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Prof.

Lucas Morais

MBA AUDITORIA
DIGITAL E DIREITO
TRIBUTÁRIO
Malhas Fiscais e Gestão do Risco Fiscal
MBA AUDITORIA DIGITAL E DIREITO TRIBUTÁRIO

 Superintendente da Administração Tributária do Município de


Goiânia – Auditor Fiscal de Tributos;

 Membro da Associação Brasileira das Secretarias de Finanças


das Capitais – ABRASF;

 Professor de Direito Tributário e Processo Tributário em cursos


de Graduação (Direito e Contabilidade), MBA, Pós-Graduações
e Preparatórios para OAB (1º e 2º fase);

Prof. Lucas Morais

@proflucasmorais http://lattes.cnpq.br/5357553561041840
O MUNDO MUDOU?
COMO ERA ANTIGAMENTE ?
INTERNET DISCADA
EVOLUÇÃO DO TELEFONE
TELEFONE + INTERNET  SMARTFONES
COMO É HOJE?
CLOUD
COMPUTING
CLOUD
COMPUTING
LOCAÇÃO DE
FILMES
LOCAÇÃO DE
FILMES
STREAMMING
E O CONTRIBUINTE?

E O FISCO?
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
MUDARAM?
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
MUDARAM?
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
MUDARAM?
OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

DOI DIMOB

DECRED DEMED
DECLARAÇÃO SOBRE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS – DOI

A declaração deverá ser apresentada sempre que ocorrer


operação imobiliária de aquisição ou alienação, realizada
por pessoa física ou jurídica, independentemente de seu
valor, cujos documentos sejam lavrados, anotados,
averbados, matriculados ou registrados no respectivo
cartório.

Deverá ser emitida uma declaração para cada imóvel alienado


ou adquirido.

A emissão da DOI é obrigatória somente quando ocorre a


transferência de propriedade. No caso, por exemplo, de
construção de uma casa com financiamento do SFH e utilização
do FGTS para abater o saldo devedor em terreno adquirido
anteriormente, a declaração deve ter sido emitida quando da
aquisição do terreno.

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=16084
DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES
IMOBILIÁRIAS - DIMOB

A DIMOB é de entrega obrigatória à Receita Federal do Brasil


pelas pessoas jurídicas e equiparadas:

· Que comercializarem imóveis que houverem construído,


loteado ou incorporado para esse fim;

· Que intermediarem aquisição, alienação ou aluguel de


imóveis;

· Que realizarem sublocação de imóveis;

· Constituídas para a construção, administração, locação ou


alienação do patrimônio próprio, de seus condôminos ou sócios.

A Receita Federal do Brasil utiliza os dados da DIMOB para fazer


cruzamento fiscal dos contribuintes.
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=16087#129156
DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO
DECRED

Obrigatória à Receita Federal do Brasil pelas administradoras de


cartão de crédito.

Na DECRED constarão informações sobre as operações


efetuadas com cartão de crédito, compreendendo a identificação
dos usuários de seus serviços e os montantes globais
mensalmente movimentados.

A Receita Federal do Brasil utiliza os dados da DECRED para


fazer cruzamento fiscal dos contribuintes, pois se o valor das
vendas informadas pelas administradoras for superior ao
faturamento da empresa informada na declaração de renda, a
diferença será tributada com multa e juros. Portanto,
imprescindível o monitoramento de tais informações, de forma a
evitar a contingência fiscal por parte das empresas.

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15232
DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS
DMED

São obrigadas a apresentar a DMED, as pessoas jurídicas ou


equiparadas nos termos da legislação do imposto de renda,
prestadoras de serviços de saúde, e as operadoras de planos
privados de assistência à saúde.

Os serviços prestados por psicólogos, fisioterapeutas,


terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais,
laboratórios, serviços radiológicos, serviços de próteses
ortopédicas e dentárias, e clínicas médicas de qualquer
especialidade, bem como os prestados por estabelecimento
geriátrico classificado como hospital pelo Ministério da Saúde e
por entidades de ensino destinadas à instrução de deficiente
físico ou mental, são considerados serviços de saúde para fins
legais.

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/inrfb985_2009.htm
DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS
DMED

O principal alerta que se faz é com relação ao cruzamento de


dados que já vem sendo feito pela Receita Federal do Brasil e
com ótimos resultados para o fisco.

O processo de fiscalização objetiva reduzir informações


distorcidas apresentadas pelos contribuintes em suas
Declarações de Ajuste Anual, popularmente conhecida como
Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Assim, pretende-se combater a apresentação de recibos falsos e


inibir práticas como declaração do valor da consulta e do
reembolsado pelo plano como despesas médicas, pois apenas a
diferença entre eles é dedutível para fins do Imposto de Renda.

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/inrfb985_2009.htm
DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS
DMED

Mais uma vez é importante salientar a busca por um serviço


técnico capacitado para a elaboração destes documentos e
demonstrativos. Os profissionais de contabilidade estão
acostumados a cumprir obrigações acessórias com os órgãos
fiscalizadores e serão, sempre, fonte de informações relevantes.

A prestação de informações falsas na DMED configura hipótese


de crime contra a ordem tributária, e sujeitará os contribuintes
envolvidos às penalidades e sanções cabíveis.

http://www.normaslegais.com.br/legislacao/inrfb985_2009.htm
FISCALIZAÇÃO MUDOU?
FISCALIZAÇÃO MUDOU?
FISCALIZAÇÃO MUDOU?
BUSINESS INTELIGENCE - BI
Malha Fiscal
Malha Fiscal

O termo malha fina é uma abstração ao processo de verificação de


inconsistências da declaração do imposto IRPF e IRPJ, age como
uma espécie de "peneira" para os processos de declarações que
estão com alguma pendência, impossibilitando a sua restituição, e
em alguns casos resultando investigação mais aprofundada sobre
o contribuinte declarador por parte da Receita Federal.
Malha Fiscal
Resultados 2018 e Metas 2019 – Receita Federal
Malha Fiscal

E as outras 89.690.000 pessoas jurídicas


IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#1 IR x IR

O cruzamento de declarações de imposto de renda entre os contribuintes


é realizado com o objetivo de identificar recebimentos de rendimentos de
aluguéis de outra Pessoa Física, se efetuou pagamento a um profissional
liberal como advogados ou engenheiros, que não estejam declarados.

Portanto, tenha a certeza de que você preencheu o documento sem erros.


Erros comuns, como esse, podem fazer você cair na malha fina.

É essencial que você informe todos os dados corretos. Qualquer erro no


preenchimento, inclusive de centavos, já é motivo de malha fina.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#2 Movimentação Financeira

Todas as Instituições Financeiras, como bancos privados, prestam


esclarecimentos à Receita Federal através de suas declarações. Onde
constam todas as operações e movimentações financeiras realizadas por
cada usuário de seus serviços.

Nessa etapa, não tem como você escapar. Caso você tenha lançado algum
valor, relacionado a essas Instituições, diferente do que eles
apresentaram ao Fisco, as chances de você cair na Malha Fina são
enormes.

Portanto, fique atento aos lançamentos em sua declaração de imposto de


renda. A dica é sempre lançar os valores corretos e realizar a conferência
dos dados com muita atenção antes de enviá-los. Você só deve declarar
aquilo que possa ser comprovado.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#3 Despesas Médicas

Todos os profissionais da área da saúde devem apresentar à Receita


Federal uma declaração, a DMED (Declaração de Serviços Médicos e
de Saúde), onde informam todos os valores recebidos de PF referente ao
pagamento de prestação de serviços. Ou seja, se você foi ao médico
recentemente, essa consulta que ele ofereceu, estará declarada na DMED.

Além dos valores recebidos, todos os profissionais da área da saúde


cadastrados como Pessoas Físicas, devem informar também nome e CPF
de pacientes para os quais prestam serviços.

Caso o médico que você tenha frequentado informar ao Fisco, através


dessas declarações todos os valores gastos por você e todas as suas
informações, e você não lançar em sua declaração de imposto de renda,
pode ter certeza que a Malha Fina é um destino muito provável.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#4 Rendimentos e IR Retido na Fonte

As fontes pagadoras – Pessoas Jurídicas ou Físicas – entregam a DIRF


(Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte) com o
objetivo de informar à Receita Federal dados dos rendimentos pagos a
Pessoas Físicas, o IRRF (Imposto de Renda retido na Fonte), valores
descontados de previdência privada, plano de saúde e outros.

Através da DIRF, a Receita Federal identifica se você teve rendimentos de


empresas que não foram declarados ou se você cometeu um erro de
digitação nos números e certamente convocará você para prestar
esclarecimentos sobre a sua declaração de imposto de renda.

Ou seja, você estará fazendo parte do seleto grupo de contribuintes que


caem na Malha Fina.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#5 Cartões de Crédito

Como as Instituições Financeiras mencionadas anteriormente, as


Administradora de Cartões de Crédito também prestam informações à
Receita através da DECRED (Declaração de Operações com Cartões
de Crédito). Onde informam semestralmente toda a movimentação das
Pessoas Físicas e Jurídicas realizadas através de cartão de crédito e de
débito.

Eles utilizam essas informações para cruzar a receita que você declarou
em seu IR com a receita recebida através do cartão de crédito ou débito e
também as despesas que você tiver como Pessoa Física com a renda
declarada em seu IR
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#6 Doações de Incentivo

Todos os Ministérios e Órgãos responsáveis pela administração dessas


doações de incentivo também informam todos os dados recebidos para o
Fisco. Eles devem informar através da DBF (Declaração de Benefícios
Fiscais).

Caso, alguma dia, você tenha realizado esse tipo de doação, os seus
dados estarão visíveis nessas informações disponibilizadas à Receita
Federal. Todas as Pessoas Físicas que exercem essa doação estarão com
os dados disponíveis para consulta do Fisco.

Portanto, faça uma revisão completa da sua declaração de imposto de


renda para não deixar de fora os valores referentes as doações de
incentivo.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#7 Doações em Dinheiro e Bens

Assim como as doações de incentivo, doações em dinheiro e bens


também possuem Órgãos controladores e que devem prestar
esclarecimentos à Receita Federal.

Todas as transações referentes aos pagamentos dos impostos ITCMD


(Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis) pago na doação ou na
transmissão de bens como herança; e ITBI (Imposto sobre
Transmissão de Bens Imóveis), pago à Prefeitura no momento de
aquisição da casa ou apartamento, são informados ao Fisco.

E caso você não tenha lançado esses valores em sua declaração de


imposto de renda, o destino é certo. Você estará presente na Malha Fina e
deverá prestar esclarecimentos ao Fisco.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#8 Venda de Ações

Todos os lucros que você obter em operações de venda de ações na Bolsa


de Valores estão sujeitos ao pagamento de IR e você é o único
responsável pelo recolhimento do imposto.

Em caso de omissão desses valores em sua declaração de imposto de


renda, a corretora com quem você negociou “delatará” você ao
Fisco. Já que ela é responsável e obrigada a recolher um IR retido na
fonte de 0,0055% em operações comuns e 1% sobre as day-trade.

Assim, a Receita é capaz de identificar os contribuintes que operam na


bolsa e identificar operações sujeitas ao pagamento do imposto.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#9 Compra e Venda de Imóveis

A Receita Federal tem informações quando você vende um imóvel e


estará de olhos abertos para saber se isso foi relacionado na sua
declaração de imposto de renda e saber se há necessidade de pagamento
de imposto sobre eventual lucro na venda.

Todos os serventuários da justiça e os oficiais dos cartórios de Notas


(Tabelionatos), de Registro de Imóveis e de Títulos e Documentos
prestam informações à Receita Federal por meio da DOI (Declaração de
Operações Imobiliárias), onde relacionam os documentos lavrados,
registrados e averbados em seus cartórios referentes à aquisição ou
alienação de imóveis, independentemente do valor da transação.
IRPF - 10 Cruzamentos  Malha Fina

#10 Rendimentos de Aluguel

O Fisco identifica os contribuintes que recebem aluguéis e dos valores


recebidos por corretores de imóveis, por exemplo. Então é melhor você
não omitir nenhum desses valores em sua declaração de imposto de
renda.

As empresas do setor de imóveis apresentam anualmente à Receita


Federal a DIMOB (Declaração de Informações sobre Atividades
Imobiliárias). Essa declaração relaciona atividades de comercialização
(aquisição, intermediação e venda), construção, administração e locações
de imóveis, etc. Nesse detalhamento estão os valores de aluguéis e
condomínios pagos pelas Pessoas Físicas aos locadores, caso o intermédio
dessas operações seja feito por uma imobiliária.
Malha fina - IRPF

• Deixar de informar rendimentos;


• Salário de empregos antigos.
• Rendimentos de dependentes.
• Empresa alterar o informe de rendimento sem comunicar o
funcionário;

• Valores e dados na fiha de rendimentos tributáveis


diferentes daqueles relacionados nos informes de
rendimento

• Dependentes
• Sem relação de dependência;
• Em duplicidade (cônjuges)

• Pensão Alimentícia
• Não informar que recebe.
Malha fina - IRPF
• Despesas médicas  DMED
• Valor muito elevado;
• Não dependentes;

• Despesas com educação


• Cursos Extracurriculares / linguísticos (Apenas os gastos com
ensino infantil, fundamental, médio e superior pode ser
deduzidos);

• Não preencher a ficha de ganhos de capital no caso de


alienação de bens e direitos DOI

• Não justificar a evolução do patrimômio (“furo”)

• Ostentar nas redes sociais


• http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/03/receita-
fiscaliza-ostentacao-nas-redes-sociais-para-cruzar-
informacoes-do-ir.html
Você conhece o T-Rex?
Você conhece o Harpia?
Você conhece o Hal?
O T-REX – Instalado desde janeiro de 2006
As informações fiscais da Receita Federal do Brasil são processadas pelo
T-Rex, um supercomputador fabricado pela IBM, que pesa cerca de uma
tonelada e possui capacidade de processar e cruzar dados de uma
quantidade de contribuintes correspondente ao Brasil, Estados Unidos e
Alemanha juntos. São sete centros de armazenamento e processamento
de dados no Brasil.

Nele, toda declaração fiscal é comparada com a base de dados. Trata-se


de um conjunto de malhas: a malha cadastro, malha fiscal, malha débito.
O termo “malha fina” é uma abstração ao processo de verificação de
inconsistências da declaração do imposto IRPF e IRPJ, age como uma
espécie de peneira para os processos de declarações que estão com
alguma pendência, impossibilitando a sua restituição.
O HARPIA
O software Harpia, batizado com o nome da ave de rapina mais poderosa
do país, foi desenvolvido por engenheiros dos dois centros de tecnologia
de São Paulo, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e o centro
tecnológico da Unicamp.

O projeto foi idealizado com o objetivo de integrar e sistematizar as bases


de dado da Receita Federal, captando informações de outras fontes tais
como das secretarias estaduais e municipais de Fazenda.

Tem como origem um compromisso firmado entre o Ministério do


Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, com o
Departamento de Comércio dos EUA, em junho de 2006, com o objetivo
de organizar uma base de dados estatísticos confiáveis para consulta
informal de ambos os países.
O HARPIA
Por meio da combinação e análise de informações dos contribuintes, o
software consegue identificar se existem indícios de operações
fraudulentas, quer sejam consideradas de alta ou baixa gravidade pelo
Fisco.
O HAL
A Receita Federal também trabalha em conjunto com o Banco Central do
Brasil, que possui uma ferramenta específica: o Hal. Seu nome oficial é
Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional – CCS. Só há dois
sistemas parecidos no planeta. Um na Alemanha, outro na França, mas
ambos são inferiores ao brasileiro. No alemão, por exemplo, a defasagem
entre a abertura de uma conta bancária e seu registro no computador é
de dois meses.

Esse supercomputador, além da capacidade bruta de processamento, está


equipado com um software elaborado sob as regras da Inteligência
Artificial, e consumiu a maior parte dos R$ 20 milhões utilizados para sua
construção.
O HAL
Basicamente, ele rastreia as transações bancárias de todas as 182
instituições financeiras no país, criando uma pasta de arquivos para cada
correntista do Brasil (em apenas 4 dias de operação, o sistema criou
cerca de 150 milhões de pastas), atribuindo aos titulares as operações
realizadas em cada conta.

Esse supercomputador veio somar ao T-Rex e a Harpia, todos alimentados


diariamente pelas inúmeras declarações oriundas do SPED e do sistema
financeiro. Dessa forma, as três ferramentas cumprem o objetivo de
integrar e sistematizar as bases de dados da Receita Federal, dando ao
Governo poder para cruzar, instantaneamente, milhares de informações
de pessoas físicas e jurídicas em todo o país, ajudando as entidades
fazendárias nas tarefas de fiscalização e controle.
É constitucional o acesso do fisco aos dados
bancários sem autorização judicial?
ADIN n. 2.859/DF

4. Os artigos 5º e 6º da Lei Complementar nº 105/2001 e seus


decretos regulamentares (Decretos nº 3.724, de 10 de janeiro de
2001, e nº 4.489, de 28 de novembro de 2009) consagram, de modo
expresso, a permanência do sigilo das informações bancárias
obtidas com espeque em seus comandos, não havendo neles
autorização para a exposição ou circulação daqueles dados. Trata-
se de uma transferência de dados sigilosos de um determinado
portador, que tem o dever de sigilo, para outro, que mantém a
obrigação de sigilo, permanecendo resguardadas a intimidade e a
vida privada do correntista, exatamente como determina o art.
145, § 1º, da Constituição Federal.
ADIN n. 2.859/DF
5. A ordem constitucional instaurada em 1988 estabeleceu, dentre os
objetivos da República Federativa do Brasil, a construção de uma sociedade
livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza e a marginalização e a
redução das desigualdades sociais e regionais. Para tanto, a Carta foi
generosa na previsão de direitos individuais, sociais, econômicos e culturais
para o cidadão. Ocorre que, correlatos a esses direitos, existem também
deveres, cujo atendimento é, também, condição sine qua non para a
realização do projeto de sociedade esculpido na Carta Federal. Dentre esses
deveres, consta o dever fundamental de pagar tributos, visto que são
eles que, majoritariamente, financiam as ações estatais voltadas à
concretização dos direitos do cidadão. Nesse quadro, é preciso que se
adotem mecanismos efetivos de combate à sonegação fiscal, sendo o
instrumento fiscalizatório instituído nos arts. 5º e 6º da Lei
Complementar nº 105/ 2001 de extrema significância nessa tarefa
Sefaz implanta sistema de malha fina (16/05/2012)

A Gerência de Informações Econômico-Fiscais da Secretaria da Fazenda criou


o Sistema de Malha Final Estadual que fará o cruzamento de dados gerados
pela emissão da nota fiscal eletrônica (NF-e) e as informações da
Escrituração Fiscal Digital (EFD). Segundo o gerente, Marcelo Mesquita, o
sistema está em teste e entrará em funcionamento no mês de julho.

Mais de 34.300 empresas goianas emitem uma média de cinco milhões e


700 mil notas fiscais eletrônicas mensalmente. Mas algumas operações
de compra e venda deixam de ser registradas pelas empresas na
Escrituração Fiscal Digital (EFD) enviada mensalmente à Sefaz.
Sefaz implanta sistema de malha fina (16/05/2012 16h16)

Com o sistema de malha fina, o cruzamento desses dados passará a ser


eletrônico. Atualmente o trabalho é feito por auditor que, com o novo
sistema, passará a analisar já o resultado do cruzamento. A malha fina
também vai incluir as notas recebidas pela Sefaz de outros Estados, que
representam uma média de um milhão e meio de documentos por mês.
Comunicação Setorial - Sefaz
Sefaz desenvolve ferramenta contra sonegação (18/06/2012)

A partir de agora, a Secretaria da Fazenda conta com mais uma ferramenta


de combate à sonegação fiscal, a Auditoria Tributária Digital. O sistema
também tem por objetivo a melhoria da qualidade dos arquivos da
Escrituração Fiscal Digital (EFD) entregues mensalmente pelos contribuintes
à Secretaria.

A auditoria tributária digital permite o cruzamento de dados da EFD e


possibilita detectar a existência de informações erradas nos arquivos, mas
que não configuram sonegação; identifica a sonegação fiscal ou indícios de
irregularidades. “O foco é a geração de índices para seleção de empresas e
identificação de comportamentos anômalos”, destaca Edgar Madruga.
Sefaz desenvolve ferramenta contra sonegação (18/06/2012)

Neste primeiro momento, a nova ferramenta será utilizada para verificar o


inventário e a rotação de estoque de mercadorias. Todas as delegacias
regionais de fiscalização e algumas gerências da secretaria vão utilizar a
auditoria tributária digital, sob a coordenação da Gerência de Arrecadação e
Fiscalização. Trata-se se uma ferramenta gerencial. Os servidores que vão
utilizá-la já passaram por treinamento. Ela se soma às demais ferramentas
já utilizadas pela Sefaz para combater a sonegação fiscal.
Malha fina de cartão de crédito detecta irregularidades
(10/07/2012)

Levantamento da Delegacia Regional de Fiscalização de Goiânia revela que


1.893 contribuintes de vendas a varejo da Grande Goiânia caíram na malha
fina do cartão de crédito referente aos dados declarados à Secretaria da
Fazenda em 2011, e 732 também caíram na malha referente aos dados
declarados em 2010. Segundo o delegado Regional de Fiscalização de
Goiânia, Adonídio Neto Vieira Júnior, a estimativa de ICMS sonegado no ano
passado é de R$ 55,3 milhões e de R$ 26,6 em 2010. Os valores serão
confirmados em auditorias já iniciadas pelo fisco estadual.
Malha fina de cartão de crédito detecta irregularidades
(10/07/2012)

A malha fina do cartão de crédito foi realizada neste mês de julho pela
Gerência de Arrecadação e Fiscalização da Secretaria da Fazenda e
confrontou os dados declarados pelos contribuintes à Sefaz com os dados
informados pelas operadoras de cartão de crédito e débito. Em todo o
Estado houve diferença de dados de 3.500 contribuintes, em 2011, e de
1.300 contribuintes, em 2010. O gerente de Arrecadação e Fiscalização,
Carlos Corrêa, explica que nesse total estão tanto as empresas que
sonegaram imposto como as que deixaram de entregar documentação fiscal.
Esses contribuintes poderão ser autuados e terão que pagar imposto e multa
sobre a omissão.
Malha fina de cartão de crédito detecta irregularidades
(10/07/2012)

Coordenada pela Gerência de Arrecadação e Fiscalização, com o apoio da


Gerência de Informações Econômico-Fiscais, a malha fina do cartão de
crédito é feita anualmente. Desde 2008, as operadoras de cartão de
crédito enviam mensalmente à Sefaz, em cumprimento à
determinação legal, informações da movimentação de cartão de
crédito e débito dos contribuintes. Os mesmos dados são enviados
pelos contribuintes à Fazenda. De acordo com o coordenador de
Automação Fiscal, Laurismar Braz da Costa, o cruzamento deixou as
pequenas e microempresas do Simples Nacional de fora. Ação fiscal
semelhante está sendo planejada para este segmento em breve.
Muito Obrigado!!!
Muito sucesso a todos!!!
Prof. Lucas Morais

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