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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
DOCENTE: LEONARDO GOMES DE VASCONCELOS

AAT1: PORTFÓLIO DE RESENHAS

Discentes: Leilane Natsumi Alves Kanbara


Lucas Felix de Souza
Lucas Ribeiro Gonçalves
Matheus Satel Alves

Cuiabá – MT
Setembro-2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
DOCENTE: LEONARDO GOMES DE VASCONCELOS

AAT1: PORTFÓLIO DE RESENHAS

AAT1 por meio das TIC´s da disciplina Legislação Industrial,


ministrada pelo Professor Leonardo Gomes de Vasconcelos

Discentes: Leilane Natsumi Alves Kanbara


RGA: 201821309009
Lucas Felix de Souza
RGA:
Lucas Ribeiro Gonçalves
RGA: 201922309001
Matheus Satel Alves
RGA: 201821309015

Cuiabá – MT
Setembro-2021

1
SUMÁRIO
Introdução..........................................................................................................................3
Alguns Aspectos da Química no Século XVII...............................................................................4
Vicente Telles: O Primeiro Químico Brasileiro.............................................................................5
A Química de José Bonifácio.........................................................................................................7
D. Pedro II e a Química..................................................................................................................8
O Departamento de Química da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras – Os Primeiros Anos..........................................................................................9
Heinrich Rheinboldt.....................................................................................................................10
A vida e a Obra de Fritz Feigl......................................................................................................11
Pawel Krumholz: Dez Anos Depois.............................................................................................13
Professor Paschoal Senise............................................................................................................14
Conceitos Fundamentais da Área da Química; Os Conselhos de Química; A Legitimidade do
Exercício Profissional; Dia do Profissional da Química..............................................................15
Legislação.....................................................................................................................................16
Decreto-lei nº 5.452, de 1.5.1943. 11/08/2021.............................................................................17
Lei nº 2.800, de 18.6.1956............................................................................................................18
Decreto nº 85.877, de 7.4.1961 e a Lei nº 4.950-A, de 22.4.1966...............................................19
Resolução Normativa nº 36, de 25.4.74 e as Atribuições dos Profissionais da Química.............20
Resolução Ordinária nº 1.511, de 12.12.1975..............................................................................21
Resolução Normativa nº 29, de 11.11.71.....................................................................................22
Resolução Normativa nº 122, de 9.11.90.....................................................................................23
Resolução Normativa nº 12, de 20.10.59 e a Responsabilidade Técnica.....................................24
Registro de Profissionais da Química e o Registro de Empresas, órgãos, institutos e associações
da área Química............................................................................................................................25

Resolução Ordináriana.....................................................................................................26
Resolução Ordinária N.º 9.593, de 13.07.2000............................................................................30
A Responsabilidade Socioambiental da Indústria Química.........................................................33
Onze desafios da Química............................................................................................................34
Considerações Finais....................................................................................................................35
Referências bibliográficas............................................................................................................35

2
INTRODUÇÃO

Foi nos propostos em aula a elaboração de resumo dos 24 artigos abaixo, todos
lidos, estudados e analisados por cada integrante do grupo. Visto que, nos reunimos
virtualmente para discutir sobre cada tema.

3
ALGUNS ASPECTOS DA QUÍMICA NO SÉCULO XVII

A química teve início em meados do século XVII para o XIX onde houveram
cientistas de grande destaque como Lavoisier e Dalton, com as inovações metodológicas
de Lavoisier e a teoria atômica de Dalton a química se desenvolveu e tomou grandes
proporções como tem hoje. A grande preocupação de Berzelius era delimitar as massas
atômicas dos elementos, os principais pilares da teoria molecular eram a estequiometria
e a hipótese cristalográfica. Dois destaques foram a tabela periódica de Mendeleief e a
teoria do carbono tetraédrico de Van’t Hoff. Já no século XVII foi uma época de grande
número de experimentos feitos para a química, alguns grandes nomes da época que
fizeram parte da mudança da Alquimia para a nova química foram Johaan Batist Van
Helmont, Robert Boyle, Johaan Rudolph Glauber, Nicolas Lemery. Johaan Batist Van
Helmont nascido em Bruxelas, fez doutorado em medicina foi seguidor de paracelsus de
onde surgiu seu interesse pela experimentação em química teve grandes experimentos
para a química e antecipou a Lavoisier conceitos de conservação de matéria. Rudolph
Glauber nascido na Bavária, pobre, não fez faculdade, foi autodidata criou um laboratório
em 1646 em Amsterdã onde vendia produtos químicos, deixou 40 obras da área de
química, teve grande importância na química onde diferenciou de maneira clara o ácido
sulfúrico do ácido sulfuroso, estudou a destilação seca de madeiras, teve um sal batizado
com seu nome, sal de Glauber Na2SO47H2O. Robert Boyle foi de família muito rica, tido
como introdutor da filosofia experimental na Inglaterra, deixou trabalhos muito
conhecidos como as propriedades físicas e químicas dos gases. Nicolas Lemery nascido
na Normandia filho de funcionário importante foi formado em farmácia e doutor em
medicina ele pensava que a química era uma ciência demonstrativa, Lemery escreveu
algumas obras de química e de farmácia de notória popularidade.

4
VICENTE TELLES: O PRIMEIRO QUÍMICO BRASILEIRO

O artigo nos conta a vida do primeiro químico brasileiro Vicente Coelho de Seabra
Silva Telles e suas realizações como químico durante sua vida. Vicente nasceu em 1764,
em Congonhas do Campo. Formou-se na recém-fundada Faculdade de Filosofia de
Coimbra, em 1788 em filosofia e também em medicina em 1791. Sobre sua vida particular
pouco se sabia , devido a Vicente Telles ter de dedicado totalmente à ciência, em
particular na área da química.
Em 1789, Vicente Telles foi eleito sócio correspondente da Academia Real das
Ciências de Lisboa, e em 1791, quando se formou em medicina, tornou-se sócio livre. E
em 1798 virou sócio efetivo. Na Universidade, ele foi professor substituto de zoologia,
mineralogia, botânica, agricultura e de química.
Telles veio a falecer aos 40 anos devido a sua saúde em 1804, deixando várias obras.
Ainda quando estudante publicou a Dissertação sobre a Fermentação Geral e suas
espécies, com 55 páginas, publicada pela Impressão Real da Universidade em 1787. No
ano seguinte veio a Dissertação sobre o Calor com 46 páginas, também publicada pela
Universidade em 1788, e era dedicada ao seu grande amigo José Bonifácio de Andrada e
Silva.
Ainda em 1788, aos 24 anos publicou a primeira parte da sua obra mais importante,
Elementos de Química Oferecidos à Sociedade Literária do Rio De Janeiro, mais
conhecido apenas como Elementos de Química, contendo 54 páginas. Já a segunda parte
foi publicada em 1790, com páginas numeradas de 55 a 461. Vicente destacou-se na Química
tendo sido um dos primeiros introdutores e difusores em Portugal da nomenclatura e da química
pneumática de Lavoisier (1743-1794), o que lhe valeu algumas críticas e contestação por parte
dos defensores das teorias químicas então mais difundidas.
Outras obras dele também foram:
• Memória sobre a Cultura do Rícino ou Mamona de 1791

• Memória sobre o Método de Curar a Ferrugem das Oliveiras de 1792

• Memória sobre a Cultura das Vinhas e Manufatura do Vinho

• Memória em que se dá notícia das diversas espécies de Abelhas que dão Mel,
próprias do Brasil e desconhecidas na Europa de 1799

• Memória sobre os Prejuízos causados pelas Sepulturas dos Cadáveres nos


Templos e o Método de os Prevenir, com 35 páginas, publicado em 1800. Nesse
livreto Vicente Telles discute a melhor e mais econômica maneira de eliminar os
maus odores e perigo de contágio devido ao hábito de se utilizar os interiores de
igrejas como cemitérios

• A Tradução do segundo volume de História, e Cura das Enfermidades mais usuais


do Boi, e do Cavalo

5
• Nomenclatura Química Portuguesa, Francesa e Latina, com 195 páginas,
publicada em 1801. É o segundo livro mais importante de Vicente Telles o qual
foi adotado a etimologia latina na criação dos nomes de compostos e elementos
químicos, e lançou as bases da maneira como os químicos iriam se expressar em
língua portuguesa pelos dois séculos que se seguiram à sua publicação.
Muitos dos termos da Química que utilizamos na língua portuguesa até hoje e
durante os últimos dois séculos foram criados pelo químico brasileiro Vicente Seabra
Telles ao traduzir do francês para o português o livro seminal do grupo de Lavoisier, que
estabeleceu as bases da nomenclatura da nova química criada no final do século XVIII.
A maneira como nos referimos aos gases cujos nomes terminam com o sufixo ' - gênio',
por exemplo, foi uma decisão determinada por Vicente Seabra Telles para torná-los mais
semelhantes com os termos cognatos em latim. É por causa dessa decisão expressa de
Seabra Telles que hoje dizemos em português oxigênio, em lugar de oxígeno, que seria a
tradução mais direta do termo original em francês, que é oxigène, e seguindo o mesmo
mecanismo de termos semelhantes, como patógeno, também oriundo do francês.

A elite intelectual luso-brasileira acompanhava atentamente os inúmeros debates


científicos e filosóficos que se desenrolavam nos países centrais da Europa, apreendendo
devidamente e dialogando com as mais recentes teorias científicas que surgiam durante o
auge do período do Iluminismo. Os homens dedicados à ciência no Império Português -
muitos deles nascidos no Brasil - se envolveram ativamente na circulação internacional
de textos científicos, fazendo a conexão entre as línguas dos países centrais da Europa
com o português usado na criação de conhecimento e na difusão da produção científica
mais recente.

6
A QUÍMICA DE JOSÉ BONIFÁCIO

Nascido em 1763, em Santos, José Bonifácio era de família abastada, considerado


um grande intelectual, fez parte da academia de ciências de Lisboa, chegou a fazer uma
expedição pela Europa que durou 10 anos.
Interessado pela Ciência, Bonifácio estudou na Escola Real de Minas (França), onde fez
um curso completo de Química e Mineralogia. Sua formação deu a oportunidade de ter
contato com grandes nomes da Ciência; assistir conferências como a do físico
italiano Alexandre Volta; e, conhecer trabalhos renomados como as coleções de
Bergman (criador da classificação química dos minerais). As viagens filosóficas foram
feitas no século XVIII pois havia um grande interesse no crescimento econômico e
científico dos países da Europa. Tais viagens, também chamadas de expedições,
mobilizaram Portugal que investiu em diversos naturalistas rumo à exploração de
recursos. Com o apoio e incentivo da Coroa Portuguesa, o final do século XVIII e início
do século XIX foi o período que mais se estudou sobre história natural, havendo
grande dedicação aos estudos de botânica e minas. Este período foi uma explosão
de conhecimentos e um marco na disseminação das ideias da Ciência caracterizado
pela construção de museus, academias científicas e jardins botânicos durante os dez
anos em que realizou a missão filosófica, José Bonifácio conseguiu seu maior feito
como naturalista. Foi na região da Escandinávia, no período de 1897, que Andrada
descobriu os novos minerais: espodumênio, criolita, escapolita e petalita.
Dentre os quatro minerais inéditos que foram descobertos por José Bonifácio, destacam
se a petalita e o espodumênio. Estes minerais foram analisados no laboratório de
Berzelius, pelo químico sueco Johan August Arfwedson, que em seu estudo, conseguiu
isolar o elemento Lítio, um elemento alcalino. No dia 9 de fevereiro de 1818, Berzelius
escreveu uma carta para o químico francês Claude Berthollet, que relatava os estudos
realizados em seu laboratório e mencionava que fora o brasileiro José Bonifácio que havia
descoberto o mineral numa mina de Utô, Suécia.

7
D. PEDRO II E A QUÍMICA

Dom Pedro II tinha muito interesse pela ciência e também de introduzi-la no Brasil
que no era uma população de cultura totalmente acientifico. Entretanto era criticado por
tentar implantar a ciência na sociedade brasileira. Políticos, líderes, viscondes e revistas
todos os criticavam.
No Brasil não haviam universidades, mesmo havendo tentativas de se fundar uma
por D. João VI, colocando Jose Bonifácio como reitor. Mas as pessoas acreditavam que
não haviam a necessidade de uma, então a idéia de fundar uma não foi adiante.
Entretanto o interesse pela ciência de Dom Pedro nunca se acabou, então ele assou
seus conhecimentos em ciências para suas filhas e neto. Também participou de vários
eventos relacionados á Ciências em vários países, até se tornou membro da Academia das
Ciências de Paris.
Dom Pedro foi um dos primeiros a querer introduzir á cultura brasileira, dando os
primeiros passos de querer fundar uma universidade, de modo que nossa sociedade
tivesse um conhecimento sobre a ciência em geral e também na Química.

8
O DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E
LETRAS – OS PRIMEIROS ANOS

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a FFLCH, é uma unidade


pertencente à USP e tem por objetivo desenvolver atividades de Ensino, Pesquisa e
Extensão. É também conhecida simplesmente por Faculdade de Filosofia.
Originalmente Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), a FFLCH foi
fundada em 25/01/1934. Organismo de articulação e reflexão, a Faculdade assumiu
estrategicamente o significado de lugar onde o conhecimento pode ser elaborado dentro
de uma perspectiva de unificação dos interesses sociais. Após vinte e cinco anos de
existência, observa-se em sua história uma primeira transformação, pois com a "Reforma
Universitária" de 1960/70, os antigos cursos de Física, Química, Matemática e Estatística,
Biociências, Geociências, Psicologia e Pedagogia separaram-se da FFCL para se
constituírem em Institutos e/ou Faculdades autônomas.
Deve-se ressaltar que a Faculdade de Filosofia foi responsável pelo estabelecimento
de organicidade na diferenciação dos vários campos do saber que a compunham: ciências,
pedagogia, filosofia, letras. Como uma universidade em miniatura, ela povoou o meio
ambiente com nomes notórios em todas as áreas, provocando um surto cultural sem
paralelos na história intelectual do país.
Enquanto Instituição, esta Unidade viveu diferentes momentos em sua história.
Batalhou pela conquista de um espaço físico, pois, durante vários anos, funcionou sem
uma sede fixa. Sem instalações próprias, diferentemente do que ocorreu com as demais
unidades da Universidade, a FFCL iniciou o seu funcionamento em prédios cedidos por
outras unidades, transferindo-se de local para local e mudando seguidamente de endereço
até fixar-se na Rua Maria Antônia. Os diferentes momentos de sua história foram sempre
marcados por um espírito de crítica e de contestação que se incorporou ao seu perfil.
Na época da fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1934, havia
um projeto de um segmento da elite paulista que buscava a modernidade política
conforme os moldes do pensamento liberal e concebia a educação como uma ferramenta
de organização social. Voltada para a formação de elites intelectuais, a faculdade
cumpriria um papel "civilizatório", já que a atuação dessas elites levaria ao progresso
cultural de toda a sociedade.

9
HEINRICH RHEINBOLDT

Foi um químico e professor universitário alemão, naturalizado brasileiro. Foi


fundamental para a modernização do ensino de química e para a fundação do Instituto de
Química da Universidade de São Paulo.
Heinrich era filho de Joseph Rheinboldt, ministro dos Transportes e das Finanças
da Alemanha e mais tarde cônsul na Suíça, e neto de Heinrich Caro, químico com grande
participação no desenvolvimento da indústria química alemã no século XIX e o primeiro
a obter o ácido peroxomonossulfúrico, também conhecido como ácido de Caro.
Influenciado pelo avô, a quem considerava um "guia espiritual", Heinrich graduou-
se e doutorou-se (em 1918) na Universidade de Estrasburgo. Voltou a Karlsruhe quando
Estrasburgo foi anexada à França, e passou a trabalhar com o químico Paul Pfeiffer. Foi
em 1922 com ele para a Universidade de Bonn, onde passou a ser considerado um
cientista de fama internacional. Ganhou fama também como professor, orientando 35
teses de doutoramento, e teve publicado em 1934 o livro Chemische Unterrichtsversuche
(Experiências para o Ensino de Química, em alemão), que teria sucessivas edições
ampliadas.
Em 1934, o químico alemão Heinrich Rheinboldt (1891-1955) chegou ao Brasil
com a missão de ajudar a implantar o curso de ciências químicas na antiga Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras (FFCL, atual FFLCH) da então recém-fundada Universidade
de São Paulo (USP). A estratégia traçada na instituição nascente era procurar bons
profissionais europeus que aceitassem passar um período na capital paulista para iniciar
o ensino e a pesquisa nas diferentes áreas da ciência. Ao deixar a terra natal, Rheinboldt
trouxe na bagagem frascos de vidro contendo substâncias químicas que pertenceram ao
avô, o químico Heinrich Caro (1834-1910), considerado um dos precursores da indústria
química moderna. A preservação dos objetos do avô não ocorreu por simples saudosismo.
Rheinboldt era um “profundo cultor da história”, escreveu em 1994 Paschoal Senise
(1917-2011), ex-professor emérito da USP e aluno de Rheinboldt na primeira turma do
curso de química, que começou em 1935 e gerou o atual Instituto de Química (IQ). “Os
frascos contam parte da história da indústria química no mundo”, diz Henrique Eisi Toma,
professor do IQ, que mantém as peças antigas em seu laboratório na USP. “Também
serviram de referência histórica para que Rheinboldt promovesse uma mudança
significativa na química brasileira, ao fazer pesquisa e utilizar novos métodos e técnicas
comuns em laboratórios na Europa.”

10
A VIDA E A OBRA DE FRITZ FEIGL

O artigo em questão trata-se de visão geral de sua vida e personalidade já foi


divulgada por seus admiradores em publicações de cerimônias em sua honra, nas
celebrações de seu 70º aniversário, bem como em homenagens póstumas, conforme
listado na seção "Honrarias concedidas a Feigl, em vida e póstumas".
1891-1938 - Período europeu da vida de Feigl. Nascido em 15 de maio de 1891,
em Viena, então capital Austro-Húngara, em uma família burguesa com boa base cultural,
da "belle époque"1, desenvolveu fino gosto pela literatura e música; gostava de atividades
ao ar livre - esqui, escalada de montanha e caminhada no Wienerwald - hábito que
manteve no Rio de Janeiro, ao longo das praias de Ipanema e de Copacabana.
Graduou-se, primeiramente em humanidades; em 1914, em engenharia química, na
Technische Hochschule. Rompida a Primeira Guerra Mundial, logo alistou-se no Exército
Austro-Húngaro e serviu até 1918. Retornou Capitão, com Medalhas de Bronze e de
Prata, bem como com a Cruz do Serviço Militar, por ter sido ferido na frente russa de
batalha.
Desenvolveu carreira completa de magistério na Universidade de Viena: tendo
entrado como Professor Assistente (1920), passou a Prof. de Química Analítica
Inorgânica em 1935 e a Prof. Titular em 1937. Neste período, orientou dez teses de
doutorado. Suas atividades de ensino estendiam-se à sua criação - a "Volkshochschule" -
de ensino noturno em nível universitário, para aqueles que, tendo retornado da guerra,
tinham de trabalhar durante o dia para garantir o sustento; lecionava três vezes por
semana, até ter de exilar-se, em 1938. Lecionava também em um curso destinado a 30
mulheres jovens, onde veio a conhecer Regine Freier, então com 17 anos de idade, que
viera para Viena em 1914, como refugiada de Koloomyia, nos Montes Carpatos, Polônia.
Em 1919, iniciando-se em química, ela veio a realizar seu doutorado sob a orientação de
Feigl. Após o doutorado, Feigl e Regine casaram-se; Hans Ernest, seu único filho, iniciou
carreira de químico como seu colaborador, e produziram, juntos, algumas publicações.
Doutor, mais tarde, sob a supervisão de Paul Karrer, na Europa, Hans Ebert prosseguia
no pós-doutorado quando veio a falecer, aos 28 anos de idade, vítima de câncer.
1938 - 1940 - Quando, em 1938, a Áustria foi anexada à Alemanha nazista, Feigl
tornou-se súdito alemão, e toda a sua documentação era identificada com um
destacado J, de judeu; concomitantemente, perdeu sua posição de professor da
Universidade de Viena. Expatriado, ele e sua família exilaram-se, primeiramente na
Suíça, depois na Bélgica, país em que teve a oportunidade de prosseguir seu trabalho de
longo tempo, na Gevaert, como Consultor em Emulsões Fotográficas. Na Bélgica
reassumiu, também, atividades docentes em Gent.
Em 1940, a Bélgica foi invadida pelos nazistas e Feigl foi levado para um campo
de concentração próximo a Perpignan, na França. Regine e seu filho escaparam por sorte:
na ocasião, ela estava ausente, tendo ido buscar Hans, que estava estudando em Limburg,
na fronteira com a Holanda. Mãe e filho mudaram-se para Toulouse, onde ela conseguiu,
de Luiz de Souza Dantas, Embaixador do Brasil localizado em Vichy, vistos para os três
entrarem no Brasil.

11
1940 - 1971 - Conforme descrito, uma coincidência interessante favoreceu o
assentamento de Feigl no Brasil: Mario Abrantes da Silva Pinto, então Diretor do
Laboratório da Produção Mineral/Departamento Nacional da Produção Mineral, do
Serviço Geológico Brasileiro, designara Coriolano José Pereira da Silva, professor de
Química Analítica na vizinha Escola Nacional de Agronomia, da Universidade do Brasil
(atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), para a missão de introduzir e treinar o
pessoal do LPM nas técnicas de Feigl, da "análise de toque". Coriolano, tendo tomado
conhecimento da chegada de Feigl ao Rio de Janeiro, informou Mario Pinto que,
imediatamente, idealizou contratar Feigl para incorporá-lo ao corpo técnico do LPM
(Laboratório de Produção Mineral), a fim de criar um núcleo de microquímica na América
do Sul e para desenvolver alguns estudos técnicos especiais. Convidado a visitar o
DNPM, para conhecer a qualidade das instalações laboratoriais de que poderia vir a
dispor, Feigl e sua esposa, bem impressionados com estas instalações, bem como com o
magnífico Museu de Minerais do DNPM e sua valiosa Biblioteca, aceitaram a oferta de
um contrato para Feigl, como Químico Tecnologista, nível "O", o que resultou na
permanência dos Feigl no Rio para sempre.

12
PAWEL KRUMHOLZ: DEZ ANOS DEPOIS

O artigo traz a história do químico alemão Pawer Krumholz, que estudou na


Universidade de Viena, onde se doutorou sobre orientação do Professor analítico Fritz
Feigel.
Krumholz foi Diretor Científico da Sociedade Belga de Estudos e Pesquisas. Anos
depois veio para o Brasil onde sendo imigrante, com o tempo conseguiu ser cidadão
brasileiro. Já no Brasil, participou na formação de laboratórios de pesquisa da Orquima.
Foi Diretor Científico na mesma.
Dirigiu a Divisão de Engenharia Química do Instituto de Energia Atômica. Tornou-
se Professor colaborador de Química da faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade de São Paulo. Seus estudos termodinâmicos sobre a estabilidade de
complexos produziram resultados importantes para sociedade científica. Sua contribuição
para o desenvolvimento de técnicas eletroanalíticas foram significativas, tendo em si um
método polarográfico para o estudo de complexos de metais de transição bom
eltilenodiaminoacetato, utilizado anos depois por outros pesquisadores da área.
Na área da química aplicada dedicou-se na preparação de óxidos de elementos dde
terras raras, em alguns casos específicos com pureza elevada. Foi um dos primeiros na
utilização da espectroscopia no estudo de complexos.

13
PROFESSOR PASCHOAL SENISE

O artigo retrata a história de Paschoal Senise, professor emérito da Universidade de


São Paulo (USP), que morreu no dia 21 de julho, aos 93 anos, de uma parada
cardiorrespiratória, na sequência de uma pneumonia. Paschoal foi diretor do Instituto de
Química de 1970 a 1974 e de 1978 a 1982 e membro do Conselho Superior da FAPESP
de 1969 a 1971.
Nascido em São Paulo em 1917, ingressou aos 18 anos na primeira turma do curso
de química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP. Obteve os títulos
de doutor (1942), livre-docente (1956) e professor titular (1965) pela FFCL.
Concentrou-se na área de química analítica, propalando a visão de que a pesquisa
deve se voltar para a elucidação de fenômenos básicos e gerar conhecimento amplo para
que dele decorram as aplicações analíticas.
Contribuiu nas linhas de extração com solventes, com destaque para sais de
fosfônio, estudos de estabilidade de complexos, especialmente os de pseudo-haletos, e
desenvolvimento de métodos quantitativos de análise. Cuidou da introdução de linhas de
pesquisa em análise microquímica e química eletroanalítica depois do pós-doutorado que
fez na Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos (1950-1952).

14
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ÁREA DA QUÍMICA; OS CONSELHOS DE
QUÍMICA; A LEGITIMIDADE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL; DIA DO
PROFISSIONAL DA QUÍMICA

Apresenta de forma prática e objetiva as atribuições legais do Conselho e as


obrigações, como direitos dos profissionais e empresas da área da Química, conforme
prevê a ampla legislação apresentada neste volume, eram os objetivos do trabalho
arquitetado por Cuocolo. São esses os mesmos objetivos da atual direção do CRQ-IV,
onde, além de preservá-los nesta obra acrescenta as modificações ocorridas nas leis e
resoluções que se deram até julho de 2004.
O texto em si busca, entre outros objetivos, apresentar aos estudantes e profissionais
da Química os dispositivos legais que, se não garantem a sobrevivência das empresas
químicas, pelo menos lhes dão meios para exigir que as vagas existentes sejam ocupadas
por profissionais habilitados.
Mas como o presidente do Conselho Regional de Química - IV Região mesmo cita:
“Só isso não é suficiente. Vivemos num tempo em que apenas os mais capacitados têm
lugar no mercado. A boa preparação profissional não significa apenas só um diploma
obtido em escola conceituada. O que se exige hoje é um aprendizado contínuo, o
domínio de novas tecnologias e muita iniciativa”.

Também é possível ver que na obra que o dia do profissional do Químico foi
oficializado pela Resolução Normativa nº 41/1976, do Conselho Federal de Química, a
data foi escolhida tendo como referência a Lei nº 2.800/1956, que criou o Conselho
Federal de Química e os Conselhos Regionais de Química.

15
LEGISLAÇÃO

Retrata toda histórico da legislação, onde cita que a profissão de químico foi
reconhecida pelo Decreto n° 24.693, de 12/07/34. Anos atrás somente era reconhecidos
como profissionais da química as pessoas que possuíam diploma de químico, químico
industrial, químico industrial agrícola ou engenheiro químico. Mesmo que não
possuíssem formação específica, também foram reconhecidos como profissionais da
química pelo Decreto n° 24.693/34 os trabalhadores que se encontravam no exercício da
atividade de químico.
A Lei n° 2.800 de 18/06/56, criou o Conselho Federal de Química e os Conselhos
Regionais de Química, transferindo aos CRQs todas as atribuições estabelecidas no
Decreto-lei n° 5.452/43 - C.L.T. Foram reconhecidos pela Lei n° 2.800/56, também como
profissionais da química, os Bacharéis em Química e os Técnicos em Química.
Os artigos foram incluídos na Lei n° 2.800 para tratar da situação dos Profissionais
graduados anteriormente a 18/06/56 e que já estavam registrados no CREA. Com a
criação dos Conselhos Regionais de Química, os Engenheiros Químicos e Engenheiros
Industriais Modalidade Química, após a conclusão de seus cursos, devem se registrar
unicamente em CRQ para o exercício de sua profissão.

16
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1.5.1943

Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Ficando aprovada a Consolidação das


Leis do Trabalho, onde o mesmo acompanha, as alterações introduzidas na legislação
vigente. Onde, continuam em vigor as disposições legais transitórias ou de emergência,
bem como as que não tenham aplicação em todo o território nacional.
O decreto em questão considera-se:
” empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não
haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem
entre o trabalho intelectual, técnico e manual”.

Fica explicito que não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. O direito comum será
fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os
princípios fundamentais deste.
Excetuam-se da obrigatoriedade as profissões cujos regulamentos cogitem da
expedição de carteira especial própria. Quando se refere ao Departamento Nacional do
Trabalho, em coordenação com a Divisão do Material do Departamento de
Administração, incumbe a expedição e controle de todo o material necessário ao preparo
e emissão das carteiras profissionais.

17
LEI Nº 2.800, DE 18.6.1956

Lei Nº 2.800, de 18 de junho de 1956, descreve a criação de conselhos de federal


e regionais de química, dispõe sobre o exercício da profissão de químico e dá outras
providências. Na lei foi dívida em sendo CAPITULO I DOS CONSLHO DE QUIMICA,
CAPITULO II DOS PROFISSONAIS E DAS ESPECILAZAÇÃO DA QUIMICA,
CAPITULO III DAS ANUIDADES E TAXAS, CAPITULO IV DISPOSIÇÕES
GERAIS e CAPITULO V DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS.
No CAPITULO I DOS CONSLHO DE QUIMICA trata sobre as seguindo
questões da fiscalização do exercício profissão de químico que será exercida pelo CFQ e
CRQ crido pela esta lei e anteriormente exercida pelo decreto-lei nº 5.452 de maio de
1943. Caracterizando à obrigação e atribuição do Conselho, sede, formação do CFQ tem
um presidente nomeado pelo presidente da república, uma representatividade com cada
área Engenheiro de química, químico industrial e técnico em química. O CRQ tem por
atribuição registra o profissional examinar reclamações, fiscalização do exercício da
profissão, publicando relatórios anuais dos seus trabalhos e aplicações de medida
administrativas.
CAPITULO II DOS PROFISSIONAIS E DAS ESPECIALIZAÇÃO DA
QUÍMICA mostra as relações do profissional de química e das suas especializações como
os bacharel e técnico e que pode ser formalizada após o registro no CRQ e utilizar
conforme leis do CRQ e o engenheiro deverão se registra quando sua função for química
CAPITULO III DAS ANUIDADES E TAXAS deverão ser recolhidas anual e até
dia 31 de março de cada ano, e cobrarão taxas pela expedição ou substituição da carteira
profissional. E quando uma firma de qualquer que tiver atividade química deverá ter
químico habilitado e registrado. Os CFQ ter a participação de ¼ das taxas e multa feita
pelo CRQ e o CRQ ficara como 3/4.
CAPITULO IV DISPOSIÇÕES GERAIS referente a o licenciando em química
que se encontra sem despacho no Ministério do trabalho, indústria e comercio deverão
ser renovados pelo CFQ dentro 180 dias, o qual caberá decidir a respeito. Fica assegura
as vantagens dos químicos licenciados registrado pelo o decreto nº 24.693 de 12 julho de
1934. Os deveres do Presidente do CFQ prestação de contas anual juntamente com os
CRQ.
CAPITULO V DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS se trata do meio necessários para
consolidação e função do CFQ e alguns normativas obrigatório.
Na lei apresentada a transição dos profissionais de química que participava da
CLT e sendo agora pelo CFQ, mostrando a formação do concelho e taxas anuais e sede,
alguns dispositivos de fiscalização e penalidades deverão ser aplicados pelo CRQ e o
exercício de cada especialização como técnico, bacharelado, licenciado e engenheiro.

18
DECRETO Nº 85.877, DE 07 DE ABRIL DE 1981

Estabelece normas para execução da lei nº2.800 de junho de 1956, sobre o exercício
da profissão de químico, e dá outras providências. Nesse decreto apresenta e assegura os
devidos exercícios da química e as atividades correlacionadas a química.
O exercício da profissão de químico, em qualquer modalidade como, direção,
supervisão, programação, assistência, formulação pesquisa e desenvolvimento método de
produtos, analise química e física, controle de produção, magistério e dentre outros
apresentados. São privativos do químico as análises química produção e fabricação,
tratamento de água, químico estocagem de produtos tóxicos, inflamáveis ou explosivos.
Em caso de planejamento e projeto de equipamento e instalação indústria somente
os engenheiros químicos.
E para o profissional de Química as seguintes atividades como laboratório de
análise, controle de qualidade, controle da poluição dentre outros. Essa lei e validade em
todo o território brasileiro
Esse decreto mostra os âmbitos que cada profissional da química poderá atual e não
atuar.

19
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 36, DE 25.4.74 E AS ATRIBUIÇÕES DOS
PROFISSIONAIS DA QUÍMICA

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 36 DE 25/04/1974 dá atribuição aos


profissionais da química e estabelece critérios para concessão das mesmas, em
substituição à resolução normativa nº 26. trata das correções necessárias das atividades
dos profissionais da química e apresentado de forma simplificada esta resolução e pela a
reforma do ensino universitário.
O artigo 1º trata das atividades do profissional de química em qualquer
modalidade, tecnológico, bacharel e engenheiro da atividade enumerada de 1 a 16 como
responsabilidade técnica, assistência, consultoria, exercício magistério, desenho de cargo,
pesquisa, analise química, produção, operação e manutenção controle de operação,
pesquisa e desenvolvimento, estudo de viabilidade técnica, execução, fiscalização de
montagem entre outras citados.
Depois a resolução caracteriza o profissional da química como química
compreende conhecimento da química, química tecnológica compreende o conhecimento
da química e tecnológico abrangendo processos e operações e engenharia química
conhecimento da química, tecnológico, processo, operações, planejamento e instalação
de indústrias químicas. E posteriormente mostra as atividades que a química possa atuar
e que está condida n°s 1 a 7 do art 1º desta resolução, já química tecnológica está condida
n°s 1 a 13 do art 1º desta resolução e engenheira química condida n°s 1 a 16 do art 1º
desta resolução. No âmbito de técnico químico desempenhara as atividades de n°s 5, 6,
7, 8, 9 do art 1º desta resolução. Apresenta as normativas para os profissionais que já
possui o registro ou diploma antes da vigência do Resolução normativa.
Esta resolução mostra de maneira bem mais aplicável, simplificado e fácil
entendimento de quaisquer pessoas. Traz o entendimento da diferencias dos currículos
dos profissionais de química e suas atividades perante a sociedade.

20
RESOLUÇÃO ORDINÁRIA Nº 1.511, DE 12.12.1975

Complementa a resolução normativa nº 36 para os efeitos dos arts. 4°, 5°, 6° e 7°.
os resultados dos estudos realizado da grade curricular dos cursos de Química, Química
tecnológicas, Engenharia Química.
As matérias básicas pra curso de Química deveram abrangi as matérias básica 36
créditos, matérias químicas profissionais (Química geral e inorgânica – 16 créditos;
Química analítica 16 créditos; Química orgânica- 16 créditos; físico-químico – 16
créditos) e matérias adicionais 16 créditos e 1 crédito equivale a 15h aula teórica ou 30h
aula práticas.
As matérias do curso de química tecnológica deveram as matérias de desenho
técnico – 4 créditos, química industrial - 16 créditos, Operações unitárias - 6 créditos e
complementares - 6 créditos.
As matérias do currículo de engenharia química estão relacionadas com Química
geral e inorgânica - 12 créditos, química analítica - 12 créditos, química orgânica - 12
créditos, físico – química - 12 créditos, processo da indústria química - 20 créditos,
operação unitária - 8 créditos, complementares - 6 créditos e projeto de processo da
Industria química - 4 créditos
Mostra o estudo realizado em varias universidade para o desenvolvimento a grade
curricular de cada área do profissional de química e as matérias devidas de cada área.

21
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 29, DE 11.11.71

Dispõe sobre o exercício de fiscalização e a imposição de penalidade. A resolução


esta divida em CAPITULO I da fiscalização; CAPITULO II do procedimento fiscal;
CAPITULO III do processo para imposição de penalidades; CAPITULO IV do
julgamento em primeira instancia; CAPITULO V dos recursos; CAPITULO VI do
julgamento em segunda instancia; CAPITULO VII da execução; CAPITULO disposições
gerais.
CAPITULO I da fiscalização e CAPITULO II do procedimento fiscal, os
presidentes do CRQ investir em caráter transitório, das funções de agente fiscal que seja
membro do conselho, agentes indicados por delegados ou pelo chefe da fiscalização do
conselho e deverão possuir cartão de identificação funcional. E as atividades obrigatória
serão apresentar relatório de vistorias quando for uma firma entre outras ou termo de
declaração quando for um profissional. o relatório ou termo declaração deveram
preenchido em duas vias sendo um encaminhada ao chefe do serviço de fiscalização do
conselho regional e a outra entregue a firma ou profissional. O Chefe analisar o relatório
ou terno declaração e se precisa enviara para o presidente de CRQ. No caso de infração
evidente será protocolado ou via postal, mediante registro como AR.
CAPITULO III do processo para imposição de penalidades, para esse processo
iniciar na data do recebimento da intimação e terá a prazo de 15 dias para apresentar a
defesa escrita e após a regularização da situação será arquivado o processo, e nesse prazo
não apresentar numa defesa, o chefe do serviço de fiscalização encerrara a fase de
instrução do processo.
CAPITULO IV do julgamento em primeira instancia, após o jumento deverão
assinar o presidente do conselho e se houver imposição de multa deverá notificar o
infrator pagar a multa em 15 dias e regularizar sua situação.
CAPITULO V dos recursos e CAPITULO VI do julgamento em segunda
instancia. Para apresentação de recurso terá um prazo de 15 dias e após a termino prazo
o conselho regional encaminhara os recursos para o concelho federal e após o julgamento
do CFQ não terá como apresentar recursos sendo uma decisão final.
CAPITULO VII da execução e CAPITULO disposições gerais. Se a decisão for
favorável a interessado o CRQ comunicar por oficio e se não for favorável será
novamente notificado para a multa no prazo de 15 dias e corrido a inflação e o
recebimento será arquivado o processo. Caso haja a mesma inflação será aberto um novo
processo. o presidente do CRQ denunciara as autoridades competentes qualquer inflação
e quando um profissional da química avisar CRQ a desvinculação a responsabilidade
técnica de firma, associação entre outra, as mesmas serão intimadas.
A resolução apresenta meio legais e vistoriasse processo de julgamento e
penalidade juntamente com recurso e os prazos de entrega.

22
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 122, DE 9.11.90

Dispõe sobre a ampliação da R.N n° 105 de 17/08/198, sobre a identificação de


empresa cuja a atividade básica está na área de química .

Apresenta uma listagem de atividade ligado a química exemplo: extração de


mineiro, fabricação estrutura de cimento, de materiais químico, de peça e acessório, de
papelão entre outra área de fabricação onde terá a necessidade de uma profissional
habilitado.

Essa R.N apresenta apenas as empresas que deverá ter um profissional da química.

23
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 20.10.59 E A RESPONSABILIDADE
TÉCNICA.

Art. 2o - O profissional de Química que assumir Responsabilidade Técnica, deverá ser


cientificado pelo CRQ, das obrigações contraídas, decorrentes do art. 350 e seus
parágrafos, do Decreto-Lei no 5.452 de 01.05.43 — CLT.

Art. 3o - Os Conselhos Regionais de Química deverão considerar que a Responsabilidade


Técnica é limitada pela possibilidade de exercê-la, seja em razão da distância entre as
fábricas ou postos de trabalho, seja pelo tempo disponível de profissional, particularmente
quando se tratar de responsabilidade por mais de uma Empresa ou serviço.

24
REGISTRO DE PROFISSIONAIS DA QUÍMICA E O REGISTRO DE
EMPRESAS, ÓRGÃOS, INSTITUTOS E ASSOCIAÇÕES DA ÁREA QUÍMICA.

REGISTRO DE PROFISSIONAL

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

Preencher formulário de requerimento;

REGISTRO DEFINITIVO: Diploma Original e cópia simples. É necessário o envio do


original, pois ele também será registrado no CRQ-XI. Em hipótese alguma são aceitas
apenas cópias do diploma, mesmo que estas sejam autenticadas em cartórios.

REGISTRO PROVISÓRIO: Atestado ou certificado de conclusão do curso – Recente


(expedido a no máximo seis meses) - (cópia simples), indicando estar o diploma em fase
de registro e a data da colação de grau.

Cópia do Histórico do curso

Cópias do RG, CPF, título de eleitor, Comprovante da última eleição ou certidão de


quitação eleitoral (www.tse.gov.br);

Cópia do certificado de reservistaCarteira de Trabalho - CTPS original e Xerox (Páginas


de Identificação, Qualificação Civil, Contrato de Trabalho da 1ª página de contrato
assinada até a próxima página de contrato em branco)

01 foto 3X4 (recente)

Cópia do comprovante de endereço completo “atual”

Taxas: São cobradas as taxas de Inscrição de pessoa física, Expedição de carteira e


anuidade. (Consulte o CRQ para informar-se sobre os valores atualizados).

25
RESOLUÇÃO ORDINÁRIANA

O Conselho Federal de Química, atendendo às reiteradas recomendações dos


diversos Congressos de Conselheiros Federais e Regionais de Química, resolve aprovar
o seguinte Código de Ética dos Profissionais da Química, que entrará em vigor na data
de sua publicação no Diário Oficial da União:
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA
I - Conceituação Geral
É fundamental que o serviço profissional seja prestado de modo fiel e honesto, tanto
para os interessados como para a coletividade, e que venha contribuir, sempre que
possível, para o desenvolvimento dos trabalhos da Química, nos seus aspectos de
pesquisa, controle e Engenharia. A Química é ciência que tende a favorecer o progresso
da humanidade, desvendando as leis naturais que regem a transformação da matéria; a
tecnologia química, que dela decorre, é a soma de conhecimentos que permite a promoção
e o domínio dos fenômenos que obedecem a essas leis, para sistemático usufruto e
benefício do Homem. Esta tecnologia é missão e obra do profissional da Química, aqui,
agente da coletividade que lhe confiou a execução das relevantes atividades que
caracterizam e constituem sua profissão. Cabe-lhe o dever de exercer a profissão com
exata compreensão de sua responsabilidade, defendendo os interesses que lhe são
confiados, atento aos direitos da coletividade e zelando, pela distinção e prestígio do
grupo profissional.
Esse trabalho que proporciona ao profissional da Química certos privilégios, exige,
com maior razão para o exercício do seu mister, uma conduta moral e ética que satisfaça
ao mais alto padrão de dignidade, equilíbrio e consciência, como indivíduo e como
integrante do grupo profissional.
II - Diretrizes
I - Procedimento devido
• O profissional da Química deve:
• instruir-se permanentemente;
• impulsionar a difusão da tecnologia;
• apoiar as associações científicas e de classe;
• proceder com dignidade e distinção;
• ajudar a coletividade na compreensão justa dos assuntos técnicos de interesse
público;
• manter elevado o prestígio de sua profissão;
• manter o sigilo profissional;
• examinar criteriosamente sua possibilidade de desempenho satisfatório de cargo
ou função que pleiteie ou

26
• aceite;
• manter contato direto com a unidade fabril sob sua responsabilidade;
• estimular os jovens profissionais

II — Procedimento indevido
O profissional da Química não deve:
• aceitar interferência na atividade de colega, sem antes preveni-lo;
• usar sua posição para coagir a opinião de colega ou de subordinado;
• cometer, nem contribuir para que se cometa injustiça contra colega ou
subordinado;
• aceitar acumulação de atividades remuneradas que, em virtude do mercado de
trabalho profissional,
• venha em prejuízo de oportunidades dos jovens colegas ou dos colegas em
desemprego;
• efetuar o acobertamento profissional ou aceitar qualquer forma que o permita;
praticar concorrência desleal aos colegas; empregar qualificação indevida para si
ou para outrem;
• ser conivente, de qualquer forma, com o exercício ilegal da profissão; usufruir
concepção ou estudo alheios sem fazer referência ao autor;
• usufruir planos ou projetos de outrem, sem autorização;
• procurar atingir qualquer posição agindo deslealmente;
• divulgar informações sobre trabalhos ou estudos do contratante do seu serviço, a
menos que autorizado por ele.
III - O profissional em exercício
1 - Quanto à responsabilidade técnica
• - A responsabilidade técnica implica no efetivo exercício da atividade
profissional.
2 Quanto à atuação profissional
2.1 - Deve ser efetivo o exercício da atividade profissional, de acordo com o
contrato de trabalho.
2.2 - É vedado atividade profissional em empresa sujeita à fiscalização por
parte do órgão técnico oficial, junto ao qual o profissional esteja em efetivo
exercício remunerado.
2.3 - Não deve prevalecer-se de sua condição de representante de firma
fornecedora ou consumidora, para obter serviço profissional.

27
2.4 - Não deve prevalecer-se de sua posição junto ao contratante de seus
serviços para forçá-lo a adquirir produtos de empresa com que possua
ligação comercial.
2.5 - Deve exigir de seu contratante o cumprimento de suas recomendações
técnicas, mormente quando estas, envolverem problemas de segurança,
saúde ou defesa da economia popular.
3 - Quanto à remuneração
3.1 - Não pode aceitar remuneração inferior àquela definida em lei ou em
termos que dela decorram.
3.2 - Não deve aceitar remuneração inferior à estipulada pelos órgãos de
classe.
4 - Na qualidade de colega
4.1 - Não deve ofertar prestação de serviço idêntico por remuneração inferior a
que está sendo paga ao colega na empresa, e da qual tenha prévio conhecimento.
4.2 - Não deve recursar contato com jovem profissional ou colega que está em
busca de encaminhamento para emprego ou orientação técnica.
4.3 - Deve colaborar espontaneamente com a ação fiscalizadora dos Conselhos
de Química.
5 - Na qualidade de prestador de serviço profissional
5.1 - Não deve divulgar ou utilizar com outro cliente concomitantemente,
detalhes originais de seu contratante, sem autorização do mesmo.
5.2 - Na vigência do contrato de trabalho não deve divulgar dados
caracterizados como confidenciais pelo contratante de seu serviço ou de
pesquisa que o mesmo realiza a menos que autorizado.
5.3 - Deve informar ao seu contratante qualquer ligação ou interesse comercial
que possua e que possa influir no serviço que presta.
5.4 - Não deve aceitar, de terceiros, comissão, desconto ou outra vantagem,
direta ou indireta, relacionada com a atividade que está prestando ao seu
contratante.
6 - Como membro da coletividade O profissional, como cidadão ou técnico,
não deve:
6.1 - Apresentar, como seu, currículo ou título que não seja verdadeiro;
6.2 - Recusar-se a opinar em matéria de sua especialidade, quando se tratar de
assunto de interesse da coletividade;
6.3 - Criticar, em forma injuriosa, qualquer outro profissional.

28
IV - Sanções Aplicáveis
Contra as faltas cometidas no exercício profissional e descritas no Capítulo
III poderão ser aplicadas, pelos Conselhos Regionais de Química, da jurisdição,
advertências em seus vários graus e, nos casos de improbidade, suspensões do
exercício profissional, variáveis entre um mês e um ano, assegurando-se sempre
pleno direito de defesa. Das sanções caberá recurso ao Conselho Federal de
Química, que expedirá as normas processuais cabíveis.

29
RESOLUÇÃO ORDINÁRIA N.º 9.593, DE 13.07.2000

O Conselho Federal de Química, em sua quatro centésima terceira (403ª) Reunião


Ordinária, aprovou a Resolução Ordinária n.º 9.593, com a seguinte redação: O Conselho
Federal de Química, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 8º da Lei n.º
2.800/56 e considerando a necessidade de estabelecer diretrizes para a aplicação do
Código de Ética dos Profissionais da Química, Resolve aprovar as Diretrizes Relativas ao
Processo de Infração ao Código de Ética.
I - Foro Administrativo para Julgamento das Infrações ao Código de Ética
Constituem foros para julgamento administrativo das infrações ao Código de
Ética:
1- O Conselho Federal de Química quando se tratar de infrações praticadas por membros,
ex-membrosdos clegiados do sisemas CFQ/CRQ's,ou por titular de Delegacias dos CRQ's
2 - O Conselho Regional de Química – quando se tratar de pessoas não incluídas no caso
precedente:
II - Das Sanções Aplicáveis
Contra as infrações ao Código de Ética dos Profissionais da Química, poderão ser
aplicadas pelos Conselhos Regionais de Química, com recurso para o Conselho Federal
de Química, as seguintes penalidades:
1- Advertência por escrito, confidencial ou pública;
2 - Suspensão do exercício profissional, por períodos variáveis de um (01) mês a um (01)
ano, de acordo com a extensão da falta, ressalvada a ação da Justiça Pública.
III - Infrações ao Código de Ética Constituem infrações ao Código de Ética:
a - improbidade profissional;
b - falso testemunho;
c - quebrar o sigilo profissional;
d - produzir falsificações;
e - concorrer com seus conhecimentos científicos e/ou tecnológicos para a prática de
crimes em atentado contra a pátria, a ordem social ou a saúde pública;
f - deixar de requerer, para o exercício da profissão, a revalidação e registro do diploma
estrangeiro, no prazo legal, e/ou registro profissional no Conselho Regional de Química
de sua jurisdição.
IV - Constituição da Comissão de Ética Profissional (CEP)
1 - Ficam criadas as Comissões de Ética Profissional nos Conselhos Regionais e no
Conselho Federal de Química, formadas cada qual por 03 (três) Conselheiros, dos quais,
um (01) será designado Presidente da Comissão.

30
2 - Os membros das Comissões serão designados pelos Presidentes dos respectivos
Conselhos, mediante a instauração de cada processo de ética.
V - Dos Processos de Infração ao Código de Ética nos CRQ'S
1 - Os processos de infração ao Código de Ética serão instaurados a partir de denúncias,
por escrito, feitas por qualquer pessoa física ou jurídica;
2 - Ao receber denúncia de infração ao Código de Ética, o Presidente do Conselho
Regional de Química a encaminhará, acompanhada de todos os subsídios existentes, à
CEP, formando-se um processo sigiloso.
3 - Quando da instauração do processo de infração, o presidente da CEP cientificará, por
escrito, ao Profissional envolvido quanto ao conteúdo da denúncia, enviando-lhe cópia
do referido documento e concedendo-lhe o prazo de 30 (trinta) dias a partir do
recebimento para apresentação de sua defesa, findo o qual, o não atendimento implicará
em julgamento à Revelia. O documento acima referido deverá ser encaminhado com A.
R.
4 - A Comissão poderá solicitar ao profissional envolvido ou a terceiros, os
esclarecimentos que julgar necessários, inclusive utilizar-se de assessoria.
5 - O Presidente da CEP encaminhará o relatório final com parecer conclusivo, no prazo
de 60 dias a partir do recebimento da defesa, prorrogável por mais 10, ao Presidente do
Conselho Regional de Química.
6 - Recebido o relatório final, o Presidente do Conselho Regional de Química
encaminhará o processo para apreciação do plenário em sua primeira reunião
7 - Caso julgue necessário o Conselho Regional de Química poderá convocar as partes
interessadas para prestar esclarecimentos adicionais, em reunião que será marcada pelo
Presidente do CRQ.
8 - Prestados os esclarecimentos, as partes se retirarão do plenário do CRQ.
9 - O julgamento pelo Conselho Regional terá caráter sigiloso e a decisão será tomada
pelo voto da maioria absoluta dos membros do Plenário, em votação, secreta, devendo a
mesma ser encaminhada às partes, pelo Presidente do Conselho Regional de Química.
VI - Do Direito de Recurso
No prazo máximo de 15 dias úteis, após a notificação da Decisão do CRQ, as partes
interessadas poderão recorrer, via Conselho Regional, ao Conselho Federal de Química.
VII - Da Comissão de Ética do Conselho Federal de Química
1 - A Comissão de Ética do CFQ tem por atribuições:
a Receber e julgar as denúncias contra os membros e ex-membros dos Conselhos
Regionais e do Conselho Federal de Química, conforme os termos do item
b - Receber e julgar os Recursos de Infração ao Código de Ética, oriundo dos Conselhos
Regionais.

31
2 - A metodologia de análise e julgamento, obedecerá ao disposto nos itens II e V descrita
para o julgamento em 1ª instância.
3 - O julgamento do Recurso terá sempre caráter sigiloso.
4- A decisão do CFQ será comunicada às partes interessadas através do Conselho
Regional de Química, quando se tratar do julgamento do Recurso oriundo do
CRQ, previsto no item VII-1-b.
Em se tratando de processo originário do item VII-1.a, a decisão será comunicada
diretamente às partes envolvidas
5 - A decisão somente poderá ser tornada pública após esgotado o prazo de recurso
referido no item VI ou quando for o caso, após o julgamento pelo Conselho Federal de
Química.
6 - Da decisão do CFQ referente ao item VII-1, cabe apenas um (01) pedido de
reconsideração. Brasília, 13 de julho de 2000.

32
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA INDÚSTRIA QUÍMICA.

O papel da indústria química como principal agente da mudança social e econômica


das sociedades industrializadas, caracterizada pela capacidade de inovação nos processos
tecnológicos e por uma estrutura empresarial articulada, suscita uma reflexão sobre a
problemática dos riscos socioambientais resultantes de sua contínua expansão mundial.
Utilizando o método da pesquisa exploratória, a análise parte de uma periodização das
principais ações de gestão associadas ao controle dos efeitos das substâncias químicas,
envolvendo as questões de sustentabilidade e risco ambiental, para avaliar sua
importância estratégica dentro de uma perspectiva econômica, social e ambiental.
Instrumentos de política socioambiental e suas perspectivas serão analisados enquanto
ferramentas para a promoção dos objetivos de segurança química requeridos pela
sociedade civil internacional.
O modelo de desenvolvimento adotado na maioria dos países ainda se caracteriza
por tecnologias e processos obsoletos, poluentes e intensivos em energia elétrica. Esse
modelo não considera o conceito da capacidade de suporte do meio ambiente,
caracterizando-se por depender, basicamente, de quantidades sempre maiores de energia
e matérias-primas que requerem a exploração intensiva dos recursos naturais. A indústria
química se configura como um dos setores mais dinâmicos das economias
industrializadas, gerando produtos de alta demanda - tanto diretamente, através de
produtos farmacêuticos, tintas, plásticos, fertilizantes - como indiretamente, como
insumos de outras indústrias, tais como, têxtil, eletrônica e automobilística, entre outras.
Johnson (1998) considera que a importância assumida pelos sintéticos químicos na
atualidade, nos situa numa verdadeira “era química”, tendo por característica o
desenvolvimento da pesquisa de novas substâncias com capacidade de inovação,
acontecendo de forma contínua e mais rápida que os outros setores. Foi justamente essa
capacidade que viabilizou o expressivo crescimento da indústria química, apresentando a
fusão de ciência, tecnologia e pesquisa em busca da produtividade, qualificando-a como
“indústria baseada em ciência”. Nessa perspectiva, a expansão da indústria química pode
ser identificada como o principal elemento de mudança social e econômica do século XX,
já que os produtos químicos estão na base das transformações ocorridas no período (Clow,
1992). A fabricação e a distribuição de substâncias químicas sintéticas tornaram-se
relevantes para o processo industrial apenas alguns anos após a II Guerra Mundial,
quando o crescimento e a expansão da economia em escala internacional contribuíram
poderosamente para o desenvolvimento e a expansão da indústria química, observando-
se a substituição da matriz energética com base no carvão por petróleo. Na década de
1950, o uso de pesticidas e fertilizantes químicos aumentou rapidamente, tornando-se
uma prática dominante na agricultura, a partir dos países altamente industrializados.
Simultaneamente, as indústrias manufatureiras iniciaram o uso intensivo e progressivo de
substâncias químicas sintéticas na produção de bens industriais e de consumo. A
construção de imensas unidades produtivas, a partir da década de 1960, assegurou a
produção crescente do setor químico, sendo que as empresas de petróleo passaram a
produzir produtos petroquímicos em cadeia.

33
ONZE DESAFIOS DA QUÍMICA

A IUPAC e a UNESCO decidiram proclamar 2011 como a Ano Internacional da


Química para celebrar as realizações desta ciência e as suas contribuições para o
progresso e bem-estar da humanidade. Procura-se melhorar a compreensão e valorização
da Química pelo público em geral, reforçar a cooperação internacional entre instituições
que se ocupam da Química, promover o papel da Química para a resolução dos desafios
atuais e intensificar o interesse e mobilização dos jovens em torno das disciplinas
científicas. Em 2011 comemora-se o primeiro centenário da atribuição do Prémio Nobel
dá Química a Marie Sklodowska Curie, a Madame Curie, em reconhecimento do seu
notável trabalho que conduziu à descoberta do rádio e do polónio e que tem inspirado
alunos, em especial mulheres, a fazer da Química a sua opção profissional. A importância
da Química é universalmente reconhecida, pois basta olhar para nós próprios e à nossa
volta para constatar que era impossível viver sem a Química. O “mundo gira” movido
pela energia obtida em processos químicos e os organismos “mexem” à custa da energia
obtida em processos metabólicos cujas reações são tipicamente reações químicas. A
compreensão dos processos bioquímicos, da química dos seres vivos, só é possível depois
de se conhecer a constituição desses seres, a estrutura das complexas moléculas dos seus
organismos e o mecanismo das suas reações. Tudo isto é trabalho dos químicos,
bioquímicos e biólogos. Para alimentar uma população sempre crescente foi preciso
produzir novos fertilizantes, captando o nitrogênio da atmosfera na síntese do amoníaco,
dominar a técnica do frio (novos e inofensivos CFC), controlar as pragas e doenças das
plantas. Foi preciso fabricar novos materiais, com melhores propriedades e maior
abundância, para serem acessíveis a todas as camadas sociais, como é caso da seda
artificial e outros produtos têxteis. O aroma, o gosto, a cor e outras delícias com que a
Natureza nos contempla são o resultado da presença de moléculas com estruturas curiosas
que os químicos descobriram e foram depois também capazes de criar. Quando a doença
bate à porta, que seria de nós sem os medicamentos? Muitos são sintetizados, outros
extraídos da Natureza, mas em todos ele foi essencial a mão do químico. Sucede, porém,
que os recursos naturais de que têm feito mover o mundo (o petróleo, o carvão e o gás
natural) vão se esgotando e é tempo de devolver à Natureza aquilo que lhe fomos tirando
e que demorou milhões de anos a produzir. Estão a ser feitos esforços assinaláveis para
praticar uma “química verde”, uma química que substitua processos químicos danosos
para o ambiente por processos benignos e sustentáveis. Abrem-se atualmente novas
oportunidades para os jovens seguirem carreiras baseadas na química, havendo boas
perspectivas futuras no domínio da química farmacêutica, da biotecnologia, da síntese de
novos materiais, das tecnologias de aproveitamento de energia, da química ambiental, da
nanotecnologia e da química em microescala. Numa troca de impressões sobre carreiras
profissionais na indústria química promovida pelo projeto X perimenta, da Associação de
Produtores de Petroquímica na Europa e European Schoolnet, foi salientada a importância
da Química Orgânica sendo referido que “os alunos deviam concentrar-se especialmente
na química orgânica, que é a base de toda a química” e “a maior parte do mercado da
química industrial está relacionada com a química orgânica”. Das muitas possibilidades
de trabalho no campo da Química, selecionamos onze desafios para um jovem se tornar
um químico.

34
CONSIDERÇÕES FINAIS

Foram retirados de alguns sites partes de cada artigo, para a conclusão dos mesmos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILGUEIRAS, C. A. L. Vicente Telles, o Primeiro Químico Brasileiro, Química Nova, 263 -


270, 1985.

FILGUEIRAS, C. A. L. A química de José Bonifácio, Química Nova, v.09, n.04, 263 - 268,
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FILGUEIRAS, C. A. L. D. Pedro II e a Química, Química Nova, v.11, n.02, 210 - 214, 1988.

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