Você está na página 1de 4

Eu nasci em São Paulo, na Zona Norte da cidade no Tucuruvi, meu pai se chamava Edgar Neves

e minha mãe morreu quando eu tinha 3 anos, meu pai se casou novamente depois que minha
mãe morreu com uma mulher chamado Catharina, ela não gostava muito de mim por eu ser
filho do primeiro casamento, mas era uma ótima mãe para meu irmão mais novo Bruno e
minha irmã Alice por isso Catharina tem meu respeito.

Minha infância não foi solitária, meu pai era rico e meu primo Roberto vinha nós visitar
sempre, ele era praticamente um filho para Catharina, ela o tinha amamentado quando sua
irmã adoeceu, mas eu não me importava, embora meu pai não gastasse quase nenhum
dinheiro comigo já que Catharina comia todo seu dinheiro em pro de seus filhos, meus irmãos,
eu não me importava, ela fazia meu pai feliz.

Quando me formei no colégio, eu e Roberto queríamos fazer a mesma coisa, queríamos entrar
para a polícia, e sermos investigador e promotor de justiça, eu queria seria o investigador e ele
o promotor e juntos colocaríamos os bandidos atrás das grades e garantiríamos que ele teria
justiça!

Roberto entrou para a faculdade de Direito enquanto eu comecei um curso preparatório para
prestar concurso para polícia civil.

Em uma noite, Roberto me chamou para ir até seu apartamento, ele estava dando uma festa
para o pessoal da faculdade, Roberto tinha conhecido uma garota estrangeira na faculdade seu
nome era Clarissa, ela era linda, mas eu fiquei chocado mesmo foi com a aparência de sua
amiga, uma garota linda que cursava História e falava muito sobre Política, enquanto todos
riam dela, eu prestava atenção em tudo que ela falava, ela olhou para mim e eu fui até ela.

Ela se chamava Daiana, conversamos a noite toda, depois de umas doses ela começou a falar
como todos se ajoelhavam aos seus pés e eu falei que nunca me ajoelharia aos pés dela, era
uma brincadeira, fomos para cama naquela noite e na noite seguinte e na noite depois dessa
noite... Ela era de mais.

Eu e Daiana começamos a namorar, ela me apoiava e eu apoiava ela e suas ideias, ela adorava
ir em saraus e expor suas ideias, e eu era o primeiro da fila para aplaudi-la, estava tudo lindo e
maravilhoso, mas então tudo começou a dar errado.

Daiana começou a passar mal constantemente, chegando a vomitar sangue, tinha noites que
parecia que ela estava maluca, o estado de Daiana foi piorando, não podia contar com os pais
dela pois Daiana era órfã. Quando fomos ao médio ele afirmou que estava acontecendo
alguma coisa na cabeça de Daiana, que ela não tinha mais de 8 meses até perder a sanidade,
doença essa que tinha atacado seu pai pouco antes de morrer... Entramos em desespero, achei
que estava-a perdendo, de certa forma eu a perdi.

Aos poucos ela foi me afastando, ela começou a odiar a luz do sol então fechava todas as
cortinas, e começou a odiar a presença de qualquer um, por fim, um belo dia eu cheguei em
casa depois do trabalho e ela não estava mais lá, eu liguei para todas as viaturas e juntos
fomos procura-la por toda Zona Norte, mas não encontramos ela, eu era o Comandante da
polícia nessa altura de minha vida e nem conseguia achar minha namorada.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas logo descobriria, eu encontrei Daiana na Zona
Sul, ela estava andando pelo parque acompanhada de uma pessoa, estava de noite e eu não
consegui ver quem era, quando me aproximei correndo para ver quem era, eu coloquei a mão
em seu ombro quando fui arremessado contra uma parede. Dayana estava me segurando pelo
pescoço como se eu fosse uma criança, eu tentei revidar, mas ela estava me sufocando, eu
acabei desmaiando.

Quando acordei estava em uma sala medica acorrentado, som com uma cueca, ajoelhado,
Daiana entrou pela porta, eu nunca tinha visto ela tão linda, mas alguma coisa estava erado,
ela parecia feita de cera, sua pele estava mais pálida, eu sentia calafrios em sua presença, ela
estava diferente, e então ela me disse.

-- Olha só quem finalmente resolveu se ajoelha para mim! Hahaha!

Eu imaginava que a loucura que o médico havia dito tinha tomado seu cérebro de vez, eu
tentei resistir, mas sou apenas um homem eu não quebro correntes, Daiana pegou
equipamentos médicos e fez transfusão de sangue dela para mim, eu me senti esquisito no
começo até que comecei a me sentir bem.

Depois de uma semana lá dentro alguma coisa em mim estava diferente, eu tinha sofrido uma
lavagem cerebral feita por minha namorada e torturada, eu estava completamente submisso,
ai era eu, e ao mesmo tempo não era.

Daiana se revelou para mim como uma vampira, explicou que o homem que eu tinha visto era
seu mestre, seu nome era Valter, um homem careca, um pouco afeminado e completamente
sádico e manipulador, eu tive a infelicidade de conhecer Lorde Valter.

Lorde Valter queria eu para ele como seu vassalo, mas Daiana implorou que ele a deixa-se ficar
comigo, em troca acharia um mascote mais adequado, Valter aceitou, mas disse que Daiana
estaria em dívida com ele, ele a tocou no nariz enquanto sorriu e saiu de lá saltitando, sim
saltitando mesmo.

Minha pobre e doce Daiana tinha se tornado uma louca e tirana, todas as suas ideias de um
política justa tinham se tornado o inverso, talvez a maldição de ser vampira juntamente com
sua doença mental a tenham transformado no monstro sádico que se tornou e ela arrastou eu
junto para esse buraco de sofrimento e matança.

Primeiro ela me torturou das piores formas possíveis, ela foi até minha casa e matou meu pai
cortando-lhe fora a cabeça, enquanto meu irmão Bruno e minha irmã Alice fugiram graças a
deus, depois ela foi atrás de Roberto, que já tinha se formado em Direito, tinha acabado de
passar no concurso para ser Promotor e sua esposa Clarice estava gravida de seu filho, ela
matou Clarice em seu chã de bebe, obrigou-me que segurasse Roberto enquanto cortou a
garganta fora de Catharina e por fim chupou o sangue de Roberto até a última gota.

Ela quebrou meu coração e destruiu minha mente, por muito tempo, eu virei um fantoche
dela, eu trepei com ela quando era de seu agrado, eu matei por ela quando era de seu agrado,
eu fiz tudo por ela quando era de seu agrado, seu poder sobre mim era imenso, os anos
passavam e Daiana não envelhecia, eu por outro lado envelhecia bem pouco, descobri depois
que o sangue dela me mantinha jovem.

Uma noite, estávamos fazendo o mesmo de sempre, mas algo deu errado, um dos humanos
sacou uma 12 e atirou contra Daiana, ela levou o tiro no ombro e partiu para cima do homem,
o homem começou a falar rezas e Daiana se sentiu mal, sentiu dor, começou a sangrar, o
homem carregou a arma novamente e atirou contra Daiana, ela me pegou rapidamente e
colocou-me na frente do tiro enquanto fugia e me deixava para morrer.
Eu perdi muito sangue e deveria ter morrido, mas o mesmo homem que atirou em mim
começou a fazer os primeiros socorros e depois de me abrir, tirar as balas e remendar
novamente, ele conseguiu me salvar.

Quando acordei a única coisa que eu queria era voltar para Daiana, eu não estava mais tão
enfeitiçado, mas ainda estava sobe o poder dela, mas estava lá eu em uma sala escura, como a
de um hospício, eu gritei, bati nas coisas chorei quando o efeito do sangue começou a passar,
quando minha humanidade começou a voltar eu queria morrer, eu queria que tudo aquilo
fosse um pesadelo, eu sabia que teria sido melhor eu ter morrido a muito tempo, por que eu
estava vivo, por que?...

Um home entrou naquela sala, eu fiquei acoado no canto da parede e então ele começou da
falar:

-- Você matou inocentes, você ajudou uma filha de Cain matar inocentes, você deveria ter
morrido, você deveria ter sido destruído como muitos outros Caniçais, mas sua mestra o
deixou para morrer rapaz, e se eu puder extrair qualquer informação de você que eu puder, eu
irei! Você vai pagar por seus crimes de uma forma ou de outra.

Eu pensei que ele iria me torturar, eu comecei a chorar, mas sabia que merecia, ele se abaixou
tocou em me ombro e me falou:

-- Você quer que os verdadeiros culpados paguem por isso? Você vai me ajudar?

Era como se uma luz estivesse brilhando atrás daquele homem, eu só pude concordar com ele,
eu ainda servia para uma coisa, eu sabia muito sobre eles, os vampiros, eu sabia como viviam e
como morriam, e sabia onde acha-los, eu ainda servia para alguma coisa, eu serviria para a
arrumar a bagunça.

Padre Joaquim Moura me ajudou depois daquele dia, me ensinou as coisas que eu precisava
saber sobre a caçada, me ofereceu refúgio em sua Sociedade, mas eu tive de recusar, mesmo
assim ele disse que sempre poderia contar com ele, e em troca ele gostaria de poder contar
comigo e com meus trabalhos quando fosse solicitado, é claro que eu aceitei, eu devia minha
vida a ele, e então fui seguir meu caminho livre do domínio de Daiana.

Eu aluguei um apartamento, comprei uma moto, um kit de investigador que peguei com o
Padre junto com uma nova certidão de nascimento, identidade, uma arma e sua posse e então
comecei a fazer meus contatos, eu sabia que precisaria da ajuda de terceiros se quisesse
destruir alguns vampiros, precisaria encontrar outros como eu e também aqueles que pudesse
me ajudar de alguma outra forma.

Eu fiz contato com a polícia local, com o chefe do trafego local e com um contrabandista de
informação, eles eram, Samuel, Broo e Peter nessa ordem, assim montei minha rede de
infomações.

Estou nessa vida de caçador a 2 anos, já fiz muitas amizades ao longo desse tempo, muitos
amigos caçadores que vieram e já foram também, até com uma gang de motoqueiros
chamados Young Bloods eu fiz parceria, com uma deles em especial, Yngrid, uma garota ruiva
bem rebelde, mas por algum motivo gosto do jeito dela, somos uma espécie de aliados,
quando preciso dela, ligo para ela, quando ela precisa de mim ela me liga.

Um dia eu encontrarei novamente Daiane e seu mestre Valter, e enfiarei minha estaca bem
no... Coração da vadia!
Personagens

Edgar Neves – Pai Catharina – Madrasta Alice – Irmã Bruno - Irmão

Roberto – Primo/Melhor Amigo Clarisse Joaquim Moura Yngrid – Young Blo


Daiana – Vampira Louca Valter – Mestre de Daiana

Você também pode gostar