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Alunas: Amanda Bodnar Theodoro

Nicolly de Abreu Pereira


Sthefany Harumi Adati

DEBATE: AMBIENTE DE REFLEXÃO SOBRE TEMAS POLÊMICOS

Pontifícia Universidade Católica Do Paraná - PUCPR


Curitiba, Paraná
2022
Alunas: Amanda Bodnar Theodoro
Nicolly de Abreu Pereira
Sthefany Harumi Adati

Trabalho: Debate em ambiente de reflexão


de temas polêmicos na sociedade atual.
Nossa parte: A favor da igualdade de gênero.

Pontifícia Universidade Católica Do Paraná - PUCPR


Curitiba, Paraná
2022
Apresentação

Nosso tema era a igualdade de gênero. Nosso grupo ficou com a parte da defesa à
igualdade de gênero, (a favor). Com isso, começamos nossas pesquisas em sites confiáveis
e que fossem de maneira direta, esclarecedoras e úteis. Cada membro da equipe ficou com
uma parte da pesquisa, e as partes foram juntadas e colocadas em um texto. Nossa
estratégia foi fundada na apresentação de dados e pesquisas, perguntas objetivas e
respeito máximo, sem deboche, piadas ou qualquer tipo de ação que vá contra a conduta
de debate. Nossas pesquisas foram feitas em sites como IBGE, ONU e outros.
Dito isso, nossas pesquisas estarão nas páginas seguintes. Obrigada pela atenção, e boa
leitura.
QUESTÃO DE GÊNERO NO BRASIL E NO MUNDO

- Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios


Contínua) 2019, o número de mulheres no Brasil é superior ao de homens. A população
brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres.
- De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) adquiridos em 2019, no
planeta das 7,7 bilhões de pessoas, 3,82 bilhões são femininas e 3,89 bilhões são
masculinas.

Trabalho (dados do IBGE)

- De acordo com levantamentos do IBGE, em 2019, 54,5% das mulheres com 15 anos ou
mais integravam a força de trabalho no país. Entre os homens, esse percentual foi 73,7%.
- O nível de ocupação entre as mulheres que têm filhos dessa idade é de 54,6%, abaixo dos
67,2% daqueles que não têm.
- A situação é exatamente oposta entre os homens. Aqueles que vivem com crianças até 3
anos registraram nível de ocupação de 89,2%, superior aos 83,4% dos que não têm filhos
nessa idade.
- As mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos apresentaram os menores
níveis de ocupação, inferiores a 50%, enquanto as brancas registraram um percentual de
62,6%.
- A diferença de salários e rendimentos também foi apurada no levantamento. Em 2019, as
mulheres receberam, em média, 77,7% do montante auferido pelos homens. A
desigualdade atinge proporções maiores nas funções e nos cargos que asseguram os
maiores ganhos. Entre diretores e gerentes, as mulheres receberam 61,9% do rendimento
dos homens. O percentual também foi alto no grupo dos profissionais da ciência e
intelectuais: 63,6%.
- O levantamento aponta que não há influência educacional na desigualdade. "As menores
remunerações e maiores dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho
não podem ser atribuídas à educação. Pelo contrário, os dados disponíveis indicam que as
mulheres brasileiras são, em média, mais instruídas que os homens".

Desigualdade: Dados (Made/USP)

- A realidade é que 1% dos homens brancos que ocupam o topo dos mais ricos do país,
0,57% da população brasileira, um total de 705 mil pessoas, recebem mais que todas as
32,7 milhões de mulheres negras no Brasil, que representam 26% dos adultos. Eles, juntos,
concentram 15,3% da renda, enquanto elas 14,3%.
- Enquanto as mulheres negras têm renda média de R$1.691,45, esses 705 mil homens
têm, em média, R$114.944,50. Uma diferença de mais de R$110 mil mensais.
- E das maiores rendas do país, os homens brancos detêm aproximadamente 28% da
renda, contra 4% da apropriada pelas mulheres negras. “Ou seja, a parcela da renda
recebida pelos homens brancos nos 10% mais ricos é sete vezes maior que a das mulheres
negras nesse mesmo patamar”.
Violência contra a mulher (dados do CNN e IBGE)

- De acordo com a CNN, durante a pandemia um caso de feminicídio é registrado a cada


seis horas e meia no Brasil, assim no ano de 2020 foram registrados 1350 casos.
- Três a cada quatro vítimas de feminicídio tinham entre 19 e 44 anos. A maioria 61,8% era
negra. Em geral, o agressor é uma pessoa conhecida: 81,5% dos assassinos eram
companheiros ou ex-companheiros, enquanto 8,3% das mulheres foram mortas por outros
parentes.
- Ao contrário dos homicídios comuns, em que há maior prevalência de arma de fogo, as
armas brancas foram mais usadas contra as mulheres. Em 55,1% das ocorrências, as
mortes foram provocadas por facas, tesouras, canivetes ou instrumentos do tipo.
- O número de ligações para o 190, que aciona a Polícia Militar, subiu 16,3% e chegou a
694.131 chamados por violência doméstica no ano passado.
- Por sua vez, as medidas protetivas de urgência também subiram 4,4% em 2020. Foram
294.440 decisões concedidas pela Justiça brasileira, ao todo, de acordo com o Fórum.

Mulheres na política (dados da câmara dos deputados)

- De acordo com a Agência Câmara de Notícias, as mulheres representam apenas 15% dos
integrantes na Câmara Federal. E o Brasil perde para quase todos os países da América
Latina em percentuais de participação política de mulheres e fica na posição de número 140
em um ranking de 192 países. Fonte: Agência Câmara de Notícias
- No Brasil, a Câmara dos Deputados possui apenas 15% de mulheres; e o Senado
Federal,12%. Em âmbito municipal, 900 municípios não tiveram sequer uma vereadora
eleita nas eleições de 2020. Fonte: Agência Câmara de Notícias Violência sexual (dados do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública)
- Em 2020, o País somou 60.460 boletins de ocorrência de estupro, uma queda de 14,1%
comparado a 2019.
- A maioria das vítimas é do sexo feminino (86,9%) e dessa porcentagem (60,6%) tem no
máximo 13 anos de idade.
- Do total de crimes sexuais, 73,7% dos casos foram contra vítimas vulneráveis - ou seja,
menores de 14 anos ou pessoas incapazes de consentir ou de oferecer resistência.
- Entre os agressores, 85,2% eram conhecidos da vítima

Mulheres no exército

“Mulheres conquistam cada vez mais espaços antes destinados apenas aos homens e
provam que podem competir em pé de igualdade” Mariana Andrade, jornal Correio
Braziliense.
- A presença feminina no exército brasileiro é de 6,42% contabilizando 13.100 mulheres. 53
mulheres ocupam o cargo de coronel com 5 delas ocupando os cargos de comandante,
chefe e diretora de organização militar.

- Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) é considerada a figura feminina mais importante do


Exército. Reconhecida como heroína da Independência do Brasil, a baiana foi a primeira
mulher a atuar em combate e a primeira a ingressar em uma unidade militar. Em 1996, foi
declarada patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e, em 2018,
passou a ter seu nome registrado no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
- No Exército, as mulheres desempenham quase todos os cargos nas mesmas condições
dos oficiais do sexo masculino, mas concorrem às promoções em condições de igualdade.
- De acordo com a BBC News: Um exemplo de mulheres na guerra está ocorrendo agora na
Ucrânia por conta da grande aderência de mulheres que se voluntariaram para estarem na
linha de frente. A parlamentar ucraniana Kira Rudik se voluntariou
e treinou para defender a capital Kiev.
- O Exército ucraniano diz que 15,6% de seus soldados são mulheres.
- Marharyta Rivachenko, profissional de relações públicas na Ucrânia, estava sozinha
em Kiev quando a guerra começou e então ela decidiu que queria fazer alguma coisa para
ajudar e se aliou à defesa ucraniana.
- Olena Biletsky se aliou ao exército porque quer que sua filha nasça em uma Ucrânia livre.
Ela está grávida de seis meses e decidiu ficar na capital com o marido e as duas filhas, de
11 e 16 anos, para ajudar na defesa da cidade.

Diferenças fisiológicas entre homens e mulheres - estudo feito por Marcos de Sá


Rego Fortes, Runer Augusto Marson e Eduardo Camillo Martinez do Instituto de
Pesquisa da Capacitação Física do Exército - IPCFEx

- Em relação à força muscular absoluta, a da mulher média é 63,5% da força do homem.


- A força muscular da parte superior do corpo das mulheres é de 55,8% da força dos
homens, enquanto que a da parte inferior é de 71,9%.

Desigualdade de gênero no mercado de trabalho na pandemia (Fundação FEAC)

No Brasil, o nível de escolaridade das mulheres é superior ao dos homens: entre elas,
21,5% frequentaram o ensino superior; entre elas, 29,75%, segundo a pesquisa Estatísticas
de Gênero, do IBGE, divulgada em março de 2021. Porém, o mercado de trabalho não
reflete essa situação. Historicamente, mulheres possuem desvantagens na área, como
menor participação na força de trabalho, ocupação de setores e cargos menos valorizados,
e menores salários. E a pandemia só veio agravar essa situação.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a força
feminina no mercado de trabalho caiu de 53,3% – no terceiro trimestre de 2019 – para
45,8%, no mesmo período de 2020. Essa é a taxa mais baixa desde 1991. Já entre os
homens, a participação é mais expressiva e a queda foi menor: de 71,8% para 65,7%.
Analisar a sub-representação feminina no trabalho abre um leque para outras discussões.
“O desemprego agrava vulnerabilidades, leva a um aumento de todos os tipos de violência,
incluindo a sexual e a doméstica. Trabalhar a questão da renda das mulheres é lidar com as
violências que elas sofrem”, analisa Arthur Goerck, líder do Programa Desenvolvimento
Local, da Fundação FEAC.
Sobre o Aborto - Dados OMS| IBGE| Ministério da Saúde

De acordo com o órgão (ministério da saúde), os procedimentos inseguros de interrupção


voluntária da gravidez levam à hospitalização de mais de 250 mil mulheres por ano, cerca
de 15 mil complicações e 5 mil internações de muita gravidade. O aborto inseguro causou a
morte de 203 mulheres em 2016, o que representa uma morte a cada 2 dias. Nos últimos 10
anos, foram duas mil mortes maternas por esse motivo.
(IBGE) No Nordeste, o percentual de mulheres sem instrução que fizeram aborto provocado
(37% do total de abortos) é sete vezes maior que o de mulheres com superior completo
(5%).
Entre as mulheres pretas, o índice de aborto provocado (3,5% das mulheres) é o dobro
daquele verificado entre as brancas (1,7% das mulheres).
O aborto é a quinto maior causa de morte materna no país, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS) em pesquisa realizada no ano de 2012 uma mulher morre a cada dois dias
devido abortos inseguros no Brasil.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde revelou que os países que proibiram o
aborto, não conseguiram frear o ato, gerando uma taxa muito maior que a dos países em
que o aborto é legalizado.

Representatividade Feminina

Um estudo da Deloitte (Mulheres no Conselho), identificou que apenas 8,6% dos cargos de
liderança no Brasil são de mulheres; enquanto isso, no mundo todo, a proporção é de
16,9%.
O Brasil apresenta uma das menores taxas de representação feminina nos espaços de
poder no mundo e na região, de acordo com dados apresentados no ATENEA, diagnóstico
conduzido pelo PNUD e pela ONU Mulheres que analisa os direitos políticos das mulheres.
Criadas em 1995 para corrigir os desequilíbrios da representatividade política, as cotas
eleitorais surgiram como expressão de garantia à igualdade de participação de mulheres e
homens na política. Embora as cotas já existam há mais de duas décadas, as mulheres
ainda são sub-representadas em posições de liderança e somente há pouco tempo foi
possível ultrapassar o patamar de 10% de mulheres em cargos legislativos. (ONU
mulheres)
De acordo com os dados apresentados pelo material lançado, as mulheres brasileiras
representam 51,5% da população, 51,7% do eleitorado, 41,9% dos postos de trabalho e
chefiam 38% dos lares. No entanto, no que se refere à representação das mulheres no
Parlamento, dos 34 países latinoamericanos, o Brasil ocupa a 30a posição. No mundo, de
180 países, o Brasil está em 156o lugar, mesmo sendo a 7a maior economia do mundo.
Enquanto a média mundial de participação política das mulheres está em 24%, no Brasil,
não passamos dos 8,6% na Câmara dos Deputados e dos 10% no Senado Federal.

O que é gênero?

É uma gama de características pertencentes e diferenciadas entre a masculinidade e a


feminilidade.
O que é igualdade?

Igualdade é a inexistência de desvios ou incongruências sob determinado ponto de vista,


entre dois ou mais elementos comparados, sejam objetos, indivíduos, ideias, conceitos ou
quaisquer coisas que permitam que seja feita uma comparação.

O que é igualdade de gênero?

É um conceito que define a busca da igualdade entre os membros dos dois gêneros
humanos, homens e mulheres, derivado de uma crença numa injustiça, existente em
diversas formas, de desigualdade entre os sexos. Em suma, é a equivalência social entre os
vários gêneros.

Como a justiça de gênero pode combater as desigualdades?

Segundo a Oxfam Org, A discriminação sistemática contra meninas e mulheres é tanto uma
das causas como um dos resultados das desigualdades. Cada vez mais, ela é agravada por
outros fatores, como de classe social, raça, etnia, orientação sexual e idade, assim como o
fundamentalismo religioso.
Nos últimos anos, tivemos o reconhecimento amplo de que o cumprimento dos direitos das
mulheres é necessário para se atingir a justiça social. Também progredimos na garantia dos
direitos das mulheres nas últimas décadas, mas elas continuam tendo os direitos violados.
Da mesma forma, a desigualdade extrema em todo o mundo tem impacto sobre a vida das
mulheres.
A desigualdade que as mulheres enfrentam na sociedade significa, na prática, que elas têm
menos acesso à terra, a recursos financeiros, à tomada de decisão, à proteção contra a
violência, aos espaços políticos e a direitos básicos como saúde. Dados recentes apontam
que:

– Na média global, as mulheres ganham 23% a menos que os homens. Em países em


desenvolvimento, a taxa de informalidade entre as mulheres chega a 75%.
– Se nada mudar, será necessário um período de 170 anos para que mulheres e homens
que ocupam os mesmos cargos recebam os mesmos salários.
– 155 países têm ao menos uma lei que priva mulheres de direitos econômicos. Em 18
desses, os homens podem legalmente proibir que suas mulheres trabalhem fora de casa e
em 100 as mulheres não são permitidas a fazer os mesmos trabalhos que os homens.
– Em todo o mundo, 1 em cada 3 mulheres já sofreu violência física ou sexual, na maioria
pelo parceiro. Em 46 países, não há nenhuma legislação contra a violência doméstica.
No Brasil, a realidade não é diferente, e fica ainda mais agravada quando analisados os
dados referentes às mulheres negras:
– As mulheres negras constituem 27,7% da população brasileira. Também representam o
principal grupo de pessoas pobres: 7,4% delas vivem em extrema pobreza, 34% vivem na
pobreza e 53% estão em situação de vulnerabilidade
– 53,6% das famílias chefiadas por mulheres no Brasil têm à frente mulheres negras
– As mulheres negras são o grupo com menos representação política no Brasil – foram
eleitas para prefeitas em apenas 3% dos municípios brasileiros.
– De todas as mulheres assassinadas anualmente no Brasil, 64% são negras.
Entrevista com Lea Friedberg

“A igualdade de gênero não é apenas um direito humano fundamental, mas a base


necessária para a construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável.” Trecho
retirado da entrevista feita pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) com Lea
Friedberg - membro do conselho do Kbinfo – Centro Dinamarquês para Informação sobre
Gênero, Igualdade e Etnia.
Lea veio ao Brasil para participar do Seminário Internacional Equidade de Gênero:
Representação Política de Mulheres - Diálogo Países Nórdicos, Brasil e América Latina,
promovido pela Enap, Onu Mulheres, Clacso, Flacso, Eurosocial e Embaixadas dos Países
Nórdicos, que fomentou debates questionando as formas como a cultura patriarcal opera a
equidade de gênero na política, os desafios para as mulheres nos parlamentos, e como
chegar a cidades 50-50 até 2030. (via: site Enap)

As anti-feministas e anti- igualdade de gênero

https://brasil.elpais.com/smoda/2020-04-23/a-furiosa-antifeminista-que-freou-os-direi
tos-da-mulher-enquanto-os-aproveitava.html
(EL PAÍS)

Phyllis Schlafly, nascida em 15 de agosto de 1924, foi uma ultraconservadora norte -


americana, e uma das mais influentes no Partido Republicano dos Estados Unidos.
Conhecida por ter determinado uma grande parte dos valores do movimento
ultraconservador norte-americano: a família como elemento central, o repúdio ao feminismo,
ao aborto e ao casamento homossexual. Ela foi a principal promotora do resgate da ideia de
que a mulher é basicamente uma cuidadora e mãe, antes que trabalhadora.
Dentro dessa vida baseada no que uma mulher deveria ou não ser, a brilhante e
estrategista Phyllis, mãe de seis filhos, logo foi tomada pela ideia da política, e passou a
viajar pelo país em favor das ideias ultraconservadoras que começavam a emergir em um
setor do partido.
Toda sua vida externa se contradiz à vida que ela levava fora dos holofotes. A mãe
orgulhosa e dona de casa, ao ingressar na política, que por décadas, viveu, percorrendo o
país e escrevendo mais de uma dúzia de livros, teve uma governanta que se encarregou da
criação dos seus seis filhos. Teve boas escolas que educaram os seus filhos. Teve uma
imensa rede (paga) de apoio para poder sair de casa todos os dias e dizer às mulheres
pobres e ricas de qualquer raça e classe social a se virem como assíduas donas de casa,
mães, esposas fiéis e com respeito à sagrada família. Enquanto, nem ela mesma, carregou
esse fardo. Na questão de igualdade de gênero, ela travou uma batalha com os
democratas, que queriam implantar à Constituição a garantia de igualdade entre homens e
mulheres. Ela defendia que as mulheres deveriam ficar em seus lares e escolherem a
felicidade do matrimônio. Ela lutava para que as mulheres não tivessem direitos modernos,
enquanto os aproveitava. A falsa moralista que morreu defendendo algo que nunca foi.

Argumentos Anti-feministas e anti-igualitários - Argumentação

● Por que o alistamento militar não é obrigatório para as mulheres?


A criação do exército veio com a disputa de poder entre nações muito antes de termos a
democracia. O exército de Esparta, não aceitava mulheres, e dava a elas a única obrigação
enquanto jovens: se prepararem para serem donas de casa. Mulheres de militares. Não era
vantajoso (e ainda não é) para sistemas patriarcais que mulheres na sua idade “fértil” e de
“reprodução” sejam mandadas para uma guerra, afinal, para eles, se às mulheres
morrerem, quem irá gerar e parir crianças? Esse pensamento era baseado no tom de que 1
homem poderia ter inúmeros filhos, enquanto 1 mulher só poderia ter 1 gestação por vez.
Esse pensamento não-obrigatório de que a mulher precisa entrar no exército vem dessa
forma de pensar e agir. Mesmo assim, falando no nível brasileiro, atualmente, 33.960
brasileiras integram as Forças Armadas. Na Marinha, são 8.413 militares, o que representa
um crescimento de 4,2% no último ano. O Exército soma 13.009 mulheres no quadro, sendo
um aumento de 6,42% entre os anos de 2019 e 2020 e de 11% no período de 2020 para
2021. A não-obrigatoriedade não significa que nenhuma mulher existe dentro dessas
corporações. Logo, se para os homens, a obrigatoriedade de entrar no exército incomoda, a
luta tem que partir de vocês.
O feminismo quer acabar com os homens!
Não, ele não quer. A ideia de feminismo e igualdade é tão falha quanto a ideia de que o
feminismo quer acabar com os homens. O feminismo prega a equidade de gênero, que
respeita as diversidades de cada um, mas para isso, precisamos chegar primeiro à
igualdade de gênero, que, nem perto está de chegar em um bom parâmetro.
Acabar com os homens não ajudaria no processo de quebra do machismo. Os efeitos do
machismo enraizados na nossa sociedade são o grande mal que enfrentamos. Todas as
decisões erradas de homens no passado, e tudo de ruim contra mulheres que foi enraizado,
isso sim, é com o que de fato pretendemos acabar.
● Mas os empregos mais perigosos do mundo, são os homens que desempenham
Sim, atualmente ainda existe a cultura de empresas e organizações, de que mulheres não
servem e não podem desempenhar funções perigosas, funções de alto risco e com o uso de
equipamentos pesados para que a função seja desempenhada. Com o passar dos anos,
equipamentos caros e com inteligência artificial vêm sendo desenvolvidos para que essas
funções perigosas tragam menos riscos para a vida humana, no caso, que a profissão seja
menos perigosa para quem a está desenvolvendo.
Nunca houve a disponibilidade clara e de fácil acesso há mulheres que quisessem por
exemplo, serem por exemplo, mineradoras.
A grande questão aqui, é o fato de que, algumas das profissões mais perigosas do mundo,
surgiram fruto do trabalho escravo, da escória do capitalismo e das organizações políticas
extremistas. Mineradores que passam dias debaixo da terra, para procurar ouro e pedras
preciosas são vítimas do capitalismo e da pobreza na sociedade. Outro exemplo, a
profissão de ser um jornalista de guerra. A guerra entre duas nações move esses homens
para lá, para cobrirem uma briga que não é deles, e sim, de seu governo. As mulheres
estão em minoria, e por que homens são mandados para lá? Esse pensamento como já
visto anteriormente, vêm com o discurso arcaico, antigo, e patriarcal. Mulheres são vistas
como frágeis apenas pelo fato de serem necessárias para o pilar de uma sociedade que as
usa e as explora.
Autoavaliação
Amanda Bodnar Theodoro

De forma geral, acredito que minhas pesquisas me deram base para que eu pudesse dar
meu máximo desempenho no debate. Algumas perguntas não respondidas de forma direta
não foram falta de conteúdo, mas creio que falta de desenvoltura em pensar e organizar as
respostas imediatas.
Procurei fontes oficiais como IBGE e ONU. Fontes das quais eu poderia me “apropriar” do
conteúdo de forma segura.
Na minha visão, fui bem no debate e pude manter meu posicionamento até o fim.

Autoavaliação
Nicolly de Abreu Pereira

Minhas pesquisas foram baseadas no início do tema. Definições básicas para que o
assunto pudesse ser entendido e debatido. Foquei na parte argumentativa e meus
argumentos, embora não tenham uma fonte fixa de pesquisa, foram pesquisadas em muitos
sites, como CNN Brasil, ONU, IBGE, Oxfam Org, Jornal El País, entre outros. Tudo que eu
pesquisei pode me fundamentar para que eu soubesse o que dizer e quando dizer dentro
do período de debate. Minha oratória foi bem aproveitada e eu gostei da forma como pude
colocar minhas “crenças” com bases argumentativas e minha opinião até o fim do debate.
Na minha opinião, me saí bem.

Autoavaliação
Sthefany Harumi Adati

Minhas pesquisas foram na área de desigualdade de gênero no âmbito profissional e saúde


da mulher (aborto). Procurei os temas porque acredito que devam ser discutidos- por mais
que não tivemos a oportunidade de discutir sobre aborto- a desigualdade de gênero no
trabalho foi levada em conta. Durante o debate eu senti um grande mal estar e não
consegui falar depois de certo ponto. Apesar disso, acredito que minhas pesquisas
auxiliaram também minhas colegas de equipe para que o debate pudesse acontecer.
Visão sobre o debate do outro grupo sobre Sistema Judiciário Brasileiro

Aluna: Nicolly de Abreu Pereira - Relações Públicas 1° período - Turma U.


Acredito que o tema do grupo em questão foi extremamente bem desenvolvido. Ambas as
partes trouxeram fontes de poder para sustentar seus argumentos. A primeira fala vinha do
grupo em que defendia o sistema judiciário brasileiro, com uma fala de Nietzsche sobre a
sociedade. Todas as rebatidas das equipes eram argumentadas e muito bem sustentadas.
A segunda equipe trouxe à tona as falhas do sistema e como ele não ampara as pessoas
que saem dele. A forma como Emilayne trouxe a fala de um juiz me deixou pensativa em
quão afundo eles foram para que pudessem falar do debate com propriedade. O grupo em
defesa do sistema judicial trouxe dados de que as pessoas que estão lá dentro muitas
vezes preferem estar lá para que não corram riscos aqui fora e com isso, conseguem um
“comando” mais organizado, o que acredito eu que foi um contraponto ao grupo contra o
sistema judiciário. Afinal, se o sistema tivesse mudanças, em todos os sentidos, não
somente jucidial/penal brasileiro, não precisaríamos passar por isso. Afinal, muito dinheiro é
gasto com detentos para que eles fiquem dentro de uma penitenciária usando de direitos
que o dinheiro público proporciona, enquanto poderia financiar outros tipos de programas,
em outras áreas, como por exemplo, saúde e educação.
No final do debate eu fiz uma pergunta aos dois grupos e eles responderam da forma como
conseguiram. a pergunta era: Menores infratores/ presos menores de idade, tem um tipo de
julgamento diferente? E sim, descobri que eles têm. As instâncias pelas quais um processo
passa, são 3, se não me engano. Eles podem passar primeiro por um aviso onde assistem
palestras, depois, caso o ato continue, eles devem pagar uma multa, e só então, depois de
dois “avisos” eles são levados ao reformatório. A proposta do grupo alheio mostrou que
apesar deles serem levados ao reformatório, pouco muda o comportamento deles, afinal lá
dentro não existe pessoal suficiente para cuidar de tantas pessoas. Não existe equipamento
suficiente para que eles fiquem lá dentro e aprendam. Poucos voltam à escola. Poucos
deles saem do mundo do crime. Em sua maioria, poucos deles melhoram.
O debate foi excelente. Deixo meus parabéns aos dois grupos, pelas fontes, pela oratória,
pelas palavras utilizadas durante o debate, pela postura mantida e por ter o posicionamento
até o fim.

Aluna: Amanda Leticia Bodnar Theodoro - Relações Públicas 1 período - Turma U


Grupo 1 contra sistemas judiciário brasileiro:
O primeiro grupo evidenciou a precariedade e a falha do sistema judiciário brasileiro, além
de trazerem questões raciais e sociais para defender seu ponto de vista. Não começaram
com dados estatísticos para defender seus argumentos.
Apresentaram uma pessoa que foi presa injustamente após ter seu nome confundido com o
de um criminoso assim evidenciando que o sistema judiciário possui problemas.
No Brasil atualmente 92 milhões de processos estão parados.
Falaram sobre os casos de pessoas que estão aguardando julgamento e estão presas
provisoriamente e gerando gastos públicos.
Evidenciaram também o fato de que pessoas são julgadas e presas da mesma forma que
pessoas que cometeram crimes maiores como o caso de uma mulher que furtou 21 reais
em produtos para alimentar seus filhos enquanto pessoas que roubam milhões são soltas e
aguardam seu julgamento em liberdade.
Falaram sobre o controle das facções dentro das penitenciárias e sobre as mudanças feitas
no sistema penitenciário que melhoraram muito pouco e ainda continuam falhos.

Grupo 2 a favor do sistema judiciário brasileiro:


Elas apresentaram dados coerentes utilizando autoridades favoráveis, falaram sobre a
redução de danos quando um bandido morre em confrontos com a polícia e que a morte é
algo ruim mas necessária, pois evitaria que inocentes sofressem. Elas rebatem os
argumentos apresentados pelo outro grupo com dados falando que o sistema judiciário
brasileiro não é falho. Relataram que há algumas exceções e algumas pessoas podem ser
presas sem que cometam crimes, mas que isso não é algo recorrente.
Disseram que os problemas raciais estão ligados a maioria das prisões e que o fator social
também influencia assim pessoas ricas são favorecidas no sistema judiciário.
Falaram que o sistema carcerário está dando seu máximo e prisões provisórias ajudam com
que a sociedade não seja afetada por pessoas que podem fazer coisas ruins.
Argumentaram que os problemas do sistema judiciário passam pelas questões sociais e
que o sistema legislativo e executivo e judiciário deveriam se ajudar.
Falaram sobre as leis e que elas mudam junto com a constituição de acordo com os anos,
com isso, o sistema judiciário não pode mudar de uma hora para a outra porque a
sociedade não muda de uma hora pra outra.
Por fim, o sistema judicial brasileiro é melhor do que o de vários países mais desenvolvidos
e não tem culpa dos descasos que acontecem pois na realidade a sociedade é a verdadeira
culpada.

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