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Aula 9
Motores Elétricos de Tração
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Mecânica de Locomotivas II
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Mecânica de Locomotivas II
A montagem direta do motor sobre o eixo das rodas teria a vantagem de evitar
a perda de energia nas engrenagens, mas obrigaria o uso de motores lentos e,
por conseguinte, volumosos e de custo elevado.
O resfriamento dos motores de tração se
dá através da passagem forçada pelo seu
interior de certa quantidade de ar, que é
produzida por um soprador acionado
diretamente pelo eixo do motor diesel ou
por um motor elétrico.
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Normalmente não têm vida longa, pois são máquinas sujeitas à desgastes
pronunciados,
uma vez que são submetidas a todas as variações de carga impostas à
locomotiva.
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• Estator;
• Rotor.
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9.2.1. Estator
➢ Polos de excitação
Os polos de excitação, ou simplesmente polos, têm a finalidade de gerar o fluxo
magnético.
São constituídos por condutores
retangulares de cobre enrolados,
formando uma bobina,
sobre um núcleo de lâminas de aço-
silício, que é chamado de sapata polar,
cuja extremidade possui um perfil
cilíndrico que se ajusta à curvatura da
armadura.
Figura 9.8- Polo de excitação
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➢ Polos de comutação
Os polos de comutação são constituídos por condutores retangulares de cobre
enrolados, formando uma bobina, sobre um núcleo maciço de aço-silício.
Têm a finalidade de compensar o efeito da
reação da armadura na região de comutação,
reduzindo a possibilidade de centelhamento.
Para tanto, são colocados na região entre os
polos, por isso, também denominados de
interpolos, e percorridos pela mesma corrente da
Figura 9.9- Pólo de comutação
armadura.
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➢Porta-escovas e escovas
As escovas, compostas de material condutor a base de carvão eletro-grafítico, são
centradas, guiadas e devidamente pressionadas contra o coletor por suportes
especiais denominados de porta-escovas.
9.2.2. Rotor
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➢ Comutador
O comutador, mais comumente chamado coletor, é uma peça vital de todos os
motores de corrente contínua.
O comutador é o conversor mecânico que
transfere a energia elétrica ao enrolamento da
armadura, possibilitando a circulação de
corrente alternada pelo mesmo quando
alimentado por uma fonte de corrente contínua.
Figura 9.16- Comutadores
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As lâminas de mica são rebaixadas em relação à superfície das barras para não
interferirem no deslizamento das escovas sobre a superfície do coletor.
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Esse ciclo é repetido diversas vezes, até serem obtidos os resultados desejados.
O sazonamento dinâmico previne:
- A perda de estabilidade mecânica a longo termo;
- O risco de levantamento de lâminas;
- O maior consumo de escovas;
- A dificuldade de comutação. 25
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➢ Tensão x corrente;
➢ Velocidade do eixo x corrente;
➢ Rendimento x corrente.
O circuito de campo dos motores de corrente contínua com excitação série está
ligado em série com o circuito de armadura, isto é, a corrente que circula pelo
circuito de armadura também circula pelo circuito de campo, sendo responsável
pelo fluxo magnético gerado.
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Fazendo: Obtemos:
Onde:
𝒑- Número de pólos do motor;
𝒈 - Constante do motor.
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obtemos: e para 𝒙 = 𝟏:
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Figura 9.20 Curvas conjugado x corrente dos motores GM D31 e GE 761
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Partindo de que:
➢ O conjugado é igual ao produto da força pela distância do ponto de aplicação
da mesma:
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podemos obter:
Ou:
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Figura 9.21- Curvas esforço de tração x Corrente dos motores GM D31 e GE 761 ANR5 40
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Por isso, quando por alguma razão o eixo do motor perde o engrenamento com o
eixo do rodeiro, acontece a desintegração da armadura do motor.
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𝟑𝟏. 𝟑𝟗𝟖 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟐𝟏, 𝟒𝟓 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟕𝟑𝟓 𝑨 − 𝟔𝟎 𝒎𝒊𝒏 : É o esforço de tração que
a locomotiva pode desenvolver por um período de 𝟏 𝒉𝒐𝒓𝒂. É conhecido como
regime uni-horário.
𝟑𝟐. 𝟐𝟒𝟖 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟐𝟎, 𝟖𝟖 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟕𝟓𝟎 𝑨 − 𝟑𝟎 𝒎𝒊𝒏: É o esforço de tração que
a locomotiva pode desenvolver por um período de 𝟑𝟎 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔.
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𝟑𝟑. 𝟔𝟕𝟔 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟐𝟎, 𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟕𝟕𝟓 𝑨 − 𝟐𝟎 𝒎𝒊𝒏: É o esforço de tração que a
locomotiva pode desenvolver por um período de 𝟐𝟎 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔.
𝟑𝟓. 𝟒𝟎𝟗 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟏𝟗, 𝟎𝟐 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟖𝟎𝟓 𝑨 − 𝟏𝟎 𝒎𝒊𝒏: É o esforço de tração que a
locomotiva pode desenvolver por um período de 𝟏𝟎 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔.
𝟑𝟗. 𝟖𝟑𝟑 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟏𝟔, 𝟗𝟏 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟖𝟖𝟎 𝑨 − 𝟎𝟓 𝒎𝒊𝒏: É o esforço de tração que a
locomotiva pode desenvolver por um período de 𝟓 𝒎𝒊𝒏𝒖𝒕𝒐𝒔.
𝟒𝟔. 𝟖𝟓𝟑 𝒌𝒈𝒇 @ 𝟏𝟒, 𝟑𝟕 𝒌𝒎/𝒉 e 𝟗𝟗𝟓 𝑨 – 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂: É o esforço de tração que
a locomotiva pode desenvolver na partida.
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A ação tomada para que isso ocorra é denominada de transição, que pode ser
obtida através:
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enquanto que cada um dos motores demanda 1/6 da corrente total produzida
pelo alternador de tração, ou seja:
𝑰𝑮𝑻 = 𝟔 ∙ 𝑰𝑴𝑻 53
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𝑽𝑮𝑻 = 𝟐 ∙ 𝑽𝑴𝑻
enquanto que cada um dos motores demanda 1⁄3 da corrente total produzida
pelo alternador de tração, ou seja:
𝑰𝑮𝑻 = 𝟑 ∙ 𝑰𝑴𝑻
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9.2.5.3. Transição
A fim de garantir uma transição suave, isto é, sem que haja redução e nem
aumento da velocidade da locomotiva durante a transição, a corrente que circula
nos motores de tração deve ser a mesma antes e após a transição, de modo a
manter o conjugado constante.
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A potência fornecida pelo gerador de tração em cada um dos tipos de ligação dos
motores de tração é dada pelas seguintes expressões:
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➢ Primeiro estágio
A partida da locomotiva se dá com o gerador de tração fornecendo sua corrente
máxima a uma ligação 3 paralelo de 2 motores de tração em série, sem
shuntamento de campo, isto é, corrente de campo de 100%.
➢ Segundo estágio
É aplicada uma redução na corrente de campo dos motores de tração para
83,33%, mantendo a ligação dos motores em 3 paralelos de 2 séries.
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➢Terceiro estágio
É aplicada nova redução na corrente de campo dos motores de tração para
66,66%, mantendo a ligação dos motores em 3 paralelos de 2 séries.
➢ Quarto estágio
Como a tensão de saída do gerador de tração atinge seu valor máximo no final
do terceiro estágio, se faz necessário alterar a ligação para 6 motores de tração
em paralelo, com corrente de campo de 100%. O gerador de tração volta a
fornecer a máxima corrente.
➢ Quinto estágio
É aplicada novamente uma redução na corrente campo dos motores de tração
para 83,33%, mantendo a ligação dos motores em 6 paralelos.
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Nas locomotivas que utilizam alternadores o efeito da transição pode ser obtido
pela alteração do modo de ligação dos retificadores na saída do alternador, em
série ou paralelo.
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Na Figura vemos a curva de esforço de tração de uma locomotiva de 3.600 hp com 8 motores
operando com transição de potência.
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Figura 9.29- Curva de esforço de tração x velocidade com Power Match
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