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LOGÍSTICA

AULA – GESTÃO DE MATERIAIS


Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3236737/
GESTÃO DE MATERIAIS
 CONCEITO

 O objetivo básico da administração de materiais consiste em colocar os


recursos necessários ao processo produtivo (bens ou serviços) com qualidade,
em quantidade adequadas, no tempo correto e com menor custo.

 A administração de materiais é definida como sendo um conjunto de atividades


desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não,
destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao
desempenho normal das respectivas atribuições.

 Em outras palavras: “A administração de materiais visa à garantia de existência


contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens
que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total.”
GESTÃO DE MATERIAIS
 A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada
como um Sistema Integrado em diversos subsistemas próprios
interagem para constituir um todo organizado. Destina-se a dotar a
administração dos meios necessários ao suprimento de materiais
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo
oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo
menor custo. Tais atividades abrangem desde o circuito de
reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a
armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos
órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de
estoques, etc.
 A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais,
influi no tamanho dos estoques. Do mesmo modo o tamanho do lote
de compra acarreta consequências indesejáveis sobretudo à
eficiência operacional e financeira. Estes dois eventos, tempo
oportuno e quantidade necessária, acarretam se mal planejados,
além de custos financeiros indesejáveis, também lucros cessantes.

 Da mesma forma material sem a qualidade requerida também


trazem custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e
compras adicionais. Portanto, os subsistemas da Administração de
Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem os meios
necessários à consecução das quatro condições básicas para uma
boa Administração de Material.
CONSEQUÊNCIAS DA GESTÃO DE MATERIAIS

A gestão de materiais está estreitamente relacionada com a


gestão de compras e de estoque. A Administração de Materiais
atua na racionalização das compras e também no estabelecimento
de uma política de redução de estoques, para que a situação
operacional e financeira da entidade seja eficientemente
administrada e possibilite a otimização dos recursos financeiros e
materiais.
GESTÃO DE MATERIAIS

MATERIAL
É a designação genérica de equipamentos, componentes,
sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matéria-prima, e
outros itens empregados ou passíveis de emprego nas
atividades das organizações públicas federais,
independentemente de qualquer fator, bem como aquele oriundo
de demolição ou desmontagem, aparas, acondicionamento,
embalagens e resíduos economicamente aproveitáveis.
GESTÃO DE MATERIAIS - CENTRALIZAÇÃO OU
DESCENTRALIZAÇÃO

 A área da Administração de Materiais poderá ser centralizada ou


descentralizada numa estrutura corporativa.
GESTÃO DE MATERIAIS - VANTAGENS DA
DESCENTRALIZAÇÃO
 Administra com mais facilidade a escassez de fornecimento de
determinados materiais; Acompanha melhor o mercado de
matérias-primas e componentes; Reduz os preços dos itens
adquiridos e portanto, reduz o custo dos materiais; Utiliza pessoal
mais especializado e qualificado.

 Realização das compras urgentes, atendendo às necessidades


operacionais; Comunicação direta do usuário com o comprador;
Compras imprevisíveis e utilização de serviços locais de boa
qualidade; Acompanhamento cuidadoso das quantidades entregues
e ajuste do suprimento estritamente às necessidades do dia.
GESTÃO DE MATERIAIS - CATÁLOGO DE
MATERIAL
 A construção de um catálogo de materiais que envolvem a
padronização, a especificação, a classificação e consequente
codificação, é imprescindível para a gestão de material.
GESTÃO DE MATERIAIS - CLASSIFICAÇÃO DE
MATERIAIS
O objetivo da classificação de materiais é definir uma
catalogação, simplificação, especificação, normalização,
padronização e codificação de todos os materiais componentes
do estoque da empresa.

Sem a classificação dos materiais é impossível existir um


controle eficiente dos estoques, procedimentos de armazenagem
adequados e uma operacionalização do almoxarifado de maneira
correta.
GESTÃO DE MATERIAIS - CLASSIFICAÇÃO DE
MATERIAIS
Classificar um material é agrupá-lo segundo sua forma,
dimensão, peso, tipo, características, utilização, etc. A classificação
deve evitar confusão, para que um produto não seja classificado de
modo que seja confundido com outro, mesmo sendo este
semelhante.

Assim, a classificação deve ser feita de maneira que cada gênero


de material ocupe um local respectivo, que facilite sua identificação
e localização no almoxarifado.
CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS

 A codificação é uma decorrência da classificação, pois trata-se


da apresentação de cada item por meio de código.
ETAPAS DA CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS

 A classificação/codificação de materiais é útil para facilitar a


localização dos materiais armazenados.

 CLASSIFICAÇÃO, CATALOGAÇÃO, RACIONALIZAÇÃO,


ESPECIALIZAÇÃO, NORMATIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO,
CODIFICAÇÃO
CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS
 1º - Catalogação de todos os itens;
 2º - Racionalização do número de itens destinados a mesma finalidade,
mediante a escolha de um deles;
 3º - Especificação detalhada da descrição de cada item (medidas, formato,
tamanho, peso, etc). Quanto mais detalhado, menor a possibilidade de erro na
aquisição pelo setor de compras, pela recepção do almoxarifado ou pelo
requisitante interno e clientes;
 4º - Normatização sobre o uso e aplicações dos materiais e a quem se
destinam;
 5º - Padronização de pesos, medidas, formatos, cores, etc.
 A padronização garante a uniformidade dos materiais, bem como a redução do
número de itens similares no estoque.
CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE
MATERIAIS

 A partir de uma boa classificação do material, pode-se realizar a


codificação do mesmo, ou seja, representar todas as informações
necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou
letras com base na classificação obtida do material. Os sistemas
de codificação mais utilizados são: o alfabético, alfanumérico e
numérico, também chamado decimal.
CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE
MATERIAIS

 Sistema de codificação alfabético: limitado em termos de


quantidade de itens e difícil memorização, está em desuso;
Sistema alfanumérico: permite um número maior de itens em
estoque e é normalmente divido em dois grupos ou classes;
Sistema numérico ou decimal: é o mais utilizado, com três
dezenas classificadoras e um dígito de controle. Também
denominado de codificação definidora, com a primeira dezena
apresentando uma classificação geral, a segunda uma
classificação individualizada e a terceira definidora.
CÓDIGO DE BARRAS - O EAN 13 é o código
padronizado mais usado comercialmente.
 Muito conhecido e bastante utilizado, o código de barras é uma
marcação gráfica que facilita a leitura digital. Ele consiste na
combinação de caracteres binários representados com
alternância entre espaços e barras estreitas e largas.
 Os códigos são gerados de maneira aleatória pelo sistema e
permitem um controle de estoque bom mas para ser
mais eficiente ainda seria necessário identificar a unidade de
cada item o que nem sempre acontece.
CÓDIGO DE BARRAS - O EAN 13 é o código
padronizado mais usado comercialmente.
 Uma parte da numeração do código é cedida e controlada pela
EAN Brasil (Associação Brasileira de Automação Comercial). Os
demais dígitos são criados e geridos pela própria empresa que o
utiliza.

Existem diferentes tipos de códigos de barras e para cada tipo
necessita-se de um leitor ótico devidamente habilitado
(configurado). O EAN 13 é o código padronizado mais usado
comercialmente.
Destrinchando o Código EAN
Cada parte do código EAN diz respeito a alguma particularidade do
produto. Vamos entender melhor o que cada componente significa?
 Origem do Código de Barras
Os três primeiros dígitos indicam o país de origem da mercadoria. O
código do Brasil é 789.
 Empresa fabricante
A empresa fabricante é responsável por 4, 5, 6 ou 7 dígitos do
código. Existe um controle mundial para que não haja duplicidade.
 Produto por ela produzido
O produto representa 3, 4 ou 5 dígitos do EAN, sendo que cada
variação do produto é um código. Por exemplo: uma lata de tinta azul
possui um código, uma lata de tinta vermelha possui outro código..
 Dígito verificador
Somente 1 dígito, usado para evitar fraudes e outros possíveis
problemas.

Ex. Bluetooth USB Dongle – Adaptador Bluetooth


789 9600 93082 3
GESTÃO DE COMPRAS
 A gestão de compras é suplementar à gestão de materiais sendo essencial
para a implementação das políticas públicas e atendimento das necessidades
básicas do setor público. A administração Pública tem sua ação de compras
limitada pela lei, uma vez que para a aquisição de bens e contratação de
serviços é exigida, em regra, a realização de procedimento licitatório (Lei
8.666/93).
 Nas compras do setor público, assim como no setor privado, as entidades
públicas precisam ir a mercado para obterem produtos/serviços essenciais ao
seu funcionamento. Assim, valem os mesmos conceitos na questão dos sinais
de demanda, operacionalização dos pedidos, fases de análise do pedido,
verificação da necessidade do material. Contudo, entidades governamentais
estão sujeitas às leis regulamentadoras de suas atividades e aos princípios do
direito administrativo e do direito constitucional.
ATUALIDADE GESTÃO DE COMPRAS
 Vivemos a era da limitação e da escassez de recursos, cabe perfeitamente ao
serviço público a preocupação com esta situação, tendo suas compras de se
limitar ao orçamento, a saída é uma adequada gestão de material e redução
de estoques, desde que estes não faltem para a realização das atividades do
órgão ou instituição pública. A economia relativamente estabilizada do Brasil e
o mercado abastecido tornam a redução de estoques possível. Os gestores
públicos devem se preocupar com o acompanhamento de seus estoques, e
decidir qual a hora certa de comprar.
 Conclui-se que na atual situação de recursos cada vez mais escassos cabe ao
setor público realizar suas compras de maneira eficaz e econômica,
demonstrando respeito pelo contribuinte que financia essas compras. Para
uma boa gestão é necessário que as pessoas responsáveis pela licitação
tenham conhecimento técnico e legal e que a preocupação se estenda ao
armazenamento destes produtos, evitando desperdício e o acúmulo
desnecessário de materiais.
GESTÃO DE COMPRAS - AÇÕES PREVENTIVAS
 O acúmulo de estoque de materiais é prejudicial para o governo, pois ao
acumular materiais em estoque ele desfalca o mercado fornecedor, havendo a
elevação dos preços dos mesmos e desperdícios financeiros. Por isso é
imprescindível que os gestores públicos tenham atenção ao momento certo da
compra, e também ao momento certo de realizar a requisição, para que a
organização não venha a deixar de realizar seus serviços por falta de materiais,
uma boa compra depende de uma boa requisição.
 A necessidade deve ser levada em consideração no momento de requerer uma
compra, assim como o consumo médio, a quantidade especificada de cada
produto, atributos e requisitos que tornem o produto mais durável e confiável, e
um prazo que permita o atendimento das solicitações dentro da necessidade
da instituição. Para a eficácia das compras é necessário que os responsáveis
pela requisição tenham competência técnica e conhecimento legal da lei de
licitações, para que suas atividades não venham a ocorrer na improbidade.
Obedecer ao processo de licitação facilitará muito a realização da compra.
GESTÃO DE COMPRAS - ARMAZENAMENTO

 O local de armazenamento das compras também deve ser considerado como


importante para o acompanhamento dos gestores, aquele deve ter condições
de movimentação e transporte dos materiais, ter condições higiênicas como:
ser limpo e organizado; apresentar condições de segurança e acomodação de
produtos, ter pessoal qualificado, manter os registros de entrada e saída de
produtos, etc. Uma boa gestão de compras busca evitar o desperdício e
procurar realizá-las de forma eficaz e eficiente é a melhor maneira de evitar
irregularidades e fraudes, que geralmente este setor apresenta. Por isso, é
necessário o planejamento, a coordenação e controle sistêmico desse
processo.
GESTÃO DE COMPRAS - PLANEJAMENTO - Lei
Federal nº 8.666/93, art. 15:
 Lei Federal nº 8.666/93, art. 15:As compras, sempre que possível, deverão: I -
atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de
especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as
condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; II - ser
processadas através de sistema de registro de preços;
 § 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda: I - a especificação completa
do bem a ser adquirido sem indicação de marca; II - a definição das unidades e
das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização
prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
adequadas técnicas quantitativas de estimação; III - as condições de guarda e
armazenamento que não permitam a deterioração do material.
GESTÃO DE COMPRAS - FISCALIZAÇÃO

 A fiscalização dos processos de compras do setor público é realizada por


órgãos controladores e fiscalizadores do estado, tais como, as Controladorias
Gerais, os Tribunais de Contas e Secretarias de Controle Interno. Todo o
processo é regido pela Lei das Licitações como instrumento de aquisição no
setor público, atribuindo-lhe características, condicionantes, faixas de valor,
modalidades e demais formalizações atribuídas pelos legisladores como
disciplinantes do correto processo de aquisição pelo estado.
GESTÃO DE COMPRAS - PRINCÍPIOS
 As compras obedecerão primeiramente aos termos da lei constitucional e
suplementarmente com as orientações do Direito Administrativo Brasileiro, além
de outras normas regulamentadoras, procurando cumprir os princípios de:
Isonomia ou igualdade; Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Publicidade;
Probidade administrativa; Justo julgamento; Vinculação ao Instrumento
Convocatório (Edital ou convite); Celeridade e competição.
 Esses princípios são balizadores da Lei 8.666/93, a qual também estabelece
princípios para o ato de aquisição dos entes governamentais. A lei de licitações
determina os objetos passíveis de aquisição pelo estado, os procedimentos
necessários ao processo, firmando prazos das etapas e recursos cabíveis,
estabelecendo critérios de julgamento, regulamentando a contratação e seu
acompanhamento e determinando as sanções e penalidades para as
transgressões.
GESTÃO DE COMPRAS - CONSTITUIÇÃO
FEDERAL - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
 Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, ... (Art. 37, XXI)
GESTÃO DE COMPRAS - Fundamentação Legal
(Lei nº 8.666/93, art. 1º)
 Portanto, os casos de obras, serviços (inclusive de publicidade), compras,
alienações, locações, concessões e permissões, podem provocar ou não a
necessidade de licitação, conforme determinação legal. Fundamentação Legal
(Lei nº 8.666/93, art. 1º) Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
 Deve-se ressaltar que o processo licitatório é um ato unilateral, ou seja, uma
ação única e exclusiva do estado que identifica sua necessidade, tornando-a
pública para o mercado, esperando que as empresas manifestem o interesse
em participar do processo de avaliação de suas propostas. Assim, a licitação é
a maneira pela qual entidades governamentais obterão a proposta mais
vantajosa e conveniente ao estado para resolver suas necessidades.
GESTÃO DE COMPRAS – PROCEDIMENTOS -
Processamento via sistema de registro de
preços - SRP;
 A licitação determina procedimentos existentes no setor privado tais como:
Padronização para compatibilizar as especificações técnicas; Processamento
via sistema de registro de preços - SRP; Pesquisa de mercado; Especificação
sem a indicação de marcas; Uso de técnicas adequadas para a quantificação;
Avaliação das condições de guarda e armazenamento do material.
GESTÃO DE COMPRAS - OTIMIZAÇÃO DOS
PROCEDIMENTOS
 A padronização é condição para obter economia de escala, o que para várias
das famílias de itens é essencial para melhorar a qualidade da compra. Um
outro elemento essencial é a implementação de um cadastro unificado de
fornecedores com simplificação no processo de registro. A maior facilidade
para participar das licitações ajuda a aumentar a concorrência, que junto a
confiabilidade de pagamentos é um dos condicionantes para redução efetiva
dos preços pagos. Por último, o monitoramento, o acompanhamento do
consumo e a permanente busca por melhorias e adequações ao mercado, são
essenciais para ajustar o permanente processo de melhoria da qualidade do
gasto público.
GESTÃO DE COMPRAS - OTIMIZAÇÃO DOS
PROCEDIMENTOS

 Uma das grandes tendências para a melhoria estrutural das compras públicas
e por consequência da melhoria da qualidade do gasto público é a
implementação de centrais de serviços compartilhados. O planejamento é
fundamental para a eficiência das atividades, processos e procedimentos na
execução das aquisições. Para que isso ocorra, uma das estratégias é instituir
uma central de serviços compartilhados, que permita agregar a demanda de
diferentes setores. Isto traz inúmeras vantagens e possibilita a busca da
melhor especificação, negociação e gestão para determinado grupo de
produtos e serviços.
GESTÃO DE CONTRATOS
 Para definir o objeto da contratação, o administrador deve estar atento às
peculiaridades e às diferentes exigências da Lei nº 8.666/93 relativas a
licitações e contratos. A execução do contrato é uma das etapas do processo
de contratação que consiste em cumprir as cláusulas pactuadas pelas partes
em decorrência do procedimento licitatório, dispensa ou inexigibilidade de
licitação.
 O acompanhamento e a fiscalização eficiente e eficaz do contrato são
instrumentos imprescindíveis ao gestor na defesa do interesse público.
Portanto, a gestão de contratos tem relação direta com a Lei 8.666/93, que
regulamenta os procedimentos para realização de contratos administrativos.
CONCEITO - GESTÃO DE CONTRATOS
 A gestão de contratos é atividade exercida pela Administração visando ao
controle, ao acompanhamento e à fiscalização do fiel cumprimento das
obrigações assumidas pelas partes. Deve pautar-se por princípios de eficiência
e eficácia, além dos demais princípios regedores da atuação administrativa, de
forma a se observar que a execução do contrato ocorra com qualidade e em
respeito à legislação vigente, assegurando ainda: a) Segurança para o Gestor e
para o Fiscal sobre a execução do contrato; b) A plena execução das atividades
programadas no Termo de Referência, Projeto Básico, Projeto Executivo e
congêneres, e a garantia da execução do objeto contratual; c) O atendimento
das necessidades da administração pública, no momento adequado e no prazo
ajustado; d) Uma contínua ascensão da qualidade dos procedimentos
licitatórios, por meio da incorporação das correções feitas em procedimentos
anteriores, tanto em sanções como em exigências;
CONCEITO - GESTÃO DE CONTRATOS

 e) O registro completo e adequado de faltas cometidas pelo fornecedor de forma


a facilmente solucionar as suas contestações quanto à inadimplência; f) O
tratamento de todas as empresas contratadas com igualdade de procedimentos,
eliminando qualquer forma de tratamento que possa representar
descumprimento dos princípios da isonomia e da legalidade; g) Procedimentos
administrativos claros e simples com burocracia reduzida, de forma a facilitar a
gestão e a fiscalização de contratos.
GESTÃO DE CONTRATOS - CONTRATO
ADMINISTRATIVO
 O contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, faz com o
particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de
interesse público, nas condições estabelecidas por ela própria. A principal
característica do contrato administrativo é ser precedido de licitação, salvo nas
exceções de dispensa e inexigibilidade.
 Outra característica básica do contrato administrativo é a possibilidade da
Administração quebrar o vínculo, alterando ou extinguindo unilateralmente,
desde que ocorra uma causa superveniente e justificável. Assim, fica
estabelecida a grande diferença entre o contrato privado e o contrato
administrativo exatamente na supremacia originária da Administração Pública
na relação jurídica para fixar as condições do ajuste; são as chamadas
cláusulas exorbitantes.
GESTÃO DE CONTRATOS - CONTRATO
ADMINISTRATIVO
 Portanto, os contratos administrativos são aqueles em que o Estado é sempre
parte, seja quando dotado de seu poder de império/extroverso (contatos
públicos da Administração Pública), ou sem este poder (contatos privados da
Administração Pública). São desta espécie a concessão de serviço público, a
empreitada, o empréstimo público, bem como a concessão de direito real de
uso de bem público.
GESTÃO DE CONTRATOS - FISCALIZAÇÃO DE
CONTRATOS
 Segundo a legislação, o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes,
de acordo com as cláusulas e as normas legais vigentes, responde cada uma
das partes pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.

 Segundo o Art. 67 da Lei 8.666/93, contrato deverá ser acompanhado e


fiscalizado por um representante da Administração (fiscal de contrato)
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
GESTÃO DE CONTRATOS - FISCAL DE
CONTRATOS

 Representante da Administração, especialmente designado, na forma dos arts.


67 e 73 da Lei nº 8.666/93 e do art. 6º do Decreto nº 2.271/97, para exercer o
acompanhamento e a fiscalização da execução contratual, devendo informar a
Administração sobre eventuais vícios, irregularidades ou baixa qualidade dos
serviços prestados pela contratada, propor as soluções e as sanções que
entender cabíveis para regularização das faltas e defeitos observados,
conforme o disposto nesta Instrução Normativa (IN MPOG nº 02/2008, Anexo
I, inciso XVIII).
GESTÃO DE CONTRATOS - FISCAL DE
CONTRATOS

 O fiscal de contratos controlará os serviços prestados, fará a interlocução


com a empresa contratada e, em caso de imperfeições contratuais, deverá
o fiscal viabilizar o envio de ofícios à contratada, exigindo melhorias.
Fiscalizar a execução contratual não é apenas uma formalidade. Implica a
garantia de que o serviço será prestado conforme o contratado,
maximizando os resultados da prestação do serviço garantindo maior
qualidade e menores custos, e principalmente minimizando prejuízos
oriundos de uma fiscalização inadequada.
GESTÃO DE CONTRATOS - FISCAL DE
CONTRATOS
 A inexecução ou inadimplência do contrato significa o descumprimento de
suas cláusulas, no todo ou em parte, podendo ocorrer por ação ou omissão,
culposa ou não, de qualquer das partes, e caracteriza o retardamento ou o
descumprimento integral do ajustado. Quaisquer dessas situações pode
ensejar responsabilidades para o inadimplente e até mesmo propiciar a
rescisão do contrato.

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