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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO

CURSOS DE LICENCIATURAS
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
ALUNO(A): Lorran Salomão Faier. CURSO:
Pedagogia, primeiro período.

FICHAMENTO
Referência: MARTINEAU, Stéphane. Jean-Jacques Rousseau: o Copérnico da
pedagogia. In: GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice. A Pedagogia: teorias e
práticas da Antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. P. 149-172 (Cap.
5).

Palavras-chave: Educação; Criança; Razão; Rousseau.

Essência da obra: Cap 5 – Jean-Jacques Rousseau: o Corpénico da pedagogia.

5.1
A Europa no século XVIII, ficou conhecida como "século das luzes", qual o motivo
disso? Bom, um movimento filosófico ganhou bastante notoriedade e destaque nesse
século, o que significou o triunfo da razão, da racionalidade.
"Mas o triunfo da razão em que domínios?"
A filosofia das luzes, possuía três vertentes principais, seus domínios, que eram a
ciência, as artes e a técnica.
P.152

"A filosofia das luzes se opõe à fé, à autoridade e à ignorância"


Como naquela época, a igreja ainda era bastante poderosa, ela acabou por ser uma
pedra no caminho para as pesquisas e para a liberdade de expressão. E como a filosofia
das luzes não se prendia a religião, acabou fazendo com que intelectuais falassem mais
sobre o ateísmo, difundindo um pouco essa ideia.
P.153

"A razão certamente é um discurso crítico diante da fé, da ignorância e da autoridade."


A razão tem como seu maior objetivo, mostrar que todos são iguais perante ela, todos
são capazes. Assim, temos o individualismo junto dela, "A afirmação dos direitos do
indivíduo é sua afirmação mais profunda."
P.154
O século XVIII também pode ser chamado de século do progresso e da ciência, já que
foi nele que a ideologia do progresso começou a se espalhar por toda sociedade, que fez
com que as pessoas levassem a razão como algo que servia tanto para conhecer o
mundo, quanto também para agir sobre ele. Nessa época surgem alguns dos princípios
do regime democrático.
P. 155

5.2

"É um homem que se debruçava tanto sobre a política, a literatura e a música quanto
sobre a educação." Sendo um dos fundadores do pensamento político moderno,
Rousseau pregava a igualdade para todos os seres humanos e fundou a ordem política
sobre as ideias de contrato feitas entre os cidadãos. Ele era um individualista sem
sombra de dúvidas, pois para ele, o indivíduo é o fundamento da ordem social. Ele
inovou no campo literário, criando a autobiografia e como teórico, ele defendeu muito
que a liberdade era uma característica própria de todo ser humano: "todos nascem
livres e iguais."
"Na realidade, é a pureza do coração, a consciência reta, que realmente importam"
Rousseau acreditava que o conhecimento só era bom, na medida que o ser humano era
bom. Então, para ele, a razão e o progresso só eram bons, caso fossem usados por uma
pessoa boa e pura.
P.160

"É também um homem ressentido, certo de ser vítima de uma perseguição sistemática,
um homem que procura um paraíso perdido…"
Rousseau não gostava da sociedade que vivia e criticava ela, então foi extremamente
perseguido por isso. Mesmo sendo perseguido, ele nunca julgou os homens que o
perseguiam, ele julgava a sociedade que os criou assim, que criou eles para fazerem
coisas tão cruéis com seu igual.
“(...) Rousseau propõe uma interpretação verossímil. [...] Essa interpretação é capaz de
fornecer uma explicação de infelicidade que aflige os seres humanos.”
A infelicidade que Rousseau fala, é dividida em três etapas, é possível vê-las como um
processo, com dois extremos. A primeira etapa, é o homem na natureza, um "animal
pré-social", que é um extremo de uma vida vivida na natureza, sozinho. A segunda, é a
melhor, pois é o equilíbrio entre os dois extremos, no qual a sociedade vive em
harmonia com a natureza, conhecida como idade de ouro. A terceira, é o estado atual,
uma sociedade sem harmonia, cheia de desigualdades. Assim, surge a infelicidade.
P.161

5.3

"...a natureza humana, é por essência um estado de perfeição. É a sociedade que faz o
indivíduo sair desse estado de perfeição."
Rousseau vê as crianças como seres extremamente diferente dos adultos, pois enquanto
os adultos já foram corrompidos pela sociedade, mas as crianças ainda não foram.
Assim, sua ideia se baseia que o foco da educação, não deve ser no educador e sim na
criança que está sendo educada, então o educador precisa conhecer a natureza.
P.164

A educação rousseauista, tem como base, três leis:


“Primeira Lei psicológica: A natureza fixou as leis necessárias ao desenvolvimento da
criança”
A primeira, fala que o educador deve respeitar e compreender o desenvolvimento
mental da criança.
“Segunda Lei psicológica: O exercício da função a desenvolver e preparar a eclosão de
funções posteriores.”
A segunda, fala que o educador tem o dever de controlar e guiar a criança em seu
processo de desenvolvimento, mas este não deve quebrar o raciocínio próprio que a
criança possa desenvolver.
“Terceira Lei psicológica: A ação natural é aquela que tende a satisfazer o interesse ou
a necessidade do momento”
A terceira, fala que o educador deve incentivar a criança a aprender sempre mais.
P.166
Sobre o fichamento:
Devem ser redigidos dentro da tabela/ficha padrão. Fonte 12, Times New
Roman, Folha A4. Margens superior e esquerda: 3 cm; margens inferior e
direita: 2 cm. Espaçamento simples entre as linhas.

Fichamento textual simples:


i. Alternam-se trechos idênticos do autor com trechos e
conectivos do produtor do fichamento. Os trechos produzidos
pelo leitor do texto em análise deverão somente parafrasear o
texto original, a idéia do autor deve ser sempre preservada,
sem acréscimo de opinião e crítica por parte do leitor.
ii. Segue, sempre, a seqüência do texto fichado.
iii. Utiliza-se do recurso das aspas em todos os trechos retirados
do texto original.
Observações:
a. As palavras-chave devem ser confeccionadas pelo produtor do fichamento,
servindo como contribuição para a capacidade de síntese deste.
b. Estes são parâmetros básicos, não as únicas formas de produção deste tipo de
trabalho acadêmico.

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