenho, aquarela, borracha, godê (ou
forminha de gelo.)
Agora é sua vez! Imagine um lugar com uma bela paisagem, onde é agradável estar. Você
gostaria de estar nesse lugar! Imagine cada detalhe no chão, nas plantas no céu. Há pessoas?
Há animais? Está fazendo sol?
Pegue seu lápis e mãos a obra: faça um desenho bem bonito do lugar que imaginou e
depois pinte com sua aquarela.
Dica: use as técnicas que você aprendeu para dar noção de profundidade à sua paisagem:
para objetos e regiões mais próximas, mais detalhes e cor mais intensa. Para objetos e regiões
mais distantes, menos detalhes e coloração mais suave.
Enquadramento
Para desenhar a paisagem que você vê, primeiramente usaremos um recurso que irá te
ajudar. Você imaginará que está enxergando a paisagem através de uma janela dividida em
quatro vidros, como esta:
35
K ;A< J
Repare que assim a paisagem fica dividida em quatro quadrantes. No caso da paisagem
acima, por exemplo, a árvore faz parte de todos os quadrantes, mas a maior parte dela está no
inferior direito.
Olhe para sua paisagem tendo essa divisão em mente. Tente encontrar o centro do seu
olhar e fixá-lo: este é o ponto de intersecção entre as linhas.
Pegue o seu caderno e divida a folha em quatro quadrantes também, dividindo com uma
linha horizontal e outra vertical bem ao meio da folha.
Agora, desenhe em cada quadrante os elementos respectivos, de acordo com o que você
vê.
Profundidade
Em uma ilustração, além do tamanho dos objetos (que se apresentam maiores quanto mais
próximos do observador, e menores quanto mais distantes), há outra forma de representar a
profundidade.
36
K ;A< J
Se repararmos em uma paisagem, quanto mais distante uma região, menos detalhes conse-
guimos observar. Além disso, devido à atmosfera, ela parece mais “apagada”.
Podemos aplicar isso à ilustração no momento da pintura: as regiões mais distantes devem
ser pintadas com cores mais frias e de forma mais suave, mais “fraca”. Já as regiões mais
próximas devem ser pintadas mais intensamente, e representadas com mais detalhes.
Depois, desenhe outras três pétalas saindo dentre as outras três. Enfeite essas com riscos.
37
K ;A< J
Para ficar mais belo, você pode colorir com lápis de cor.
38
K ;A< J
9.3 Textura com diferentes folhas
Materiais necessários: Caderno de desenho, lápis de cor ou e folhas de diferentes plantas.
Agora que você já aprendeu a desenhar diferentes modelos de flores, e também reparou as
diferenças entre elas, vamos desenhar uma planta real. Deve haver alguma planta em vaso ou
no quintal de sua casa. Observe e desenhe ela da forma como ela é: repare no comprimento
do caule, na forma das folhas e pétalas, nas cores. Pinte com capricho.
Dica: aqui também pode ser usado o recurso do enquadramento, assim como no desenho
da paisagem que fizemos. Observe como é possível fazer o enquadramento de uma flor:
39
K ;A< J
Para que o tamanho da abertura e da base sejam iguais dos dois lados, podemos usar o
compasso: com a ponta seca no centro (intersecção de linhas), medimos a abertura e fazemos
marcas de ambos os lados. A abertura da base deve ser menor que da boca do vaso.
Após fazermos as marcas, desenhamos o resto do esboço do vaso. As aberturas são dese-
nhadas como elipses.
Após o término do desenho, as marcas são apagadas e o desenho pode ser colorido.
40
K ;A< J
9.5 Imaginando uma paisagem
Materiais necessários: Papel para aquarela, lápis de desenho, aquarela, borracha, godê (ou
forminha de gelo.)
Agora é sua vez! Imagine um lugar com uma bela paisagem, onde é agradável estar. Você
gostaria de estar nesse lugar! Imagine cada detalhe no chão, nas plantas no céu. Há pessoas?
Há animais? Está fazendo sol?
Pegue seu lápis e mãos a obra: faça um desenho bem bonito do lugar que imaginou e
depois pinte com sua aquarela.
Dica: use as técnicas que você aprendeu para dar noção de profundidade à sua paisagem:
para objetos e regiões mais próximas, mais detalhes e cor mais intensa. Para objetos e regiões
mais distantes, menos detalhes e coloração mais suave.
41
K ;A< J
Técnicas de Desenho
Depois que os seus lápis estiverem apontados da forma certa, experimente traçar diferentes
linhas e formas com o lápis em diferentes posições: levantado e deitado.
42
K ;A< J
43
K ;A< J
44
K ;A< J
10.4 Desenhando linhas curvas
As linhas curvas estão presentes na natureza e nos objetos ao nosso redor, logo é importante
sabermos utilizá-las em nossos desenhos.
Abaixo temos padrões formados por linhas curvas. Continue os padrões com seus lápis
coloridos.
45
K ;A< J
Podem ser menores ou maiores, da sua cor preferida.
46
K ;A< J
Para apontar o lápis dessa forma você pode pedir ajuda aos seus pais, para que eles os
apontem com o estilete. Ou (o que é mais fácil), pode comprar um apontador especial, que
aponta deixando a ponta mais alongada, como estes aqui:
Segurando o lápis
Para fazer detalhes pequenos e mais preciosos, você pode segurar o lápis como faz para
escrever. Contudo, para fazer desenhos maiores, os desenhistas seguram o lápis dessa forma:
O movimento, nesse caso, não ocorre na articulação do pulso, como na escrita, mas sim
na movimentação do braço como um todo (como quando você escreve com o giz sobre um
muro.) Isso faz com que os desenhistas consigam desenhar grandes círculos, por exemplo, sem
falhas.
Depois que os seus lápis estiverem apontados da forma certa, experimente traçar diferentes
linhas e formas com o lápis em diferentes posições: levantado e deitado. Experimente também
traçar círculos e diferentes desenhos treinando a forma como segura o lápis.
47
K ;A< J
48
K ;A< J
Agora é sua vez de treinar. Escolha uma cor e preencha os espaços abaixo realizando a
escala tonal.
Lembre-se: o primeiro espaço deve ser pintado com muita suavidade. O segundo é inter-
mediário e o último, com muita intensidade.
Para obter um bom resultado, é interessante segurar o lápis da forma como já vimos,
levemente deitado.
49
K ;A< J
Treine escala tonal com seu lápis grafite, da forma como vimos no exercício anterior. Ele
deve estar apontado e segurado da forma correta (inclinada).
Lembre-se que no primeiro espaço a intensidade é fraca, e no último é forte.
Por fim, faça a sua esfera, dessa vez em grafite.
Você deve completar o pingüim do desenho usando escala tonal com lápis grafite. Faça
sobras intensas nos lugares mais escuros, e aplique apenas uma suave camada de grafite nos
lugares mais claros. Use sua escala tonal feita no exercício anterior para te auxiliar.
50
K ;A< J
AMARELO E AZUL
AZUL E VERMELHO
VERMELHO E AMARELO
51
K ;A< J
Segurando o lápis
Para fazer detalhes pequenos e mais preciosos, você pode segurar o lápis como faz para
escrever. Contudo, para fazer desenhos maiores, os desenhistas seguram o lápis dessa forma:
O movimento, nesse caso, não ocorre na articulação do pulso, como na escrita, mas sim na
movimentação do braço como um todo. Isso faz com que os desenhistas consigam desenhar
grandes círculos, por exemplo, sem falhas.
Depois que os seus lápis estiverem apontados da forma certa, experimente traçar diferentes
linhas e formas com o lápis em diferentes posições: levantado e deitado. Experimente também
traçar círculos e diferentes desenhos treinando a forma como segura o lápis.
52
K ;A< J
53
K ;A< J
Agora é sua vez de treinar. Escolha uma cor e preencha os espaços abaixo realizando a
escala tonal.
Lembre-se: o primeiro espaço deve ser pintado com muita suavidade, aumentando a inten-
sidade até que seja máxima no último.
Para obter um bom resultado, é interessante segurar o lápis da forma como já vimos,
levemente deitado.
54
K ;A< J
Treine escala tonal com seu lápis grafite, da forma como vimos no exercício anterior. Ele
deve estar apontado e segurado da forma correta (inclinada).
Lembre-se que no primeiro espaço a intensidade é fraca, e no último é forte.
Por fim, faça a sua esfera, dessa vez em grafite.
Você deve completar o pingüim do desenho usando escala tonal com lápis grafite. Faça
sobras intensas nos lugares mais escuros, e aplique apenas uma suave camada de grafite nos
lugares mais claros. Use sua escala tonal feita no exercício anterior para te auxiliar.
55
K ;A< J
56
K ;A< J
57
K ;A< J
58