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3ºA - Gabriel Bistaffa; Gabriela de Abreu; Giullia Yamada; Nicole Curia.

Artigo V – Inciso I
“Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição”
Quando nós, brasileiros, nos comparamos à uma nação como o Paquistão, por
exemplo, nos sentimos como um país muito desenvolvido, bem resolvido no
que diz respeito a questões de gênero, mas nós nos iludimos muito sobre isso.
Partimos do princípio de que aqui porque simplesmente não se utiliza burca,
mulheres podem usar o que quiser, mas nos enganamos, pois sabemos que
quando uma mulher veste aquilo que quer, está sujeita a diversos julgamentos
e para algumas pessoas, a roupa utilizada justifica assédio. No Brasil, segundo
levantamento do Datafolha. Ao todo, quase 30% das mulheres em nosso país
reportaram terem sofrido algum tipo de violência ou agressão no último ano. Se
considerarmos um recorte de raça, o índice é mais elevado com relação às
mulheres pretas: a taxa de homicídios, por exemplo, é 71% maior entre as
mulheres negras do que entre as não-negras.
Sobre a mulher no mercado de trabalho, também não é uma questão bem
resolvida no Brasil, estima-se que as trabalhadoras ganham 24% a menos que
homens em cargos equivalentes. Enquanto a média salarial das mulheres é R$
1.947, os rendimentos masculinos chegam aos R$ 2.517. Quando tratamos
desse assunto, muitas pessoas podem pensar que nunca viram, em uma
empresa uma mulher ganhar menos que os homens ocupando o mesmo cargo,
porém não basta apenas a mulher estar no mercado de trabalho, devemos
também sempre nos questionar a que condições elas chegaram ali, que
posições estão ocupando.
É importante pensar em quantas empresas lideradas por mulheres, ou que
tenha uma representatividade feminina em cargos altos e bem vistos é comum
se ver. Com base de dados podemos analisar que em empresas privadas
apenas 37% dos cargos de chefia são de mulheres, no setor público esse
número cai para 20%, isso apesar das mulheres representarem maior parte da
população.
Se compararmos o mundo atual com o de um século atrás, tivemos diversos
avanços, como os reivindicados, pelo Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher (CNDM), criado em 1985, mas ainda estamos longe de poder
considerar que o que se garante na constituição - “Homens e mulheres são
iguais em direitos e obrigações...” – como direito, seja uma verdade.

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