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CAPÍTULO 01

A qualidade principal de um motor é a segu-


rança.
TEORIA E CONSTRUÇÃO DE
MOTORES DE AERONAVES FLEXIBILIDADE DE OPERAÇÃO
Para que uma aeronave permaneça em vôo e É a capacidade de um motor funcionar suave-
com velocidade constante, deve existir um em- mente desde a marcha lenta até a potência
puxo igual e em direção oposta ao arrasto ae- máxima.
rodinâmico dessa aeronave.
TIPOS DE MOTORES ALTERNATIVOS
Todos os motores térmicos têm em comum a (CONVENCIONAIS)
capacidade de converter energia calorífica em
energia mecânica. Motores alternativos são classificados de acor-
do com a montagem dos cilindros com relação
O ar é o principal fluido utilizado para propul- ao eixo de manivelas, são eles:
são em todos os tipos de motores exceto fo-
guetes.  Em linha
 Em ‘’V’’
O fluido (ar) utilizado para a força de propulsão  Radial
é em diferente quantidade daquela utilizada no  Opostos.
motor para produzir energia mecânica.
MOTOR ‘’EM LINHA’’
Exigências Gerais
Um motor em Linha tem geralmente um nume-
Todos os motores devem obedecer a exigên-
ro par de cilindros.
cias gerais de eficiência, economia e confiabili-
dade.
São refrigerados a ar ou a liquido.
O motor deve prover alta potência de saída
sem sacrifício da confiabilidade, deve ser com- Possui
de baixosomente 1 eixo
ou de cima dos de manivelas na parte
cilindros.
pacto, baixo peso, livre de vibrações e durabili-
dade para operar longos períodos entre revi-
sões. Se o eixo de manivelas for instalado abaixo do
cilindro é denominado motor invertido.
Potência e Peso
Quando refrigerados ar são deficientes devido a
Motor alternativo/hélice é medido em (BHP = sua grande área frontal.
cavalo força ao freio) Tem alta razão de peso/cavalo forca.
Motores Opostos ou tipo ‘’O’’
Motor de Turbina a Gás o empuxo é convertido
em (THP = cavalo força de empuxo em libras) Os motores opostos possuem duas carreiras
de cilindros opostos.
Durabilidade e Confiabilidade
Eixo de manivelas no centro.
Durabilidade é o tempo de vida do motor, en-
quanto mantém a confiabilidade desejada. Montados na horizontal ou vertical.

TBO (intervalo entre revisões) varia com as Refrigerados a ar ou liquido, porem os a ar são
condições de operação do motor, tais como, mais usados na aviação.
temperatura, duração em que o motor é opera-
do em alta potência e manutenção recebida. Possuem baixa vibração porem tem uma baixa
razão peso-cavalo forca, mas é ideal para insta-
A confiabilidadecontinuada de um motor é lação nas asas devido poder ser montado na
determinada pela manutenção, revisão geral do horizontal.
operador.

Rusticidade é o tempo de vida de um motor

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Resumo
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Motores em ‘’V’’
O Cárter deve ser rígido e forte para evitar de-
Nos motores em ‘’V’’ os cilindros são montados salinhamento do eixo de manivelas e seus ro-
em 2 carreiras em linha em 60 graus. lamentos.

Possuem 12 cilindros refrigerados a liquido ou Ligas de alumínio fundidas ou forjadas, são


ar, são designados pela letra ‘’V’’ seguida da geralmente usadas na construção devido sua
cilindrada. leveza e resistência.

Motores Radiais Cárters de aço forjado são usados em motores


de alta potência.
Em um motor radial os cilindros podem ser
dispostos em 1 ou 2 carreiras ao redor do Seção do Nariz
cárter. São cônicas ou arredondadas de forma a man-
ter o metal sob tensão ou compressão.
1 carreira pode conter 3,5,7 ou 9 cilindros.
SEÇÃO DE POTÊNCIA
Sua potência varia de 100 a 3800 cavalos-
força dependendo da sua configuração. Nos motores equipado com biela mestra bipar-
tida e eixo de manivela tipo maciço, a seção do
O eixo de manivelas pode ter 1 ou Cárter principal ou de potência pode ser maciça
2 moentes dependendo da quantidade de car- ou de liga de alumínio.
reira de cilindros.
A seção principal bipartida é de liga de alumí-
Todos os motores radiais de aviação têm um nio ou magnésio.
rendimento global que não ultrapassa nas
Seção Difusora
melhores condições os 28%.
A seção do difusor ou compressor é fundida em
Construção dos Motores Alternativos liga de alumínio, em alguns casos de liga de
As pecas básicas de um motor são: magnésio (mais leve).
Essa seção dispõe de flange para ligar o con-
• Cárter
junto do motor a sua estrutura ou berço na
• Cilindros
fuselagem de aeronaves monomotoras, ou
• Pistões
Bielas a nacelede estrutura da asa nas aeronaves

• Mecanismo de comando das válvulas multimotoras.
• Eixo de manivela
Os flanges podem integral ou separável no
Na cabeça de cada cilindro estão as válvulas caso de berços flexíveis ou dinâmicos.
de admissão e de escapamento.
O conjunto do berço suporta todo o motor
Dentro de cada cilindro está o pistão móvel incluindo a hélice.
conectado ao eixo de manivela por uma biela.
Seção de Acessórios
Seções do Cárter
É a seção traseira de liga de alumínio ou mag-
A base de um motor é seu Cárter. Ele contém nésio provida para fixação de magnetos, carbu-
rolamentos
apóia. nos quais o eixo de manivela se radores, de
motores bombas degeradores
partida, combustível,
etc...óleo e vácuo,

Além de auto se sustentar o Cárter deve prover Trens de Engrenagens de Acessório


um recipiente para o óleo de lubrificação e
apoiar mecanismos externos e internos do mo- Engrenagens de dentes retos ou dentes
tor. chanfrados

Ele prove apoio para fixação dos conjuntos de Dentes retos são usados para acionar acessó-
cilindros e para fixação do motor a aeronave. rios com cargas mais pesadas.

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Em um motor convencional, para que fosse
Dentes chanfrados permitem posição angular possível realizar o ciclo teórico completo, seri-
de eixos principais am necessários 720°de rotação do eixo de
manivelas.
Engrenagem acionadora de acessório carre-
gada por mola permite forças elevadas preve- Decalagem da manivela é definida com sendo
nindo contra danos. a distancia em graus entre os moentes.

Em um motor de 14 cilindros a decalagem é de


Eixo de Manivelas 180°.

Eixo de manivelas é a espinha dorsal dos A potência disponível no eixo de manivelas é


motores alternativos, ele está sujeito a maioria conhecido como efetiva.
das forças desenvolvidas pelo motor.
O eixo de manivelas apóia se no Cárter por
Seu objetivo principal é transformar meio de mancais com rolamentos cônicos.
o movimento alternativo do pistão e da biela
em movimento rotativo, para acionamento Balanceamento do Eixo de Manivelas
das hélices.
Um desbalanceamento estático ou dinâmi-
Os eixos de manivelas são muito resisten- co pode causar vibração no motor.
tes, por tanto são forjados de aço cromo-
níquel molibdênio. Em um eixo de manivelas deve ser feito um
balanceamento dinâmicopara evitar vibração
Os eixos de 6 manivelas são utilizados em mo- no motor quando estiver em funcionamento.
tores em linha , opostos de 6 cilindros e em ‘’V’’ Para reduzir ao mínimo essa vibração são usa-
de 12 cilindros. dos amortecedores dinâmicos (pendulo) no
eixo de manivelas.
Os eixos de manivelas de motores radiais
podemdependendo
velas, ser de manivela única,que
do motor 2 oupode
4 mani-
ser Embalanceamento
um deve estático
manutenção ser para reduzir
feito ao
de 1, 2 ou 4 fileiras mínimo a vibração, isto é, quando o peso de
todo o conjunto de moentes, braço da manivela
Independente do numero de manivelas, cada e contrapesos está balanceado em volta do
eixo tem 3 partes principais: eixo de rotação.

Munhão: é o eixo central da manivela que BIELAS


transmite a rotação para a hélice e acessórios.
É o componente do motor que converte o mo-
Moente (pino da manivela): é onde a seção a vimento retilíneo alternativo do pistão em mo-
qual a biela está conectada e também é a peça vimento rotativo do eixo de manivelas.
responsável pela conexão do pistão ao eixo de
manivelas. Geralmente o moente é oco, pois Biela é o elo entre o pistão e o eixo de manive-
reduz peso e permite a passagem de óleo lubri- la, transmitindo ao eixo de manivelas força
ficante. O eixo de manivelas pode ter 1 ou 2 recebido do pistão.
moentes dependendo da quantidade da carreira
de cilindros

Braço da manivela: conecta o moente ao São três tipos de Biela:


munhão principal.
O de manivela única 360° usado em motor  Biela Plana: (motores opostos e em linha)
radial de 1 carreira.  Biela forquilha e Pá: (motores em ‘’V’’)
 Biela Mestra e Articulada = (motores Radi-
O eixo de manivelas de dupla manivela ou ais)
180° é usado em motor radial de dupla manive-
la. O pistão de numero um em cada carreira é
conectado ao eixo de manivelas por meio da
biela mestra. A biela mestra serve como articu-

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lação de ligação entre o pino do pistão e o mo-
ente. O pino do pistão une o pistão a biela

A peça que fixa o pistão a biela denomina-se O resfriamento do pistão é do tipo Misto.
pino de biela (pino de articulação).
A maior quantidade de calor removida dos
Na remoção de um cilindro de um motor radial pistões é feita pela mistura combustível
que trabalha com biela mestra deve se obser-
var que o pistão esteja no tempo de compres- A função das nervuras no interior dos pis-
são (PMA). tões é melhorar o resfriamento , essas nervu-
ras permitem que a área de contato entre o
PISTÕES pistão e o óleo combustível seja aumentada,
melhorando o resfriamento.
O pistão admite a mistura combustível, trans-
mite a força expansiva dos gases ao eixo e Os rasgosonde são instalados os anéis de
manivelas e no golpe de retorno o pistão expul- segmentos possuem furos por onde o óleo
sa os gases queimados para fora do cilindro. passa para lubrificar a camisa.
Os pistões são usinados de liga de alumínio, ANÉIS DE SEGMENTOS
pois conduz melhor o calor e é mais leve.
Os anéis de segmento evitam o vazamento de
Ranhuras são usinadas em suas faces para gases sob pressão e reduzem ao mínimo a
receberem os anéis do pistão. infiltração de óleo na câmara de combustão.
Os anéis de segmentos se dividem em:
A folga existente entre o cilindro e o pistão é
vedada por meio de anéis de segmentos. 2 anéis de compressão que evita o esca-
pe dos gases
Seis ranhuras podem ser usinadas em volta do 2 anéis de controle de óleo que regula a
pistão para acomodar os anéis de compressão espessura do filme de lubrificação
e do óleo.
trada1deanel
óleoraspador
na câmaradedeóleo que evita a en-
combustão
Os anéis de compressão são instalados nas 2
ou 3 ranhuras superiores dependendo da Os 2 anéis de segmento mais próximos da
configuração. Os anéis de controle de óleo cabeça do cilindro servem para garantir a com-
são instalados imediatamente acima do pino do pressão dos cilindros
pistão.
Os dois anéis de controle de
O pistão é furado nas ranhuras dos anéis de óleo estão abaixo dos anéis de compressão e
controle do óleo para permitir que o óleo exce- acimada cavidade do pino do pistão. Esses
dente raspado retorne para o Cárter. anéis regulam a regulam a espessura do filme
do óleo sobre a parede do cilindro.
Um anel raspador de óleoestá instalado
na base da parede ou saia do pistão, para Caso o óleo seja queimado na câmara de com-
evitar o consumo excessivo de óleo. bustão causará uma camada de carbono que
poderá emperrar as válvulas ou os anéis.
As partes da parede do pistão que estão entre
cada par de ranhura chama-se anel plano. Os anéis de segmento são instalados na zona
de anéis.
Os pistões
bolo, porempodem ser do
os do tipo tipo sapata
sapata não sãoou em-
utiliza- A parte do cilindro onde os anéis se apoiam
dos em motores de alta potência . chama se camisa.
A face superior do pistão pode ser plana, re-
baixada, convexa ou côncava .

Rebaixos podem ser usinados nas cabeças


dos cilindros a fim de evitar interferência com
as válvulas.

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ANEL RASPADOR  Cabeça
 Corpo
Tem a face chanfrada, instalado na base ou
saia do pistão e sua função é eliminar o ex- A finalidade da cabeça do cilindro é prover um
cesso de óleo para a câmara de combustão. O lugar para a combustão ar/combustível. Esse
anel está instalado com a face raspadora para lugar chama se câmara.
fora da cabeça do pistão, ou na posi-
ção reversa. A cabeça dos cilindros é feitas de liga especial
de alumínio para melhorar seu resfriamento.
Quando na posição reversa o anel raspador
retém o óleo acima dele no golpe A cabeça do cilindro mais usada é
de ascendente do pistão, esse óleo é retorna- a semiesférica.
do para o Cárter no gol-
pe descendente pelos anéis de controle de A fixação da cabeça do cilindro ao corpo é feita
óleo. por processo antagônico térmico.

Os anéis de segmento são de Ferro Fundido. O espaço interno do cilindro compreendido


entre os pontos mortos chama se cilindrada.
O primeiroanel de segmento do pistão se
diferencia por ser cromado. A parte do cilindro que reveste a câmara onde
o pistão se desloca chama se camisa.

CILINDROS As camisas são instaladas no corpo dos cilin-


dros e são nitretadaspara aumentar
Os cilindros mais usados na aviação são do sua dureza.
tipo ‘’I’’.
VÁLVULAS
O cilindro é o componente onde a mistura ga-
sosa combustível é admitida, comprimida e As válvulas são componentes que permitem a
queimada. entrada ou saída dos gases no interior do cilin-
dro.
O óleo lubrificante que penetra na câmara de
combustão dos cilindros é queimado. Ar e combustívelentra nos cilindros pe-
la válvula de admissão e os gases queima-
A queima da mistura com a combus- dossão expedidos pela válvula de escapa-
tão normal chama se detonação. mento.
A detonação acontece com o uso da gasolina As válvulas utilizadas em motores convencio-
com o menor índice de octanas. nais são do tipo Gatilho.

O calor que a válvula de admissão e de es- O formato das válvulas pode ser do ti-
capamento absorve durante o funcionamento po cogumelo tulipa ou semi-tulipa.
do motor é dissipado através das aletas de
resfriamento. As válvulas dos cilindros quan-
do fechadas assentam-se nas sedes.
Nos cilindros o lado externo do escapamento
ou descargapode ser identificado pela exis- As válvulas de admissão trabalham numa
tência de aletas de resfriamento. temperatura mais baixa que a válvula de es-
capamento, portanto são construídas
As chapas metálicas usadas para aumentar o de cromo-níquel, já as válvulas de escapa-
contato entre os cilindros e o ar (aletas de mento são de nicromo, silcromo ou aço co-
resfriamento) são denominadas defletores. balto-cromo.

Quanto maior for sua área exposta ao ar (ale- A face das válvulas é retificada geralmente ao
tas) melhor será seu resfriamento. um ângulo de 30° ou 45°. Em alguns motores
a válvula de admissão é retificada em 30 ° e a
O cilindro pode ser dividido em duas partes: de escapamento é de 45 no qual forma um

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selo na sede na cabeça do cilindro quando
fechadas. Para que sejam efetuados os quatro tempos
do motor, são necessários duas voltas da árvo-
O material da face das válvulas é re de manivelas e quatro cursos do pistão. 1
a estelita. A estelitaé resistente à corrosão tempo = 1 curso do pistão = 1/2 volta da árvore
por altas temperaturas. de manivelas ou 180 graus de giro.

O fechamento das válvulas é feito através Portanto: 4 tempos = 4 cursos do pistão = 2


da ação de molas. voltas da árvore de manivelas ou 720 graus
de giro Durante o funcionamento, o motor
As guias de válvulas são feitas de bronze. exerce quatro funções importantíssimas que
são: admissão, compressão, combustão-
A extremidade da válvula é endurecida para expansão e escape.
resistir ao martelamento do balancim.
Eixo de Ressalto ou Eixo de comando de
Algumas válvulas de admissão ou de escapa- Válvula ou Eixo de Came
mento são ocas e parcialmente cheias com
sódio metálico devido ser ótimo condutor de A cada 2 voltas do eixo de manivela gira 1 vez
calor. o eixo de came.
O sódio se funde a 110 ° , o movimento alter- A peça que comanda as válvulas no tempo
nativo da válvula faz circular o sódio liquido, exato é o:
facilitando a retirada de calor da cabeça da
válvula para a haste, onde é dissipado através EIXO DE RESSALTO
da cabeça do cilindro e das aletas de refrigera-
ção. O eixo de ressalto sempre gira com metade da
velocidade do eixo de manivelas. Á medida em
A temperatura da válvula pode ser reduzida que o eixo de ressalto gira, os lóbulos provo-
tanto a 167°C como a 230°C. cam levantamento do tucho em sua guia,
Nunca se deve cortar uma válvula cheia de transmitindo
ras a força
e balancins paraatravés
abrir ada haste impulso-
válvula.
sódio, porque o sódio é altamente explosivo
TUCHOS
As válvulas não são intercambiáveis, pois
são construídas de materiais diferentes. Tucho é uma haste cilindra que transmite o
movimento do eixo de ressalto para o balancim
O calor absorvido pela válvula de admissão é para abrir a válvula.
dissipado pela injeção de combustível
Em um sistema de transmissão de comando
O calor absorvido pela válvula de escapamento rígido, a regulagem do sistema é feita variando
é transferido para os defletores do cilindro se o comprimento das hastes (tuchos).
através dos gases de escapamentos.
Os tuchos contem uma haste impulsionado-
O processo que auxilia na dissipação do calor ra, um seguidor de ressaltos, um soquete de
através dos gases de escapamento é bola, uma mola de tucho e um envelope que
o cruzamento de válvulas ou CLARO de vál- protege o conjunto.
vulas.
Algumas aeronaves possu-
CLARO DE VÁLVULAS em Tucho hidráulico que mantém a folga das
válvulas a zero.
É o instante em que as 2 válvulas ficam aber-
tas antes do no ponto morto superior em um Haste Impulsora
curto tempo para que uma parte de ar admitido
ajude a expulsar os gases. Possui a forma tubular e transmite a forca de
levantamento do tucho para o balancim. Uma
O mecanismo de controledas válvulas é esfera de aço endurecido é pressionada sobre
composto por eixo de ressalto (eixo de co- ou dentro de cada extremidade do tubo.
mando de válvulas, tuchos e balancins).

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no inicio da admissão. Esse tempo é o claro de
BALANCIM válvula que serve para refrigerar o cilindro.
Os balancins transmitem o movimento dos TEMPO DE COMPRESSÃO
tuchos para as válvulas de admissão e escape.
A carga de ar/combustível é queimada pela
O conjunto de balancimé suportado vela quando o pistão está próximo do p onto
por mancais lisos, de roletes ou de esferas. morto superior, o tempo de ignição varia de
20° a 35°.
A folga existente entre a haste e o balancim
chama se claro de válvula TEMPO DE POTÊNCIA
Molas das Válvulas Após a compressão o pistão é forçado para
baixo com uma força que pode ser maior do
Cada válvula é fechada por meio de 2 ou 3 que 15 toneladas. Esse tempo é o momento
molas helicoidais para evitar vibrações e osci- de trabalho ou tempo motor.
lações.
TEMPO DE ESCAPAMENTO
Mancais
A válvula de escapamento é aberta antes do
Mancal é qualquer superfície que suporta ou é ponto morto inferior no tempo de potência
suportada por outra superfície. de 50° a 75°. Conforme o pistão passa o ponto
morto inferior ele começa a empurrar os gases
Eixo da Hélice de escapamento.
MOTOR A REAÇÃO
Os Eixos das Hélices podem ser de 3 ti-
pos : Construção do Motor a Turbina

 Cônico Um motor de turbina a gás consiste:



Estriado
Flangeado 1. Uma entrada de ar
2. Seção do compressor
3. Seção de combustão
CICLO DE OPERAÇÃO DE MOTOR 2 4. Seção de turbina
TEMPOS 5. Seção de escapamento
6. Seção de acessórios
O motor completa o ciclo com apenas 1 7. Sistemas necessários para partida, lubrifi-
volta no eixo de manivela ou 360°. ½ volta é cação, suprimento de combustível etc.
igual a 180°
Um fato que influência na construção de moto-
CICLO DE OPERAÇÃO DE MOTOR 4 res de turbina é o tipo de compressor que
TEMPOS (CICLO OTTO ) pode ser de Fluxo Axial Centrifugo.
O descobridor foi um físico alemão OTTO. No motor de Fluxo Axial, o duto de entra-
da de ar é um dos componentes mais impor-
Neste caso são necessário 2 voltas comple- tantes do motor.
tas no eixo de manivela para 1 ciclo comple-
to 720° No motor Centrifugo o ar é dirigido para as
aletas indutoras do compressor.
TEMPO DE ADMISSÃO
A velocidade de ar que entra
A quantidade de mistura ar/combustível de- no compressor depende de 3 fatores:
pende da aceleração do manete.
 Velocidade do compressor (RPM)
A válvula de admissão está aberta antes do  Velocidade da aeronave
pistão ou embolo atingir o ponto morto superior  Densidade do ar ambiente

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Existem 2 tipos básicos de entrada de ar: para acionar alguma coisa além da hélice é
 Simples chamado de motor a turbina.
 Dividida
Motor Turbofan
Geralmente usa se a entrada de ar Simples
com Fluxo Axial. É o mesmo principio que o turboélice, exceto
que a hélice é substituída por uma ventoinha
Função primaria do Compressoré comprimir axial do duto.
o ar para a câmara de combustão (gira o mo- Um motor a turbina baseia se na 2° lei de New-
tor). ton.

Função secundaria é suprir os sistemas diver- Ciclo de Brayton é o nome dado ao ciclo ter-
sos, como: pressurização, aquecimento, degelo modinâmico de um motor a turbina.
e anti-gelo partida pneumática dos motores,
APU etc. CAPÍTULO 02
O tipo e compressor (Axial ou Centrifugo) é
um meio de classificação para descrever o tipo
SISTEMA DE ADMISSÃO E DE
de motor, se é Axial ou Centrifugo. ESCAPAMENTO
Compressor de Fluxo Centrifugo consiste Sistema de Admissão dos Motores Conven-
de: rotor (ventoinha), difusor e coletor. cionais

Compressor de Fluxo Axial (+usado) consis- Consiste de:


te de: rotor e estator. Um carburador
 Uma tomada de ar ou duto que conduz
Muitos motores usam de 10 a 16 estágios. ar ao carburador
 Uma tubulação de admissão
O estagio de compressor começa sempre com
o rotor e estator. SISTEMA DE ADMISSÃO DE MOTORES NÃO
SUPERALIMENTADOS
A ordem é (N1) compressor de baixa, (N2)
compressor de alta, (N2) turbina de alta e Se for usado um carburador esse poderá ser
(N1) turbina de baixa. do tipo:
 Bóia
Seção de Combustão, sua principal função é  Pressão
queimar a mistura ar/combustível.
FILTRO DE AR
Existem 3 tipos básicos de câmara de com-
bustão: Consiste em uma armação de liga de alumino
numa tela de trama bem fechada para o Máxi-
 Câmara múltipla ou caneca (+usada) mo de filtragem do fluxo de ar.
 Anular ou tipo Cesta (+usada)
 Caneca anular ou canelar. A formação de gelo no sistema de admissão
pode ser de 3 tipos:
Seção de escapamento consiste de um reves-
timento externo de aço inoxidável.  Gelo de Impacto
 Gelo da evaporação de combustível
Motor Turboélice 
Gelo na Válvula de Admissão.
Motor turboélice é a combinação de uma turbi- O gelo na borboleta de aceleração pode ser
na a gás com Hélice. evitado por meio do uso de BMEP.

Motor a Turbina

É similar ao turboélice, um motor de turbina a


gás que entrega potência através de um eixo

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SISTEMA DE ADMISSÃO DE Dissipador de Vortex da Entrada de Ar do
SUPERALIMENTADOS Motor

Podem ser externas (Superalimentado- Um dissipador de vortex é usado na entrada


res) e Internas (Turboalimentados). de ar do motor devido a possibilidade do vortex
atrair FOD para o motor. Esse dissipador é um
Os Superalimentadores comprimem a mistura pequeno fluxo de jato direcionado para baixo
ar/combustível logo após deixar o carburador. em direção ao solo.

Os superalimentados podem ser de estagio


único, 2 estágios ou múltiplos estágios
CAPÍTULO 03
Os Turboalimentados o ar é comprimi- Sistema de Combustível do Motor e M edição
do antes de ser misturado ao combustível. do Combustível
Um TurboSuperalimentador é usado um O sistema deve suprir combustível para o car-
grandes motores convencionais, e consiste burador ou outro dispositivo de dosagem.
de 3 partes:
Em pequenas aeronaves o método de supri é
1. Conjunto de compressor por gravidade,
2. Conjunto de turbina a gás
3. Carcaça da bomba e dos rolamentos Em aeronaves multimotoras o combustível
deve ser bombeado para alimentar o motor
O rotor giro sobre um rolamento de esfera, no
lado superior da bomba e num rolamento de Três principais causas da Bolha de Vapor ou
roletes. Vapor Lock: redução da pressão, alta tempe-
ratura e excessiva turbulência do combustí-
Sistema de Admissão de Motor Turbo Jato vel.

Umpara
rio fluxoevitar
de arum
contínuo
stol dee compressor
uniforme é necessá-
e exces- As principais causas de turbulência do combus-
tível são: deslocamento dentro do tanque,
sivas temperaturas internas no motor de turbi- ação mecânica da bomba acionada pelo
na. motor, subidas em curvas acentuadas nas
linhas do combustível.
O duto de admissão de ar é parte
da aeronave e não do motor. Para reduzir as bolhas de vapor são incorpora-
das as bombas de reforço (Booster
Dois tipos de duto de admissão: duto
de entrada única e duto de entrada dividida. Pumps), essa bomba injeta o combustível e
sistemas de escapamento de motores conven- possui um respiro que retira o vapor.
cionais
O sistema básico de combustível inclui:
Dois tipos de escapamentos: Tanque bomba de reforço linha , válvula sele-
tora, filtros, bombas acionadas pelo próprio
Sistema Aberto (usado quando não há motor e indicadores de pressão.
muito ruído)
Sistema Coletor (oferece manutenção O filtro fica localizado na parte baixa do siste-
pratica nas naceles) ma e remove água e sujeira.

Reversores De Empuxo Durante a partida a bomba de reforço forca o


combustível através da válvula BY PASS na
Dois tipos: bomba.
 Mecânico (Concha) A liberação de combustível é devida ao fluxo
 Bloqueio Aerodinâmico da massa de ar , temperatura de entrada do
compressor, RPM etc.

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O sistema de medição de combustível é me-
dida pela potência de saída, temperatura de TIPOS DE CARBURADOR
operação do motor e autonomia,
 Há dois tipos básicos de carburador
A mistura 12/1 é uma mistura rica a parte 12
é ar e 1 é combustível,  Bóia
 Injeção por Pressão (vantagem é operar
independente da altitude do avião).
PRINCÍPIOS DA CARBURAÇÃO
Carburador Tipo Bóia
Principio de Venturi, quando a velocidade de
um gás ou liquido aumenta, a pressão dimi- A gasolina é misturada com ar no carburador.
nui.
O carburador PD- 12H4 tem pressão de impac-
SISTEMAS DO CARBURADOR to na câmara ‘’A’’ e sucção na ‘’B’’.

A função do carburador é dosar a mistura ar No sistema de carburação tipo Bóia, a finali-


combustível que será entregue a câmara de dade do conjunto bóia estilete é manter o nível
combustão. a gasolina constante dentro da cuba.

O funcionamento dos carburadores é garantido A bóia do carburador determina


por diferença de pressão. a quantidadede combustível que deve ser
admitida no interior da sua cuba.
A mistura que o carburador entrega na decola-
gem é mais rica do que na de cruzeiro, devido à No carburador tipo bóia, o pulverizador tem
diminuição da densidade do ar. a saída de combustível situada na garganta de
Venturi.
Possui:
A região de maior sucção ou depressão é
1. Marcha
2. Medidorlenta
principal no tubo de pressão.
3. Acelerador (Borboleta) Carburadores de Injeção por pressão (mais
4. Controle de mistura usados)
5. Corte de lenta Diferença de pressão, quando a pressão do ar
6. Potência de enriquecimento ou econo- for menor que a pressão da gasolina ocorrera
mizador uma tendência para a entrada em funciona-
mento da válvula de enriquecimento com uma
CONGELAMENTO DO CARBURADOR correta proporção de mistura.
Três tipos de congelamento no carburador: No sistema de alimentação por pres-
são a bomba principal é acionada pelo pró-
1. Gelo na evaporação de combustível prio motor.
(acumula no injetor de combustível).
A pressão da gasolina do sistema
2. Gelo na borboleta do carburador ( for- é regulada na bomba mecânica de combustí-
mado quando a borboleta está na posição vel.
Fechada).
As bombas auxiliaresde alimentação por
pressão são de acionamento elétrico.
3. Gelo de impacto (formado pela presença
de água na atmosfera, o mais perigoso Dois tipos de superalimentadores de combustí-
gelo de impactoé o que se forma vel nos motores convencionais:
no Filtro).
 Acoplamento direto
Para se combater a formação de gelo, utiliza  Turbo compressor.
se admissão de ar quente.

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Resumo
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10
O tipo de compressor usado nos motores tér- Controle de Combustível dos Jatos
micos a pistão é o centrifugo.
Dois grupos básicos:
O difusor de um motor radial de aviação está
localizado na entrada do compressor  Hidromecânico
 Eletrônico
Em motores convencionais o sistema
de superalimentação mais usado é o acopla-
mento direto FILTROS

No sistema de alimentação por acoplamento Três tipos:


direto a ventoinhaé acionada pelo próprio
motor.  Micro filtro
 Tela tipo colmeia
No sistema de superalimentação do tipo turbo  Malha peneira
compressor, a ventoinha é acionada pe-
los gases de escapamento. A razão dos filtros é em Mícron, medindo mate-
riais estranhos de 10 a 20 mícrons.
Indicador de quantidade de combustí-
vel visual é o SIGHT GAGE. BICO DE INJEÇÃO
O controle da mistura ar-gasolina em motor a O combustível é colocado dentro da câmara de
explosão é feito pelo dosador. combustão através do bico injetor

O dosador é chamado de corretor altimétrico, Nos motores convencionais usa se injeção


e serve para dosar automaticamente a mistura. direta de combustível para fazer a função se-
cundaria de resfriamento do pistão.
O excesso de gasolina fornecida pelo carbura-
dor pode causar parada do motor conhecido Nos motores convencionais os bicos injeto-
como afogamento. desão
res instalados
admissão. próximos a entrada
O ajuste de rotação da marcha lenta é feita na
borboleta (acelerador).

A borboleta do carburador fica toda aberta du- CAPÍTULO 04


rante a decalagem da arvore de manivela.
SISTEMA DE IGNIÇÃO E ELÉTRICO
A bomba de aceleração rápida é usada em DO MOTOR
bruscas aberturas da borboleta (acelerador)
Finalidade
Em motor convencional a válvula de marcha
lenta mede o combustível apenas nos primei- O sistema de ignição tem a finalidade de pro-
ros 10 graus de abertura da borboleta. duzir centelhas nas velas, para provocar a
combustão da mistura nos cilindros.
Quando o motor estiver funcionando em mar-
cha lenta, o ar que entra no carburador é insufi- Sistema de Ignição do Motor Convencional
ciente para dosar a mistura, portanto o ar é
completado pela sucção dos pistões através O sistema de ignição pode ser de 2 classes:
dos tubos de admissão.
 Bateria
O excesso de gasolina do inicio de funciona-  Magneto
mento do motor sai pela válvula dreno do Cár-
ter difusor Também classificado como:

 Simples
 Dupla ignição

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Resumo
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11
Sistema de Ignição Por Magneto (mais usa- Unidades Auxiliares de Indução
do).
Dínamo é um gerador de corrente continua.
O sistema de ignição é composto por magneto,
vela, distribuidor, blindagem (cabos) e platina- Vibrador de Indução
do.
Ao contrario do dínamo, não produz a alta ten-
Magnetos nos motores convencionais o siste- são de ignição dentro de si. Sua função é trans-
ma de ignição é duplo (duas velas formar a corrente contínua da bateria em cor-
de ignição por cilindro). rente pulsante e fornecê-la para a bobina pri-
maria do magneto. Também funciona como um
A finalidade do sistema duplo é oferecer mais relé. (buzz).
segurança.
Chave de Ignição
A ignição é dada no cilindro antes do PMA.
A chave de ignição de um motor convencional
O sistema de ignição por magneto em aviões é apresenta 3 posições: left , right e both.
classificado em:
Essa chave de ignição permite selecionar o
 Magneto de baixa magneto a ser ligado como: chave para es-
 Alta tensão (mais usado) querda (magneto esquerdo) , chave para direita
(magneto direto), chave para ambos (liga os 2
Sistema de Magneto de Alta Tensão (mais magnetos)
usado)
A chave de ignição ou interruptor de inflamação
O sistema de magneto de alta tensão é dividido quando estiver ligada, tira a massa da bobina
em três circuitos distintos: do primário.

 Circuito magnético Se o fio massa estiver acusando contato, então


o magneto estará desligado.

Circuito elétrico primário
 Circuito elétrico secundário O mais importante na ignição é o avanço da
centelha que salta quando o pistão estiver no
Circuito Magnético ponto morto 0 graus.
Consiste de um ímã permanente rotativo de
múltiplos pólos, um núcleo de ferro doce e sa-
VELAS DE IGNIÇÃO
patas polares. Quando o pólo ‘’N’’ e o pólo ‘’S”
estão opostos na ferradura do núcleo de ferro
Sua finalidade é conduzir um curto impulso de
doce produzindo fluxo, o ímã rotativo é chama-
corrente (faísca) de alta voltagem dentro da
do de ‘’capacidade plena’’
câmara de combustão.
A posição neutra é quando um dos pólos ou As velas de ignição são instaladas na cabeça
ímã está entre a sapata. dos cilindros.
Portanto o fluxo se inicia no 0 grau, 45 grau Os 3 principais
componentes de
(neutro), 90 graus, então uma volta completa do uma vela são:
ímã são 360 graus.


Eletrodos
Isolante
Circuito Elétrico Primário (Lei de Lenz)
 Cobertura externa
Consiste de um par de contatos chamado
Os eletrodos das velas são constituídos de liga
de platinado, ou seja, banhado com platina de aço tungstênio
para evitar corrosão e melhorar a condutivida-
de, um condensadore uma bobinade fios Os eletrodos da vela saltam a uma temperatura
eletricamente isolados. de 3.000 F, numa pressão de gás de 2000

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Resumo
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P.S.I, com uma pressão elétrica de 15.000 da direita são impares e os da esquerda são
volts. pares, nos motores radiais de uma carreira a
sequência é no sentido horário, e nos de 2 car-
Velas ‘’quentes’’possuem um grande nariz reiras considera-se a primeira carreira impar e
isolador. a segunda par.
Velas ‘’frias’’possuem um pequeno nariz A ordem de ignição nos motores em linha e
isolador. Quando uma vela transfere seu calor radiais de uma carreira acontece primeiro nos
para o cilindro de modo mais rápido que o nor- cilindros impares e depois pares.
mal, é considerado como vela fria.
Sistema de Ignição de Motores Turbo Jato
A vela irá falhar se houver excesso de óleo na
câmara de combustão. É um sistema de ignição do tipo capacitivo.
O sistema de ignição é um sistema duplo para
Para que haja a queima de combustível dentro garantir a segurança e é projeto para ativar 2
da câmara, uma centelha terá que saltar entre velas de ignição.
o eletrodo central e o eletrodo massa da O sistema consiste de uma unida-
vela. de dinamotora / reguladora / filtro, 1 excita-
dor, 2 transformadores de alta tensão, 2
Em uma vela de eletrodos a massa, se algum cabos de alta tensão e 2 velas de ignição.
deles estiver encostado no eletrodo central a
vela não funcionara. DINAMOTOR
É usado para elevar corrente continua que é
A instalação de uma vela com o eletrodo cen- extraída da bateria.
tral quadrado poderá ocasionar pré- ignição.
Pode ter vela do tipo angular ou do tipo con-
A combustão ocasionada por superaquecimen- finado que suportam uma corrente bem maior
to de uma vela leva o nome de pré-ignição. que as velas dos motores convencionais.

O tempo
função dasdehoras
vida de
dasvôo
velas é ).determinado em
( TSO SISTEMAS ELÉTRICOS DO MOTOR
Alternador
O tempo de vida útil de uma vela de motor con-
vencional fica entre 600 e 800horas. O alternadorde um motor térmico transfor-
ma energia mecânica em elétrica.
Os diâmetros externos dos cabos em uso são
de 5, 7 e 9 mm. A maioria usa de 7 mm. Fio Condutor

Apresentado como um condutor singelo e rígido


DISTRIBUIDOR ou condutor retorcido, ambos revestidos com
material isolante.
Distribuidor é a peça responsável pela sequên-
cia de queima. Termo Cabo
O platinado é ligado em paralelo com o con- 1. Cabo multicondutor
densador do magneto. 2. Par torcido
3. Cabo Blindado
O claro (folga) normal do platinado é de 0,008 4. Cabo de Radio Frequência ou Cabo Co-
a 0,012 de polegada. axial
O distribuidor é como uma chave rotativa que Bitola de fio
gira na metade da velocidade do motor.
Especificado pelo AWG
Ordem de Ignição
Fatores que Afetam a Seleção da Bitola do
Os cilindros são numerados olhando de traz Fio
para frente. Nos motores em linha os cilindros

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Resumo
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Primeiro Fator = perda de energia elétrica Proteção Contra Fricção
transformada em calor
Se os fios se aproximarem mais de ¼ de po-
Segundo Fator = queda de Voltagem legada da borda do orifício, usa se
um Gromete adequado.
Terceiro Fator =capacidade do condutor de
conduzir corrente. Proteção Contra Alta Temperatura
Fatores que Influenciam na seleção do ma- Os fios que passam próximos de componentes
terial condutor com alta temperatura, devem ser isolados
com amianto, fibra de vidro ou teflon.
Embora a prataseja o melhor condutor,
os 2 mais usados hoje em dia são o cobre e o Proteção Contra Solventes e Fluidos
alumínio.
Se houver possibilidade de o fio se contaminar
Queda de Voltagem nos fios e nos cabos de com algum fluido, deve se usar uma proteção
um avião plástica ou conduíte de proteção. O
fio nunca deve passar por baixo da bateria.
Os cabos principais de geração de forca do
avião ou Ada bateria para a barra não deve Proteção do Fios na área do Alojamento das
exceder 2% da voltagem regulada. Rodas

A medida de resistência permitida de um ponto Todos os chicotes devem ser protegidos por
de massa do gerador ou da bateria é de 0.005 luvas de tubulações flexíveis nas áreas de alo-
ohm. jamento das rodas.

ISOLAMENTO DO CONDUTOR PRECAUÇÕES NA INSTALAÇÃO

A resistência ao isolamento é a for- Nenhum fio pode ser direcionado de modo que
ca Dielétrica. fique próximo mais de ½ polegada de uma
tubulação.
Os isolantes mais usados hoje em dia
são: vinil, algodão, nylon, teflon e o amianto. Nenhum fio ou chicote pode ser sustentado por
tubulação que conduza fluido inflamável ou
Grupos de Fios e Chicotes oxigênio.

Os chicotes devem ser constituídos em menos A fiação deve ser instalada para manter uma
de 75 fios, ou ter 1 ½ a 2 polegadas de diâ- folga mínima de 3 polegadas dos Cabos de
metro. Controle.

Emendas Nos Chicotes Amarração ou Enlace dos Chicotes

Devem ser de fácil inspeção e ser afastadas Um grupo de fios é constituído de 2 ou mais
umas das outras. fios amarrados ou lançados juntos para indi-
car um sistema individual.
Frouxidão nos Chicotes Um chicote é constituídos de 2 ou mais gru-
pos de fios amarrados juntos.
A frouxidão de um chicote não deve exceder
uma deflexão de½ polegada com pressão Enlace, todos os grupos de fios ou chicotes
manual. devem ser lançados com 12 polegadas de dis-
tancia.
Instalação e Encaminhamento
Corte de Fios e Cabos
Os fios e chicotes devem corre paralelos ou
em ângulos retos com as nervuras ou longari- Para tornar fácil instalação e manutenção, os
nas. Com exceção dessa regra temos o cabo cabos e fios são interrompidos por conectores,
coaxial blocos terminais ou barras.

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Resumo
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Cinza 8
Terminais e Emendas Sem Solda Branco 9
Esses terminais não possuem solda para fácil Prata +/- 10%
conexão de blocos terminais e barras de liga- Ouro +/- 5%
ção. Podem ser revestidos com luva plástica
presa nas 2 extremidades. Ligação a Massa
As alças de ligação podem ser de 3 tipos: O objetivo primário de ligação a massa á estru-
tura do avião é completar o caminho de
 Bandeirola RETORNO da corrente elétrica.

Reta
 Em ângulo reto A ligação à massa também protege o avião e o
pessoal contra descarga de raio, evita interfe-
Emendas de Fios de Cobre usando emendas rência de radio frequência, protege contra cho-
pré isoladas que, evita acumulação de carga estática e pro-
porciona estabilidade de transmissão e recep-
As emendas são isoladas com plástico branco ção de radio.
e são usadas para reduzir a bitola do fio.
Em um teste de ligação a massa, a resistência
Emendas de Emergência de cada conexão nãodeve exceder a 0,003
ohm.
Esses consertos são permitidos em fios
de cobre, soldando as juntas das pernas que- CONECTORES
bradas aplicando um composto condutor anti-
oxidante. Cinco classes de conectores AN são encon-
trados:
O fio de alumino danificado não deve ser
emendado temporariamente. 1. Classe A

BITOLA 2. Classe C
3. B
4. Classe D
A maior bitola é 0000 e a menor é por exem- 5. Classe K = a prova de Fogo
plo 40.
A classe A,B,C,D são feitas de alumínio, a
BATERIA classe K é feita de aço

Ao remover uma bateria o cabo que deve ser Conduíte


desconectado primeiro é o NEGATIVO. Para
instalar deve ser feito o oposto. Um conduíte é usado pa-
ra proteção mecânica dos fios e chicotes
As baterias quando ligadas em paralelo au-
menta se a corrente. Quando ligadas em serie O diâmetro interno deve ser 25% maior que o
aumenta a tensão. diâmetro externo.

Tabela de Resistores Dispositivos de Proteção de Circuitos

Preto 0 Disjuntores e Fusíveis. Eles devem abrir o cir-


Marrom 1 cuito antes do condutor emitir fumaça.
Vermelho 2 Disjuntores religáveis CB, são chamados de
Laranja 3 disjuntores de desarme livre. Esses disjuntores
Amarelo 4 não devem possuir a função de proteção nos
circuitos do avião.
Verde 5
Azul 6
Violeta 7

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Resumo
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Interruptores
CAPÍTULO 06
RELÉ

É um interruptor operado eletricamente e está SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO E


sujeito a falha sob condições de baixa voltagem REFRIGERAÇÃO
no sistema.
O propósito da lubrificação é reduzir a fricção
das partes moveis em motores.
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE AERONAVES
A fricção metálica é substituída pela película de
Luzes externas óleo lubrificante. Pistões, paredes dos cilindros
são dependentes do óleo para lubrificação.
Luzes de navegação das asas.
Asa esquerda vermelha e asa direita verde A viscosidade do óleo ou resistência para
fluir é o fator mais importante para a operação
Anti-colisão, consiste de 1 ou 2 luzes rotativas do motor.
operadas por um motor elétrico. Luz de segu-
rança para congestionamento de aeronaves. Alta viscosidade = escoa vagarosamente
(óleo grosso)
Luz de Taxi fornece iluminação no solo durante
Taxi ou reboque. Baixa viscosidade = escoa rápido (óleo fi-
no)
Luzes de Inspeção das Asas, luz de gelo de
asa e luz de nacele. Diversos fatores devem ser considerados para
a seleção do grau do óleo. A carga de opera-
ção, as rotações e as temperaturas de traba-
CAPÍTULO 05 lho são as mais importantes.

Os óleos comerciais mais usados na aviação


SISTEMAS DE PARTIDA DOS são classificados como: 80,100,140, etc...
MOTORES
Para medir a viscosidade usa se um visco-
A maioria dos motores de aeronaves é aciona- símetro SAE (Society of Automotive Engine-
da por um dispositivo chamado motor de parti- ers) SayBolt, o qual divide os óleos em 7 gru-
da (starter), ou arranque. pos (SAE 10 a 70), de acordo com a viscosida-
de 130F ou 210 F
O arranque é um mecanismo capaz de desen-
volver grande quantidade de energia mecânica O óleo é representado pela letra ‘’W’’ que é
que pode ser aplicada a um motor, causando satisfatório para uso no inverno (Winter).
sua rotação. Ex: SAE 20W
A maioria dos arranques de motores conven-
cionais é do tipo elétrico de engrazamento SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES
direto. CONVENCIONAIS
Na aviação em geral existem 3 tipos de ar- Cárter Seco
ranques para motores.
Cárter é a carcaça onde o motor é montado. O
 Arranque elétrico (usado em aviões peque- Cárter é fixado no berço da aeronave.
nos)
 Arranque pneumático O Cárter pode ser de liga de alumino forjado
 Arranque mecânico (inercia) (+ usado) ou aço forjado
Na partida de um motor equipado com arran- Os berços dos motores (convencionais ou rea-
que do tipo inércia, é necessário esperar alguns ção) são de aço cromo molibdênio
segundos antes de ligar a ignição.

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Resumo
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16
2 tipos de Cárter de armazenamento de óleo de entupimento do filtro ou numa partida com
lubrificante: o motor muito frio

 Cárter Seco (mais usado em motor con- FILTROS DE ÓLEO


vencional)
 Cárter molhado (quando NÃO possui tan- 3 tipos :
que de óleo)
 Tela (parede dupla)
O Cárter Seco para sistema de lubrificação é  Cuno (cartucho de disco e espaçadores)
mais usado em motores convencionais.  Labirinto de ar (telas circulares de malha
fina)
No Cárter Seco o suprimento de óleo é manti-
do em um Tanque de liga de alumínio, que
fica instalado próximo ao motor alto o bastan- Válvula de Alivio de Pressão
te para garantir a alimentação por gravidade.
Limita a pressão do óleo a um pré determinado
Uma bomba de pressão circula o valor.
óleo através do motor, enquanto que a bomba
de sucção o retorna ao tanque. Indicador de Pressão do Óleo (Tubo de
Bourdon)
Linhas de ventilação no Tanque são instala-
das para garantir uma ventilação apropriada no Indica a diferença entre a pressão de óleo e a
tanque independente da altitude. pressão da cabine

Alguns tanques possuem um ‘’tubo interno’’ ou O indicador de pressão de óleo tem uma escala
tubo acelerador de temperatura. de 0 a 200 ou de 0 a 300 PSI.

Deflectores na parte de baixo do tan-


que anulam a ação de movimento circular no
tanque para prevenir sucção de ar na linha. Regulador de Temperatura do Óleo
O tipo de sistema de indicador de Regula a temperatura do óleo e consiste de 2
óleo consiste de um braço e uma bóia, que partes principais:
verificam o nível de óleo na cabine em galões.
 Radiador
No tanque de óleo é deixado um pouco de ar  Válvula de controle.
para permitir a expansão do óleo com o au-
mento da temperatura. O radiador transfere o calor do óleo para o ar,
enquanto a válvula de controle regula o fluxo de
Em alguns tanques de óleo são instala- óleo através do radiador.
dos Hopper – Tank com afinalidade de aque-
cer, rapidamente. O óleo que sai do radiador tem
sua viscosidade maior (grosso)do que a
Bomba de Óleo entrada.

O óleo que entra no motor é pressurizado por Durante o funcionamento normal de um motor
uma bomba de descarga positiva. convencional o óleo aquecido passa pe-
la colméia do radiador.
O óleo sob pressão flui para o filtro, que abre a
válvula unidirecionaldo filtro montada na
parte superior. Essa válvula é fechada por LUBRIFICAÇÃO INTERNA DOS MOTORES
ação leve de mola de 1 a 3 libras. CONVENCIONAIS

A válvula By Pass fica na saída de pressão Existem 2 tipos de lubrificação interna:


da bomba de óleo e o filtro permite que o
óleo não filtrado suprao motor em caso 1. Pressão (mais usada)
2. Imersão ou Salpico (não usa)

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Resumo
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17
O processo em que toda peça trabalha sob
banho de óleo chama se lubrificação por imer- Com a refrigeraçãodo motor evita se
são. a detonação.

O processo de lubrificação por pressão é


o mais usadoem motores convencionais, o Os componentes fundamentais de um sis-
óleo é fornecido através da bomba de óleo. tema de refrigeração são:
O óleo do tipo detergente não pode ser mistu-  Aletas dos cilindros
rado com o óleo do tipo NÃO detergente.
 Anel de velocidade com janelas de arre-
A BOMBA DE ÓLEO É DO TIPO fecimento
ENGRANAGEM
 Chapas defletoras.
Num sistema de lubrificação a finalidade
da válvula de retenção é evitar que O anel de velocidade além de trabalhar na
o óleo entre no motor com este parado. refrigeração, corrige a grande área frontal dos
motores residuais.
Na partida normal de um motor convencional
quando o manômetro de óleo não apresentar Os radiadores podem ser refrigerados a Ar ou
pressão deve se cortar imediatamente o mo- Agua (líquido).
tor. O tempo Máximo sem que a pressão de
óleo suba é de 30 segundos Na aviação moderna e de grande porte, a refri-
geração a liquido NÃO é usada, porque dimi-
Nas bronzinas e eixos de manivelas, o tipo de nui a potência/massa do motor
lubrificação é o de pressão.
Nos motores refrigerados a liquido o calor re-
Em motor convencional um óleo de baixa vis- movido é transferido para o radiador.
cosidade pode provocar uma temperatura alta
do óleo. O fluxotermostática
válvula de óleo do radiador é regulado pela
A graxa é a mistura de sabão especial com
óleo de base mineral. A temperatura do óleo do motor é retirada na
entrada do motor
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DE MOTOR A
REAÇÃO No motor a reação à refrigeração é também
pelo ar admitido.
Podem ser do tipo Cárter molhado ou Cárter
seco.
CAPÍTULO 07
A maioria dos motores a reação é do tipo de
fluxo axial e usam o sistema de Cárter Seco. HÉLICES
O sistema de lubrificação Cárter se- A função básica de uma hélice é converter a
co para motores a reação possuem o mesmo potência do motor em força de tração.
principio dos motores convencionais.
Foram desenvolvidos sistemas de passo variá-
Trocadores de calor entre combustível / óleo, vel e velocidade constante para uma eficiência
o combustível resfria o óleo e é pré- do vôo.
aquecido pelo óleo para ser usado na câmara
de combustão. Consiste de um governador equipado com
contrapesos, aos quais controlam os ângu-
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DO MOTOR los das pás.
O arrefecimento ou refrigeração do motor tem Para uma decolagem o ângulo da pá deve
por função transferir para o meio ambiente o estar no passo mínimo.
calor dos cilindros.

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Resumo
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18
Passo mínimo = maior tração (menor ângu- pode ser construída de liga de alumínio ou
lo da pá) madeira.

Passo máximo = menor tração (maior ângu-


lo da pá) Hélices de Madeira

A hélice de uma aeronave consiste de 1 ou São de passo fixo, e as madeiras mais utili-
mais pás fixadas em um Cárter ou cubo cen- zadas são o mogno, cerejeira, nogueira preta
tral e o carvalho, porem a principal é de vidoeiro.

Existem hélices tratoras(na frente e mais São usadas de 5 a 9 camadas de ¾ ‘’ de e s-


usadas) e propulsoras (traseira) pessura cada.
Ao girar uma hélice executa um avanço que é Após o processo ser completado a hélice é
denominado passo efetivo. montada em um cuboe cuidadosamen-
te Balanceada.
No movimento de rotação de uma hélice, um
ponto fixo na raiz de uma pá executa um movi- Hélices Ajustáveis de Solo
mento em direção a ponta da hélice. Isso é
conhecido como passo efetivo. O passo ou ângulo da pá pode ser mudado em
solo quando não estiver girando.
Passo teórico é a distancia que uma pá
deveria ter obedecendo a curva da hélice Hélice de Passo Controlável (importante)
para dar um giro de 360 graus sobre o eixo
de rotação. Essa hélice permite uma mudança no passo
ou ângulo da pá enquanto estiver girando.
O rendimento de uma hélice é basicamente a
relação entre o passo efetivo e o teórico. Seu passo é limitado em 2 posições. (mínimo e
máximo.).
O, puxando
te movimentoo avião
que aéhélice faz depra
chamado fren-
transla- Quando o aerofólio da pá é movido ele produz
ção. 2 forças: sustentação e arrasto.

O ‘’recuo’’ da hélice é a diferençaentre o Para aumentar ou diminuir o ângulo de


passo geométrico e o passo efetivo,. Essa uma hélice de passo controlável usa se
diferença é causada pelo arrasto aerodinâmi- um governador.
co que se opõe ao movimento de translação.
O governador usa pressão de óleo do motor
A eficiência de uma hélice varia de 50 a 87% para variar o passo da hélice e retorna
sendo em media 80% por CONTRAPESO.

Essa perda de eficiência de 20%se dá pela Usa se um passo mínimo (ângulo mínimo) com
fricção, e pelo recuo da hélice. alta rotação para decolagem e varia se o passo
durante cruzeiro ou pouso onde aumenta o
Uma hélice girando sofre a ação das for- ângulo da pá causando arrasto.
ças centrifuga de torção e flexão.
Hélices Automáticas
Tipos de Hélice
oNesse
passosistema o operador
da hélice, pois énão precisa ajustar
automático. Esse
Existem vários tipos de hélices sendo as mais
sistema de hélices é chamado de ‘’velocidade
simples as de passo fixo e ajustáveis de so-
constante’’
lo.
Hélices Reversíveis
Hélice de Passo Fixo

A hélice de passo fixo, o ângulo da pá não Uma hélice de passo reverso é uma hélice
pode ser modificado após sua construção. Ela controlável, na qual o ângulo da pá pode ser
mudado para o passo negativo durante opera-

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Resumo
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19
ção. Sua finalidade é como freio aerodinâmi- em polegadas do centro do cubo até a ponta
co para reduzir corrida em solo durante o da pá.
pouso.
A pá de uma hélice possui o ângulo de inci-
Hélices embandeiráveis dência maior na estação 30

Uma hélice embandeirável é uma hélice con- PASSO DA HÉLICE


trolável que possui um mecanismo que muda
o passo da hélice para um ângulo tal, que o Passo de uma hélice é a condição que tem
deslocamento da aeronave para frente produz uma pá de variar seu ângulo de ataque.
um mínimo efeito de ‘’cata vento’’ (giro da héli-
ce sem potência). A variação do passo da hélice é realizada pe-
lo governador de hélice.
O embandeiramento das hélices é usado em
aeronaves multimotoras para reduzir ao mínimo Quando o ângulo de ataque de uma hélice
a resistência ao avanço (arrasto), causada por aumenta, tem se maior tração e maior resis-
uma hélice na condição de falha do motor. tência ao avanço (arrasto).
Balanceamento da Hélice Hélices de alma maciça são usadas em velo-
cidade e altitudes baixas e podem ser de ma-
Dois tipos: deira e liga de alumínio.
 Balanceamento Estático
 Balanceamento Dinâmico Hélices de alma oca são de liga de alumínio e
aço.
Balanceamento Estático
É realizado no eixo de rotação da hélice, con- 3 tipos:
siderando-se o equilíbrio de sua pá em um
plano de rotação.  Passo fixo = (são de alma maciça)
 Passo ajustável = (são de alma maciça)
ÉBalanceamento Dinâmicorotor da hélice para Passo variável = (são de alma oca)

realizado no conjunto
determinar o equilíbrio das forças resultantes Durante o vôo, o passo de uma hélice variá-
do movimento de rotação da hélice. vel fica entre o passo mínimo e o passo má-
ximo.
Em uma hélice o balanceamento estático
finodeve ser feito numa balanceadei- Nos aviões turboélice, o passo reverso ou ân-
ra do tipo pêndulo. gulo de ataque negativo utilizado como freio
aerodinâmico é realizado por um comando
Toda hélice possui um ângulo de hélice, um hidromecânico através da manete de potência.
ângulo de incidência e um ângulo de ataque.
Quando a pressão de óleo aumenta no interior
Ângulo de hélice= determina a torção da dos cilindros do motor, tem se a diminuição do
pá e estabelece a distancia do passo efetivo ângulo das pás.

Ângulo de incidência = é o ângulo formado O ângulo em que a tração da hélice cai a Zero
entre a corda da pá de uma hélice e o plano (0) é chamado de ângulo de stol
de rotação, pode ser chamado de ângulo de
pá O ângulo de stol é ocasionado quando se tem
um excesso de rotação da hélice fazendo com
Ângulo de ataque = é formado entre a corda que a camada limite do dorso da pá atinja a
da pá e o vento relativo. velocidade do som.

Na construção de uma pá o ângulo deve estar Em um sistema de hélices, os ângulos de


no ângulo de incidência. ataque e de incidência são iguais quando as
pás atingem o batente mecânico de passo
Para facilitar a identificaçãodas pás, elas máximo.
são divididas em estações medidas

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Resumo
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20
Quando o ângulo de incidência é ligeiramente
superior ao ângulo do vento relativo, tem se o O gelo causa vibração destrutível em uma pá
ângulo ótimo. de hélice. Os métodos de degelo são : álcool
isopropílico e elétrico
O Controle automático de variação do ân-
gulo de incidência garante o passo efetivo Inspeção da Hélice
da hélice.
A verificação de embandeiramento pode ser
A finalidade do sistema de sincronismo de feita levando se o seletor para a posição ban-
hélice é reduzir os ruídos indesejáveis e deirar (feather), observando se as pás da hélice
vibrações. tomam posição paralela ao deslocamento (ou
ângulo de ataque de 90 graus).
EMBANDEIRAMENTO DE HÉLICE
Bainha das Pás
Estando as pás de uma hélice
na mesma direção do vento relativo, a hélice A bainha da pá (CUFF) é uma estrutura de
estará no passo bandeira ou nulo. (sem efei- metal, madeira ou plástico, destinada ao aca-
to). bamento da espiga da pá com a superfície ex-
terna, transformando a forma circular da espiga
Embandeiramento de héliceconsiste em em seção de aerofólio.
sangrar o cilindro servo mecânico a fim de levar
uma hélice em pane para uma posição que A finalidade primaria da bainha é aumentar o
reduza o arrasto aerodinâmico. fluxo de ar de refrigeração na nacele do motor.

O sistema de embandeiramento automáti-


co tem como a finalidade principal proporcionar CAPÍTULO 08
a drenagem do óleo do servomecanismo do
motor em pane. Remoção e Instalação de Motor

O dispositivo
de que leva
bandeira mede a hélice
o torque paraos
entre o passo
dois QECA
O método de desmontagem rápida na remoção
extremos do eixo de rotação da hélice. e instalação de motores é o ‘’QECA’’

Manutenção das Hélices QECA é o motor propriamente dito e mais seu


acessório fixado, tudo pronto para ser instala-
A parte da hélice que sofre mais esforços é dos.
o cubo.
Os motores podem ser guardados conforme
Para um teste do governador de sobre velo- são recebidos pelos seus fabricantes em suas
cidade, é necessário que a hélice esteja com próprias caixas, invólucros e CONTAINERS
uma rotação de 70%. (embalagens metálicas e pressurizadas).

O anel retentor
da héli- O método QECA divide a montagem do motor
ce trabalha como extrator da hélice durante a em diversas unidades:
remoção da mesma.
 Tomada de ar
Limpeza das pás da Hélice  Flapes de refrigeração do motor
 Carenagem do motor
Pás e cubos de hélice de aço e de alumínio  Suporte dos flapes de refrigeração
devem ser limpos com suave solvente de lim- do motor
peza.  Janelas de inspeção
 Berço do motor
Hélices de madeira podem ser limpas com  Motor com todos seus acessórios
água morna e um sabão suave com pincel ou
pano. As paredes de fogo das naceles dos motores
são de aço inoxidável
Gelo nas Hélices

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Na remoção nos motores radiais a parte inter- suportes em ‘’V’’ e fixadores para pre nde-los as
na dos cilindros deve ser inspecionada quanto naceles das asas, além de utilizarem o QECA.
ao composto anticorrosivo que foi drenado de
dentro do motor. A parte do berço onde é fixado o motor chama
se anel de fixação ou anel do berço do motor,
O método mais positivo de drenagem do com- construído de aço. Ele é fixado através de su-
posto anticorrosivo na parte baixa do cilindro é portes‘’dynafocal’’ ou fixação tangencial.
abrindo a válvula de admissão através do eixo
de manivela. A fixação dynafocal possui 2 tipos de fixa-
ção : ligação ou pedestal.
Antes de começar a remoção do motor a cha-
ve do magneto deve estar desligada, os seleto- A fixação tangencial é amplamente usada em
res de combustíveis fechados, a bateria desco- diversos motores com (bucha de borracha)
nectada e se for por mais de 6 dias a bateria
deve ser enviada para local de estoque. Deve Para absorver as vibrações devida a alta po-
haver extintores, e se o avião for triciclo deve tência são usados os ‘’shock monts’’ ou c o-
haver um apoio de calda. xins para amortecimento, estes podem ser
compostos de aço ou borracha
Para a drenagem de fluidos do motor é colo-
cado uma bandeja metálica com os bojões. Em
alguns motores o dreno mais baixo é o ‘’Y’’ Preservação e Estocagem
Desligamento das conexões elétricas se faz na Para preservar um motor utiliza-se uma subs-
parede de fogo. Como medida de segurança tancia chamada de ‘’silica-gel’’ que serve para
desconecta se primeiro o cabo do magneto. retirar uma possível umidade durante sua es-
tocagem.
A maior parte das conexões são AN e MS.
Cloreto de Cobalto é usado junto com a
Para a desconexão dos controles do motor são ‘’sílica-gel’’.
usadas hastes e parafusos para uma chave de
fenda tipo CLEVIS. A sílica tratada com cloreto de cobal-
toapresenta uma cor azul brilhante com
Para se conectar um motor deve se respeitar umidade baixa. Quando a umidade aumenta,
um checklist. a tonalidade azul esmaecetornado se
bem claro a 30% de umidade relativa, passan-
do por varias matiz de rosa ate 60%.
Remoção e Instalação de Motores a Reação
Esse motor também utiliza o método QECA, Quando a umidade fica abaixo de 30%, a
porem o motor pode ser baixado por 2 modos: corrosão não aparece.
1 = baixar de sua nacele usando uma platafor-
ma levadiça , 2 usar um guincho e uma estrutu- A quantidade de sílica gel a ser utilizada de-
ra (eslinga). pende do tamanho do motor.
Esse método também é utilizado para helicóp-
Normalmente os indicadores de umidade de
tero. Na apostila é dado um exemplo de uma
motores estocados em embalagens de trans-
remoção do motor instalado a frente de um
helicóptero com p eixo fazendo 39 graus com o porte devem ser observados a cada 30 dias.
horizonte (inclinado).
Nos estocados em invólucro de proteção a
Berço dos Motores (Radiais) cada 90 dias.

Os berços dos motores geralmente são fixados E nos containers metálicos 180 dias.
á aeronave por parafusos especiais de aço com
tratamento térmico.

O berço é construído em 1 ou mais seções que


incorporam o anel de montagem do motor,

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O sistema par térmico é construído de 2 metais
CAPÍTULO 09 diferentes ‘’Cromel e Constantan’’. O numero
total de par térmico usado depende das dimen-
sões da zona de fogo, portanto a resistência
Sistemas de Proteção Contra Fogo no M otor
total não deve exceder 5 ohms.
ZONA DE FOGO
Sistema Detector Circuito Contínuo ou Sis-
É uma área ou região da aeronave, designada tema Sensor
pelo fabricante, que requer detecção e/ou equi-
pamento de extinção e um alto grau de essen- Esse sistema é uma versão dos interruptores
térmicos ‘’spot’’, pois também são sistemas de
cial resistência ao fogo. detecção de superaquecimento. Os 2 ti-
O TERMO FIXO pos de detectores contínuosusados nos
sistema de sensores são os Kidde e o
Significa um sistema permanentemente instala- Fenwal.
do, em contraste com qualquer equipamento
portátil de extintor de fogo com a de CO2.  Continuo Kidde

As aeronaves modernas contam tanto quanto Usa 2 fios envolvidos em uma camada de ce-
um sistema de detecção de fogo quanto de râmica no tubo de inconel
extinção de fogo.
 contínuo Fenwal
Os 3 tipos de detecção mais usados são:
Usa 1 fio simples envolvido em uma camada
1. Razão de aumento de Temperatura de cerâmica com sal eutético no tubo de in-
conel
2. Sensores de Radiação
SISTEMA DE ELEMENTO CONTÍNUO
3. Detectores de Superaquecimento (LINDBERG)

Os 3 tipos de Sistemas de Detecção de Fo- O sistema Lindberg de detecção de fogo é do


go são: tipo elemento contínuo que consiste de um
tubo de aço inoxidável contendo um elemento
1. Sistema de Interruptor Térmico discreto.
2. Sistema de Par Térmico
3. Sistema Detector de Circuito Continuo Tipos de Fogo
Sistema de Interruptor Térmico  Classe A – madeira, pano, papel, estofados
etc...
Esse sistema detecta superaquecimento e
não fogo consiste de uma ou mais lâmpadas.  Classe B – petróleos, querosene, óleo,
Os interruptores são unidades sensíveis ao graxa, solvente, tintas, etc...
calor, eles são conectados em paralelo um  Classe C - material elétrico
com o outro e em serie com as luzes indica-
doras. O sistema interruptor térmico usa um Classificação das Zonas de Fogo
interruptor termostato Bi-metálico ou detector
tipo da
‘’Spot’’ marca fenwal ligado  Zona classe A – grande quantidade de fluxo
em paralelo. de ar
 Zona classe B – grande quantidade de fluxo
Sistema de Par Térmico de ar
 Zona classe C – são zonas que tem relati-
Esse sistema é completamente diferente do vamente pouco de fluxo de ar
interruptor térmico, pois ele detecta o fogo. O  Zona classe D – são zonas que tem relati-
sistema par térmico depende do aumento da vamente pouco ou nenhum de fluxo de ar
razão de temperatura.  Zona classe X – são zonas com grande
quantidade de fluxo de ar criando grande
dificuldade para o agente extintor.

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AGENTES EXTINTORES Sistemas de Detectores de Fumaça

Hidrocarboneto Halogenado (Halon aerona- Um sistema de detecção de fumaça é instala-


ves a Jato). dos em pontos estratégicos das aeronaves com
compartimento de cargas, bagagens, lavatórios
É uma fumaça química de fluorine, clorine e onde a presença de fumaça é detectada. Um
bromine que elimina o oxigênio do fogo por dos métodos utilizados são os cheiradores que
interferência química, ou seja, resfriamento contem silicagel amarelo. Quando uma amostra
químico. de monóxido de carbono (fumaça) é detectado
o silicagel amarelo muda para verde.
Agente de Gás Frio Inerte (CO2 e N2 aerona-
ves convencionais). Detectores de Fumaça Fotoelétrico
São o dióxido de carbono CO2 e nitrogênio N2, Quando existe uma acumulação de 10% de
ambos encontrados em forma liquida e gasosa, fumaça no ar, faz com a célula fotoelétrica con-
suas diferenças estão na pressão e temperatu- duza corrente elétrica.
ra de estocagem.
Detectores Visuais de Fumaça

SISTEMA DE EXTINÇÃO DE FOGO Quando há fumaça presente, uma lâmpada


dentro de um indicador é iluminada pelo detec-
H D R (High Rate of Discharge), alta razão de tor de fumaça. A luz é espalhada para que a
descarga utiliza o Halonpara extinguir o incên- fumaça se torne visível. Se não existir fumaça,
dio (aeronaves a JATO). a lâmpada não será iluminada.

Sistemas convencionais, esse sistema utiliza


o dióxido de carbono CO2 com agente extintor. INDICADORES
(aeronaves antigas).
Dois discos de indicadores de descargas do
sistema de extinção de fogo, estão montados
Sistema de Extinção
convencionais de fogo de motores
CO2 e N2 no lado esquerdo da fuselagem após a asa.

A descarga ocorrerá quando o disco vermelho, Um disco vermelho e um disco amarelo.


indicador de descarga térmica de segurança é
rompido quando a pressão atingir ou ultrapas-
sar2.650 PSI e/ou a temperatura estiver acima CAPÍTULO 10
de 74 graus.
OPERAÇÃO E MANUTEÇÃO DO MOTOR
Sistema de Extinção de fogo de motores a
Jato (Halon) Revisão dos Motores Convencionais
É um tipo de garrafa equipada com duas válvu- TBO (intervalo entre revisões) varia com as
las de descarga que são operadas por cartu- condições de operação do motor, tais como,
chos acionados eletricamente. temperatura, duração em que o motor é opera-
do em alta potência e manutenção recebida.
Interiores das Cabines Top Overhall é uma revisão de todas as partes
do motor
Os extintores portáteis permitidos dentro
das cabines da aeronaves são de água, dióxi- Revisão maioré uma revisão completa do
do de carbono CO2, produto químico seco e motor
hidrocarbonetos halogenados.
TSO é a quantidade total de horas de vôo de
É expressamente inaceitávelextintor portátil um componente.
do tipo lata de aerosol dentro das aeronaves.
O documento onde é anotado as aplicações de
boletins nos motores é a caderneta do motor.

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LIMPEZA

O desengraxamentopode ser feito


por imersão ou jateamento

Descarbonizantes como solu-


ções desengraxantes são de duas categorias:

 solúveis em água
 hidrocarbonetos

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