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favor de Bruno, sendo o sacado o Banco XYZ S.A., que após o regular aceite, é
avalizado por David. Ocorre que o sacado, na data avençada não cumpriu com sua
obrigação de pagamento, com justificativa não relacionada a vício de forma. Tendo em
vista o inadimplemento do sacado, o beneficiário Bruno, inconformado com a
situação, busca seu escritório de advocacia e pergunta como fica a posição de David
neste caso, e se há viabilidade de se cobrar deste a obrigação contida neste título.
R-1: Podemos utilizar o princípio da autonomia das obrigações cambiais para responder a essa
pergunta. Segundo esse princípio, as obrigações cambiais são autônomas e independentes
umas das outras, ou seja, o inadimplemento do sacado não afeta a obrigação do avalista.
Portanto, mesmo que o sacado não cumpra com sua obrigação de pagamento, o avalista David
ainda pode ser cobrado pelo beneficiário Bruno, visto que sua obrigação é autônoma e não
depende do cumprimento do sacado. O beneficiário Bruno pode buscar auxílio jurídico para
iniciar uma ação judicial de cobrança contra o sacado e o avalista, com base nesse princípio,
visando o recebimento da obrigação contida na letra de câmbio.
R-2: Não, a alegação do avalista Bruno de que sua obrigação se limitaria a 50% do valor do
título não é válida perante o credor. Isso porque o aval é uma garantia solidária e indivisível,
regida pelo princípio da solidariedade cambial, o que significa que cada avalista é responsável
pelo pagamento integral da obrigação, independentemente de qualquer acordo entre eles. O
credor pode buscar a execução pelo valor total do título em face de Bruno.