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ACADEMIA DE POLÍCIA

“DR. CORIOLANO NOGUEIRA COBRA”


Curso Específico de
Aperfeiçoamento – CEA
Escrivão de Polícia
2021
2ª PARTE
GESTÃO DE
ADMINISTRAÇÃO
DE MATERIAL

Profª Priscilene Palumbo Barbosa


9. FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
MATERIAIS: MATERIAIS PERMANENTES
E DE CONSUMO.

10. CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO


DE MATERIAIS: CODIFICAÇÃO,
ALMOXARIFADO, ESTOQUE,
CONTROLE, DISTRIBUIÇÃO E
ARROLANENTO.
A especificação, normalização e
padronização dos materiais adquiridos têm
por finalidade facilitar a Administração de
Materiais.
ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS: devem vir
detalhadas, indicando: formato, tamanho, volume,
altura, largura, comprimento, profundidade,
espessura, utilidade, finalidade do material
utilizado, cor, acabamento. Devem ser
precisamente discriminadas, de modo que os
fornecedores não apresentem propostas de
produtos com características diferentes e com
preço diferenciado para o mesmo item do material
que está sendo cotado.
NORMALIZAÇÃO: consiste no conjunto de
normas que estabelecem padrões de
redução de variedades, procedimentos e
qualidade na fabricação dos produtos. Tem
por objetivo a economia, comunicação,
segurança, proteção do consumidor e a
eliminação de barreiras técnicas e
comerciais.
PADRONIZAÇÃO: compreende o ato que
visa tornar comum um determinado modelo,
parâmetro ou norma.
Definição de “Material Permanente”,
conforme § 2º, art. 15, L. 4320/64:
“Para efeito de classificação da despesa,
considera-se material permanente o de
duração superior a dois anos.”
✓ Considera-se bem de natureza
permanente ou material permanente ou
bens móveis, devendo ser incorporado ao
patrimônio do Estado (identificado), todo
bem de duração provável superior a 2 anos,
cujo valor seja igual ou superior a 45
UFESPs. * UFESP 2021 = R$ 29,09 e 45
UFESPs = R$ 1.309,05.
O Estado de São Paulo, por intermédio da
Instrução CGE-01/1997, regulamentou o
conceito de material permanente,
acrescentando à definição o valor de 45
UFESPs.
Contudo, ao estabelecer instruções sobre
o Sistema de Administração de Materiais
no Estado de São Paulo – SAM, o artigo
16 da Instrução Normativa 00003/CGE,
de 16-10-2018, revogou a Instrução
CGE 01/97.
✓ Material de consumo ou bem de
consumo ou estoque é aquele que se gasta
pelo uso ou se deteriora e sua durabilidade é
inferior a dois (02) anos.
Conceito de Administração de Material:
Ato de gerir (conduzir, dirigir) determinada
parcela do Patrimônio Público sob sua
responsabilidade, eis que dividido em setores
e unidades (Negócios Públicos). Incumbe ao
Administrador Público gerir os negócios
públicos por meio de atos administrativos por
regras preestabelecidas (atividade-meio) para
atingir seus fins (atividade-fim).
Objetivos da Administração de Material:

1) Maximizar o uso dos recursos materiais,


ou seja, evitar os desperdícios.
2) Suprir a organização dos materiais
necessários ao seu desempenho, no
momento certo, com a qualidade e
especificações requeridas,
continua...
[...] e, sempre, com obediência aos princípios
constitucionais (legalidade, impessoalidade,
publicidade, economicidade, moralidade, e
eficiência), recebendo e armazenando os
bens adquiridos (mediante o devido
procedimento licitatório), de modo apropriado,
distribuindo-os aos setores demandantes,
evitando estoques desnecessários e
mantendo rotinas de controle efetivas e
correlato planejamento.
Controle de Materiais
(Forma, Recebimento e Distribuição)
O Controle de Materiais é estabelecido pelo
Decreto sem nº, de 20/07/1970, e,
atualmente, pelo Decreto nº 63.616, de
31/07/2018, que instituiu o Sistema de
Gestão do Patrimônio Mobiliário e de
Estoques do Estado (SAM), e foi
regulamentado pela Instrução Normativa
CGE nº 003/2018.
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
PREVER COMANDAR
ou (DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA)
PLANEJAR

FLUXO DE MATERIAIS
ORGANIZAR
COORDERNAR CONTROLAR
(DESCENTRALIZAR)
ALMOXARIFADO: É a área ou
espaço físico onde se guardam os
itens do estoque, dirigido por um
almoxarife. Se destina à obtenção de
espaços físicos onde permanecerá
cada material, em condições
específicas de armazenagem,
aguardando a necessidade do seu
uso.
CONTROLE: Responsabilidade do
Administrador de Almoxarifado, que, ao
receber os materiais, deverá identificá-los,
codificá-los e proceder à respectiva guarda
no Almoxarifado.
PLANEJAMENTO / CONTROLE:

✓Instalação
✓Guarda do material
✓Medidas de Segurança
✓Limpeza
ESTOQUE é o conjunto de mercadorias
armazenadas, com características próprias,
que atendam aos objetivos e necessidades
da Unidade Gestora Executora ou Unidade
de Despesa e às unidades subordinadas
materialmente. Todo item (material)
armazenado em um depósito, almoxarifado,
prateleira, gaveta ou armário deve ser
utilizado.
RECEBIMENTO, CONFERÊNCIA, GUARDA E
DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS

❑ RECEBIMENTO PROVISÓRIO: Apenas para


efeito de posterior verificação da conformidade do
material com a especificação, ou seja descrição
da Nota de Empenho – NE, com a Nota Fiscal –
NF. Não acarreta liberação integral do particular.
No edital, deve constar prazo máximo. Deverá ser
documentado.
✓ RECEBIMENTO DEFINITIVO: Após a
verificação da qualidade e da quantidade
do material e consequente aceitação. O
prazo não poderá ser superior a 90 dias,
cf. art. 73 da Lei federal nº 8666/1993.
✓ “O recebimento (provisório e definitivo)
não elimina o dever de o particular
responder pela integridade da coisa”
(Marçal Justen Filho, 2012)
LEI Nº 14.133/2021 (NOVA LEI DE LICITAÇÕES E
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS):

Art. 140. O objeto do contrato será recebido:


[...]
II - em se tratando de compras:
a) provisoriamente, de forma sumária, pelo
responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, com verificação posterior da
conformidade do material com as exigências
contratuais;
CONTINUAÇÃO DO ART. 140 DA LEI Nº 14.133/2021 (NOVA LEI DE LICITAÇÕES E
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS):

Art. 140. O objeto do contrato será recebido:


[...]
II - em se tratando de compras:
[...]
b) definitivamente, por servidor ou comissão
designada pela autoridade competente, mediante
termo detalhado que comprove o atendimento das
exigências contratuais.
CONTINUAÇÃO DO ART. 140 DA LEI Nº 14.133/2021 (NOVA LEI DE LICITAÇÕES E
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS):

§ 1º O objeto do contrato poderá ser rejeitado, no


todo ou em parte, quando estiver em desacordo com
o contrato.

§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não


excluirá a responsabilidade civil pela solidez e pela
segurança da obra ou serviço nem a responsabilidade
ético-profissional pela perfeita execução do contrato,
nos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
CONTINUAÇÃO DO ART. 140 DA LEI Nº 14.133/2021 (NOVA LEI DE LICITAÇÕES E
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS):

§ 3º Os prazos e os métodos para a realização dos


recebimentos provisório e definitivo serão definidos
em regulamento ou no contrato.

§ 4º Salvo disposição em contrário constante do


edital ou de ato normativo, os ensaios, os testes e
as demais provas para aferição da boa execução
do objeto do contrato exigidos por normas
técnicas oficiais correrão por conta do contratado.
Conferência do Material:

✓Procedimentos prévios ;
✓Conferência da Nota Fiscal;
✓Conferência quantitativa;
✓Verificação da qualidade;
✓Atestado de Recebimento.
DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS
A regra é que nenhum material
existente no almoxarifado deve ser
fornecido sem a competente
requisição.
DECRETO Nº 63.616, DE 31/07/2018 -
INSTITUI O SISTEMA DE GESTÃO
DO PATRIMÔNIO MOBILIÁRIO E DE
ESTOQUES DO ESTADO – SAM.
O SAM abrange os seguintes tipos de
móveis e estoques:
1. os próprios;
2. aqueles em processo de aquisição;
3. os cedidos por terceiros;
4. os locados.
Objetivos do SAM:
I - proporcionar condições para o estabelecimento de
diretrizes, normas e critérios para a aquisição,
destinação, utilização, cessão, alienação, locação de
móveis e estoques, com a formulação de uma política
para o setor de patrimônio;
II - subsidiar o processo de tomada de decisões, por
meio do conhecimento da situação do patrimônio
mobiliário e de estoques do Estado e de suas
entidades autárquicas e fundacionais, na elaboração
de políticas públicas e na racionalização da
administração patrimonial;
Continuação dos objetivos do SAM:
III - coordenar a atuação dos órgãos e entidades
estaduais com atribuições relacionadas ao patrimônio
mobiliário;
IV - gerar estudos, pesquisas e análises de interesse
para a área patrimonial;
V - formar e capacitar servidores para atuação na área
patrimonial mobiliária e de estoques e na área
gerencial;
VI - estabelecer fluxos eficientes e permanentes de
informações sobre a situação patrimonial mobiliária e
de estoques da Administração Direta, Autárquica e
Fundacional do Estado.
As UGEs (Comissões Subsetoriais do SAM)
manterão base de dados informatizada dos bens
mobiliários, que deverá conter, dentre outras
informações:
I - a identificação detalhada dos bens, com suas
características e especificações;
II - a localização física;
III - o número de registro patrimonial;
IV - o valor atualizado;
V - o nome do servidor responsável pela guarda;
VI - outros dados necessários à identificação do
bem.
Integram o Sistema de Gestão do Patrimônio
Mobiliário e de Estoques do Estado:
I - a Contadoria Geral do Estado, da
Coordenadoria da Administração Financeira, da
Secretaria da Fazenda, na qualidade de órgão
central do Sistema;
II - os Comitês Setoriais de Inventário de Bens
Móveis e de Estoques;
III - as Comissões Subsetoriais de Inventário de
Bens Móveis e de Estoques;
IV - os Grupos de Trabalho instituídos nas
unidades administrativas.
Compete a cada Comissão Subsetorial de Inventário de
Bens Móveis e de Estoques (UGEs):
I - orientar as unidades administrativas sobre a
elaboração de seus Inventários de Bens Móveis e de
Estoques, no prazo estabelecido;
II - dotar as unidades administrativas de recursos
humanos adequados e instruídos, para a elaboração dos
Inventários de Bens Móveis e de Estoques;
III - consolidar todas as informações coletadas na
elaboração do inventário, assegurando que os bens
móveis adquiridos e transferidos à UGE sejam
devidamente patrimoniados;
IV - emitir Relatório Conclusivo do Inventário, após o
levantamento geral dos bens móveis, indicando as
providências necessárias para a regularização contábil
dos Ativos Patrimoniais;
V - efetuar todos os ajustes necessários nos registros
contábeis, de acordo com as normas e políticas
contábeis exaradas pela Contadoria Geral do Estado.
Com base no Inventário Geral Consolidado, cada
Comissão Subsetorial de Inventário de Bens Móveis
(UGEs) e de Estoques, com a autorização expressa do
Ordenador de Despesa, tomará as providências
necessárias quanto:
I - ao remanejamento ou recolhimento dos bens fora de
uso ou inservíveis;
II - às medidas administrativas necessárias à apuração de
responsabilidade do titular de cada unidade administrativa,
no caso de extravio de algum bem;
III - à regularização dos registros contábeis necessários
para evidenciar a real situação patrimonial da UGE.
*MATERIAL EXCEDENTE OU INSERVÍVEL: é aquele que
não tenha utilidade na Unidade que o detém, o qual
mediante expediente encaminhado da Unidade de
Despesa ou Unidade Gestora Executora ao Centro de
Material Excedente – CMEX do FUSSP (Fundo Social de
Solidariedade do Estado de SP), que autorizará sua
inutilização ou retirada à repartição detentora.

LEGISLAÇÃO: Decretos nº 50.179/68, alterado pelo


Decreto nº 50.857/68; Decretos nºs: 204/70; de
23/07/1971; 352/72; 27.041/87; 27.163/87, e alterações;
Portaria CAM-G nº 6/77.
*DOAÇÃO DE BENS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Os
bens doados à Administração Pública obedecem às seguintes
normas estaduais:
✓ Decreto nº 24.543, de 27/12/1985 (veículos) alterado pelo
Decreto nº 31.833, de 10/07/1990;
✓ Decreto estadual nº 25.644, de 07/08/1986 (bens móveis);
✓ Decreto estadual nº 64.399, de 16/08/2019 (bens e
serviços).
✓ Resolução SSP-86, de 23/10/2019 - (Competência
delegada: Secretários Executivos da Polícia Civil e da PM
para autorizar o recebimento);
✓ Portaria DGP-28, de 18/11/1997 é o procedimento ou
instrução do expediente.
11. RESUMO ANALÍTICO DE
UMA LICITAÇÃO: ATOS
VINCULANTES.
NOÇÕES LICITAÇÃO
✓ Conceito de Licitação;
✓ Obrigatoriedade / Constituição;
✓ Legislação Específica;
✓ Modalidades, Tipos de Licitação,
Critérios de Julgamento e Fases;
✓ Dispensa e Inexigibilidade.
Conceito de Licitação: Para Hely Lopes
Meirelles, a Licitação é conceituada como:
“Procedimento Administrativo mediante o qual a
Administração Pública seleciona proposta mais
vantajosa para o contrato de seu interesse. Como
procedimento, desenvolve-se através de uma
sucessão de atos vinculantes para a
Administração e para os licitantes, o que
propicia igual oportunidade a todos os
interessados e atua como fator de moralidade nos
negócio administrativos”.
Obrigatoriedade! Por força de regra
constitucional, para aquisição de
bens, contratação de obras e de
serviços deve-se sempre utilizar a
licitação!
Art. 37, XXI, CF88 - ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes,
com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Legislação Específica
das Licitações e
Contratos Administrativos
1.2. Legislação Específica:
✓ Lei nº 8.666, de 21/06/1993 - Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública (revogada pela Lei nº 14.133/2021).
✓ Lei nº 10.520, de 17/07/2002 - Institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para
aquisição de bens e serviços comuns (revogada pela Lei 14.133/2021).
✓ Lei nº 12.462. de 04/08/2011 – Instituiu o Regime Diferenciado de
Contratações Públicas – RDC (revogada pela Lei nº 14.133/2021).
✓ Lei nº 13.303, de 30/06/2016 – Lei das Estatais (Dispõe sobre o estatuto
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios).
✓ Lei nº 14.133, de 1º/04/2021 - Lei de Licitações e Contratos
Administrativos (nova).
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DAS LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Institui normas para licitações e contratos
da Administração Pública (ainda consta
Lei n . , e revogada pela Lei nº 14.133/2021
como Regulamento do art. 37, inciso XXI,
da CF, no site Planalto)
Institui a modalidade de licitação
Lei n . , e denominada pregão, para aquisiçã o de revogada pela Lei nº 14.133/2021
bens e serviços comuns
Exclusiva às licitações e contratos de obras e
serviços de engenharia de construção, ampliação e
Instituiu o Regime Diferenciado de reforma para Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016;
Lei n . . e Contratações Públicas – RDC Copa das Confederações - Fifa 2013 e da Copa do
Mundo Fifa 2014; Copa do Mundo Fifa 2014
revogada pela Lei nº 14.133/2021
Lei das Estatais - Dispõe sobre o estatuto jurídico da
empresa pública, da sociedade de economia mista e de §1º do art. 1º da Lei nº 14.133/2021 : “Não são
suas subsidiárias, no âmbito da União (Petrobras, abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as
Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa, BNDES), dos Estados sociedades de economia mista e as suas
(Empresas Estatais do Estado de São Paulo: CDHU; Cetesb; subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de
Companhia Docas de São Sebastião; Cosesp; CPP – junho de 2016 , ressalvado o disposto no art. 178
Lei n . , e Companhia Paulista de Parcerias; CPSEC – Companhia
desta Lei.”
Paulista de Securitização; CPTM – Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos; Dersa; Desenvolve SP; EMAE – Ou seja, à Lei das Estatais apenas: Pregão (bens e
Empresa Metropolitana de Águas e Energia; EMTU – serviços comuns); e disposições penais ( Art. 178 ) -
Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos; Imprensa Dos Crimes em Licitações e Contratos
Oficial; IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas; Metrô; Administrativos), do Código Penal.
Prodesp; Sabesp), do Distrito Federal e dos Municípios.
Contudo, sua vigência pode ocorrer até a
decorrência de 2 (dois) anos da publicação oficial da
Lei de Licitações e Contratos Administrativos nova Lei (ATÉ 2023). A Administração poderá optar
Lei n . , e (nova) por licitar ou contratar diretamente de acordo com
esta Lei ou de acordo com as Leis: 8666/93,
10.520/02 e 12.462/11.
Art. 191 da Lei nº 14.133/2021. “Até o decurso do
prazo de que trata o inciso II do caput do art. 193,
a Administração poderá optar por licitar ou
contratar diretamente de acordo com esta Lei ou
de acordo com as leis citadas no referido inciso, e
a opção escolhida deverá ser indicada
expressamente no edital ou no aviso ou
instrumento de contratação direta, vedada a
aplicação combinada desta Lei com as citadas no
referido inciso.”
Art. 193, Lei nº 14.133. Revogam-se:
I - os arts. 89 a 108 da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, na data de publicação desta Lei
= CRIMES
II - a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002
(PREGÃO), e os arts. 1º a 47-A da Lei nº
12.462, de 4 de agosto de 2011 (RDC), após
decorridos 2 (dois) anos da publicação oficial
desta Lei. = ATÉ 2023
A Seção III – Dos Crimes e das Penas (arts. 89 a
108 da Lei nº 8.666/1993) foi revogada na mesma
data de publicação da nova Lei nº 14.133/21,
porque os Crimes em Licitações e Contratos
Administrativos passaram a integrar o Código
Penal:
“Art. 178. O Título XI da Parte Especial do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte
Capítulo II-B:”
“DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS”
MODALIDADES DE LICITAÇÃO, TIPOS
DE LICITAÇÃO E CRITÉRIOS DE
JULGAMENTO
Quais são as modalidades de Licitação
antes da Lei nº 14.133/2021?
Pregão

Concorrência

Lei nº Concurso
14.133/2021

Leilão

Diálogo Competitivo
OBSERVAÇÃO: Com a nova Lei de
Licitações e Contratos, a Lei federal nº
14.133, de 1º/04/2021 , todas as
modalidades licitatórias estão em uma
única lei.
Fases da Licitação:
Lei nº 8.666/1993
Lei nº 14.133/2021
Abertura Edital
Capacitação Jurídica
Fases ou Procedimentos da Licitação

Qualificação Técnica
Habilitação
Qualificação econômico-financeira
Regularidade Fiscal
cf. Lei nº 8.666/93

Menor preço
Melhor técnica
Julgamento Maior eficiência
Técnica e Preço
Maior rentabilidade
Maior Lance ou Oferta
Classificação
Procedimentos administrativos
Homologação
Mérito e legalidade
Formalização do contrato
Adjudicação
Publicação
Nº FASES /PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
FASES (Art. 17 da Lei nº 14.133/2021):
Capítulo II – art. 18 a 27
I PREPARATÓRIA
(Caracterizada pelo planejamento)
II DE DIVULGAÇÃO DO EDITAL DE LICITAÇÃO Capítulo III – art. 53 a 54
III DE APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS E LANCES Capítulo IV – art. 55 a 58
IV DE JULGAMENTO Capítulo V – art. 59 a 61
V DE HABILITAÇÃO Capítulo VII – art. 62 a 70
VI RECURSAL Capítulo VII – art. 71
VII DE HOMOLOGAÇÃO
Dispensa

Inexigibilidade
A Lei nº 14.133/2021 manteve a contratação
direta mediante dispensa de licitação e
inexigibilidade de licitação:
▪ Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável
a competição, em especial nos casos de:
▪ [...]
▪ Art. 75. É dispensável a licitação:
▪ [...]
▪ Art. 76. Incisos I e II “ ispensa a a realização
de licitação”
Quando podemos deixar de licitar? Contratações
diretas. As hipóteses previstas em lei constam
de rol taxativo:
✓ Licitação dispensada ou Dispensa de Licitação
(art. 17, I e II, Lei 8.666/93 e art. 76, I e II, Lei
14.133/21);
✓ Licitação dispensável ou Dispensa de Licitação
(art. 24, Lei 8.666/93 e art. 75, Lei 14.133/21);
✓ Licitação inexigível (Inexigibilidade de licitação)
art. 25, Lei 8.666/93 e art. 74, Lei 14.133/21.
✓ Adiantamento (Cartão e cheque)
Licitação “dispensada” ou “dispensável”:

“Na prática, os casos de dispensa de


licitação do art. 17 não apresentam natureza
jurídica distinta daquela contemplada no art.
24 da mesma Lei nº 8.666. Quanto a isso,
reputa-se irrelevante a distinção
terminológica na redação dos arts. 17 e 24.”
(Marçal Justen Filho, p. 256. Comentários à Lei de Licitações e
Contratos Administrativos, 15 ed.).
Em síntese, as hipóteses de dispensa de
licitação usualmente são divididas em
quatro categorias:
1) Em razão do pequeno valor;
2) Em razão de situações excepcionais;
3) Em razão do objeto; e
4) Em razão da pessoa

(cf. Lúcia Valle Figueiredo, 1980:32)


Exemplos Lei 8666/93:
Art. 24. É dispensável a licitação: = em razão do valor
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez
por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo
anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta
e concomitantemente; = até R$ 33.000,00 para obras e serviços
de engenharia
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde
que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou
alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
= até R$ 17.600,00 para compras e outros serviços
Outros exemplos de dispensa de licitação:
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços
que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos
contratos; = dispensa emergencial.
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas; Ex.: pregão deserto ou fracassado
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público
interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão
ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico em data anterior à
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado; Ex.: dispensa de
licitação para aquisição de IMESP (certificado digital,
token, assinatura de DOE).
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas
necessidades de instalação e localização condicionem a sua
escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de
mercado, segundo avaliação prévia; (OBS.: Necessária a
RATIFICAÇÃO a essa dispensa).
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de
energia elétrica e gás natural com concessionário,
permissionário ou autorizado, segundo as normas da
legislação específica; (OBS.: Dependerá da espécie de
fornecimento / contrato com a empresa concessionária, pois
também poderá ser caso de inexigibilidade).
Art. 25 Lei 8666/93. É inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que
só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,
ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art.
13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade
para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

OBS.: O caput deste art. 25 fundamenta a inexigibilidade de


licitação para o fornecimento de água e tratamento de esgoto.
Art. 74 da Lei 14.133/2021. É inexigível a licitação quando
inviável a competição, em especial nos casos de:
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou
contratação de serviços que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivos;
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente
ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado
pela crítica especializada ou pela opinião pública;
III - contratação dos seguintes serviços técnicos
especializados de natureza predominantemente
intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação:
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou
tributárias;
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de
campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros
específicos de obras e do meio ambiente e demais serviços de engenharia
que se enquadrem no disposto neste inciso;
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de
credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de
localização tornem necessária sua escolha.
Lei nº 8.666, de 21/06/1993 – Dos Crimes:

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação


fora das hipóteses previstas em lei, ou
deixar de observar as formalidades
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Pena - detenção, de 3 (três) a 5
(cinco) anos, e multa.
Na Lei nº 14.133/2021, a contratação
indevida também é crime:

Art. 73. Na hipótese de contratação direta


indevida ocorrida com dolo, fraude ou erro
grosseiro, o contratado e o agente público
responsável responderão solidariamente
pelo dano causado ao erário, sem
prejuízo de outras sanções legais
cabíveis.
Equivalente ao referido art. 89 da Lei nº
8.666/93, o crime de contratação direta ilegal
também foi previsto pela Lei nº 14.133/2021,
contudo, no Código Penal:

Contratação direta ilegal


Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à
contratação direta fora das hipóteses previstas
em lei:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
multa.
Dispensa:

Obras: 10% do valor do convite: R$


33.000,00

Outros bens: 10% valor do convite de


compras e serviços que não sejam obra:
R$ 17.600,00
12. BOLSA ELETRÔNICA DE
COMPRAS – BEC
Portanto, ainda não é possível a
aplicação prática da nova Lei de
Licitações e Contratos
Administrativos (Lei nº 14.133/2021)
junto ao Sistema da Bolsa Eletrônica
de Compras – BEC do Estado de São
Paulo, pois não se procederam as
devidas adequações.
Bolsa Eletrônica de Compras do Governo
do Estado de SP – BEC: Sistema
eletrônico, por meio da Internet, para a
apuração do menor preço ofertado, em
hipóteses de: Pregão Eletrônico; Dispensa
de Licitação em razão do valor; e Convite
Eletrônico, para aquisição de objeto ou bens
cuja entrega seja imediata.
✓ Lei Federal nº 10.520/2002: Instituiu a
modalidade de licitação de “Pregão”.
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços
comuns, poderá ser adotada a licitação
na modalidade de pregão, que será regida
por esta Lei.
✓ Decreto Estadual nº 49.722/2005:
Instituiu o “Pregão Eletrônico” –
BEC/SP.
Modalidades licitatórias na forma
eletrônica – BEC, mas aguardam-se as
adaptações à nova Lei nº 14.133/2021:
1. Pregão Eletrônico;
2. Dispensa de Licitação em razão do valor;
3. Convite Eletrônico, para aquisição de
objeto ou bens cuja entrega seja
imediata.
13.
REGIME DE ADIANTAMENTO:
CARTÃO DE COMPRAS
Previsão legal: Lei federal nº 4.320/1964

Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado


por tesouraria ou pagadoria regularmente
instituídos por estabelecimentos bancários
credenciados e, em casos excepcionais, por meio
de adiantamento.

Limite por cartão: Valor da Dispensa de Licitação


(Lei nº 8.666/93) cf. Decreto nº 45.085, de
31/07/2000.
Lei federal nº 4.320/1964 :
Art. 68. O regime de adiantamento é
aplicável aos casos de despesas
expressamente definidos em lei e consiste
na entrega de numerário (cartão) a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação
própria para o fim de realizar despesas, que
não possam subordinar-se ao processo
normal de aplicação. Vejamos alguns casos
para o uso do Cartão de Adiantamento:
14. CONTROLE INTERNO E CONTROLE
EXTERNO:
14.1. CONTROLE INTERNO: DEPARTAMENTO
DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DA SECRETARIA
DA FAZENDA (DECRETO ESTADUAL Nº 60.812,
DE 30/09/2014);
14.2. CONTROLE EXTERNO: TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – TCESP
(ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE
SÃO PAULO).
O Departamento de Controle e
Avaliação - DCA, órgão ligado ao
Gabinete do Secretário da Fazenda, é
responsável pela execução de ações de
controle interno no âmbito do Poder
Executivo do Estado de São Paulo. Sua
estrutura é definida pelo Decreto estadual
nº 64.152/2019.
O produto principal do DCA é o relatório de
auditoria que descreve as questões
relevantes identificadas na auditoria e traz
recomendações que visam sanar
irregularidades e promover melhorias na
gestão e nos resultados do auditado. Após
entrega do relatório, o Departamento
monitora a implantação das
recomendações realizadas.
LEI COMPLEMENTAR Nº 709, DE 14/01/1993 - Dispõe
sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado:

Artigo 1º - O Tribunal de Contas do Estado de São


Paulo, órgão destinado à fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de
seus Municípios, auxiliar do Poder Legislativo no
controle externo, tem sua sede na cidade de São Paulo e
jurisdição em todo o território estadual.
Ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
- TCESP compete atuar na fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial do Estado de São Paulo e de seus
Municípios, exceto o da Capital, bem como na
das respectivas entidades de administração direta
ou indireta e na das fundações por eles instituídas
ou mantidas, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação de subvenções e
renúncia de receitas (Apontamentos).
A Auditoria Eletrônica de Órgãos Públicos
(AUDESP) é uma ferramenta do Tribunal
de Contas do Estado de São Paulo voltada
ao controle de gestão governamental por
meio da gestão de dados e informações
dos órgãos fiscalizados. Promove agilidade
na fiscalização e controle das contas
públicas paulistas em benefício da
sociedade.
O que se verifica durante as auditorias de
fiscalização e controle?
1. Eficiência e eficácia da gestão econômico-
financeira mediante indicadores;
2. Aplicação de recursos orçamentários;
3. Execução das ações dos programas de
Governo;
4. Bens patrimoniais, verificando o uso, a
proteção e os registros;
5. Processos das unidades gestoras, em
suas dependências ou mediante requisição
para análise, verificando conformidade e
orientando quanto aos procedimentos a
serem adotados;
6. Legalidade, legitimidade, economicidade,
eficiência e eficácia da gestão orçamentária,
financeira, de pessoal e patrimonial;
7. Tomadas de contas dos ordenadores de
despesas e responsáveis por valores e bens
públicos;
8. Resultados relativos à gestão econômico-
financeira e à administração de contrato, de
material e serviço, de patrimônio, de
pessoal e de transporte interno motorizado;
9. Execução orçamentária e financeira com
enfoque às licitações, contratos e
pagamentos;
10. Vencimentos, salários e benefícios de
servidores e empregados;
11. Despesas, verificando a compatibilidade
entre destinação e necessidades;
12. Gestão, cumprimento e desempenho
dos programas de governo (metas,
indicadores, prioridades, impactos
socioeconômicos, e alocação e uso dos
recursos disponíveis).
13. Cumprimento da missão institucional
dos órgãos.
14. Documentos comprobatórios de gestão
orçamentária, financeira e patrimonial das
unidades gestoras.
CONTROLE INTERNO CONTROLE EXTERNO
COMPETÊNCIA Secretaria da Fazenda Tribunal de Contas do Estado
art. 74, CF art. 71, CF
art. 32 e 35, Const Est SP art. 32 e 33, Const Est SP
PREVISÃO LEGAL
Decreto estadual nº
Lei Complem nº 709/1993
60.812/2014 (arts. 26 a 30).
15. ADMINISTRAÇÃO IMOBILIÁRIA
DO ESTADO. SISTEMA DE GESTÃO
DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO –
SGP.
15.1. ESTRUTURAÇÃO DO SGP:
ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS.
LOCAÇÃO, OCUPAÇÃO E
DESOCUPAÇÃO DE IMÓVEIS.
O Sistema de Gestão do Patrimônio
Imobiliário do Estado – SGPI foi
instituído pelo Decreto nº 39.980, de
03/03/1995, e passou a ser regido pelo
Decreto nº 61.163, de 10/03/2015 –
Reformula o Sistema de gestão do
patrimônio imobiliário do Estado - SGPI e
dá providências correlatas.
O SGPI tem por finalidade elaborar, propor e
executar a política de patrimônio imobiliário,
relativamente aos imóveis pertencentes ou
utilizados pela administração direta e pelas
autarquias, fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público e empresas em cujo capital o
Estado tenha participação majoritária, bem como
pelas demais entidades por ele direta ou
indiretamente controladas.
O SGPI abrange os imóveis que se
encontrem nas seguintes condições:
1. os próprios;
2. aqueles em processo de aquisição;
3. os cedidos por terceiros;
4. os locados;
5. os de que se tem simplesmente a
posse.
O Decreto nº 64.030, de 27/12/2018
estabeleceu diretrizes para a atualização
e complementação cadastral de imóveis
próprios e de terceiros constantes do
Sistema de Gerenciamento de Imóveis
– SGI, de que trata o Decreto nº 61.163,
de 10/03/2015 (slide 201).
Estruturação do SGPI
(art. 7º do Decreto nº 61.163, de 10/03/2015):
Haverá 1 (um) Certificador do Patrimônio Imobiliário em
cada um dos órgãos e entidades a seguir relacionados:
I - nas Secretarias de Estado;
II - na Procuradoria Geral do Estado;
III - nas autarquias;
IV - nas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder
Público;
V - nas empresas em cujo capital o Estado tenha
participação majoritária;
VI - nas demais entidades direta ou indiretamente
controladas pelo Estado.
Os Certificadores poderão designar servidores
subordinados para auxiliá-los na execução dos trabalhos.
Cabe aos Certificadores e Auxiliares, no âmbito do órgão
ou entidade de sua atuação:
1.a designação de Gestores das UGEs, para atuar no
sentido de manter permanentemente atualizado o banco
de dados, observados os procedimentos indicados no
Sistema de Gerenciamento de Imóveis - SGI;
2. a designação de Colaboradores das UGEs, para
apoiar os gestores em suas atribuições, quando
necessário diante da complexidade do patrimônio sob a
gestão de cada um.
Fontes:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988.
Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
_____. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
providências. Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
_____. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências. Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
_____. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública
e dá outras providências. Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
_____. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns,
e dá outras providências. Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
_____. Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a unificação dos
recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá
outras providências. Disponível em: ˂http://planalto.gov.br˃
SÃO PAULO. Constituição Estadual de 5 de outubro de 1989. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto-Lei nº 233, de 28 de abril de 1970. Estabelece normas para a
estruturação dos sistemas de administração financeira e orçamentária da administração
pública estadual centralizada ou direta. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Lei nº 10.320, 16 de dezembro de 1968. Dispõe sobre os sistemas de controle
interno da gestão financeira e orçamentária do Estado. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Lei nº 6.544, de 22 de novembro de 1989. Dispõe sobre o estatuto jurídico das
licitações e contratos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações, concessões e
locações no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Lei nº 12.799, de 11 de janeiro de 2008. Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos
Créditos não Quitados de órgãos e entidades estaduais – CADIN ESTADUAL. Disponível
em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Lei nº 16.884, de 21 de dezembro de 2018. Dispõe sobre as Diretrizes
Orçamentárias para o exercício de 2019. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 40.320, de 15 de setembro de 1995. Dispõe sobre as contratações
emergenciais, com dispensa de licitação, no âmbito da Administração Estadual.
Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 41.165, de 20 de setembro de 1996. Dispõe sobre a realização de
despesas com convênios, contratos de serviços e de obras e compras, no âmbito da
administração direta, autarquias, fundações e empresas do Estado. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 47.297, de 6 de novembro de 2002. Dispõe sobre o pregão, a que se
refere a Lei federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 49.722, de 24 de junho de 2005. Dispõe sobre o pregão realizado por
meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, a que se refere o § 1º, do
artigo 2º, da Lei federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e o artigo 10 do Decreto nº
37.297, de 6 de novembro de 2002. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 51.469, de 2 de janeiro de 2007. Dispõe sobre a obrigatoriedade da
modalidade de pregão para aquisição de bens e serviços comuns. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 52.205, de 27 de setembro de 2007. Fica instituído, no âmbito da
Administração Direta e Indireta do Estado de São Paulo, o Cadastro Unificado de
Fornecedores do Estado de São Paulo - CAUFESP, gerido pela Secretaria da Fazenda,
em conformidade com os artigos 34 a 37 da Lei federal nº 8.666, de 21 de junho de
1993, e com os artigos 31 a 34 da Lei estadual n° 6.544, de 22 de novembro de 1989,
que se regerá pelo regulamento, ora aprovado, anexo a este decreto. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 53.455, de 19 de setembro de 2008. Regulamenta a Lei nº 12.799, de
11 de janeiro de 2008, que dispõe sobre o Cadastro Informativo dos Créditos não
Quitados de órgãos e entidades estaduais – CADIN ESTADUAL, e dá providências
correlatas. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 55.938, de 21 de junho de 2010. Veda a participação, em licitações,
de cooperativas nos casos que especifica e dá providência correlata. Disponível em:
˂http://www.gcti.sp.gov.br/index.html˃
_____. Decreto nº 56.565, de 22 de dezembro de 2010. Dispõe sobre regras a serem
observadas para a aprovação de projetos básicos de obras e serviços de engenharia e
arquitetura. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 57.554, de 1º de dezembro de 2011. Veda a realização de despesas
que especifica e dá providências correlatas. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 59.104, de 13 de abril de 2013. Aprova o Regulamento do Sistema
bolsa eletrônica de compras do Governo do Estado de São Paulo – BEC/SP – Dispensa
de Licitação para compras de bens, em parcela única e entrega imediata, com dispensa
de licitação em razão do valor, e dá providências correlatas. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 59.215, de 21 de maio de 2013. Dispõe sobre a disciplina acerca da
celebração de convênios, no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica, e sobre
a instrução os processos respectivos. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 61.363, de 8 de julho de 2015. Aprova o regulamento do Sistema
Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo – BEC/SP – CONVITE para
compras de bens, em parcela única e entrega imediata, mediante licitação na
modalidade “convite”, e dá providências correlatas. Disponível em:
˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 61.476, de 3 de setembro de 2015. Dispõe sobre a publicação, na
imprensa oficial, de extratos de contratos, convênios e demais instrumentos de natureza
obrigacional. Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Decreto nº 64.078, de 21 de janeiro de 2019. Estabelece normas para a
execução orçamentária e financeira do exercício de 2019 e dá providências correlatas.
Disponível em: ˂http://www.al.sp.gov.br/leis/˃
_____. Resolução da Secretaria do Governo e Gestão Estratégica nº 10, de 19 de
novembro de 2002. Aprova o regulamento para a modalidade de licitação denominada
Pregão, destinada à aquisição de bens e à prestação de serviços comuns, pela
administração direta e autárquica do Estado. Disponível em:
˂http://www.pregao.sp.gov.br/legislacao/resolucoes/resolucaoCEGP10.htm˃
_____. Lei federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos
Administrativos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm>
_____. Decreto estadual nº 65.488, de 22 de janeiro de 2021. Estabelece normas para a
execução orçamentária e financeira do exercício de 2021, e dá providências correlatas.
Disponível em: ˂https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2021/decreto-65488-
22.01.2021.html>.
_____. Decreto estadual nº 64.152, de 22 de março de 2019. Organiza a Secretaria da
Fazenda e Planejamento e dá providências correlatas. Disponível em:
˂https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2019/decreto-64152-
22.03.2019.html>.
_____. Lei federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Lei da Improbidade Administrativa -
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento
ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta,
indireta ou fundacional e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm> .
_____. Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Lei de Acesso à Informação -
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do
art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº
8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>.

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