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Dadaísmo

vanguardas europeias do século XX


"Diferentemente das outras correntes, que, seja como for,
nascem de uma vontade de conhecer, interpretar a
realidade e dela participar, o movimento Dada é uma
contestação absoluta de todos os valores, a começar pela
arte."

Giulio Carlo Argan


"Visto que existe um conceito de arte, existem objetos
artísticos e existem técnicas artísticas, é preciso contestá-
los a todos: a verdadeira arte será a antiarte. Um
movimento artístico que negue a arte é um contra-senso,
e Dada é este contra-senso"

Giulio Carlo Argan


Características do
Dadaísmo

"A destruição também é criação".


"Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo
portanto certas coisas e sou por princípios contra
manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que
é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa
única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua
contradição, pela afirmação também, eu não sou nem pró
nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. A
obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque
a beleza está morta."

Tristan Tzara
Podemos destacar algumas
características do movimento:
Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos;
Espírito vanguardista e de protesto;
Espontaneidade, improvisação e irreverência artística;
Anarquismo e niilismo;
Busca do caos e desordem;
Teor ilógico e irracional;
Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista;
Aversão à guerra e aos valores burgueses;
Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo;
Resposta à altura do momento vívido
"Dadá é uma nova tendência da arte. Percebe-se que o é
porque, sendo até agora desconhecido, amanhã toda a
Zurique vai falar dele. Dadá vem do dicionário. É
bestialmente simples. Em francês quer dizer ‘cavalo de
pau’. Em alemão: ‘Não me chateies, faz favor, adeus, até à
próxima!’. Em romeno: ‘Certamente, claro, tem toda a
razão, assim é. Sim, senhor, realmente. Já tratamos disso’.
E assim por diante. Uma palavra internacional. Apenas
uma palavra e uma palavra como movimento."

Hugo Ball
“Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um
artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção
algumas palavras que formam esse artigo e meta-as
num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada
pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na
ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se
parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente
original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que
incompreendido do público”

Tristan Tzara
Hugo Ball Tristan Tzara Marcel Duchamp

Alguns artistas plásticos e


poetas que participaram do
movimento dadaísta foram:
Tristan Tzara: poeta romeno;
Marcel Duchamp: poeta, pintor e escultor francês;
Hans Arp: poeta e pintor alemão;
Francis Picabia: poeta e pintor francês;
Max Ernst: pintor alemão;
Raoul Hausmann: poeta e artista plástico austríaco;
Hugo Ball: poeta e filósofo alemão;
Richard Huelsenbeck: escritor e psicanalista alemão;
Sophie Täuber: artista plástica suíça.
Dadaísmo no Brasil
Manuel Bandeira Mário de Andrade
Dadaísmo na Literatura
Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! (...)

Mário de Andrade

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