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Bicentenário da Independência do Basil

Fatos que sucederam o grito da Independência


em 07/09/1822

Cumpra-se,
determinou-
As cortes se que as
Revolução portuguesas ordens
Liberal do exigiam a portuguesas
Porto foi revogação só seriam
iniciada em das medidas cumpridas
Portugal e implantadas no Brasil
reivindicava no Brasil e o com o aval
o retorno do retorno do de D. Pedro
rei príncipe I.
português. regente.



1822
1820 1821

1815 1821 1822




Brasil foi Com o Durante o


elevado à retorno de “Dia do Fico”,
condição de D. João VI D. Pedro I
Reino Unido para declarou que
e, assim, o Portugal, D. permaneceria
Brasil deixou Pedro foi no Brasil.
de ser colocado
colônia. como

regente do
Brasil.
Em 1820, os portugueses organizaram a chamada Revolução
Liberal do Porto. Durante este advento, os líderes políticos
portugueses formaram uma assembleia que exigiu o retorno
de D. João VI para a elaboração de uma nova carta
constitucional. Dentre as várias opções de projeto, os
militantes do Partido Brasileiro preferiram organizar uma
transição política sem grandes levantes populares em que o
Brasil fosse controlado por um regime monárquico. Para tanto,
abordaram D. Pedro I, que ocupava o cargo de príncipe
regente, e seria empossado como futuro imperador. A
explicação para o tom conservador desse projeto de
independência pode ser vista na própria origem social de seus
representantes. Em sua maioria, os partidários de nossa
autonomia final eram aristocratas rurais, funcionários públicos
e comerciantes que constituíam a elite econômica local. A
partir de então, vemos que a possibilidade de organização de
um movimento popular ou o fim do regime escravagista foi
cegamente descartada por esse grupo político. Entre os
principais integrantes, destacam-se as atuações de Gonçalves
Ledo, Januário da Cunha Barbosa e José Bonifácio de
Andrada e Silva. Este último, maçom praticante, conseguiu
reunir diversos membros da elite durante as reuniões de sua
loja maçônica, inclusive o príncipe regente Dom Pedro I. Outra
ação importante desse partido foi a organização de um
documento, com mais de oito mil assinaturas, que exigiam a
permanência de D. Pedro I no Brasil.
Após 200 anos da independência brasileira, cada vez mais
brasileiros estão migrando para Portugal. Nos últimos quatro
anos, seu número só aumentou e estima-se que 300 mil
brasileiros já vivam em nossa antiga metrópole. E muitos
brasileiros estão em busca de um passaporte europeu. Para
estes emigrantes, a Independência parece ter sido um mau
negócio: se o Brasil e Portugal ainda fossem um só país, pode
ser que hoje pertenceríamos à União Europeia, que a nossa
moeda fosse o euro, e que partilharíamos, com Portugal,
melhores indicadores sociais. Mas também pode ser que,
como parte integrante do Reino de Portugal, Brasil e Algarves,
o Brasil nunca teria conseguido afirmar-se como uma das
maiores economias do mundo. O fato é que a Independência
não parece ter servido a todos da mesma forma: muitos se
beneficiaram com ela, muitos se consideraram prejudicados
por ela, e muitos outros podem nem ter notado a diferença.
Uma lição que se pode tirar da Independência é, portanto, que
se trata de um acontecimento polêmico: os acontecimentos
não atingiram e não foram recebidos por todos da mesma
forma.

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