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GESTÃO DE

MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO: ASPECTOS BÁSICOS DE RECURSOS MATERIAIS NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE BENS MATERIAIS
Dentro da Administração pública, algumas áreas têm particular importância devido à rele-
vância para as atividades-fim nas organizações, como a Administração financeiro-orçamentária, a
Gestão de Pessoas e a Administração de Bens Materiais, e esta é a razão pela qual diversas áreas
do serviço público, como tribunais até a polícia federal, abordam em diversas provas de concursos
públicos estes tópicos.
É importante entender como os insumos de pessoas, orçamentários e de bens materiais se
relacionam, pois existe uma constante interdisciplinaridade entre estas áreas, e não é incomum
encontrarmos questões em provas que, abordando bens materiais, apresentam, com informações
complementares, aspectos de outras áreas da administração pública, como gestão de pessoas,
orçamentário, ou mesmo aspectos de direito constitucional, quando cita os princípios explícitos da
Gestão Pública no Artigo 37 da Constituição, ou mesmo direito administrativo, quando, abordando
o processo de compras, faz alguma citação à licitação.
Podemos definir, em um primeiro momento, as três áreas de uma organização como tendo a
seguinte relevância, com três horizontes.
ͫ Financeiro – propulsor de políticas públicas e que cria as condições orçamentárias para
o desenvolvimento da atividade-fim nas organizações. Criando condições para as ativi-
dades meio;
ͫ Material – condição física ou estrutural para o pleno desenvolvimento de ações de pro-
dução de bens ou prestação de serviços;
ͫ Pessoal – agente direto dos resultados das previsões orçamentárias e que de fato se
utilizam dos materiais dispostos em uma organização. Sendo os que executam as ativi-
dades fim.
Como os bens materiais são a condição para o desenvolvimento das atividades em uma organi-
zação, e como a administração pública esta baseada em suas ações pelos princípios constitucionais
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, é fundamental que todas as
áreas de estudo de bens materiais, como compras, armazenagem, movimentação, patrimônio, tom-
bamento, armazenagem etc. tenham regulamentação e postura ética por parte dos agentes públicos.
O Estudo da administração de bens materiais aborda, portanto, vários aspectos abaixo listados:
ͫ bens patrimoniais;
ͫ controle de estoque;
ͫ conceitos de armazenagem;
ͫ tombamento de bens;
ͫ classificação de materiais.
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CONCEITOS DE PATRIMÔNIO
Recursos patrimoniais existentes em uma organização formam seus bens patrimoniais, que,
assim como pessoas físicas, podem considerar como parte de seu patrimônio bens tangíveis e
intangíveis, podendo ser móveis ou imóveis.
Os bens patrimoniais não são necessariamente todos os bens materiais existentes em uma
organização e vinculados a ela, e esta diferenciação se dá em particular pelos aspectos que seguem.
ͫ são efetivamente utilizados no processo de produção ou prestação de serviço, sendo
utilizados nas atividades meio ou atividades-fim em uma organização;
ͫ são bens de uso permanente dentro da organização, estando necessariamente vinculados
ao desenvolvimento das ações;
ͫ demandam planejamento e dotação orçamentária para manutenção periódica, pois
sofrem desgaste quando em uso;
ͫ são objeto de compras regulares por parte da organização;
ͫ não tem a finalidade de obtenção de lucro por parte da organização, pois não tem o
objetivo de ser comercializado pela organização.

ALTERAÇÕES DE BENS PATRIMONIAIS


Uma organização tem o dever de ter atualizado seu levantamento de bens patrimoniais, e
esta atualização deve levar em conta as alterações existentes no monitoramento dos itens que
formam os bens patrimoniais. Estas alterações devem ser devidamente registradas, catalogadas
e metodologicamente armazenadas em um bando de dados. As alterações de bens patrimoniais
mais recorrentes em uma organização são as seguintes:
ͫ Adição: quando é realizada a compra ou aquisição de um item ou unidade considerados
bens patrimoniais. A ampliação de uma bem ativo também é considerada uma adição;
ͫ Benfeitoria: quando um item que já consta dos bens patrimoniais tem alteração visando
sua melhoria, sendo esta ou fruto de mudança, necessidade ou inovação tecnológica;
ͫ Substituição: quando um item precisa ser substituído, por qualquer motivo, por outro
da mesma natureza.
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OBJETIVOS E ATRIBUTOS DE GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS
OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
ͫ Catalogação − Listagem dos itens materiais de uma organização, tendo a ideia e visão
conjunta de todos os itens.
ͫ Simplificação − Tem o objetivo de reduzir redundância. No caso de dois materiais que
cumprem a mesma função e objetivo, deve-se optar por apenas um deles.
ͫ Especificação − Descrição detalhada do material, com uma linguagem acessível para o
público interno e externo e com o uso de vocabulário técnico comedido.
ͫ Normalização − Definição de normas técnicas de cada material de acordo com as dire-
trizes e regras da ABNT.
ͫ Padronização − Uso uniforme de itens e interdependência entre os materiais, facilitando
tanto a sua aquisição, quanto seu uso e organização
ͫ Codificação − Vinculação de um código alfanumérico para cada material, o qual repre-
sente características de cada item. Na codificação pode ser utilizado o SKU (Unidade de
Manutenção de Estoque), um código que dá informações tanto do fornecedor quanto
do produto, como o exemplo que segue:

ATRIBUTOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS


ͫ Abrangência − A classificação deve levar em conta vários aspectos de forma abrangente
e não apenas um elemento. Características físicas, de segurança, contábeis e financeiras
devem ser consideradas.
ͫ Praticidade (Simplicidade) − O objetivo da classificação é facilitar a organização e uso
de materiais, portanto, deve demandar procedimento pouco complexo por parte dos
envolvidos.
ͫ Flexibilidade − É necessária para a comunicação e interface entre os diferentes tipos de
classificação existentes em uma organização.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À IMPORTÂNCIA OPERACIONAL


ͫ Material produtivo (importância operacional) − Ligados de forma direta ou indireta ao
processo de produção.
ͫ Matérias-primas − Básicos e insumos necessários para a produção.
ͫ Em fabricação − Em processamento e já transformados no processo.
ͫ Acabados − Já prontos para o uso ou comercialização.
ͫ Manutenção − Utilizados na manutenção de equipamentos e outros materiais.
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BASES E PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
A IMPORTÂNCIA DE CLASSIFICAR UM MATERIAL
Classificar um material significa agrupar os vários itens segundo algum critério determinado, como forma,
dimensões, peso, tipo, constituição físico-química e uso em sua atividade-meio ou fim. De forma resumida,
classificar materiais em uma organização significa ordenar e agrupar seguindo critérios adotados, respeitando
suas semelhanças.

A IMPORTÂNCIA DE CODIFICAR UM MATERIAL


Após a classificação ocorre a codificação de materiais, o que significa traduzir e representar todas as
informações necessárias para a identificação do bem e relação com seu grupo de semelhança. A utilização de
números e/ou letras, deve ser feita para a codificação utilizando informação oriundas da classificação do material

CODIFICAÇÃO POR MEIO DE BARRAS LINEARES


Também definidos como códigos de barras ou ainda ou código de distribuição. Estes códigos gerados
pelas barras lineares, que contém as informações de codificação dos itens são lidos por leitores óticos especiais
para esta finalidade.

CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS (CÓDIGO CIVIL)


Seção I
Dos Bens Imóveis
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas
para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Seção II
Dos Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
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Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qua-
lidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, dimi-
nuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei
ou por vontade das partes.
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independen-
temente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurí-
dicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças,
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
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Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem


sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens perten-
centes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for esta-
belecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
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USO PRÁTICO DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS EM ORGÃOS PÚ-
BLICOS
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO
Uma outra classificação possível para bens materiais é quanto a condição de uso nas organizações,
sendo, neste aspecto, classificados como ativos e inativos.
ͫ Ativos: todos os bens utilizados nas organizações de forma rotineira e regular, em um período
determinado pelo departamento que faz uso destes bens em suas atividades de produção ou
prestação de serviços.
ͫ Inativos: todos os bens não utilizados em um período determinado pela organização, e que se
tornam desnecessários para a produção ou prestação de serviços. Os bens podem tornar-se
inativos se estiverem nas seguintes condições:
1. Ocioso. Que não apresenta condições concretas para seu uso.
2. Recuperável. Quando sua recuperação ultrapassa 50% de seu valor de mercado.
3. Antieconômico. Quando seu uso demanda uma dotação orçamentária excessiva.
4. Irrecuperáveis. Quando não existem condições de recuperação para efetivo.

MATERIAIS CRÍTICOS
São os materiais com reposição específica, por não terem uma demanda definida e requererem certos
riscos na estocagem; são armazenados até um momento determinado de uso, sendo controlados quanto à
obsolescência. Por essa razão, devem ser minoritários em estoque.
Os materiais críticos podem ser definidos como tal pelos motivos abaixo:
ͫ Por razões econômicas.
ͫ Por obtenção.
ͫ Periculosidade.
ͫ Por falta de previsão.
ͫ Segurança.

CLASSIFICAÇÃO POR DEMANDA


ͫ Materiais que não são de estoque. Aqueles materiais cuja previsibilidade de armazenamento,
uso, necessidade e demanda não existe são geralmente adquiridos próximo ao uso.
ͫ Materiais de estoque. São os adquiridos periodicamente, uma vez que seu uso é contínuo
em uma organização; existe previsibilidade.
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CLASSIFICAÇÃO POR IMPORTÂNCIA


ͫ Materiais X - Importância relativa e podem ser substituídos.
ͫ Materiais Y - Importância relativa e dificilmente substituíveis.
ͫ Materiais Z - Importantes e insubstituíveis.

PERECIBILIDADE
Os materiais classificados como perecíveis são assim definidos quanto à sua desconfiguração físi-
co-química e possibilidade de extinção de sua estrutura, sendo que seu uso tem um período curto. Sendo
assim, os materiais podem ser classificados como perecíveis e não perecíveis.
Exemplos de perecibilidades:
ͫ Volatilidade.
ͫ Ação da luz.
ͫ Instabilidade.
ͫ Atmosfera agressiva.
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CLASSIFICAÇÃO ABC (ÁREAS DE ATUAÇÃO)
ͫ Qualidade.
ͫ Investimento.
ͫ Compras.
ͫ Estoque.
ͫ Processo decisório.

CLASSIFICAÇÃO ABC (TEOREMA DE PARETO)


Outra importante ferramenta para a tomada de decisões na busca pela qualidade é a utiliza-
ção do Teorema de Pareto para a decisão de prioridades dentro de uma organização. Segundo o
estudo feito por Pareto, os elementos (produtos, ações, funcionários etc.) de uma organização são
divididos em:
ͫ Classificados como A – Correspondem aos elementos de maior importância e que aten-
dem a 20% da quantidade e 80% da relevância em uma organização.
ͫ Classificados como B – Correspondem aos elementos de importância mediana e que
atendem a 30% da quantidade e 15% da relevância em uma organização.
ͫ Classificados como C – Correspondem aos elementos de importância menor e que aten-
dem a 50% da quantidade e 5% da relevância em uma organização.

ÁRVORE DAS DECISÕES


Método de tomada de decisão em que um diagrama apresenta as decisões que devem ser
tomadas e as possíveis consequências das decisões e alternativas futuras, é prospectiva e possibilita
analisar os caminhos e as dificuldades que podem surgir em cada decisão.
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BENS DE CONSUMO
Bens de consumo se caracterizam por serem os produtos que são utilizados em uma orga-
nização, porém não são de uso permanente no que tange ao tempo, pois os bens de consumo se
caracterizam por serem produtos de consumo rápido geralmente na atividade-fim, geralmente na
atividade de escritório. Dentre os bens de consumo mais comuns utilizados estão aqueles que são
utilizados em atividades como, por exemplo, produção de documentos.

BENS DE CONSUMO
São aqueles bens destinados ao uso de Consumidores Finais caracterizando-se ainda por não
estarem sujeitos a mais nenhum processo de transformação (produtos acabados).
Entretanto, pode haver confusão numa classificação simplista.
Por exemplo: uma máquina de escrever é um bem de consumo ou um bem de produção. Os
bens de Consumo são classificados como bens de consumo duráveis e não duráveis.
Os bens de consumo duráveis são aqueles que têm um ciclo de vida e uso, junto ao consumidor,
durante um período razoável de tempo, não sendo consumidos ou sofrendo um desgaste imediato.
Ex.: automóveis, televisor, geladeira etc.
Os bens de consumo não duráveis são os chamados de consumo imediato (ou de curta dura-
ção). Ex.: alimentos, roupas, calçados etc.
Os bens de consumo são classificados em três grandes grupos.
Esta classificação leva em conta a ótica do consumidor:
Bens de Consumo de Conveniência bens que o consumidor compra com frequência, imedia-
tamente, e com um mínimo dispêndio de recursos.
Suas características são:
a) Durabilidade: normalmente bens não duráveis.
b) Preço baixo: em geral são mais baixos seus preços, do que os bens.
de consumo duráveis e que os demais bens de consumo.
c) Pequena margem bruta ou líquida por unidade de produto.
d) Apresentam alto coeficiente de rotação, isto é, uma alta freqüência.
(e imediata) de reposição no ponto de venda.
e) O consumidor é conhecedor das suas qualidades e usos.
f) São facilmente substituíveis: o que não implica em grande fidelidade
a uma determinada Marca.
g) Normalmente a propaganda deve se dirigir ao consumidor final.
h) Conveniência: análise da conveniência do comprador, que pode ser, por exemplo: proximi-
dade à moradia do comprador local de fácil acesso e transporte, ou proximidade de lugares, onde
se vai frequentemente.
Os Produtos Bens e suas Relações com a Mercadologia
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Bens de Consumo de Comparação (ou de Escolha): são bens de consumo que o cliente no
processo de compra tem opções quanto à utilidade, qualidade, preço e estilo.
Esta classificação envolve os bens de consumo duráveis e não duráveis (ex.: automóveis, rou-
pas, eletro-doméstico, utensílios domésticos, etc.).
Suas características são:
a) Durabilidade: em que o comprador imputa critérios do ciclo de vida
maior ou menor, conforme os usos e serviços prestados pelo produto.
b) Preços em geral mais elevados que os bens de conveniências.
o) Margem (líquida ou bruta) maior que os bens de conveniência.
d) Rotação menor que os bens de conveniência, nos pontos de venda.
A maior durabilidade e preços mais altos diminuem a frequência de
compra.
e) A substituição por outras Marcas difícil. O prestígio da Marca,
adquire importância, e criando, pois, uma fidelidade maior à marca.
f) Em geral as despesas necessárias à propaganda são maiores que as
despesas com os bens de consumo de conveniência.
- Por levar em consideração aspectos de qualidade desejo e distinção junto
do consumidor, exigem qualificação e quantificação maior do setor de vendas (pessoal melhor
preparado).
- Por exigirem melhor atendimento no que concerne a subsídio de garantia e assistência ao
consumidor.
Bens de Consumo de Especialidades:
São bens pelos quais um número significativo de compradores tem
preferência especial, e para cuja obtenção fará esforços especiais (tempo de
procura, recursos financeiros – preços etc.).
Fonte https://www.eco.unicamp.br/Neit/images/stories/CTAE_CD2/produtos_bens_relacoes_mercadologia.pdf
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ESTOQUE DE BENS MATERIAIS
É fundamental em uma organização o controle preciso do estoque, isto, além de garantir a
continuidade dos serviços, evitando que a falta ou materiais em excesso prejudiquem as atividades
da organização. Um controle preciso de estoque também garante maior economia, pois evita o
desperdício e gastos com estocagem excessiva de materiais.
Hoje em dia, as organizações desenvolveram metodologias para o melhor controle de estoque.
Vários desses métodos e ferramentas foram adotados pelo serviço público, em particular a admi-
nistração gerencial, introduzida no Brasil a partir de 1990. Essas ferramentas têm sido exploradas
em concursos públicos que trazem gestão de recursos materiais em seus editais.

ESTOQUE MÍNIMO
Também denominado estoque de segurança, é a quantidade mínima de materiais que deve
existir em estoque e que atenda a demandas que não são as corriqueiras dentro do desenvolvi-
mento de atividades permanentes em uma organização. Situações como o atraso nos prazos para a
entrega de novos lotes de materiais ou mesmo a necessidade de uso além daquele previsto, devem
garantir a continuidade dos serviços com o estoque mínimo garantindo os materiais necessários,
mesmo nestas situações.

ESTOQUE MÁXIMO
É fundamental que uma organização que a quantidade de materiais em estoque não ultrapasse
uma quantidade máxima prevista, tanto para fins organizativos quanto para fins de armazenagem.
O estoque máximo deve ter a quantidade de lotes de materiais para as necessidades de uso
em determinado período. Esta análise de estoque máximo leva em consideração, além da demanda
de uso, o espaço reservado para armazenagem do produto, os recursos financeiros e processo de
compras, a vida útil e a vida econômica dos itens em estoque, entre outros aspectos.

TEMPO DE REPOSIÇÃO (LEAD TIME)


Este termo que designa o tempo que existe entre dois momentos específicos, que são a emis-
são do pedido de compra por parte dos responsáveis pelo estoque, até a entrega da mercadoria
por parte do fornecedor, e a entrada desta como item efetivamente em estoque e pronto para uso.

INTERVALO DE AQUISIÇÃO (OU DE ENTRADA)


Este termo designa o tempo exato entre duas entradas de materiais, sendo que a reposição
tem um intervalo contínuo entre duas reposições.

CUSTO DE ESTOQUE
Como uma organização pública tem sua dotação orçamentária definida e tem a necessidade
de prestação de contas interna e externa ao poder público, o cálculo prévio e o controle dos custos
envolvidos em estoque é muito importante, pois permite a previsão orçamentária desses custos,
além de possibilitar ações que visam a eficiência no uso dos recursos financeiros que envolvem
materiais e sua estocagem.
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CUSTO FIXO DE ESTOQUE


Define o custo de estocagem de cada item independente de custos adicionais agregados a
esta estocagem, como a mão de obra envolvida, custos adicionais com locais para estoque (aluguel
de armazém) etc.

CUSTO NÃO FIXO OU VARIÁVEL DE ESTOQUE


Define o custo de estocagem de cada item, considerando custos adicionais e variáveis, como
a mão de obra envolvida, armazenagem, custos administrativos, jurídicos etc.

SERVIÇOS STORAGE
É um serviço relativamente recente, porém cada vez mais utilizado pelas organizações públicas
e privadas. Trata-se da locação de um espaço de tamanho, estrutura logística e segurança variáveis,
conforme a necessidade da organização que o aluga.

ESTOQUE DE ITENS VINCULADO AO USO


O estoque de itens tem relação direta com a finalidade deste para a atividade-fim da organi-
zação e pode ser classificado como:
ͫ Matérias-primas.
ͫ produtos acabados.
ͫ produtos em processo de produção.
ͫ em trânsito.
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ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUE: MÉTODOS PEPS E UEPS
Quando se organiza estoque existem vários métodos de organização dos itens, e neste sentido
os métodos logísticos de organização são PEPS e UEPS, que representam formas e prioridades de
organização dos itens.
ͫ Método PEPS – o método PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), representa uma
forma de organização de materiais baseada em priorizar data de validade, vida útil e uso
prioritário em primeiro lugar dos itens que entraram primeiro no estoque, organizando
o estoque em um método definido como fila.
ͫ Método UEPS – o método UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) está baseado no método
que prioriza os itens mais recentes que entraram no estoque, ou por prioridade tec-
nológica ou por necessidade de uso sob demanda ou necessidade operacional. Este
método é definido como uma pilha.

SISTEMA PATRIMONIAL EM ESTOQUE


Carga unitária: embalagens de transporte (“pallets”) arranjam uma certa quantidade de material
(como se fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte e armazenagem, economizando
tempo de armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra e área
Caixas ou gavetas: ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas,
material de escritório, etc., até na própria seção de produção.
Prateleiras: destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas.
Adequadas para peças pequenas e leves e quando o estoque não é muito grande. Constitui o sis-
tema mais simples e econômico.
Raques: para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes). Podem
ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento.
Empilhamento: uma variante das caixas, para aproveitar ao máximo o espaço vertical, reduzindo
a necessidade de divisões nas prateleiras (formando uma única prateleira) e facilitando a utilização
das empilhadeiras. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma
distribuição quantitativa.
Container flexível: é uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e líquidos
em sacos.
CUIDADOS ESSENCIAIS PARA A ARMAZENAMENTO
1. Determinação do local;
2. Definição adequada do layout;
3. Definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais;
4. Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
5. Segurança patrimonial, contra furtos, incêndios, etc.
RESULTADOS DA OTIMIZAÇÃO DA ARMAZENAMENTO
1. Máxima utilização do espaço;
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2. Efetiva utilização dos recursos disponíveis;


3. Pronto acesso a todos os itens (seletividade);
4. Máxima proteção aos itens estocados;
5. Boa organização;
6. Satisfação das necessidades dos clientes.
CUIDADOS ESSENCIAIS PARA A ARMAZENAMENTO
1. Determinação do local;
2. Definição adequada do layout;
3. Definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais;
4. Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
5. Segurança patrimonial, contra furtos, incêndios, etc.

TIPOS DE ARMAZENAMENTO
a) Armazenagem por agrupamento – facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre
permite o melhor aproveitamento do espaço;
b) Armazenagem por tamanhos – permite bom aproveitamento do espaço;
c) Armazenagem por frequência – implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os
materiais que tenham maior frequência de movimentos;
d) Armazenagem Especial:
- Ambiente climatizado – destinado a materiais que exigem tratamento especial;
- Inflamáveis – os produtos inflamáveis obedecem rígidas normas de segurança.
Grupo 1 – Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez;
Grupo 2 – Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez;
Grupo 3 – Inflamáveis, tóxicos e corrosivos;
Grupo 4 – Tóxicos e/ou corrosivos, não inflamáveis;
Grupo 5 – Espontaneamente inflamáveis;
Grupo 6 – Muito venenosos:
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GESTÃO DE MATERIAIS
COMPRAS - CONCEITOS: CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE COM-
PRAS NAS ORGANIZAÇÕES
O processo de compras apresenta uma vertente trabalhada no direito administrativo, que é todo
o processo legal ligado ao ato da licitação e a legalidade, porém o processo de compras também está
vinculado de forma direta com o processo de gestão de materiais, no sentido de que esse processo
é fundamental para a organização logística, de processos produtivos e atendimento ao público.
Seguem abaixo as áreas que são relacionadas ao processo de compras no serviço público:
ͫ classificação de materiais;
ͫ estoque;
ͫ armazenagem;
ͫ fornecedores;
ͫ tombamento;
ͫ movimentação externa;
ͫ movimentação interna;
ͫ controle;
ͫ monitoramento.
Compras – Conceitos
Uma compra célere (rápida) traz consigo uma série de benefícios: evita a falta de um material no
instante em que ele é necessário, demanda menos homem-hora para a condução da burocracia
necessária à pesquisa de mercado e negociação com fornecedores (reduzindo o custo de pedido,
por exemplo) e torna o processo independente de variáveis suscetíveis ao tempo (inflação,
evolução tecnológica etc.).
Dessa maneira, finalmente chegamos aos três atributos essenciais em uma Gestão de Compras
eficiente:
preço econômico,
qualidade
celeridade.

OBJETIVOS DA FUNÇÃO COMPRAS OBJETIVOS DA FUNÇÃO COMPRAS


garantir o efetivo suprimento de materiais e serviços, nas quantidades e nos prazos de-
mandados pelos clientes internos;
comprar com qualidade, celeridade e ao preço econômico;
manter um cadastro de fornecedores que garanta maior agilidade e segurança na pesqui-
sa de preços;
planejar as compras (fazendo um calendário de aquisições, por exemplo);
manter uma relação próxima com as áreas internas da organização, em especial os clien-
tes internos, almoxarifados e finanças;
manter um bom relacionamento com fornecedores;
criar ferramentas que permitam um efetivo controle do processo de compras.
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VANTAGENS DAS ESTRUTURAS DE COMPRAS


Centralização
ͫ obtenção de maior economia de escala;
ͫ possibilita melhor controle global do processo de compras;
ͫ reduz o custo de pedido;
ͫ evita a disparidade de preços de aquisição de um mesmo material.
Descentralização
ͫ resposta mais rápida das solicitações de compras;
ͫ maior flexibilidade na negociação com fornecedores;
ͫ maior autonomia funcional.

O PROCESSO DECISÓRIO EM COMPRAS


Tomar decisões é uma ação inerente ao serviço público, e os servidores públicos que têm papel
determinante na administração também têm na tomada de decisão. Quanto maior o poder e res-
ponsabilidade do membro da organização, maior é a quantidade de decisões que ele precisa tomar.
As decisões geralmente são baseadas em mudanças nas organizações, estas na maioria das
vezes forçada por mudanças ambientais ou inovações, facultativas para a organização, porém cada
vez mais necessárias.
A tomada de decisão e o maior ou menor envolvimento de atores neste processo tem a ver
com os princípios e diretrizes na administração, e pode representar maior ou menor coletivização
conforme o método:
ͫ decisão autocrática – concentrada em uma pessoa que detém o poder, não existe envolvi-
mento de terceiros e está baseada na concentração do poder. Não cria um bom ambiente
coletivo, mas pode garantir a celeridade.
ͫ decisão delegada – é aquela em que a chefia ou quem detém o poder delega para outro
membro da organização ou equipe a responsabilidade pela tomada de decisão. Pode
garantir maior motivação da equipe, mas muitas vezes cria uma indefinição na cadeia
de comando.
ͫ decisão colegiada – é aquela em que a pessoa que detém o poder envolve os interessados
na tomada de decisão, e geralmente está vinculada à governança na administração. Cria
maior envolvimento e motivação, porém pode prejudicar o foco nos objetivos estratégicos
e prejudicar a celeridade.
Os métodos de tomada de decisão estão diretamente relacionados com os modelos
administrativos.
Seguem abaixo os métodos de tomada de decisão dos modelos que foram vigentes no Estado
brasileiro:
ͫ decisão no modelo patrimonialista – comportamental, baseado unicamente nas opiniões,
história de vida, interesses do governante, que detinha o poder absoluta e não existia
impessoalidade;
4

ͫ decisão no modelo burocrático (weberiano) – racional, baseado na impessoalidade e na


existência de normas e regras claras para a tomada de decisão, e é baseada na impes-
soalidade. A decisão racional tem quatro etapas básicas:
» identificação do problema;
» buscar a origem do problema;
» resolver o problema;
» buscar soluções para a não recorrência do problema.
ͫ decisão na Nova Administração Pública – mantém o racionalismo, a base em normas e a
impessoalidade, porém busca formas mais amplas e colegiadas de tomada de decisão,
baseada na governança administrativa.

DECISÕES PROGRAMADAS
As decisões programadas são aquelas recorrentes, que já foram tomadas antes e que as con-
sequências são previsíveis e de conhecimento prévio, o que possibilita melhor planejamento em
qualquer cenário decisório. Por serem previsíveis, são aquelas tomadas cotidianamente e inerentes
às funções do membro da organização que a toma.
Seguem as principais características das decisões programadas:
ͫ previsibilidade;
ͫ controle;
ͫ planejamento;
ͫ minimizar riscos.

DECISÕES NÃO PROGRAMADAS


1. São aquelas decisões inéditas ou não esperadas a serem tomadas no planejamento, fruto
da instabilidade e mudanças constantes nos ambientes externo e interno.
As decisões não programas geralmente estão baseadas em situações não previstas e quanto
maior a responsabilidade do membro da organização, geralmente maior a quantidade de decisões
não programas a serem tomadas.
Seguem as principais características das decisões não programadas:
ͫ imprevisibilidade;
ͫ pouco controle;
ͫ não previstas no planejamento;
ͫ aumenta riscos.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2

GESTÃO DE MATERIAIS
MÉTODOS DE COMPRAS: MÉTODO PONTO DE PEDIDO
COMPRAS – PONTOS DE PEDIDO
Método do último período
Método sem fundamentação matemática, que consiste apenas em repetir o consumo do último
período. Se, por exemplo, o consumo em um mês qualquer for de 38, você repete o mesmo valor
no estoque para o próximo mês.
Método da média móvel
O administrador estipula certo número de períodos para se efetuar a previsão de consumo
do próximo período.
Exemplo:
- Em 2010 – 780 itens consumidos.
- Em 2011 – 123 itens consumidos.
- Em 2012 – 578 itens consumidos.
- Em 2013 – 122 itens consumidos.
- Em 2014 – 845 itens consumidos. - Em 2015 – Cálculo prospectivo.
Considerando N como o número de anos a ser considerado, somamos os anos sendo N=4.
Portanto:
845+122+578+123
1668 / 4
477 itens em estoque futuro para 2015.
Cálculo de movimentação e custo de estoque
PEPS – Primeiro a entrar, Primeiro a sair.
UEPS – Último a entrar, Primeiro a sair.
Método da média móvel ponderada
São estabelecidas porcentagens, colocando as maiores nos períodos mais próximos do que
será previsto na análise prospectiva.

SISTEMA PONTO DE PEDIDO


Um dos métodos mais utilizados para que o estoque faça a solicitação para iniciar o processo
de compra é o sistema ponto de pedido, que consiste em verificar a quantidade que se encontra
em estoque e que uma vez sendo atingida, irá dar início ao processo de compra, sendo sequen-
ciado por um pedido de compra ao setor responsável. No Sistema ponto de pedido é necessário o
conhecimento prévio dos seguintes elementos.
• Estoque máximo.
• Estoque mínimo.
gestão de materiais 3

• Tempo de reposição (em meses)


• Consumo mensal.
• Itens em estoque.
Com estas informações podemos chegar até o Ponto de pedido, que é calculado pela seguinte
expressão:
PP = (TR x C) + ES.
Exemplo. São necessários 10000 formulários por mês em determinado departamento. O
estoque atual é de 2000
formula, e sua reposição leva três meses. Neste caso o cálculo do ponto de pedido será PP =
(3 X 10000) +2000, portanto o ponto de pedido será de 32000 lotes.

LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC)


Outro elemento considerável para a compra é o Lote Econômico de Compra (LEC), que cor-
responde à quantidade de lotes que devem ser comprados visando minimizar custos agregados à
estocagem e valor vinculado a compra. Para definir o Lote Econômico de Compra (LEC) são neces-
sários dois elementos:
• A demanda de materiais e, portanto de compra periódica, deve ser conhecida.
• Não deve existir restrição quanto ao tamanho dos lotes adquiridos.

SISTEMA DE DUAS GAVETAS


No sistema de duas gavetas, considerado o mais simples para controlar o estoque. A Gaveta A,
menor, tem a quantidade necessária para atender a demanda de acordo com o tempo de reposição
e estoque atual (integrando o estoque mínimo), e a gaveta B o estoque máximo do período. Quando
se esvazia a gaveta B é o momento do pedido de compra. Quando o material chega, primeiro é
necessário completar a gaveta A para depois completar a gaveta B.
Pedido de compra.
O pedido de compra tem relação direta, portanto, com o uso e movimentação do material, e
neste sentido, também guarda relação com questões econômicas.
Reposição contínua
É quando se emite um pedido de compras para o setor responsável, em uma qualidade igual
ao Lote Econômico de Compra (LEC), toda vez que o nível de estoques atingir o ponto de pedido,
de forma regular e permanente.
Reposição periódica
É quando se emite um pedido de compras em quantidades que são variáveis, porém em
intervalos de tempo regulares.
Reposição híbrida
É quando se emite um pedido de compras com variações de tempo e quantidade.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2

GESTÃO DE MATERIAIS
MÉTODOS DE COMPRAS: MÉTODO DAS DUAS GAVETAS
SISTEMA DE DUAS GAVETAS
No sistema de duas gavetas, considerado o método mais simples para controlar o estoque, a
gaveta B (menor) tem a quantidade necessária para atender a demanda de acordo com o tempo de
reposição e estoque atual (integrando o estoque mínimo), e a gaveta A (maior), o estoque máximo
do período. Quando se esvazia a gaveta A, é o momento do pedido de compra.
Quando o material chega, primeiro é necessário completar a gaveta B para depois completar
a gaveta A.
Exemplo:
GAVETA A – 10 lotes

GAVETA B – 06 lotes

ͫ a Gaveta A é necessariamente maior do que a Gaveta B e ela é a primeira que começa a


ter os lotes utilizados;
ͫ a Gaveta B é necessariamente a menor gaveta, e deve ser utilizada apenas quando a
Gaveta A for esvaziada;
ͫ o Estoque Máximo é soma da gaveta A com a gaveta B – 16 lotes;
ͫ o Ponto de pedido é o momento em que a Gaveta A é esvaziada e a Gaveta B é aberta,
ou seja, 06 lotes;
ͫ o Estoque mínimo deve estar dentro da Gaveta B, e para este exemplo definiremos com
2 lotes;
ͫ O tempo de reposição representa o intervalo (em lotes) da abertura da gaveta B (menor) e
o estoque mínimo. Como no exemplo acima, a abertura da gaveta B representa a existência
de 6 lotes no estoque e o estoque mínimo são 2 lotes, o tempo de reposição é de 4 lotes.
Pedido de compra
O pedido de compra tem relação direta, portanto, com o uso e movimentação do material, e,
neste sentido, também guarda relação com questões econômicas.
Reposição contínua
É quando se emite um pedido de compras para o setor responsável, em uma qualidade igual
ao Lote Econômico de Compra (LEC), toda vez que o nível de estoques atingir o ponto de pedido,
de forma regular e permanente.
Reposição periódica
É quando se emite um pedido de compras em quantidades que são variáveis, porém em
intervalos de tempo regulares.
gestão de materiais 3

Reposição híbrida
É quando se emite um pedido de compras com variações de tempo e quantidade.

EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE NO PROCESSO DE COMPRAS


Também tem relação com a Nova Administração pública e estreita afinidade com os elemen-
tos acima descritos, os chamados “3Es” da administração pública, que são a Eficiência, Eficácia e
Efetividade. Segue abaixo a descrição de cada um dos elementos:
ͫ Eficiência – introduzido de forma explícita no artigo 37 da Constituição pela Emenda
Constitucional nº 19 de 1998, é a relação de recursos destinados e resultados obtidos
pela administração pública. Em uma análise, é a questão chamada de “custo-benefício”
nas ações públicas.
ͫ Exemplo: se, ao final do prazo estipulado previamente, for construído um hospital público
com os recursos (financeiros, de pessoas e materiais) propostos, sem necessidade de
destinação complementar, será uma ação eficiente administrativamente. Portanto, a
eficiência tem relação com a atividade “meio”.
ͫ Eficácia – tem direta relação com a concreta efetivação da ação que motiva a existência
da unidade pública ou função dos servidores públicos, a capacidade de atender aquilo
que justifica a ação administrativa. Portanto, a eficácia tem relação com a “atividade fim”.
ͫ Efetividade – tem relação com a entrega do “produto final” para os interessados, para o
cliente cidadão, fazendo esses agregarem valor e aceitarem a ação pública como justi-
ficável. Portanto, efetividade tem relação com o “valor percebido” pelo cliente-cidadão.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2

MÉTODOS DE COMPRAS: MÉTODO JUST IN TIME


Just In Time representa um sistema ou metodologia de administração da produção, compras
ou estoque que estabelece que tudo deve ser produzido, transportado, utilizado, comprado ou
estocado na hora exata da necessidade da operação.
Na prática, o método Just in Time pode ser aplicado a qualquer organização pública ou pri-
vada, e se caracteriza por priorizar a utilização no momento da operação ou aplicação, tendo várias
vantagens:
ͫ diminuição do espaço de estoque;
ͫ diminuição de custos com estoque;
ͫ diminuição de custos com pessoal;
ͫ celeridade no uso dos materiais;
ͫ melhor uso do produto em sua vida útil;
ͫ evita desperdício.

KANBAN

1.
Fonte – Artia.com

2. O sistema Kanban é uma das variantes mais conhecidas do Just in Time


Em administração da produção, Kanban é um quadro de sinalização que controla os fluxos
de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser trocado por outro sistema de
sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados. Já na Engenharia de Software,
Kanban é uma estratégia para otimizar o fluxo de valor para partes interessadas através de um
processo que utiliza um sistema visual que limita a quantidade de trabalho em andamento através
de um sistema puxado.
Na década de 1960 a empresa Toyota criou o sistema Kanban para abastecimento e controle
de estoques, usado por empresas até os dias de hoje. O sistema movimenta e fornece itens de
acordo com o consumo, fazendo com que não haja abastecimento de materiais sem solicitação.
O Kanban foi baseado num sistema visual de abastecimento de um supermercado: conforme
os produtos vão sendo vendidos (consumidos), os espaços vazios vão sendo reabastecidos.
 3

São utilizados cartões para o controle e funcionamento do Kanban, cartão utilizado indica que
um material foi utilizado e precisa ser reposto, os cartões também são divididos por prioridade de
reabastecimento, sendo separados pelas cores verde, amarela e vermelha, em sequência para itens
de menor prioridade para maior prioridade.
Esses cartões são utilizados em uma grande grade dividida em vários setores, pela qual o
produto passa até se transformar no produto acabado, organizando o quadro para uma melhor
ilustração do andamento da produção. Esse procedimento dá uma visão mais ampla para o gestor
responsável pelo processo de produção, que fica por dentro do andamento do setor.
Para se realizar com sucesso o Kanbanl são feitos cálculos do número de cartões para cada
item de material, levando em consideração o lead time, o pedido médio, o estoque de segurança
e a quantidade de peças no contentor.
O sistema Kanban não tem como função reduzir estoques, apenas limita seu nível a um valor
máximo, não podendo assim ser confundido com o sistema Just in Time, o sistema Kanban é con-
siderado apenas uma parte do sistema Just in Time.
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar
a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso
é levado ao seu ponto de partida, em que se converte num novo pedido para mais peças. Quando
for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se
movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça.
O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregue em indústrias
montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou
caixas) podem ser Kanbans de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os locais de
armazenagem e produção, substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo,
enfim, que a produção se realize Just in Time –metodologia desenvolvida e aperfeiçoada em 1940
por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda conhecida como Sistema Toyota de Produção.
Fonte – KNIBERG, HENRIK; Mattias Skarin Kanban e Scrum - Obtendo o melhor de ambos. Estados Unidos da América: C4Me-
dia Inc. p. 22-80. 139 páginas. ISBN 978-0-557-13832-6. 2009.
ADMINISTRAÇÃO
2

ADMINISTRAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO EXTERNA: MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS DO
FORNECEDOR PARA A ORGANIZAÇÃO
FORNECEDORES
Hoje em dia em uma organização, os fornecedores, que são elementos vinculados ao ambiente
externo, tornaram-se fundamentais, pois ao fornecer matérias-primas e materiais que não são
produzidos em uma organização, seja para atividades-meio ou atividades-fim, são os responsáveis,
na entrega destes materiais e pela continuidade dos serviços nas organizações. É por esta razão,
que existem tantas exigências e punições para empresas que fornecem materiais como fruto de
processo licitatório.
Alinhamento entre fornecedores e valores da organização.
Hoje em dia, o código de ética e os valores das organizações tem exigido que os fornecedores,
além da qualidade e preço do produto que entrega, tenham alinhamento ético e de valores com
as organizações públicas que compras seus produtos. Entre as posturas geralmente condenadas
constam:
ͫ Trabalho infantil.
ͫ Trabalho escravo.
ͫ Desrespeito às leis trabalhistas
ͫ Falta de compromisso com a sustentabilidade.
ͫ Uso de matéria-prima de empresas que não seguem tais princípios.
Barganha dos fornecedores.
A necessidade de continuidade de serviços não pode permitir que uma organização pública
dependa exclusivamente de um único fornecedor, pois o risco de alguém ter problema de produção
ou logístico deste fornecedor compromete a entrega do material, e consequentemente a continui-
dade dos serviços em uma organização, diminuindo o poder de barganha da organização frente
ao fornecedor. Portanto, o ideal é que a organização tenha sempre mais de um fornecedor para o
mesmo produto. Este conceito está vinculado a maior ou menor competitividade da organização, e
foi desenvolvido por Michael Porter, que desenvolvendo estudos sobre a competitividade, desen-
volveu as 5 forças de Porter.
Recebimento de materiais.
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
Tara.
Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes ou quanti-
dades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo de líquidos, a tara
é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso original do veículo que realiza
a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
administração 3

Conferencia.
Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência é fundamental
neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser da organização e não mais
do fornecedor.
ͫ Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de
itens ou de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e
sim fatores como quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente
a competência técnica para realização da avaliação qualitativa compete a outro setor,
que não o de estoque e recebimento de materiais.
ͫ Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com
a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos
do material que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc.
Neste processo podem ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais
que estão sendo agregados ao estoque.
ͫ Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebi-
mento realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega,
a verificação tanto quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
CONCEITO DE METROLOGIA
A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a ciência das
medidas e das medições. “Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números,
você sabe alguma coisa sobre isto. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode
expressá-lo em números, o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. Se você não pode medir
algo, não pode melhorá-lo.” (Lord Kelvin)
Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições,
qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia. (INMETRO. VIM - 2.
ed. Brasília, SENAI/DN, 2000 75p).
É um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico abrangendo todos os aspectos teó-
ricos e práticos relativos às medições.
A Metrologia é a ciência das medições:
ͫ Abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos que asseguram a exatidão exigida
ͫ no processo produtivo.
ͫ Procurando garantir a qualidade de produtos e serviços através da calibração de
ͫ instrumentos e da realização de ensaios.
Sendo a base fundamental para a competitividade das empresas.
ͫ A metrologia é uma ferramenta imprescindível para:
ͫ Avaliar a conformidade de produtos e processos;
ͫ Garantia de justas relações de troca (relações comerciais);
ͫ Promover a cidadania (saúde, segurança e meio ambiente);
ͫ Qualidade, inovação e competividade;
4

Assegurar reconhecimento nacional e internacional.


QUAIS AS ÁREAS DA METROLOGIA?
Basicamente, a metrologia está dividida em três grandes áreas:
Metrologia Científica;
Metrologia Industrial;
Metrologia Legal.
A Metrologia Científica: que se utiliza de instrumentos laboratoriais e das pesquisas e meto-
dologias científicas que têm por base padrões de medição nacionais e internacionais para
o alcance de altos níveis de qualidade metrológica.
A Metrologia Industrial: cujos sistemas de medição controlam processos produtivos industriais
e são responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.
A Metrologia Legal: que está relacionada a sistemas de medição usados nas áreas de saúde,
segurança e meio ambiente.

QUAIS OS OBJETIVOS DA METROLOGIA?


ͫ Traduzir a confiabilidade nos sistemas de medição.
ͫ Garantir que especificações técnicas, regulamentos e normas existentes.
ͫ Proporcionem as mesmas condições de perfeita aceitabilidade na montagem e encaixe.
ͫ De partes de produtos finais, independentemente de onde sejam produzidas.
ͫ Melhoria do nível de vida das populações.
ͫ Consumo de produtos com qualidade.
ͫ Preservação da segurança, saúde e do meio ambiente.

QUAIS AS VANTAGENS DA METROLOGIA?


ͫ Garante a qualidade do produto final.
ͫ Favorece as negociações pela confiança do cliente.
ͫ Diferenciador tecnológico e comercial para as empresas.
ͫ Reduz o consumo e o desperdício de matéria prima Devido à calibração de componentes
e equipamentos.
ͫ Aumento da produtividade.
ͫ Elimina a possibilidade de rejeição do produto.
ͫ Resguarda os princípios éticos e morais da empresa no atendimento das necessidades
da sociedade em que está inserida.
ͫ Evita desgastes que podem comprometer sua imagem no mercado.
FONTE - http://www.inmetro.rs.gov.br/cicmac/material_didatico/polig_conceito_metrologia.pdf
ADMINISTRAÇÃO
2

ADMINISTRAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO INTERNA: MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS DO
ESTOQUE PARA O LOCAL DE USO
MOVIMENTAÇÃO DE PATRIMÔNIO
Os bens patrimoniais são classificados em patrimônio imobiliário e mobiliário. Enquanto o
primeiro não pode ser movimentado sem perder sua constituição física, o segundo pode ser movi-
mentado, não perdendo suas características e constituição física.
Dentre os itens que são classificados como bens mobiliários, constam os semoventes, que têm
a capacidade de se moverem por si sós, já os outros, que demandam transporte com a intervenção
humana, são o objeto de análise sobre movimentação de patrimônio.
ͫ Distância de movimentação – a movimentação de materiais que é analisada em concur-
sos públicos é interna à organização, do local onde se armazena para o local de uso, do
recebimento para o estoque, de um departamento para outo dentro da organização etc.
ͫ Como a movimentação interna é diferente do transporte externo feito por parte de for-
necedores, quanto à quantidade, geralmente menor internamente, e distâncias curtas,
é necessária essa diferenciação na análise.
ͫ A movimentação interna, portanto, mesmo que demande a participação de pessoas e
maquinário, e desprenda tempo e organização, tem um custo reduzido, e, se comparado
com a movimentação externa, da fábrica para a organização que compra, desprende uma
quantidade muito menor de esforços.
ͫ Transporte contínuo - o sistema de transporte contínuo é definido como a movimentação
constante entre dois pontos pré-determinados.
ͫ Movimentação de pontos sem limite estabelecido - esse tipo de movimentação é definido
como aquele que traz a necessidade de movimentações variáveis quanto a área geográfica
e, nesse sentido, empilhadeiras são as mais indicadas.
ͫ manuseio em áreas críticas - esse tipo de movimentação é definido como aquele que
traz a necessidade do material se movimentar em uma área crítica, que apresente riscos
geográficos ou de layout. Neste caso, a ponte rolante é um recurso majoritariamente
utilizado.
→ Embalagens - tanto na movimentação quando na estocagem, a forma como um material
é embalado demanda análise e estudo para que, nesse processo de movimentação, não ocorram
danos, porém a questão orçamentária é fundamental, pois a embalagem não pode representar,
salvo exceções, um custo muito excessivo.
administração 3

DIMENSÃO
A dimensão da embalagem também deve guardar relação direta com as dimensões originais
do produto, por questões de espaço de armazenagem e movimentação.
Existem inicialmente três níveis para a embalagem de materiais:
ͫ embalagem primária: aquela que fica em contato direto com o material, e diz respeito
direto tanto à sua constituição física quando química. Exemplo de embalagem primária
é uma garrafa ou envelope de documento.
ͫ embalagem secundária: pode agregar uma quantidade elevada de materiais, como caixas
que internamente contenham vários produtos em suas embalagens primárias e protejam
fisicamente estas, e nesse sentido devem ser mais resistentes do que as embalagens
primárias.
ͫ embalagem terciária: é a embalagem final do transporte em longas distâncias, e pode agre-
gar internamente uma quantidade determinada de embalagens primárias ou secundárias.

SISTEMA PATRIMONIAL
carga unitária: embalagens de transporte (“pallets”) arranjam uma certa quantidade de material
(como se fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte e armazenagem, economizando
tempo de armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra e área;
ͫ caixas ou gavetas: ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas,
material de escritório etc., até na própria seção de produção;
ͫ prateleiras: destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou
caixas. Adequadas para peças pequenas e leves e quando o estoque não é muito grande.
Constitui o sistema mais simples e econômico;
ͫ raques: para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes).
Podem ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento;
ͫ empilhamento: uma variante das caixas, para aproveitar ao máximo o espaço vertical,
reduzindo a necessidade de divisões nas prateleiras (formando uma única prateleira) e
facilitando a utilização das empilhadeiras. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre
os outros, obedecendo a uma distribuição quantitativa;
ͫ container flexível: é uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e
líquidos em sacos.
Cuidados essenciais para o armazenamento:
1. determinação do local;
2. definição adequada do layout;
3. definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais;
4. ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
5. segurança patrimonial, contra furtos, incêndios etc.
Resultados da otimização de armazenamento:
1. máxima utilização do espaço;
4

2. efetiva utilização dos recursos disponíveis;


3. pronto acesso a todos os itens (seletividade);
4. máxima proteção aos itens estocados;
5. boa organização;
6. satisfação das necessidades dos clientes.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2

GESTÃO DE MATERIAIS
FORNECEDORES: CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE DE FORNECEDO-
RES
Entender a importância dos fornecedores é fundamental para o futuro das organizações, pois
são os fornecedores que são responsáveis por entregar os produtos e bens de consumo que são
utilizados na prestação de serviço ou na produção.
Portanto, os fornecedores são um elemento fundamental para que as organizações consigam
ter eficiência, eficácia e efetividade em suas atividades.
No modelo burocrático de administração pública, que foi dos anos 30 aos anos 90 do século
passado, os fornecedores eram analisados majoritariamente pelo preço que cobravam na entrega
dos produtos.
Porém, com novas exigências do serviço público, os fornecedores também começaram a ser
analisados sob outras óticas, em particular a melhor técnica deste produto e como este produto
será utilizado qualitativamente nas organizações.
A responsabilidade social existente nas organizações também é um fator determinante para
se analisar os fornecedores, pois hoje em dia algumas exigências da sociedade civil organizada se
fazem presentes na escolha dos fornecedores, no serviço público e práticas como a responsabili-
dade ambiental.
Assim como a responsabilidade social, olhando para a sociedade e preservando a qualidade de
vida tanto dos funcionários de tal fornecedor como seu público consumidor e a responsabilidade
financeira, cobrando preços justos e preços que não se caracterizem como abusivos.

ANÁLISE DE FORNECEDORES
Fornecedores
Hoje em dia em uma organização, os fornecedores, que são elementos vinculados ao ambiente
externo, tornaram-se fundamentais, pois ao fornecer matérias-primas e materiais que não são
produzidos em uma organização, seja para atividades-meio ou atividades-fim, são os responsáveis,
na entrega destes materiais, pela continuidade dos serviços nas organizações. É por esta razão que
existem tantas exigências e punições as empresas que fornecem materiais como fruto de processo
licitatório.
Alinhamento entre fornecedores e valores da organização.
Hoje em dia, o código de ética e os valores das organizações tem exigido que os fornecedores,
além da qualidade e preço do produto que entrega, tenha alinhamento ético e de valores com as
organizações públicas que compra seus produtos. Entre as posturas geralmente condenadas constam:
ͫ Trabalho infantil.
ͫ Trabalho escravo.
ͫ Desrespeito às leis trabalhistas.
ͫ Falta de compromisso com a sustentabilidade.
ͫ Uso de matéria-prima de empresas que não seguem tais princípios.
Barganha dos fornecedores.
gestão de materiais 3

A necessidade de continuidade de serviços não pode permitir que uma organização pública
dependa exclusivamente de um único fornecedor, pois fora o risco de alguém problema de pro-
dução ou logístico destes fornecedor comprometer a entrega do material, e consequentemente a
continuidade dos serviços em uma organização, diminui o poder de barganha da organização frente
ao fornecedor. Portanto, o ideal é que a organização tenha sempre mais de um fornecedor para o
mesmo produto. Este conceito está vinculado à maior ou menor competitividade da organização, e
foi desenvolvido por Michael Porter, que desenvolvendo estudos sobre a competitividade, desen-
volveu as 5 forças de Porter.
Recebimento de materiais.
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
Tara.
Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes ou quanti-
dades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo de líquidos, a tara
é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso original do veículo que realiza
a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
Conferencia.
Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência é fundamental
neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser da organização e não mais
do fornecedor.
• Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de itens ou
de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e sim fatores como
quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente a competência técnica para
realização da avaliação qualitativa compete a outro setor, que não o de estoque e recebimento de
materiais.
• Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com a
compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos do material
que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc. Neste processo podem
ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais que estão sendo agregados ao
estoque.
• Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebimento
realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação tanto
quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2

GESTÃO DE MATERIAIS
SISTEMA PATRIMONIAL: PRINCÍPIOS DE SISTEMA PATRIMO-
NIAL NA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
O sistema patrimonial representa todo o processo envolvido no controle de bens materiais
e no controle das atividades relacionadas ao inventário, pois neste sentido, o sistema patrimonial
representa a necessária relação que existe nas organizações, com o cuidado com os materiais, desde
a sua constituição físico-química até o seu uso devido e o local devido dentro das organizações.
Portanto, o sistema patrimonial representa uma atividade fundamental para que as organi-
zações consigam ter ética no uso dos recursos materiais, pois em sistema patrimonial existe uma
situação extremamente arriscada dos bens ou materiais de consumo, utilizadas de forma indevida
e, desta forma, gerando prejuízo para as organizações.
Segue abaixo as vantagens de um sistema operacional bem organizado:
ͫ Eficiência no uso dos recursos materiais;
ͫ Efetividade no uso dos recursos materiais;
ͫ Eficácia no uso dos recursos materiais;
ͫ Qualidade dos recursos materiais;
ͫ Postura ética na relação com os recursos materiais;
ͫ Melhoria no processo de inventário.

A IMPORTÂNCIA DE CLASSIFICAR UM MATERIAL


Classificar um material significa agrupar os vários itens segundo algum critério determinado,
como forma, dimensões, peso, tipo, constituição físico-química e uso em sua atividade meio ou fim.
De forma resumida, classificar materiais em uma organização significa ordenar e agrupar seguindo
critérios adotados, respeitando suas semelhanças.

A IMPORTÂNCIA DE CODIFICAR UM MATERIAL


A utilização de números e/ou letras, deve ser feita para a codificação utilizando informação
oriundas da classificação do material.

CODIFICAÇÃO ATRAVÉS DE BARRAS LINEARES


Também definidos como códigos de barras ou ainda ou código de distribuição. Estes códigos
gerados pelas barras lineares, que contém as informações de codificação dos itens, são lidos por
leitores óticos especiais para esta finalidade.

CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS (CÓDIGO CIVIL)


Seção I
gestão de materiais 3

Dos Bens Imóveis


Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas
para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
Seção II
Dos Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qua-
lidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, dimi-
nuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei
ou por vontade das partes.
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independen-
temente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurí-
dicas próprias.
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Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças,
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens perten-
centes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for esta-
belecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
GESTÃO DE
MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
ARMAZENAGEM: CONCEITOS DE ARMAZENAGEM NAS ORGANI-
ZAÇÕES
ARMAZENAGEM DE PRODUTOS.
Em uma organização a logística é dividida basicamente em quatro atividades relacionadas
aos materiais.
ͫ A aquisição do produto.
ͫ Movimentação do produto adquirido,
ͫ Armazenagem do produto movimentado.
ͫ Entrega dos produtos, após armazenagem.
A etapa da armazenagem é um momento chave na logística, e por esta razão o departamento
e funcionários envolvidos neste processo são tidos como prioritários nas atuais organizações, pois
além do valor agregado, pode responder em grande parte pela eficiência na produção e prestação
de serviços em uma organização.
Como tempo ocioso de determinado material pode ser variável, chegando até a longos perío-
dos, uma boa organização é fundamental, e a armazenagem racional segue alguns preceitos básicos.
ͫ Critério da quantidade: está relacionado aos itens suficientes para a necessidade.
ͫ Critério da qualidade: está relacionada à análise técnica no momento da aquisição.
ͫ Critério da oportunidade: está relacionado ao produto estar disponível no momento que
deverá ser utilizado.
ͫ Critério do melhor preço: está relacionado ao valor pago mais vantajoso para a organização
dentro dos critérios da quantidade, qualidade e oportunidade.
A armazenagem, dependendo dos critérios acima, pode trazer vantagens e desvantagens para
a organização.
Principais vantagens
• Aproveitamento customizado e melhor do espaço disponível.
• Local estratégico para diminuir custos de movimentação.
• Simplificação da verificação de itens constantes de armazenagem.
• Diminuição de redundância de materiais e perdas.
• Possibilita versatilidade frente às mudanças de condições.
Principais desvantagens
• Tem a necessidade de serviços de natureza administrativa.
• O prazo de validade é uma variante na armazenagem.
• Quanto maior o local de armazenagem, maiores os custos envolvidos.
• Quanto maior o local de armazenagem, maior a necessidade de maquinário
gestão de materiais 3

Tipos de armazenagem
• Tipo de armazenagem permanente. Caracteriza-se aquela em que existe na organização
um local pré-definido para a disposição física dos materiais.
• Tipo de armazenagem interior/exterior. A armazenagem externa às dependências da orga-
nização, ou ao ar livre, traz vantagens econômicas e é geralmente indicada para materiais que se
caracterizam por serem pesados ou de ferragens e tubulações.
• Tipo de armazenagem temporária. Neste caso é indicado para materiais que não são de
uso contínuo da organização, porém que são necessários por determinado momento. Neste caso
podem ser feitas instalações temporárias.

SISTEMAS DE ARMAZENAGENS (EM ESTOQUE)


Existem diversos métodos e modelos de armazenagem que foram sendo desenvolvidos nas
organizações ao longo dos anos, e tem relação com a disposição física dos itens e a forma em que
eles são estocados.
ͫ Utilização de carga unitária. Utiliza embalagens para transporte, chamados de pallets. A
vantagem é que arranjam um grupo de itens de forma conjunta, como se fosse um único
corpo, e isto facilita o transporte, o manuseio, a armazenagem, o processo de carga e
descarga, e com isso desprendendo menor mão de obra.
ͫ Utilização de caixas ou gavetas. É indicado para itens pequenos, de dimensões limitadas,
como clipes, parafusos, canetas, e materiais de escritório em geral, etc.
ͫ Utilização de prateleiras. É indicada para armazenagem de materiais de tamanhos difer-
enciados, ou mesmo para as prateleiras apoiarem gavetas ou caixas de tamanhos distinto.
Este processo é mais simplificado e mais econômico para a organização. Prateleiras são
destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas. A
única limitação do uso de prateleiras é que não é indicada para itens pesados ou muito
volumosos.
ͫ Utilização de raques. É indicada para peças longas e de corpo estreito, como tubulações
ou cabos rígidos. A montagem de raques pode ser rodiziada, para facilitar o deslocamento
e manuseio dos itens.
ͫ Utilização do método de empilhamento. Este método é uma variação da utilização de
caixas, e aproveita o espaçamento vertical, e facilita a relação com o uso de empilhadeiras.
As caixas, caixotes ou pallets são empilhados de forma a dispor uns sobre os outros, res-
peitando orientação de empilhamento máximo definido nas embalagens de cada produto.
ͫ Utilização de container flexíveis: É um método relativamente recente, é indicado para
elementos sólidos em fragmentos pequenos, como areia ou micro pérolas ou mesmo
líquidos a granel.
GESTÃO DE
MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
LEIAUTE: ARRANJO FÍSICO DE BENS MATERIAIS
ARRANJO FÍSICO
O arranjo físico está relacionado ao posicionamento físico dos recursos transformadores de
uma organização, ou seja: as instalações, equipamentos e pessoas que trabalham na empresa. O
objetivo do arranjo físico é permitir o melhor desempenho dos colaboradores e dos equipamentos,
de forma que o trabalho flua de maneira simples e fácil.
Um planejamento de arranjo físico mal feito pode afetar toda a capacidade e produtividade
da organização, causando interrupções no processo, podendo ocorrer também falhas no estoque
e atrasos nas entregas dos pedidos.
Vantagens de um bom arranjo físico
• Conforto, pois os colaboradores terão um ambiente de trabalho mais ventilado, iluminado
e agradável;
• Acessibilidade, já que todas as máquinas estarão dispostas em um nível de acessibilidade
suficiente para limpeza e manutenção;
• Melhor aproveitamento do espaço;
• Flexibilidade: é preciso que os arranjos sejam alterados a longo prazo, na medida em que
as necessidades da operação mudam;
• Segurança inerente: é fundamental que as saídas de emergência estejam claramente
sinalizadas;
• Extensão do fluxo: o fluxo de informações e materiais deve atender ao objetivo da operação;
• Clareza de fluxo: todo fluxo deve ser sinalizado de forma clara para os colaboradores.
Tipos básicos de arranjo físico
Arranjo físico posicional
Trata-se de um arranjo físico em que os recursos transformados não se movem entre recursos
transformadores, ou seja: aquilo que vai ser transformado fica em uma posição fixa, enquanto os
agentes transformadores vão se movimentando ao redor dele. Esta é uma característica de grandes
construções, em que o produto é muito grande e fica difícil de movimentá-lo.
Suas principais vantagens são:
• Possibilidade de terceirização de todo o projeto, ou de parte dele;
• Alta flexibilidade.
Arranjo físico por processo
Consiste em um arranjo físico em que processos similares são posicionados juntos uns dos
outros. É muito utilizado em hospitais, que são divididos em setores como cardiologia, pediatria e
oftalmologia, ou são separados por processo. Neste caso, os pacientes são encaminhados a deter-
minada área de processo, de acordo com suas necessidades.
Vantagens do arranjo por processo:
• Flexibilidade para atender a demanda de mercado;
gestão de materiais 3

• Atende produtos diversificados em quantidades variadas ao mesmo tempo.


Arranjo físico celular
É aquele em que os recursos transformados são selecionados previamente para movimentar-se
para uma localidade específica onde se encontram todos os recursos transformadores necessários
a atender suas necessidades imediatas.
Vantagens do arranjo físico celular:
• Aumento da flexibilidade;
• Diminuição do transporte do material;
• Diminuição dos estoques.
Arranjo físico por produto
Também conhecido como linear ou linha de produção, envolve localizar os recursos produtivos
transformadores, segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado.
Vantagens do arranjo físico por produto:
• Produção em massa com grande produtividade;
• Controle de produtividade mais fácil.
Vale destacar que o tipo de arranjo físico adotado pode impactar significativamente nos custos
da operação produtiva, causando muitos prejuízos quando é ineficiente e favorecendo a produti-
vidade quando foi bem aplicado.
Qual o tipo de arranjo físico você adotou na sua empresa? Deixe seu comentário abaixo e
compartilhe suas experiências.
Fonte - https://www.segvidamg.com.br
GESTÃO DE
MATERIAIS
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TRANSPORTE : MODALIDADES DE TRANSPORTE INTERNO E


EXTERNO
MOVIMENTAÇÃO DE PATRIMÔNIO
Os bens patrimoniais são classificados em patrimônio imobiliário e mobiliário. Enquanto o
primeiro não pode ser movimentado sem perder sua constituição física, o segundo pode ser movi-
mentado, não perdendo suas características e constituição física.
Dentre os itens que são classificados como bens mobiliários, constam os semoventes, que tem
a capacidade de se moverem por si só, já os outros, que demandam transporte com a intervenção
humana, e são estes o objeto de análise sobre movimentação de patrimônio.
ͫ Distância de movimentação - A movimentação de materiais que é analisada em concur-
sos públicos é interna à organização, do local onde se armazena para o local de uso, do
recebimento para o estoque, de um departamento para outo dentro da organização,
etc. Como a movimentação interna é diferente do transporte externo feito por parte de
fornecedores, quanto a quantidade, internamente geralmente menor, e distâncias curtas,
é necessária esta diferenciação na análise.
ͫ A movimentação interna, portanto, mesmo que demande a participação de pessoas e
maquinário, e desprenda tempo e organização, tem um custo reduzido, e se comparado
com a movimentação externa, da fábrica para a organização que compra, desprende uma
quantidade muito menor de esforços.
ͫ Transporte contínuo - O sistema de transporte contínuo é definido como a movimentação
constante entre dois pontos pré-determinados.
ͫ Movimentação de pontos sem limite estabelecido - Este tipo de movimentação é definida
como aquela que traz a necessidade de movimentações variáveis quanto a área geográfica,
e neste sentido, empilhadeiras são as mais indicadas.
ͫ Manuseio em áreas críticas - Este tipo de movimentação é definida como aquele que
traz a necessidade do material se movimentar em uma área critica, que apresente riscos
geográficos ou de layout. Neste caso, a ponte rolante é um recurso majoritariamente
utilizado.
ͫ Embalagens - Tanto na movimentação quando na estocagem, a forma em que um material
é embalado demanda análise e estudo para que, neste processo de movimentação, não
ocorram danos, porém a questão orçamentária é fundamental, pois a embalagem não
pode representar, salvo exceções, um custo muito excessivo.
A dimensão da embalagem também deve guardar relação direta com as dimensões originais
do produto, por questões de espaço de armazenagem e movimentação.
Existem inicialmente três níveis para a embalagem de materiais:
1. Embalagem primária. Aquela que fica em contato direto com o material, e diz respeito direto
tanto a sua constituição física quando química. Exemplo de embalagem primária é uma garrafa ou
envelope de documento.
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2. Embalagem secundária. Pode agregar uma quantidade elevada de materiais, como caixas
que internamente contenham vários produtos em suas embalagens primárias, e protege fisicamente
estas, e neste sentido devem ser mais resistentes do que as embalagens primárias.
3. Embalagem terciária. É a embalagem final do transporte em longas distâncias, e pode
agregar internamente uma quantidade determinada de embalagens primárias ou secundárias.

RECEBIMENTO DE MATERIAIS
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
ͫ Tara. Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes
ou quantidades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo
de líquidos, a tara é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso
original do veículo que realiza a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
ͫ Conferencia. Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência
é fundamental neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser
da organização e não mais do fornecedor.
ͫ Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de
itens ou de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e
sim fatores como quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente
a competência técnica para realização da avaliação qualitativa compete a outro setor,
que não o de estoque e recebimento de materiais.
ͫ Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com
compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos do
material que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc. Neste
processo podem ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais que
estão sendo agregados ao estoque.
ͫ Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebi-
mento realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega,
a verificação tant quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
GESTÃO DE
MATERIAIS
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CONFERÊNCIA : CONFERÊNCIA QUALITATIVA E QUANTITATIVA


DE BENS MATERIAIS
RECEBIMENTO
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo forne-
cedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módulo de um sistema
global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma
interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.

CONCEITUAÇÃO
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornece-
dor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são :
ͫ coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;
ͫ analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;
ͫ controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os
volumes a serem efetivamente recebidos;
ͫ proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a pos-
síveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos
respectivos documentos;
ͫ proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
ͫ decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
ͫ providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao
fornecedor;
ͫ liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases :
1a fase – entrada de materiais ;
2a fase – conferência quantitativa;
3a fase – conferência qualitativa;
4a fase – regularização;
A Logística pode ser definida por quatro atividades básicas: a da aquisição e produto, movi-
mentação, armazenagem e entrega dos produtos.
A armazenagem é um dos tópicos fundamentais da logística. O departamento de armazenagem
vem sendo tratado dentro das empresas como um segmento da cadeia logística extremamente
importante, onde os armazéns começam a ser considerados como centros de distribuições e agre-
gador de valor para os produtos movimentados.
De forma a ir ao encontro das necessidades das empresas, e uma vez que os materiais têm
tempos mortos ao longo do processo, estes necessitam de uma armazenagem racional e devem
obedecer a algumas
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ͫ Quantidade: a suficiente para a produção planejada;


ͫ Qualidade: a recomendada ou pré-definida como conveniente no momento da sua
utilização;
ͫ Oportunidade: a disponibilidade no local e momento desejado;
ͫ Preço: o mais económico possível dentro dos parâmetros mencionados.
ͫ Vantagens
ͫ Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança;
ͫ • Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores;
ͫ • Incremento na produção e maior utilização da tecnologia;
ͫ • Melhor aproveitamento do espaço;
ͫ • Redução dos custos de movimentações bem como das existências;
ͫ • Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros;
ͫ • Redução de perdas e inutilidades;
ͫ • Versatilidade perante novas condições
ͫ Desvantagens
ͫ Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem em juros a pagar;
ͫ A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguel que se traduz em
rendas;
ͫ A armazenagem requer serviços administrativos;
ͫ A mercadoria armazenada têm prazos de validade que têm de ser respeitados;
ͫ Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de movimentações; mum
armazém de grande porte necessita de maquinas com tecnologia.
Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do mate-
rial, colocação de estrados para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força da
gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59).
Tipos de armazenagem
• Armazenagem permanente
É um processo predefinido num local destinado ao depósito de matérias. O fluxo de material
determina
• A disposição do armazém - critério de armazenagem;
• A técnica de armazenagem - espaço físico no armazém;
• Os acessórios do armazém;
• A organização da armazenagem.
• Armazenagem interior/exterior
A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem a nível económico, sendo esta
muito utilizada para material de ferragens e essencialmente material pesado
• Armazenagem temporária
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Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do mate-
rial, colocação de estrados para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força da
gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59).
GESTÃO DE MATERIAIS
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TOMBAMENTO : PRESERVAÇÃO TANGÍVEL E INTANGÍVEL ATRA-


VÉS DO TOMBAMENTO LEGAL
TOMBAMENTO
O tombamento representa uma ação legal para a preservação tangível ou intangível do patri-
mônio que represente algo que é de inestimável significância para a humanidade, a população
Brasileira, de determinada região, pois além da UNESCO que é um órgão da ONU para a preservação
de patrimônio da humanidade, existe o patrimônio histórico e artístico nacional e também existem
as organizações de patrimônio regional.
Tombamento histórico;
Tombamento cultural;
Tombamento ambiental;
Tombamento afetivo
A preservação mediante tombamento tem regras determinadas pelo IPHAN que é um instituto
de patrimônio do Brasil, essas definições seguem abaixo.

BENS TOMBADOS
O tombamento é o instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural mais
conhecido, e pode ser feito pela administração federal, estadual e municipal. Em âmbito federal,
o tombamento foi instituído pelo Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, o primeiro ins-
trumento legal de proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro e o primeiro das Américas, e cujos
preceitos fundamentais se mantêm atuais e em uso até os nossos dias.
De acordo com o Decreto, o Patrimônio Cultural é definido como um conjunto de bens móveis
e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a
fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico. São também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, sítios e
paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela
natureza ou criados pela indústria humana.
A palavra tombo, significando registro, começou a ser empregada pelo Arquivo Nacional Portu-
guês, fundado por D. Fernando, em 1375, e originalmente instalado em uma das torres da muralha
que protegia a cidade de Lisboa. Com o passar do tempo, o local passou a ser chamado de Torre
do Tombo. Ali eram guardados os livros de registros especiais ou livros do tombo. No Brasil, como
uma deferência, o Decreto-Lei adotou tais expressões para que todo o bem material passível de
acautelamento, por meio do ato administrativo do tombamento, seja inscrito no Livro do Tombo
correspondente.
Responsabilidade e fiscalização - Qualquer pessoa física ou jurídica poderá solicitar o tomba-
mento de qualquer bem ao Iphan, bastando, para tanto, encaminhar correspondência à Superin-
tendência do Iphan em seu Estado, à Presidência do Iphan, ou ao Ministério da Cultura. Para ser
tombado, o bem passa por um processo administrativo que analisa sua importância em âmbito
nacional e, posteriormente, o bem é inscrito em um ou mais Livros do Tombo. Os bens tombados
estão sujeitos à fiscalização realizada pelo Instituto para verificar suas condições de conservação,
e qualquer intervenção nesses bens deve ser previamente autorizada.
Sob a tutela do Iphan, os bens tombados se subdividem em bens móveis e imóveis, entre
os quais estão conjuntos urbanos, edificações, coleções e acervos, equipamentos urbanos e de
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infraestrutura, paisagens, ruínas, jardins e parques históricos, terreiros e sítios arqueológicos. O


objetivo do tombamento de um bem cultural é impedir sua destruição ou mutilação, mantendo-o
preservado para as gerações futuras.

O IPHAN
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vin-
culada ao Ministério do Turismo que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e
usufruto para as gerações presentes e futuras.
O Iphan possui 27 Superintendências (uma em cada Unidade Federativa); 37 Escritórios Téc-
nicos, a maioria deles localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados, as chamadas
Cidades Históricas; e, ainda, seis Unidades Especiais, sendo quatro delas no Rio de Janeiro: Centro
Lucio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular;
e, duas em Brasília, o Centro Nacional de Arqueologia e Centro de Documentação do Patrimônio.
O Iphan também responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens cultu-
rais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e na Lista o Patrimônio Cultural Imaterial
da Humanidade, conforme convenções da Unesco, respectivamente, a Convenção do Patrimônio
Mundial de 1972 e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003.
Histórico - Desde a criação do Instituto, em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei nº 378,
assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, os conceitos que orientam a atuação do Instituto
têm evoluído, mantendo sempre relação com os marcos legais. A Constituição Brasileira de 1988,
em seu artigo 216, define o patrimônio cultural como formas de expressão, modos de criar, fazer
e viver. Também são assim reconhecidas as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cultu-
rais; e, ainda, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Nos artigos 215 e 216, a Constituição reconhece a existência de bens culturais de natureza
material e imaterial, além de estabelecer as formas de preservação desse patrimônio: o registro,
o inventário e o tombamento.
Fonte - IPHAN
GESTÃO DE MATERIAIS
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ALIENAÇÃO : PRINCÍPIOS DE ALIENAÇÃO DE BENS MATERIAIS


ALIENAÇÃO
A Alienação de bens representa a transferência de um domínio de bens materiais ou imateriais
de um indivíduo para um terceiro.
A alienação de bens tem vínculo com qualquer item de valor econômico agregado de proprie-
dade de um indivíduo (pessoa física ou jurídica), como os imóveis, moto, bens duráveis, automóvel,
barco, computador, etc., ou corporação propriamente dita , que pode ser convertido em dinheiro
ou receita liquidas.

RELAÇÃO ENTRE VIDA ECONÔMICA E VIDA ÚTIL.


A Vida útil de um produto é o período de tempo em que o bem consegue exercer plenamente
suas funções originais.
A Vida econômica refere-se aos custos totais em que o órgão público incorre para manter em
operação certo equipamento ou bem sem custo adicional.
Cálculo de vida econômica
CAE = (COA + CK) / P
CAE - Custo Anual Equivalente
COA - Custo Operacional Acumulado
CK - Custo de Capital do Bem
P - Período de verificação do custo
Calculo de Depreciação do valor de um item em estoque
D = (Vi - Vr) / N
D - Depreciação
Vi - Valor inicial
Vr - Valor Residual
N - Vida útil

CUSTO DE BENS ALINEÁVEIS


Para analisar os custos dos itens em estoque existem algumas variantes, dependendo dos
objetivos da organização para o uso de tais itens. Os objetivos de uso de dois ou mais itens podem
ser conflitantes entre si. Em muitas organizações o estoque e seu custo vinculado são considera-
dos capital imobilizado um valor que não está em movimento ou aplicação. Em uma outra análise,
manter determinados itens em estoque esperando sua maior valorização para posterior negocia-
ção pode representar um capital vinculado em valorização dentro da organização. Estes exemplos
deixam claro que o custo não é um elemento fixo e sim variável pois está vinculado diretamente
aos objetivos da organização.
Quando é tomada a decisão de quantidade de itens a serem adquiridos isto tem consequência
no custo de estoque, e neste sentido devem ser considerados os elementos que seguem.
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Custos de estoque de colocação do pedido. Este custo tem relação com a necessidade de
reabastecimento do item no estoque. Também está vinculado ao custo no transporte e adaptações
necessárias para estoque de material.
Custos vinculados aos descontos de preços. Tem relação a compra de lotes menores, apro-
veitando eventuais descontos e a sazonalidade dos produtos em detrimento de lotes maiores. No
segundo caso é possível, ao negociar com o fornecedor um desconto maior.
Custos de falta de materiais em movimentação de estoque. Estes custos estão relacionados a
não utilização ou mesmo a não aceitação por parte de clientes de determinado item em estoque,
o cálculo deste custo é de menor previsibilidade, pois é subjetivo.
Custos vinculado aocapital de giro: Refere-se ao tempo de pagamento do estoque ao fornece-
dor e o tempo de venda, neste caso o recebimento do capital. Frente a isso, os custos associados
a ele são os custos de oportunidade por não reinvestir o dinheiro em outro lugar ou os juros que
são pagos aos bancos pela tomada de empréstimo, por exemplo.
Custos direto de armazenagem: Refere-se ao conjunto de custos relacionados ao montante
para a manutenção do estoque propriamente dito. Caso a organização precisa alugar uma sala ou
armazém para estoque, a energia elétrica consumida, a manutenção predial do local de estoque,
etc. Caso exista a necessidade de condições diferenciadas para estoque, como acondicionamento,
será ainda maior este custo vinculado.
Custos vinculado à obsolescência: Está relacionado ao longo período em que determinado
produto pode ficar em estoque, oriundo de possível erro no total de lotes comprados, ou mudança
no planejamento na saída do produto. Esta deterioração, com o produto em estoque por um prazo
muito superior ao que foi inicialmente previsto, gera um custo extremamente oneroso para a orga-
nização. Um produto pode torna-se obsoleto inclusive pelos avanços tecnológicos.
Custos vinculado aos problemas na produção: Está relacionado ao ocultamento de problemas
como prazo de produção por existir uma quantidade de itens em estoque muito elevado, o que
pode fazer a organização não sentir a ausência de itens em seu consumo interno ou venda externa.

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