Você está na página 1de 3

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA


BAHIA – IFBA – CAMPUS ILHÉUS

POLO ILHÉUS

NOME DO ALUNO

CHARLENE SANTOS DE SOUZA

RESENHA

Atividade avaliativa apresentada à disciplina


Estratégica das organizações Públicas pelo Prof.
André Luís Rocha de Souza, no curso de
Administração Pública do Instituto Federal da
Bahia/Universidade Aberta do Brasil, como
requisito parcial para aprovação na disciplina.

IFBA – Ilhéus Bahia Março


2023
As Metodologias e planejamento em duas dimensões

A evolução do pensamento estratégico está sem dúvida, mais presente no mundo


corporativo e avança rapidamente em conjunturas de crise sistêmica ou estrutural. O
crescimento das organizações é um ambiente de mercado mais exigente onde surge a
necessidade da estratégia. A metodologia é entendida aqui nos referenciais epistemológicos
propostos pelo construtivismo, ou seja, as técnicas operam códigos de valores e linguagens
orientadas por propósitos e intenções (não neutralidade).

O planejamento deve ser visto como uma ferramenta muito eficiente que nos ajuda na
tomada de decisões, e segundo Mintzberg , talvez o maior estudioso contemporâneo do tema
no meio empresarial, o planejamento estratégico deixou de ser um processo totalmente racional
e parametrizado, ele quis dizer que a estratégia pode ser usada como forma de manipular a
concorrência para que siga o caminho mais conveniente para sua empresa.
O planejamento estratégico é entender a realidade da empresa naquele momento.
Depois disso, é necessário traçar os objetivos de acordo com o que a empresa deseja alcançar,
onde ela quer chegar e de que maneira. Entre 1956 e 1966, o número de grandes empresas que
utilizavam ferramentas de planejamento estratégico aumentou de 8% para 85%. O
planejamento estratégico é o processo contínuo de sistematicamente e com o maior
conhecimento possível do futuro.

A estratégia precisa ser formulada, planejada, implementada e avaliada. É evidente que


a tradição metodológica privada, de longa data, incorporou elementos conceituais muito mais
avançados do que aqueles adotados nas práticas da administração pública no Brasil. No
planejamento as duas faces conectadas são estrutura econômica e a estrutura de poder.

A prática do planejamento governamental é controlada por um conjunto restrito de


burocracias especializadas, normalmente subordinadas direta ou indiretamente aos órgãos
físicos. A tradição pública de planejamento estratégico, subordinada à lógica economicista,
torna-se um instrumento de poder altamente centralizado, hierárquico e vertical.
O Planejamento Estratégico Situacional de Carlos Matus surgiu da reflexão sobre a
necessidade de aumentar a capacidade de governar. Ele concebeu o planejamento como um
processo dinâmico e contínuo que precede e preside a ação, e que envolve aprendizagem-
correção-aprendizagem. O Planejamento Estratégico não é uma metodologia restrita a grandes
empresas ou empreendimento. Ele é aplicável desde a microempresa até às multinacionais de
grande porte. Também é verdade que não existe um sistema universal de Planejamento
Estratégico porque as organizações diferem em tamanho, cultura, diversidade de operações,
organização, filosofia e perfil dos executivos.

O erro mais grave seria a separação artificial e intencional entre a dimensão técnica da
elaboração do plano e a dimensão política. O domínio de uma linguagem estritamente técnica
e codificada favoreceria o controle do plano pelas corporações burocráticas. Isso criaria
barreiras de comunicação significativas para o processo de diálogo com amplos setores da
população ou da sociedade

A não incorporação da reflexão política no aparato metodológico do PEG o tornaria


mais vulnerável e ineficaz. O tempo é tratado no planejamento tradicional como uma variável
exógena, linear e mecânica, fora de qualquer contexto situacional. De fato, o tempo cronológico
difere do “tempo político” e essa distinção é fundamental para a percepção dos ritmos de
governo. O domínio de uma linguagem estritamente técnica e codificada favoreceria o controle
do plano pelas corporações burocráticas.

Os principais artefatos metodológicos que diferenciam em graus variados de


sofisticação e profundidade, as duas dimensões metodológica são: Análise de atores, análise e
criação de estratégia e Análise de cenário.

O objetivo principal é apoiar a elaboração de ações estratégicas, ou seja, aquelas cujo


recurso necessário dominante é o capital político. O exercício aqui proposto é muito superior
em profundidade, qualidade e carga reflexiva do que a simples listagem de stakeholdes e partes
interessadas. A análise de cenários é a identificação de relatos plausíveis do contexto em que
o PEG produzirá os impactos esperados. Não se trata de apontar profecias, muito menos
modelos formais baseados na racionalidade e linearidade dos processos sociais. Evidências
nesse sentido puderam ser identificadas nos projetos específicos de análise prospectiva
implementados pelo centro de governo.

Você também pode gostar