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Anotação 1

Estou escrevendo nesse livro para lembrar dos acontecimentos que ocorreram
outrora mais cedo, consegui novos companheiros cujo todos são um tanto peculiares
mas com suas qualidades únicas.

Começarei com o anão orgulhoso e virtuoso Durin, cujo seu temperamento é


moldado com fogo e forjado com o metal mais resistente, não importa o que
aconteça ele se mantem impecável nas suas habilidades.

Seguindo eu mencionarei a tiefling Elga, meus sentimentos em relação a sua raça


são confusos pois na visão do mundo eles são odiados mas ela ainda sim é uma boa
tiefling, me ajudou bastante nesse tempo, sua essência é diferente das que já vi
então eu a analisarei melhor.

Conheci um meio elfo intrigante chamando Haldor, ele parece ser um garoto
bastante travesso e divertido de se ter por perto, se eu o definisse em uma situação
eu diria que ele seria uma pessoa que entraria em um bar e acabaria voltando com
uma sacola de ouro depois de varias pessoas terem se desentendido.

Um garotinho peculiar parece usar magia e usa um saco na cabeça, não sei bem
qual é o objetivo dele mas ouvi que ele é mais velho do que eu imaginava então eu
suponho que ele não é humano nem algum ser que eu conheça mas espero que eu
consiga sua confiança.

Acompanhado dele tem um hibrido cuja as habilidades também foram semelhantes


as do haldor mas não sei as intenções dele e nem o motivo dele estar acompanhando
a criança, tenho que descobrir mais de suas habilidades e intenções para que eu
possa confiar nele.

Um homem mais forte do que o normal eu conheci na prisão junto com os outros e
parece que ele conhece o hibrido então eu suponho que ele deve fazer parte do grupo
dele, nunca vi uma força como essa nem quando eu enfrentei um licantropo e ele
parece ser um homem de poucas palavras e ter suas próprias situações a tratar.

Um serpentário cujo suas intenções são mais claras que a luz mais ofuscante na
escuridão, aparentemente ele procura uma pessoa de extrema importância para ele
e outras pessoas, ele ajudou a mim com o que está acontecendo comigo mesmo que
temporariamente acho que posso confiar nele quando isso acontecer.

Anotação 2

Não estamos mais nas entranhas de Goren, enfrentamos o rei rato e descobrimos
que ele era um demônio, mesmo eu sendo um caçador, jamais imaginaria enfrentar
algo como aquilo mas conseguimos sair vitoriosos. Fizemos um acampamento
temporário para planejarmos nossa viagem, apesar de todos os acontecimentos, nós
ainda queremos permanecer como um grupo e isso de fato me comove, não é sempre
que vemos um grupo de seres de raças diferentes juntos em busca de cumprir algo
nobre, talvez a Maria tivesse razão, a vida sempre dá um jeito de mostrar que nem
tudo é dor e violência no mundo. Vamos para Midland achar o conselheiro do
antigo rei, ele pode nos ajudar de alguma forma a parar com a loucura do novo rei,
também a outro lugar que vamos que irá me ajudar a entender o que anda
acontecendo comigo, rezo para que eu obtenha respostas e não sucumba a loucura
que está em minha mente.

Chegamos em uma vila, ela parece ser bem movimentada mas acham que o
serpentário é um monstro, o medo é como uma cicatriz de guerra cujo a vítima de
tal barbaridade nunca superou as lembranças. Nos dividimos em 3 grupos, eu e o
Milo fomos buscar informação sobre a próxima cidade, tivemos que trabalhar para
obter as respostas e parece que é uma cidade fantasma, Haldor e Durin foram
arranjar uma carroça e itens para nosso grupo e White teve que ficar fora da
cidade para evitar que as pessoas causassem um alvoroço e também ele queria
limpar suas vestes. Depois de um longo dia nós decidimos descansar, não é a
primeira vez que tenho medo de adormecer em algum local, afinal em Yarnan não
se pode baixar a guarda só que desta vez o monstro que temo é ninguém menos que
eu mesmo, espero que nada aconteça esta noite.

Anotação 3

A noite foi tranquila aparentemente, pedi para o Haldor me acorrentar para que
não acontecesse de novo minha situação atual, mas como nada é perfeito, ouve uma
gritaria e o Milo estava ferido, tivemos uma conversa e um veado acabou o atacando
em uma caçada e fugiu. Decidi então obter esse animal como minha caça matutina,
precisava espairecer a minha mente do que de verdade acontece comigo quando a noite
chega, a caçada foi gratificante e o animal lutou pela sua vida, mas como eu era seu
caçador, o seu fim era inevitável.

Retornei para a carroça, ouve uma comoção na cidade mas não sei exatamente o
motivo, fui requisitado a ir em uma guilda e fui informado que para irmos a uma
cidade abandonada, nós precisaríamos nos inscrever na guilda e conseguir a
recompensa, eu nunca gostei de guildas pois é um insulto a todos os caçadores que dão
a vida para extinguir os monstros que matariam muitas pessoas, não ligamos numa
enorme quantia mas sim no significado da caça em si só, ainda sim me inscrevi na
guilda mas minha mente me martelou quando a moça que nos deu mantos para o frio
me disse que Maria havia passado por aquela cidade com uma criança, não consegui
dizer para o Durin e o White o que ela significava para mim mas no momento certo
eu poderei dar essa informação.

Houve um ataque de monstros ameaçando a cidade, lutamos bravamente contra as


feras que nos ameaçavam no combate mas ainda sim descobrimos que eram pessoas
que tinham virado monstros, White acabou ficando com pensamentos melancólicos
sobre a vida que havíamos tirado. Jamais vi um serpentário sentir tamanha empatia
com um ser que poderia tirar sua vida, esse grupo com quem ando é de variações de
virtudes e ideais, isso me deixa admirado com cada um deles e feliz que fiz a escolha
de seguir minha jornada com eles, muitos me achariam louco de ter como companhia
diversos seres distintos, eu escolho meus amigos, não pela pele ou outro arquétipo
qualquer mas pela pupila, tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não me interessam os bons de espirito nem os maus de hábitos, eu fico com
aqueles que fazem de mim louco e santo, deles eu não quero resposta, eu quero o meu
avesso que me tragam duvidas e angustias e aguentem o que há de pior em mim, eu
não quero risos previsíveis, nem choros piedosos, eu quero amigos sérios, daqueles que
fazem da realidade sua fonte de aprendizagem mas lutam para que a fantasia não
desapareça, eu não quero amigos adultos, nem chatos, quero os metade infância e
metade velhice, crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos
para que nunca tenham pressa. Eu tenho amigos, para saber quem eu sou, pois ao vê-
los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que a
normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

Anotação 4

Eu te reconheceria na completa escuridão


Se eu fosse mudo e você surda
Eu te reconheceria em outras vidas, em outros corpos
Em outros tempos e te amaria em cada um deles
Até que a última estrela do universo se apagasse
Na completa escuridão.

De: Charles Henry Sanson


Para: Lady Maria

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