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SAIBA ATENDER E PROPORCIONAR
MARATONA DE CASOS CLÍNICOS
RESULTADOS AO PACIENTE
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JORNADA CONDUTA DE SUCESSO


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COM HIPOTIREOIDISMO
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DRA. A
Eu sou nutricionista de consultório,
mestre e doutora pela USP e professora.
Desde que me formei, busquei
estratégias para conseguir proporcionar
resultados aos meus pacientes com
mais segurança. Ao decorrer dos anos
eu me frustei bastante, mas consegui
desenvolver um método que fez eu
deslanchar nos atendimentos.
E para conseguir ajudar muito mais
nutricionistas a fazerem uma prescrição
assertiva e proporcionar resultados aos
pacientes, e desenvolvi o método
Nutrição Aplicada da Teoria à Prática.
Qual é o seu
Principal queixa palpite?

A partir desses sintomas você pode avaliar e começar a traçar


uma linha de raciocínio para descobrir o que a paciente
apresenta. Por isso, é importante sempre se aprofundar
quanto aos sinais e sintomas das doenças.

Dra. Aline David | 2022


3
45 anos
56 kg
1,63 m
IMC: 21,33 kg/m² (eutrófico)
Estudante de nutrição
Distensão abdominal, flatulência, cólica. Sintomas
gastrointestinais desde a infância.
Intolerância à lactose desde os 25 anos, mas tem piorado
a cada ano.
Suspeita de sensibilidade ao glúten
Sem diagnóstico de doença celíaca
IgA anti-tT
IgG anti-tTG
IgA anti- endomísio
Anti-gliadina deaminada
HLA-DQ2 ou HLA-DQ8
Esses exames podem ser solicitados por nutricionista e se
derem negativo, o gastroenterologista pode solicitar uma
biópsia intestinal (exame invasivo).
Dra. Aline David | 2022
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Cansaço frequente, que piorou muito nos últimos meses
Queda de cabelo, unha quebradiça
Musculação: 3x/ semana quando consegue
Fármacos:
Puran T4 50 mg (hipotireoidismo)
Sinvastatina 40mg (dislipidemia)

Hipotireoidismo e dislipidemia descompensados. Sempre


precisa ajustar a dose.

Resultados de exame:

Atenção!! alguns pacientes podem descobrir hipotireoidismo


ou doença celíaca muito tarde, com cerca de 50 anos por
exemplo.
Dra. Aline David | 2022
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Café da manhã

Pão integral com manteiga Café com leite sem lactose


Muitos pacientes intolerantes à lactose costumam consumir
alimentos com lactase, e isso faz com que a produção de
lactase endógena diminua mais ainda e os sintomas piorem.
Por isso devem ser consumidos de forma esporádica.

Lanche da manhã

Uma fruta: banana, maçã, kiwi, morango ou uva.

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Almoço e jantar

Arroz, feijão, salada (hortaliças e legumes), frango ou peixe.


Lanche da tarde

Whey isolado com banana congelada


O whey isolado possui menos lactose, porém alguns paciente
não toleram nem mesmo o isolado e nesse caso pode ser
substituído por um de proteína vegetal para avaliar a presença
dos sintomas.
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Para essa paciente o fitoesteról pode ser interessante para
redução do colesterol, mas não é obrigatório.

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Esse estudo demonstra a quantidade de fitoesterol em alguns
alimentos, que podem ser adicionados na dieta da paciente.

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Esses são fitoesteróis encontrados em farmácia já prontos.

Exemplo de prescrição:

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3g de beta glucana
Diminuição dos níveis de colesterol sérico
Reduz a resposta glicêmica pós-prandial
A beta glucana está presente na aveia e pode ser adicionada.

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A adição de Beta glucana pode ser significativa para redução
do colesterol dessa paciente.

Mas atenção...

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Quem produz o colesterol no organismo é especialmente o
fígado, e ele possui uma participação de hormônios
tireoidianos, inclusive para a captação de LDL para o seu
interior e para produzir a bile. Ou seja, se a paciente já tem
hipotireoidismo, ela já terá alteração nos lipídeos e com a
correção do hipo, a produção hepática de colesterol
provavelmente ficará adequada, mesmo sem o uso de
estatinas.
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Nat Rev Endocrinol. 2020 Mar;16(3):165-176.

Essa é uma célula folicular da tireoide que realiza a produção


dos hormônios tireoidianos junto a várias enzimas.

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Deiodinase (DIO1 e DIO2)
T4 T3 (forma ativa)

Redução do estresse oxidativo, proteção contra a inflamação


O selênio é fundamental para o funcionamento adequado da


tireoide, pois atua como fator essencial para as funções
enzimáticas.

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Será que existe a necessidade de suplementação?

Você pode prescrever o selênio ou orientar a ingestão de 1


unidade de castanha do Brasil/Pará, não excedendo essa
quantidade para que não ocorra super dosagem desse
mineral.
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Nat Rev Endocrinol. 2020 Mar;16(3):165-176.

O excesso de selênio não é interessante, pois ele pode estar


envolvido com alopecia, dermatite e desenvolvimento de DM2.
Mas, para verificar você pode solicitar a dosagem plasmática
de selênio.

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Entre as deficiências de oligoelementos, a por iodo é a mais
comum. Já no Brasil:

Concentração de iodo urinário (24h)

No Brasil a ingestão de iodo é adequada, mas você pode


verificar a quantidade de iodo no seu paciente através da
concentração de iodo 24h.

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Ingestão de iodo e avaliação urinária

Verifique a necessidade de suplementação de acordo com a


faixa etária e o estado de cada paciente.

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Consumo alimentar/ suplementação

Essa é a recomendação de iodo pela WHO

Aqui no Brasil a Anvisa obriga a adição de iodo no sal.

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O excesso de iodo faz com que a glândula tireoide bloqueie a
entrada dele nas suas células, com isso ocorrerá prejuízo na
produção dos hormônios tireoidianos e maior produção de
TSH, que estimula a tireoide e pode promover o aumento da
glândula tireoide (bócio).
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Exemplo de bócio promovido por excesso de ingestão de iodo.

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O ferro é fundamental para o funcionamento da tireóide.

Para suplementar ferro é importante que a absorção intestinal


esteja adequada.

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O ferro está dentro da referência, porém, próximo do limite
mínimo por isso pode ser suplementado.

Exemplo de prescrição:

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A vitamina D da paciente está abaixo do recomendado e deve
ser suplementada.

↓ citocinas pró-inflamatórias
(IL-2, IL-5, IL-17 e TNF-α) na
tireoidite de Hashimoto

A vitamina D atua em diversos genes e ela auxilia na redução


das citocinas pró-inflamatórias geradas pela doença
autoimune tireoidite de Hashimoto.

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Geralmente os pacientes com tireoidite de Hashimoto
apresentam deficiência de vitamina D, que deve ser
suplementada e chegar por volta de 30ng/ml.

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Questione o seu paciente sobre qual forma de prescrição ele
prefere.

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Sintomas gastrointestinais desde a infância

É comum que os pacientes com Hashimoto tenham


alterações intestinais e dificuldade de absorção de frutose por
menor ação do GLU5, levando a alterações gastrointestinais e
intolêrancia á lactose. Assim, como alterações na mucosa
intestinal que também vão desencadear sintomas incômodos.

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Esse estudo mostrou redução de TSH em pacientes com
Hashimoto através de dieta sem lactose. Pois os sintomas
gastrointestinais melhoraram e a absorção do medicamento
para tireoide foi melhor também.

Por isso tenha um olhar mais clínico para o paciente.

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 lúten pode causar uma possível interação da gliadina com
G
antígenos da tireóide (anti-TPO, anti-TG)

Doença celíaca ocorre 10x mais em indivíduos com HT

Esse trabalho mostrou alguns marcadores da tireoide que


melhoraram após dieta sem glúten. Mas, não todos os
pacientes com HT que vão ter essas alterações.

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Mesmo naqueles sem sintomas, mas com problemas em
regular a dose de LT4, devem ser examinados para doença
celíaca ou sensibilidade ao glúten.

Exp Clin Endocrinol Diabetes. 2018 Jul 30

Até o momento não temos uma referência significativa para


retirada de glúten ou lactose para pacientes com HT. Porém
você deve testar e avaliar a melhora ou não no seu paciente.

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O planejamento da paciente foi isento de lactose. Você pode
colocar opções de produtos para facilitar o reconhecimento
deles pelo seu paciente.
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Para substituir o leite foi colocado opções de bebida vegetal.

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No almoço é interessante separar os grupos de alimentos para
o paciente começar a compreender quais eles são. Além disso,
você pode colocar as opções já no mesmo lugar, pois alguns
pacientes se perdem com a lista de substitutos.

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No lanche foi colocado opções de proteinas vegetais, apesar
de o sabor delas não ser muito agradável a paciente poderá se
adaptar e ter várias opções.

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O jantar foi igual ao almoço, visto que ela já consumia essas
duas refeições muito semelhantes.

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Sempre teste as receitas antes de propor elas para os seus
pacientes.

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