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Controle de Capacidade de Compressor no Sistema de

Refrigeração

Gabriel Henrique Rezende


rezendehgabriel23@gmail.com

Matheus Henrique Pereira do Nascimento


matheusna0041@gmail.com

Paulo de Oliveira Rosa


paulooliveira_96@hotmail.com

Orientador: Prof. Me. Francisco Reginaldo da Rosa


Coordenação de Curso de Engenharia Mecânica.

Resumo
Este estudo sobre o uso de controle de capacidade tem como finalidade analisar e evidenciar a
aplicação do mesmo em um sistema de refrigeração, tendo como base testes práticos, onde
comprovem sua necessidade de aplicação. Com base nisso, foi definido para realização dos testes a
aplicação do modelo CRII da BITZER em um compressor de 20 hp, sendo o resultado esperado
baseado no conceito da proposta do acessório, tais como a diminuição de partidas do compressor,
uma maior estabilidade do sistema e uma melhora no consumo de energia, tornando assim um
sistema mais eficiente. Portanto, foram feitos experimentos para efeito de comparação em câmara
vazia e com produto, para um sistema convencional e um sistema com o acessório instalado.
Somando-se a isso, ao fim do estudo pode-se comprovar que os objetivos definidos foram atingidos,
podendo ser comprovado a partir dos gráficos obtidos pelos testes.

Palavras-chave: Compressor. Capacidade. Refrigeração. Controle.

1. INTRODUÇÃO
O trabalho baseia-se em um estudo de controle de capacidade em
compressores alternativos em um sistema de refrigeração.
Um sistema de refrigeração é composto, basicamente, por quatro
componentes: compressor, condensador, dispositivo de expansão e evaporador.
Também é indispensável o fluído refrigerante, o qual percorre o sistema passando
por todos os componentes.
O fluido é comprimido pelo compressor e “empurrado” até o condensador,
onde ele se resfria, e se torna líquido. O mesmo chega até o dispositivo de
expansão e acaba perdendo pressão e temperatura. Logo após a expansão, o fluido
passa pelo evaporador, onde ele absorve o calor da câmara, recuperando
temperatura e voltando ao estado gasoso, ao sair do condensador, o refrigerante
retorna ao compressor onde repete o ciclo.
Como base, será feito a comparação do mesmo sistema sem a utilização do
controle, testando o equipamento com a câmara vazia e com produto. Assim, com a
obtenção e análise dos resultados dos testes, terá a comprovação dos objetivos.
O controle de capacidade do compressor dá-se a limitar a quantidade de
fluído que entra nos cabeçotes. O objetivo principal deste estudo é analisar o
rendimento de um ultracongelador utilizando esse controle. Os objetivos secundários
são comprovar se conseguimos um aumento da vida útil do compressor e uma
redução no consumo de energia do equipamento.
A justificativa para a realização deste estudo se dá ao fato de ser um
equipamento industrial, ou seja, fica em ambiente onde o principal foco é a
produtividade e com o controle de capacidade do compressor, conseguimos diminuir
o número de partidas do compressor. Com menos partidas conseguimos manter o
compressor ligado, evitando o aumento da temperatura da câmara e
consequentemente melhorando o desempenho do equipamento.

2. Desenvolvimento

2.1 História da refrigeração


Refrigeração é o sistema responsável por retirar energia de um meio, onde
ocorre a diminuição da agitação dos átomos, fazendo assim a diminuição da
temperatura, para isso foram desenvolvidas diversas invenções para chegar no
sistema conhecido atualmente, sendo amplamente utilizado no ramo industrial e
residencial para o controle da temperatura (Jesué Graciliano, 2018).
O termo refrigeração foi assim designado em 1803, por Thomas Moore, onde
ele construiu uma caixa de gelo para o transporte de manteiga, dando o nome de
“refrigerator”. Dando assim o início do comércio de gelo por todo o mundo, onde o
seu uso possibilitou o armazenamento de alimentos por um período maior de tempo,
tanto que em 1880 foram comercializados 8 milhões de toneladas de gelo, vindo por
exemplo do rio Hudson, como na Figura 1, onde Frederic Tudor ficou conhecido
como rei do gelo, por ser o principal distribuidor de gelo daquela região (Jesué
Graciliano, 2018).
Figura 1: Corte de gelo no rio Hudson

Fonte: Jesué Graciliano (2018)

Contudo, foi desenvolvido trabalho científico em 1755, por Willian Cullen,


usando éter para a produção de gelo artificial, onde podemos observar que os meios
de comunicação da época não eram tão desenvolvidos. Neste trabalho, Willian
Cullen demonstra por meio de seu sistema, como na Figura 2, onde se abaixa a
pressão do éter e por meio da sua evaporação, há a retirada de energia de uma
quantidade de água, fazendo que ela congele (Jesué Graciliano, 2018).

Figura 2: Exemplo do sistema de Willian Cullen.

Fonte: Jesué Graciliano (2018).

Diversos estudos e experimentos foram feitos a partir da necessidade de se


ter um sistema que produzisse gelo, só em 1862 foi apresentado a primeira máquina
de gelo, por James Harrison, que através de um sistema mecânico, onde um
compressor forçava o éter a se vaporizar em um condensador, transformando em
líquido novamente para reiniciar o processo, como na Figura 3. Para então
chegarmos no sistema de refrigeração elétrico doméstico que conhecemos, foram
necessários muitos anos de desenvolvimento, tanto que o motor elétrico foi
inventado em 1886, pelo alemão Werner Siemens, e só então foi possível atribuí-lo
ao sistema de refrigeração, sendo comercializados só na segunda metade do século
XX, como na Figura 4 (Jesué Graciliano, 2018).

Figura 3: Máquina de gelo de James Harrison

Fonte: WIKI.SJ.IFSC.EDU (2020).

Figura 4: Refrigerador antigo

Fonte: JESUÉ GRACILIANO (2018).


2.2 Sistema de refrigeração
Um sistema de refrigeração é responsável por manter um meio com a
temperatura controlada, sendo seu funcionamento através do princípio conhecido
como compressão mecânica de vapor, onde um fluido é submetido a uma mudança
de estado físico, proporcionando a absorção e perda de temperatura (Castro, 2008).
Assim, um circuito de refrigeração é responsável, por meio da aplicação de
trabalho mecânico, pela produção e perda de calor, logo só se tem o funcionamento
desse circuito através da entrada de trabalho, tendo como principais componentes
para um circuito simples: Compressor, evaporador, condensador e aparato de
expansão (Castro, 2008).
Contudo, com o avanço da tecnologia foi adicionado ao circuito de
refrigeração, o controle de capacidade, que foi desenvolvido como um acessório
para compressores, como na Figura 5, onde, com o uso do mesmo possibilita uma
maior eficiência do sistema, sendo o objetivo e a justificativa do nosso estudo,
analisar os dados dos testes e comprovar que o uso deste acessório traz benefícios
para um sistema de refrigeração (BITZER, 2014).

Figura 5: Uso de CRII em um compressor.

Fonte: BITZER (2014).

2.3 Circuito de refrigeração


A forma mais comum de obter este resultado é através da evaporação de
fluidos. O refrigerante adota um sistema de refrigeração a vapor. Fazer o processo
de evaporação ocorre continuamente e deve passar pelo loop, ou seja, pelo loop
refrigeração, Figura 6. Neste ciclo, o fluido é comprimido, condensado, expandido e
evaporado (STOECKER, 1985).

Figura 6: Esquema de um circuito de refrigeração.

Fonte: DREAMSTIME (2022).

2.3.1. Compressor
O compressor é o dispositivo responsável por comprimir um fluído em baixa
pressão e temperatura, deixando-o com alta pressão e temperatura, sendo o
principal componente de um circuito de refrigeração (Carel Industries, 2021).
Portanto, o compressor tem a função de circular o fluido dentro do circuito de
refrigeração, sendo realizado um trabalho mecânico, onde se tem um ganho de
temperatura elevado, passando dos 100°C (Carel Industries, 2021).

2.3.2. Condensador
Condensador é constituído por tubos onde o fluído passa perdendo
temperatura, para aumentar a eficiência do condensador é utilizado um ventilador,
que força o aumento de fluxo de ar passando por entre esses tubos, que são feitos
de cobre e com aletas de alumínio, aumento a eficiência da troca de calor (Carel
Industries, 2021).
Porém, mesmo com a perda de temperatura o condensador tem a
característica de manter a pressão do fluido constante, fazendo com que o fluido
seja condensado e passe para o mecanismo de expansão do circuito (Carel
Industries, 2021).
2.3.3. Mecanismo de expansão
O dispositivo de expansão é instalado entre o condensador e o evaporador,
sua função é fazer com que o fluído que entra com uma alta pressão e temperatura,
saia dele como uma mistura de vapor e líquido com baixa temperatura e pressão
(Raphael Garcia, 2008).
Basicamente, suas principais funções são, que o refringente líquido entre no
evaporador com uma velocidade específica, para que seja evaporado,
proporcionando a absorção da temperatura enquanto passa pelo evaporador, e
gerenciar o fluxo do fluido no circuito separando o lado de alta pressão do de baixa
do sistema. Esses dispositivos de expansão podem ser, como mostrado em
sequência na Figura 7, válvulas de expansão mecânicas ou termostáticas, válvulas
de expansão eletrônicas, ou tubos capilares (Raphael Garcia, 2008).

Figura 7: Exemplos de mecanismos de expansão.

Fonte: WWMCONSULTORIA (2020).

2.3.4. Evaporador
Um evaporador é um trocador de calor que atua como um radiador quando
usado com ar, trocando energia por condução entre o refrigerante evaporante,
mudando seu estado líquido para gasoso, resfriando assim o ar circundante (Carel
Industries, 2021).
A evaporação ocorre devido a pressão e temperatura quase constantes,
exceto por uma ligeira queda de pressão. O refrigerante que sai do evaporador é um
gás superaquecido com uma temperatura ligeiramente acima da temperatura de
evaporação (Carel Industries, 2021).

2.3.5. Controle de capacidade


O controle de capacidade geralmente é necessário para atender à demanda
real de carga de calor do sistema de refrigeração, ar condicionado ou bomba de
calor. Assim, evita-se a partida do compressor em alta frequência, garantindo assim
uma operação mais eficiente do sistema (Bitzer, 2014).

3. METODOLOGIA
O trabalho qual está sendo apresentado foi realizado a partir de pesquisas
bibliográficas em artigos, livros, periódicos, catálogos, softwares e vídeos aulas com
o intuito de demonstrar o uso do controle de capacidade em um compressor
alternativo, a fim de analisar os resultados com base em testes, que comprovem o
aumento da eficiência de refrigeração do circuito.
A fim de realizar os testes práticos foi utilizado um ultra congelador industrial,
modelo UK2C da Prática Klimaquip, onde é a capacidade deste equipamento é de
260kg à 400kg por ciclo, habitualmente encontrado em indústrias de alimentos
congelados, no qual é operado ininterruptamente por horas. O equipamento em
questão possui um compressor alternativo de pistão, conforme apresentado na
Figura 8, onde ele é responsável pela compressão do fluido refrigerante. Porém o
compressor atua constantemente aspirando o fluido de forma que a pressão interna
fique tão baixa que seja necessário a atuação do pressostato por segurança,
fazendo com que o compressor desligue. Para evitar o alto número de partidas, o
que diminui a vida útil do compressor, foi desenvolvido um controle de capacidade
que regula o volume de entrada no cabeçote, consequentemente controla a pressão
do sistema.
Figura 8: Exemplo de compressor.

Fonte: O AUTOR (2022).


O controle de capacidade utilizado nos testes foi o modelo CRII da BITZER,
conforme na Figura 9, onde ele é acoplado no cabeçote do compressor. Constituído
de um tipo de válvula solenoide, onde é acionada por meio de um transdutor que faz
a leitura da pressão e controla o acionamento da mesma, conforme na Figura 10. O
CRII da Bitzer tem como custo de instalação em sistemas que já estão em
funcionamento de R$5.398,24.

Figura 9: Exemplo de CRII no compressor.

Fonte: O AUTOR (2022).

Figura 10: Vista em corte do CRII

Fonte: BITZER (2014).


4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Resultados
4.1.1 Abordagem
Como forma de estudo, foram utilizados todos os componentes básicos de um
sistema de refrigeração comercial, como tanque de líquido, separador de líquido,
filtros, válvulas, pressostatos, transdutores de pressão, sondas de temperatura,
válvula de expansão, condensador, evaporadores e ventiladores. Também foi
empregado o compressor BITZER 4GE-23Y, de 20HP, utilizando no seu processo de
refrigeração o fluido refrigerante R404a.
Foram realizados testes com a câmara do equipamento vazia e com produto,
apresentados na Tabela 1 e 2 encontradas abaixo.

Tabela 1: Dados de teste com a câmara vazia.

Fonte: O AUTOR (2022)

Tabela 2: Dados de teste com produto.

Fonte: O AUTOR (2022)

Como apresentado nas Tabelas 1 e 2, esses são os dados de teste do


equipamento com o sistema convencional, ou seja, onde não é utilizado o controle
de capacidade. As linhas destacadas nas Tabelas 1 e 2 representam o fim do teste,
assim dizendo, o equipamento atingiu o set point de temperatura interna.
Após a análise dos testes contidos nas Tabelas 1 e 2, foi observado que
caberia a aplicação de um controle de capacidade, utilizamos o controle CRII da
Bitzer, Figura 11, pois o compressor empregue no equipamento é do mesmo
fabricante, garantindo maior compatibilidade e segurança do sistema.

Figura 11: Exemplo de um sistema com CRII

Fonte: O AUTOR (2022)

4.1.2 Técnicas
As ferramentas utilizadas para a obtenção dos dados dos testes, foram um
termômetro, penta e um manômetro. Foram realizados quatro testes, dois com CRII,
um com a câmara vazia e outro com produto, e dois sem CRII, um com câmara
vazia e outro com produto. Um manômetro, apresentado na Figura 12, é um
dispositivo utilizado para medir a pressão atmosférica, bem como a pressão do gás
e do líquido. As aplicações deste dispositivo são variadas e podem ser utilizadas
para medir a pressão em máquinas industriais e pneumáticas.
Figura 12: Manômetro.

Fonte: WEBARCONDICIONADO (2021)

Para se obter uma amostragem mais precisa dos dados, confere-se, as


temperaturas das linhas e do meio com o auxílio de um termômetro penta. Um
sensor foi colocado na linha de sucção, um na linha de descarga e um na linha de
líquido. Termômetro portátil que mede e exibe temperaturas em cinco pontos
diferentes. Por tamanha versatilidade é ideal para medição de temperatura em
equipamentos de refrigeração em geral.

Figura 13: Termômetro Full Gauge com 5 sensores.

Fonte: VIRTUALTOOLS (2021).


Para mensurarmos o consumo de energia, foi empregado um analisador de
energia, como na Figura 14, que possibilita a medição da corrente e potência. O
acessório mediu as grandezas elétricas do equipamento, como mostrado na Figura
15, durante dois dias inteiros, um dia monitorando o equipamento sem CRII e no
outro monitorando com CRII.

Figura 14: Analisador de energia.

Fonte: ISSO TELECOM (2021).

Figura 15: Interface de dados obtidos pelo analisador de energia.

Fonte: ISSO TELECOM (2021).


4.2 Discussão
O desenvolvimento de um projeto de refrigeração parte do resultado
desejado, levando em conta os dados de entrada do produto, como a carga térmica
em que o mesmo se encontra. Contudo, as determinações dos parâmetros são
definidas a partir de testes empíricos, onde se são analisadas as alterações
necessárias até se chegar no resultado esperado.
Sendo assim definido o sistema de refrigeração, a implantação do CRII vem
para suprir a necessidade de se aumentar o rendimento dos sistemas de
refrigeração, e consequentemente a vida útil do coração do mesmo, que é o
compressor.
O Gráfico 1, demonstrado abaixo, representa o comparativo entre a
temperatura interna do equipamento e do núcleo do produto, com e sem o CRII. Ao
analisar o gráfico percebemos que o tempo de congelamento do produto foi o
mesmo, ou seja, mesmo que em alguns momentos a vazão mássica seja reduzida, o
equipamento não perdeu o rendimento.

Gráfico 1: Temperaturas internas da câmara.

Fonte AUTOR (2022).

O superaquecimento é a diferença entre a temperatura de sucção e a


temperatura de evaporação do fluido. Já o sub-resfriamento é a diferença entre
temperatura da linha de líquida e a temperatura de condensação do fluido. Tais
valores são estipulados pelos fabricantes de compressores e unidades
condensadoras, a fim de garantir um melhor rendimento do sistema, sendo a
temperatura de superaquecimento entre 8K a 15K e a temperatura de
sub-resfriamento entre 3K a 5K. (Bitzer, 2021).
Como dito, a utilização do CRII tem como princípio manter a segurança do
compressor, evitando a instabilidade do sistema. No Gráfico 2, pode-se observar os
valores de sub-resfriamento e superaquecimento registrados nos testes, como
resultado obtivemos uma estabilidade nesses valores utilizando o CRII.

Gráfico 2: Comparativo de superaquecimento e sub-resfriamento do sistema.

Fonte AUTOR (2022).

Para finalizar, analisamos o consumo de energia do equipamento e


percebemos uma melhora na eficiência energética, ou seja, diminuímos os seus
picos de corrente, reduzindo assim o consumo total de energia. Os picos
demonstrados no Gráfico 3, representam as partidas do motor elétrico do
compressor e com o uso do CRII, podemos evitar o número elevado de partidas e
por controlar a vazão mássica de fluído conseguimos reduzir também a corrente
necessária para a partida.
Gráfico 3: Picos de partidas.

Fonte: AUTOR (2022).

Como a média da corrente utilizando o CRII foi de 6,08ª e a tensão do


equipamento é de 220V, a potência calculada foi de 1,33 kW. Considerando a
utilização de 20 horas diárias e 25 dias mensais, o consumo resulta em 668,8 kWh.
Para o valor do kWh consideramos a bandeira verde, visto na Figura 16, onde o
mesmo custa R$0,65313. No total temos um custo de R$436,81 por mês de
utilização.
Figura 16: Valores do kWh.

Fonte: CEMIG, 2022.

Já a média do consumo do equipamento sem o CRII foi de R$970,00 kWh,


considerando o mesmo período de utilização. Portanto, o valor do consumo
energético foi de R$633,53. Portanto, o valor do consumo energético foi de
R$633,53. Por mês, obtivemos uma economia de R$196,72.
CONCLUSÃO
O estudo realizado apresenta, de maneira sucinta, a utilização do controle de
capacidade em um sistema de refrigeração de equipamentos industriais. Por meio
de testes empíricos, comparando o mesmo sistema de maneiras diferentes, ou seja,
ora sem e ora com CRII.
A partir dessas premissas os testes foram realizados em uma câmara com e
sem produto. Utilizando ferramentas que possibilitaram a obtenção precisa dos
dados, foi possível fazer comparações e definir o uso mais adequado do controle de
capacidade.
Conforme os resultados obtidos, podemos observar que em relação à
refrigeração os dados atingidos foram satisfatórios, em outras palavras, os tempos
de congelamento, temperatura de sub-resfriamento e superaquecimento foram
iguais ou até melhores em alguns aspectos com a utilização do CRII. Pela
estabilidade fornecida pelo controle de capacidade ao sistema, o mesmo consegue
se manter por mais tempo ligado, evitando o tempo mínimo necessário entre
partidas, dessa maneira consegue-se uma conservação melhor da temperatura da
câmara.
Contudo, em relação ao consumo de energia também foram alcançados
resultados pertinentes, melhor dizendo, foram notadas reduções de partidas do
compressor e consequentemente o aumento da eficiência energética do
equipamento, algo que também influencia na vida útil do compressor, prolongando a
conservação e estabilidade do ultra congelador. Cabe também, novos estudos para
que se possa aprimorar a funcionalidade do acessório, para que seja introduzido em
sistemas de refrigeração menores, como de geladeiras residenciais, contribuindo
assim para uma economia de energia em grande escala.
Dados os custos de implementação e a economia de energia simulada neste
estudo, podemos observar que conseguimos obter a amortização do custo total em
aproximadamente 28 meses. Esse valor pode variar de acordo com os valores das
tarifas elétricas e do tempo de uso do equipamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITZER, 2021. Bitzer Compressores Ltda. Disponível em: Acesso em: 30 set. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e
documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação. 3. ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
Carel, 2021. CAREL INDUSTRIES S.P.A. Disponível
em:<https://www.carel.com/the-complete-proposal-for-compact-and-high-efficiency-
co2-compressor-racks>. Acesso em: 01 nov. 2022.

Castro, José de Castro. Refrigeração comercial e climatização industrial. São Paulo:


Leopardo Editora LTDA, 2011.

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<https://cemig.com.br/atendimento/valores-de-tarifas-e-serviços/>. Acesso em

ELETROFIGOR, 2021. Disponível em


<https://velki.com.br/es/blog/aprenda-com-a-velki/o-seumanometro-esta-indicando-a-
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Anhanguera, 2017.
Isso TELECOM, 2021. Disponível em: <https://isso.digital/produto/151/1>. Acesso
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Jesué Graciliano, 2020. Disponível em: Acesso em: 20 set. 2022.

JÚNIOR, Joab Silas da Silva. (2022). "Para que serve um manômetro?"; Brasil
Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/para-que-serve-um-manometro.htm. Acesso em
13 de outubro de 2022.

Raphael Garcia, 2008. Disponível em: <https://docplayer.com.br/64078735-1-


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Stoecker, W.F.; Jones, J.W. Refrigeração e Ar Condicionado. McGraw-Hill,
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Webarcondicionado, 2021. Manômetro: descubra como usar. Disponível em


<https://www.webarcondicionado.com.br/manometro-como-usar>. Acesso: 13out.2022.

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