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MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
INTRODUÇÃO: ASPECTOS BÁSICOS DE RECURSOS MATERIAIS NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE BENS MATERIAIS
Dentro da Administração pública, algumas áreas têm particular importância devido à rele-
vância para as atividades-fim nas organizações, como a Administração financeiro-orçamentária, a
Gestão de Pessoas e a Administração de Bens Materiais, e esta é a razão pela qual diversas áreas
do serviço público, como tribunais até a polícia federal, abordam em diversas provas de concursos
públicos estes tópicos.
É importante entender como os insumos de pessoas, orçamentários e de bens materiais se
relacionam, pois existe uma constante interdisciplinaridade entre estas áreas, e não é incomum
encontrarmos questões em provas que, abordando bens materiais, apresentam, com informações
complementares, aspectos de outras áreas da administração pública, como gestão de pessoas,
orçamentário, ou mesmo aspectos de direito constitucional, quando cita os princípios explícitos da
Gestão Pública no Artigo 37 da Constituição, ou mesmo direito administrativo, quando, abordando
o processo de compras, faz alguma citação à licitação.
Podemos definir, em um primeiro momento, as três áreas de uma organização como tendo a
seguinte relevância, com três horizontes.
ͫ Financeiro – propulsor de políticas públicas e que cria as condições orçamentárias para
o desenvolvimento da atividade-fim nas organizações. Criando condições para as ativi-
dades meio;
ͫ Material – condição física ou estrutural para o pleno desenvolvimento de ações de pro-
dução de bens ou prestação de serviços;
ͫ Pessoal – agente direto dos resultados das previsões orçamentárias e que de fato se
utilizam dos materiais dispostos em uma organização. Sendo os que executam as ativi-
dades fim.
Como os bens materiais são a condição para o desenvolvimento das atividades em uma organi-
zação, e como a administração pública esta baseada em suas ações pelos princípios constitucionais
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, é fundamental que todas as
áreas de estudo de bens materiais, como compras, armazenagem, movimentação, patrimônio, tom-
bamento, armazenagem etc. tenham regulamentação e postura ética por parte dos agentes públicos.
O Estudo da administração de bens materiais aborda, portanto, vários aspectos abaixo listados:
ͫ bens patrimoniais;
ͫ controle de estoque;
ͫ conceitos de armazenagem;
ͫ tombamento de bens;
ͫ classificação de materiais.
GESTÃO DE MATERIAIS 3
CONCEITOS DE PATRIMÔNIO
Recursos patrimoniais existentes em uma organização formam seus bens patrimoniais, que,
assim como pessoas físicas, podem considerar como parte de seu patrimônio bens tangíveis e
intangíveis, podendo ser móveis ou imóveis.
Os bens patrimoniais não são necessariamente todos os bens materiais existentes em uma
organização e vinculados a ela, e esta diferenciação se dá em particular pelos aspectos que seguem.
ͫ são efetivamente utilizados no processo de produção ou prestação de serviço, sendo
utilizados nas atividades meio ou atividades-fim em uma organização;
ͫ são bens de uso permanente dentro da organização, estando necessariamente vinculados
ao desenvolvimento das ações;
ͫ demandam planejamento e dotação orçamentária para manutenção periódica, pois
sofrem desgaste quando em uso;
ͫ são objeto de compras regulares por parte da organização;
ͫ não tem a finalidade de obtenção de lucro por parte da organização, pois não tem o
objetivo de ser comercializado pela organização.
GESTÃO DE MATERIAIS
OBJETIVOS E ATRIBUTOS DE GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS
OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
ͫ Catalogação − Listagem dos itens materiais de uma organização, tendo a ideia e visão
conjunta de todos os itens.
ͫ Simplificação − Tem o objetivo de reduzir redundância. No caso de dois materiais que
cumprem a mesma função e objetivo, deve-se optar por apenas um deles.
ͫ Especificação − Descrição detalhada do material, com uma linguagem acessível para o
público interno e externo e com o uso de vocabulário técnico comedido.
ͫ Normalização − Definição de normas técnicas de cada material de acordo com as dire-
trizes e regras da ABNT.
ͫ Padronização − Uso uniforme de itens e interdependência entre os materiais, facilitando
tanto a sua aquisição, quanto seu uso e organização
ͫ Codificação − Vinculação de um código alfanumérico para cada material, o qual repre-
sente características de cada item. Na codificação pode ser utilizado o SKU (Unidade de
Manutenção de Estoque), um código que dá informações tanto do fornecedor quanto
do produto, como o exemplo que segue:
GESTÃO DE MATERIAIS
BASES E PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
A IMPORTÂNCIA DE CLASSIFICAR UM MATERIAL
Classificar um material significa agrupar os vários itens segundo algum critério determinado, como forma,
dimensões, peso, tipo, constituição físico-química e uso em sua atividade-meio ou fim. De forma resumida,
classificar materiais em uma organização significa ordenar e agrupar seguindo critérios adotados, respeitando
suas semelhanças.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de
algum prédio.
Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qua-
lidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, dimi-
nuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei
ou por vontade das partes.
Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independen-
temente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurí-
dicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças,
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
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GESTÃO DE MATERIAIS
USO PRÁTICO DA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS EM ORGÃOS PÚ-
BLICOS
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO
Uma outra classificação possível para bens materiais é quanto a condição de uso nas organizações,
sendo, neste aspecto, classificados como ativos e inativos.
ͫ Ativos: todos os bens utilizados nas organizações de forma rotineira e regular, em um período
determinado pelo departamento que faz uso destes bens em suas atividades de produção ou
prestação de serviços.
ͫ Inativos: todos os bens não utilizados em um período determinado pela organização, e que se
tornam desnecessários para a produção ou prestação de serviços. Os bens podem tornar-se
inativos se estiverem nas seguintes condições:
1. Ocioso. Que não apresenta condições concretas para seu uso.
2. Recuperável. Quando sua recuperação ultrapassa 50% de seu valor de mercado.
3. Antieconômico. Quando seu uso demanda uma dotação orçamentária excessiva.
4. Irrecuperáveis. Quando não existem condições de recuperação para efetivo.
MATERIAIS CRÍTICOS
São os materiais com reposição específica, por não terem uma demanda definida e requererem certos
riscos na estocagem; são armazenados até um momento determinado de uso, sendo controlados quanto à
obsolescência. Por essa razão, devem ser minoritários em estoque.
Os materiais críticos podem ser definidos como tal pelos motivos abaixo:
ͫ Por razões econômicas.
ͫ Por obtenção.
ͫ Periculosidade.
ͫ Por falta de previsão.
ͫ Segurança.
PERECIBILIDADE
Os materiais classificados como perecíveis são assim definidos quanto à sua desconfiguração físi-
co-química e possibilidade de extinção de sua estrutura, sendo que seu uso tem um período curto. Sendo
assim, os materiais podem ser classificados como perecíveis e não perecíveis.
Exemplos de perecibilidades:
ͫ Volatilidade.
ͫ Ação da luz.
ͫ Instabilidade.
ͫ Atmosfera agressiva.
GESTÃO DE
MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
CLASSIFICAÇÃO ABC (ÁREAS DE ATUAÇÃO)
ͫ Qualidade.
ͫ Investimento.
ͫ Compras.
ͫ Estoque.
ͫ Processo decisório.
GESTÃO DE MATERIAIS
BENS DE CONSUMO
Bens de consumo se caracterizam por serem os produtos que são utilizados em uma orga-
nização, porém não são de uso permanente no que tange ao tempo, pois os bens de consumo se
caracterizam por serem produtos de consumo rápido geralmente na atividade-fim, geralmente na
atividade de escritório. Dentre os bens de consumo mais comuns utilizados estão aqueles que são
utilizados em atividades como, por exemplo, produção de documentos.
BENS DE CONSUMO
São aqueles bens destinados ao uso de Consumidores Finais caracterizando-se ainda por não
estarem sujeitos a mais nenhum processo de transformação (produtos acabados).
Entretanto, pode haver confusão numa classificação simplista.
Por exemplo: uma máquina de escrever é um bem de consumo ou um bem de produção. Os
bens de Consumo são classificados como bens de consumo duráveis e não duráveis.
Os bens de consumo duráveis são aqueles que têm um ciclo de vida e uso, junto ao consumidor,
durante um período razoável de tempo, não sendo consumidos ou sofrendo um desgaste imediato.
Ex.: automóveis, televisor, geladeira etc.
Os bens de consumo não duráveis são os chamados de consumo imediato (ou de curta dura-
ção). Ex.: alimentos, roupas, calçados etc.
Os bens de consumo são classificados em três grandes grupos.
Esta classificação leva em conta a ótica do consumidor:
Bens de Consumo de Conveniência bens que o consumidor compra com frequência, imedia-
tamente, e com um mínimo dispêndio de recursos.
Suas características são:
a) Durabilidade: normalmente bens não duráveis.
b) Preço baixo: em geral são mais baixos seus preços, do que os bens.
de consumo duráveis e que os demais bens de consumo.
c) Pequena margem bruta ou líquida por unidade de produto.
d) Apresentam alto coeficiente de rotação, isto é, uma alta freqüência.
(e imediata) de reposição no ponto de venda.
e) O consumidor é conhecedor das suas qualidades e usos.
f) São facilmente substituíveis: o que não implica em grande fidelidade
a uma determinada Marca.
g) Normalmente a propaganda deve se dirigir ao consumidor final.
h) Conveniência: análise da conveniência do comprador, que pode ser, por exemplo: proximi-
dade à moradia do comprador local de fácil acesso e transporte, ou proximidade de lugares, onde
se vai frequentemente.
Os Produtos Bens e suas Relações com a Mercadologia
gestão de materiais 3
Bens de Consumo de Comparação (ou de Escolha): são bens de consumo que o cliente no
processo de compra tem opções quanto à utilidade, qualidade, preço e estilo.
Esta classificação envolve os bens de consumo duráveis e não duráveis (ex.: automóveis, rou-
pas, eletro-doméstico, utensílios domésticos, etc.).
Suas características são:
a) Durabilidade: em que o comprador imputa critérios do ciclo de vida
maior ou menor, conforme os usos e serviços prestados pelo produto.
b) Preços em geral mais elevados que os bens de conveniências.
o) Margem (líquida ou bruta) maior que os bens de conveniência.
d) Rotação menor que os bens de conveniência, nos pontos de venda.
A maior durabilidade e preços mais altos diminuem a frequência de
compra.
e) A substituição por outras Marcas difícil. O prestígio da Marca,
adquire importância, e criando, pois, uma fidelidade maior à marca.
f) Em geral as despesas necessárias à propaganda são maiores que as
despesas com os bens de consumo de conveniência.
- Por levar em consideração aspectos de qualidade desejo e distinção junto
do consumidor, exigem qualificação e quantificação maior do setor de vendas (pessoal melhor
preparado).
- Por exigirem melhor atendimento no que concerne a subsídio de garantia e assistência ao
consumidor.
Bens de Consumo de Especialidades:
São bens pelos quais um número significativo de compradores tem
preferência especial, e para cuja obtenção fará esforços especiais (tempo de
procura, recursos financeiros – preços etc.).
Fonte https://www.eco.unicamp.br/Neit/images/stories/CTAE_CD2/produtos_bens_relacoes_mercadologia.pdf
GESTÃO DE
MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
ESTOQUE DE BENS MATERIAIS
É fundamental em uma organização o controle preciso do estoque, isto, além de garantir a
continuidade dos serviços, evitando que a falta ou materiais em excesso prejudiquem as atividades
da organização. Um controle preciso de estoque também garante maior economia, pois evita o
desperdício e gastos com estocagem excessiva de materiais.
Hoje em dia, as organizações desenvolveram metodologias para o melhor controle de estoque.
Vários desses métodos e ferramentas foram adotados pelo serviço público, em particular a admi-
nistração gerencial, introduzida no Brasil a partir de 1990. Essas ferramentas têm sido exploradas
em concursos públicos que trazem gestão de recursos materiais em seus editais.
ESTOQUE MÍNIMO
Também denominado estoque de segurança, é a quantidade mínima de materiais que deve
existir em estoque e que atenda a demandas que não são as corriqueiras dentro do desenvolvi-
mento de atividades permanentes em uma organização. Situações como o atraso nos prazos para a
entrega de novos lotes de materiais ou mesmo a necessidade de uso além daquele previsto, devem
garantir a continuidade dos serviços com o estoque mínimo garantindo os materiais necessários,
mesmo nestas situações.
ESTOQUE MÁXIMO
É fundamental que uma organização que a quantidade de materiais em estoque não ultrapasse
uma quantidade máxima prevista, tanto para fins organizativos quanto para fins de armazenagem.
O estoque máximo deve ter a quantidade de lotes de materiais para as necessidades de uso
em determinado período. Esta análise de estoque máximo leva em consideração, além da demanda
de uso, o espaço reservado para armazenagem do produto, os recursos financeiros e processo de
compras, a vida útil e a vida econômica dos itens em estoque, entre outros aspectos.
CUSTO DE ESTOQUE
Como uma organização pública tem sua dotação orçamentária definida e tem a necessidade
de prestação de contas interna e externa ao poder público, o cálculo prévio e o controle dos custos
envolvidos em estoque é muito importante, pois permite a previsão orçamentária desses custos,
além de possibilitar ações que visam a eficiência no uso dos recursos financeiros que envolvem
materiais e sua estocagem.
gestão de materiais 3
SERVIÇOS STORAGE
É um serviço relativamente recente, porém cada vez mais utilizado pelas organizações públicas
e privadas. Trata-se da locação de um espaço de tamanho, estrutura logística e segurança variáveis,
conforme a necessidade da organização que o aluga.
GESTÃO DE MATERIAIS
ORGANIZAÇÃO DE ESTOQUE: MÉTODOS PEPS E UEPS
Quando se organiza estoque existem vários métodos de organização dos itens, e neste sentido
os métodos logísticos de organização são PEPS e UEPS, que representam formas e prioridades de
organização dos itens.
ͫ Método PEPS – o método PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), representa uma
forma de organização de materiais baseada em priorizar data de validade, vida útil e uso
prioritário em primeiro lugar dos itens que entraram primeiro no estoque, organizando
o estoque em um método definido como fila.
ͫ Método UEPS – o método UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) está baseado no método
que prioriza os itens mais recentes que entraram no estoque, ou por prioridade tec-
nológica ou por necessidade de uso sob demanda ou necessidade operacional. Este
método é definido como uma pilha.
TIPOS DE ARMAZENAMENTO
a) Armazenagem por agrupamento – facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre
permite o melhor aproveitamento do espaço;
b) Armazenagem por tamanhos – permite bom aproveitamento do espaço;
c) Armazenagem por frequência – implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os
materiais que tenham maior frequência de movimentos;
d) Armazenagem Especial:
- Ambiente climatizado – destinado a materiais que exigem tratamento especial;
- Inflamáveis – os produtos inflamáveis obedecem rígidas normas de segurança.
Grupo 1 – Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez;
Grupo 2 – Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez;
Grupo 3 – Inflamáveis, tóxicos e corrosivos;
Grupo 4 – Tóxicos e/ou corrosivos, não inflamáveis;
Grupo 5 – Espontaneamente inflamáveis;
Grupo 6 – Muito venenosos:
GESTÃO DE
MATERIAIS
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GESTÃO DE MATERIAIS
COMPRAS - CONCEITOS: CONCEITOS E PRINCÍPIOS DE COM-
PRAS NAS ORGANIZAÇÕES
O processo de compras apresenta uma vertente trabalhada no direito administrativo, que é todo
o processo legal ligado ao ato da licitação e a legalidade, porém o processo de compras também está
vinculado de forma direta com o processo de gestão de materiais, no sentido de que esse processo
é fundamental para a organização logística, de processos produtivos e atendimento ao público.
Seguem abaixo as áreas que são relacionadas ao processo de compras no serviço público:
ͫ classificação de materiais;
ͫ estoque;
ͫ armazenagem;
ͫ fornecedores;
ͫ tombamento;
ͫ movimentação externa;
ͫ movimentação interna;
ͫ controle;
ͫ monitoramento.
Compras – Conceitos
Uma compra célere (rápida) traz consigo uma série de benefícios: evita a falta de um material no
instante em que ele é necessário, demanda menos homem-hora para a condução da burocracia
necessária à pesquisa de mercado e negociação com fornecedores (reduzindo o custo de pedido,
por exemplo) e torna o processo independente de variáveis suscetíveis ao tempo (inflação,
evolução tecnológica etc.).
Dessa maneira, finalmente chegamos aos três atributos essenciais em uma Gestão de Compras
eficiente:
preço econômico,
qualidade
celeridade.
DECISÕES PROGRAMADAS
As decisões programadas são aquelas recorrentes, que já foram tomadas antes e que as con-
sequências são previsíveis e de conhecimento prévio, o que possibilita melhor planejamento em
qualquer cenário decisório. Por serem previsíveis, são aquelas tomadas cotidianamente e inerentes
às funções do membro da organização que a toma.
Seguem as principais características das decisões programadas:
ͫ previsibilidade;
ͫ controle;
ͫ planejamento;
ͫ minimizar riscos.
GESTÃO DE MATERIAIS
MÉTODOS DE COMPRAS: MÉTODO PONTO DE PEDIDO
COMPRAS – PONTOS DE PEDIDO
Método do último período
Método sem fundamentação matemática, que consiste apenas em repetir o consumo do último
período. Se, por exemplo, o consumo em um mês qualquer for de 38, você repete o mesmo valor
no estoque para o próximo mês.
Método da média móvel
O administrador estipula certo número de períodos para se efetuar a previsão de consumo
do próximo período.
Exemplo:
- Em 2010 – 780 itens consumidos.
- Em 2011 – 123 itens consumidos.
- Em 2012 – 578 itens consumidos.
- Em 2013 – 122 itens consumidos.
- Em 2014 – 845 itens consumidos. - Em 2015 – Cálculo prospectivo.
Considerando N como o número de anos a ser considerado, somamos os anos sendo N=4.
Portanto:
845+122+578+123
1668 / 4
477 itens em estoque futuro para 2015.
Cálculo de movimentação e custo de estoque
PEPS – Primeiro a entrar, Primeiro a sair.
UEPS – Último a entrar, Primeiro a sair.
Método da média móvel ponderada
São estabelecidas porcentagens, colocando as maiores nos períodos mais próximos do que
será previsto na análise prospectiva.
GESTÃO DE MATERIAIS
MÉTODOS DE COMPRAS: MÉTODO DAS DUAS GAVETAS
SISTEMA DE DUAS GAVETAS
No sistema de duas gavetas, considerado o método mais simples para controlar o estoque, a
gaveta B (menor) tem a quantidade necessária para atender a demanda de acordo com o tempo de
reposição e estoque atual (integrando o estoque mínimo), e a gaveta A (maior), o estoque máximo
do período. Quando se esvazia a gaveta A, é o momento do pedido de compra.
Quando o material chega, primeiro é necessário completar a gaveta B para depois completar
a gaveta A.
Exemplo:
GAVETA A – 10 lotes
GAVETA B – 06 lotes
Reposição híbrida
É quando se emite um pedido de compras com variações de tempo e quantidade.
KANBAN
1.
Fonte – Artia.com
São utilizados cartões para o controle e funcionamento do Kanban, cartão utilizado indica que
um material foi utilizado e precisa ser reposto, os cartões também são divididos por prioridade de
reabastecimento, sendo separados pelas cores verde, amarela e vermelha, em sequência para itens
de menor prioridade para maior prioridade.
Esses cartões são utilizados em uma grande grade dividida em vários setores, pela qual o
produto passa até se transformar no produto acabado, organizando o quadro para uma melhor
ilustração do andamento da produção. Esse procedimento dá uma visão mais ampla para o gestor
responsável pelo processo de produção, que fica por dentro do andamento do setor.
Para se realizar com sucesso o Kanbanl são feitos cálculos do número de cartões para cada
item de material, levando em consideração o lead time, o pedido médio, o estoque de segurança
e a quantidade de peças no contentor.
O sistema Kanban não tem como função reduzir estoques, apenas limita seu nível a um valor
máximo, não podendo assim ser confundido com o sistema Just in Time, o sistema Kanban é con-
siderado apenas uma parte do sistema Just in Time.
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar
a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso
é levado ao seu ponto de partida, em que se converte num novo pedido para mais peças. Quando
for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se
movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça.
O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregue em indústrias
montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou
caixas) podem ser Kanbans de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os locais de
armazenagem e produção, substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo,
enfim, que a produção se realize Just in Time –metodologia desenvolvida e aperfeiçoada em 1940
por Taiichi Ohno e Sakichi Toyoda conhecida como Sistema Toyota de Produção.
Fonte – KNIBERG, HENRIK; Mattias Skarin Kanban e Scrum - Obtendo o melhor de ambos. Estados Unidos da América: C4Me-
dia Inc. p. 22-80. 139 páginas. ISBN 978-0-557-13832-6. 2009.
ADMINISTRAÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO EXTERNA: MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS DO
FORNECEDOR PARA A ORGANIZAÇÃO
FORNECEDORES
Hoje em dia em uma organização, os fornecedores, que são elementos vinculados ao ambiente
externo, tornaram-se fundamentais, pois ao fornecer matérias-primas e materiais que não são
produzidos em uma organização, seja para atividades-meio ou atividades-fim, são os responsáveis,
na entrega destes materiais e pela continuidade dos serviços nas organizações. É por esta razão,
que existem tantas exigências e punições para empresas que fornecem materiais como fruto de
processo licitatório.
Alinhamento entre fornecedores e valores da organização.
Hoje em dia, o código de ética e os valores das organizações tem exigido que os fornecedores,
além da qualidade e preço do produto que entrega, tenham alinhamento ético e de valores com
as organizações públicas que compras seus produtos. Entre as posturas geralmente condenadas
constam:
ͫ Trabalho infantil.
ͫ Trabalho escravo.
ͫ Desrespeito às leis trabalhistas
ͫ Falta de compromisso com a sustentabilidade.
ͫ Uso de matéria-prima de empresas que não seguem tais princípios.
Barganha dos fornecedores.
A necessidade de continuidade de serviços não pode permitir que uma organização pública
dependa exclusivamente de um único fornecedor, pois o risco de alguém ter problema de produção
ou logístico deste fornecedor compromete a entrega do material, e consequentemente a continui-
dade dos serviços em uma organização, diminuindo o poder de barganha da organização frente
ao fornecedor. Portanto, o ideal é que a organização tenha sempre mais de um fornecedor para o
mesmo produto. Este conceito está vinculado a maior ou menor competitividade da organização, e
foi desenvolvido por Michael Porter, que desenvolvendo estudos sobre a competitividade, desen-
volveu as 5 forças de Porter.
Recebimento de materiais.
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
Tara.
Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes ou quanti-
dades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo de líquidos, a tara
é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso original do veículo que realiza
a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
administração 3
Conferencia.
Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência é fundamental
neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser da organização e não mais
do fornecedor.
ͫ Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de
itens ou de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e
sim fatores como quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente
a competência técnica para realização da avaliação qualitativa compete a outro setor,
que não o de estoque e recebimento de materiais.
ͫ Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com
a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos
do material que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc.
Neste processo podem ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais
que estão sendo agregados ao estoque.
ͫ Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebi-
mento realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega,
a verificação tanto quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
CONCEITO DE METROLOGIA
A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a ciência das
medidas e das medições. “Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números,
você sabe alguma coisa sobre isto. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode
expressá-lo em números, o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. Se você não pode medir
algo, não pode melhorá-lo.” (Lord Kelvin)
Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições,
qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia. (INMETRO. VIM - 2.
ed. Brasília, SENAI/DN, 2000 75p).
É um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico abrangendo todos os aspectos teó-
ricos e práticos relativos às medições.
A Metrologia é a ciência das medições:
ͫ Abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos que asseguram a exatidão exigida
ͫ no processo produtivo.
ͫ Procurando garantir a qualidade de produtos e serviços através da calibração de
ͫ instrumentos e da realização de ensaios.
Sendo a base fundamental para a competitividade das empresas.
ͫ A metrologia é uma ferramenta imprescindível para:
ͫ Avaliar a conformidade de produtos e processos;
ͫ Garantia de justas relações de troca (relações comerciais);
ͫ Promover a cidadania (saúde, segurança e meio ambiente);
ͫ Qualidade, inovação e competividade;
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ADMINISTRAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO INTERNA: MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS DO
ESTOQUE PARA O LOCAL DE USO
MOVIMENTAÇÃO DE PATRIMÔNIO
Os bens patrimoniais são classificados em patrimônio imobiliário e mobiliário. Enquanto o
primeiro não pode ser movimentado sem perder sua constituição física, o segundo pode ser movi-
mentado, não perdendo suas características e constituição física.
Dentre os itens que são classificados como bens mobiliários, constam os semoventes, que têm
a capacidade de se moverem por si sós, já os outros, que demandam transporte com a intervenção
humana, são o objeto de análise sobre movimentação de patrimônio.
ͫ Distância de movimentação – a movimentação de materiais que é analisada em concur-
sos públicos é interna à organização, do local onde se armazena para o local de uso, do
recebimento para o estoque, de um departamento para outo dentro da organização etc.
ͫ Como a movimentação interna é diferente do transporte externo feito por parte de for-
necedores, quanto à quantidade, geralmente menor internamente, e distâncias curtas,
é necessária essa diferenciação na análise.
ͫ A movimentação interna, portanto, mesmo que demande a participação de pessoas e
maquinário, e desprenda tempo e organização, tem um custo reduzido, e, se comparado
com a movimentação externa, da fábrica para a organização que compra, desprende uma
quantidade muito menor de esforços.
ͫ Transporte contínuo - o sistema de transporte contínuo é definido como a movimentação
constante entre dois pontos pré-determinados.
ͫ Movimentação de pontos sem limite estabelecido - esse tipo de movimentação é definido
como aquele que traz a necessidade de movimentações variáveis quanto a área geográfica
e, nesse sentido, empilhadeiras são as mais indicadas.
ͫ manuseio em áreas críticas - esse tipo de movimentação é definido como aquele que
traz a necessidade do material se movimentar em uma área crítica, que apresente riscos
geográficos ou de layout. Neste caso, a ponte rolante é um recurso majoritariamente
utilizado.
→ Embalagens - tanto na movimentação quando na estocagem, a forma como um material
é embalado demanda análise e estudo para que, nesse processo de movimentação, não ocorram
danos, porém a questão orçamentária é fundamental, pois a embalagem não pode representar,
salvo exceções, um custo muito excessivo.
administração 3
DIMENSÃO
A dimensão da embalagem também deve guardar relação direta com as dimensões originais
do produto, por questões de espaço de armazenagem e movimentação.
Existem inicialmente três níveis para a embalagem de materiais:
ͫ embalagem primária: aquela que fica em contato direto com o material, e diz respeito
direto tanto à sua constituição física quando química. Exemplo de embalagem primária
é uma garrafa ou envelope de documento.
ͫ embalagem secundária: pode agregar uma quantidade elevada de materiais, como caixas
que internamente contenham vários produtos em suas embalagens primárias e protejam
fisicamente estas, e nesse sentido devem ser mais resistentes do que as embalagens
primárias.
ͫ embalagem terciária: é a embalagem final do transporte em longas distâncias, e pode agre-
gar internamente uma quantidade determinada de embalagens primárias ou secundárias.
SISTEMA PATRIMONIAL
carga unitária: embalagens de transporte (“pallets”) arranjam uma certa quantidade de material
(como se fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte e armazenagem, economizando
tempo de armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra e área;
ͫ caixas ou gavetas: ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas,
material de escritório etc., até na própria seção de produção;
ͫ prateleiras: destinadas a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou
caixas. Adequadas para peças pequenas e leves e quando o estoque não é muito grande.
Constitui o sistema mais simples e econômico;
ͫ raques: para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes).
Podem ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento;
ͫ empilhamento: uma variante das caixas, para aproveitar ao máximo o espaço vertical,
reduzindo a necessidade de divisões nas prateleiras (formando uma única prateleira) e
facilitando a utilização das empilhadeiras. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre
os outros, obedecendo a uma distribuição quantitativa;
ͫ container flexível: é uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e
líquidos em sacos.
Cuidados essenciais para o armazenamento:
1. determinação do local;
2. definição adequada do layout;
3. definição de uma política de preservação, com embalagens convenientes aos materiais;
4. ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
5. segurança patrimonial, contra furtos, incêndios etc.
Resultados da otimização de armazenamento:
1. máxima utilização do espaço;
4
GESTÃO DE MATERIAIS
FORNECEDORES: CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE DE FORNECEDO-
RES
Entender a importância dos fornecedores é fundamental para o futuro das organizações, pois
são os fornecedores que são responsáveis por entregar os produtos e bens de consumo que são
utilizados na prestação de serviço ou na produção.
Portanto, os fornecedores são um elemento fundamental para que as organizações consigam
ter eficiência, eficácia e efetividade em suas atividades.
No modelo burocrático de administração pública, que foi dos anos 30 aos anos 90 do século
passado, os fornecedores eram analisados majoritariamente pelo preço que cobravam na entrega
dos produtos.
Porém, com novas exigências do serviço público, os fornecedores também começaram a ser
analisados sob outras óticas, em particular a melhor técnica deste produto e como este produto
será utilizado qualitativamente nas organizações.
A responsabilidade social existente nas organizações também é um fator determinante para
se analisar os fornecedores, pois hoje em dia algumas exigências da sociedade civil organizada se
fazem presentes na escolha dos fornecedores, no serviço público e práticas como a responsabili-
dade ambiental.
Assim como a responsabilidade social, olhando para a sociedade e preservando a qualidade de
vida tanto dos funcionários de tal fornecedor como seu público consumidor e a responsabilidade
financeira, cobrando preços justos e preços que não se caracterizem como abusivos.
ANÁLISE DE FORNECEDORES
Fornecedores
Hoje em dia em uma organização, os fornecedores, que são elementos vinculados ao ambiente
externo, tornaram-se fundamentais, pois ao fornecer matérias-primas e materiais que não são
produzidos em uma organização, seja para atividades-meio ou atividades-fim, são os responsáveis,
na entrega destes materiais, pela continuidade dos serviços nas organizações. É por esta razão que
existem tantas exigências e punições as empresas que fornecem materiais como fruto de processo
licitatório.
Alinhamento entre fornecedores e valores da organização.
Hoje em dia, o código de ética e os valores das organizações tem exigido que os fornecedores,
além da qualidade e preço do produto que entrega, tenha alinhamento ético e de valores com as
organizações públicas que compra seus produtos. Entre as posturas geralmente condenadas constam:
ͫ Trabalho infantil.
ͫ Trabalho escravo.
ͫ Desrespeito às leis trabalhistas.
ͫ Falta de compromisso com a sustentabilidade.
ͫ Uso de matéria-prima de empresas que não seguem tais princípios.
Barganha dos fornecedores.
gestão de materiais 3
A necessidade de continuidade de serviços não pode permitir que uma organização pública
dependa exclusivamente de um único fornecedor, pois fora o risco de alguém problema de pro-
dução ou logístico destes fornecedor comprometer a entrega do material, e consequentemente a
continuidade dos serviços em uma organização, diminui o poder de barganha da organização frente
ao fornecedor. Portanto, o ideal é que a organização tenha sempre mais de um fornecedor para o
mesmo produto. Este conceito está vinculado à maior ou menor competitividade da organização, e
foi desenvolvido por Michael Porter, que desenvolvendo estudos sobre a competitividade, desen-
volveu as 5 forças de Porter.
Recebimento de materiais.
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
Tara.
Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes ou quanti-
dades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo de líquidos, a tara
é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso original do veículo que realiza
a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
Conferencia.
Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência é fundamental
neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser da organização e não mais
do fornecedor.
• Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de itens ou
de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e sim fatores como
quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente a competência técnica para
realização da avaliação qualitativa compete a outro setor, que não o de estoque e recebimento de
materiais.
• Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com a
compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos do material
que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc. Neste processo podem
ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais que estão sendo agregados ao
estoque.
• Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebimento
realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação tanto
quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2
GESTÃO DE MATERIAIS
SISTEMA PATRIMONIAL: PRINCÍPIOS DE SISTEMA PATRIMO-
NIAL NA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
O sistema patrimonial representa todo o processo envolvido no controle de bens materiais
e no controle das atividades relacionadas ao inventário, pois neste sentido, o sistema patrimonial
representa a necessária relação que existe nas organizações, com o cuidado com os materiais, desde
a sua constituição físico-química até o seu uso devido e o local devido dentro das organizações.
Portanto, o sistema patrimonial representa uma atividade fundamental para que as organi-
zações consigam ter ética no uso dos recursos materiais, pois em sistema patrimonial existe uma
situação extremamente arriscada dos bens ou materiais de consumo, utilizadas de forma indevida
e, desta forma, gerando prejuízo para as organizações.
Segue abaixo as vantagens de um sistema operacional bem organizado:
ͫ Eficiência no uso dos recursos materiais;
ͫ Efetividade no uso dos recursos materiais;
ͫ Eficácia no uso dos recursos materiais;
ͫ Qualidade dos recursos materiais;
ͫ Postura ética na relação com os recursos materiais;
ͫ Melhoria no processo de inventário.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças,
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens perten-
centes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for esta-
belecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
GESTÃO DE
MATERIAIS
2
GESTÃO DE MATERIAIS
ARMAZENAGEM: CONCEITOS DE ARMAZENAGEM NAS ORGANI-
ZAÇÕES
ARMAZENAGEM DE PRODUTOS.
Em uma organização a logística é dividida basicamente em quatro atividades relacionadas
aos materiais.
ͫ A aquisição do produto.
ͫ Movimentação do produto adquirido,
ͫ Armazenagem do produto movimentado.
ͫ Entrega dos produtos, após armazenagem.
A etapa da armazenagem é um momento chave na logística, e por esta razão o departamento
e funcionários envolvidos neste processo são tidos como prioritários nas atuais organizações, pois
além do valor agregado, pode responder em grande parte pela eficiência na produção e prestação
de serviços em uma organização.
Como tempo ocioso de determinado material pode ser variável, chegando até a longos perío-
dos, uma boa organização é fundamental, e a armazenagem racional segue alguns preceitos básicos.
ͫ Critério da quantidade: está relacionado aos itens suficientes para a necessidade.
ͫ Critério da qualidade: está relacionada à análise técnica no momento da aquisição.
ͫ Critério da oportunidade: está relacionado ao produto estar disponível no momento que
deverá ser utilizado.
ͫ Critério do melhor preço: está relacionado ao valor pago mais vantajoso para a organização
dentro dos critérios da quantidade, qualidade e oportunidade.
A armazenagem, dependendo dos critérios acima, pode trazer vantagens e desvantagens para
a organização.
Principais vantagens
• Aproveitamento customizado e melhor do espaço disponível.
• Local estratégico para diminuir custos de movimentação.
• Simplificação da verificação de itens constantes de armazenagem.
• Diminuição de redundância de materiais e perdas.
• Possibilita versatilidade frente às mudanças de condições.
Principais desvantagens
• Tem a necessidade de serviços de natureza administrativa.
• O prazo de validade é uma variante na armazenagem.
• Quanto maior o local de armazenagem, maiores os custos envolvidos.
• Quanto maior o local de armazenagem, maior a necessidade de maquinário
gestão de materiais 3
Tipos de armazenagem
• Tipo de armazenagem permanente. Caracteriza-se aquela em que existe na organização
um local pré-definido para a disposição física dos materiais.
• Tipo de armazenagem interior/exterior. A armazenagem externa às dependências da orga-
nização, ou ao ar livre, traz vantagens econômicas e é geralmente indicada para materiais que se
caracterizam por serem pesados ou de ferragens e tubulações.
• Tipo de armazenagem temporária. Neste caso é indicado para materiais que não são de
uso contínuo da organização, porém que são necessários por determinado momento. Neste caso
podem ser feitas instalações temporárias.
GESTÃO DE MATERIAIS
LEIAUTE: ARRANJO FÍSICO DE BENS MATERIAIS
ARRANJO FÍSICO
O arranjo físico está relacionado ao posicionamento físico dos recursos transformadores de
uma organização, ou seja: as instalações, equipamentos e pessoas que trabalham na empresa. O
objetivo do arranjo físico é permitir o melhor desempenho dos colaboradores e dos equipamentos,
de forma que o trabalho flua de maneira simples e fácil.
Um planejamento de arranjo físico mal feito pode afetar toda a capacidade e produtividade
da organização, causando interrupções no processo, podendo ocorrer também falhas no estoque
e atrasos nas entregas dos pedidos.
Vantagens de um bom arranjo físico
• Conforto, pois os colaboradores terão um ambiente de trabalho mais ventilado, iluminado
e agradável;
• Acessibilidade, já que todas as máquinas estarão dispostas em um nível de acessibilidade
suficiente para limpeza e manutenção;
• Melhor aproveitamento do espaço;
• Flexibilidade: é preciso que os arranjos sejam alterados a longo prazo, na medida em que
as necessidades da operação mudam;
• Segurança inerente: é fundamental que as saídas de emergência estejam claramente
sinalizadas;
• Extensão do fluxo: o fluxo de informações e materiais deve atender ao objetivo da operação;
• Clareza de fluxo: todo fluxo deve ser sinalizado de forma clara para os colaboradores.
Tipos básicos de arranjo físico
Arranjo físico posicional
Trata-se de um arranjo físico em que os recursos transformados não se movem entre recursos
transformadores, ou seja: aquilo que vai ser transformado fica em uma posição fixa, enquanto os
agentes transformadores vão se movimentando ao redor dele. Esta é uma característica de grandes
construções, em que o produto é muito grande e fica difícil de movimentá-lo.
Suas principais vantagens são:
• Possibilidade de terceirização de todo o projeto, ou de parte dele;
• Alta flexibilidade.
Arranjo físico por processo
Consiste em um arranjo físico em que processos similares são posicionados juntos uns dos
outros. É muito utilizado em hospitais, que são divididos em setores como cardiologia, pediatria e
oftalmologia, ou são separados por processo. Neste caso, os pacientes são encaminhados a deter-
minada área de processo, de acordo com suas necessidades.
Vantagens do arranjo por processo:
• Flexibilidade para atender a demanda de mercado;
gestão de materiais 3
2. Embalagem secundária. Pode agregar uma quantidade elevada de materiais, como caixas
que internamente contenham vários produtos em suas embalagens primárias, e protege fisicamente
estas, e neste sentido devem ser mais resistentes do que as embalagens primárias.
3. Embalagem terciária. É a embalagem final do transporte em longas distâncias, e pode
agregar internamente uma quantidade determinada de embalagens primárias ou secundárias.
RECEBIMENTO DE MATERIAIS
O processo que envolve a entrega dos materiais adquiridos, por parte do fornecedor, e o
recebimento da organização também é uma operação que, por envolver recursos financeiros e de
pessoal e logística, também é analisado e abordado em provas de concursos, pois deste correto
processo de recebimento depende, inclusive, a plena continuidade dos serviços nas organizações.
ͫ Tara. Quando a entrega de materiais é de itens que não podem ser conferidos em lotes
ou quantidades de itens, como areia ou quantidades industriais de alimentos, ou mesmo
de líquidos, a tara é elemento considerável de conferência. A Tara é a diferença do peso
original do veículo que realiza a entrega, sem a cara e o peso com a carga.
ͫ Conferencia. Quando da chegada do material no local em que será estocado, a conferência
é fundamental neste processo, pois após o recebimento, a responsabilidade passa a ser
da organização e não mais do fornecedor.
ͫ Conferência Quantitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo
com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a avaliação da quantidade de
itens ou de lotes. Neste método de conferência não são verificados aspectos técnicos e
sim fatores como quantidade, peso, medidas, etc. Neste tipo de conferência, geralmente
a competência técnica para realização da avaliação qualitativa compete a outro setor,
que não o de estoque e recebimento de materiais.
ͫ Conferência Qualitativa. É quando o responsável pelo recebimento realiza, de acordo com
compra efetuada e de acordo com a nota de entrega, a verificação de aspectos técnicos do
material que está sendo recebida, sua condição e constituição física, química, etc. Neste
processo podem ser realizados testes que visam garantir a qualidade dos materiais que
estão sendo agregados ao estoque.
ͫ Conferência Híbrida (Quantitativa e Qualitativa). É quando o responsável pelo recebi-
mento realiza, de acordo com a compra efetuada e de acordo com a nota de entrega,
a verificação tant quantitativa quanto qualitativa no mesmo momento de verificação.
GESTÃO DE
MATERIAIS
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CONCEITUAÇÃO
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornece-
dor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são :
ͫ coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;
ͫ analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;
ͫ controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os
volumes a serem efetivamente recebidos;
ͫ proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a pos-
síveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos
respectivos documentos;
ͫ proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
ͫ decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
ͫ providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao
fornecedor;
ͫ liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases :
1a fase – entrada de materiais ;
2a fase – conferência quantitativa;
3a fase – conferência qualitativa;
4a fase – regularização;
A Logística pode ser definida por quatro atividades básicas: a da aquisição e produto, movi-
mentação, armazenagem e entrega dos produtos.
A armazenagem é um dos tópicos fundamentais da logística. O departamento de armazenagem
vem sendo tratado dentro das empresas como um segmento da cadeia logística extremamente
importante, onde os armazéns começam a ser considerados como centros de distribuições e agre-
gador de valor para os produtos movimentados.
De forma a ir ao encontro das necessidades das empresas, e uma vez que os materiais têm
tempos mortos ao longo do processo, estes necessitam de uma armazenagem racional e devem
obedecer a algumas
3
Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do mate-
rial, colocação de estrados para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força da
gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59).
GESTÃO DE MATERIAIS
2
BENS TOMBADOS
O tombamento é o instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural mais
conhecido, e pode ser feito pela administração federal, estadual e municipal. Em âmbito federal,
o tombamento foi instituído pelo Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, o primeiro ins-
trumento legal de proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro e o primeiro das Américas, e cujos
preceitos fundamentais se mantêm atuais e em uso até os nossos dias.
De acordo com o Decreto, o Patrimônio Cultural é definido como um conjunto de bens móveis
e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a
fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico. São também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, sítios e
paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela
natureza ou criados pela indústria humana.
A palavra tombo, significando registro, começou a ser empregada pelo Arquivo Nacional Portu-
guês, fundado por D. Fernando, em 1375, e originalmente instalado em uma das torres da muralha
que protegia a cidade de Lisboa. Com o passar do tempo, o local passou a ser chamado de Torre
do Tombo. Ali eram guardados os livros de registros especiais ou livros do tombo. No Brasil, como
uma deferência, o Decreto-Lei adotou tais expressões para que todo o bem material passível de
acautelamento, por meio do ato administrativo do tombamento, seja inscrito no Livro do Tombo
correspondente.
Responsabilidade e fiscalização - Qualquer pessoa física ou jurídica poderá solicitar o tomba-
mento de qualquer bem ao Iphan, bastando, para tanto, encaminhar correspondência à Superin-
tendência do Iphan em seu Estado, à Presidência do Iphan, ou ao Ministério da Cultura. Para ser
tombado, o bem passa por um processo administrativo que analisa sua importância em âmbito
nacional e, posteriormente, o bem é inscrito em um ou mais Livros do Tombo. Os bens tombados
estão sujeitos à fiscalização realizada pelo Instituto para verificar suas condições de conservação,
e qualquer intervenção nesses bens deve ser previamente autorizada.
Sob a tutela do Iphan, os bens tombados se subdividem em bens móveis e imóveis, entre
os quais estão conjuntos urbanos, edificações, coleções e acervos, equipamentos urbanos e de
3
O IPHAN
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vin-
culada ao Ministério do Turismo que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e
usufruto para as gerações presentes e futuras.
O Iphan possui 27 Superintendências (uma em cada Unidade Federativa); 37 Escritórios Téc-
nicos, a maioria deles localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados, as chamadas
Cidades Históricas; e, ainda, seis Unidades Especiais, sendo quatro delas no Rio de Janeiro: Centro
Lucio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular;
e, duas em Brasília, o Centro Nacional de Arqueologia e Centro de Documentação do Patrimônio.
O Iphan também responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens cultu-
rais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e na Lista o Patrimônio Cultural Imaterial
da Humanidade, conforme convenções da Unesco, respectivamente, a Convenção do Patrimônio
Mundial de 1972 e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003.
Histórico - Desde a criação do Instituto, em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei nº 378,
assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, os conceitos que orientam a atuação do Instituto
têm evoluído, mantendo sempre relação com os marcos legais. A Constituição Brasileira de 1988,
em seu artigo 216, define o patrimônio cultural como formas de expressão, modos de criar, fazer
e viver. Também são assim reconhecidas as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-cultu-
rais; e, ainda, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Nos artigos 215 e 216, a Constituição reconhece a existência de bens culturais de natureza
material e imaterial, além de estabelecer as formas de preservação desse patrimônio: o registro,
o inventário e o tombamento.
Fonte - IPHAN
GESTÃO DE MATERIAIS
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Custos de estoque de colocação do pedido. Este custo tem relação com a necessidade de
reabastecimento do item no estoque. Também está vinculado ao custo no transporte e adaptações
necessárias para estoque de material.
Custos vinculados aos descontos de preços. Tem relação a compra de lotes menores, apro-
veitando eventuais descontos e a sazonalidade dos produtos em detrimento de lotes maiores. No
segundo caso é possível, ao negociar com o fornecedor um desconto maior.
Custos de falta de materiais em movimentação de estoque. Estes custos estão relacionados a
não utilização ou mesmo a não aceitação por parte de clientes de determinado item em estoque,
o cálculo deste custo é de menor previsibilidade, pois é subjetivo.
Custos vinculado aocapital de giro: Refere-se ao tempo de pagamento do estoque ao fornece-
dor e o tempo de venda, neste caso o recebimento do capital. Frente a isso, os custos associados
a ele são os custos de oportunidade por não reinvestir o dinheiro em outro lugar ou os juros que
são pagos aos bancos pela tomada de empréstimo, por exemplo.
Custos direto de armazenagem: Refere-se ao conjunto de custos relacionados ao montante
para a manutenção do estoque propriamente dito. Caso a organização precisa alugar uma sala ou
armazém para estoque, a energia elétrica consumida, a manutenção predial do local de estoque,
etc. Caso exista a necessidade de condições diferenciadas para estoque, como acondicionamento,
será ainda maior este custo vinculado.
Custos vinculado à obsolescência: Está relacionado ao longo período em que determinado
produto pode ficar em estoque, oriundo de possível erro no total de lotes comprados, ou mudança
no planejamento na saída do produto. Esta deterioração, com o produto em estoque por um prazo
muito superior ao que foi inicialmente previsto, gera um custo extremamente oneroso para a orga-
nização. Um produto pode torna-se obsoleto inclusive pelos avanços tecnológicos.
Custos vinculado aos problemas na produção: Está relacionado ao ocultamento de problemas
como prazo de produção por existir uma quantidade de itens em estoque muito elevado, o que
pode fazer a organização não sentir a ausência de itens em seu consumo interno ou venda externa.